INTRODUÇÃO Muitos são os pregadores que têm compartilhado com seus colegas, leigos ou não, por meio de livros, sermões e estudos bíblicos, completos ou em esboços, lições recebidas da Palavra de Deus em meio às lutas do ministério. Mas, como a ceara continua sendo grande e os ceifeiros continuam sendo poucos, creio que ainda há lugar para este e outros livros mais que ajudem os trabalhadores do Reino a desempenharem melhor o seu papel de divulgadores das verdades bíblicas. “Mensagens para Hoje”, ainda que semelhante a outros livros do mesmo gênero, em alguns aspectos, contém algumas diferenças fundamentais da maioria dos já publicados no Brasil. Mesmo deixando espaço para a criatividade daqueles que o utilizarão em suas pregações, um dos destaques é que é além dos pontos básicos, as divisões principais do estudo, os esboços apresentam também: introdução, conclusão, sub-pontos, ilustrações e orientações gerais para o bom desenvolvimento da mensagem e para que o pregador possa acompanhar bem a maneira de pensar do autor. As orientações podem aparecer no corpo dos esboços e também nas notas, no final do livro, que para uma boa utilização dos esboços devem ser consultadas sempre. Cada esboço está baseado em um texto bíblico em particular e, conforme os objetivos destacados no início de cada um deles, procura levar os ouvintes não só a conhecerem mais um assunto bíblico, mas a praticarem as lições ensinadas. Daí o seu título “Mensagens para Hoje”, enfatizando a atualidade e a praticidade dos assuntos abordados. Os esboços percorrem toda a Bíblia, nenhum dos livros considerados canônicos (inspirados) no meio evangélico é deixado de fora. Assim, o livro pode ajudar também àqueles que desejam pregar em todas as partes da Bíblia, mas que têm encontrado alguma dificuldade para fazer isto. Também é bom informar que estes esboços já foram testados em duas formas diferentes de aplicação: como orientação para a pregação feita do Sermões Expositivos – Novo Testamento ¬ 1
púlpito, durante os cultos, e como roteiro para palestras na Escola Bíblica. Eles não possuem, então, apenas uma função. Podem ser utilizados tanto pelo pregador como pelo professor. Minha esperança e oração é que sejam utilizados como base para estudos e pregações que ajudem outras pessoas a conhecerem melhor a vontade de Deus expressa na Bíblia; ou que sirvam como fonte de inspiração para mensagens ainda mais eficientes do que estas que tenho pregado. Acima de tudo, que Deus e sua Palavra sejam exaltados por aqueles que venham a utilizar este livro! Pr. Antônio Renato Gusso
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1. O CONVITE DE JESUS M A T E U S 11:28-30 Objetivo: Submeter-se, espontaneamente, às orientações de Jesus.
INTRODUÇÃO î Durante a nossa vida toda nós recebemos convites, seja para festas, para fazermos parte de algum grupo, para assumir uma função, para entrarmos em alguma sociedade, para fazermos algum curso... î Alguns são bons e nos alegram (Citar alguns), outros nos entristecem (Exemplo: Os interesseiros...). î Quanto mais importante for a pessoa que nos convida maior importância damos ao convite (Exemplos). î Hoje quero falar do convite feito pela pessoa mais importante que já esteve na terra. O convite de Jesus. î Preste atenção, pois a não aceitação deste convite, diferentemente de muitos outros que recebemos e desprezamos sem maiores consequências, pode fazer diferença em toda a sua vida, agora e eternamente.
