Vá Semeador! | Antônio Renato Gusso by A.D.Santos Editora

Copyright©2022 por Antônio Renato Gusso Todos os direitos reservados por: A. D. Santos Editora Al. Júlia da Costa, 215 80410-070 Curitiba – Paraná – Brasil +55(41)3207-8585 www.adsantos.com.br editora@adsantos.com.br

Capa: @_taisdesign Diagramação: Manoel Menezes Revisão: Eliane C. do R. S. de Sousa Coordenação editorial: Jennyfer Calado Barcelos

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Gusso, Antonio Renato Vá, semeador! : o evangelho segundo Lucas / Antonio Renato Gusso. -- 1. ed. -- Curitiba, PR : AD Santos Editora, 2022. ISBN 978-65-89636-30-4 1. Bíblia. N.T. Lucas - Comentários 2. Bíblia. N.T. Lucas - Crítica e interpretação 3. Bíblia. N.T. Lucas - Teologia I. Título.

22-128743

CDD-226.407 Índices para catálogo sistemático:

1. Lucas : Evangelho : Comentários

226.407

Aline Graziele Benitez - Bibliotecária - CRB-1/3129

1ª edição – outubro de 2022. Proibida a reprodução total ou parcial, por quaisquer meios a não ser em citações breves, com indicação da fonte.

Edição e Distribuição:

Dedicatória

ada esboço bíblico aqui apresentado foi produzido debaixo de oração e muito estudo. Recebi e transmiti cada um deles, com temor e tremor, como mensagem vinda de Deus, retiradas das Escrituras Sagradas. Assim, só posso mesmo agradecer e dedicar o resultado deste trabalho, primeiramente e acima de tudo e de todos, ao Senhor da Palavra. “Muito, muito obrigado mesmo, Senhor. Louvado sejas Tu, ó Deus Todo-poderoso: Pai, Filho e Espírito Santo!” Em segundo lugar, também dedico este livro à minha querida família, companheira de todas as horas: • Sandra de Fátima Krüger Gusso (Esposa) • Francisco Benvenuto Gusso (Filho) • Ana Cláudia Gusso (Filha) e seu esposo Lachlan Stain (Genro e filho) • Clara Gusso Stain (Neta), presente e bênção de Deus para a minha vida (Salmos 128.4-6).

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Vá, Semeador! Alguns chegaram à frente preparando o canteiro; obreiros vieram primeiro para nos ajudar. Tiraram os espinhos, as pragas e as pedras; aplainaram o solo, passaram o terreno a afofar. Também nos deixaram a Boa Semente; aquela que, certamente, há de brotar. Assim, com fé, a lancemos na terra; sim, com confiança, passemos a semear. Vá semeador, com garra lance a Semente! Não deixe de a Santa Palavra espalhar. Semeie em tempo e fora de tempo; em toda ocasião e em todo lugar. A Semente é boa e tem poder transformador; ela é excelente e a todos e a tudo pode mudar. Confie no dono da Vinha, pois Ele é onipotente; descanse no proprietário, pois seu poder é sem par. Vá semeador, apenas espalhe a Boa Semente! Não protele, jamais deixe de a Bíblia pregar. Acredite, nosso Deus fará o restante; creia, nosso Senhor a fará germinar! Antônio Renato Gusso  4

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Prefácio

“V

á, semeador!” é o primeiro livro de uma série que o autor está escrevendo com o objetivo de ajudar tanto a pastores e líderes como ao público em geral a ter um compromisso com o aprender da Palavra de Deus. O método por ele utilizado é o da pregação expositiva temática, onde cada parágrafo do texto bíblico é visto como uma unidade de pensamento dentro de seu contexto maior, que tem um tema ou propósito definido pelo autor bíblico, que precisa ser explicado e aplicado ao nosso contexto hoje. Assim, diferentemente de um comentário bíblico é uma exposição bíblica e um apelo a que voltemos a aprender e ensinar a palavra de Deus. Hoje muitos pastores e líderes cristãos se veem como teólogos, pensadores religiosos, poucos querem ser verdadeiros expositores da palavra, mas é a simplicidade da palavra sendo explicada e aplicada que tem, ao longo do tempo, impactado vidas, muito mais do que os compêndios de teologia. Sei que eles têm o seu lugar na vida da igreja, mas nunca substituirão o impacto da palavra de Deus, a única que tem poder para alcançar tanto a alma como o espírito humano. Antônio Renato Gusso é um erudito, que tem servido tanto na área do Hebraico como do Grego à Sociedade Bíblica Brasileira, professor em várias instituições teológicas tanto em nível de graduação como de pós-graduação, escritor de inúmeros livros. Mas, o que faz seu ministério tão especial é que nunca deixou de pastorear e plantar igrejas, assim os dois mundos, o da cátedra e o da prática, são sintetizados no seu trabalho, quer como docente quer como pregador e cuidador de almas. Por isso, este livro é tão especial. Os roteiros ou esboços do Evangelho de Lucas são verdadeiras exposições bíblicas, porém aplicadas a um propósito definido pelo próprio texto e interpretado pelo autor. •

Com certeza, o uso deste material profundo, e ao mesmo tempo prático, será tremendamente enriquecedor para a igreja brasileira. Além do que suas aplicações vão desde o sermão ao estudo pessoal, bem como a reflexão em pequenos grupos. Obrigado, meu amigo e colega, defensor da pregação bíblica expositiva por nos abençoar com esta obra. Pr. Paschoal Piragine Junior. Teólogo, Escritor e Pastor da Primeira Igreja Batista de Curitiba

