Rompendo as Cadeias das Doenças Espirituais

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Capítulo

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MALDIÇÃO HEREDITÁRIA

Maldição tem ocupado grande espaço de tempo nas igrejas

neo-pentecostais, em algumas denominações pentecostais e inclusive, porém, com menor frequência em certas igrejas evangélicas tradicionais. Muitos livros, apostilas e compêndios, que tratam desta matéria abarrotam estantes das livrarias, bibliotecas e igrejas evangélicas, seminários, nos lares cristãos, e em inúmeros gabinetes pastorais. Centenas de encontros e eventos foram e são realizados, reuniões em lares, seminários em igrejas continuam acontecendo, rituais são ensinados, para o cristão ver-se livre da “maldição hereditária”. “Os chamados ‘espíritos familiares’ ou maldições hereditárias são uma terrível realidade, mesmo após a conversão eles continuam atuando, pois Deus trata com nosso espírito primeiro. Defendem ainda que o propósito de Deus para cada crente é que viva completamente livre de enfermidade ou dores. Fica a critério se quer viver assim ou não. Assim é que quando o cristão se mantêm, sofrendo com dores físicas, não tem 1 ninguém a culpar, senão a si mesmo” .

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Ouvimos com frequência que é preciso quebrar as maldições que herdamos dos nossos antepassados. Argumentam que se os nossos pais, avôs, bisavôs e tataravôs, até a terceira e quarta geração, foram alcoólatras, viciados, doentes de pressão alta, problemas visuais, diabéticos, entre outros, esses vícios e doenças são passados para a sua descendência. Pensam igualmente que, se na linhagem houver prostitutas, sua descendência também herdará a maldição. Ainda dizem que se os ancestrais foram homicidas, enganaram nos negócios, e deixaram dívidas a saldar, essas maldições e pecados estarão presentes na vida da pessoa e em sua posteridade até a terceira e quarta geração. Um pregador renomado, presidente de uma denominação evangélica pentecostal mencionou através de um programa de rádio, que até o timbre de voz, os cacoetes, os trejeitos dos antepassados, os vícios de ludibriar as pessoas nos negócios, são herdados pelos seus descendentes, e desta forma ficarão acometidos de “maldição hereditária”, como legado dos pecados de nossos ancestrais. Agora cabe uma simples pergunta: Não será o gene da voz o biótipo que as pessoas herdam? Em meu primeiro ano de teologia em minha sala de aula, havia duas irmãs, e uma delas comentou em aula, com profundo sentimento de culpa que ela não conseguia dar sequência nos estudos. Sua vida não prosseguia para frente, porque em sua família existia uma maldição hereditária, onde todos eram pessoas incultas e semi-alfabetizadas. Não havia ninguém com curso superior, sendo assim, seria necessário quebrar estas maldições. Na mesma sala, outro colega, um mineiro como eu, estudava teologia conosco e fazia mestrado na Universidade Federal do Paraná. Quando ouviu as palavras da irmã “amaldiçoada”; questionou dizendo que, veio de longe, fazia graduação em teologia e mestrado da outra graduação, sendo que para isso, tivera de deixar sua terra natal, dormia tarde, acordava cedo, estudava nos feriados e fins de semanas. O que ele queria demonstrar era que ela deveria primeiramente ter a mesma dedicação e empenho, devia ter disciplina e persistência nos estudos e na vida, para depois, se nada ocorresse, culpar a si mesma ou aos seus antepassados pela “maldição” que havia herdado.

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O professor, diante destes questionamentos, fez uma pergunta para toda a classe: “Uma grande empresa está selecionando um profissional qualificado! Apresentam-se dois candidatos. Um é cristão, homem de oração e fiel a Deus. Cheio de fé, mas que não estudou e não se preparou e portando, não tem todas as qualificações que a empresa procura. A outra pessoa não é cristã, mas é estudiosa, persistente, disciplinada, e possui os requisitos necessários ao preenchimento da vaga. Qual dos dois candidatos Deus irá aprovar para o cargo ora mencionado? A resposta quase unânime foi que seria a segunda pessoa, que se preparou, mesmo não sendo cristão praticante, e o professor concluiu: Se Deus é Justo, não estaria procedendo justamente permitindo que uma pessoa que não estudou e despreparada ocupasse aquela função, pois, se assim o permitisse, não seria justo, e a justiça é um dos seus atributos morais. Sabemos que o homem desde datas imemoriais, que remontam ao Jardim do Éden quer sempre encontrar “bode expiatório para suas derrocadas” (Adão culpou a Eva, que culpou a serpente). As desculpas são as mais diversas, onde a ociosidade, a falta de disciplina, dedicação, trabalho e empenho têm outro nome. São feitos diversos rituais com o objetivo de se livrar da terrível e escravizante “maldição hereditária”. Eu mesmo e minha esposa, no início de nossa conversão, numa grande igreja, fizemos “a quebra de maldição”, logicamente não conhecíamos plenamente a eficácia do sacrifício vicário de Jesus Cristo através da Sua Palavra. Quando procedemos na “quebra de maldição”, relatei o fato a meu irmão, hoje pastor. Ele como pessoa madura no evangelho, alertou-nos e orientou com algumas palavras. Emprestou-nos um livro que tratava desta matéria. Após a leitura, dúvidas ainda persistiam. Foi assim que decidi aprofundar mais sobre o assunto.

