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Papo de Cabine | Bill Lavender
PAPO DE CABINE
Bill Lavender bill@agairupdate.com
Viajando pelo Brasil
Gostaria de começar o editorial deste mês enviando minhas condolências para a família Preuss e para a DP Aviação. Em março, meu amigo de longa data e cliente de AgAir Update Diego Preuss faleceu. Diego era um gigante, um homem maior do que a vida. Para mim, ele sempre mantinha a calma de quem sabia para onde estava indo. Ao longo dos anos, entrevistei muitos de seus clientes na aviação agrícola e nunca ouvi uma palavra negativa sequer sobre ele.
Me recordo especificamente de quando, muitos anos atrás, Diego concordou em viajar comigo para visitar algumas empresas. Mal tínhamos saído da cidade quando furamos um pneu. O fiasco não afetou Diego. Ele não se irritou com o pneu inutilizado, mas simplesmente comprou um novo! Ele fará falta. Diego, descanse em paz.
Acabo de voltar de mais uma bem sucedida viagem de 12 dias pelo Brasil. Minha viagem começou por Brasília, onde entrevistei Astor Schlindwein. A viagem seguiu para o leste, com quatro paradas, incluindo Barreiras, na Bahia. Esta viagem foi significativamente diferente das anteriores, no sentido que ao invés de entrevistar operadores que prestam serviços para outros lavoureiros, nesta visitei dois operadores que só tratam de suas próprias fazendas. Obviamente, estes dois operadores necessariamente são grandes plantadores. Esta viagem incluiu uma visita à ABA Manutenção de Aeronaves e seus empreendimentos comerciais. Depois da ABA, segui para Botucatu, para participar do dia de portas abertas da AeroGlobo. Não deixe de ler sobre estas visitas, começando com a AeroGlobo na edição deste mês. Sou muito grato a todos que tiveram alguma participação nesta viagem tão importante.
Recentemente, a NAAA (similar ao SINDAG nos EUA) emitiu um boletim avisando aos pilotos agrícolas do risco gerado pelos fios. A época não poderia ser melhor, já que é o início da safra no norte do equador. Todos sabemos que os fios apresentam problemas únicos para a aplicação aérea. Eles são difíceis ou mesmo impossíveis de se ver, e tendem a “embarrigar” com o calor do dia, embora não muito, o que prova como pode ser apertado voar por baixo deles. Eu tinha duas filosofias quanto a voar uma lavoura com fios. Se o fio parecia muito apertado para passar por baixo, passar por cima geralmente funcionava do mesmo jeito. A outra filosofia era tratar uma lavoura infestada de fios com o mesmo cuidado que o lavoureiro tinha tomado para plantála! Em outras palavras, não se arrebente tentando pulverizar uma lavoura que não é para um avião agrícola.