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Copyright©2019 por Primeira Igreja Batista de Curitiba Todos os direitos reservados por: A. D. Santos Editora Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 – Curitiba – Paraná – Brasil +55(41)3207-8585 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br Coordenação do Projeto: Marcílio de Oliveira Coordenação Editorial: Alexandre Sombrio Nunes Teixeira Editores: Alexandre Sombrio Nunes Teixeira Ingo Zwiener
Autores: Alexandre Sombrio Nunes Teixeira Diodalma Corcetti Tessmann Doralice Illescas Ingo Zwiener Noeli de R. Gomes Couto Pereira Priscila Abreu Santos Capa: Beatriz M. de Campos dos Santos Rafaella Peres Eleutério (Foto) Diagramação: Manoel Menezes Impressão e acabamento: Gráfica
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Uma nova chance! Cinco semanas de restauração / Curitiba: A.D. Santos Editora — Curitiba: A.D. SANTOS EDITORA, 2019. 14x21cm, 144 p. ISBN – 985.85.7459-517-7 1. Bíblia 2. Devocional 3. Meditações Diárias. CDD – 249 1ª Edição: Julho / 2019. Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.
Edição e Distribuição:
Prefácio
O final da minha infância foi marcado pela graça
de Deus. Desde os meus 12 anos descobri que Ele pode ouvir e falar com cada pessoa que o busca de todo o coração. Ao ouvir a voz de Deus, também descobri que Ele tinha para mim uma tarefa sublime: anunciar a Palavra de Deus. A partir de então, tenho dedicado minha vida a compreender a vontade dEle e levar outras pessoas a também buscarem este relacionamento intenso com o Pai. Nos últimos anos, como frutos desse sonho, foram surgindo em nossa igreja séries de pregações, programas de rádio e TV, congressos, livros e as campanhas de oração Dia a Dia com Deus. Todos estes meios têm sido instrumentos para alcançar pessoas em muitos lugares do Brasil e do mundo. O livro Uma Nova Chance: Cinco Semanas de Restauração é mais um destes instrumentos. Nosso propósito através dele é apresentar uma verdade simples, mas profundamente impactante: é possível ser restaurado por Deus. Todos nós tivemos marcas em nossas vidas. Muitas delas continuam nos machucando por anos. Mas podemos colocar tudo nas mãos de Deus e receber seu remédio que cura nossas feridas.
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Para que a leitura deste livro seja ainda mais produtiva, desafio você neste tempo a se comprometer de algumas formas:
Todos os dias separe um tempo pessoal para buscar a Deus Bastam 15 a 20 minutos por dia! Durante este tempo peça a Deus que fale com você, coloque seus sentimentos e necessidades diante dEle. Este será seu tempo sagrado! Marque na agenda! Deus é o maior interessado em trazer restauração à sua vida! Leia um capítulo por dia Este livro foi preparado para o auxiliar na sua busca por Deus. Em cada capítulo você vai encontrar um versículo bíblico, uma breve reflexão e um desafio para aplicação dos conceitos na vida prática. Não deixe de fazer o que foi proposto. Deus falará com você!
Participe de um grupo de oração durante As células são pequenos grupos de pessoas que se reúnem em uma casa por cerca de uma hora e trinta para orarem uns pelos outros, se ajudarem naturalmente e estudarem as Escrituras. Há vários destes grupos nos quais você poderá se integrar. Se precisar de ajuda ou orientação para isto, pode nos procurar, mas o que mais desejamos é que essa busca por Deus aconteça. Quem vai responder e operar milagres não será uma organização, nem uma metodologia religiosa, mas o próprio Jesus.
Escolha cinco pessoas pelas quais vai orar A verdadeira fé é dar, repartir e não somente pedir. Por isso, enquanto você busca algo de Deus, leve a benção de . 4 .
Deus para estas pessoas. Mande uma mensagem, faça um contato com elas, diga-lhes o quanto são especiais e que por isso, você separará um tempo durante a campanha para orar por elas. Pergunte quais são suas necessidades para que possa orar especificamente por elas. Participe de um dos cultos da campanha no final de semana A igreja é o local onde as pessoas se reúnem para adorar a Deus juntas. É nesse lugar que recebemos palavras de esperança e restauração. Os cultos na igreja, durante a campanha, reforçam os ensinamentos diários que você receberá neste livro. Juntos nos fortalecemos em Deus. Minha oração é para que nessas cinco semanas o seu tempo com Deus seja o momento mais especial de cada dia, conhecendo o Pai de verdadeiro amor e graça. Meu desejo é que o Deus que restaura se revele a você e sua família. Boa leitura! Paschoal Piragine Jr.
