CAMILO REBELO
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co-authored with Tiago Pimentel
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Off all Camilo’s works, the Museu do Côa is the one that interests me most, perhaps because it is the “hardiest”, not just in the sense of the concept of lasting, but because it is also the most perennial, the most gravitational, and the most pedagogical. So let us see: 1- Installation, like a wedge embedded in the rock, and when viewed from below, the most favourable angle, it evokes the temple of Poseidon at Cape Sounion – “Top”. 2- Material, in reinforced concrete, solid, within, and covered with a prefabricated concrete skin, simulating the surrounding shale, in texture and colour – “Réussi”. 3- Constructive system, suited to the material in its variants, concrete in situ or precast – Opposites, but compatible with one another – difficult. 4- Language, the museum has an “Animal Vocation” , a dun animal, serene, and when the topography makes way, it rises in the air against gravity.
EDUARDO SOUTO DE MOURA
When we enter the building, we hear the animal breathing, we feel the systoles and diastoles along the way until we reach the dark room, and before returning, this back room without light (‘If you wait you can see…’) is like a sanctuary awaiting As Magias [the magic] that can happen.
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Work jointly authored with the architect Tiago Pimentel. Herberto Helder, Vocação Animal, Publicações Dom Quixote. Herberto Helder, As Magias, Assírio & Alvim.
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VILA NOVA DE FOZ CÔA | PORTUGAL 2004 - 2010
A proposta é o resultado consequente da análise das condicionantes naturais e programáticas, e do uso de temas que melhor respondiam à situação genérica: construir um museu de arte e arqueologia na encosta da foz do Côa.
contemplação, de lazer, de estacionar, de circulação pedonal livre e orientada. Esta é o princípio e o fim da linha,uma realidade aberta e fechada, e ao mesmo tempo o espaço onde se inicia a entrada do museu. Esta plataforma permite deste modo que o momento de transição fora/dentro não seja rápido e imediato – a porta – mas antes um movimento prolongado.
Os temas abordados são diversos, resultando de uma dinâmica de trabalho que procura cruzar factores exteriores, como topografia e acessibilidades, e factores de conteúdo programatico. O desafio de fundir estes factores torna-se explícito no conceito da intervenção - conceber um museu enquanto instalação na paisagem.
A estratégia do corpo, na sua relação com a topografia, é natural, ou seja a plataforma assume como nível a cota de chegada, enquanto a condição do terreno verte naturalmente ao longo deste destapando-o na totalidade no seu ponto mais extremo.
Conceito A Arte Rupestre que qualifica de forma única as margens do Rio Côa é provavelmente a primeira forma de “LandArt” da história da humanidade. Esta condição revelou-se desde logo o motor de construção da ideia do projecto. A “LandArt”, caracteriza-se genericamente de duas formas distintas. Na primeira a condição de intervenção na paisagem é executada com elementos naturais promovendo continuidade, onde a geometria de caracter abstracto se impõe destacando a intervenção. Na segunda a estratégia é a de trabalhar um corpo, desenhado especificamente para um lugar promovendo um diálogo íntimo entre artificial/ natural e aumentando deste modo a complexidade temática da composição do mesmo. O território sugere neste caso uma dupla leitura, pois é ao mesmo o suporte natural de paisagem, com que se pretende intervir e dialogar, mas é também consequência da intervenção do homem uma natureza modelada, enfatizando a condição artificial.
Deste modo duas premissas; a primeira a de não cortar o monte conferindo-lhe uma nova e artificial silhueta, a segunda a de ocupar no primeiro momento o terreno, libertando o restante, preservando o seu estado natural requalificando-o para que possa ser usado como parque de lazer e contemplação e minimizando o impacto na paisagem.
No caso do Museu parece ser importante o sentido afirmativo do corpo, quer na sua leitura de intervenção na paisagem, quer quanto à sua natureza tipologica que deve ser formalizada enquanto massa física, não deixando quaisquer ambiguidades e equívocos quanto à sua localização e conteúdo.