1. É dirigido a todos os necessitados 1.1. Um convite, nem sempre, mas de preferência, é feito para alguém que está bem. Por exemplo: a) Se convidamos alguém para uma festa, salvo interesses à parte, é porque vemos na pessoa uma companhia agradável; b) Se convidamos para trabalhar conosco é porque percebemos que ela trabalha bem, etc. 1.2. Jesus, superior a tudo e a todos, tinha mesmo que ser diferente ao fazer um convite. O convite dele não é endereçado a boas companhias, ou para quem está bem, mas para todos os necessitados (v. 28a). 1.3. Isto está de acordo com o que Ele já havia dito antes, quando criticado pelos fariseus por comer com pecadores, disse: “Os sãos não precisam de médico, e, sim, os doentes” (Mt 9:12). Sermões Expositivos – Novo Testamento ¬ 3
1.4. Da mesma forma o convite de Jesus não é para quem está bem, mas para todos os cansados e sobrecarregados, pessoas que estão com problemas, que precisam de ajuda, pessoas normais como nós! 1.5. Se tudo está bem em sua vida, se não há nenhum problema, este convite não é para você. Mas se você está cansado e sobrecarregado, Jesus o está convidando. O melhor a fazer e aceitar este convite de Jesus.
2. Convida a aprender de Jesus mesmo 2.1. O convite de Jesus, diferente de qualquer outro, ainda nos convida para aprendermos de Jesus mesmo. 2.2. Ele não chama ninguém para que venha e aprenda uma lista de regras, mas que aprendam dele. 2.3. Ele não é um teórico que só fala, é um prático que ensina fazendo. Tanto é assim que a palavra que está traduzida por vinde (deute – deute), poderia ser traduzida por aproximai-vos de mim, cheguem perto. 2.4. Aprender de Jesus é observar como é que Ele age para que também assim nos comportemos. 2.5. Pena não podermos observar Jesus andando com a multidão, tratando dos necessitados, ensinando, confortando os cansados, como os primeiros discípulos puderam, mas ainda podemos aprender dele. 2.6. O convite está na Palavra de Deus e por ela Jesus continua ensinando. Olhe, nas páginas dos Evangelhos qual é o comportamento de Jesus, e aprenda dele, o maior de todos os mestres!
3. Exige submissão de quem o aceitar 3.1. O convite de Jesus também exige submissão de quem o aceitar. Ele é para todos, mas não para qualquer um. Há um preço a ser pago e parte deste preço é a submissão ao Mestre. Ilustração: Nunca vou esquecer das instruções de um reconhecido evangelista internacional ao treinar pessoas para a evangelização. Ele, no afã de conquistar pessoas para o Reino de Deus, bem intencionado, mas deixando de lado as orientações da Bíblia dizia: Lembrem-se, ao evange4 ¬ Sermões Expositivos – Novo Testamento
lizarmos alguém devemos ser como bons vendedores mostrando só as coisas agradáveis, as vantagens que a pessoa terá ao aceitar a Jesus. Seguindo este raciocínio, deixando o preço do discipulado de lado, certamente, teríamos que admitir, observando este texto, e outros também, que Jesus era um péssimo evangelista, pois Ele não deixava de apresentar o custo para aquele que desejava ser seu seguidor. Não caia no erro de utilizar a mentira para pregar a verdade! Jesus nunca escondeu isto de ninguém, pois deseja discípulos que estejam dispostos a pagar o preço. 3.2. Duas vezes aparece a palavra jugo no texto que estamos vendo. Isto é um símbolo de submissão! 3.3. Como exemplo pode ser visto o texto em que Jeremias orienta Judá e seus aliados a colocarem, de livre e expontânea vontade, os seus pescoços sob o jugo do rei da Babilônia (Jr 27:1-12). 3.4. Jesus convida: “tomai sobre vós o meu jugo”, exigindo submissão. Ele se apresenta neste texto como manso e humilde de coração e convida pessoas para que, humildemente, se coloquem sob a sua autoridade.
4. Promete alívio e descanso 4.1. Está claro que este convite de Jesus exige compromisso, mas também promete alívio e descanso. 4.2. No texto grego fica evidente a ênfase de Jesus no alívio que Ele promete. Não é uma possibilidade apenas. Não é que talvez você encontre descanso. É promessa de Jesus: Você encontrará descanso! 4.3. Ele convida a se colocar debaixo de seu jugo sim, mas explica que este jugo é leve, diferente de qualquer outro que você possa estar debaixo (E é bom saber, quem não está sob o jugo de Jesus está debaixo de algum outro, como do pecado, da própria vontade, quando não de Satanás). 4.4. Ele convida para tomar o seu fardo, mas garante que o fardo é leve. Em suma, Jesus mesmo garante: Deixe o jugo que você está carregando, troque-o pelo de Jesus, e você, finalmente, achará descanso!