Pastor da Primeira Igreja Batista de Curitiba
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Sumário Prefácio......................................................................................3
Semana 1 • Determine onde está!................................9 Dia 1 • Dê o primeiro passo!...............................................11 Dia 2 • Avalie sua vida........................................................15 Dia 3 • Aponte o que está fora de controle.........................18 Dia 4 • Reconheça sua limitação.........................................22 Dia 5 • Refaça suas prioridades...........................................26 Dia 6 • Entregue sua vida a Deus.......................................29 Dia 7 • Testemunho pessoal – Chega de desculpas!............33 Semana 2 • Encare o passado!.....................................39 Dia 8 • Em obras.................................................................41 Dia 9 • Não existe máquina do tempo................................44 Dia 10 • Reconheça as marcas do passado..........................47 Dia 11 • O tempo não cura.................................................51 Dia 12 • Passando a limpo..................................................55 Dia 13 • Aprenda com os erros...........................................58 Dia 14 • Testemunho pessoal – vencendo o passado!.........61 Semana 3 • Experimente paz.......................................67 Dia 15 • A importância da confissão...................................69 Dia 16 • Receba perdão.......................................................72 Dia 17 • Supere a dor..........................................................75 Dia 18 • Ofereça a paz!.......................................................78 Dia 19 • Lance fora o medo................................................81 Dia 20 • Refaça os relacionamentos....................................84 Dia 21 • Testemunho pessoal – Oferecendo o perdão!.......88 Semana 4 • Receba o amor de Deus.........................93 Dia 22 • Quem sou eu?.......................................................95 Dia 23 • Promessas de Deus para minha vida.....................98 Dia 24 • Uma nova identidade..........................................101 . 7 .
Dia 25 • Jesus me aceita....................................................104 Dia 26 • Você nunca está sozinho.....................................108 Dia 27 • Um futuro de esperança......................................111 Dia 28 • Testemunho pessoal – o amor do Pai!................114
Semana 5 • faça diferente!...........................................117 Dia 29 • Ande na verdade.................................................119 Dia 30 • Capacidade para vencer......................................122 Dia 31 • Vença a ansiedade...............................................126 Dia 32 • Não seja refém do passado..................................130 Dia 33 • Prossiga para o alvo.............................................133 Dia 34 • Não vá sozinho!..................................................137 Dia 35 • Transmita a mensagem aos outros......................141
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Semana
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DETERMINE ONDE ESTÁ!
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Dia
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DÊ O PRIMEIRO PASSO! “Caindo em si, ele pensou: Quantos trabalhadores do meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui morrendo de fome! Vou voltar para a casa do meu pai e dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores’. Então saiu dali e voltou para a casa do pai”. (Lucas 15.18-20)
O escritor Rubem Alves disse certa vez: “Não haverá
borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses”. O esforço que a borboleta faz para sair do casulo traz um fortalecimento que a levará a criar asas e voar. Nem sempre é fácil sair do casulo da vida. Passamos por diversos apertos na jornada da existência. No entanto, o esforço consciente para sair do casulo, nos levará a experimentar a liberdade que tanto almejamos. Na parábola do filho pródigo, vemos um jovem que na obstinação de encontrar seu próprio caminho, acabou entrando nos apertos da vida. A história dele não é muito . 11 .
diferente da nossa. Também entramos em vários apertos. Como fazer para sairmos dele? Tudo começa com o primeiro passo. Precisamos definir onde estamos. Para aquele jovem da parábola, não foi suficiente definir-se como um filho muito amado por seu Pai, ter seu valor pessoal firmado, ter uma vida em segurança. Ele queria uma vida diferente. Podemos pensar: O que o levou a tomar a decisão de ir embora da casa de seu Pai? Seria uma decepção? Um trauma ou dor? Estaria ferido por algo em seu passado? A verdade é que ele entrou numa crise existencial, que o levou a tomar a decisão de romper com tudo. Não procurou ajuda. Não quis se abrir com ninguém. Não identificou seus sentimentos. Permitiu que eles tomassem conta de seu ser. Foi tomado pelo véu da cegueira e se fechou neste engano. Apenas pediu sua parte da herança, virou as costas ao pai. Em seu coração, era como se o pai já estivesse morto. Este jovem quis ser dono de seu próprio destino, sujeito absoluto de sua história. Quis ser deus de sua própria vida. Se distanciou do referencial paterno. Foi para a terra mais distante possível. Deliberadamente rompeu com tudo, fugiu de todos, não quis os ecos daquela vida. Afastou-se, foi buscar a satisfação, buscar preencher o vazio naquilo que imaginara ser a realização máxima de todos os seus desejos e fantasias. Sorveu até o fim da taça, sugou tudo, se jogou de corpo e alma no mundo que buscara. Perdeu a referência do Pai e de sua casa. Coisificou-se, encheu-se de impessoalidade, saiu do eixo, caiu em um buraco negro até chegar ao fundo do poço. Tinha dissipado tudo, não só a sua herança, . 12 .
