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Livre para Voar | Gleice Silva

LIVRE PARA VOAR

Gleice Silva - gleice.prevencao1@gmail.com

Estresse, O Mal Do Século

O estresse hoje é considerado o mal do século XXI, além de ser um dos problemas sociais que mais afetam as organizações, não se trata de é uma doença, porém, se não tiver tratamento adequado pode trazer consequências sérias para a saúde. De forma mais abrangente, o estresse ou “stress”, é um movimento do organismo para se adequar a uma nova situação que impõe mudanças, ou seja, uma nova situação de importância para o indivíduo onde ele precisa se encaixar. É a utilização dos componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais para equilibrar-se a esse novo evento. Pode ser também visto como uma reação do organismo a um esforço extremo, ou seja, um aviso do corpo que determinado individuo estar ultrapassando seu nível de equilíbrio de ambiente.

Fases de Resistência

É a fase mais longa em que o organismo começa a enfraquecer pela persistência dos estímulos estressantes. Ocorrem mudanças de comportamento, insônia e descontentamento. Ou seja, quando a exposição do indivíduo aos fatores causadores de stress é duradoura, as situações que o levam ao stress. Caracteriza-se pelas seguintes alterações: irritabilidade, insônia, oscilações do humor, diminuição da libido, gastrite e úlceras pépticas. Nesta fase as doenças de caráter psicossomático se instalam e tornam-se crônicas. Esta fase dura desde alguns meses até vários anos.

Fases do estresse

O processo do estresse no trabalho está diante de um ou mais estímulos estressores, o indivíduo entra nas seguintes fases:

Fases de Alarme

Representa a fase inicial e de fácil tratamento em que ocorre o aceleramento cardíaco e respiratório, sudorese, extremidade frias e estado de prontidão para responder ou fugir.

É equivalente a uma reação de emergência, cujo protótipo é o comportamento “lutafuga” dos animais, ameaça, o instinto de um determinado animal oscila entre enfrentar o perigo ou fugir dele. As alterações fisiológicas desta fase se caracterizam da pressão arterial e da frequência respiratória, aumento da glicose no sangue, aumento da circulação de glóbulos vermelhos e brancos no sangue, dilatação das pupilas, broncodilatação e ansiedade. Esta fase dura desde alguns dias até semanas.

Nesta fase revelam-se as falhas dos mecanismos de adaptação. Há um retorno à reação de alarme, exaustão das possibilidades de respostas do organismo frente às demandas e à ocorrência de eventos de alta gravidade que podem conduzir o organismo à morte. Ocorre quando o corpo não consegue mais resistir ao estresse prolongado. Nesta fase o sistema orgânico entra em colapso, os distúrbios sérios podem surgir tais como úlcera, problemas cardiovasculares, doenças crônicas, distúrbios emocionais, fadiga, gastrites hipertensão e outros. Há uma sobrecarga fisiológica que pode levar até a morte.

O Estresse no Ambiente de Trabalho

São diversos os sintomas que deixam mente e corpo vulneráveis. Doenças essas que em estado elevado levam à morte como: derrame, infarto e pressão arterial alta. Os sintomas do estresse podem ser variados de pessoa para pessoas, cada indivíduo pode desenvolver um sintoma diferente e com tipos e intensidades de estressores diferentes. Com o passar do tempo, o estresse pode levar o aumento de doenças infecciosas, devido à secreção crônica de corticoides. Também diminui a resposta dos mecanismos de defesa em nosso corpo, facilitando o surgimento de doenças principalmente cardiovasculares.

As causas do estresse no piloto de avião

Uma aeronave tem um nível extremo de excelência, o avião é considerado o meio de transporte mais seguro que existe. Uma pesquisa de 2015 calculou as chances de alguém morrer em um acidente aéreo: uma em 8 milhões. Portanto, um passageiro pode ficar sossegado ao viajar, mas quem não fica muito tranquilo é o piloto. Ainda que as probabilidades de acidente sejam minúsculas, há muita pressão envolvida no dia a dia da profissão. No ranking das ocupações mais estressantes.

Longos períodos longe da família, carga excessiva de trabalho e a responsabilidade associada à segurança dos passageiros estão entre as causas de estresse em pilotos de avião. Tudo isso decorre em fadiga, diminuição da capacidade de concentração e leva, em casos extremos, à depressão e aos impulsos suicidas. Estima-se que, no Brasil, o piloto de avião passa 6 dias da semana fora de casa. A carga horária é pesada: pode chegar a 12 horas por dia. É comum realizarem seguidas viagens de madrugada, sem descanso, o que aumenta a fadiga e torna o sono “incontrolável”.

Alguns sintomas estressores de um piloto são:

Físicos: cansaço, ganho ou perda de peso, má digestão, prisão de ventre e diarreia. Gases, gastrite, úlcera, baixa resistência, infecção, gripe, herpes, pressão arterial alta, dores de cabeça, musculares e na coluna entre outros.

Psicológico: diminuição do rendimento no trabalho ou na escola, insatisfação, irritabilidade, indecisão, julgamento errado, piora na organização, insônia, sono agitado, falta de concentração e memória, uso de finais de semana para colocar o serviço em dia, dedicação de cada vez mais tempo de trabalho e menos ao lazer, diminuição de entusiasmo e sensação de monotonia.

Estratégias para reduzir o estresse

Ao observar situações que causam estresse em sua vida, verifique cuidadosamente o porquê elas são tão aborrecedoras. Por exemplo, se o seu dia é uma fonte de estresse, pergunte a si próprio se é devido ao fato de querer realizar muitas tarefas de uma só vez ou se é devido à falta de organização.

As técnicas a seguir podem ajudá-lo a amenizar algumas fontes de estresse que você pode controlar e melhorar enfrentar aquelas que não pode: planeje o seu dia, simplifique a sua programação, seja organizado, exercite-se regularmente, durma melhor, alimente-se de forma saudável, mude a rotina, seja positivo.

“Os guerreiros podem acabar com as flores, mas jamais poderão acabar com a primavera.” Esta frase podemos entender que por maior que seja a dificuldade que encontramos, não podemos deixar nossa essência interior morrer com a tristeza, devemos encarar nossos desafios e tentar vencê-los, não nos deixar dominar, para que possamos viver com mais qualidade de vida.

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