1. CONCEITO DE “MALDIÇÃO HEREDITÁRIA” “A maldição é a autorização dada ao diabo por alguém que exerce autoridade sobre outrem, para causar dano à vida do amaldiçoado [...] 7


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A maldição é a prova mais contundente do poder que têm as palavras. Prognósticos negativos são responsáveis por desvios sensíveis no curso da vida de muitas pessoas, levando-as a viver completamente fora dos 2 propósitos de Deus [...] As pragas se cumprem”. Segundo o Dicionário Aurélio maldição é: “Ato ou efeito de amaldiçoar ou maldizer”. Maldizer: “praguejar contra; amaldiçoar”. Maldito: “Diz-se daquele ou daquilo a que se lançou maldição”. Maldição: “Chamamento de mal, sofrimento ou desgraça sobre alguém”. 3 Maldição – no Hebraico Alah, “juramento”. “Palavras duras proferidas com intuito de prejudicar, geralmente com a ideia que forças extraterrenas, demoníacas ou divinas são invocadas para tornar a maldição efetiva [...]”.4

2. ONDE SURGIU O MOVIMENTO DA “MALDIÇÃO HEREDITÁRIA” Alguém fazendo trocadilho falou o seguinte: A teologia surgiu na Alemanha, foi envelhecida na Europa e falsificada nos Estados Unidos. Isto é, com Lutero na Alemanha surgiu o grande movimento da reforma protestante, João Calvino na França e Zwinglo na Suíça expandiram este maravilhoso movimento, e hereges como Jim Jones, entre outros, surgiram nos Estados Unidos. Os nomes mais influentes e notáveis do movimento neopentecostal, e demais tópicos que compõe a doutrina da teologia da prosperidade são estes: “KENYON. Nasceu em 24.04.1867, Saratoga, Nova York, EUA, Falecendo aos 19.03.48. Nos anos 30 e 40 desenvolveram-se os ensinos de Essek Wiliam Kenyon. Segundo Pieratt (p.27), ele tinha pouco conhecimento teológico formal. Kenyon nutria uma simpatia por Mary Baker Eddy (Gopndim, p.44), fundadora do movimento herético ‘Ciência Cristã’, que afirma que a matéria, a doença não existem. Tudo depende da mente. [...]. De acordo com Hanegraalf, Kenyon 8


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sofreu influência das seitas metafísicas como Ciência da Mente, Ciência Cristã e Novo Pensamento, que é o pai do chamado ‘Movimento da Fé’. Esses ensinos afirmam que tudo que você pensar e disser transfor5 mará em realidade. Enfatizam o ‘Poder da Mente’”.

3. MALDIÇÕES EM GÊNESIS Nas narrativas mencionadas na Bíblia, a primeira maldição encontra-se registrada no livro de Gênesis no seu capítulo 3, a qual foi a desobediência de nossos progenitores Adão e Eva, por terem transgredido à ordem divina, onde não deveriam comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Em consequência deste ato, a serpente, a mulher, o homem e terra, foram amaldiçoados pelo Criador. Vamos aprofundar um pouco mais para entender melhor quais foram os quatro tipos de maldições que foram decretados por Deus, em decorrência da rebelião que estes fizeram ao Senhor. a) A serpente (literalmente) Gn 3.14: “Disse, pois, o Senhor Deus à serpente: Porque fizeste isto, maldita és entre todos os animais domésticos, e entre todos os animais do campo: sobre teu ventre andarás, e pó comerás todos os dias da tua vida”. A serpente não é amiga do homem e de nenhum outro animal, ela locomove-se sobre seu ventre, isto é, não possui patas ou pernas, arrasta-se com a “barriga” no pós da terra, no chão. No sentido figurativo a serpente é Satanás, o inimigo de Deus e do homem. Deus entre outros atributos comunicáveis, que compartilha ou distribui com o homem, estão Amor, Justiça, Misericórdia, Poder, e o homem é a sua imagem porque recebeu daquilo que Deus é. No verso 15 desse capítulo observamos: “E porei inimizade entre ti e a mulher, e entre a tua descendência e o seu descendente; este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar”. Esta é a primeira profecia a respeito de Cristo. “O Seu descendente (Jesus) te ferirá a cabeça”. Ferir a serpente na cabeça é fatal, a víbora só morre quando é atingida nessa parte do corpo, demonstra, que Satanás foi vencido, derrotado por Jesus Cristo na Cruz