mas todos os recursos humanos interiores e entrou numa falência radical. Qual foi a consequência de tudo o que viveu? Aperto! Mas, assim como a borboleta que faz o esforço para sair do casulo, ele também fez o seu esforço: deu o primeiro passo. O texto diz: “Caindo em si...” (Lucas 15.18). Ele volta para si mesmo, voltou para o eixo, tomou consciência, viveu o milagre de Deus para o ser humano. Se lembrando da casa do Pai, decidiu voltar. “Vou voltar para a casa do meu pai” (Lucas 15.18) foi a coisa mais difícil de fazer. Ele reconheceu, admitiu sua falência, reconheceu sua queda, percebeu o seu fundo de poço. Abriu os olhos para sua impotência e se arrependeu. Então começou uma genuína jornada de resgate de sua própria vida, ao encontro de si mesmo, de sua realidade. Conectou-se consigo mesmo e por consequência desejou voltar à casa do Pai. Retornou, dando o primeiro passo no caminho de volta. Uma jornada de transformação começa com o primeiro passo. O passo da admissão, do reconhecimento de que não dá mais para continuar da forma como está. O pai amoroso, Deus, quer nos ajudar a dar o primeiro passo.
VER, PENSAR E AGIR Escreva sobre quais são as maiores dificuldades da sua vida no momento. Quais são seus apertos? Relacionamentos machucados? Sua saúde física? Problemas financeiros? O que não dá mais para continuar como está? Tenha liberdade para escrever sobre eles. Escrever ajuda a descompactar suas emoções. . 13 .
Você pode colocar tudo isso nas mãos de Deus! Fale com Ele, de maneira simples, com palavras vindas do seu coração!
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Dia
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AVALIE SUA VIDA “Jesus voltou para o lado oeste do lago, e muitas pessoas foram se encontrar com ele na praia. Um homem chamado Jairo, chefe da sinagoga, foi e se jogou aos pés de Jesus, pedindo com muita insistência: — A minha filha está morrendo! Venha comigo e ponha as mãos sobre ela para que sare e viva!” (Marcos 5.21-23)
Você já ouviu a expressão “beco sem saída”? Prova-
velmente sim. É uma expressão popular para definir um momento da nossa vida ou de alguém que está numa situação difícil. Um momento em que não temos o controle das circunstâncias, um conjunto de situações que nos afetam e que modifica o estado atual das coisas. No texto que inicia nossa reflexão de hoje, vemos um homem num “beco sem saída”. Seu nome era Jairo e sua filha, a única filha, estava morrendo. O problema dele poderia ser solucionado apenas com um milagre. A Bíblia deixa claro que ele era o “chefe da sinagoga”. Ele tinha um cargo importante dentro de sua comunidade religiosa. Ele poderia ter mantido as aparências. Poderia ter mostrado que conseguia lidar com aquilo. Porém, a . 15 .
situação não permitia isso. Ele tinha que avaliar e tomar uma atitude rápida com a finalidade de salvar sua filha. Foi o que ele fez: avaliou o momento em que estava e pediu ajuda. Jairo deixa de lado sua reputação como líder religioso. Deixa tudo para trás pelo bem mais importante: a vida de sua filha. Deixou seu orgulho. Admitiu que o problema era grave e que não sabia lidar com ele. Cair aos pés de Jesus como a única solução para salvar a vida da sua filha, era admitir que sua religiosidade não tinha solução para o que estava vivendo. Diante dos desafios da vida, muitas pessoas vão tentar manter suas aparências. Simplesmente não querem avaliar para salvar o que é mais importante. Assim, continuam do mesmo jeito. Nunca experimentam milagres e tampouco transformação pessoal. Conformam-se em continuar levando a vida do jeito que dá, pois, afinal de contas, a vida é assim mesmo. John Kennedy disse certa vez: “O conformismo é o carcereiro da liberdade e o inimigo do crescimento”. Queremos parar de crescer? Acreditamos que não! Contudo, se nos conformarmos, vamos parar de crescer. “O sofrimento é o megafone de Deus”1. É através dele que somos levados a entender o que precisa ser tratado em nós. Passamos a descobrir o que está oculto aos nossos olhos. Através da dificuldade contemplamos aquilo que resistimos em mudar. O sofrimento na vida de Jairo mostrou algumas coisas que ele deveria deixar para trás: orgulho, medo, posição, entre outras. Será que já paramos para pensar nisso: o que o nosso sofrimento quer nos “falar”? Na maioria dos casos, a for1
O Problema do Sofrimento, Editora Vida, 1ª Edição, p. 106. (C. S. Lewis) . 16 .
ma como vivemos nos leva a “becos sem saída”. Parece que só depois de situações como estas é que nos lançamos na jornada interior de reconhecimento e admissão. Avaliar e admitir é o primeiro passo para o crescimento no caminho da restauração. A pergunta que fica no ar é: quantas situações de dor ainda teremos que passar para enfim avaliarmos a nossa vida de maneira séria?
VER, PENSAR E AGIR Em que situações você se vê num beco sem saída? Dê exemplos concretos.
Quais são os comentários constantes que as pessoas fazem a seu respeito e que você acredita não serem verdadeiros? Em que medida esses comentários podem estar revelando a você uma parte de sua vida que ainda não enxerga ou não quer admitir?
