Louvor e adoraçâo issuu

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Louvor e Adoração no Culto Congregacional

Curitiba 2013

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Copyright©2013 por Lenilson dos Santos - Nill

Coordenação editorial: Priscila Laranjeira

Todos os direitos reservados por:

Capa: Igor Braga

A.D. SANTOS EDITORA Al. Júlia da Costa, 215 80.410.070 – Curitiba – Paraná – Brasil 55 (41) 3207-8585 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br

Diagramação e projeto gráfico: Adilson Proc Impressão e acabamento: Gráfica Exklusiva

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) SANTOS, Lenilson Louvor e adoração no culto congregacional / Lenilson dos Santos – Curitiba : A.D. Santos Editora, 2013. 14x21 cm. ; 64 páginas ISBN 978-85.7459-331-9 1. Vida Cristã.  2. Experiência Religiosa  I. Título.

CDD 248

1ª Edição: Outubro / 2013 – 3.000 Exemplares

Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

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Índice Apresentação

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1. A Adoração

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2. O Ser Adorado

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3. O Adorador

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4. Os Meios para Adoração

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Conclusão

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Bibliografia

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I Apresentação Este trabalho visa auxiliar aos cristãos na direção e prática da adoração ao Deus Vivo durante eventos públicos, tais como reuniões congregacionais e cultos evangelísticos. Trata-se de um guia de estudo para aqueles que foram chamados por Deus para a sublime tarefa de dirigir os momentos de adoração pública. Desejo que o Espírito Santo faça uso deste modesto trabalho a fim de impactar as vidas de todos os membros das igrejas cristãs envolvidos com o louvor e adoração, de modo que, possam oferecer e conduzir os ouvintes a oferecerem ao Senhor uma adoração sincera e qualificada. Com esse propósito, nas próximas páginas passaremos a desenvolver os seguintes tópicos: 1. A adoração; 2. O Ser adorado; 3. O adorador; 4. Os meios para a adoração. Oro para que o Senhor Jesus Cristo seja exaltado através deste breve estudo e que receba a nossa mais sincera adoração. A Deus toda glória! Pr. Nill

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“Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores” (João 4:23)

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I A Adoração O tema adoração nos conduz instintivamente a três perguntas: • O que é adorar? • Como adorar? • A quem adorar? Então, eu o convido a pensar comigo em busca de respostas que glorifiquem a Deus. 1. O que é adorar? Antes de fazermos qualquer coisa para Deus, é recomendável que tenhamos em mente uma noção clara e objetiva do serviço que prestaremos a Ele. Em nosso caso, estamos nos propondo a adorar ao Senhor e a conduzir outros no mesmo sentido, para que todos juntos prestemos a Deus a adoração que lhe é devida. Mas, o que é adorar? Para responder essa pergunta, creio que, primeiramente, devamos nos lembrar de que o “Cristianismo não é uma religião, é um relacionamento”1. Isto é muito importante, porque, infelizmente, é possível servir a Deus em uma igreja sem ter um relacionamento com Ele. No entanto, somos NOLAND, Rory. O coração do artista: construindo o caráter do artista cristão. Fortaleza: Ekklesia, 2000, p. 201.

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chamados para um relacionamento íntimo e verdadeiro com o Deus Eterno através de seu Filho Unigênito, o Senhor e Salvador Jesus Cristo. E uma vez que nossa experiência religiosa esteja fundamentada em um relacionamento pessoal com Deus, a adoração pública nada mais será do que uma extensão da adoração particular por nós vivenciada. Em outras palavras, se você não adora a Deus quando está sozinho com Ele, não poderá adorar e conduzir outros em adoração quando estiver em público. Com isso em mente, podemos passar a meditar sobre o significado da adoração a Deus. De acordo com a lição trazida por Ronald Allen e Gordon Borror no livro Teologia da Adoração: “Adoração é uma reação ativa a Deus, pela qual declaramos sua dignidade. A adoração não é passiva, mas sim participativa. Adoração não é simplesmente um clima; é uma reação. Adoração não é apenas uma sensação; é uma declaração”2.

Ademais, para os autores citados, o ministério de adoração se ocupa com o “ato de expressar a Deus sua dignidade e glória infinitas”3. Concordo plenamente com eles. Para auxiliar nossa compreensão sobre o tema, interessante pensarmos um pouco sobre o significado da palavra inglesa worship. Worship vem do termo anglo-saxão weorthscipe, modificado para worthship, finalmente transformando-se em worship. Assim, worship significa atribuir valor, mérito (worth) a alguém ou a alguma coisa4. ALLEN, Ronald; BORROR, Gordon. Teologia da Adoração: o verdadeiro sentido da adoração. São Paulo: Edições Vida Nova, 2002, p. 16. 3 Ibid., p. 55. 4 Ibid., p. 16. 2

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Portanto, adorar alguém ou algo é o mesmo que atribuir mérito supremo a ele ou declarar valor supremo à pessoa ou à coisa adorada. Veja o que Ralph P. Martin escreveu sobre essa questão: “Se elevarmos esse pensamento ao domínio dos relacionamentos divino-humanos, temos uma boa definição do termo adoração sob medida para nós. Adorar a Deus é atribuir a ele mérito supremo, pois somente ele é digno de louvor”.5

“Tributai ao SENHOR, ó famílias dos povos, tributai ao SENHOR glória e força. Tributai ao SENHOR a glória devida ao seu nome; trazei oferendas e entrai nos seus átrios. Adorai o SENHOR na beleza da sua santidade; tremei diante dele todas as terras”. (Salmo 96:7-9)

A Adoração

Assim, da próxima vez que for adorar a Deus ou dirigir a congregação em algum momento de adoração, lembre-se que seu principal objetivo será expressar ao Senhor o quanto o admira e o quanto Ele significa para você, razões pelas quais oferece e conduz o povo a oferecer-Lhe todos aqueles atos de adoração.