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CONCLUSÃO î Você está cansado, sobrecarregado, cheio de problemas? O convite é para você. Aproxime-se de Jesus! î Jesus o está convidando para que aprenda dele, para que, humildemente, se coloque sob sua autoridade. î Qualquer outro convite, por mais importante que seja, ao ser rejeitado terá implicações apenas para esta vida. Este de Jesus tem também implicações eternas. O que você fará com este convite?
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2. COM JESUS NO BARCO M A R C O S 4 :3 5 - 4 1 Objetivo: Compreender o verdadeiro papel de Jesus em suas vidas.
INTRODUÇÃO î Não é novidade para ninguém: vivemos em um país cheio de problemas! (citar alguns). î Milhões de pessoas procuram, desesperadamente, as soluções para as suas dificuldades e segurança. î Diante disso estão surgindo cada vez mais igrejas, que estão interessadas em números e não em pregar a verdade, utilizando estratégias de marketing explorando o tema solução de problemas. î Vergonhosamente, uma igreja que se diz cristã tem utilizado placas com esta frase: Pare de Sofrer! (dando a falsa ideia de que uma pessoa em companhia de Cristo passa a ser isenta de sofrimentos). î Alguns vendem o Evangelho como mercadoria e ainda utilizam propaganda enganosa para isto. î Vejamos neste texto o resultado verdadeiro de contarmos com Jesus no barco (ou seja: junto de nós).
1. Não temos garantia de ausência de problemas (v. 37) 1.1. Os discípulos estavam literalmente com Jesus no barco (estavam cruzando o Mar da Galileia). 1.2. A presença física de Jesus não lhes garantiu a ausência de problemas (quase foram a pique). 1.3. Não foi um probleminha que eles enfrentaram: a) O texto original fala de um grande vento – um megalê anemou; b) A palavra megalê ou mega passou para o português como um prefixo que confere a ideia de muito grande como: megaempresário; megamercado e outros; algo que vai além do super; Sermões Expositivos – Novo Testamento ¬ 7
c) Em outras palavras, os discípulos, mesmo com Jesus, enfrentaram um “megavento”, algo terrível que em Mt 8:24, no original, é chamado de maremoto (seismos – de abalo sísmico). 1.4. Eles não foram os únicos nem os últimos a contarem com a presença de Jesus e passarem por grandes dificuldades (dar exemplos: a) Da Igreja Primitiva. b) Da História do Cristianismo. c) Dos primeiros missionários no Brasil. d) Da atualidade – exemplos pessoais ou da Igreja Local). 1.5. Ninguém se iluda, a vida cristã não é um mar de rosas e muitas vezes é uma verdadeira guerra, a Bíblia e a prática nos mostram que nunca tivemos a garantia de ausência de problemas!
2. Não ficamos dispensados de fazer a nossa parte (vs. 38 e 40) î Os discípulos apavorados diante do grande problema pensaram que não havia mais saída. î Logo estão acordando Jesus, que dormia no barco, e cobrando dele uma solução (Eles disseram no v.38b: Não te importa que pereçamos?!) Como quem diz: Faça alguma coisa para nos salvar! 2.1. Os Discípulos não Estavam Dispensados de Fazer a Parte que lhes Cabia 2.1.1. O que eles não tinham percebido é que não estavam dispensados de fazer a parte deles; 2.1.2. Algumas versões mostram que Jesus os chamou de tímidos (v.40), não é o ideal. Outras de medrosos e, com base no original, é possível dizer que Jesus os chamou de covardes (deiloi). 2.1.3. Não era hora de ficarem desesperados como ficaram, mas sim de exercitarem a fé que diziam ter. 2.2. Nós Também não Estamos Dispensados de Fazer a Parte que nos Cabe 2.2.1. Reclamar com Jesus em meio às dificuldades (dizer: o Senhor não se importa com o que está me acontecendo?) é o mesmo que declarar a nossa total falta de fé.