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Sumário Dedicatória________________________________________________ 3 Prefácio___________________________________________________ 5 Introdução________________________________________________ 11 1. DEUS ATENDE ORAÇÕES: A idosa estéril engravidou – Lucas 1.1-25_______________________________________________ 15 2. O QUE COMEMORAR NO NATAL? – Lucas 1.26-38__________ 19 3. MAGNIFICAT: NOSSO DEUS É GRANDE – Lucas 1.39-56_____ 23 4. DOIS MILAGRES, MUITAS LIÇÕES – Lucas 1.57-66___________ 28 5. A VINDA DE JESUS – Lucas 1.67-80________________________ 33 6. LUGAR PARA JESUS – Lucas 2.1-7__________________________ 38 7. A GRANDE NOTÍCIA DO NATAL – Lucas 2.8-20_____________ 42 8. EM OBEDIÊNCIA À LEI – Lucas 2.21-40_____________________ 46 9. ERA SÓ UM MENINO? – Lucas 2.41-52_____________________ 51 10. O QUE DEVEMOS FAZER? – Lucas 3.1-14__________________ 57 11. O CRISTO É BEM MAIOR – Lucas 3.15-22__________________ 61 12. O CRISTO SE IDENTIFICOU CONOSCO – Lucas 3.21-38____ 65 13. AS TENTAÇÕES DE JESUS – Lucas 4.1-13__________________ 69 14. A REJEIÇÃO DE JESUS EM NAZARÉ – Lucas 4.14-30_________ 74 15. A AUTORIDADE DE JESUS – Lucas 4.31-44_________________ 79 16. A PALAVRA DE JESUS – Lucas 5.1-11______________________ 83 17. AS AÇÕES DE JESUS – Lucas 5.12-16______________________ 87 18. AUTORIDADE PARA PERDOAR PECADOS – Lucas 5.17-26___ 92 •

19. JESUS: O MÉDICO DA ALMA – Lucas 5.27-32_______________ 96 20. A RELIGIÃO DE JESUS – Lucas 5.33-39____________________ 101 21. GENTE VEM NA FRENTE – Lucas 6.1-11__________________ 105 22. JESUS ESCOLHE ENTRE OS DISCÍPULOS – Lucas 6.12-16___ 109 23. JESUS TEM PODER – Lucas 6.17-19______________________ 114 24. OS FELIZARDOS E OS POBRES COITADOS – Lucas 6.20-26_____________________________________________ 118 25. MISERICORDIOSOS COMO DEUS – Lucas 6.27-38_________ 123 26. DISCÍPULO FALSO E DISCÍPULO VERDADEIRO – Lucas 6.39-45_____________________________________________ 128 27. LEVEMOS JESUS A SÉRIO – Lucas 6.46-49_________________ 133 28. O CAMPEÃO DA FÉ – Lucas 7.1-10_______________________ 137 29. DOR DE MÃE – Lucas 7.11-17___________________________ 142 30. SIM, JESUS É O CRISTO! – Lucas 7.18-23__________________ 147 31. JESUS E OS DA TURMA DO CONTRA – Lucas 7.24-35______ 151 32. JESUS ENSINA SOBRE PERDÃO DE PECADOS – Lucas 7.36-50_____________________________________________ 156 33. JESUS E AS MULHERES – Lucas 8.1-3_____________________ 160 34. COMO TEMOS OUVIDO A PALAVRA? – Lucas 8.4-21_______ 165 35. QUEM É ESTE? – Lucas 8.22-25__________________________ 170 36. DIFICULDADES E TESTEMUNHO – Lucas 8.26-39_________ 174 37. A NOSSA FÉ E O PODER DE JESUS – Lucas 8.40-56_________ 178 38. O PODER E A AUTORIDADE DE JESUS – Lucas 9.1-17______ 182 39. ERA NECESSÁRIO PARA O CRISTO – Lucas 9.18-22________ 186 40. SER DISCÍPULO DE JESUS – Lucas 9.23-27________________ 191 41. OUÇAM A JESUS! – Lucas 9.28-36________________________ 196 42. COM JESUS É DIFERENTE – Lucas 9.37-56________________ 201 43. HÁ VAGAS PARA DISCÍPULOS – Lucas 9.57-62_____________ 206 8

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44. A MAIOR DAS ALEGRIAS – Lucas 10.1-24_________________ 211 45. QUEM SABE DEVE FAZER – Lucas 10.25-37_______________ 215 46. OUÇA A JESUS! – Lucas 10.38-42_________________________ 220 47. JESUS ENSINA A ORAR – Lucas 11.1-13___________________ 224 48. O REINO DE DEUS JÁ CHEGOU – Lucas 11.14-36_________ 228 49. COITADO DO RELIGIOSO SÓ DE APARÊNCIA – Lucas 11.37-54____________________________________________ 233 50. CUIDADO COM A HIPOCRISIA! – Lucas 12.1-3____________ 238 51. TEMA A DEUS E NÃO AOS HOMENS! – Lucas 12.4-12______ 242 52. CUIDADO COM A COBIÇA! – Lucas 12.13-21_____________ 247 53. NÃO ANDE ANSIOSO! – Lucas 12.22-34___________________ 252 54. FIQUE ALERTA! – Lucas 12.35-48________________________ 256 55. O JULGAMENTO VEM! – Lucas 12.49-59__________________ 261 56. ARREPENDIMENTO, JÁ! – Lucas 13.1-9___________________ 266 57. O AVANÇO DO REINO DE DEUS – Lucas 13.10-21_________ 270 58. A PORTA DA SALVAÇÃO – Lucas 13.22-30_________________ 274 59. JESUS: FIRME E SUAVE – Lucas 13.31-35__________________ 278 60. APARECEU A OPORTUNIDADE? ENSINE! – Lucas 14.1-24__ 283 61. NÃO PODE SER DISCÍPULO DE JESUS... – Lucas 14.25-35___ 287 62. SALVAÇÃO TRAZ ALEGRIA – Lucas 15____________________ 291 63. A SÁBIA ADMINISTRAÇÃO DOS BENS – Lucas 16.1-15_____ 296 64. OUÇA O ENSINO DAS ESCRITURAS – Lucas 16.14-31______ 300 65. ENSINOS SOBRE O PERDÃO – Lucas 17.1-10______________ 304 66. VAMOS AGRADECER! – Lucas 17.11-19___________________ 308 67. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO – Lucas 17.20-37_________ 312 68. JESUS ENSINA SOBRE ORAÇÃO – Lucas 18.1-8____________ 317