2. Como adorar? Normalmente, ao procurarmos responder essa pergunta, de pronto pensamos em aspectos técnicos. Não que eles não tenham importância, porém, sua relevância é secundária. Em primeiro lugar, devemos lembrar que a adoração possui um aspecto subjetivo sem o qual nada mais importará, ou seja, devemos adorar a Deus com sinceridade de coração! Ibid., p. 17.

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Adorar sem mentira, sem hipocrisia, sem fingimento. Sabe por quê? Porque Deus conhece nossos corações! Lembre-se do que o Senhor disse a Samuel, quando este foi enviado para ungir o novo Rei de Israel:

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“O Senhor, contudo, disse a Samuel: ‘Não considere a sua aparência nem sua altura, pois eu o rejeitei. O Senhor não vê como o homem: o homem vê a aparência, mas o Senhor vê o coração’”. (1 Samuel 16:7)

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Deus me ensinou que é melhor não participar de um momento de adoração que participar apenas de “corpo presente”, sem que minha vontade esteja em consonância com aquele momento sublime. Isso não quer dizer que sempre tenha que me sentir bem para adorar a Deus, porque haverá momentos em que a tristeza, o desânimo e outras coisas mais estarão em meu coração e mesmo assim poderei adorar a Deus. Sabe por quê? Porque apesar de tudo o que eu possa estar sentindo ou vivendo, Deus continuará sendo digno de toda honra, louvor e glória! Logo, mesmo triste ou desanimado, posso me dirigir a Deus em adoração. Mas, sempre com sinceridade. Diria mais ou menos assim: “Deus, estou muito triste, desanimado, irritado, mas, mesmo assim, reconheço que o Senhor é digno de todo o meu respeito e consideração; reconheço que apesar do que eu estou vivendo o Senhor continua merecedor de toda a minha adoração. Por isto, peço que me perdoe e conforte meu coração, porque, apesar de tudo, escolho adorar a Sua pessoa e lhe oferecer esse ato de adoração”. Temos que dizer ainda que a essência da nossa adoração é a nossa celebração a Deus! E celebrar a Deus significa exaltar a Deus! Ou seja, nós cantamos louvores a Ele e nos orgulhamos Dele! Por isto o salmista escreveu:

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“Celebrai com júbilo ao SENHOR, todas as terras. Servi ao SENHOR com alegria, apresentai-vos diante dele com cântico. Sabei que o SENHOR é Deus; foi ele quem nos fez, e dele somos; somos o seu povo e rebanho do seu pastoreio. Entrai por suas portas com ações de graças e nos seus átrios, com hinos de louvor; rendei-lhe graças e bendizei-lhe o nome. Porque o SENHOR é bom, a sua misericórdia dura para sempre, e, de geração em geração a sua fidelidade”. (Salmo 100)

ALLEN, op.cit., p. 18. ALLEN, op.cit., p. 19.

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A Adoração

E, se ainda há alguma dúvida sobre como adorar a Deus, creio ser importante então lembrarmos o que não é adoração a Deus6, para assim estancaremos qualquer dúvida: 1) Adorar a Deus não é resmungar orações ou cantar hinos sem meditar ou se identificar com a mensagem; 2) Adorar a Deus não é usar palavras de auto-exaltação ou de clichês enfadonhos, aborrecidos, quando se pede para alguém dar um testemunho; 3) Adorar a Deus não é dar alguma coisa de má vontade ou prestar um serviço só porque é obrigatório; 4) Adorar a Deus não é tocar uma música indiscriminada mal executada, nem mesmo a boa música executada como se fosse apenas uma apresentação; 5) Adorar a Deus não é suportar, distraído, o sermão. Um culto de adoração a Deus é uma celebração a Ele. Assim como um presente muito bem escolhido é a celebração de um aniversário ou um passeio numa noite especial é a celebração de uma data muito importante7, nossa adoração é a celebração de Sua pessoa e de nosso encontro com Ele!

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Para finalizar, devemos lembrar que a adoração somente pode ser feita através da mediação do Espírito Santo, pois é Ele quem possibilita todas as formas de comunhão com Deus. Nesse sentido, preciosa a lição de Emery H. Bancroft:

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“A adoração é a veneração e a contemplação da criatura a seu Criador, Deus. Deve ser levada a efeito em completa dependência da orientação do Espírito, considerando-se o ‘eu’ como algo de que se deve desconfiar e renunciar. Alguém já disse: ‘Em nossas orações ocupamo-nos de nossas necessidades, em nossas ações de graças ocupamo-nos de nossas bênçãos, mas em nossa adoração ocupamo-nos com Deus’”8.

Há ainda o aspecto técnico da adoração, porém, trataremos dele mais adiante. “Porque nós é que somos a circuncisão, nós que adoramos a Deus no Espírito, e nos gloriamos em Cristo Jesus, e não confiamos na carne”. (Filipenses 3:3) 3. A quem adorar? A quem adoramos? A quem celebramos quando estamos em um momento de adoração pública? Bem, para respondermos essa pergunta é necessário mais do que um tópico; assim, tentaremos responder essa questão no próximo capítulo.

BANCROFT, Emery.H. Teologia elementar: doutrinária e conservadora. São Paulo: Batista Regular, 1998, p. 200.

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