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revista abigraf 252 março / abril 2011
a r t e & i n d ú s t r i a g r á f i c a • a n o x x x V I • m a r / a b r 2 0 1 1 • nº 2 5 2
Presidente da Abigraf Nacional: Mário César de Camargo Presidente da Abigraf Regional SP: Levi Ceregato Diretora Executiva: Sonia Regina Carboni Conselho Editorial: Cláudio Baronni, Egbert Miranda, Fabio Arruda Mortara, Flávio Tomaz Medeiros, Guilherme Granzote Calil, Levi Ceregato, Manoel Manteigas de Oliveira, Mário César de Camargo, Plinio Gramani Filho, Ricardo Viveiros e Sonia Regina Carboni Elaboração: Clemente & Gramani Editora e Comunicações Ltda. Rua Marquês de Paranaguá, 348, 1º andar 01303-905 São Paulo SP Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3159-3010 Fax (11) 3256-0919 E-mail: gramani@uol.com.br Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897), Ada Caperuto, Ângela Ferreira, Clarissa Domingues, Marco Antonio Eid, Ricardo Viveiros e Tainá Ianone Revisão: Giuliana Gramani Colaboradores: Álvaro de Moya e Claudio Ferlauto Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Produção: Rosaria Scianci e Livian Corrêa Editoração Eletrônica: Studio52 Impressão e Acabamento: Stilgraf Capa/Laminação: Soft Touch (aveludada): UVPack Hot stamping (com fitas Crown) e relevo: UVPack Assinatura anual (6 edições): Brasil: R$ 60,00 América: US$ 70,00 Europa: US$ 80,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3159-3010
Gravador de emoções
Carlos Oswald, um dos pioneiros da gravura no País, poderia ser chamado hoje de artista multimídia, por ter sido desenhista, pintor, gravurista e ilustrador. Além da atividade artística, ensinou com paixão o ofício da gravura.
Os profissionais de comunicação deixaram de enxergar a mídia impressa como uma plataforma engessada e começaram a explorar suas particularidades e possibilidades. Sergio Picciarelli Junior, da Editora Abril, com relação à inventividade na mídia impressa.
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Obras concluídas
Depois de dois anos e meio o Sistema Abigraf retornou à sua sede, revitalizada e modernizada, no bairro do Paraíso, próximo ao centro da capital paulista.
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Para nós é essencial desenvolver grandes clientes e trabalhar para eliminar tabus em relação a um produto que traz ganhos ambientais formidáveis e reduz custos. Marcelo Morgado, assessor de Meio Ambiente da Sabesp, sobre o fornecimento de água de réuso.
Uso racional da água
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A água de reúso começa a chegar à indústria gráfica através de empresas comprometidas com a diminuição do impacto ambiental em sua atividade, contribuindo também na redução de custos.
Seja qual for a tecnologia, nós estaremos utilizando‑a. E aproveito para externar que confio na continuação do papel como um dos bons veículos das minhas histórias. Mauricio de Sousa, quando perguntado sobre o fim das revistas e jornais em papel.
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arte & indús tria gráfica • ano xxxvi • m ar/abr 2011 • nº 2 5 2
revista abigraf 252 março / abril 2011
ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/ Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br
Pedra da Gávea, RJ, 27,30 × 20 cm, 1925
REVISTA ABIGRAF
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Capa: Igreja de Santo Antônio, Rio de Janeiro, RJ, gravura em metal (água‑forte em cores), 43 × 32,30 cm, 1930 Autor: Carlos Oswald Coleção: Teca e Oswaldo Vergolino
O pai da Mônica
Mauricio de Sousa fala com exclusividade à Revista Abigraf sobre sua carreira e o sucesso da Turma da Mônica, que ele atribui à renovação permanente dos temas, textos e grafismos.
O legado de Ildeu da Silveira e Silva
Mineiro da cidade de Ferros (MG), ele ajudou a ampliar os horizontes da Regional Minas Gerais e da Abigraf Nacional, defendendo valores como honestidade, ética e transparência.
As janelas da interatividade
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Explorando as oportunidades proporcionadas pelas novas tecnologias, criativos desenvolvem anúncios impressos cada vez mais elaborados e exclusivos. Asfalto, tecido, tintas reagentes são alguns dos recursos utilizados.
Registro de época
Exposições no Instituto Tomie Ohtake ilustram os caminhos do design gráfico desde o início do século XX através de cartazes de bonde e rótulos de cachaça.
O mundo visto do alto
Especialista em fotografia aérea, Nilton Souza descortina a beleza dos espaços amplos, valorizando a harmonia e os contrastes entre a arquitetura desenhada pelo homem e a engenhosidade da natureza.
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Stilgraf mira viabilização de negócios
Entender o cliente é pouco. A Stilgraf quer viabilizar seus projetos e fazer com que os clientes obtenham os melhores resultados com cada peça. Depois dos investimentos em equipamentos, gráfica atualiza o conhecimento de seus colaboradores.
Rotativa ��������������������������������������������������������� 6 Aner/25 Anos ����������������������������������������������28 Notícias Gráficas: Stilgraf ������������������������������35 Aquarius/SP ������������������������������������������������40 International Paper/Balanço 2010 �����������������42 Gráfica PR/Magistral ������������������������������������44 Kodak/ABTG – Evento ����������������������������������46 Gráfica SP/Ibratec ����������������������������������������48 Gutenberg/Open House ��������������������������������50 Gráfica SP/MC Cartões ���������������������������������52 Heidelberg/Ricoh �����������������������������������������54 Economia: Resultados de 2010 ���������������������56
Suzano/Balanço 2010 ����������������������������������58 Opinião/Roberto Carlos Moreira ��������������������62 Deltagraf/Oceano �����������������������������������������64 Grupo Bignardi ���������������������������������������������68 Hélcio Honda �����������������������������������������������72 Impressões/Claudio Baronni �������������������������74 Olhar Gráfico/ Cláudio Ferlauto ���������������������80 Quadrinhos/Álvaro de Moya ��������������������������84 Ilustração/Fabiana Shizue �����������������������������85 HP DSCoop/EUA ����������������������������������������102 Sistema Abigraf �����������������������������������������112 Mensagem/Levi Ceregato ���������������������������118
MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
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Em 2011, o Sindigraf-RS completa 70 anos de trabalho dedicado à defesa do setor, à qualificação das empresas e à valorização dos impressos re gionais. Para comemorar a data, a entidade está organizando um projeto que conta com uma campanha institucional, o lançamento da marca comemorativa, exposição em mídia, resgate histórico e um caderno alusivo à data. Fundado em 29 de agosto de 1941, o Sindigraf-RS despontou como um importante agente voltado para a promoção de ações capazes de atender às demandas da indústria gráfica do Rio Grande do Sul e, assim, se fazer presente no seu dia a dia. A outorga da Carta Sindical pelo Ministério do Trabalho ocorreu no dia 28 de agosto e representou o primei ro ato constitutivo de reconhecimento oficial. Por um longo
período a entidade funcionou dentro da Fiergs e, em 1994, adquiriu sede própria. Nesses 70 anos, foram presidentes da entidade os em presários José Bertaso, Henry Victor Saat kamp, Marco Aurélio Paradeda, Murilo Lima Trindade, Manfredo Frederico Koehl er, Paul o Roberto Borgatti Coutinho e Carlos Evandro Alves da Silva. A marca dos 70 anos, lançada no início do ano, agrega ao seu layout elementos da identidade visual que norteou a logomarca do Sindigraf- RS, em que pingos representam a tinta. A sua concepção e linguagem foram trabalhadas para viabilizar a sua aplicação nos mais variados tipos de mate riais. A marca está sendo utilizada desde fevereiro de 2011 e permanecerá até 29 de agosto de 2012, um dia antes de a entidade completar 71 anos. www.sindigraf-rs.com.br
Suzano conclui aquisição da KSR No final de fevereiro a Suzano Papel e Celulose comunicou aos
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seus acionistas e ao mercado a celebração do contrato para conclusão da aquisição das operações de distribuição de papel da KSR junto à Fibria Celulose S.A. O valor negociado foi de R$ 50 milhões. Com a aquisição da KSR, maior distribuidora do País, amplia-se a capilaridade e presença da Suzano em diferentes regiões do Brasil, fortalecendo o canal e benef iciando diretamente os seus clientes. A operação confere à empresa a liderança na América Latina em distribuição própria. www.suzano.com.br REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
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partir desta edição, a Revista Abigraf passa a contar com um novo Conselho Editorial, que se reúne a cada dois meses para analisar e definir os assuntos que compõem a pauta da publicação. Na foto acima, os membros do Conselho (E/D): Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP e diretor da Paper Express; Plinio Gramani Filho, diretor da Clemente e Gramani e editor da Revista Abigraf; Egbert Miranda de Toledo, gerente de marketing da Abigraf; Ma noel Manteigas de Oliveira, diretor da Escola Senai Theobaldo De Nigris; Claudio Baronni, presidente
Foto: Roberto Loffel
Sindigraf-RS comemora 70 anos
Revista Abigraf tem novo Conselho Editorial
do Conselho Diretivo da ABTG e diretor de projetos da Abril; Levi Ceregato, presidente da Abigraf-SP e diretor da Gráfica Levi; Ricardo Viveiros, diretor da Ricardo Viveiros & Associados e assessor de imprensa da Abigraf; e Sonia Carboni, diretora executiva do sistema Abigraf. Flávio Tomaz Medeiros, diretor da FastPrint e diretor financeiro da Abigraf; Guilherme Granzote Calil, diretor da gráfica Dom Bosco e da Abigraf-SP e Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Nacional e diretor da Gráfica Bandeirantes, participam também no Conselho mas não aparecem na foto.
Roland aposta na série VersaUV
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Roland começou a vender em fevereiro no Brasil mais uma impressora da série Versa UV, que integra impressão UV e recorte. O modelo LEC-540 tem como di ferenciais a velocidade duas vezes maior no modo padrão em comparação ao modelo anterior, o LEC-330, e saída de impressão de 1,37 m de comprimento. Mais versátil e veloz, suas aplicações são as mais variadas: protótipos de embalagens e rótulos de bai xa tiragem, impressão de banners e adesivos para comunicação vi sual em geral, gráficos de decoração de inter iores em pequenos e grandes formatos, películas transparentes para janelas, texturas para personalização de pro-
dutos e pôsteres em papel ou em outros materiais com ou sem tratamento. Com a LEC-540, o usuá rio pode, por exemplo, realizar a impressão, o vinco, o recorte e a aplicação do verniz UV no mesmo processo. “Ela permite a impressão direta em vários tipos de materiais, entre eles placas de PS e PVC com até 1 mm de espessura, lona, vinil e tecidos, entre outros. Além disso, inclui novas ferramentas para vinco em projetos de embalagens, facilitando a montagem do produto final, e corte pontilhado, para auxiliar a remoção de materiais em excesso”, explicou Willians Lotti, coordenador de produtos da Roland. www.rolanddg.com.br
Konica Minolta lança linha bizhub Press no Brasil
Calcgraf apresenta Webgraf Light N
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Konica Minolta está trazendo para o Brasil a linha de multifun cionais bizhub Press, com foco no fortalecimento de sua posição na área de impressão digital de alta produção. Os primeiros modelos da linha a chegarem são as bizhub Press C7000 e bizhub Press C7000P. Com maior qualidade de imagem, durabilidade, flexibilidade, conf iabilida de e capacidade de volume, os equipamentos trabalham com formatos máximos de papel de 330 × 482 mm, gramatura máxima de 300g/m² e atingem uma resolução de até 1.200 × 1.200 dpi. Além disso, ambos os modelos possuem o sistema de
cores Sead II, que combina um conjunto de inovações técnicas, garantindo a reprodução das cores com qualidade e alta velocidade. O diferencial dessa linha é a qualidade de imagem e baixa temperatura de fusão em papel espesso, permitindo maior flexibilidade com papéis diferentes. “Com a inclusão da linha bizhub Press no portfólio brasileiro da Konica Minolta, consolidamos nossa posição no mercado de produção digital, que se mostra cada vez mais exigente”, afirma Fuzio Ymayo, gerente de novos projetos da Konica Minolta no Brasil. www.konicaminolta.com.br
Alphaprint comemora Bodas de Prata
A Alphaprint completou em mar-
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ço 25 anos de atividade, atuando e desenvolvendo soluções para o mercado gráfico e de comunicação visual. A empresa representa no Brasil mais de 20 fabricantes internacionais, líderes de mercado, oferecendo serviços e produtos com tecnologia de ponta e soluções em equipamentos, consumíveis, assistência técnica e consultoria para pré-impressão, impressão offset e digital, acabamento e comunicação visual. Hoje, com uma equipe de mais de 200 profissionais, a Alphaprint
está sediada em São Paulo e possui filiais no Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Recife. Para comemorar a data, a empresa desenvolveu um selo comemorativo que fará parte de toda sua comunicação. www.alphaprint.com.br
REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
o início de março a Calcgraf lançou o Webgraf Light, o novo módulo de orçamento do software de gestão da Calcgraf. Ele promete ajudar as gráficas a tirarem o melhor proveito de seus contatos com clientes e possíveis clientes, agilizando a elaboração e o envio de orçamentos. Fácil de usar, o software permite que o gráfico faça orçamentos com rapidez, segurança e eficiên cia, ampliando assim sua força de venda. Através do aplicativo, o usuário pode montar os orçamentos de qualquer lugar, a qualquer hora, utilizando-se de uma simples conexão de internet. Intuiti vo, não necessita de conhecimento prévio para sua operação. O custo para a aquisição da licença de uso, suporte e atua liz aç ão do Webgraf Light é de R$ 180,00 por mês e não há custo de implantação. Caso o usuá rio deseje receber treinamento, poderá participar gratuitamente
dos fóruns mensais de formação desenvolvidos pela Calcgraf ou, ainda, assistir aos vídeos disp o níveis no próprio Webgraf. Assim como na versão completa, a contratação do Webgraf é feita pela internet, no site da empresa. O Webgraf Light já chega ao mercado preparado para atender também às empresas que atuam no segmento de comunicação vi sual. A ver s ão completa passa, igualmente, a incluir essas ferramentas. Além dos processos offset plano e de impressão digital, o software contempla a serigrafia e a impressão em plotters. Na lista de substratos entram agora mídias flexíveis e rígidas como adesivos, lonas e tecidos. O sistema está preparado para cálculos automáticos envolvendo acabamentos específicos desse mercado, como emendas e colocação de ilhoses, varetas e molduras. www.calcgraf.com.br