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Dia
3
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APONTE O QUE ESTÁ FORA DE CONTROLE “Não me deixes seguir o caminho errado; com a tua bondade, ensina-me a tua lei”. (Salmo 119.29)
Existe uma recomendação médica importante depois
que as pessoas passam dos 30 anos de idade: fazer um checkup. E o que é um checkup? Uma avaliação médica de rotina associada a exames específicos para determinar como está a saúde de uma pessoa. Segundo os médicos, seria importante que depois dos 30 anos, cada pessoa faça esta avaliação de saúde pelo menos a cada dois anos. Depois dos 40 anos, o indicado é anual. A intenção dos médicos é que se possa avaliar os índices de saúde. Apontar o que está fora de controle e tomar medidas práticas para que a saúde seja reestabelecida. O propósito principal é que as pessoas tenham uma qualidade de vida melhor e possam desfrutar dos anos seguintes de forma agradável. Aplicando essa mesma ideia do checkup médico, podemos pensar: qual foi a última vez que fizemos um checkup espiritual, moral e social da nossa vida? O texto que dá início ao capítulo de hoje diz: “Não me deixes seguir o cami. 18 .
nho errado”. A Palavra de Deus serve como um espelho para a nossa vida. Ao lermos a Bíblia descobrimos o que está errado à nossa volta. Ela nos ajuda a apontar as coisas que estão fora do lugar e muitas vezes fora de controle. O Salmo 119, a referência de hoje, nos mostra várias situações da vida pelas quais precisamos ser avaliados pelas Escrituras. Salmos 119.105 diz: “A tua palavra é lâmpada para guiar os meus passos, é luz que ilumina o meu caminho”. A maior direção que podemos ter na vida é a Palavra de Deus iluminando nossos passos e nos ajudando a avaliar nossos caminhos. É interessante observar a história de Bill Wilson e Bob Smith, dois homens que tiveram muita dificuldade com o álcool e se tornaram os fundadores do Alcóolicos Anônimos, mais popularmente conhecido como A.A. Bill era filho de um alcóolico e abandonado por ambos os pais ficou aos cuidados dos avós. Começou a beber para tentar esquecer as dores da alma. Bebia em quase todas as situações, fosse para comemorar ou para neutralizar a dor da sua alma. O outro homem, Bob Smith, mais conhecido como Dr. Bob, teve problemas com o alcoolismo desde muito cedo. Ainda assim conseguiu frequentar a faculdade de medicina e se formou em 1902. Seu alcoolismo piorou tanto que não tinha mais condições de clinicar e chegou a ser considerado um caso irrecuperável. O que esses dois homens tinham em comum? O desejo de ter uma vida transformada. Começaram a estruturar aquilo que hoje se conhece no mundo inteiro como “12 passos”. Na jornada de transformação precisaram entender qual seria o ponto de partida. A conclusão deles era que a primeira atitude a tomar era admitir que muitas . 19 .
coisas estavam sem controle. Assim, o primeiro passo do A.A., que influenciou todos os grupos de apoio no mundo, ficou conhecido da seguinte forma: “Admitimos que somos impotentes perante algumas de nossas questões e que não temos o controle sobre elas”. Bill e Bob conseguiram se recuperar daquilo que os mantinha presos. Mas não sem um checkup! Eles precisaram começar apontando o que estava fora de controle. Necessitaram compreender os caminhos errados que estavam vivendo. Dispuseram-se a trabalhar para corrigi-los. Talvez nossos problemas não sejam relacionados ao álcool ou a outros tipos de vícios mais evidentes. Contudo, é importante fazer um checkup e apontar o que está fora de controle.
VER, PENSAR E AGIR Você consegue identificar uma ou mais questões que estão fora de controle na sua vida? Colocamos abaixo algumas sugestões. Marque-as e escreva aquilo que mais o incomoda. ( ) Emocional: depressão, ansiedade, medos, autoestima, entre outras. ( ) Físico: alimentação, saúde, sono. ( ) Social: conflitos, solidão, intolerância ( ) Financeiro: consumismo, dívidas, descontrole ( ) Moral: mentira, desonestidade, pornografia, adultério ( ) Família: brigas, separação, isolamento ( ) Espiritual: falta de fé, sentimento de vazio, decepção com Deus . 20 .
Reflita: como estará a sua vida se daqui a um ano você não mudar nada?
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Dia
4
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RECONHEÇA SUA LIMITAÇÃO “Mas ele me respondeu: ‘A minha graça é tudo o que você precisa, pois o meu poder é mais forte quando você está fraco’” (2 Coríntios 12.9).