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do calvário, porém ainda não foi totalmente aniquilado, isto ocorrerá quando for lançado no lago de fogo e enxofre para toda a eternidade (Ap 20.10). “Tu ferirás o calcanhar”, está falando da igreja, pois esta segue os passos (calcanhar) de Jesus, onde o diabo nos tenta todos os dias, e nos traz grandes dificuldades, objetivando nossa desistência do caminho de servir a Cristo. Aqui, diga-se de passagem, não cabe lugar para o evangelho que pregam que o cristão não pode ter problemas, onde afirmam se é filho de Deus “tem” de viver nas mil maravilhas. b) A maldição para a mulher encontra-se em Gn 3.16: “À mulher disse: Multiplicarei grandemente a dor da tua gestação; em dor darás à luz filho. O teu desejo será para o teu marido, ele te dominará”. Em consequência desta maldição, no período de gestação e principalmente por ocasião do parto, a mulher tem inúmeras e grandes dificuldades e sofrimentos, à medida que o parto se aproxima as dores são multiplicadas até a mulher conceber seu o filho. “O teu desejo, será para o teu marido”, fala da dedicação que a mulher faz para o homem. “E ele te dominará”, menciona da hierarquia do casal, onde o homem é a cabeça da mulher. c) A maldição do homem Gn 3.17;19: “Ao homem disse: Porque deste ouvidos à voz de tua mulher, e comeste da árvore de que te ordenei, dizendo: Não comerás dela, [...] em fadiga comerás dela todos os dias da tua vida [...]. Do suor do teu rosto comerás o teu pão [...]”. “Em fadiga”, são o cansaço e lutas que travamos diariamente, pois, o homem era o provedor da família nos tempos bíblicos, hoje em função da revolução feminista, a necessidade de uma vida melhor, a alta competitividade e o consumismo exacerbado, isto foi mudado. Desta forma, homem e mulher trabalham para a manutenção do lar e para ter acesso aos bens disponíveis, mas no princípio não era assim. “Do suor do teu rosto”, nos diz do esforço e empenho que travamos diariamente para ganharmos o pão de cada dia, muitas vezes não há transpiração no sentido literal, porém há no excesso de trabalho. d) A maldição para a terra - Gn 3. 17;18: “[...] maldita a terra por tua causa; ela produzirá também espinhos e abrolhos”. Espinhos e abrolhos literalmente, e figurativamente nos falam das doenças que existem na 10


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terra: terremotos, maremotos, tempestades, doenças na fauna e da flora, o desequilíbrio do ecossistema, desmoronamentos, guerras, mortes, e etc. É de extrema importância atentarmos para este texto, pois aqui quem amaldiçoou foi o Senhor Deus, e não o homem ou mesmo o Diabo. Esta incumbência pertence somente a Deus através da sua vontade permissiva ou diretiva, como está escrito em Isaías 45.7: “Eu formo a luz, e crio as trevas, eu faço a paz, e crio o mal; eu, o Senhor, faço todas estas coisas”.

3.1. MALDIÇÕES EM ÊXODO No livro do Êxodo, o capítulo 20 é o texto principal onde a maioria dos apologistas da “maldição hereditária” tem suas bases, notadamente nos versos cinco e seis, os quais têm esta narrativa: “Não te encurvarás a elas nem as servirás; pois eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade (maldição) dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam, mas faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guardam os meus mandamentos”. Os versos chaves deste texto que antecedem são de 1 ao 4, e ainda os versos que sucedem do 7 até o 21. Não é correto ler apenas um, dois, ou uma pequena porção de um texto isolado e fazer uma conclusão definitiva, pois, é preciso que a Bíblia interprete a própria Bíblia, a saber, quando lermos um versículo ou parte de um texto, devemos colocar outros versículos ou textos ao lado deste. Ou devemos verificar seus paralelos em outros textos. Todos devem estar dentro do mesmo contexto teológico, para desta forma corroborar ou comprovar a validade do assunto, assim sendo, quando lemos apenas um versículo podemos obter uma conclusão ou doutrina. As principais doutrinas heréticas que existiram e as que atualmente existem, se apegam apenas em versículos ou textos isolados e para agravar, totalmente fora do contexto, fazendo desta forma uma conclusão teológica simplista. “Como na teologia e na hermenêutica sabemos que todo versículo fora do contexto gera pretexto”, ‘e eixegese’ (oposto de exegese) é introduzir no texto aquilo que o autor do texto não tinha intenção de mencionar ou dizer”. Isto no mínimo é forçar uma 11


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passagem bíblica para dar respaldo as próprias teses, ou ainda ideias filosóficas, e que na maioria das vezes não tem nenhuma fundamentação bíblica.