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69. QUEM SE EXALTA SERÁ HUMILHADO, QUEM SE HUMILHA SERÁ EXALTADO – Lucas 18.9-14_________________ 320 70. PRESTE ATENÇÃO NAS CRIANÇAS – Lucas 18.15-17_______ 325 71. JESUS ENSINA SOBRE VIDA ETERNA – Lucas 18.18-30_____ 329 72. A PREVISÃO DA MORTE E DA RESSURREIÇÃO DE JESUS – Lucas 18.31-34____________________________________ 334 73. GLORIFIQUE E LOUVE A DEUS! – Lucas 18.35-43__________ 338 74. JESUS PROCURA E SALVA PERDIDOS – Lucas 19.1-10______ 342 75. VOCÊ TEM CAPITAL PARA ADMINISTRAR – Lucas 19.11-27____________________________________________ 347 76. JESUS SE REVELOU COMO O MESSIAS – Lucas 19.28-44____ 352 77. JESUS NÃO RESPONDEU, MAS DISSE TUDO – Lucas 19.45-20.20_________________________________________ 357 78. NINGUÉM ENGANA JESUS – Lucas 20.19-47______________ 362 79. O VALOR DA OFERTA – Lucas 21.1-4_____________________ 366 80. A VOLTA DE JESUS – Lucas 21.5-38_______________________ 371 81. NADA SURPREENDE A JESUS... – Lucas 22.1-38____________ 376 82. JESUS LUTANDO EM ORAÇÃO – Lucas 22.39-46___________ 381 83. A PRISÃO DE JESUS – Lucas 22.47-62_____________________ 386 84. O JULGAMENTO DE JESUS – Lucas 22.66-23.25___________ 391 85. JESUS A CAMINHO DA CRUCIFICAÇÃO – Lucas 23.26-32__ 395 86. A CRUCIFICAÇÃO DE JESUS – Lucas 23.33-49_____________ 400 87. REVELAÇÕES DA NARRATIVA DA RESSURREIÇÃO – Lucas 24_________________________________________________ 405 Índice de Assuntos_________________________________________ 410 Notas___________________________________________________ 414

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Introdução

ministério do ensino da Palavra de Deus tem sido fundamental para a Igreja Cristã desde o seu início. Não foi por pouco que os apóstolos não se deixaram envolver no necessário trabalho administrativo, quando a Igreja em Jerusalém, devido ao crescimento maravilhoso pelo qual passava, começou a apresentar necessidades que iam além do ensino e da pregação. Ao ouvirem as queixas dos que se achavam injustiçados na distribuição diária de ajuda para as viúvas que a igreja sustentava naquela época, eles perceberam que não deviam se desviar do propósito para o qual inicialmente foram chamados: a prática da oração e a proclamação da mensagem cristã. Afinal, a divulgação da Palavra de Deus era o instrumento base que Deus mesmo estava utilizando para levar a Igreja a crescer. Assim, não deixaram de atender às necessidades físicas do povo, selecionando pessoas capazes para aquela importante tarefa, mas, eles próprios continuaram se dedicando à oração e ao ministério da palavra (Atos 6.1-7). Mais adiante, Paulo, também consciente da necessidade da divulgação da Palavra de Deus, exorta seu auxiliar Timóteo a pregar a palavra, a insistir em todas as ocasiões, perseverando com paciência no ensino (2 Timóteo 4.2). Isso como reforço da orientação que já havia dado em 1 Timóteo 5.17, onde escreveu: “Os presbíteros que governam bem devem ser dignos de honra em dobro, principalmente os que trabalham na pregação e no ensino”.

Admoestações como essas mostram a visão que o apóstolo tinha a respeito da pregação e do ensino. Sim, a pregação e o ensino são fundamentais na igreja de Cristo. Mas, não basta apenas pregar e ensinar, é necessário que seja pregada e ensinada a Palavra de Deus, aquilo que ela realmente diz. Portanto, como regra geral, podemos dizer que os roteiros (esboços) aqui apresentados, sempre procuram dizer o que a Bíblia disse no passado, para seus leitores primários, e o que ela diz no presente, a todos na atualidade, sempre à luz daquilo que já foi dito •

pelo próprio autor da passagem bíblica. Em outras palavras, os estudos procuram descobrir a verdade central, ou alguma lição de destaque que foi apresentada aos ouvintes (leitores) originais, e procura aplicar os conceitos (as lições) para a atualidade, com base clara no ensino real do texto. Assim, no meu entender, a pregação ou o ensino, realmente são bíblicos se disserem o que a Bíblia disse e o que ela diz, à luz do que disse. Desta forma, os roteiros aqui disponibilizados, mais do que uma metodologia própria, seguem essa filosofia de pregação e ensino da Palavra de Deus, filosofia que fui percebendo ser necessária no decorrer de meus anos como professor de Bíblia e pregador, anos que já passam de trinta e cinco. Todos os roteiros aqui disponíveis são fruto do trabalho prático. Nenhum deles deixou de ser testado: cada um serviu e ainda serve ao autor como base para apresentar lições de todo o Evangelho Segundo Lucas, em pregações de púlpito e ensino em grupos pequenos. Com certeza, qualquer versão bíblica da preferência do leitor pode ser utilizada para a pregação ou o ensino com o suporte destes roteiros. Mas, talvez seja interessante informar que os roteiros aqui oferecidos foram preparados tendo como base a versão bíblica conhecida como Almeida Século 21, sempre acompanhados pela consulta ao texto grego do Novo Testamento, em especial como aparece analisado no meu próprio livro chamado de “Leitura e Tradução do Grego Bíblico”.1 Também, cada um dos roteiros está baseado em uma unidade bíblica completa, com sua introdução, desenvolvimento e conclusão. Eles se prestam muito bem para uma apresentação sequencial do texto de Lucas, mas, também, podem servir de roteiro para apresentações de textos e temas variados. Por isso, ao final do livro, há uma lista de temas para ajudar a encontrar de maneira mais fácil o assunto desejado. Aos que pretendem ensinar ou pregar no Evangelho Segundo Lucas seguindo a sua ordem natural, basta seguir a apresentação sequencial dos roteiros. Cada um deles está ligado às unidades do Evangelho em sua sequência, como bem mostra o sumário desta obra. Cada roteiro apresentado neste livro possui um objetivo declarado. Propositalmente eles procuram, na maioria dos casos, levar o ouvinte das mensagens à ação, pois parte-se do princípio que os ensinos de 12