Muitas pessoas pegam o controle da TV e por vezes
protagonizam uma cena engraçada: ficam mudando de canal aleatoriamente, sem decidir o que querem assistir. Dizem que esta cena é mais protagonizada pelos homens, quando entram em sua “caixinha do nada”. Independente do sexo, muitos fazem isso. Tudo pode ser explicado de maneira simples: quando a pessoa tem o controle da TV nas mãos ela tem o sentimento de que está, pelo menos, controlando alguma coisa. É assim que queremos sentir-nos em relação às nossas vidas. Queremos estar no controle de tudo. Não podemos controlar o que as pessoas pensam de nós, mas muitas vezes tentamos, através das nossas atitudes. Queremos que as coisas aconteçam do jeito que sonhamos e, quando isso não acontece, não admitimos que só deu errado porque estávamos no controle. Na tentativa de ficar no comando, nos desgastamos muito. Uma grande quantidade de energia é despendida para tentar manter . 22 .
tudo sob controle. Não dormimos, preocupados. Não nos alimentamos direito, porque estamos fixados naquilo que precisamos manter sob o controle. Somos dominados pela ansiedade, pelo medo, pela angústia. A verdade é que enquanto não nos conscientizarmos de que somos limitados, nunca encontraremos descanso. O escritor Max Lucado disse certa vez: “A preocupação nunca dorme. Os filhos de Deus, sim”. Quando entendemos Deus que controla todas as circunstâncias, nosso fardo fica leve. Aquilo que Deus falou ao apóstolo Paulo pode ser aplicado a nós: a graça de Deus basta. Somos mais fortes quando reconhecemos nossa limitação, nossa fraqueza ou a impotência diante de muitos desafios. Deus quer fazer a sua vontade em nossas vidas. Por vezes não vamos receber o que queremos, mas o que Deus quer. Quando Deus pede para que venhamos abrir mão de algo é porque ele sabe o final de tudo. Quando ele pede para suportarmos o sofrimento é porque sabe exatamente o que quer nos ensinar através disso. Qual é a nossa parte em tudo isso? Aceitar que somos limitados e que não temos o controle. Deus está procurando pessoas que venham unir a sua impotência com a onipotência dele, a capacidade que Ele tem de mover e fazer todas as coisas. Deus está procurando por pessoas que coloquem o controle das suas vidas nas mãos dele. Enquanto nos sentimos fortes, a força e o poder de Deus nunca se manifestarão. Quando reconhecemos nossas fraquezas, Deus tem toda a liberdade de agir. O reconhecimento da nossa limitação é a porta de entrada para o fluir do agir de Deus. Se quisermos viver restauração em nossas vidas, precisaremos abraçar um princípio . 23 .
importante: a humildade. Precisamos ter honestidade, parar de negar a dor, parar de brincar de Deus e, humildemente, reconhecer nossa impotência. Não reconhecer nossa limitação tem um nome: orgulho. Admitir nossa impotência chama-se humildade. Qual dessas duas palavras queremos carregar?
VER, PENSAR E AGIR Como o orgulho tem atrapalha a sua vida?
O que você precisa admitir sobre sua vida que não vai tão bem assim? Você tem procurado esconder algo ou mentir?
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VocĂŞ estĂĄ disposto a experimentar uma nova maneira de viver? Se fosse para abrir mĂŁo de algo para experimentar isso, o que seria?
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Dia
5
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REFAÇA SUAS PRIORIDADES “Portanto, ponham em primeiro lugar na sua vida o Reino de Deus e aquilo que Deus quer, e ele lhes dará todas essas coisas” (Mateus 6.33)
Deus foi muito bondoso ao nos conceder o livre arbí-
trio. Ele nos deu o poder de decidir e escolher aquilo que é melhor para nós. Esse poder de decisão envolve desde situações mais simples, como a roupa que vestimos no dia a dia, até as mais complexas, como a escolha do cônjuge e até a carreira que vamos seguir. Diante desse poder que Deus nos deu, nos vemos constantemente fazendo escolhas. Algumas delas são acertadas, outras nem tanto. Na verdade, nossas escolhas moldam nossas prioridades. Aquilo que escolhemos revela o propósito do nosso coração. Diante do poder da escolha, precisaremos definir aquilo que é prioridade para nós. Nossas escolhas traçarão nosso destino e cada uma delas trará consequências para nossas vidas. Um exemplo disso é a escolha que algumas pessoas fazem de colocar todas as forças no desenvolvi. 26 .