Alguns pontos a serem considerados: a) Após a leitura de Êxodo 20 e também dos capítulos anteriores, verificamos que o povo de Israel havia saído há pouco tempo do Egito, após viver como escravo por cerca de quatrocentos anos. O Egito era um país politeísta (adorava mais de um deus), isto está bem demonstrado nos versos dois e quatro. b) Deus começa falando a Moisés sobre a idolatria de Israel advertindo-os deste pecado abominável, e das maldições que viriam se permanecessem nesta iniquidade. Quando se fala em idolatria, existe uma comparação que considero muito importante para mensurarmos o que significa: imagine um pai, ou mãe que planeja e cria seu filho com todos os cuidados: alimentação saudável, cuidados à noite, atenção, medicamentos quando necessários, roupas e etc. Mesmo com tudo isso, esta criança cresce e depois se torna uma pessoa adulta. Já consciente de seus atos, passa a adotar e amar outro pai, dando a esta nova pessoa atenção, amor e dedicação, e não se importando, e até ignorando os seus pais legítimos. Qual o sentimento que um pai ou mãe teria? Esta pequena ilustração nos dá uma noção, e nos faz mensurar o que é a idolatria, e era isto que estava ocorrendo com o povo de Israel neste contexto do Êxodo capítulo 20. Onde eles foram tirados do Egito, pela mão poderosa e forte de Deus, quando nenhuma praga os atingiu, e principalmente não houve nenhuma morte de seus primogênitos, quando por ocasião da morte dos filhos dos egípcios. Posteriormente Deus instrui Moisés sobre o decálogo (dez mandamentos) os quais constituem a lei moral de Deus, aliás, devemos mencionar que dos dez mandamentos, seis descrevem da relação horizontal ou longitudinal, isto é, com o nosso semelhante, e quatro na vertical ou espiral, com o Deus o criador.

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Nos capítulos seguintes, prescreve as demais leis que a nação de Israel deveria guardar, como as leis civis, sociais, sanitárias e cerimoniais, entre outras, eximindo no capítulo 27 de Êxodo. C) Então no verso cinco Ele diz que o povo de Israel não deveria se encurvar e nem servir as imagens de escultura, verso 5: [...] pois Eu, o Senhor sou Deus zeloso, que visito a maldade (maldição) dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me odeiam”. Êxodo 20.5 nos diz: “Não de prostarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque Eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam” (NVI). A conclusão destes versos é que a maldição está nas pessoas que “odeiam” a Deus, ou daqueles que me “desprezam”. “Desprezam” ou “odeiam”, o tempo verbal, é o presente, é um ato contínuo. Isto fala do indivíduo que vive deixando Deus de lado, rejeitando-O, que não tem compromisso com Ele, que não leva Deus a sério, e que não obedece a sua santa palavra, como está explicitado no verso 5, a saber, àqueles que servem a outros deuses e não o Único Deus de Israel (Javé), que não tem a adoração exclusiva ao Senhor Deus criador dos céus e da terra, sobre estas pessoas a maldição, isto é, a ira de Deus permanece, enquanto eles não aceitarem a Jesus, a saber, se crer, arrepender e converter e segui-Lo exclusivamente, isto ocorrendo às maldições são quebradas e as bênçãos advindas pela obediência os seguirão, disto o apóstolo Paulo nos assegura em sua carta a igreja de Éfeso: “Entre eles todos nós também antes andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos. E éramos (passado) por natureza filhos da ira, como também os demais”, (Ef 2.3). Agora o verso 6 do capítulo 20 de Êxodo é: “mas faço misericórdia até mil gerações daqueles que me amam e guarda os meus mandamentos”. Aqui está explícito que se eu amar a Deus e guardar os seus mandamentos, as maldições serão substituídas pelas misericórdias (perdão e graça) de Deus. E não somente eu, mas inclusive todos os meus descendentes (se fizerem o mesmo), isto é, amar a Deus e obedecer a sua santa palavra, receberão também as misericórdias e bênçãos do Senhor advindo desta decisão. Porém, se não amar a Deus e não obedecer aos seus preceitos, à maldição (ira) de Deus permanecerá sobre àquela pessoa, e que só será 13