Cresce oferta de papéis finos homologados para impressão digital A Arjowiggins Security recebeu em março os certificados de homologação dos papéis Opalina Lisa Digital e Markatto Stile Digital para impressão nos equipamentos digitais HP Indigo. Em novembro, a Arjowiggins Security já havia homologado a linha Digital Labels para impressão nestes equipamentos. No mês anterior, a VSP anunciou o início da distribuição dos pa péis especiais do tradicional fabricante italiano Fedrigoni. A linha dispensa tratamento prévio com primer e é composta por papéis metálicos, com textura marcada a feltro, vegetais e couché texturizados. www.arjowiggins.com.br www.vsppapeis.com.br
Antilhas Ásia traz novidades em embalagens para o Brasil
A Antilhas, através de seu escri (E/D): Sergio Arruda, diretor regional do Senai e Odivan Cargnin, diretor administrativo-financeiro e de Relações com Investidores da Celulose Irani
Celulose Irani firma parceria com o Senai
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unidade fabril da Celulose Irani localizada em Vargem Bo nita (SC) firmou parceria com o Senai de Caçador e Luzerna (SC) para a realização de cursos téc nicos nas áreas de Celulose e Papel, Mecânica, Elétrica e Qua lif icação em Manutenção Indus trial, com o objetivo de poten cializar o crescimento pessoal e prof issional dos colaboradores da fábrica, além dos moradores da comunidade de Campina da Alegria (SC). Os cursos terão du ração de aproximadamente dois anos e estão sendo ministrados desde fevereiro na Escola de Educação Básica Galeazzo Pa ganelli, em Campina da Alegria, divididos nas seguintes turmas: três para o curso em Celulose e
Papel, uma para Mecânica, uma para Elétrica e uma para Qua lif ic aç ão em Manutenção In dustrial. Os cursos técnicos em Celulose e Papel e de Qualif i cação em Manutenção Indus trial serão direcionados exclu sivamente para colaboradores e 70% deles serão subsidiados pela Celulose Irani. Os cursos técnicos em Mecânica e Elétri ca são direcionados para os co laboradores e também para os moradores da comunidade e terão subsídio de 50% da em presa. A Celulose Irani e o Se nai esperam que 175 pessoas façam os cursos e tirem seus certificados de conclusão. www.irani.com.br www.sc.senai.br
tório na Ásia, criou o serviço Anti lhas Ásia, que está preparado para a prospecção e o desenvolvimen to de novos produtos e serviços, além de toda a operação logística necessária para atender os clien tes. A empresa possui duas uni dades na China, uma na cidade de Hangzhou (próxima de Xangai e Ningbo) e outra em Hong Kong. O escritório de Hangzhou con ta com pessoal especializado no desenvolvimento de novos pro dutos e serviços. A região é alta mente industrializada e atende as demandas da Antilhas com diver sos insumos, produtos e serviços, estando localizada estrategica mente próxima a grandes portos e um aeroporto internacional e abri gando os maiores operadores lo gísticos mundiais. Desta forma, a Antilhas pretende ampliar sua pre sença pelo mundo, disponibilizan do para os clientes com rapidez as novidades do mundo inteiro. www.antilhas.com.br
Paper Express é destaque em competição internacional
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Paper Express foi destaque no 2011 National and Word Calendars Awards, promovido pela Calendar Marketing Association, em Chicago, Estados Unidos, em março. A gráfica conquistou prata nas categorias fotografia e impressão gráfica com o Calendário Planeta Água e bron ze na categoria design gráfico com a mesma peça. Essa é a décima primeira vez que a parceria entre a Paper Express, o fotógrafo Fa bio Colombini, o designer Mauro Lima e os papéis Vivox é premiada. “É gratificante e revigorante saber que a busca constante da Paper Ex press pelo pioneirismo e pela qualidade sem igual é reconhecida em di ferentes lugares do mundo”, festejou Fabio Mortara, diretor da empresa. www.paperexpress.com.br REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Andipa de casa nova A administração da Associa ção Nacional dos Distribuido res de Papel (Andipa) está ins talada em nova sede, na Praça Silvio Romero, em São Paulo. A mudança visa favorecer a lo gística e otimizar a gestão da associação e representa uma redução da ordem de 25% nas despesas mensais com imó vel. A economia, no entanto, não é o único ganho da enti dade, que passa a ter localiza ção bastante acessível a todos os seus públicos. A entidade representa as empresas de distribuição de papel e a atual diretoria tem se empenhado em reforçar sua atuação junto aos gover nos, órgãos públicos e de mais entidades ligadas ao se tor, para que o mercado de papel tenha uma concorrên cia saud ável que garanta a sustentabilidade, não apenas da atividade de distribuição, mas de toda a cadeia. Associação Nacional dos Distribuidores de Papel Praça Silvio Romero, 132, 7-º andar, conj. 71, CEP 03323-000, São Paulo SP www.andipa.org.br Tels.: (11) 3044-2214 / 3044- 2652 / 3849-9077 / 3845-3219
Fiesp/Ciesp dá curso sobre inclusão de deficientes
Em maio, o sistema Fiesp/Ciesp
promoverá o curso “Inclusão das pessoas com def iciência no mer cado de trabalho”. O objetivo é transmitir conhecimento e con ceitos sobre a obrig ator ied ad e imposta pela Lei das Cotas, as sim como regras e implicações legais para a contratação de pro fissionais com def iciência nas in dúst rias e empresas brasil eir as. Dividido em dois módulos, o cur so acontece nos dias 17 e 18 de maio (módulo I) e 24 e 25 de maio
(módulo II), das 9h às 17h30, na sede da Fiesp, em São Paulo. En tre os temas que serão aborda dos estão Sociologia do Trabalho, Mercado de Trabalho e Normas Jurídicas, Acessibilidade e De senho Universal, Elaboração e Gestão de Projetos. Os associa dos da Fiesp terão um custo de R$ 900,00 e os não ass oc iad os, de R$ 1.350,00. Mais informações e inscrições pelos telefones (11) 3549.3202 e 3549.3233 ou pelo e-mail cursos@ciesp.org.br.
Kodak agiliza entrega no Brasil
Com a abertura de uma nova operação de acabamento e emba lagem de chapas digitais no Brasil em fevereiro, a Kodak está incre mentando sua capacidade de atender o mercado. Com capacidade de produção local, a Kodak irá cortar, manter em estoque e fornecer todos os formatos de chapas digitais offset que possam ser solicita dos, sem a necessidade de importá-las dos Estados Unidos ou Eu ropa. Além disso, a operação local possibilitará melhora do serviço ao cliente, reduzindo o prazo de entrega global e melhorando sua satisfação. “A demanda de chapas digitais offset na América Latina está crescendo forte e rapidamente. Nossos clientes precisam de agilidade, flexibilidade e um serviço de conf iança que atenda suas necessidades de produção e que mantenha suas impressoras ro dando com qualidade e consistência”, afirmou Gilberto Farias, dire tor geral da Kodak para a América Latina, Região Cone Sul. “Trazer a manufatura de chapas offset para perto dos clientes da América La tina é o primeiro passo e isso vai nos ajudar a ser mais competitivos, respondendo rapidamente de acordo com suas necessidades”. Novas gerentes – Também em fevereiro, a Kodak contratou duas novas executivas. Lara Venegas Vargas, com formação em Ar tes Gráficas e Marketing, trabalhou em empresas como Heidel berg, HP e Xerox e traz uma ampla experiência no mercado grá fico. Ela assumiu o cargo de gerente de Marketing de Produto Brasil e seu principal objetivo é implementar estratégias para to das as linhas de equipamentos e produtos Kodak nos diferentes segmentos da área gráfica. Já Patrícia Pinheiro, que é agora res ponsável pela gerência de Contas dos Distribuição de São Paulo, tem 14 anos de experiência na área comercial da indústria gráfi ca e já atuou em empresas como Arjowiggins e Antalis. Sua meta é supervisionar a ação dos distribuidores de São Paulo e dar total suporte às suas necessidades.
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www.kodak.com.br
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Artes Gráficas deixa de circular N
o mês de fevereiro circulou a última edição da revista co lombiana Artes Gráficas. A pu blicação, existente desde 1967 e voltada para a indústria gráfi ca da América Latina, integrouse à revista Conversión, publica da pela mesma editora, a B2B Portales, desde 1992. A integra ção é parte de um plano da editora para enfocar e, portan to, atender melhor, determina dos setores de negócios da re gião. A Conversión, focada nos
processos de impressão e fa bricação de embalagens, con tinuará centrada nos provedo res de sistemas de impressão e nas tecnologias, processos e modelos empresariais inovado res dessa indústria. Os prof issio nais da indústria gráfica latino- americana que recebiam a Artes Gráficas e que participam do se tor de impressão serão transfor mados autom at ic am ente em assinantes da Conversión. www.conversion.com
Rede AlphaGraphics cresceu 38% em 2010 A rede AlphaGraphics no Brasil registrou em 2010 crescimen to de 38% sobre 2009, atingin do faturamento de R$ 60 mi lhões, o que representa cerca de 12% do faturamento global da empresa. Em 2009, a rede brasileira obteve faturamento de R$ 41,47 mil hões e expan são de 5%. “Nosso diferencial de gestão em relação à concor rência, destacando novas tec nologias e mercados, foi talvez o principal fator desse cresci mento. Além disso, mesmo no pior momento da crise inter nacional, quando muit as em presas do setor gráfico retraíam suas ações, mantivemos os in vestimentos em marketing e co municação”, explicou Rodrigo
Abreu, vice-presidente interna cional da AlphaGraphics. “Para 2011, esperamos um crescimen to de, no mínimo, 30%, paralela mente à criação de 140 vagas de trabalho em nossas unidades”, completou o executivo. Com a inauguração das uni dades de Goiânia (GO), São Ber nardo do Campo (SP) e Chácara Santo Antônio (SP), além da fi lial da Barnard & Westwood no Brasil, divisão de impressos de luxo da AlphaGraphics, todas no ano passado, a rede chegou a 21 lojas no País e 620 funcio nários. Em 2011, serão inaugu radas quatro lojas: Fortaleza (CE), Guarulhos (SP) e duas em Campinas (SP). www.alphagraphics.com.br
quem mantém suas cores consistentes em todos os substratos e em todos os continentes? nós mantemos. Quando se trata de administrar a integridade das cores de suas marcas globais, as corporações deixam seus sistemas de gerenciamento de cores em nossas mãos. E isto não acontece somente pela alta qualidade das tintas e pigmentos que produzimos. Eles escolhem a Sun Chemical devido aos nossos contínuos esforços para inovar, promover formas diferenciadas para aumentar a produtividade e gerar novas oportunidades de lucro. Então, enquanto pudermos lhe assegurar que suas cores permanecerão as mesmas, poderemos também assegurar que nossa tecnologia – e seus negócios – continuarão avançando.
working for you. www.sunchemical.com/brazil
Metrics conquista novos clientes na América Latina A Metrics Sistemas de Infor
Posigraf entra no mercado global de créditos de carbono
A Posigraf conquistou em março
a certificação ISO 14064, que vali da seu inventário de gases do efei to estufa de acordo com a meto dologia GHG Protocol. De acordo com Giem Guimarães, diretor ge ral, a conquista demonstra o com promisso que a empresa man tém com o meio ambiente. “Essa certificação complementa nossas ações em favor da conservação da biodiversidade, que já são de
senvolvidas há bastante tempo e vêm trazendo resultados cada vez mais favoráveis”. Com a obtenção da ISO 14064, a Posigraf poderá, a partir de projetos de redução de emissões de gases do efeito es tufa, ofertar créditos de carbo no volunt ár ios a outras empre sas e organizações, uma vez que todo o seu processo obedece às normas internacionais.
mação está comemorando um período de expansão de seus neg óc ios na América Latina. Presente em oito países da re gião, a empresa mantém, há quatro anos, um escritório pró prio no México, de onde coor dena as vendas para os clien tes da América Central. Além de registrar crescimento nas ven das da ordem de 70% ao longo dos últimos dois anos, a ope ração internacional da Metrics iniciou 2011 com a conquista de seu primeiro cliente em El Salvador, a empresa La Pren sa Gráfica, maior do segmen to naquele país. No Equador, onde já vinha oferecendo ges tão integrada para o Grupo Grá fico Abad, a Metrics conquistou agora a gráfica Imprenta Maris cal, com mais de 200 funcio nários e modernas plantas na capital, Quito, e em mais duas cidades. “A exemplo do Brasil,
os demais país es da América Latina estão priorizando a mo dernização de seus processos produtivos e começam a sen tir uma pressão cada vez maior para equilibrar custos e retor no sobre o grande investimen to que fazem em maquinário”, avalia o diretor geral da Metrics, Osmar Barbosa. Para dar suporte aos clientes do México e América Central, a Metrics mantém uma equipe de oito prof issionais de suporte no escritório do México, além de contar com o apoio da equipe do Brasil, onde prof issionais bi língues estão capacitados para atender os clientes de toda a América Latina. “Desde o ano 2000 a Metrics oferece cursos grat uitos de espanhol a seus colaboradores, sendo que hoje mais da metade dos técnicos da empresa domina o idioma”, assinala o diretor geral. www.metrics.com.br
www.posigraf.com.br
Nova solução em embalagens da Rigesa Em parceria com a Scholle Pa
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ckaging, a Rigesa apresentou em fevereiro uma nova solução para o acondicionamento de óleo ve getal e líquidos em geral: a em balagem Jerribox, já utilizada na Europa. “A grande vantagem da Jerribox é que ela permite que os clientes continuem utilizan do o seu atual sistema de enva se, não necessitando de adapta ção e investimento na linha de produção”, afirma Ailton Pupo, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Rigesa. Com pos sibilidades de capacidade entre
5 e 20 litros, a embalagem tem cartucho pré-montado com bol sas dobradas de forma especial e embalagem de papelão ondula do de alta resistência. “ A Jerribox é uma solução que reúne a faci lidade de manuseio das embala gens flexíveis e as vantagens das embalagens rígidas de papelão ondulado. Ela garante ao clien te um maior aproveitamento em armazenamento e logística, é de fácil lavagem e descarte, possi bilita enchimento em alta velo cidade, além de ser reutiliz ável e 100% reciclável”, conclui Pupo.
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Investimentos na MWV – No final do ano passado, a MeadWestva co Corporation, grupo do qual a Rigesa faz parte, anunciou inves timentos na expansão das ope rações da Rigesa com o objetivo de atender a crescente deman da por soluções de embalagens de alta qualidade. A empresa in vestirá cerca de US$ 480 milhões em sua fábrica de papel locali zada em Três Barras, Santa Ca tarina, por meio da instalação de uma nova máquina de papel de última geração que dobra rá a capacidade dessa unidade.