A estratégia de acessibilidade resulta da optimização das diferentes circunstâncias do projecto e das condições materiais e naturais existentes no terreno. A intenção é a de usar a plataforma (cobertura do museu) como espaço de chegada generalista, garantindo deste modo que os diferentes meios de acesso se disponham em zonas distintas, clarificando e facilitando a distribuição e orientação.
ACESSIBILIDADES O caracter acidentado da topografia dificulta a relação entre a tipologia em causa e o momento da chegada ao terreno. Um museu necessita de vários acessos de diferentes ordens ( visitantes, funcionários e cargas/ descargas), cujos requisitos respeitantes a pendentes para circulação automóvel, obrigariam à inclusão de acessos de grande complexidade física e plástica que transformariam definitivamente o terreno e consequentemente de forma dramática a paisagem.
TOPOGRAFIA A topografia revela-se determinante nas opções, que devido à sua condição acentuada dificulta a relação entre a porta do museu e o seu encontro a partir do momento vertiginoso da chegada ao terreno. A proposta procura resolver este iato pela sua anulação, fazendo-os coincidir no espaço e consequentemente no tempo. Assim e uma vez que esta acontece no ponto mais alto do mesmo, a proposta é a de criar uma plataforma, terreiro, espaço de miradouro, de escala vasta criando deste modo um palco múltiplo cujo cenário é a esmagadora paisagem dos montes e vales do Douro. Esta é o momento de chegada e simultaneamente de
A localização do museu determina que a acessibilidade principal seja por estrada, a construir, e como tal predominantemente por carro e autocarro. Deste modo e em relação ás acessibilidades automóveis há a considerar três tipos de situação: automóveis de visitantes e funcionários, autocarros e camiões de carga. Em relação aos automóveis, prevê-se que a sua aproximação e estacionamento seja o mais directa possível, devendo estes ocupar parte da plataforma posicionando-se entre os acessos verticais, escada/ elevador, e o acesso principal, a rampa. A ocupação da plataforma pelos automóveis deverá ser entendida para além do âmbito do museu, pois esta é pensada
como um drive in panorâmico, que inclusive pode ser usado em dias que este esteja encerrado. A opção para os autocarros é diferente e resulta assim, de modo a evitar o impacto desastroso que estes teriam na paisagem. Prevemos que a sua aproximação seja o mais directa possível (tal como acontece nos automóveis), no entanto o seu estacionamento, pós inversão, deve ser feito ao longo da nova via, numa bolsa criada para o efeito, que permite uma saída mais fácil para estes veículos e minimiza o seu impacto no território. Os camiões de carga não devem cruzar de forma conflituosa com as restantes partes, e como tal a proposta visa um desvio imediato, no arranque da plataforma, promovendo uma via só para o efeito ao longo do corpo até à zona de cargas/descargas. É também por esta via o acesso para o estacionamento dos Jeeps do parque cuja garagem é contígua ao sector de carga. Por último para a acessibilidade de excepção, via aérea, propomos que o héliporto seja construído no local do actual miradouro, requalificando-o, garantindo assim a sua natureza de varanda sobre o rio e ao mesmo tempo a função de pista. Assim rentabiliza-se a estrutura existente, possibilitando o uso pontual do helicóptero.