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quebrada quando reconhecer a Jesus como seu único Salvador e Senhor de suas vidas, e andar de acordo com seus preceitos. Então, podemos observar nesta passagem bíblica, que a única condição para uma pessoa ser abençoada, juntamente com todos os seus descendentes, é tão somente amar a Deus e guardar os seus mandamentos (Sua Palavra), isto é, obedecendo a Deus, foi o que o próprio Senhor Jesus Cristo nos ensinou: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama”, (Jo 14.21a) Também o apóstolo Paulo nos reafirma: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, [...]. Porque a lei do espírito de vida em Cristo Jesus livrou-me da lei do pecado e da morte”, (Rm 8.1). Aqui a Palavra não nos instrui que devemos fazer algum ritual de quebra de maldição, quer seja nossa ou de qualquer pessoa ou mesmo de nossos antepassados. O que nos orienta é tão somente que Cristo Jesus livrou-me da lei (não preciso observar a lei mosaica e também estou livre das maldições contidas nela, e o livro de Êxodo, está incluso na lei), do pecado (o pecado não tem poder sobre mim), e da morte (estou livre da morte eterna. Tenho a vida eterna em Cristo Jesus). Estes são os principais benefícios que obtemos da decisão de aceitamos a Jesus como Salvador e Senhor de nossas vidas. Glórias a Deus por estas palavras libertadoras! Não obstante os argumentos aqui mencionados, podemos concluir também lembrando que o texto em questão de Êxodo 20, faz parte do Pentateuco e da lei mosaica e portanto, está contido na Antiga Aliança, que era de observância única e exclusivamente da nação de Israel, e não são prescrições para nós da nova aliança e que não vivemos segundo a lei, mas de acordo com a graça de Deus em Cristo Jesus. O apóstolo Paulo inclusive adverte os cristãos judaizantes do primeiro século, que diziam que deveriam servir a Cristo, mas também observar os preceitos da lei: “Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tens caído”, (Gl 5.4). O autor da epístola aos Hebreus também descrevendo sobre a antiga e a nova aliança nos ensina: “Dizendo nova aliança, Ele tornou antiquada a primeira. Ora, aquilo que se torna antiquado e envelhecido, perto está de desaparecer”, (Hb 8.13). E foi isto que realmente aconteceu. Com o advento do Messias, o Senhor Jesus Cristo e com sua morte, ressurreição e ascensão, a antiga aliança firmada com a 14


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nação de Israel, contida no Antigo Testamento cessou, dando lugar a nova aliança no sangue de Jesus, prescrita no novo testamento, a qual é muito melhor e mais “leve e suave” como disse o próprio Senhor Jesus. Também o apóstolo Paulo escrevendo aos Gálatas faz esta importante declaração: “Todo aqueles que são das obras da lei estão debaixo da maldição, pois está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para faze-las”, (Gl 3.10). Aqui Paulo está citando Deuteronômio 27.26, onde é mencionado: “Maldito aquele que não confirmar as palavras desta lei, para as cumprir. E todo o povo dirá: Amém!”. Portando, quem quebrava a lei em não a observando, estava debaixo de maldição. Entretanto, posteriormente o apóstolo nos faz esta declaração libertadora: “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós, pois está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro”, (Gl 3.13). Paulo sendo uma pessoa com vasto conhecimento bíblico citou a narração de Deuteronômio 21.23: “O seu cadáver não permanecerá no madeiro durante a noite. Certamente o enterraras no mesmo dia, porque o que for pendurado é maldito de Deus [...]”. Diante de todos estes textos os quais não são interpretativos, porém totalmente explicativos, portanto, não deixa nenhuma margem de dúvidas, e definitivamente demonstra a eficácia do sacrifício vicário de Jesus Cristo, tendo levado todos os nossos pecados e maldições, e os cravando lá naquela rude cruz do calvário, por tudo isso somos livres de toda e qualquer maldição.