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2.2.2. Na hora da dificuldade é que realmente temos a chance de demonstrar a qualidade de nossa fé. 2.2.3. Não seja covarde, diante das dificuldades demonstre que confia em Jesus. Faça a sua parte: creia!
3. Temos a garantia de um final feliz (v. 39) 3.1. Com Jesus no barco (junto conosco) não temos a garantia de ausência de problemas, nem somos dispensados de fazer a nossa parte, crer sempre, mas temos a garantia de um final feliz. 3.2. Aquele megaproblema que os discípulos enfrentavam, o maremoto, para Jesus não era nada. 3.3. Com seu poder e autoridade repreendeu o vento e o mar e logo tudo ficou muito calmo (v. 39). 3.4. O texto mostra que o maremoto não se tornou apenas em bonança mas sim em grande bonança (aparece, mais uma vez, a palavra mega), Jesus transformou um megaproblema em megasolução, tenho a impressão de que aquelas águas nunca estiveram tão calmas antes. 3.5. Por mais terrível que seja a tempestade que você enfrenta ela pode ser transformada em calmaria (calmaria espantosa que só pode ser criada por um poder sobrenatural como o de Jesus). 3.6. Quem conta com Jesus no barco chegará a um porto seguro, sempre terá um final feliz!
CONCLUSÃO î Talvez alguém possa pensar: Mas, pelo que ouvimos na mensagem, nem sempre o cristão termina bem. (puro engano – quem está com Jesus, ainda que morra, termina bem, pois está com aquele que tem autoridade sobre o mundo dos vivos e o mundo dos mortos – Ele nos garante a vitória e vida eterna!). î Naquela ocasião, com a demonstração de poder, os discípulos ficaram com mais medo do que já estavam. Aparece pela terceira vez no texto a palavra mega (ficaram com grande temor – v. 41a). Sermões Expositivos – Novo Testamento ¬ 9
î Eles ainda estavam em dúvida a respeito de quem era Jesus (v. 41b) e ficaram assustados (megaamedrontados) com a presença Divina no barco. î Nós não precisamos temer, sabemos pela Bíblia quem é Jesus e temos a certeza que com Ele no barco, mesmo enfrentando terríveis tempestades, chegaremos ao céu onde está a verdadeira felicidade! î Ele mesmo nos alertou dizendo: “No mundo vocês vão sofrer; mas tenham coragem! Eu venci o mundo! (João 16:33b na BLH). Fiquemos firmes com o vencedor no barco, mesmo sofrendo, e alcançaremos a vitória!
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3. A SALVAÇÃO TRAZ ALEGRIA L U C A S 15 Objetivo: Alegrar-se com a salvação própria e também de outros.
INTRODUÇÃO î Iniciar lendo apenas os versículo 11-32, mas explicar o conjunto do capítulo, destacando que, muitas vezes, Jesus ensinava por meio de histórias. î Devemos lembrar, pelo mesnos, de dois detalhes a respeito de histórias como estas, chamadas parábolas: 1) Elas possuem uma verdade central. 2) Elas estão dentro de um contexto. î Explicar o contexto mostrando que as três parábolas do capítulo estão ligadas. Todas estão sendo contadas para tratar do problema que surge nos versículos 1 e 2: Pessoas estavam se aproximando de Jesus para ouvir os seus ensinos e alguns religiosos murmuravam mostrando que não gostavam disto. î As três parábolas estão ligadas. Isto pode ser visto nas palavras que indicam continuação do assunto como aparecem nos versículos 3, 8 e 11. (Na Revista e Atualizada: “Então”, “ou” e “continuou”). î São três parábolas com o mesmo objetivo central, mostrar a alegria que a salvação traz, tratando do mesmo problema, a incoerência daqueles que murmuravam ao ver pessoas sendo salvas. î Elas mostram claramente que a salvação traz alegria.