O término da construção e ins talação da nova máquina está planejado para meados de 2012. Ela tem capacidade de produção de 300.000 toneladas anuais de papel kraftliner para uso nas fá bricas de conversão da Rigesa, localizadas na maior ia das re giões do Brasil. O investimento será financiado por meio de uma combinação de recursos inter nos e externos. A MWV opera no mercado brasileiro desde 1953 e atualmente emprega mais de 2.500 pessoas no País. www.mwv.com
Papéis Lenzing Papier na Vivox
WG Papéis conquista selo FSC
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radicional distribuidora de papéis gráficos e editoriais, a Vivox distribui desde março o papel Lenza Eco e o cartão Lenza Top, fabricados pela austríaca Lenzing Papier. Produzidos com 100% de fibras recuperadas por processo de reciclagem, sem a utilização de alvejantes óticos ou quaisquer outros componentes químicos, os papéis trazem certificação FSC, cor branca com alvura natural e lisura supe rior, proporcionando sensação táctil agradável. A linha Lenza tem resolução de quadricromia e desempenho em máquina superior e adequa-se à produção de livros, manuais, relatórios corporativos e outros impressos O papel Lenza Eco está disponível para pronta entrega em 60, 70 e 80 g/m² e Lenza Top em 250 e 300 g/m². www.vivox.com.br
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WG Pap éis, dist rib uid or a com sede em São Paulo, conquistou em fevereiro a certificação FSC, em apenas 39 dias, e teve como certificadora a As soc iaç ão Portuguesa de Certificação (Apcer), acreditada pelo SQS no Brasil. A WG Papéis cresceu de forma significati-
Heidelberg China produz sua milésima impressora A
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Heidelberg China atingiu a marca de 1.000 impressoras produzidas na linha de montagem de Qingpu, próximo à cidade de Xangai, no mês de dezembro. A impressora de número 1.000 é uma Speedmaster CD 102, com quatro cores, em breve será instalada na gráfica Jinangxi Jinrui Print, de Nangchang. “Atualmen te a fábrica de Qingpu produz uma em cada três impressoras vendidas pela Heidelberg China. Nossa estratégia de estabelecer uma produção própria de equipamentos no país está gerando
resultados e nos permite fortalecer nossa posição no mercado local”, explicou Bernhard Schr eier, presidente mund ial da Heidelberg. A Heidelberg China emprega diretamente 310 funcioná rios. A próxima fase de amplia ção, com entrega prevista para a metade do ano de 2011, au ment ar á a área produtiva total para 66.000 m² e contribuirá diretamente para atrair a instalação de novos fornecedores na região. www.heidelberg.com
www.wgpapeis.com.br
Burti apresenta primeira peça transmídia A
Burti lançou em março seu primeiro trabalho transmídia, em parceria com o Grupo Abril. O Projeto Camarim foi originado no Curso Abril de Jornalismo 2011 e possui um vídeo com dicas de maquiagem. Nele, o internauta tem a possibilidade de interagir com todos os cosméticos utilizados na gravação, solicitando mais informações sobre cada um deles e sendo direcionado para uma loja virtual, onde pode adquiri-lo. Com o novo serviço, a Burti dá à comunicação uma nova dimensão em abrangência de meios e contato com o público. Os alunos da Editora Abril foram responsáveis pelo roteiro e a Burti viabilizou a produção do filme e a parte tecnológica, que possibilitou a interatividade e migração para ou tro meio. “A tecnologia da Burti pode ser aplicada em roteiros não linea res para peças publicitárias ou em merchandising na dramaturgia. O modelo permite que a TV aberta seja um convite para outras mídias digitais e interativas. Além disso, elas podem ser utilizadas simultaneamente em toda a plataforma, de acordo como a história está sendo contada”, destacou Ricardo Godoy, diretor de Transmídia da Burti. www.burti.com.br
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va em oito anos de atividade. Em 2008, a empresa expandiu suas instalações, mudando para a sede atual, em uma área de 1.500 m² na zona leste de São Paulo, e iniciou também investimentos na ampliação da linha de produtos.
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ENTREVISTA Clarissa Domingues
Mauricio de Sousa
O homem de um bilhão de exemplares Mauricio de Sousa fala à Revista Abigraf sobre sua carreira e explica por que, há mais de cinco décadas, a Turma da Mônica conquista um mercado cada vez mais expressivo.
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s 51 anos de uma história que começou nos quadri nhos foram coroados recen temente com uma demons tração de grande prestígio, um título para poucos, que denota seu detentor como “um dos guardi ões da língua portuguesa”. Com incentivo de amigos e a expressiva aprovação de seus colegas acadêmicos, Maur icio de Sousa pas sou a ocupar a cadeira número 24 da Aca demia Paulista de Letras (APL). Ainda que não seja um autor de literatura convencio nal e mesmo sem ter jamais publicado ro mances, ninguém duvida que ele seja um grande escritor. Afinal, sua trajetória fala por si: são mais de um bilhão de exemplares publicados em cinco décadas. Amante dos livros, o eterno pai da Mô nica procura incessantemente saciar, des
de cedo, a fome que tem pela leitura. Seu português invejável trouxe a ele a possi bilidade de atuar como repórter na extin ta Folha da Manhã (atual Folha de S. Paulo), fato que lhe abriu portas para o mundo dos quadrinhos no início de sua carreira. Muitos foram os seus grandes momen tos: a cada lançamento de um novo perso nagem ou título, Maur ic io experimenta um gostinho renovado de orgulho pelo fi lho recém-nascido. Após tantos anos, seus personagens queridos por vár ias gerações estão mais vivos do que nunca. O segre do dessa longevidade vem do perfil agu çado de manter-se antenado com o que há de mais atual no universo infanto-juvenil. Sua equipe recheada de jovens talentos ga rante uma linguagem acessível, de fácil identificação com os novos leitores (e os antigos também). Assim, o novo “imortal”
da APL fala à Revista Abigraf sobre sua carreira e conta como a Turma da Mônica conquistou o mundo.
distribuidoras americanas chama das de syndicates, para enfrentar a concorrência com alta produção.
Recentemente o senhor foi nomea do membro da Academia Paulista de Letras. O que isso representa, também pelo fato de ser a primeira pessoa da APL que não é um autor de literatura convencional? Maur ic io de Sous a – Quand o fui convidado por alguns amigos escri tores para me candidatar a uma ca deira na academia, a princípio, estra nhei. Não estava preparado para esse convite. Afinal, além dos gibis, ainda que publicados aos milhões, não me acho um escritor convencional. Es crevo crônicas. Alguns livros infan tis com uma narrativa propositada mente leve, textos curtos. Ainda não escrevi o grande romance da minha vida, por enquanto estou vivendo-o. Mas, de tanto insistirem, concordei. E para minha satisfação já faço par te da academia na qual fui aceito com expressiva votação dos colegas.
O senhor atuou como repórter po lic ial, um tipo de trabalho que nos expõe a uma realidade dura do coti diano. De algum modo esse trabalho prévio inf luenciou a criação dos seus personagens? MS – O per íodo de repórter me en sinou a escrever com concisão, o que me ajudou para os textos “caberem” nos balões. Mas os personagens fo ram, no início do processo, baseados em crianças que eu conhecia: filhos, principalmente, e amigos.
No início de sua carreira o senhor atuou na Folha da Manhã. Começar em um jornal de prestígio facilitou de algum modo sua consagração nesse tipo de literatura — tendo em vista que, especialmente no Brasil, não existe muito espaço no mercado de trabalho para os prof issionais de quadrinhos? MS – Sem dúvida queimou etapas. Um gran de jornal nos expõe com mais força para continuarmos ou desistirmos de vez.
A que se deve atribuir o sucesso de seus personagens mesmo após tantos anos de sua criação? MS – Provavelmente à renovação permanente que temos utilizado nos textos, temas e grafismos, so mada ao importante trabalho de equipe em que todos cont ribuem com sua energia e cultura. Sem pre uma boa parte da equipe é muito jovem.
Além do senhor, temos alguns poucos nomes de destaque nos quadrinhos brasileiros (sem contar os desenhistas nac ionais que estão trabalhando com a Marvel e a DC Comics, por exemplo). É mesmo difícil ser quadrinista no Brasil? MS – Abrir um novo caminho e firmar-se nele sempre é difícil. Em qualquer profis são. A dificuldade maior no meu caso foi competir com material estrangeiro que che gava, e ainda chega, em grande quantidade a preços baixos. Tive que montar um pro cesso de produção com equipe e criar um sistema de red istribuição, nos moldes das
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Alguns personagens seus remetem a uma manifestação de inclusão social. O Humberto (surdo/mudo), o André (autista), a Dorinha (cega) e o Luca (cadeirante). Quando percebeu que poderia apoiar uma causa por meio dessas criações? Como surgiu essa i deia? MS – O leitor entende melhor uma men sagem passada por um semelhante. Se va mos falar com um cadeirante, temos que entender o seu mundo, suas característi
cas, anseios e problemas. O mesmo para um def iciente visual ou para outros casos semelhantes. Assim, resolvi preenc her o mundinho da Turma da Mônica com mais alguns amiguinhos com algum tipo de de ficiência. Não estava fazendo nada além de uma cópia da realidade vivida pelas crian ças em todos os lugares. Eu mesmo, quando criança, vivia brincando com amigos com um ou outro tipo de def iciência na minha
rua, na infância, em Mogi das Cruzes (SP). Por que não sugerir a inclusão também na turminha ficcional? E aproveitar para fazê- los portadores de mensagens oportunas, necessár ias, nas nossas revistas especiais? Tem dado excelentes resultados. Existe a intenção de criar outros personagens com essas características? MS – Vai depender de mais estudos e necessidades. Por exemplo, estou estu dando a criaç ão de um personagem com síndrome de Down. Mas ainda não termi nei a construção de sua personalidade e do seu mundo. Qual tem sido a repercussão disso? MS – Muito positiva, por parte dos lei tores próximos ou distantes de crianç as com def iciência. Conte-nos quais foram os grandes momentos de sucesso da Turma da Mônica desde a pri meira vez em que foi publicada. MS – Muito difícil falar de todos os bons momentos de crescimento da turma. Mas sem dúvida o lançamento das revistas de cada um foram momentos marcantes. De pois, foram emoc ion antes os momentos em que lançamos os primeiros desenhos animados no cinema ou na TV. A abertura para o licenc iamento também foi impor tante, pois nos permitiu a independência
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econômica. As primeiras revistas ou jor nais publicando nosso mater ial no exter ior marcaram fundo. Fizeram-nos ver que as crianças são iguais no mundo todo na bus ca do lazer nos quadrinhos. E finalmente as áreas tematizadas nos deram grandes ale grias. E algumas tristezas, quando uma de las tem que ser descontinuada. Finalmente, hoje, nossa atenção e busca de resultados está centrada no esforço que dedicamos ao tema educação, aqui e no exter ior. Julgo que é a matéria-prima com a qual temos que trabalhar cada vez mais e melhor. Como foi a conquista do mercado internacio nal? Existe algum projeto de internacionali zação? Quais países publicam as histór ias? MS – Não considero que tenhamos con quistado o mercado internac ional. Esta mos longe disso. E nem é nossa pretensão. Temos, isso sim, um projeto em andamen to que prevê tiras nos jornais, revistas, de senhos animados em TVs e cinemas, atua ção em áreas educacionais, como na China e no Vietnã, atualmente. E nesse proces so já atingimos dezenas de países com um ou outro dos nossos produtos. Mas é um trabalho como o da “formiga chinesa”: de vagar e sempre, somando pequenas con quistas para formarmos o bolo. Mas, para se ter uma ideia do andamento de alguns dos nossos planos vivos, eu poderia falar do sucesso do personagem Ronaldinho Gaúcho no mundo. Já é publicado em mais de 30 idiomas. Qual a tiragem mensal de gibis da Turma da Mônica no Brasil? E no exter ior? MS – São dados que não posso fornecer por imposição de contratos. Mas já publiquei mais de um bilhão de exemplares nesses 51 anos de trabalho. A revista da Turma da Mônica Jovem é a publicação mais vendi da em bancas do País, por exemplo. No ex ter ior há publicações de revistas, tiras em jornais e revistas especiais.
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Os gibis da Turma da Mônica seguem o “ formatinho”. Já houve a exp er iênc ia de publicar as histór ias em out ros formatos, fazer algo mais elaborado graficamente, com out ros tipos de papéis, acabamentos, recursos visuais? REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
MS – Hoje temos uma linha de especiais que diferem em formato. Os livrinhos de tiras em formato de bolso, os livros infantis em diversos formatos, os especiais da Turma da Mônica em formato americano e outras possibilidades que estamos estudando. Por que a publicação da Turma da Mônica Jovem é feita no formato de mangá? É uma questão de tendência? MS – Há anos venho percebendo o sucesso dos mangás com o público jovem, que es tava migrando de nossas revistas para esse estilo japonês de historinhas. Então cria mos uma espécie de “mangá caboclo” para atingir esse público. Deu certo.
Uma das grandes discussões do momento é sobre o fim das revistas e jornais em papel. Dá para ler gibi só na versão digital? MS – Não importa a plataforma onde se pu blica o quadrinho: o conteúdo sendo bom e criativo atrai o público leitor. O sucesso da Turma da Mônica Jovem demonstra isso. Foi lançada em plena era tecnológica, em que crianças têm celulares, computadores, MP3, jogos avançados e atingiu um público como não acontecia nos últimos 30 anos. Mas seja qual for a tecnologia, nós estare mos utilizando-a. E aproveito para externar que confio na continuação do papel como um dos bons veículos das minhas histórias. As plataformas vão conviver.
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Carlos Oswald 24 REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Coleção Família Oswald
ARTE
Sob o peso do clima modernista, Carlos Oswald, um dos pioneiros da gravura no Brasil, optou por se manter acadêmico. Tornou-se um clássico, embora sendo mestre de importantes artistas, alguns deles inovadores e até mesmo revolucionários. E não apenas na temática, como também na técnica de gravar emoções. Ricardo Viveiros
1 Teresópolis, RJ, gravura em metal gravada em Petrópolis (água‑tinta, água-forte e ponta‑seca), 27,30 × 20 cm, 1925
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Um mestre da gravura 3
2 Última Ceia, Rio de Janeiro, RJ, gravura em metal (água‑tinta e água-forte), 40 × 62 cm, 1923 3 Pedra da Gávea, RJ, gravura em metal gravada em Petrópolis (água‑forte, água‑tinta e ponta‑seca aquarelada), 27,30 × 20 cm, 1925 4 Cristo Redentor (reprodução fotográfica de desenho feito por Carlos Oswald como ideia inicial para o principal monumento do Rio de Janeiro, inaugurado em 1931). 20 × 18 cm, s/d.