mento da sua carreira. Não há nada de errado em querer se desenvolver. No entanto, aquele que coloca todo foco na carreira, terá como consequência a falta de tempo para estar com a família ou os amigos, impedindo assim, a construção de relacionamentos significativos, o que será um alto preço a ser pago. Harvey Mackay escreveu certa vez: “Se não decides tuas prioridades e quanto tempo dedicarás a elas, alguém decidirá por ti”2. Verdade! Se nós não fizermos escolhas, a vida o fará por nós. O pior é que nem sempre o que se apresenta será a melhor opção. Quando não pensamos em nossas prioridades com dedicação, acabamos fazendo escolhas que nos levam a ser prisioneiros das circunstâncias, colocando nossas vidas nas mãos do acaso. Jesus, no maior discurso da história da humanidade, o Sermão da Montanha, fala sobre prioridades e expõe os resultados de fazermos escolhas corretas. Ele mostra uma relação de causa e efeito. Colocar o Reino em primeiro lugar seria a causa. O efeito é “e ele lhes dará todas essas coisas” (Mateus 6.33). Todas as nossas escolhas têm uma consequência. Prioridades fora do lugar levam a desajustes. Podemos escolher entre amar incondicionalmente a família ou nos isolarmos e reclamar de solidão. Podemos escolher entre nos deixarmos paralisar pelo medo ou agir com o pouco que se tem e com vontade de vencer. Podemos escolher entre vivermos o presente e semear para o futuro ou ficar neutralizado no passado. Podemos escolher entre sermos escravos das desculpas e preguiça ou tomarmos uma atitude para concretizar um plano de vida. 2
A Tríade do Tempo, Sextante, pág. 19. (Christian Barbosa) . 27 .
De nada adiantará, agirmos da mesma maneira esperando resultados diferentes. Se queremos mudança precisamos rever a maneira de encararmos a vida. A plenitude de vida virá a partir do momento em que decisões acertadas são tomadas, prioridades são revistas e ações começam a sair do papel. Christian Barbosa escreve: “A vida é curta, por isso não faça dela um rascunho. Pode não dar tempo de passá-la a limpo”3.
VER, PENSAR E AGIR Refazendo prioridades: reescreva os itens a seguir de acordo com as suas prioridades. O que está em primeiro lugar? O que está em último lugar? • Trabalho • Família • Igreja • Deus • Amizades • Dinheiro • Servir aos outros
1) __________________________ 2) __________________________ 3) __________________________ 4) __________________________ 5) __________________________ 6) __________________________ 7) __________________________
O que havia de positivo em suas prioridades? O que havia de negativo?
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Ibdem, pág. 41. (Christian Barbosa) . 28 .
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Dia
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ENTREGUE SUA VIDA A DEUS “Naquela cidade morava uma mulher de má fama. Ela soube que Jesus estava jantando na casa do fariseu. Então pegou um frasco feito de alabastro, cheio de perfume, e ficou aos pés de Jesus, por trás. Ela chorava e as suas lágrimas molhavam os pés dele. Então ela os enxugou com os seus próprios cabelos. Ela beijava os pés de Jesus e derramava o perfume neles” (Lucas 7.37,38)
A imagem da vida cristã como uma jornada repre-
senta a experiência de seguir a Cristo. Jornadas implicam movimento, rumo e direção. Ação, partidas, paradas, desvios, atrasos e viagens para o desconhecido. Deus sempre desafiou seus filhos para deixarem sua antiga vida a fim de começar uma jornada que mudaria suas vidas para sempre. Alguns aceitaram o desafio, outros ficaram desiludidos e paralisaram no meio do caminho. Não conseguiram vislumbrar o quadro maior da obra transformadora que Cristo propôs e com certeza faria em suas vidas. . 29 .
A mulher que lançou o perfume aos pés de Jesus entregou tudo o que possuía. A fragrância era extremamente cara e fruto de anos de economia. Era para ser usada apenas na noite de núpcias. Para experimentar a paz que Jesus oferecia ela lançou tudo a seus pés. O que muitos não compreendem é que o crescimento para a maturidade em Cristo requer a passagem pela jornada da transformação e uma entrega absoluta. Para isso é necessário um ato de fé, uma decisão diária de se render aos pés do criador. Deus envia continuamente eventos, circunstâncias e provas para manter seus filhos em movimento. Ele insiste e está determinado a completar o trabalho que começou e está sempre mostrando que a vida espiritual de seus filhos consiste em entrega, dependência e obediência à sua perfeita vontade. Mas existe uma deliberada resistência à essa entrega. Desde o Éden o homem busca ser independente de Deus, querendo controlar sua própria vida, buscando ser Deus. Quanto mais independente, mais longe de Deus e de si mesmo ele fica. O medo e o orgulho o impedem de se entregar. Então chegam as crises que viram seu mundo de cabeça para baixo. Elas vêm de circunstâncias difíceis, como um divórcio, ou da perda de um emprego, da morte de um ente querido, de um diagnóstico de câncer, uma traição. Todos passam por crises, retrocedem involuntariamente às imperfeições de caráter. Os maus hábitos são como raízes vivas que retornam, mas essas raízes devem ser tiradas, arrancadas do jardim da alma. Isso requer a intervenção direta de Deus nos levando à contrição e ao arrependimento. E assim ele vai tirando o controle e a . 30 .
autossuficiência das nossas mãos para que experimentemos o que significa viver em união com o seu amor. Rendidos e entregues à sua vontade tornam-se finalmente ao seu verdadeiro eu em Cristo Jesus. Experimentam assim segurança, alegria e força em seu viver. Esse é o modo de Deus reprogramar e purificar nossos afetos e paixões para que seus filhos possam se deleitar em seu amor e entrar na comunhão rica e plena com ele. Seu desejo é que conheçam sua verdadeira paz e seu verdadeiro descanso no íntimo relacionamento com ele. O que seria uma entrega da nossa vida à Deus? Conscientemente escolher confiar toda nossa vida e vontade ao controle dEle. Quando entregamos, paramos de fazer o trabalho de Deus. Permitimos que Deus faça aquilo que não podemos fazer a nós mesmos. Acreditamos que seus planos são melhores para nós. Ele nunca vai nos abandonar. Sempre estará presente.