3.2. A LEI MOSAICA PRESCREVE BASICAMENTE QUATRO TIPOS DE MALDIÇÕES A Torá, ou Pentateuco, ou ainda a lei mosaica, compreendendo se os escritos de Gêneses, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio, aos quais todos os judeus ou israelitas deveria guardar integralmente (Lv 25.18). Maldição da lei: As prescrições da lei mosaica eram em excesso e muito complexa, penosa e consequentemente difícil em ser cumprida. Inclusive discutindo sobre a lei mosaica na assembleia de Jerusalém, os

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apóstolos e os anciãos estavam reunidos, e Pedro que era também judeu fez esta declaração: “Agora, pois, por que tentais a Deus, pondo sobre o pescoço dos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós pudemos suportar?”, (At 15.10). O pano de fundo, o fato histórico: A igreja de Jerusalém era composta basicamente de cristãos judaizantes, isto é, os judeus convertidos ao cristianismo, os quais diziam: “Então alguns que tinham descido da Judeia ensinavam os irmãos: Se não vos circuncidardes, conforme o rito de Moisés, não podeis ser salvos”, (At 15.1). E neste discurso, Pedro inspirado pelo Espírito Santo, vem dizer que o fardo (lei) em guardá-la era um jugo que nem (nossos pais nem nós) seus antepassados e inclusive os seus contemporâneos não conseguiram (suportar), aguentar ou cumprir. E nos dias de hoje quantos estão ainda fundamentados na lei, e até tem a pretensão em obedecê-la, e inclusive tendo o sábado como o dia oficial de descanso, e que na realidade não consegue guardá-lo. O relato bíblico é solene: “Lembrai-vos que o Senhor vos deu o sábado, por isso Ele no sexto dia vos dá pão para dois dias. Cada um fique no seu lugar, que ninguém saia do seu lugar no sétimo dia”, (Ex 19.29). “Na lei proibia que alguém se locomovesse livremente no dia de sábado, Ex. 16.29. Os escribas fixaram o limite de 200 côvados à distância que se poderia viajar no sábado, Baseando isso sobre Js. 3.4: “Haja, contudo, distância entre vós e ela, cerca de dois mil côvados [...]”. Assumiram que à distância entre o povo e o tabernáculo, no acampamento, era a mesma de dois mil côvados e que foi permitido ao povo andar a distância necessária para assistir aos ritos no tabernáculo no sábado. O monte das Oliveiras dista de Jerusalém tanto como a jornada de um sábado, At. 1.12: “Então voltaram para Jerusalém, do monte chamado das Oliveiras, que fica perto de Jerusalém, à distância do caminho de 6 um sábado”. Neste texto percebemos que guardar a lei é impossível, imagine hoje numa sociedade pós-moderna, em que a necessidade de ir vir é premente, por isso somente Jesus Cristo conseguiu cumpri-la fielmente. Para compreendermos melhor o que significa isso, por exemplo. Uma pessoa que vá a igreja, a casa de um parente ou amigo, ou outro local no dia de sábado, se a distância entre sua casa e seu destino for superior a 16


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dois mil côvados que são 2000 x 44cm (1 côvado) = 880m (oitocentos e oitenta metros). Isso indo a pé ou de carro, ou outro meio de locomoção, o que importa é à distância e não se locomove, quem assim fizesse, estaria quebrando a lei mosaica, e desta forma estaria sujeita a penalidade constante nela. Com apenas este exemplo da lei, posicionamos e compreendemos o quando era difícil obedecer à prescrição do Antigo Testamento. Existem inúmeros outros preceitos relatados na lei que poderíamos também mencionar aqui, no entanto mencionei apenas este, para conscientizarmos e para sermos felizes e alegres em saber que Jesus Cristo com sua encarnação, morte, ressurreição e ascensão, nos libertou escravizante e penosa lei, a qual somente pela graça de Deus é que somos livres. Em Jesus Cristo estamos libertos também deste penoso fardo, e de todos os demais que estão prescritos na lei mosaica, inclusive o próprio Senhor Jesus nos disse: “Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”, (Mt 11.30). Maldição da carne: Circuncisão e holocaustos. Não estamos mais obrigados a realizá-los, estes rituais não são mais necessários. Também estamos livres da força do pecado. Estávamos, portanto mortos devidos os nossos delitos e pecados, e a lei não tinha condições de restabelecer esta comunhão entre nós e O Criador: “Pois o que era impossível á lei, visto que estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne, para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito”, (Rm 8.3). Diante disso o pecado não tem mais força e domínio sobre nós, que andamos segundo o Espírito Santo. Maldição do mundo: A maldição aqui mencionada não está falando do mundo como “Kosmos” – “ordem”, “arranjo”, “universo”. Nem mesmo o mundo “aiõn” – “Era”, “período de tempo” ou “tempo”. Nem ainda o mundo como “oikoumene” – “a terra habitada”. Mas o mundo como sistema afastado de Deus, onde as pessoas, os seres humanos trilham para caminhos que os conduzem para longe daquilo que o Criador estabeleceu. Esta classe de indivíduos está debaixo de maldição, e se não converterem estarão também condenados eternamente longe da