CORPO A forma/ volume do corpo é triangular e resulta de três condições topográficas. O corpo triangular é lapidado pela geometrização abstracta da topografia, que no ponto mais alto do terreno (implantação), esta entalado entre dois vales (Vale de José Esteves e o Vale do Forno) e abre uma terceira frente ao encontro dos rios Douro e Côa. Para a interacção pretendida com a paisagem a proposta visa uma estratégia não objectual. Interessa um corpo feito á medida do território, cujo volume e escala é concebido de fora para dentro e pela topografia. Em relação à intervenção na paisagem/ território há duas condições a gerar. O palco estável que permite acontecimentos de diversa ordem e um corpo que se articula na paisagem, de forma afirmativa e conferindo a esta alguma artificialidade interactiva, que ao mesmo tempo distingue e dialoga, promovendo-se assim um acto perceptivo único. Em relação ao perfil do corpo a condição é variável e progressiva, resulta da topografia descendente que vai
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destapando o mesmo até à sua total leitura, revelandose então a espessura do maciço, e libertando por baixo a zona de vazios que é pontualmente ocupada pelo programa de serviços e pelo restaurante que deste modo se relaciona intensamente com o terreno e a paisagem. O tema da futura ampliação do museu levanta desde logo uma série de questões de resposta indeterminada, que devem ser contempladas para minimizar o seu impacto futuro. Assim temos: Em que proporção deve ser ampliado o equipamento? Como qualificar um ou mais corpos cuja quantificação é desconhecida? Deve-se pressupor que a ampliação vai ser concebida pela mesma equipa de projectistas? A proposta considera que uma percentagem razoável seja aproximadamente 30%, uma vez que um excessivo aumento levaria à saturação de alguns serviços de apoio. A outra condição importante é a de garantir que as imagens das partes, no território, possam existir no tempo independentemente de a segunda vir a ser construída. Partindo destes pressupostos a estratégia é a de criar na estrutura espaços que desde já estão préconcebidos para receber no futuro os programas a ampliar. Assim o corpo é composto por uma série de negativos ao nível do piso térreo, onde apenas serão visíveis os módulos de estrutura, assegurando-se desde já o desenho da ampliação e o recorte deste piso, na sua relação com o corpo principal e com a topografia existente. Há um sector que pode ser considerado de ampliação imediata, pois acontece num negativo por qualificar, deixado intramuros, nos serviços do parque.
MATÉRIA Para a plasticidade da matéria do corpo interessa considerar três temas: a massa, textura e a sua cor. Das possibilidades analisadas prevaleceram duas: O xisto como sendo o material local e existindo em abundância, mas também pelo facto de ser o suporte escolhido no Paleolítico para o registo das gravuras. Embora a associação geológica, por camadas ou lascas, seja um tema motivador para alguma composição material, promove demasiado a aproximação ás construções locais e é não moldável o que dificulta a resolução de determinadas partes mais recortadas. O betão interessa pelas suas características plásticas e tectónicas, mas também como material que
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aparece recorrentemente na paisagem do Douro em construções de médio e grande porte. No entanto, este usado na sua cor natural, cinzento, promoveria alguma ruptura com o terreno onde predomina o castanho amarelado do xisto. Deste modo a proposta é que a matéria do corpo seja betão com inertes e pigmento do xisto resultando numa massa híbrida. Esta composição é sugerida nas eiras de secagem da amêndoa que pontuam alguns terrenos da envolvente, embora com a predominante xisto. A percepção é uma realidade mutável consequência da sua materialidade. A sua observação é possível de diferentes ângulos, mas também de distâncias variáveis, onde este parecerá um monólito de xisto de diferentes expressões – pedra recortada na montanha -, enquanto na aproximação ler-se-á um corpo complexo em betão texturado e cortado por frestas de diferentes calibres, denunciando o ambiente habitável do espaço.