VER, PENSAR E AGIR O que significa entregar-se para você?
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Existe algo que você não consegue entregar para Deus? Por quê?
Como seria a sua vida se você conseguisse se entregar completamente?
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Dia
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TESTEMUNHO PESSOAL – CHEGA DE DESCULPAS! Ao término de cada semana do livro, seremos encorajados a ler sobre uma história de transformação pessoal na vida de alguém. Os testemunhos incluídos nestas seções são verdadeiros. Contudo, os nomes apresentados foram modificados, para preservar a identidade da pessoa. Ouvir ou ler sobre o que Deus tem feito na vida de outros serve de inspiração para termos esperança e continuarmos prosseguindo. Este é o propósito principal desta seção: mostrar que é possível receber transformação com a ajuda de Deus!
Meu nome é Eliane, sou filha amada de Deus e estou
vencendo a intolerância e o espírito crítico. É dessa forma que nos apresentamos na caminhada de restauração, dando ênfase na nossa identidade e dando nome às nossas lutas. Além disso, uma das regras do grupo de apoio que participo é falar na primeira pessoa. E foi dessa forma, falando “EU”, que Deus me mostrou que as escolhas que . 33 .
faço na vida são de minha total responsabilidade e que não posso justificar os meus fracassos em outras pessoas. Se eu fiz foi porque EU quis fazer. Minha mãe desde cedo me ensinou os caminhos de Jesus. Mas, no início da juventude, deixei-me encantar com um mundo de ilusões e abandonei a igreja e os caminhos de Deus. Como não tinha muita liberdade em casa, comecei a mentir para poder fazer o que queria. Entrei num cursinho pré-vestibular a noite como desculpa para frequentar bares e festinhas, aprendi a fumar, beber e jogar. Quebrei princípios e valores como se nunca houvesse aprendido sobre eles. Foram muitos anos longe de Deus e durante esse período, conheci meu marido na empresa em que trabalhava, nos envolvemos e construímos nosso relacionamento em meio a traições, mentiras e desconfianças, pois éramos comprometidos nesta época. Após um tempo, nos separamos dos nossos cônjuges e passamos a morar juntos. Depois de três tivemos nosso filho. Por conta de nossa própria história de pecado nossa união era muito difícil. No trabalho fingíamos muito bem e muitos até nos chamavam de casal modelo. Vivíamos de aparências pois na verdade não éramos felizes e em casa cada um tinha seu próprio mundo. Deixamos um muro enorme crescer entre nós. Estávamos juntos, porém sozinhos. Eu, nesta época estava muito bem na área profissional. Com isso, alimentei a arrogância e a autossuficiência e abusava do poder que o cargo me proporcionava. Com o vazio que vivia em casa, me “afundei” no trabalho, chegando a fazer jornada dupla sem necessidade e me orgu. 34 .
lhava de não depender de ninguém. Sempre deixava isso bem claro ao meu marido. Em casa, pagava uma babá e gastava boa parte de meus rendimentos com presentes e brinquedos para nosso filho, a fim de compensar a minha ausência como mãe. Mesmo sofrendo, eu era orgulhosa e “durona” e não deixava a verdade aparecer, nunca contei a ninguém a realidade da minha vida. E pior, mesmo conhecendo o que Deus falava sobre isso, eu não me lembrava dEle em meus caminhos. Deus tinha outros planos pra mim e começou a mexer na minha vida. Com orgulho e tudo, Ele permitiu um “tratamento especial” para que eu pudesse entender que não era tão independente como pensava. Comecei a ter problemas graves de saúde, tive um diagnóstico de esclerose múltipla e fiquei com 20% de visão. A noite piorava muito e eu não enxergava nada. Precisei depender dos outros para ser guiada, pois chegava a bater a cabeça nas portas. Precisei depender principalmente do meu marido. Uma noite, ao jantar, não vi o alimento no prato. Desesperei-me, comecei a chorar e meu marido veio e me deu de comer. Naquela hora, fui quebrada, Deus começou a tratar o meu orgulho e independência. O cerco começou a se fechar na minha vida. Em meu trabalho, a confiança que eu conquistei, devido a um erro meu, passou a ser contestada de tal maneira que eu tive que pedir demissão. E com isso veio a dificuldade financeira. E claro, no “aperto e na dor” lembrei-me de Deus. Arrependi-me da vida que levava e procurei me envolver nos trabalhos da igreja, achando que deveria recuperar o tempo perdido. Fui curada após um tempo, voltei a tra. 35 .