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presença de Deus, foi isto que Jesus nos disse em João 3.17,19 “Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por Ele. A condenação é esta: A luz (Jesus) veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz porque as obras deles eram más”, (Jo 3.17,19). Porém para todos aqueles que seguem as pisadas de Jesus, as Sagradas Escrituras mencionam inúmeras promessas grandiosas entre elas: “Sendo, pois justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo”, (Rm 5.1). Ainda em Romanos 8.1 “Portando, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus...”, (Rm 8.1a). * Deixei de mencionar o restante do versículo, visto que em alguns manuscritos originais, consta somente o texto ora mencionado. Portanto, esta maldição que paira sobre a vida das pessoas sem Deus, não acha lugar no verdadeiro filho de Deus, pois já é dito que é filho de Deus, e se Deus o abençoa, quem terá poder para amaldiçoar? Maldição da morte: Fala da morte eterna, a segunda morte, que é a separação eterna de Deus. Sobre isto o Apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos faz esta importante declaração: “Pois o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Cristo Jesus nosso Senhor”, (Rm 6.23). A morte eterna é para aqueles que vivem na prática do pecado, vivendo os prazeres da carne, e que não reconhecem Jesus como Salvador e Senhor de suas vidas, vivendo a seu bel-prazer e não se arrependendo de seus pecados. Mas, para os que têm uma vida reta diante de Deus, nada existe que possa condená-los. Podemos concluir com a carta de Paulo aos Colossenses com esta maravilhosa declaração: “Havendo riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, tirou-o do meio de nós, cravando-o na cruz”, (Cl 2.14). Havia um escrito contra nós como uma nota promissória de dívida, estávamos condenados pelos nossos pecados e pelas maldições advindas deles, porém, Jesus tirou-os do nosso meio, a qual era a separação que existia entre nós e Deus, e cravou-os lá na cruz do calvário, ficou cravada lá no madeiro. Por isso mediante a morte e ressurreição de Jesus, estamos livres de todas as ordenanças e

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maldições prescritas na lei mosaica, por é uma imensa alegria vivermos no período da graça e sermos alcançados por ela.

3.3. MALDIÇÕES EM DEUTERONÔMIO Deuteronômio significa “segundo livro da lei” ou “segundo pronunciamento da lei”. Em Êxodo, Levítico e Números as leis foram promulgadas, agora, prestes a entrar na terra de Canaã, a lei estava sendo recapitulada, pois, muitos dos filhos de Israel que nasceram durante a peregrinação (saída do Egito até a terra de Canaã), e também precisavam ser cientes e ter conhecimento da lei. Haviam morrido todos os que saíram do Egito, com exceção de Josué e Calebe. A maldição está presente nos capítulos 11. 27, 28, 29 e 30. Precisamos notar que em todas as ocorrências, a maldição estava diretamente ligada com o tema lei, ou em obedecendo - a teriam as bênçãos, rejeitando - às advinham às maldições, estavam sempre no condicional. Podemos observar estas orientações: “Vede, hoje eu ponho diante de vós a bênção e a maldição; a bênção, se ouvirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, que hoje vos mando; a maldição, se não ouvirdes os mandamentos do Senhor vosso Deus, e vos desviardes do caminho que hoje vos ordeno, para seguirdes outros deuses que não conhecestes”, (Dt 11.26-28). Notem que são as mesmas maldições que estão contidas em Êxodo 20, isto é, maldições advindas das idolatrias, caso o povo de Israel não obedecesse à lei de Deus. Então a obediência quebraria a maldição ou não estaria debaixo desta. Obedecendo a Jesus as maldições não nos alcançarão.

3.4. MALDIÇÕES NOS LIVROS PROFÉTICOS Discorrendo em uma perspectiva histórica, os livros do Antigo Testamento (Josué, Juizes, Rute, 1 e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras, Neemias e Ester) relatam à história da ascensão e queda de Israel. Os livros poéticos (Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes e Cantares), pertencem a era dourada do povo Judeu, onde houve obediência a Deus, e também paz no seu território, e, portanto, não é mencionada a maldição, 19