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Deus são para ser vivenciados, praticados, além de entendidos. Como auxílio para esclarecer as dúvidas que possam surgir no texto bíblico abordado em cada mensagem, eu indico o meu livro chamado “O Evangelho Segundo Lucas: Introdução fundamental e auxílios para a interpretação”2. Trata-se de uma obra que foi desenvolvida em paralelo a esta. A medida em que surgiam temas ou termos no texto bíblico com certo grau de dificuldade, durante a preparação destes roteiros, que eu percebia que o leitor não especializado em estudos teológico poderia ter dificuldades para a compreensão, eu procurava esclarece-los à parte, o que foi uma grande ajuda para a produção desse livro de apoio para a interpretação. Eu já utilizei cada um destes roteiros e posso dizer que fui muito abençoado, assim como muitos que me ouviram pregar e ensinar também o foram. Desejo a todos os que utilizarem estes roteiros, sejam pastores, pregadores leigos, professores, ou líderes de pequenos grupos, muito sucesso na área do ensino e da pregação, pois o sucesso de cada um dos servos de Deus nesta empreitada resulta em crescimento do Reino de Deus. Estamos juntos nesta obra. Bom trabalho a todos!

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1 DEUS ATENDE ORAÇÕES: A idosa estéril engravidou Lucas 1.1-25 Objetivo: Quero que o ouvinte continue firme em suas orações, sem desanimar.

INTRODUÇÃO • Iniciar com a leitura do texto completo e com oração. • Destacar, em poucas palavras, a parte introdutória (Lucas 1.1-4), enfatizando que Lucas resolveu escrever a história de Jesus, em ordem. O texto lido narra acontecimentos um pouco anteriores ao nascimento Dele. • De forma lógica, Lucas introduz o livro falando do anúncio do nascimento de João, precursor de Jesus. • O nascimento de João Batista foi fruto de oração (Ler o v.13 e destacar a parte que diz: “a tua oração foi ouvida”). Assim, nesta passagem inicial de Lucas, ainda que existam outros temas importantes, quero destacar que Deus atende orações. • Não digo que Deus atenda a toda e qualquer oração, pois Deus não é como um “gênio da lâmpada” das historinhas, obrigado a atender aos pedidos de seus senhores, não. Deus é Deus! Ele é o Senhor e responde conforme a Sua vontade. Mas o texto é claro ao mostrar que Deus atende orações. • Repetir antes de cada ponto o título da mensagem: Deus atende orações...

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1. NÃO IMPORTA O TAMANHO DO PROBLEMA 1.1. O problema de Zacarias e Isabel era enorme para a época em que viviam. 1.2. Isabel era estéril e, mesmo que não o fosse, os dois já eram de idade avançada (v.7). 1.3. Para agravar o problema, a falta de filhos naquela época era vista como um castigo de Deus. 1.4. Mas o texto mostra que ambos, Zacarias e Isabel, eram justos e irrepreensíveis (v.6). 1.5. Sendo sacerdote, como era, o problema se agravava ainda mais, pois poderia ser mal visto pelos demais (Com certeza não faltavam os que pensavam: Qual será o pecado de Zacarias, ou de Isabel, pois eles não têm filhos?). 1.6. O problema deles era enorme com consequências terríveis, dentre elas justos passarem por pecadores. 1.7. Contudo, para Deus não existe problema grande. Ele responde oração sem se importar com o tamanho do problema.

2. AINDA QUE O TEMPO PASSE 2.1. Quanto tempo será que Deus levou para responder à oração de Zacarias? 2.2. Ele e sua esposa pediam um filho. Ambos eram velhos (v.18), certamente casados desde muito jovens. Quanto tempo levou para que tivessem essa resposta? Será que eles ainda oravam por este assunto? 2.3. Não sei responder exatamente, mas digo sem medo de errar, que a resposta demorou. 2.4. Posso ver por esta passagem que, de fato, o tempo de Deus é diferente. Ele responde quando deseja e não quando nós queremos. Mas, uma coisa fica clara, Ele responde na hora certa. João Batista seria o precursor de Jesus, aquele que prepararia o caminho para Ele, e não poderia vir muito antes dEle. 2.5. Não importa o tempo que passe, Deus responde à oração na hora certa. 16

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2.6. Espere com paciência a resposta do Senhor!

3. MESMO QUE NÃO ACREDITEMOS MAIS QUE HAVERÁ RESPOSTA 3.1. Falei, no ponto anterior, a respeito da demora da resposta de Deus para Zacarias, quero destacar aqui que percebo que ele nem esperava mais uma resposta. 3.2. Ele não só ficou surpreso e assustado com a presença do anjo, mas também não acreditou na resposta que ele trazia da parte de Deus. 3.3. O v.18 mostra claramente que Zacarias não esperava mais uma resposta de Deus. Na verdade, ele não acreditava mais que aquela situação poderia ser revertida, pois tanto ele quanto sua mulher já eram muito idosos. Ninguém melhor do que ele para saber que o pedido feito, provavelmente na juventude, agora não poderia mais ser atendido. O tempo para ser atendido, no entendimento dele, já havia se passado. 3.4. Fico com pena de Zacarias, pois, provavelmente, qualquer outro no lugar dele também não acreditaria mais em uma resposta positiva para o seu antigo pedido. Foi castigado por não acreditar nas palavras do anjo. Ficou mudo e surdo por duvidar da boa notícia (vs.20 e 62). (Também, por outro lado, deve ter sido o castigo mais “gostoso” da vida dele, pois, ainda que fosse um castigo, também era um sinal). 3.5. A verdade irmãos, é que Deus responde às orações que até pessoas justas e irrepreensíveis como Zacarias duvidam. Deus vai além da nossa fé, e responde nossas orações!

4. MUITO ALÉM DE NOSSA PETIÇÃO 4.1. Deus é maravilhoso mesmo. Não só responde nossas orações, mas responde além do que pedimos. 4.2. Zacarias e Isabel pediram um filho, mas Deus foi muito além do pedido deles. Quando eles já nem esperavam, Deus lhes deu João Batista, o precursor de Jesus. 4.3. Eles pediram um filho e Deus lhes deu o melhor de todos (vs.1417). Nas palavras de Jesus, João foi o maior de todos os homens (ver •

Mateus 11.11). Dá para imaginar a alegria de Zacarias e Isabel com este filho? 4.4. Quem de nós também já não se surpreendeu com as respostas de Deus? (Contar alguma experiência pessoal, ou citar o pedido de Salomão em sonho. Salomão pediu sabedoria e Deus fez dele o homem mais sábio de todos os tempos e, ainda, lhe deu riquezas que nem havia pedido – 1 Reis 3.4-15). 4.5. Deu não apenas responde orações, mas vai muito além daquilo que nelas pedimos.