1. A salvação traz alegria a Deus 1.1. Podemos ver claramente nestas parábolas que a salvação traz alegria a Deus. (As três mostram isto). 1.2. Não devemos nos apegar muito aos detalhes do texto, pois o que interessa são os ensinos centrais, mas nota-se nas três que Deus é aquele que acha. São referências a Ele as seguintes frases:
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a) “Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha perdida” (v.6). b) “Alegrai-vos comigo, porque achei a dracma que eu tinha perdido” (v.9). c) “Comamos e regozijemo-nos, porque este meu filho estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (vs. 23 e 24). d) “Era preciso que nos regozijássemos...” (v.32). 1.3. Deus se alegra por seu povo andar correto, mas se alegra ainda mais ao ver o pecador voltando atras: a) Tem 99 e se alegra por uma (v.7). b) Tem 9 e se alegra por uma (v.8). c) Tem um que está sempre com ele e se alegra pelo que volta (vs. 31 e 32). 1.4. Deus quer que todos se salvem e se alegra quando um se salva! Pergunta retórica: Você quer alegrar a Deus? Resposta: Ande nos seus caminhos! Pergunta retórica: Você deseja que Deus se alegre ao extremo, faça festa? Resposta: Reconheça que é pecador, perdido, e volte para Deus pedindo-lhe a salvação que há em Jesus! Se você já é um alvo, ajude outras pessoas a serem “achadas”, a voltarem do caminho da perdição, a reconhecerem que são pecadoras, a serem salvas!
2. A salvação traz alegria aos anjos de Deus 2.1. A salvação não traz alegria só a Deus, mas também, aos seus anjos. 2.2. Aquilo que dá alegria a Deus também dá alegria àqueles que o servem de bom coração. 2.3. Àqueles que querem agradar ao seu Senhor. Àqueles que sabem que nada mais podem fazer a Ele, pois Ele não tem necessidade nenhuma. Pergunta retórica: Afinal, o que poderia alegrar a Deus, presentes, sacrifícios? Resposta: Deus tem tudo e pode tudo! Parece que Ele só não quer obrigar ninguém a ser seu servo contra a vontade. Por isso aguarda e deseja a conversão das pessoas. 2.4. Quando a conversão acontece até os anjos se alegram e não com pouca alegria. A alegria deles na parábola é comparada a alegria de 12 ¬ Sermões Expositivos – Novo Testamento
uma mulher que achando a moeda perdida, não se contendo, chamou as vizinhas para que se alegrassem com ela (vs. 8-10). 2.5. Quer mover o sobrenatural? Converta-se, se ainda for necessário e ajude outros a serem salvos!
3. A salvação deve trazer alegria ao povo de Deus 3.1. A salvação também deve trazer alegria ao povo de Deus. Se não traz é porque está acontecendo algo de errado (Ou não é verdadeiramente povo de Deus, ou está em grave pecado, sendo egoísta, querendo tudo para si mesmo!). Ilustração: Não dá mesmo para entender as atitudes de alguns pretensos cristãos. Um pastor bastante consagrado, preocupado com a expansão do Reino de Deus, foi trabalhar em uma igreja muito tradicional. Nesta igreja nada mudava. E com isto, entrava ano, saia ano e ela continuava pequena, sem influência na comunidade local. O novo pastor chegou com todo o gás e começou a trabalhar, principalmente, com os jovens. Depois de algum tempo, percebendo que não havia nenhum programa de lazer para eles, comprou um simples jogo de tênis de mesa, e colocou-o em uma das salas da igreja para que os jovens se divertissem. Aquilo foi um escândalo, para alguns, e motivo de reunião da diretoria. Durante a reunião, convocada para se ouvir as “explicações” do pastor, um dos líderes tomou a palavra, com ar de quem sabe das coisas, e disse: Mas pastor, o senhor não pode fazer isto. Se continuar assim, daqui a pouco, os jovens todos da cidade também vão estar aqui na igreja juntos com os nossos. O pastor replicou prontamente e surpreso: Mas não é isto que nós queremos? Diante da clara evidência de que o discurso era um, mas a prática outra, aquele pastor deixou o ministério. 3.2. Os líderes daquela igreja eram semelhantes aos escribas e fariseus que aparecem neste texto. Eles se achavam aos próprios olhos, e aos olhos de muitos do povo, como os perfeitos seguidores de Deus. Contudo, e talvez por isso, murmuravam ao ver pessoas se arrependendo e sendo salvas (v.2). 3.3. Talvez pensassem: Se Jesus é de Deus deveria estar preocupado conosco, que somos leais seguidores. devia estar nos bajulando. Sermões Expositivos – Novo Testamento ¬ 13
3.4. 3.5. 3.6.