omo outros artistas estrangei ros que escolheram o Brasil para viver, Carlos Oswald, nascido em 1882 em Florença (Itália), const ruiu aqui sua carreira de criador e mestre. Na verdade, Oswald sempre foi brasileiro. Seu pai, o pianista, compositor e maestro ca rioca Henrique Oswald estudou e trabalhava na Europa, com bolsa do imperador Dom Pedro II, quando casou-se com a ital iana Laudomia Gasperini. Ao nascer o filho, registrou Carlos no Consulado do Brasil. O músico, embora bem sucedido, jamais esqueceu sua terra natal. Carlos Oswald, morando na Europa, teve dois trabalhos premiados na importante Expo sição Geral da Escola Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro, com Menção Honrosa (1904) e Medalha de Prata (1906). Os quadros foram env iados pelo pai, que sempre apostou no seu talento para a pintura, embora tenha ensina do-l he música. Carlos, formado em Florença — estudou Matemática e Física no Instituto Ga lileu, Arte na Escola de Belas Artes e no ateliê de Edoardo Gelli, onde também trabalhou —, veio ao Brasil pela segunda vez em 1913, para mostrar seus quadros. Com a 1ª‒ Guerra Mun dial, a família não retornou à Europa. Henrique Oswald, convidado para assumir a direção do Instituto Nacional de Música do Rio de Janei ro, percebeu que era a hora de ficar no Brasil. No início dos anos 1900, os Oswald se radica ram aqui, com Henrique se tornando professor de piano, além de seguir compondo e regendo. O pioneiro
Seu filho Carlos — que na Europa havia tido a inf luênc ia do artista norte-a mericano Carl Strauss, filho de alemães — já fazia águas-fortes e gravuras. Com o domínio das chapas de co bre, buris, tintas, vernizes e até mesmo de uma prensa elétrica, não foi difícil montar a sua pri
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meira “oficina” no Brasil. Pouco tempo depois lec ionava gravura, técnica não apenas desco nhecida naqueles tempos, como muito difícil. Carlos gostava de desaf ios. A busca da perfei ção, fundamentada em estudos técnicos per manentes e respeito à estética, que aprendeu na arte clássica italiana, impulsionaram seu inegá vel talento para um pioneir ismo comprometido com qualidade e beleza na arte de gravar. Inte grado à efervescente vida cultural do Rio de Ja neiro, em 1914 inaugurou e dirigiu a Oficina de Gravura do Liceu de Artes e Ofícios. Nessa época, percebe-se na obra do artista grande cuidado com forma, estilo e linguagem. Em seus trabalhos está um traço firme que faz surgir volumes em contrastes de claro e escuro, valorizando, de maneira sutil embora intensa, a expressão pretendida nas figuras humanas ou de animais, nas paisagens e cenas do coti diano. Nessa fase, está a importância que Car los Oswald tem para um significativo momento da arte no Brasil. Além de uma presença mar cante do simbolismo, também havia uma bus ca de soluções acadêmicas como forma de não permitir a suposta morte do clássico. Perce be-se isso na tela a óleo de Carlos, Boi com Carro Vermelho (1918), e em algumas paisagens como a fachada da casa do pintor em Petrópo lis (RJ), produzidas no início dos anos 1920 — todas simbolistas. Por outro lado, em grandes murais para edif ícios e também em obras de cunho rel ig ioso, retratos e gravuras mais for tes, está o vigor acadêmico mesmo sob visível, embora contida, emoção. O desenho e a gravura, nos anos 1940, to maram grande impulso no Brasil. Nessa altu ra, respeitado como pioneiro e mestre, Carlos 4
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5 Pedra de Itapuca Icaraí, Niterói, RJ, gravura em metal (água‑tinta aquarelada), 18,50 × 27,50 cm, 1940 6 Supremo Esforço, Itália, gravura em metal (água‑forte), 37,90 × 41,60 cm, 1909 7 Carregando Madeiras, Itália, gravura em metal (água‑forte e água‑tinta), 22,20 × 54,40 cm, 1909
Oswald destacava-se entre artistas do passa do e do presente, como Eliseu Visconti, Hen rique Alvim Corrêa, Augusto Marques Júnior, Henrique Cavalleiro, Rafael Bordallo Pinhei ro, Álvaro Moreira, Raimundo Cela, Lasar Se gall, Oswaldo Goeld i e Di Cavalcanti, muitos deles com importante trabalho gráfico. Vi riam mais tarde, nos anos 1950, Mira Schen del, Lizarraga, Evandro Carlos Jardim, Regi na Silveira, Massuo Nakakubo, Romildo Paiva e Fábio Magalhães. O mestre
Imagens: Acervo Museu Nacional de Belas Artes/Ibram/MinC 3•572 issn 010
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revista
gráfica dústria arte & in
br i • mar/a • ano xxxV
252 2 0 1 1 • nº
Carlos poderia hoje ser chamado de “multimí dia”. Era desenhista (fez belos nanquins), pin tor (óleo, guache, água-forte), gravurista (pre dominância em metal), ilustrador, além de ter feito vitrais e murais. Em parceria com o enge nheiro car ioca Heitor da Silva Costa, o artis ta fez os desenhos do mais importante monu mento brasileiro — uma das sete maravilhas do mundo moderno —, o Cristo Redentor, fixado no alto do morro do Corcovado, no Rio de Ja neiro. Seus croquis serviram para que o escul tor franco-polonês Paul Landowski, em Paris (França), pudesse fazer a estátua. Além da obra artística de Carlos Oswald, tem fundamental importância o seu exercí cio do magistério por cerca de quatro décadas.
Ele não apenas ensinava, mas despertava pai xão pela gravura. O mestre lutou contra as ad versidades, tendo que fechar e abrir locais de ensino, além de perder parte da visão. Foram seus alunos Poty Lazarotto, Hans Steiner, Hen rique Bernardelli, João e Arthur Timótheo da Costa, Pedro Bruno, Orlando DaSilva e Fayga Ostrower, entre outros. Carlos Oswald deixou um livro de memó rias, Como me Tornei Pintor, publicado em 1957. Seu acervo de gravuras está no Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro. Em 2000 foi publicada Carlos Oswald (1882–1971): Pintor da Luz e dos Reflexos, de Maria Isabel Oswald Mon teiro (sua filha), obra referencial editada pela Casa Jorge. Baseado no artista foi produzido em 2007 um filme de longa metragem, Carlos Oswald – O Poeta da Luz, com direção de Régis Faria. Em 2010, com curadoria de Paulo Leo nel Gomes Vergolino, o mestre Carlos Oswald, morto em 1971, mereceu justo resgate da sua importância para a arte brasileira com excelen te exposição que o levou aos públicos do Rio de Janeiro e de São Paulo, pela Caix a Cultural.
/ abril f 252 março revista abigra
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Capa
Igreja de Santo Antônio, Rio de Janeiro, RJ, gravura em metal (água‑forte em cores), 43 × 32,30 cm, 1930
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Aner comemora o bom momento do setor de revistas Há 25 anos, a entidade batalha pela consolidação e fortalecimento das empresas do segmento de revistas, que permanece firme como o terceiro mais forte canal de comunicação do País.
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esmo com a pulverização cada vez maior do público, e diante da dispu ta da aud iência com uma nova ofer ta de canais de notícias — a exemplo dos tablets —, as revistas mantêm seu espa ço como o terceiro meio de comunicação na preferência do público e, melhor ainda, dos anunciantes. Elas detêm 7,37% de par ticipação no mercado, ficando atrás ape nas da televisão, com liderança absoluta de 63,11%, e dos jornais (com 12,48%). O fa turamento do setor foi de R$ 29,4 bil hões em 2009, de acordo com informações do Projeto Intermeios. Esses números são uma pequena amos tra de que as perspectivas cont inuam apontando para um horizonte promissor. “Nos contatos com entidades similares fora do País, vemos que a produção nacio nal não deve nada à estrangeira em relação ao conteúdo e comercial ização”, avalia Ro berto Muylaert, presidente da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner). A defesa permanente da liberdade de expressão editor ial e comerc ial é um dos grandes desaf ios que a entidade enfren ta para continuar crescendo neste merca do. Em 2011, a entidade sem fins lucrati vos que representa as editoras de revistas per iód icas de consumo, completa 25 anos. “Representamos 70 editoras e estamos em penhados na discussão dos grandes proble mas políticos, econômicos e soc iais rel a cionados ao desempenho do setor”, reflete o presidente. “A entidade foi criada com o objetivo de promover e defender os inte resses comuns do mercado de revistas, edi tor ial e comercial, nos seus mais diversos segmentos, seja na mídia impressa ou ele trônica. Ao longo desses anos, protegemos REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Roberto Muylaert, presidente
os interesses da classe, atuando intensa mente com as instituições governamentais e empresar iais, as entidades setor iais e as organizações comunitár ias”.
serviço de “impressos espec iais”, mesmo para pequenas quantidades. O acordo tam bém permite que o serviço de mala direta postal seja utilizado para quantidades de dois mil exemplares; editoras não associa das à Aner precisam de 5 mil exemplares para isso. Outra conquista apontada pelo presidente foi a real ização, em São Paulo, da World Magazine Marketplace (WMM), a maior feira de licenciamento e distribui ção do setor, com a presença de mais de 200 editores do mundo inteiro. Vár ios out ros desempenhos positi vos foram registrados pela Aner nesses 25 anos, contribuindo para solidificar o setor, a exemplo da organização de eventos que se tornaram referência para a atualização pro fissional do segmento e serviram para re presentar o mercado de revistas brasileiras nacional e internacionalmente. “Nosso tra balho visa aumentar a participação do se tor no investimento publicitário dentro do conjunto dos meios de comunicação. Desa fios não faltam, mas nosso empenho nes ta tarefa também é muito grande”, conclui o presidente da entidade.
Representatividade
Além dos serviços prestados aos associa dos, a Aner é a representante ofic ial dos editores em aud itor ias de circulação, pes quisas de leit ura e licenc iamentos. Tam bém mantém diálogo com empresas distri buidoras, fornecedores de papel, indústrias gráficas, agências de publicidade, empresas de pesquisa, desenvolvedores de conteúdo online e escritór ios de contabilidade e ad vocacia. “Uma das grandes real izações da entidade foi a defesa do setor junto a de putados e senadores, resultando na inclu são de revistas no Programa de Cultura do Trabalhador (Vale Cultura), o que signifi ca um incremento de 50% na receit a do mercado”, relembra Muylaert. Foi igualmente importante o acordo firmado com os Correios, que trouxe gran des benef ícios às editoras associadas. Por meio dele, o envio de exemplares das revis tas para assinantes passou a ser feito pelo
ANER – Associação Nacional de Editores de Revistas Tel. (11) 3030.9390 www.aner.org.br CONSELHO DIRETOR Presidente: Roberto Muylaert (RMC Editora) 1º Vice-presidente: Fernando Costa (Editora Abril) 2º Vice-presidente: Frederic Kachar (Editora Globo) Diretor Tesoureiro: Alfredo Nastari (Nastari Editores) Diretor Secretário: Paulo Houch (Editora On Line) Diretor Conselheiro: Rogério Ventura (Editora Escala), Marcelo Salles Gomes (Meio & Mensagem), Roberto Araújo (Editora Europa), Caco Alzugaray (Editora Três), José Roberto Maluf (Spring) Diretor Jurídico: Lourival Santos (Lourival J. Santos Advogados) Diretora Executiva: Maria Célia Furtado
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Heidelberg do Brasil Sistemas Gráficos e Serviços Ltda. Av. Alfredo Egídio de Souza Aranha, 100 - Bloco B - 12° Andar - 04726-170 - São Paulo - SP
Abigraf de volta ao Paraíso
Revitalização do edifício-sede traz mais conforto, segurança e qualidade de trabalho para funcionários e associados. Ada Caperuto
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Fotos: Roberto Loffel
A diretora executiva Sonia Carboni (à frente, de roupa preta), comanda a equipe responsável pelas atividades das entidades sediadas no Cigraf – Centro da Indústria Gráfica
m novembro de 2010, a Abi graf Nac ional, a Abigraf Re gion al São Paul o, o Sindi graf-SP, a ABTG e a Abraform retornaram ao edifício Cigraf – Centro da Indústria Gráfica, um prédio de arquitetura diferenciada que se sobressai no bairro do Paraíso, na capital paulista, e que pertence à Abigraf desde 1998. Foram quase 30 meses de afastamento, per íodo em que o Cigraf passou por com plexo processo de revitalização, coordena do pela Space Planner Assessoria Empresa rial a partir de projetos da M2B Arquitetura e da TGK Engenharia, que respondeu pela execução das instalações elétricas. Horacio Fontes, diretor da Space Plan ner, lembra que a equipe foi contratada em maio de 2008, quando a sede da Abigraf foi prov isor iamente instalada em um con junto comercial no bairro de Vila Olímpia. De acordo com Sonia Carboni, diretora exe
cutiva da Abigraf, o projeto foi desenvolvi do para regularizar o imóvel junto à pre feit ura, mas agregaram-se mel hor ias não requisitadas que deverão trazer benef ícios aos funcionár ios e associados. Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Nacional, ressalta como primeiro ponto positivo o fato de a documentação do edifício estar em dia, algo fundamen tal para uma instituição de classe patronal. “Este aspecto era uma grande preoc upa ção da atual direção das entidades”, com plementa o presidente da ABTG, Reinaldo Espinosa. Segundo a arquiteta Midori Be nedik, da M2B Arquitetura, para adequar a estrutura às exigênc ias da prefeit ur a quanto à metragem de área total cons truíd a, dois pavimentos super iores foram demolidos — o 6 º‒ andar e o mezanino —, além de ter havido redução parcial do tér reo e do 1º‒ andar. Também foram contem pladas out ras intervenções necessár ias,
como a melhoria do sistema de combate a incênd ios e de elevadores. Em 2009, paralelamente às obras de re gularização, teve início a revitalização in terna para adequar a ocupação dos depar tamentos à nova metragem. Assim, a a tual disposição interna comporta no 2 º‒ subso lo a área técnica para o gerador e o sistema de exaustão de ar condicionado. No 1º‒ sub solo está localizada a entrada principal e a recepção. Neste ambiente a principal inter venção aconteceu na área do auditór io, ago ra com capacidade para 80 pessoas, onde foram instalados piso vinílico madeirado e carpete em placas. “Temos um espaço ex tremamente moderno, com novas poltro nas, ar cond icionado, sonorização e siste ma eletrônico de telão”, observa Sonia. Para o presidente da Abigraf-SP, Levi Ceregato, a reforma permitiu oferecer um benefício maior aos associados, que contam com um aud itór io climatizado, mais confortável.