GÉNESE/CONTEÚDO É intenção que o corpo do museu seja moldado de fora para dentro, mas também que este aconteça na sua expressão como consequência do programa que como “alma” que estrutura o corpo, lhe atribua escala, densidade, ritmo envolvendo o utente numa experiência única de transporte entre realidades e tempos. Nesse sentido há uma peça que estrutura o corpo, a rampa que rompe a massa de forma continua percorrendo o programa, desde a plataforma de chegada até ás salas de exposição. O sentido desta fenda descendente é o de um espaço temporal, que conduz o utente para dentro da densa massa, transportando-o, por etapas, da paisagem intensa e infinita até a realidade interior da sala gruta, que nos remete para um tempo primitivo. Esta peça estruturante é dividida em partes, a saber: percurso simples a céu aberto entre a plataforma de chegada e o espaço do lobby, o segundo, ainda exterior, o espaço coberto do lobby que articula as acessibilidades programáticas, por último a sala de exposição temporária que fecha percurso. Entre estes tramos acontecem dois momentos de muita importância, que actuando como rótulas enfatizam as partes e organizam a distribuição; no primeiro parque/ museu e no segundo as entradas das diferentes áreas expositivas. O percurso é materializado com a composição betão/ xisto exterior anteriormente explicitada de modo a conferir uma atmosfera continua levando o utente física e materialmente de fora para dentro. O fim do primeiro tramo do percurso é caracterizado
pelo início do lobby, expressado na sua maior largura, que resulta também em ser o primeiro momento rótula em que os dois programas se separam, o programa do parque ocupa no sentido descendente o sector esquerdo da fenda enquanto o programa do museu o lado direito, permitindo ao utente a leitura da opção a tomar e distinguindo-se as respectivas funções. Para além do espaço rampa distribuidor existem três núcleos de acessos verticais que o complementam, um de uso misto público/ funcionários e dois de caracter interno só para funcionários. O primeiro de caracter público (escada e elevador) liga os três pisos principais – a cobertura, o lobby e o restaurante. O segundo (escada e monta cargas) liga a zona de serviços térrea ás salas de exposição – piso do lobby – e á zona da administração piso +1. O terceiro (escada e elevador) assegura as ligações internas do programa do parque – piso térreo, o lobby e o piso +1. O programa é estruturado a partir da cota do lobby de duplo pé direito, tendo a mesma característica nas salas de exposição, na sala polivalente e nas reservas. O restante programa subdivide-se em dois pisos sobrepostos (pé direito simples) que perfazem o duplo pé direito predominante. Estes pisos simples contém os diversos programas de serviços públicos (cota do lobby) e no piso +1 recebe a administração e algumas zonas de serviços de âmbito interno. A estratégia de museologia assenta essencialmente na estratégia de distinguir em organização, materialidedade e luz as diferentes galerias de exposição – permanente e temporária. A articulação entre salas é garantida pelo segundo momento rótula (entre o segundo e terceiro tramos do percurso), onde se situam as respectivas portas de entrada/saída, bem como as da sala polivalente, garantindo ao visitante um percurso linear/ continuo não deixando, no entanto, de ser optativo. A exposição permanente é organizada em circuito em volta da sala da exposição temporária, garantido que o princípio e o fim se encontrem, minimizando as áreas de circulação. A sala das temporárias é inevitavelmente consequência do último tramo do percurso estruturante (fenda), permitindo desde logo a possibilidade de ser usada como extensão do lobby (tramo antecedente) para eventos diversos. As salas de exposição permanente são em circuito aberto podendo, no entanto, ser encadeadas de forma clássica, por justaposição. A matéria das paredes é o xisto, colocado de forma estratificada na horizontal aproximando-se do seu uso convencional, e projectando para os espaços interiores a realidade recorrente das construções locais. Deste modo o