Rompendo as Cadeias das Doenças Espirituais

como nos demais livros ora citados. Já os livros proféticos (Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel, Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu Zacarias e Malaquias) estão inseridos nos dias da queda de Israel, devido a sua desobediência, indo após outros deuses. Esta desobediência e idolatria resultou em cativeiro e também em miséria para a nação. Maldições lhes sobrevieram, visto que eles desobedeceram a Deus e andaram após outros deuses. Os livros proféticos são 17, contendo 16 autores, (Jeremias escreveu também Lamentações). Desses 16 autores, 13 relacionam-se com o período de destruição da nação hebraica e 3 com a restauração da mesma. A palavra “maldição” e seus derivados, ou relacionados, ocorrem em 25 capítulos dos livros proféticos. É importante notar que em todas essas referências, a maldição possui o mesmo significado que em Gênesis e Deuteronômio; isto é, um estado de ausência de bênção por consequência da desobediência a Deus, e da idolatria do povo de Israel. Podemos concluir com es narrativa no livro de Daniel: “Sim, todo o Israel transgrediu a tua lei, desviando-se, para não obedecer à tua voz. Por isso a maldição, o juramento que está escrito na lei de Moisés, servo de Deus, de derramou sobre nós porque pecamos conta Ele” (Dn 9.11). No contexto de Daniel, é mencionado que o povo de Israel estava sob a maldição prescrita na lei de Moisés, isto é, a nação estava na escravidão na Babilônia devido o pecado de idolatria, o que se constata nos livros de 1 e 2 Reis, e 1 e 2 Crônicas, e que dos 16 profetas mencionados, 13 destes advertiram previamente Israel para que se arrependessem e se convertessem, pois assim procedendo não seriam subjugado no cativeiro Babilônico (ou maldição), o que demonstra que se uma pessoa ou nação de arrepender e se converter a Deus, a sua infinita misericórdia não somente perdoa, como também nos livra das consequências espirituais advinda deste pecado. Desta forma, nos livros da lei, bem como nos livros já mencionados, as maldições estão diretamente ligadas com a transgressão à lei de Deus. Esta maldição é o estado a que se chegou o povo de Israel por 20


Maldição Hereditária

ter-se rebelado contra o Sagrado, contra o Único Deus, O Todo Poderoso, que os havia tirado do Egito, com mãos fortes como sabemos, pelos relatos históricos, onde nenhuma praga os atingiu. Cruzaram o mar vermelho pisando em terra seca, e todos os seus inimigos pereceram ali. Deus os conduziu pelo deserto e os colocou na Terra Prometida. O próprio Deus disse em Isaías 42.8: “Eu sou o Senhor, este é o meu nome! A minha glória a outrem não a darei, nem o meu louvor às imagens de escultura”. Na nova Aliança (Novo Testamento), temos grandiosas promessas, sendo a principal a nossa salvação eterna, no entanto a libertação vem junto com a salvação: “Pois o pecado não terá domínio sobre vós, porque não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça” (Rm 6.14), Onde é reafirmado na carta de Paulo aos Gálatas: “Mas, se sois guiados pelo Espírito, não estais debaixo da lei” (Gl 5.18). Então toda pessoa que reconhece Jesus como Salvador e Senhor e que se deixa ser guiado, dirigido pelo Seu Espírito Santo, está em obediência a Cristo, estando desta forma livre de todas e quaisquer maldições relatadas não à lei. Creio não ser mais necessário relacionar aqui outros textos bíblicos, para mostrar a eficácia do sacrifício vicário (substituto) de Jesus naquela rude cruz. Com esta síntese ficou demonstrado o alcance do sacrifício de Jesus que ainda foi a nossa propiciação, redenção, justificação e reconciliação com Deus pelo Seu precioso sangue e por Sua morte: “Em que temos a redenção pelo seu sangue, a saber, a remissão dos pecados” (Cl 1.14). Os relatos da lei mosaica do Antigo Testamento foram escritos estritamente para a nação de Israel, e não para nós que vivemos sob a Nova Aliança em Jesus Cristo, neste ensejo, segundo a hermenêutica, o que consta no Antigo Testamento, deve também estar relatado no Novo Testamento, para que possamos obedecer, caso contrário, seria de estrita observância da nação de Israel. Ainda falando sobre o antigo testamento, Paulo escrevendo aos Romanos nos deixou este relato: “Pois tudo que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança” (Rm 15.4). O que outrora (Antigo Testamento) foi escrito, para nosso ensino (exemplo), para que com os profetas e os demais homens de Deus, possamos tê-los como exemplo, de paciência e sermos 21


Rompendo as Cadeias das Doenças Espirituais

consolados, e tenhamos esperança (expectativa favorável e confiante) e também fé. Para nós que estamos no período da graça e, portanto observamos a Nova Aliança, não vivemos debaixo da lei, mas, de acordo com os ensinamentos de Cristo Jesus, o que é muito mais leve e fácil de ser obedecido, foi o que o apóstolo João nos reafirmou: “Pois a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo” (Jo 1.17).

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