Presidentes do Sistema Abigraf/Sindigraf-SP
Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Nacional
Levi Ceregato, presidente da Abigraf-SP
Reinaldo Espinosa, presidente da ABTG
Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP
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Departamento de Marketing
Departamento Jurídico
Secretárias da Diretoria
Departamento Econômico e Graphia
Departamento Administrativo
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No mesmo pavimento, a recepção tam bém passou por mel hor ias significativas, com o polimento do piso de mármore, ins talação de forro modular, iluminação e um novo balcão branco, que trouxeram moder nidade à entrada principal. Uma parede de tijolos aparentes foi pintada de branco, o que ampliou e deu luminosidade ao am biente. Nela foram afixados seis painéis de acrílico com uma linha do tempo da in dústria gráfica, composta pelos principais fatos dessa trajetória, com ênfase na intro dução da impressão no Brasil. “Também es tão registradas as datas de fundação de to das as entidades e das Reg ionais. Foi uma excelente ideia, pois ao mesmo tempo em que sintetiza essa história é um relato vi sual muito interessante”, comenta Espino sa. No contexto do resgate histórico, a re REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Processamento de Dados
cepção conta agora com uma impressora tipográfica Minerva do início do século XX , doada pela Oficina Tipográfica São Paulo, e a linotipo modelo Comet (cujos primeiros equipamentos surgiram em 1950), a qual foi doada pela Editora Escala. Conforto nos ambientes
Todos os departamentos estão mais bem adequados às novas instalações, com mo bil iár io e equipamentos de informática novos. No sistema de ar cond ic ion ado, os antigos aparelhos do tipo “janela” fo
ram substituídos por ou tros mais modernos, tipo split, mais silenciosos, efi cientes e econômicos. Nos halls dos elevadores foram trocados os forros de ma deira escura por gesso, o que tornou os ambientes mais iluminados e moder nos. “Apesar de o mobil iá rio ter sido mantido e rea proveitado na maior ia dos departamentos como for ma de minimizar custos adicionais, as cores padro nizadas e os tons claros acent uar am a identida de corporativa”, esclarece Midori, da M2B. Com as modificações, além da área técnica (CPD) e arquivos, o 1º‒ andar foi transformado em um es paço para reuniões, onde se destaca a troca do piso, da iluminação e do tecido dos painéis acústicos. Os departamentos de marke ting e jurídico estão insta lados agora no 2 º‒ andar. Neste último, a principal melhoria foi a troca dos móveis e a otimização do arquivo de documentos, com a instalação de um arquivo deslizante. “A re forma no imóvel foi ne cessária para atender às exigênc ias da prefeit ura, mas as adequações trou xer am muit as mel hor ias que poderão ser usuf ruídas pelos associa dos. Além disso, o retorno à Rua do Paraí so foi bom porque o acesso é muito melhor”, afirma a advogada Nílsea Borelli Rolim de Oliveira, gerente do departamento jurídico. No 3 º‒ andar, o Graphia (Graphic Arts Industry Alliance) teve sua área ampliada com a incorporação do espaço do departa mento econômico, além de receber novo piso e persianas. O gerente Wagner Silva cita a melhoria no sistema de refrigeração, que foi dimension ado de forma adequa da às necessidades dos ambientes, além da
substituição dos carpetes e a renovação de parte do mobiliár io, como as cadeiras dos postos de trabalho. No mesmo pavimen to, o departamento administrativo teve o seu layout preservado, mas a gerente Fáti ma Sola do Nascimento destaca as mel ho rias na circulação, com o novo elevador que atende do 4 º‒ ao 5º‒ andar. “Acredito que a re cepção também está melhor, com a insta lação de TV de LCD com sinal de TV a cabo, sincronizada com os computadores, para transmissão de mensagens e eventos”. O layout do 4 º‒ andar, que abriga a dire toria executiva e a presidência, também foi mantido. Já o 5 º‒ andar, ocupado pela sala da presidência, foi totalmente reconstruí do e, com isto, um novo espaço foi criado, além de ter sido agregada uma área externa que poderá tornar-se um espaço de convi vência. “O associado conta agora com mais uma sala de reuniões, com todos os recursos de que necessitar”, declara Sonia. Beleza na fachada
Externamente, a reforma priv ilegiou a afir mação da imagem corporativa. “O prédio dispunha de uma estrutura metálica de corativa, anter iormente cinza, que nada agregava. Para marcar a imagem de uma inst it uição representativa do ramo gráfi co, propusemos a pintura desta estrutura em ‘vermelho bombeiro’. Na entrada princi pal, uma estrutura tubular recebeu o mes mo tom para compor o restante do prédio”, explica a arquiteta Midori. “A repintura, com cores novas e mais modernas, a nova recepção, com uma mara vilhosa linha do tempo da nossa indústria e as duas máquinas antigas, além da nova identidade visual em todo o prédio, fazem dele um local mais agradável e funcional”, comenta Fabio Arruda Mortara, presidente do Sindigraf-SP. Além disso, a fachada pro porcionou uma identificação visual rápida para quem circula pelo bairro, mesmo à dis tância. “Com a reforma, mantivemos uma tradição e contamos com um edifício de ar quitetura diferenciada que é praticamente um ícone. O prédio próprio, bem localiza do, de certo modo representa a pujança da entidade”, pontua Levi Ceregato. Além disso, com a demolição parcial da área construída, o andar térreo ficou desti nado apenas ao estacionamento, que agora
(E/D) Horacio Fontes, diretor da Space Planner, e Cássio Kalil, diretor da TGK Engenharia
disponibiliza mais vagas para os diretores da entidade. “Adequamos o prédio às limi tações de área, o que implicou a redução da área total, mas foi possível fazer um melhor aproveitamento”, afirma Mário César. Segurança na estrutura
Para Cassio Kalil, da TGK Engenharia, a principal melhoria do prédio, em termos estruturais, foi a reforma do sistema elé trico e da rede de comunicação de dados e de voz, para os quais foram elaborados projetos no sentido de atender as atuais e futuras demandas, contemplando, ainda, as normas técnicas. “Foi criado um shaft
vertical para passagem dos cabeamentos elétricos principais, em um conceito mui to mais moderno, o que facilita o acesso às instalações para manutenções e eventuais implementos”, relata o engenheiro. Além disso, foram instalados sensores de presença nas escadas e áreas comuns, o que contribui para economizar energia. Foi feita também a instalação de um gru po gerador exclusivo para suprimento dos sistemas de emergência. No que tange à rede de comunicação de dados e voz, ocorreu, em um primeiro mo mento, a montagem de instalações especí ficas para o CPD, que foi estrategicamen te reposicionado para uma área no centro do prédio, conferindo maior segurança e restrição ao acesso, bem como facilitando a distribuição de todo o cabeamento. “Tí nhamos uma rede analógica, desatualizada tecnologicamente e cujo reparo era inv iá vel. Agora, os associados contam com um atendimento de qualidade. Tanto via tele fone quanto pela internet, a comunicação flui melhor”, salienta Sonia.
Na sala plenária no 1-º andar são realizadas as reuniões das diretorias do Sistema e também dos grupos empresariais
MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
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Os equipamentos de segurança contra incên dio contam com um siste ma de pressurização nas escadas, o que garante que a rota de fuga principal do edifício fique livre de fu maça. Foi instalado tam bém um equipamento de exaust ão para as áreas ocupadas do aud itór io e foyer, além da re forma do sistema de detecção e de alarme, que atendem todas as exigências do Corpo de Bombeiros. “Atual izamos a fiação, a in formática e as comunicações em padrões modernos. E, mais importante, aumenta mos a segurança do prédio, enquadran do-o nas normais atuais dos bombeiros”, ressalta Mário César. Fabio Mortara acrescenta que, nesse as pecto, a melhoria não é facilmente percep tível. “Mas todos estarão consc ientes de que o prédio agora cumpre as mais moder nas especificações de segurança, seja para o pessoal que lá trabalha, seja para os vi sitantes e assoc iados. O novo gerador de emergência, a revisão e os novos equipa mentos de prevenção fazem do prédio um local muito mais seguro. Além disso, a revi são da coleta de esgotos tornou nosso edifí cio adequado às normas. Também as câme ras de segurança melhoraram muito nossa proteção contra possíveis furtos”. Há, ainda, outro ponto importante, na opin ião do presidente da Abigraf Nac io nal, que é o acesso. “Nossa sede está mui to bem localizada. Isto ficou evidente com a locação temporária na Vila Olímpia por dois anos. Apesar do charme do entorno, é
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História e modernidade estão conjugadas na entrada principal Totalmente reformado, o auditório está dotado de novas poltronas, ar condicionado, sonorização e sistema eletrônico de telão
um local de difícil acesso, com transporte coletivo infer ior ao da região do Pa raíso e menos alternativas de refeição, alem de exigir mais tempo de desloca mento para quase todos os diretores. Se tínhamos dú vidas quanto à adequação de nossa sede, essa mora da temporária, no meu en tendimento, eliminou-as”, diz Mário César. Sustentabilidade
Outro aspecto a ser destacado é a série de medidas de sustentabilidade implantada no Cigraf. Uma delas foi a instalação de um elevador adicional do tipo hidráulico, que gera menos ruído, mais conforto e redução no consumo de energia. Outra foi a opção por um sistema de ar cond icionado de me nor consumo. Foram substituídas as lâm padas incandescentes por outras, “f rias” e econômicas, além do acionamento automá tico de luminár ias por sensor de presença, em escadar ias e áreas comuns, para econo mia de energia. Um grande benefício para a economia de recursos naturais está no sis tema de aprovei tam ent o parc ial de águas de chu va, para lavagem de calçadas e pá tio. “Além disso, todos os andares são agora atendi dos por elevado res, possibilitando acesso para porta dores de necessi dades esp ec iais”, Sonia Carboni, diretora executiva (3 -ª da esquerda para a direita), com os gerentes informa o enge Egbert Miranda de Toledo (Marketing), Fátima Sola do Nascimento (Administração) nheiro Cássio. e Nílsea Borelli Rolim de Oliveira (Jurídico) REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Sonia Carboni explica que, no processo de regulamentação do prédio, nada disso foi exigido. “Porém, sabemos que é importante, não só pela economia, mas porque é ambien talmente correto. Superamos as expectati vas e hoje contamos com um prédio moder no, com uma série de recursos tecnológicos, muito mais agradável para trabalhar”. “Posso dizer que este prédio, por sua localização e instalações, nos possibilita atender melhor nossos associados. Os am bientes, aliados à localização em ponto central e de fácil acesso, não só permitem como facilitam a real ização de diversos ti pos de ações. O prédio, de arquitetura arro jada e bem decorado, transmite a grand io sidade da indústria que representa. É, sem dúvida, motivo de orgulho para seus asso ciados”, opina Egbert Miranda de Toledo, gerente de Marketing. Programada para a data de 26 de abril, a reinauguração da sede contará com uma cerimônia de descerramento de placa co memorativa, pronunc iamento dos presi dentes das entidades e apresentação de aud iov isual sobre a reforma, eventos que antecedem um coquetel para assoc iados e convidados. “Convidamos todos os grá ficos a participarem. Queremos que ve nham conferir o resultado de um traba lho que exigiu grande dedicação de muitas pessoas”, conclui Sonia Carboni.
ano XX Nº 81 março/2011
Texto: Tânia Galluzzi
Você tem um projeto? A Stilgraf pode colocá‑lo em prática.
Criar condições para que seus clientes não só viabilizem seus projetos como atinjam seus objetivos com tais produtos é a estratégia da Stilgraf.
V
Fotos: Álvaro Motta
iabilização de negócios é hoje a principal meta da Stilgraf com relação ao mercado. Não basta conhecer o cliente e o mercado no qual ele atua. É preciso transformar essa informação em produtos que tragam resul tados efetivos, sentar ao lado do prof issio nal de criação e encarar os desaf ios dele
Antonio Sérgio Franco, diretor-presidente da empresa
como desaf ios da gráfica. Em função dis so, a Stilgraf tem como uma de suas prio ridades para 2011 o treinamento contínuo da mão de obra. Todas as áreas estão re ciclando seus conhecimentos, inclusive o departamento de Engenharia de Produto, aquele que coloca a mão na massa quando o assunto é tornar realidade os projetos dos clientes. E atualmente isso significa con templar aspectos que vão muito além da beleza e funcionalidade. Equacionar custo, sustentabilidade e interação com as mídias eletrônicas é uma operação cada dia mais presente na vida das gráficas. À disposição dos clientes, os 450 funcio nários da Stilgraf — incluindo as unidades do Rio de Janeiro e Brasília — contam com os mais modernos sistemas. Para garantir que a estratégia de inovação seja mantida, a empresa investiu cerca de dois milhões de euros no segundo semestre do ano passa do. O primeiro equipamento a chegar foi uma Varimatrix, linha automática de corte e vinco da Heidelberg instalada em agos to de 2010, sendo que a pós-impressão está agora sendo incrementada com uma má quina de lombada quadrada da Kolbus, a
KM 600. Em dezembro aportou no parque
gráfico da Stilgraf, que fica no bairro da Bar ra Funda, em São Paulo, a impressora offset folha inteira Speedmaster CX 102, lançada pela Heidelberg em junho do ano passado. “Com essas tecnologias queremos ampliar nossa participação no segmento que cha
mamos de editorial corporativo, produzin do relatórios e livros de arte”, comenta An tonio Sérgio Franco, diretor-presidente da gráfica. O pacote de investimentos incluiu ainda uma impressora digital Kodak e ca beçotes de impressão para personalização em linha Versamark. O alvo da atualização
tecnológica não foi o aumento da capacida de, e sim a elevação da produtividade, se gundo o executivo. A expectativa é de que o retorno desse investimento aconteça em três anos. A capacidade produtiva atual da empresa é de 600 toneladas de papel por mês. A maior parte da receita da empresa, 70%, vem de materiais promocionais e o restante de revistas corporativas. A decisão da aplicação de recursos aconteceu, como comenta Antonio Sér gio, em um momento bastante positivo da economia nacional: “2010 foi um ano bas tante satisfatório para a Stilgraf. Crescemos 25% em faturamento quando comparado a 2009”. Os primeiros meses de 2011 não acompanharam esse ritmo e, para o diretor, a demanda está acanhada. “Nossos clien tes são bastante pulverizados, mas posso dizer que o segmento financeiro concen tra o maior número. Não sei se está rela cionado aos eventos internacionais recen tes, porém as instituições bancárias estão mais cautelosas”. Neste ano de consolidação dos investi mentos realizados, a Stigraf se prepara para iniciar o processo de obtenção da certifi cação ISO 9001. O objetivo é que em 2012, ano de seu vigésimo aniversário, a empresa já esteja certificada.
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PRÉ-IMPRESSÃO OO Estações de tratamento de imagens
e montagem eletrônica Macintosh e PC OO Estações de recepção de prepress
Macintosh e Pc
CD 102-4, 72 × 102 cm, verniz online OO Impressora 5 cores Heidelberg CD 102,
72 × 104 cm, c/ verniz à base d’água e sistema de racleta para verniz perolizado, saída longa
OO Provas digitais GMG
ACABAMENTO
OO Scanners Screen Cezanne (plano) e Hell DC
OO 4 Máquinas corte e vinco automática,
3.000 (cilíndrico) OO Visor para análises de cromos e originais
opacos Graphic Lite (GTI) OO Software Twist Pro 6 para geração de
arquivos em PDF preflight de arquivos digitais, gerenciamento de fluxo de produção e aplicação de perfil para mídias externas OO Software Sofia com gerenciamento
de arquivos em rede e servidores com capacidade de 8 teras bytes e backup em DVDs OO Software Stilnet: sistema de colaboração
corporativa para o processo de comunicação e envio de arquivos dos colaboradores para a Stilgraf OO Software Alwan de gerenciamento de cores OO Trendsetter CreoScitex 3244F para gravação
de chapas (CtP) processadora Kodak OO Trendsetter 800-II Kodak para gravação
de chapas (CtP)
100 × 80 cm OO Corte e vinco automático Varimatrix
Heidelberg, 75 × 105 cm OO 2 Grampeadeiras Miruna OO Grampeadeira Heidelberg Stitchmaster
ST 300 OO Máquina shrink automática OO Máquina de costura Áster 180 automática OO Máquina tri-lateral Wohlenberg OO Encadernadora para livros e brochuras
Heidelberg Eurobind 1200 PUR OO Dobradeira Stahlfolder Heidelberg
TH 82 completa OO Dobradeiras de papel MBO K 72-A/4 KL
e T 500/44X OO Dobradeira Stahl T-78 com sistema
de alimentação RD OO Dobradeira de papel Stahl T-52 OO 3 Guilhotinas Digimatic Guarani
OO Processadoras Heidelberg
OO Guilhotina Polar Heidelberg
OO Visor para análise de materiais
OO Kolbus DA-36 para empastamento
OO Densitômetros / Espectofotômetros
automático de capa dura
IMPRESSÃO
DADOS VARIÁVEIS
OO Impressora 8 cores Heidelberg SM 102 8P
OO Impressoras para dados variáveis Xerox
completa, 72 × 102 cm OO Impressora 6 cores Heidelberg Speedmaster
CD 102-6+L, 72 × 102 cm, verniz online OO Impessora 5 cores Heidelberg CD 102-5+L,
72 × 102 cm, verniz online
Stilgraf Artes Gráficas e Editora R. Willy Heinrich Borghoff, 368 Barra Funda 01144-030 São Paulo, SP Tel. (11) 3611-9788 www.stilgraf.com.br
OO Impressora 4 cores Heildelberg Speedmaster
OO Impressora 5 cores Heidelberg SM 52-5+LX,
37 × 52 cm, verniz online
DT 6115 e 135 EPS OO Impressora jato de tinta Kodak Versamark OO 2 Impressoras para dados variáveis Xerox
Nuvera 288 OO Dobradeira de papel Stahl TD 78 Topline
+ impressão jato de tinta OO Impressora Kodak EX 300 – laser
Fotos: Álvaro Motta
Aquarius vive ano de consolidação da área de impressão Em três anos a empresa espera crescimento de 100% em comparação ao faturamento de 2010. Uma atualização constante para manutenção da eficiência plena é o grande desafio. Tânia Galluzzi
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á pouco mais de dois anos, o mercado colocou a Aquarius em xeque. Tendo const ruído seu nome como fornecedor de serviços de acabamento, a empresa de São Paulo via-se pressionada de um lado pelos investimentos das gráficas em sistemas de pós-impressão e do outro pela falta de condições de atender à demanda por impressão gerada pelos clientes editor iais. Era preciso escolher entre seguir no trilho do acabamento ou incorporar definitivamente o processo de impressão. A decisão recaiu na segunda alternativa. “Seguimos para onde o mercado estava nos levando. Com as gráficas incorporando sistemas de encadernação e enobrecimento, não dava mais para apostar só em acabamento”, diz Jul iano Chedid Del Bianco, diretor geral. REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Essa escolha provocou uma mudança total na empresa, afinal é preciso coragem para instalar duas impressoras rotativas offset capazes de rodar, cada uma, 63 mil cadernos de 32 páginas por hora. Todas as áreas foram encorpadas, desde as instalações elétricas até o estoque de papel, o prédio foi ampliado em 2.500 m², totalizando 12.000 m2 de área construída, e o número de funcionár ios saltou de 170 para 260. A produção de livros não era propria mente uma novidade para a Aquarius. Desde o final da década de 1990, quando José Augusto Del Bianco entrou para a empresa vindo do segmento editor ial, os olhos de editoras de livros didáticos voltaramse para a Aquarius. “Os livros vieram mesmo sem termos parque gráfico. Terceir izá vamos a impressão em gráficas como R.R. Donnelley, Margraf, Grande ABC , entre muitas outras, cuidando internamente do acabamento. Administramos essa deman-
Juliano Chedid Del Bianco, diretor geral
da até 2006, quando a Prol, ao comprar a gráfica da Saraiva, nos ofereceu duas rotativas. Topamos o negócio, mas deixamos as impressoras num parceiro em Itu (inter ior de São Paulo), que se tornou um fornecedor de impressão quase que exclusivo. Isso impulsionou de tal forma a procura pelo serviço de impressão que fomos forçados a tomar uma decisão”, conta o diretor geral. Para os diretores da Aquarius não fazia sentido adquirir equipamentos dedicados à produção de livros em face da sazonalidade do segmento de didáticos e paradidáticos. Eles foram atrás de modelos flexíveis, capazes de imprimir tanto livros quanto revistas e tabloides e, em 2009, já estavam sendo montadas as duas Harris M1000B. Como não poderia deix ar de ser, o segmento edi tor ial aplaud iu o incremento produtivo.