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suporte para expor que será predominantemente usado para as réplicas das gravuras, é uma superfície em xisto o que permite a sua incrustação, compondo um todo único e complexo (este tema é recorrente pois nas investigações já efectuadas verificou-se que algumas casas em xisto são compostas com pedras gravadas da era do Paleolítico). É também a forma contextualizada de distinguir o ambiente deste museu, distinguindo-o das características das tipologias de caracter mais urbano. Na ala exterior a luz será utilizada como elemento que permite criar uma atmosfera com caracter cenográfico. Esta aparece pontuando determinadas zonas, iluminando a superfície xistosa de forma tangente, quer na vertical (luz zenital), quer na horizontal (frestas de calibre reduzido), semelhante ao método utilizado na identificação das próprias gravuras. Na ala interior a luz é constante e diminuta, promovida por uma fresta ao longo do tecto que deve ser complementada por luz artificial dirigida aos objectos expostos. Assim a estratégia é promover a diversidade de ambientes quer pela sua materialidade quer pelas diferentes formas de iluminação. A sala de exposição temporária é uma nave pura de duplo pé direito, cujas paredes são na mesma composição da massa exterior - betão/ xisto – permitindo vários tipos de organização. A luz será zenital (alternando com artificial durante o período da noite) promovendo um ambiente de luz difusa, de intensidade variável com predominância no fecho deste espaço promovendo o momento final. A sala polivalente igualmente de duplo pé-direito articula-se de forma contígua com o extremo da entrada das salas de exposição, permitindo um uso flexível e articulado. Para os gabinetes de trabalho, e por oposição aos outros espaços, pretende-se ambientes poucos dramatizados de caracter neutro, onde só a janela fresta assume todo o protagonismo. A iluminação natural dos diferentes espaços do edifício tem no exterior, sempre a mesma expressão – fresta vertical - variável em dimensão e no ritmo da composição, resultando esta dos requisitos de luz dos espaços interiores. A partir do exterior ler-se-á um corpo de betão texturado e cortado por fretas de diversas dimensões, onde implicitamente se poderão ler os dois pisos que estruturam o programa. O tipo de abertura escolhida é a resposta indirecta ao caracter apelativo da paisagem. A opção é a de não rasgar grandes planos de vidro, trazendo sempre de forma igual a paisagem para o espaço, mas sim obrigar o utilizador a posicionar-se perante esta
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proporcionando-lhe sempre realidades diferentes e evitando o problema da repetição na sua vivência quotidiana. Esta condição também permite enfatizar o sentido singular da abertura entre conteúdos interior/ exterior e condensar o momento da luz natural no espaço. O restaurante/ cafetaria, serviços, garagem e zona de cargas/descargas encontram-se no piso de excepção por baixo do lobby. Este é um piso esventrado, cheio de recortes de modo a acentuar o caracter compacto dos pisos que compõem o corpo. O restaurante/ cafetaria projectam-se de forma intensa sobre a paisagem e o terreno e a sua fachada de vidro espelhado permitirá uma leitura ambígua e desmaterializada a partir do exterior reflectindo nas suas superfícies os montes contíguos. Esta parte do programa surge um pouco sobredimensionada, consequência da vontade funcional de lhe atribuir autonomia, podendo ser usada de forma independente quando o museu se encontrar encerrado.
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CÔA MUSEUM VILA NOVA DE FOZ CÔA, PORTUGAL 2004 - 2010 Client Ministério da Cultura IGESPAR Architecture Camilo Rebelo Tiago Pimentel Sandra Barbosa Consortium GOP Lda Tiago Pimentel Camilo Rebelo Coordination Tiago Pimentel Collaborators Bruno Guimarães Cláudio Reis Marcelo Correia Cristina Chicau Engineering G.O.P. Gabinete de Organização e Projectos Area Total built area: 8.121,31 sqm. Net area: 6.243,28 sqm. Site area: 88294,8 sqm. Images © Camilo Rebelo and Tiago Pimentel © Gabriele Basilico
PUBLICATION DATA INFORMATION
COLLECTION AMAG LONG BOOKS VOLUME Long Book 00 TITLE Camilo Rebelo Côa Museum ISBN 978-989-xxxxx-x-x PUBLICATION DATE 2021 XXXXX EDITOR AND GENERAL MANAGER Ana Leal COLLECTION CONCEPT Tomás Lobo EDITORIAL TEAM Ana Leal Carolina Feijó Filipa Ferreira João Soares Tomás Lobo PRINTING LusoImpress LEGAL DEPOSIT 480255/21 RUN NUMBER 1000 numered copies
PUBLISHER AND OWNER AMAG publisher VAT NUMBER 513 818 367 CONTACTS info@amagpublisher.com www.amagpublisher.com
Following a period of sustained development and consolidation at AMAG publications, the LONG BOOKS will bring together a unique selection of projects that establish new paradigms in architecture. With a young and irreverent conceptual graphic language, the 1000 numbered copies of each title of AMAG LONG BOOKS COLLECTION will document works with different scales and formal contexts that extend the boundaries of architectural expression.