CONCLUSÃO • Orar nem sempre é fácil, em especial quando a resposta parece demorar. • Mas a Bíblia mostra, não só aqui neste texto, mas em muitos lugares, que Deus responde orações. • Persista, meu irmão. Deus é poderoso para nos dar, na hora certa, a resposta tão desejada, indo além daquilo que esperamos. • Deus atende orações. Não se importe com o tamanho do problema. Não se preocupe com o tempo que passa. Não esmoreça, só continue a orar!

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2 O QUE COMEMORAR NO NATAL? Lucas 1.26-38 Objetivo: Quero que os ouvintes comemorem o Natal de forma verdadeiramente cristã.

INTRODUÇÃO Tenho ficado abismado com o desvirtuamento da festa do Natal. Que é uma grande festa ninguém pode negar (pessoas de todas as cores, raças e religiões comemoram). A festa cresce cada vez mais, mas parece que com ela cresce o número de pessoas que comemoram sem saber o que estão comemorando (para muitos, o que importa é a festa e não o motivo dela). Ilustração: Por exemplo, o que você pensaria desta conversa entre dois torcedores comemorando a conquista de um campeonato pelo Corinthians. – E aí meu amigo, o que você achou do gol? – Que gol? – Como assim, você não viu o jogo? – Não, eu estava na praia. – Como? Você estava na praia durante o jogo? Que espécie de corintiano é você? – Não, eu não sou corintiano não, eu torço para o Palmeiras. – O quê? Você é palmeirense e está festejando conosco? – É, a festa está bonita e eu gosto de festar, então vamos lá! Sem dúvida, isso parece loucura, mas é o que alguns fazem na festa de Natal. Fazem muita festa, mas comemoram o que mesmo? Comemorar é festejar relembrando algo, mas muitos apenas festejam. A situação é tão complicada que até nós, evangélicos, devemos estar relembrando a cada passo os motivos que nos levam a comemorar (festejar), para que não caiamos no erro dos demais.

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Este texto, ainda que narre um acontecimento anterior ao nascimento de Jesus, mostra alguns dos motivos de comemoração no Natal. Então, vejamos o que comemorar no Natal...

1. UM NASCIMENTO SOBRENATURAL 1.1. Em primeiro lugar, no Natal deve ser comemorado um nascimento sobrenatural. 1.2. Nascimentos acontecem todos os dias em todos os lugares. Poderíamos dizer: nada mais natural, onde existem seres vivos de sexos diferentes, outros passam a existir. Mas o de Jesus foi sobrenatural. 1.3. Não foi mais um caso de gravidez bem-sucedida que acabou em parto normal. Foi um caso único, quando uma jovem, virgem, deu à luz um menino. 1.4. O caso foi tão incrível que alguns não conseguem acreditar, mas este é um dos pontos a ser comemorado no Natal: a virgem deu à luz (vs.26 –27 e 34)! (É bom explicar que o “noivado” de Maria e José era mais do que um noivado atual, já fazia parte do casamento e só podia ser desfeito com divórcio). 1.5. É interessante notar que o texto afirma que não há impossível para Deus, assim como Deus pode dar um filho a uma idosa estéril, da mesma forma, pode dar a uma jovem virgem (vs.36 e 37). Tanto o caso de Isabel como de Maria são impossíveis, mas não para Deus. 1.6. Naquele dia não nasceu apenas mais um homem no mundo, mas nasceu o Deus/Homem, único em Sua natureza! Um milagre aconteceu. Natal comemora um nascimento sobrenatural.

2. O NASCIMENTO DE UM SER SANTO 2.1. No Natal também deve ser comemorado o nascimento de um ser santo. 2.2. Não foi mais um que veio ao mundo para ser pecador como nós. Foi um ser único, santo. 2.3. A palavra santo tem dois significados básicos: a) excelência moral; b) separado. Natal marca o nascimento de Jesus, um ser moralmente perfeito, e separado para fazer a vontade do Pai (v.35). 20

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2.4. Não foi apenas mais um nascimento, mas foi o nascimento de um ser santo. 2.5. Isso é motivo para comemorarmos. Um ser santo passou a habitar conosco, trazendo assim esperança para o mundo corrupto, perdido no pecado (Alguém muito especial se fez acessível a todos).

3. O NASCIMENTO DO REI ETERNO 3.1. Natal merece muita festa, muita comemoração, pois ele marca também o nascimento de um rei. Não mais um rei entre outros reis da terra, mas o nascimento do Rei dos reis. 3.2. Até hoje o nascimento de alguém que pode vir a se tornar rei é muito comemorado (citar exemplos). 3.3. No Antigo Testamento, o melhor de todos os reis foi Davi. O anjo anuncia a Maria que o filho que iria nascer receberia o trono de Davi, com a diferença que seu reinado seria para sempre e não passageiro como o de Davi havia sido (vs.32, 33). 3.4. Dizem que aquilo que é bom dura pouco, mas, neste caso, não é verdade. O reino do rei eterno é bom e durará para sempre, quer alguns queiram ou não. Isso é motivo de grande comemoração.

4. O NASCIMENTO DO FILHO DE DEUS 4.1. Acima de tudo, no Natal, comemoramos o nascimento do Filho de Deus. 4.2. O nascimento de crianças, em lares ajustados, sempre é motivo de comemorações (dar exemplos). 4.3. Quando nasce um filho de alguém importante, ou famoso, a comemoração ultrapassa o ambiente familiar e muitos se alegram e festejam, como se fizessem parte da família (citar exemplos: notícias etc.). 4.4. O Natal marca o nascimento do filho da pessoa mais importante que existe. O Filho de Deus não veio ao mundo, pois Ele sempre existiu, mas veio à Terra, como ser humano (vs.32 e 35). 4.5. Passou a habitar conosco o Deus/Homem, gerado por Deus em uma virgem moradora de Nazaré. •

4.6. Depois daquele nascimento, o mundo nunca mais seria o mesmo, ele marcou a história dividindo-a em antes de Cristo (A.C.) e depois de Cristo (D.C.), como mais tarde ficou registrado no calendário. 4.7. Deus se fez homem demonstrando claramente o amor que nutre por nós. (Isso merece ser comemorado com grande celebração).