3.7.
Como é que ele perde tempo com estes pulicanos e pecadores? (Explicar quem eram os publicanos e pecadores). Ah! Como a atenção que Jesus dava aos publicanos e pecadores causava tristeza a escribas e fariseus! Jesus contou as três parábolas para combater este problema. Certamente ele pode se repetir. Existe o perigo de também agirmos assim, de desejarmos continuar sendo um pequeno grupo de privilegiados, desejosos de receber toda a atenção do mundo. De não querer dividir nada com ninguém! Não podemos esquecer que aquilo que agrada a Deus também deve alegrar aos seus servos. E salvação agrada ao Senhor. Por isso, alegremo-nos com cada pessoa salva. Não fiquemos de fora desta festa!
4. A salvação traz alegria àquele que é salvo 4.1. A salvação traz alegria, acima de tudo, para aquele que é salvo, o perdido que foi achado. Ele é o grande beneficiado pelo ato salvador de Jesus. 4.2. As parábolas aqui tratadas não falam que ele se alegra, mas nem precisa falar. 4.3. A parábola do filho perdido em suas entrelinhas (Na mensagem geral), mesmo não dizendo diretamente que ele se alegra, afirma bem claro isto. Veja: a) Nos vs. 11-16 está descrita a situação do perdido (Que lástima!). b) No v. 17 ele cai em si (Percebe sua situação terrível de perdido – Este é o primeiro passo para que o perdido venha a ser salvo). c) Percebendo sua situação já se contentaria em ser tratado como um servo do pai (vs. 18,19); d) Nos vs. 20-23 nota-se que ele foi recebido de braços abertos e com festa. (Só quem já passou por esta situação pode saber com certeza qual é o grau de alegria experimentado pelo perdido que encontra a salvação). Ilustração: Conta-se que em certa ocasião houve um incêndio terrível em um prédio de apartamentos. Praticamente todos os moradores daquele prédio morreram de forma horrível queimados pelo fogo ou into14 ¬ Sermões Expositivos – Novo Testamento
xicados pela fumaça. Um homem, porém, muito ferido, todo queimado, conseguiu chegar até o terraço do edifício e lá, sentindo o calor do fogo prestes a consumi-lo, esperava o fim trágico, quando foi alcançado por um heroico bombeiro que, arriscando a própria vida, conseguiu salvá-lo. Depois de tudo ter passado, entre muita tristeza alguns estavam alegres. O bombeiro se alegrou muito pelo sucesso de sua missão. Os companheiros do bombeiro também se alegraram com a salvação e a vitória do colega. Os familiares e amigos do resgatado festejaram a salvação daquele homem, mas ninguém se alegrou tanto quanto ele mesmo. Pois só ele e Deus sabiam exatamente do que ele havia sido salvo. Assim é a alegria daquele que estava perdido e foi achado por Deus.
CONCLUSÃO î A salvação traz alegria. Se você é salvo pregue-a a todos, a todo instante, em todo lugar. Vamos, assim, trazer alegria a este mundo sofrido e perdido! î Se você ainda não é salvo, não espere mais, arrependa-se de seus pecados e volte-se para Deus. Ele está te esperando de braços abertos, pronto para se alegrar, juntamente com seus anjos, seu povo fiel e, principalmente, com você mesmo.
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