Resultados positivos
Mas e os clientes do acabamento, a maio ria gráficas? “Para 95% deles nada mudou, uma vez que são gráficas com impressoras planas, atendendo o mercado promoc io nal. No início, o pessoal questionou nossa decisão, mas depois tiveram a oportunidade de vir aqui e entender nossa proposta. Mesmo assim, tínhamos uma expectativa de diminuição no faturamento da área de acabamento em 2010, porém não foi o que aconteceu. O número de clientes de pós- impressão aumentou. No final, podemos contar nos dedos de uma só mão as empresas que deixamos de atender”. Em 2010, os serviços de acabamento mantiveram o ritmo de crescimento de 15% ao ano no que se refere à receita. No mesmo per íodo, o volume arrecadado com a impressão cresceu 43%, respondendo, no ano passado, por 70% do faturamento da Aquarius, que foi de R$ 54,5 mil hões. Isso em um ano de aprendizado com relação à impressão rotativa, de montagem de equipes, de ajustes da nova estrutura. Agora, com a operação madura, é hora de abrir as portas e buscar novos clientes, segundo Ju liano Del Bianco. A meta para os próximos três anos é elevar o faturamento em 100% em relação à receita do ano passado. “Para nós 2011 não é um ano de investimentos, e sim de consolidação”.
Por consolidação o diretor entende o fortalecimento das áreas comerc ial e de atendimento ao cliente, inclusive com a expansão da rede de representantes, atual mente concentrada nas reg iões Sudeste e Sul, e da busca de oportunidades no segmento de revistas. Outro setor que está recebendo especial atenção é o de controle de qualidade e processos, preparando a Aquarius para os procedimentos exigidos na obtenção da certificação ISO 9001. Nessa seara, no início de 2010 a empresa recebeu o selo ambiental FSC. Com essas ações, a empresa espera, até 2012, recuperar os R$ 15 mil hões investidos na montagem da gráfica, hoje capaz de converter 2.000 toneladas de papel por mês. De acordo com o diretor geral, o maior desafio da Aquarius é manter-se atualiza da para continuar competitiva no segmento de impressão rotativa, no qual eficiên cia plena é imprescindível. “Brigamos por centavos, pelo giro da máquina, pelo caderno que conseguimos imprimir a mais para podermos vender ao preço que o mercado impõe e aind a mantermos uma operação rentável”. Apesar da ênfase na impressão, Juliano Del Bianco afirma que a prestação de serviços de acabamento para terceiros também será ampliada, uma vez que continua havendo espaço nessa área junto às gráficas de pequeno porte.
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IP quer crescer na AL Comemorando os resultados de 2010, a International Paper quer, nos próximos três ou quatro anos, que 100% de sua produção de papel não revestido seja destinada à América Latina.
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mpliar sua presença na América Latina. Essa é a principal estratégia da Internatio nal Paper América Latina, que no início de fevereiro chamou a imprensa para falar sobre seu desempenho no ano passado. No per íodo, a empresa registrou vendas lí quidas de US$ 1,09 bil hão, aumento de 13,5% em relação ao ano anter ior. O volume de ven das de papel cresceu 7%, somando 976 mil to neladas, contra 912 mil em 2009. A comercia lização de celulose, por sua vez, caiu 23,1% em igual comparação, para 133 mil toneladas, de vido a paradas para manutenção ocorridas nas unidades. Em 2010, a subsid iár ia brasileira do grupo norte-a mericano investiu US$ 88 mi lhões em suas uni d ades, prat icamen te o mesmo montante aplicado em 2009. Trabalhando com um sistema integrado de produção de celulo se e papel em três plan tas fabris — Luiz Antô nio (SP), Mogi Guaç u ( SP ) e Três L ag oa s (MS) —, a IP tem 75% de sua produção atual destinada à América Latina e 25% à Europa. Do volume reservado à América Latina, 75% fica no Brasil e 25% é encaminhado para os demais países da Amé rica do Sul e Caribe. Jean-Michel Ribieras, presidente REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
A meta é destinar toda a produção para a América Latina. Quando isso acontecer, o que depende também da evolução do PIB na reg ião, a companhia planeja o início das operações de uma nova máquina de papel. Porém, essa deci são terá de ser tomada, segundo Jean-Michel Ribieras, presidente da International Paper para a América Latina, até janeiro de 2013, cumprin do um acordo com a Fibria, que fornece celulo se para a fábrica de Três Lagoas. Diferente das unidades paulistas, essa planta produz exclusi vamente papel. “Pode ser uma nova máquina ou uma nova fábrica”, afirmou o executivo. Desafios
Durante o encontro com os jornalistas, Jean- Michel listou os principais desaf ios da IP em 2011: a taxa de câmbio desfavorável ao fabri cante nac ional, as importações de papel que vêm absorvendo o crescimento do mercado interno e a comerc ial iz aç ão ilegal de papel imune. “A pressão exercida pela importação de papel revestido, sobretudo da Indonésia, no mercado brasileiro continua forte e eu não saberia dizer se já saímos do pior momento”, declarou o presidente. Há outras medidas a serem tomadas para que a empresa atinja os objetivos traçados, além da ampliação da presença na América Latina, onde já é líder em papel não revestido para im primir e escrever: aumentar as vendas domés ticas e o retorno sobre o investimento, traba lhar para a retenção de talentos, manter o foco em segurança e divulgar informações sobre a sustentabilidade do papel. Jean-Michel revelou ainda que a IP América Latina pretende entrar no segmento de embala gens, apesar de não haver data definida. “Pode ser através da compra de uma unidade, de uma parceria ou mesmo começando do zero”. O que está fora de qualquer plano é a produção de papel couché no Brasil.
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Projeto da nova sede
Magistral
Excelência em papel-cartão Tainá Ianone
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stabelecida na capital para naens e, a Magistral Emba lagens é uma das princ ipais empresas brasileiras do seg mento de embalagens de papel-cartão em impressão offset convencional. A trajetória como fabricante de embalagens em papel- cartão iniciou-se em 1986 e, desde então, a gráfica adota como estratégia empresar ial a liar serviço de qualidade a inovações tec nológicas. Com atuação predominante nos setores farmacêut ico e de cosméticos, os quais representam, respectivamente, 42% e 35% de toda a sua produção, neste ano a Magistral está implementando um dos maiores projetos de modernização de sua história, com a aquisição de equipamentos para diferentes finalidades. “Estas máqui nas abrirão alternativas para os mercados que já atendemos e outros novos”, afirma Marcus Conte, presidente da empresa. Como reflexo do crescimento da eco nomia brasileira, a Magistral também ex pandiu, registrando, em 2010, aumento de 41% nas vendas sobre o ano anter ior. “O mercado como um todo ampliou, mas nós tivemos um índice super ior porque a REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
pouco atendidos, como o alimentício e de hig iene e limpeza. De acordo com Luiz Ge raldo, entre os equipamentos já encomen dados dois merecem destaque: a impressora KBA Rapida 105 híbrida de 6 cores + torre de verniz, com pacote UV de impressão de plástico, que ampliará a gama de produtos a serem impressos, e a máquina de foil, uma manroland 700 de sete cores, que tornará
média de consumo do papel-cartão aumen tou 17%”, conta Luiz Geraldo Bertolini Fi lho, diretor comercial, sed iado na fil ial de São Paulo. Segundo ele, o grande impacto foi resultado do investimento em equipa mentos, tecnolog ias e desenvolvimento de produtos. “A embalagem é a mesma, mas com acabamentos diferenciados”. Modernização
Nos últimos meses foram adquiridos 16 novos equipamentos para os setores de pré-impressão, impressão, corte e vinco e colagem, além da ampliação física do pré dio, que totalizará 22 mil metros quadra dos de área. A expansão do parque fabril possibilitou ampliar a produção e garantir mais qualidade, oferecer serviços diferen ciados e atender segmentos com demanda de altos volumes, bem como nichos ainda
Foto: Roberto Loffel
Investimentos na ampliação do parque gráfico e em modernos equipamentos possibilitarão um aumento de 125% na produção das embalagens cartonadas da Magistral.
Luiz Geraldo Bertolini Filho, diretor comercial
Marcus Conte, presidente
possível a laminação online e a impressão com efeitos especiais na embalagem. Conc luído o processo de ampliação, a expectativa de aumento da produtividade é de 125%, atingindo 2,5 mil toneladas/mês. Apenas nos últimos meses, o investimento em tecnologia foi de US$ 35 milhões. “A am pliação vai nos permitir contar com um dos maiores e mais modernos parques gráficos do País”, informa Marcus Conte.
Além da instalação de dois depósitos de matéria-prima em Curitiba (PR) e de um centro de distribuição em São Paulo, já em funcionamento, a grande novidade é a cria ção de mais uma empresa para o grupo, a Magitech. Com foco na expansão de seus serviços, a proposta dessa nova empreita da está voltada para os acabamentos gráfi cos e ela oferecerá serviços em montagens
de kits promoc ionais com uma estrutura moderna, equipamentos de ponta e mão de obra especializada. Outro diferencial que a Magistral está colocando à disposição de seus clientes é o Magistral Express, com uma linha de pro dução completa exclusiva para atender a demanda de produtos “urgentes”. A ideia é atender pedidos de itens que saem do planejamen to diár io, dentro de um curto per íodo de tempo. Responsabilidade com excelência
Veterana no Prêmio Bra sileiro de Excelência Grá fica Fernando Pini, em 2010 a Magistral con quistou mais um troféu, desta vez na categoria Embalagens Semirrígi das com Efeitos. A exce lência na produção so ma-se à participação em
projetos sociais e à adoção de conceitos sus tentáveis na produção. A gráfica criou um departamento de Garantia e Sustentabili dade, responsável pela instalação de um mecanismo de reúso de água, pela cons trução de uma estação de tratamento de efluentes (ETE) e por todo o processo para implementar a certificação ISO 14000. & MAGISTRAL Tel. (41) 2141-0408 www.magimp.com.br
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS Pré -Impressão OO Plotter LaserComb ProDigi0813 OO CTP Kodak Trendsetter
Impressão OO Impressora offset Heidelberg, 6 cores
+ verniz OO Impressora offset Komori, 7 cores + verniz OO Impressora offset Komori, 5 cores + verniz OO Impressora offset Ryobi 750 G, 7 cores
+ verniz OO Impressora offset Ryobi 1050 ultravioleta,
7 cores + verniz OO Impressora offset manroland 700 com foiler
em linha, 7 cores + verniz OO Impressora offset KBA Rapida 105, 6 cores
+ torre de verniz, híbrida com kit para impressão de plástico
Corte e vinco OO 2 Máquinas automáticas de corte e vinco
Bobst VisionCut 106 OO 2 Máquinas automáticas de corte e vinco
SBL 1050 SE OO Máquina de hot stamping 780 automática
Colagem OO 2 Máquinas coladeiras Bobst Visionfold 80-A2 OO 4 Máquinas coladeiras Bobst Visionfold com
Braille 80-A OO 2 Máquinas coladeiras Autobox 650
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o atual cenário competitivo, as gráficas, dia após dia, trabalham mais para ganhar menos. Este panorama e possíveis alternativas para driblá-lo foram o mote do evento “O mundo da mídia impressa e digital — tendências desse mercado em constante mudança e crescimento”, real izado pela Kodak, em parceria com a ABTG, no dia 10 de fevereiro. A principal pergunta do encontro foi “O que interessa a seus clientes?”. “Que o cliente quer um bom serviço, alta tecnologia e preço baixo é senso comum. Mas, para conquistar o diferencial, é preciso que os gráficos entendam que não é a impressão que eles têm de vender para seus clien tes. Se querem se destacar, é preciso vender o que o seu cliente vende, entrar no negócio e no produto dele, pois só assim saberemos como podemos ajudá-los a aumen tar suas próprias bases”, adverte German Sac rist ian, gerente de desenvolvimento para retorno de marketing e investimento da Kodak. Segundo ele, a tarefa pode parecer simples e corr iqueir a; contudo, seu resultado não é percebido no mercado. “O desenvolvimento de campanhas de aproximação entre gráficos e seus clientes, em geral, segue a velha máxima: ‘a prática é bem diferente do discurso’, porque mui tos empresár ios afirmam saber como fazêlo, mas são poucos os que realmente dominam e, principalmente, desenvolvem, esta técnica”, comenta Sacristian.