CONCLUSÃO • Para encerrar, quero dizer que não há muita lógica em se comemorar Natal comendo, bebendo, dando presentes, enfeitando as casas e ruas, festando, desejando aos outros votos de Feliz Natal, etc., ainda que possa ser bom, se não nos lembrarmos destes e de outros detalhes que fazem dele uma data especial. • Natal deve ser uma grande festa mesmo. O que temos visto ainda é pouco diante de sua importância, mas esta festa não pode ter um fim nela mesmo. • Contar a ilustração envolvendo o comediante Renato Aragão e sua esposa que não tendo motivos para comemorar, mas desejosos de fazer festa, chamaram os amigos para festejar “o dia da pedra”. Destacar que para muitos, Natal não passa de um pretexto para comemoração, um verdadeiro dia da pedra. • Ela deve comemorar relembrando, entre outras maravilhas, um nascimento sobrenatural, o nascimento de um ser santo, o nascimento do rei eterno, o nascimento do filho de Deus. • Natal sem Jesus não é Natal!

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3 MAGNIFICAT: NOSSO DEUS É GRANDE Lucas 1.39-56 Objetivo: Quero que os ouvintes louvem a Deus, percebendo Sua grandeza.

INTRODUÇÃO • Depois de ler o texto de Lucas 1.39-56, e orar, introduzir a mensagem contextualizando a passagem. • Destacar a grandiosidade do acontecimento que estava para ocorrer, o nascimento do Filho de Deus. • Destacar a escolha de Deus, que poderia escolher quem Ele desejasse e escolheu Maria. • Destacar como ocorreu a visita de Maria à sua prima Isabel e como Lucas encerrou a narrativa apresentando o chamado “Cântico de Maria” (Magnificat), base principal para esta mensagem. • Neste cântico, ela engrandece ao Senhor, ou seja, demonstra que reconhece a Sua grandeza, e exulta, se alegra ao extremo nEle. (Explicar o paralelo dos versículos 46 e 47, a introdução do cântico, onde alma e espírito são sinônimos para mostrar que ela mesma engrandecia ao Senhor e se alegrava). • Vejamos o que ela disse no cântico, nos alegremos e louvemos a Deus pela Sua grandeza. • Repetir o título da mensagem: “Nosso Deus é Grande”, e discorrer a respeito de cada ponto.

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1. ELE NOS SALVA DAS DIFICULDADES E DA CONDENAÇÃO (v.47) 1.1. Já na introdução de seu cântico Maria destaca que Deus é o salvador dela. 1.2. A palavra salvador tanto descreve livramentos de dificuldades como da condenação eterna. 1.3. Não há neste cântico indicação direta do que foi que Ele a salvou, ou livrou, mas o próprio nome Jesus, que segundo a ordem do anjo deveria ser dado para o seu filho (Lucas 1.31), significa “O Senhor (Yavé) é Salvação”. 1.4. Nosso Deus é grande, Ele tem o desejo e o poder de nos salvar das dificuldades do dia a dia, e, além disso, também da condenação eterna por meio de Seu Filho Jesus (que traz a salvação no próprio nome).

2. ELE FAZ COISAS GRANDES PARA NÓS (v.49a) 2.1. Maria, em seu cântico, também declara que Deus, “o Poderoso”, como ela o chama no v.49, fez grandes coisas para ela. Para ela, como maior destaque, deu o privilégio de ser a mãe do salvador. 2.2. Este privilégio é único, ninguém mais pode ser mãe de Jesus, mas Deus, o nosso Deus que é grande, faz muitas coisas grandes para nós. Basta pararmos, pensarmos, e logo estaremos cantando como Maria. 2.3. Sem dúvida, a maior de todas as coisas que Ele fez por nós foi enviar o Seu Filho Jesus para que se tornasse homem, nascido de Maria, para morrer por nossos pecados e nos dar a salvação.

3. ELE É COMPLETAMENTE SANTO (v.49b) 3.1. Maria, certamente inspirada pelo próprio Deus ao compor este cântico, afirma que Ele é santo. 3.2. Quando ela diz que o Seu nome é santo, como aparece no v.49b, não está se referindo a um título santo, ou seja, a uma palavra que descreve o nome de Deus. Não! Na cultura de sua época o nome é a pessoa. Assim, dizer que o nome de Deus é santo é o mesmo que dizer que Deus é santo. 24

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3.3. Sim, ela tinha toda a razão, pois Deus é completamente santo, a ponto de deixar os seres humanos, pecadores como são, assombrados diante de Sua presença. 3.4. O que dizer de Isaías ao perceber que viu Deus, em uma visão? Ele disse: “Ai de mim! Estou perdido... (Isaías 6.5). Ou o que dizer de Pedro ao perceber a santidade de Jesus e o quanto ele, Pedro, era pecador? Pediu que Jesus se afastasse, pois o temor tomou conta dele e de seus companheiros (Lucas 5.8-9). 3.5. Só mesmo um Deus grande como o nosso Deus para dizer a Isaías “...a tua culpa foi tirada, e o teu pecado, perdoado (Isaías 6.7); e a Pedro e seus companheiros, por meio de Jesus: “Não temas; de agora em diante serás pescador de homens” (Lucas 5.10). A grandeza de nosso Deus é incomparável!

4. ELE TEM MISERICÓRDIA ETERNA DAQUELES QUE O TEMEM (vs.50 e 54-55) 4.1. Maria também destaca a misericórdia de Deus. Ah, como dependemos dela. 4.2. Esta misericórdia para com o Seu povo, para aqueles que o temem, dura para sempre (v.54-55). No linguajar poético de Maria, em seu cântico, ela vai de geração em geração (v.50), sem cessar. 4.3. Nosso Deus é grande, e a Sua misericórdia é um destaque de sua grandeza, pois são os grandes que exercem a misericórdia.