balhar e Deus foi me mostrando a necessidade de estar com pessoas que se envolvessem no cuidado com outras. Comecei a me envolver com o departamento de aconselhamento da igreja que frequentava. Comecei então a participar de todos os cursos, retiros, seminários e programas que esse departamento oferecia. Com isso, continuei ausente em casa. Pior, criei um sentimento de que não tinha problemas e estava pronta para ajudar os que tinham. Um verdadeiro orgulho espiritual. E foi com esse sentimento que eu entrei numa jornada de autoconhecimento e restauração pessoal. Na igreja que frequento, chama-se “Celebrando a Restauração”. Minha ideia era ser treinada como líder no projeto piloto desse programa da igreja. Lembro que na época ainda pensei que talvez não pudesse ajudar, pois não tinha grandes feridas e traumas. Que engano! Conforme ia caminhando, para minha surpresa, deparei-me com maus hábitos e falhas de caráter que eu jamais achei que pudesse ter. O primeiro passo desse programa era: reconhecer que não sou Deus. Já no primeiro estudo, intitulado “Saindo da Negação”, entendi que a negação imperava em minha vida. Dentro da caminhada do programa, e como havia escrito no começo, havia uma regra clara: falar em primeira pessoa. Colocar isso em prática era muito difícil, porque “EU” não tinha defeito e “EU” não fazia nada para ninguém. Os outros é que não sabiam lidar comigo. A culpa de tudo sempre era de alguém ou por causa de alguma coisa, menos minha. Mesmo extremamente incomodada, nas partilhas do grupo pequeno eu procurava só contar vitórias. Fui . 36 .
negando a minha realidade enquanto pude, mas isso não durou muito tempo. Não aguentei e admiti que minha vida estava sem controle. Viver de aparências e mentiras é uma escravidão sem tamanho. Eu sofria muito e, por orgulho, só me permitia chorar escondida e sozinha. E mesmo assim sentia muita raiva quando não conseguia me controlar. Além disso, eu brigava com Deus achando que Ele tinha que restaurar meu casamento, afinal de contas, eu tinha voltado para a igreja e estava firme servindo. Eu descarregava toda essa raiva e frustração culpando, criticando e ofendendo meu marido com sarcasmo, ameaças e atitudes de vingança. Assumia uma postura de “coitadinha” e de “vítima”. Fora de casa, portava-me de maneira autoritária e controladora. Minha intenção era “mascarar” esses problemas e o meu verdadeiro “eu”. No grupo de apoio, eu encontrei um ambiente em que, pela primeira vez na vida, pude mostrar meus sentimentos e ser eu mesma de verdade, sem ter medo de ser criticada. Foi no grupo que eu me dei conta da minha parcela de responsabilidade em toda a “bagunça” da minha vida. Eu entendi que carregava a culpa da minha união ter sido construída de forma errada, sendo eu conhecedora da palavra. Eu carregava essa culpa porque nunca entendi de verdade a graça de Deus. Conformei-me achando que estava sendo castigada e não merecia ser feliz. Por isso, passei a usar uma “muleta” chamada auto piedade. Esta muleta me impedia de ser eu mesma e de dar os passos necessários para a mudança. Um dos estudos do grupo de apoio, era sobre a “Graça”. Deus falou profundamente ao meu coração quando . 37 .
ouvi que a “graça significa que não existe nada que possamos fazer para que Deus nos ame mais ou menos”. Livre dessa culpa, agradeci a Deus por ter me mostrado que seu amor não era medido pelo “tamanho, tipo ou tempo” de pecado da minha história. Passei então a fazer a minha parte. Confessei e admiti meus erros. Entendi também que não bastava, da noite para o dia, passar a dizer “te amo” toda hora e achar que estaria tudo resolvido. Eu tinha que mudar vários comportamentos, reparar algumas coisas, pedir perdão e perdoar também. Então, parti para a ação! Passei a policiar-me nos maus hábitos que precisava abandonar. Pedi perdão ao meu marido pela raiva, pela falta de respeito e ameaças de separação. Perdoei também algumas coisas que me magoaram e pude sentir o alívio de viver sem este peso. E foi através dessas atitudes que depois de 10 anos vivendo na mais completa insanidade, minha vida e meu casamento dia após dia foi restaurado. Enquanto olhava só para o meu “umbigo”, não havia percebido o homem valoroso que tinha ao meu lado e agradeci a perseverança dele nesses anos todos. É claro que ainda temos nossos conflitos, mas é bem diferente a maneira como lidamos com eles. Tenho como base principal na minha jornada de transformação os trechos de uma oração, chamada “Oração da Serenidade”, que dizem: “Vivendo um dia de cada vez” e “Confiando que o Senhor fará tudo dar certo se eu me entregar a Sua vontade.” Obrigada por ler meu testemunho! E. E. P. P. . 38 .
Semana
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ENCARE O PASSADO!
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