Em palestra realizada na ABTG, especialistas apontam a importância de conhecer os produtos e serviços do cliente para ganhar competitividade e ampliar participação no mercado.
Fotos: Yuri Zoubaref
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Entendendo o negócio do cliente
Anderson Chaves, diretor de vendas da Kodak
Mudança de atitude
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Para Hamilton Terni Costa, consultor e sócio da ANconsulting, entender e trabalhar este discurso é importante. “A gráfica é uma indústria invisível, pois é vista através da utilidade dos seus produtos. Somente as pessoas que trabalham neste meio é que veem o produto gráfico, por isto, para ampliar sua produção, as gráficas precisam identificar o perfil e as necessidades do consumidor final deste produto”, analisa. REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
German Sacristian, gerente de desenvolvimento para retorno de marketing e investimento da Kodak
A interação com os sistemas eletrônicos é fundamental para desenvolver esta cumplicidade, na opinião de Costa. “A internet passa a ser, cada vez mais, a plataforma de comunicação de todos os sistemas. Exemplos disto são os mais de 500 milhões de cadastrados no Facebook, os 2 bilhões de vídeos do YouTube e os twittei ros que estão chegando a uma média de 55 milhões de postagens por dia. A tendência é que a internet nos abrace em qualquer situação. Tal constatação é importante, pois isto afeta e gera toda uma rede de possibilidades, que podem trazer novas oportunidades de trabalho”, complementa o sócio da ANconsulting. Ainda de acordo com o consultor, mais do que produtos e serviços ou novas tecno log ias, o que pode impulsionar o setor gráfico são as mudanças de atitude. “A resposta para as empresas sobreviverem é a inovação”, enfatiza Costa. “A empresa existe para criar clientes e suas ferramentas são o mar ket ing e a inovação de modelos de negó cios, de processos, de produtos e serviços. Contudo, o principal é a inovação de atitude, de modelo de pensar: mudar abordagens e repensar o negócio sob a perspectiva do cliente”, acrescenta Sacristian. De acordo com a consultora da Gimble, Lois Ritarossi, “A melhor maneira de conquistar esta parceria é se colocar no lugar de seu cliente para poder ajudá-lo. Sabendo disto, você tem que pensar em quais serviços prover e que mudanças fazer na sua oferta. A estratégia é do multicanal para o direcional e você precisa ajudar seu cliente a fazer esta migração. O desafio é criar a mensagem específica para cada canal”, avalia. “As pessoas/consumidores estão sempre conectadas. Pare de pensar em campanha e pense em diálogo. A impressão deve ser encarada como algo de valor e não como commodity, pois valor tem um conceito muito além do preço”, finaliza Costa.
Sede da empresa em Barueri, SP
Ibratec instala nova unidade Ganhadora de seis troféus do Prêmio Fernando Pini, a gráfica, especializada em embalagens, se prepara para inaugurar novo parque gráfico em Araçariguama (SP). Ada Caperuto
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rad icional empresa do setor gráfico, fundada em 1987 e sed iad a em Bar uer i (SP), a Ibratec Artes Gráficas deverá inaugurar, em meados de 2011, uma filial no município de Araçariguama, também no Estado de São Paulo. O novo parque gráfico terá capacidade instalada super ior a 36 mil toneladas/ano de embalagens em papel- cartão, micro-ondulado, blister, embalagens promocionais e lâminas de papel. Com 25 mil metros quadrados de área total e 13.400 metros quadrados de área const ruíd a, a fil ial é vista pela empresa como um dos mais importantes projetos para 2011, que somada à matriz chega a 47 mil metros quadrados de área total e 24.000 metros quadrados de área construí da. “Para a unidade de Araçariguama foram adquiridas duas linhas novas completas, REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
inc luindo impressão, corte e vinco e colagem, além de toda a inf raestrut ura necessária à produção”, informa o gerente de negócios Renato Larocca. Segundo ele, o cenário de estabilidade da economia brasilei ra e o consequente aumento do poder aquisitivo dos consumidores vêm contribuindo
para aumentar a demanda e a necessidade das indúst rias por embalagens. “Muit as empresas desenvolvem projetos em conjunto com a Ibratec, justamente com o objetivo de atender a essa nova classe compradora. Em sua maior ia são produtos em porções e preços menores e de alto volume.
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No outro extremo estão os produtos chamados premium, para os quais as princ i pais tendênc ias no setor de embalagens são, atualmente, o uso de verniz fosco ou com brilho, laminação de BOPP e aplicação de hot stamping, dentre outros. Transitando com facilidade entre estes dois polos, a gráfica mantém a qualidade em todos os tipos de impressos que elabora. Além da mais recente conquista, com a caix a “Gato da Purina Proplan”, a Ibratec já havia ganhado outros cinco troféus no Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, inc luindo o Grand Prix de 2004. “Conquistamos também 20 classificações como finalista nos últimos anos. É sempre uma alegria o reconhecimento e a valorização de um trabalho bem feito. O Prêmio Fernando Pini, principalmente por sua excelência, remete a essa condição”, comemora Renato. Certificações
Uma das primeir as gráficas da América Latina a utilizar o selo FSC (Forest Stewardship Council), desde 2006, a Ibratec prepara-se para obter a certificação ambiental ISO 14000. Atualmente, a empresa conta com um dos mais modernos e completos parques gráficos, implantado em uma área de 22 mil metros quadrados — sendo 11 mil metros quadrados de área const ruíd a —, onde são produzidas embalagens semirrí-
gidas em papel-cartão, micro-ondulado e em chapas de PP e PET. Ali estão instalados equipamentos que imprimem em até sete cores com verniz e tinta UV em linha, com dupla secagem. “Podemos desenvolver, produzir e entregar embalagens com os mais diversos acabamentos gráficos, atendendo e muitas vezes superando as expectativas de nossos clientes. A Ibratec possui também uma equipe técnica preparada para desenvolver os mais diversos tipos de soluções, priv ileg iando o design, a alta produtividade e a eficiência. É prática comum trabalharmos em conjunto com grandes clientes em projetos absolutamente focados em inovação”, declara Renato. No final do ano passado, a gráfica ini ciou a aquisição de duas impressoras Roland 700 com seis cores e verniz; dois equipamentos de corte e vinco com destaque automático e duas coladeiras com até seis pontos de aplicação, ambos da Bobst; um equipamento de hot stamping; e acoplamento de micro-ondulado, além de fazer investimentos em infraestrutura. Toda esta tecnologia será a base de produção da nova unidade de Araçariguama, que promete ser mais um acertado movimento de expansão de uma das mais destacadas empresas gráficas paul istas. & IBRATEC ARTES GRÁFICAS Tel. (11) 4772.8277 www.ibratecgrafica.com.br
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Gutenberg incrementa showroom A estratégia é oferecer treinamentos continuamente, bem como permitir que as gráficas testem os equipamentos.
A
Gutenberg, trad ic ion al revendedora de equipamentos gráficos, promoveu no dia 10 de fevereiro seu primeiro open house do ano para demonstração das impressoras offset planas Komori Enthrone 529, lançamento da fabricante japonesa, e Lithrone SX 429+C+IR . A 529 é voltada para gráficas de menor porte que buscam uma solução flexível aliada a recur sos ecologicamente corretos e focados na eco nomia. As principais características do equipa mento são o design compacto, a saída de pilha semielevada, o novo PQCU – Print Quality Con trol (para controle da qualidade de impressão),
racterísticas que tornam esse modelo adequado para o segmento de embalagens”. Duas Enthro ne 529 também já foram entregues no Brasil e o equipamento apresentado no open house estava igualmente vendido. Treinamento
Mas a política agora é manter sempre pelo me nos uma impressora Komori no showroom, se gundo José Fernandez, vice-presidente da Gu tenberg. O objetivo é trein ar tanto técnicos da própria empresa quanto dos clientes, além de permitir que as gráficas façam testes dire to nas máquinas. Tanto é que foi programado para março o embarque de mais uma impres sora destinada ao showroom, uma Lithrone cin co cores mais verniz equipada com o novo sis tema de cura UV desenvolvido pela Komori, o H-UV, que leva um selo de ambientalmente
Lithrone SX 429+C+IR
os cilindros de duplo diâmetro e as funções de registro e de economia de energia. Com opções de duas, quatro e cinco cores, a impressora atin ge velocidade de até 13.000 folhas por hora em um formato máximo de 530 × 750 mm. Trabalhando com um formato m aior, 610 × 750 mm, e velocidade de até 16.000 fo lhas por hora, a Lithrone SX 429 com unidade de verniz e cura IR proporciona brilho no impres so com secagem rápida e produtividade supe rior em tempo reduzido. O equipamento possui o sistema Semi-APC, que gerencia as mudan ças de chapa e a limpeza automática dos rolos de tinta, estando disponível nas versões duas, quatro, cinco, seis, sete e oito cores. De acordo com Luis Sérgio Sousa, da área de marketing da Gutenberg, duas Lithrone SX 429 já estão em funcionamento em duas gráficas da Reg ião Sul, focadas na produção de cartuchos. “A ele vação na entrada e na saída do papel e a am plitude na espessura dos substratos aceitos, de papéis de baix a gramatura até cartões, são ca
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Enthrone 529
correto. Com uma única lâmpada montada na saída da máquina, o H-UV permite a redução da emissão de ozônio durante o processo de seca gem, afora contribuir para a qualidade do am biente produtivo pelo fato de não usar pó e não liberar odores. “2010 foi um ano muito bom, com a venda de máquinas de formato grande e oito cores, e acreditamos que este será um ano ainda melhor”, afirmou o executivo. & GUTENBERG MÁQUINAS E MATERIAIS GRÁFICOS Tel. (11) 3225.4400 www.gutenberg.com.br
MC Cartões
Cartões premiados Em doze anos de operações, a paulistana MC Cartões conquista seu primeiro troféu de excelência gráfica e segue ampliando seus negócios em um segmento de forte expansão.
undada em 1999 para atuar no segmento de identificação, a MC Cartões já surgiu com a pretensão de expandir seus negóc ios. Para atingir este objetivo passou a agregar valor aos impressos, a partir da incorporação de tecnologia. Assim, em 2007 a gráfica conquistou o primeiro contrato de negócios expressivo: a produção de cartões para os programas sociais do governo federal. “Em 2011 passamos a fornecer produtos com chip de contato para certificados dig itais. Estas duas conquistas, destacadas entre tantas out ras, exemplificam a vocação da empresa para um crescimento sólido e sustentável”, afirma o gerente de produção Luis Antonio Soares da Costa.
Fotos: Roberto Loffel
Ada Caperuto
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Luis Antonio Soares da Costa, gerente de produção
REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Com a recente conquista do primeiro troféu no 20º- Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, a MC Cartões enxerga um reconhecimento importante, uma distinção que a empresa pretende contabilizar, levando o prêmio ao conhecimento de clientes e parceiros como um testemunho dos esforços e do acerto de suas decisões. “A repercussão do prêmio tem sido enorme, tanto interna quanto externamente, e isso é extremamente gratificante”, comemora Luis Antonio. Com 130 colaboradores, a MC Cartões está localizada em São Mateus, zona leste da cidade de São Paulo. Seu parque gráfico ocupa uma área de três mil metros quadrados, onde estão instalados equipamentos de impressão serigráfica e offset, bem como máquinas de corte, laminação, implantação de chips, personalização e envelopamento, além de impressoras dig itais para a gravação de dados var iáveis. A empresa adquiriu recentemente um sistema de envelopamento automát ico, que deu mais velocidade e conf iabil id ade ao processamento de cartões de benefício, além de reduzir a zero o número de inconsistências e erros de postagem. “A área de desenvolvimento da empresa está em fase de testes de um tipo de PVC ecologicamente viável, que pretendemos ofertar ao mercado como uma alternativa ao con vencional. Por fim, para coordenar tantos e tão diversos processamentos, a MC Cartões adquiriu e implantou, recentemente, um sistema integrado de gestão (ERP) junto à Totvs”, informa o gerente de produção.
Variedade de soluções
Luis Antonio diz que a empresa se destaca pela diversidade de produtos e soluções, com o atendimento a diferentes clientes. “Apenas para exemplificar, entre 2010 e 2011 fornecemos cartões pré-pagos para a telefonia celular, os magnéticos para todos os fins, e os chamados “inteligentes”, com ou sem chip de contato, além de credenciais para a Fórmula 1 e Fórmula Truck e uma infinidade de outros produtos, todos com excelente resposta no pós-venda”. A MC Cartões procura se antecipar à concorrência na definição de produtos, métodos e processos que atendam novas expectativas. “Acredito que o melhor exemplo está no fornecimento de cartões do tipo smart card, com chip PKI, para armazenamento e geração de certificados dig it ais no padrão da Inf raest rut u ra de Chaves Públicas Brasileira – ICP-Brasil. Com este produto, nossa empresa surpreen deu o mercado ao fornecer uma solução completa para o programa de assinatura digital da Caix a Econômica Federal e para o e- CPF e eCNPJ do Banco do Brasil”, declara Luis Antonio. Para ele, o mercado brasileiro de cartões aind a pode se expandir em todos os segmentos e tal vitalidade é perfeitamente perceptível. As maiores expectativas apontam, contudo, na direção dos smart cards, soluções em pré- pagos e, particularmente, os gift cards, um nicho ainda incipiente, devido ao pouco hábito do brasileiro em utilizá-los.
A inovação tecnológica é uma constante na indústria de cartões, que procura permanentemente acrescentar dispositivos de segurança aos seus produtos, para diferenciá-los. Para a direção da MC Cartões, as mel hor ias de processo e utilização de mater iais alternativos, mais du radouros e menos agressivos ao meio ambien te, também são tendências que visam aplacar a demanda social por soluções ecologicamente sustentáveis. “O mercado de cartões tem espaço para aqueles que estejam atentos às mensagens e dispostos a investir em tecnologia”. Por isso mesmo, a gráfica pretende, em 2011, dar continuidade a uma trajetória de crescimento, que é sua principal marca.