5. ELE REBAIXA OS SOBERBOS (vs.51-53) 5.1. Deus Magnífico, em Sua grandeza, não tolera os soberbos, orgulhosos. Na hora certa, os rebaixa. 5.2. Maria sabia disso e cita em seu cântico pelo menos três ações de Deus contra os soberbos. Na hora dele, não na nossa, Ele... 1) Dispersa os arrogantes (v.51); 2) Derruba de seus tronos os poderosos (v.52); 3) Manda os ricos embora de mãos vazias (v.53).

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5.3. Ou seja, nosso grande Deus, em Sua grandeza, ao contrário dos bajuladores, trata os soberbos como devem ser tratados.

6. ELE EXALTA OS HUMILDES (vs.48, 52 e 53) 6.1. Aqui em seu cântico, “O Magnificat”, Maria continua mostrando o quanto nosso Deus é magnífico. 6.2. Ele, como juiz poderoso, não apenas rebaixa os soberbos, mas exalta os humildes. São apenas exemplos, é uma poesia que descreve a grandeza de Deus de forma geral, mas nela nós vemos: 1) Deus dá atenção para o humilde (v.48) – Poderia ter escolhido alguém de destaque na sociedade, mas olhou para a humildade de Maria, a qual se coloca como escrava (doulē – ) de Deus. Ela já havia utilizado este título em Lucas 1.38, palavra da mesma raiz de escravidão (duleia – ), como aplicada à Agar, a escrava de Sara, em Gálatas 4.24; 2) Derruba poderosos de seus tronos, mas eleva os humildes (v.52); 3) Dispensa os ricos de mãos vazias, mas enche de bens aos famintos (v.53). 6.3. Ao contrário dos seres humanos que têm a tendência de exaltar os que já são grandes e que, normalmente, se exaltam por causa disso, Deus, em Sua grandeza, rebaixa os soberbos, mas exalta os humildes. Só alguém de muita grandeza age assim. Verdadeiramente o nosso Deus é grande!

7. ELE CUMPRE AS PROMESSAS QUE FAZ (vs.54-55) 7.1. Maria ainda destaca no cântico que nosso Deus, grande como é, cumpre as promessas que faz. 7.2. Ele havia feito promessas a Abraão, cerca de dois mil anos antes de ser composto esse cântico, e também aos descendentes de Abraão (vs.5455), certamente vinha cumprindo Suas promessas e, agora, enviando o Salvador, Jesus, chegava a um ponto de destaque no cumprimento das promessas. 7.3. Nosso Deus é grande, Ele promete e o que promete cumpre, nós podemos confiar. 26

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7.4. Em uma época como a nossa, a qual os filósofos já estão classificando como “Era da pós-verdade”, onde nos meios políticos não importa dizer a verdade, mas sim o que o povo deseja ouvir, onde todo tipo de promessas é feito sem nenhuma intenção de cumprir, é alentador saber que com Deus é diferente. 7.5. Nosso Deus é grande e cumpre toda e qualquer promessa que nos faz. Nele você pode confiar!

CONCLUSÃO • Maria soube muito da grandeza de Deus quando Ele se revelou para ela dando-lhe a promessa de que seria a mãe do Salvador. Depois da ressureição de Jesus, ela perceberia que Ele é bem maior do que ela poderia imaginar. • Por este texto, por muitos outros textos da Bíblia, e pela experiência, nós também sabemos que nosso Deus é grande. • Poderíamos passar horas aqui dizendo Deus é grande, pois ama pecadores como nós; Deus é grande, pois criou e sustenta o universo; Deus é grande, pois conhece todos e tudo; Deus é grande e pode nos dar a vida eterna... e assim por diante, pois Ele realmente é grande, digno de toda honra, glória, poder e louvor, mas o que foi dito já é mais do que suficiente para mostrar um pouco de Sua grandeza. • Nós somos fracos e pequenos, mas Nosso Deus, que esteve na terra em forma humana na pessoa de Jesus, nascido de Maria, é extremamente grande, verdadeiramente magnífico. • Diante disso, só podemos dizer como ela disse: “A minha alma engrandece ao Senhor; e o meu espírito exulta em Deus, meu salvador” (Lucas 1.46-47). Declaremos todos juntos: O nosso Deus é grande!

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4 DOIS MILAGRES, MUITAS LIÇÕES Lucas 1.57-66 Objetivo: Quero que os ouvintes creiam e busquem os milagres de Deus, corretamente.

INTRODUÇÃO • Depois de ler o texto e orar, perguntar: Você crê em milagres? • Quem crê em milagres, levante uma das mãos! • Sim, podemos crer em milagres, pois nosso Deus é Deus de milagres. Quem crê em Deus, crê em milagres. • Quando oramos, esperamos um milagre. Quando Deus nos responde, aconteceu o milagre. • Quando alguém se converte, ou é curado por Deus, ou quando a ordem normal das coisas é mudada, pela ação de Deus, houve um milagre. Muitos milagres acontecem no dia a dia do cristão (citar alguns). • Milagre é milagre, mas alguns chamam mais a nossa atenção. • Neste texto eu vejo dois milagres que me deixam admirado, e muitas lições. • Este é o título da meditação de hoje: “Dois milagres, muitas lições”. Vejamos então:

1. O PRIMEIRO MILAGRE – A estéril deu à luz 1.1. O primeiro milagre foi Isabel dar à luz. 1.2. Mas qual o problema em uma mulher dar à luz? Para uma mulher casada, jovem, fértil, que está bem de saúde, isso é muito normal. 1.3. Mas qual era a situação de Isabel? Resposta: Ler Lucas 1.5-7 e dizer: estéril e idosa. 28

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1.4. Não havia mais esperanças para Isabel. Ninguém mais esperava que ela desse à luz, mas ela deu, pois Deus quis assim, e quando Deus quer, o milagre acontece. 1.5. Veja que o milagre foi resposta de oração (Lucas 1.13). Oração que nem aquele que orava acreditava mais que pudesse ser atendida (Veja a resposta de Zacarias, em Lucas 1.18). 1.6. Deus é o Deus dos milagres, e responde até orações que nós oramos, mas nem acreditamos que serão respondidas, de tão difíceis que são as situações. Mas Ele pode responder, pois é o Deus dos milagres! 1.7. Ore com fé, irmão! Mas, se a situação é tão difícil que você já nem acredita mais, ore assim mesmo, pois o poder de Deus está muito acima da sua fé.

2. O SEGUNDO MILAGRE – O surdo-mudo ouviu e falou 2.1. O segundo milagre é que um surdo-mudo passou a ouvir e a falar, por intervenção direta de Deus. 2.2. Talvez seja bom destacar aqui que este milagre de cura vem para modificar um primeiro. Zacarias, por duvidar da mensagem de Deus por meio do anjo, ficou surdo-mudo (como indica o texto original, ficou no silêncio – Lucas 1.20). A maioria das versões dá a entender que ele apenas ficou impossibilitado de falar, mas, no grego, pode-se entender que ele ficou “no silêncio”, sem ouvir e sem falar. E isso é confirmado pelo v.62, onde lhe fazem perguntas por meio de acenos. 2.3. Zacarias, um homem que sempre ouviu e falou, estava há nove meses sem poder ouvir ou falar. E sabia bem a razão. Estava assim por ter duvidado de Deus. 2.4. A lição foi dura, mas Zacarias aprendeu. Quando conseguiram perguntar, por sinais, qual deveria ser o nome do menino, ele não teve dúvidas, em obediência a Deus (Lucas 1.13), deu o nome de João a seu filho, por mais que isso admirasse e contrariasse toda a parentela (Lucas 1.63), que espera que algum dos parentes fosse homenageado com seu nome dado à criança (Lucas 1.61).

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2.5. Deus é Deus e pode fazer o que bem entender e quiser. Assim como Ele havia deixado Zacarias surdo-mudo, como lição e disciplina, devolveu a ele a capacidade de ouvir e falar, como prêmio pela obediência. 2.6. Deus é Deus de milagres e se revela a Seu povo por meio deles.

3. LIÇÕES QUE APRENDEMOS COM ESTES MILAGRES • As lições que os milagres registrados na Bíblia nos ensinam são muitas, mas quero destacar apenas algumas que percebo neste texto. Vejamos: 3.1. Deus faz milagres 3.1.1. O Deus de Zacarias que, contra todas as evidências, deu àquele casal um menino chamado João, que depois seria conhecido como João o Batista, o precursor de Jesus, também é o nosso Deus. 3.1.2. Deus fez milagres maravilhosos como esse no passado, e não tem nada que mostre que hoje não faz. 3.1.3. Diante das lutas, nunca esqueça: Deus faz milagres! 3.2. Milagre pode resultar da misericórdia de Deus 3.2.1. Zacarias e Isabel, verdadeiramente, eram gente boa. Mas não foi só por isso que Deus os abençoou com o milagre de lhes dar um filho. Como o texto diz: os vizinhos perceberam que Deus usou de misericórdia para com Isabel (Lucas 1.58). 3.2.2. Milagre depende mesmo é da misericórdia de Deus e não dos nossos merecimentos. O próprio nome de João aponta para a graça de Deus, pois significa “o Senhor (nome de Deus) é doador gracioso”. 3.2.3. Confie sempre na graça e na misericórdia do Senhor. Isso pode resultar em milagre. 3.3. Milagre normalmente produz alegria nas pessoas 3.3.1. Milagre, quando não é para disciplinar, traz alegria para o povo. Peçamos milagres ao Senhor. Não só para nós, mas para os nossos queridos. Quando os que amamos são abençoados, nós também nos

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alegramos, assim como os vizinhos de Isabel se alegraram com ela (Lucas 1.58b). 3.3.2. Vamos nos alegrar com os milagres. Eles vêm de Deus! 3.4. Milagre atrai louvores a Deus 3.4.1. Milagre é obra de Deus. Milagre traz louvores a Deus. 3.4.2. Se o milagre está levando pessoas a louvarem um pregador, um milagreiro, e não a Deus, duvide desse milagre e se afaste desse pregador. O milagre é executado por Deus e atrai louvores a Deus. 3.4.3. Zacarias não teve dúvidas a respeito de quem ele deveria louvar após a cura recebida. Deus o disciplinou, curou, e se revelou em meio de todos aqueles acontecimentos, e a Deus ele louvou (Lucas 1.64). 3.4.4. Louve ao Senhor por Suas maravilhas, e a nenhum outro! 3.5. Milagre produz obediência 3.5.1. Zacarias sabia que seu filho era fruto de um milagre, assim como a disciplina pela qual passava. 3.5.2. Presenciando o poder de Deus, Zacarias foi extremamente obediente, colocando um nome estranho em seu filho (Lucas 1.63). Estranho, mas que era da vontade de Deus. 3.5.3. Sim, o milagre produz obediência! 3.6. Milagre torna conhecido e exaltado o seu autor 3.6.1. A notícia do milagre corre (Lucas 1.65b). E eu diria, e deve correr mesmo, tornando cada vez mais conhecido e exaltado o Seu autor: nosso Deus! 3.6.2. Assim foi com as notícias da intervenção divina na família de Zacarias e assim deve ser em relação às bênçãos com as quais Deus também nos abençoa. Não podemos nos calar diante dos feitos de Deus. 3.6.3. Testemunhe a todos a respeito das maravilhas que Deus tem feito a cada um de Seu povo. 3.7. Milagre produz temor do Senhor 3.7.1. Acima de tudo, eu vejo que milagre produz temor do Senhor.

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3.7.2. Diante do milagre fica evidente que nós não somos nada e que Deus é Todo-Poderoso. Que nós somos frágeis e que carecemos de Sua graça. Que Ele é santo e nós pecadores. 3.7.3. Diante da percepção do milagre, o temor do Senhor, naturalmente, toma conta de nossas vidas.

CONCLUSÃO • Você crê em milagres? Você percebe milagres em sua vida e no meio do povo de Deus? • Tenho certeza que você crê e percebe, pois nosso Deus é Deus de milagres. • Coloque diante dEle, confiado em Sua misericórdia, com temor e tremor, as suas dificuldades e lutas, os alvos da Igreja, os sonhos que você sonha, e na hora dEle, sendo da vontade dEle, por misericórdia dEle, Ele vai fazer. • Não há situação que Deus não possa transformar, pois nosso Deus é Deus de milagres!

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