& MC CARTÕES Tel. (11) 2014.4000 www.magiccontrol.com.br MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
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Heidelberg e Ricoh selam parceria global
o dia 23 de fevereiro, a Ricoh Company e a Heidelberger empresa em nossa tecnologia digital e a capacidade da Ricoh em Druckmaschinen AG anunciaram uma parceria estraté satisfazer as necessidades da indústria gráfica. Juntos, estamos gica global. Como primeiro passo, o acordo prevê a dis em excelente posição para ajudar as gráficas que pretendem ad tribuição mund ial do portfólio de impressão digital de produção quirir novos equipamentos e melhorar seus atuais processos com uma solução digital”, disse o execu da Ricoh. Dessa maneira, a Heidel O acordo entre as duas empresas tivo. “Com a Ricoh, empresa que va berg está credenciada a comerciali loriza o setor produtivo gráfico, en zar o último lançamento da Ricoh tem como objetivo proporcionar contramos um parceiro estratégico em impressão digital, a Ricoh Pro uma solução adequada para a impressão ideal para compartilhar nossos va C901 Graphics Art Edit ion, impres de dados variáveis e de tiragens lores focados nos clientes, na sus sora digital colorida de alta velocida curtas para a indústria gráfica. tentabilidade ambiental, na inova de com toner PxP Chemical. O con ção, na qualidade e na prestação de trato, com início previsto para abril serviços. Ao completar nosso por de 2011, inclui prestação de serviços tfólio offset com um novo equipa e assistência técnica Ricoh. A Ingla mento de impressão digital, ofe terra e a Alemanha serão os primei recemos a combinação da melhor ros países atendidos pela parceria, impressão offset e agora também que será paulatinamente implanta a tecnologia de impressão digital. da nas outras regiões, com conclusão Ao utilizar as duas tecnologias, nos prevista para a Drupa 2012. sos clientes estarão aptos a oferecer Com a aliança, Ricoh e Heidel a impressão de dados var iáveis com berg querem possibilitar aos clien tiragens mais curtas, além da reco tes a chance de incrementar seus nhecida qualidade e rentabilidade trabalhos de impressão offset, ofe da impressão offset”, afirmou Ber recendo ao mercado maior flexibi nhard Schreier, presidente da Hei lidade com as impressoras dig it ais delb erg, complementando: “Com da Ricoh. As duas empresas se pro essa nova parceria, também aten põem a apresentar uma oferta de deremos as necessidades de clien produtos com valor agregado que (E/D) Shiro Kondo, presidente da Ricoh, e Bernhard Schreier, presidente tes que querem ampliar a gama de possibilite maior rentabilidade aos da Heidelberg, cumprimentam-se após fecharem o acordo clientes. Elas planejam também fazer a integração com a solução aplicações de impressões híbridas, ou seja, a combinação de de gerenciamento de fluxo de trabalho da Heidelberg, o Prinect, impressão digital e offset em um só produto impresso”. Com mais de 108.500 colaboradores em todo o mundo, a assim como desenvolver novas soluções em conjunto para futuras Ricoh, espec ial iz ad a em soluções para esc ritór ios e impressão aplicações de impressão. Shiro Kondo, presidente da Ricoh, declarou que o clima atual digital de produção, possui operações na Europa, Américas e do mercado é propício para que as empresas da indústria gráfica Ásia. Suas vendas no mercado mund ial superaram US$ 21 bi disponibilizem ferramentas adequadas para melhorar a versatili lhões no encerramento do último ano fiscal, em março de 2010. dade e cumprir todo tipo de demanda de seus clientes. “A Heidel Já o volume de vendas da Heidelberg, trad ic ional fornecedora berg é uma fabricante referência de impressoras para os segmentos de impressoras offset, atingiu 2,306 bilhões de euros durante comercial e de embalagem. Essa aliança demonstra a confiança da o ano fiscal de 2009/2010.
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ECONOMIA Texto e dados: Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf
Resultados da indústria gráfica brasileira em 2010
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e acordo com os números do levanta mento realizado pelo Departamento de Estudos Econômicos da Abigraf Nac ion al, o setor gráfico brasilei ro encerrou 2010 com aproximadamente 20 mil empresas ativas, empregando mais de 220 mil pessoas. Na produção, houve aumento de 4,5% no acumulado do ano, em relação a 2009, superando o bom nível de 2008, anter ior à crise econômica internacional, em 4,2%. Em 2010, os investimentos do setor re gistraram aumento de 40% em comparação com o ano anterior, com US$ 1,4 bilhão apli cado pelas empresas na compra de máqui nas e equipamentos, contra US$ 1 bil hão despendido em 2009. No encerramento do exercício, as expor tações totalizaram US$ 248,97 milhões e as importações, US$ 409,61 mil hões. O sal do da balança comercial ficou negativo em US$ 160,64 mil hões. Produção
Os dados do Índice de Produção Física da Indústria Gráfica, originados pela Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física (PIMPF) — fornecidos trimestralmente pelo
Dois números do setor chamaram a atenção no fechamento de 2010: o crescimento de 106% no déficit da balança comercial e o aumento de 40% no investimento em máquinas e equipamentos. IBGE à equipe do Departamento de Estudos
Econômicos da Abigraf —, e com as estima tivas da Websetor ial Consultoria, a indús tria gráfica brasileira fechou 2010 com au mento de 4,5% na produção física, medida em volume de papel convertido/impresso, em relação a 2009. Já em comparação ao mesmo período de 2008, a produção se mostra 4,2% super ior. O resultado ficou abaixo do índice acumu lado para a indústria em geral, que encerrou 2010 com crescimento de 10,5%. Entretan to, vale ressaltar que as bases de compara ção são diferentes. A indústria gráfica ha via sofrido menos com a crise do que o resto da indústria brasileira, pois não depende tanto das exportações. O declínio da pro dução da indústria em geral, no comparati vo 2008–2009, foi de 7,4%, e o da indústria gráfica de apenas 0,3%.
Tabela 1: Crescimento da produção nos segmentos da indústria gráfica brasileira – em Quantum
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12 meses 2010/2008
2-º semestre 2-º semestre dezembro 2010/ 2010/ 2010/ dezembro 2009 2-º semestre 09 2-º semestre 08
Produção Física em quantidades (ton)
12 meses 2010/2009
Embalagens Impressas
5,6%
5,0%
– 0,6%
4,7%
– 3,4%
Embalagens Impressas de papel ou papelão de uso geral
7,0%
5,8%
3,3%
7,6%
1,1%
Embalagens Impressas de plástico
0,1%
1,2%
–15,7%
–7,4%
– 20,0%
Produtos Gráficos Editoriais
9,1%
15,0%
10,1%
17,4%
11,3%
Jornais
1,2%
–11,1%
– 0,3%
–13,2%
– 2,9%
Total Abigraf
4,5%
4,2%
2,3%
4,7%
1,1%
Fonte: Recorte Especial da PIM-PF/IBGE para a Abigraf. Elaboração: Websetorial
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Os dados de dezembro de 2010, em re lação ao mês anter ior, mostraram queda na produção da indústria gráfica (13,3%), causada principalmente pela contração sa zonal na produção do segmento editor ial (Tabela 1). Quando o parâmetro é o mês de dezembro de 2009, observa-se um cres cimento de 1,1%. Vale notar que, na com paração entre dezembro de 2010 e dezem bro de 2008, a expansão da produção foi de 8,2% (Tabela 1). O valor da produção, con solidado a partir da identificação das ati vidades da indústria gráfica nacional nas pesquisas industriais (PIA e PIM-PF) e de serviços (PAS) do IBGE, atinge o montante de R$ 29,7 bil hões em 2010 (Tabela 2). Segmentos gráficos
Na consolidação do valor da produção in dust rial gráfica, em conformidade com a Cnae 2.0, o segmento de embalagens im pressas em papel e plástico representa 39,4% do total do setor, e o valor da sua produção é estimado em R$ 11,7 bil hões. Logo em seguida vem o segmento edito rial, que representa 30% do setor. Este ni cho, que responde pela confecção de livros, revistas, jornais, g uias e manuais, edita dos e impressos ou impressos sob enco menda, tem valor da produção calculado em R$ 8,98 bil hões. A edição pura desses produtos editor iais, que pertencem à ca deia produtiva do setor, não é considerada neste cálculo por não ser característica de uma atividade industrial. Emprego
Segundo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), no ano de 2010 a indústria gráfica brasi leira gerou 9.452 novos postos de traba lho, totalizando 220.707 funcionár ios, um crescimento de 4,5% em relação a 2009 (Gráfico 1) e de 1% deste sobre 2008.
Comércio exterior
Tabela 2 – Valor da produção da indústria gráfica brasileira em R$ milhões
Conforme os dados do Ministério do De senvolvimento, Indústria e Comércio Exte rior (MDIC/Secex), em 2010 as exportações brasileiras de produtos gráficos totaliza ram US$ 248,97 mil hões, representando aumento de 13% comparado com o ano an ter ior. Os segmentos que mais contribuí ram para as exportações de produtos grá ficos foram: o de embalagens, que exportou US$ 79,90 mil hões, representando 32,1% do total; o de cartões impressos (US$ 78 mi lhões, 31%) e o de cadernos (US$ 31,1 mi lhões, 13%). As exportações desses segmen tos cresceram, respectivamente, 16,7%, 23,8% e 0,4%, em relação a 2009. Já as importações das indústrias grá ficas brasileiras foram de US$ 409,61 mi
Segmentos
2008*
2009**
2010**
Cadernos
1.007
1.004
1.039
Cartões
1.663
1.658
1.717
Editoriais (livros, jornais, revistas, manuais e guias)
8.582
8.454
8.986
11.254
11.181
11.700
Envelopes
148
148
153
Etiquetas
1.074
1.067
1.117
Embalagens
Fiscais /Formulários
720
748
623
Promocionais
2.936
3.049
3.156
Pré-impressão
1.185
1.182
1.227
28.569
28.491
29.718
Indústria Gráfica
* Números extraídos das pesquisas do IBGE:PIA e PAS (o dado do segmento editorial inclui a impressão de jornais
e a edição acompanhada da impressão de livros, revistas e guias) – Classificação da Indústria Gráfica na CNAE 2.0.
** Dados de 2009 e 2010 estimados a partir do recorte especial enviado pelo IBGE para a Websetorial/Abigraf
da PIM‑PF – Pesquisa Industrial Mensal de Produção Física e sujeitos à revisão anual em setembro de 2011.
Gráfico 1: Evolução do emprego na indústria gráfica brasileira 7
■ Mês/mês anterior (%) ■ Variação mensal do emprego, pela média dos últimos 12 meses / 12 meses ano anterior (%)
6 5 4 3 2 1 0 –1
Ja n 0 Fe 8 v0 M 8 ar 0 Ab 8 r0 M 8 ai 0 Ju 8 n 08 Ju l Ag 08 o 0 Se 8 t0 Ou 8 t0 No 8 v0 De 8 z0 Ja 8 n 0 Fe 9 v0 M 9 ar 0 Ab 9 r0 M 9 ai 0 Ju 9 n 09 Ju l0 Ag 9 o 0 Se 9 t0 Ou 9 t0 No 9 v0 De 9 z0 Ja 9 n 1 Fe 0 v1 M 0 ar 1 Ab 0 r1 M 0 ai 1 Ju 0 n 10 Ju l1 Ag 0 o 1 Se 0 t1 Ou 0 t1 No 0 v1 De 0 z1 0
–2
Fonte: Caged/MTE. Elaboração: Decon/Abigraf.
Gráfico 2: Participação dos segmentos gráficos nas exportações e importações em 2010
60
50 22%
40
21%
30
38%
■ Importação ■ Exportação
20 32%
1%
31% 10%
10
6%
11%
s
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7%
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s
13%
Em
lhões em 2010, destacando-se os seguin tes segmentos: editor ial (livros e revistas), que correspondeu a 38%, ou US$ 154 mi lhões; embalagens, que representou 22% do total importado, com o montante de US$ 89,4 mil hões; e cartões impressos, que importou US$ 84,8 mil hões, represen tando 21% do total da indústria gráfica nacional. As importações destes segmen tos cresceram, respectivamente, 21,1%, 44,9% e 101,3%, em relação ao ano ante rior (Gráfico 2). Em consequência desses números, a ba lança comercial da indústria gráfica apre sentou saldo deficitário em US$ 160,64 mi lhões em 2010. Este saldo, comparado com o ano passado (US$ – 77,86 milhões), repre senta crescimento de 106% no déficit da ba lança comercial do setor.
Fonte: MDIC. Elaboração Decon/Abigraf.
57 MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
Suzano anuncia resultados consolidados de 2010 A fabricante de papel e celulose registrou recorde de receita líquida e de volume de papel vendido.
Com a venda total de 1,156 milhão de toneladas, em 2010 a receit a líquida de vendas de papel totalizou R$ 2,495 bi lhões, 6,5% sup er ior à receit a de 2009. Apenas no quarto trimestre de 2010, as vendas de papéis para imprimir e escre ver representaram 80,8% do volume total e atingiram 256 mil toneladas, um aumento de 6,5% na comparação com o mesmo pe ríodo do ano anter ior. Já o volume de ven das total de papel-cartão comercial izado no último trimestre de 2010 atingiu 61 mil toneladas, redução de 8,4% em relação a igual per íodo de 2009.
A
Suzano Papel e Celulose anunc iou, no início de março, seus resultados consolidados, apresentando, no acu mulado de 2010, uma produção total de 2,745 milhões de toneladas de papel e de celulose de mercado, com volume de vendas de 2,763 milhões de toneladas. No per íodo, o Ebitda teve incremento de 46,7% em comparação com o ano ante rior, atingindo R$ 1,7 bilhão. A receita líqui da somou R$ 4,5 bil hões, 14,2% super ior à registrada em 2009. No acumulado do ano, o lucro líquido alcançou R$ 769 mil hões, 18,8% infer ior ao do ano anter ior. Em 2010 foram comercializadas 1,6 mi lhão de toneladas de celulose de mercado, 9,7% abaixo do ano anter ior. Porém, em 2009 os resultados foram impactados pela venda de estoques acumulados durante a crise financeira mund ial. As vendas do úl timo ano totalizaram R$ 2 bil hões, um in cremento de 25,5% na comparação com o exercício anter ior.
Conpacel e KSR
Além da aquisição de controle da FuturaGe ne e da criação da Suzano Energia Renová vel, em 21 de dezembro de 2010, a compa nhia anunciou a aquisição da participação detida pela Fibria nos ativos do Conpacel, que compreende a fábrica de papel e celu lose com capacidade produtiva de 390 mil toneladas a nuais de papel e aproximada mente 340 mil toneladas anuais de celulo se de mercado, bem como terras próprias e áreas de plantio (próprias e arrendadas).
Também foram adquiridas as operações de distribuição de papel da KSR , importante canal para atendimento do mercado. Com isso, amplia-se a capilaridade e presença da Suzano em diferentes reg iões do Brasil, fortalecendo o canal e beneficiando direta mente os seus clientes. A operação confere à companhia a liderança na América Latina em distribuição própria. No mesmo per íodo, a Suzano anun ciou que seu Conselho de Administração aprovou a contratação de operação de fi nanc iamento junto ao BNDES , no mon tante de aproximadamente R$ 2,7 bil hões. Os recursos serão utilizados na constru ção de uma nova unidade indust rial no Estado do Maranhão e, dentre out ras fi nalidades, na implantação da inf raest ru tur a e a poio nec ess ár ios à operação da nova unidade, construção de planta de co geração de energia de biom ass a, capital de giro e aquisição de máquinas e equipa mentos nacionais dentro do Programa de Sustentação de Investimento. SUZANO www.suzano.com.br
Cia. Suzano – VENDAS DE PAPEL E CELULOSE – 2009-2010 Composição das Receitas
3T10
4T09
2010
2009
K/ton
R$ MM
k/ton
R$ mm
k/ton
R$ mm
k/ton
R$ mm
k/ton
mercado interno
517
248
541
256
454
243
1.915
940
1.657
852
Celulose
92
77
104
80
67
74
355
297
232
261
Papel Total
425
171
437
176
388
169
1.560
643
1.426
591
Papel l & E não revestido
234
103
232
100
228
102
831
364
825
352
Papel l & E revestido
76
29
85
32
59
27
294
119
243
98
Papel-cartão
115
40
120
44
100
40
436
160
358
142
mercado externo
679
481
618
419
566
477
2.599
1.823
2.295
2.044
Celulose
409
334
406
309
344
339
1.663
1.310
1.377
1.519
Papel Total
269
146
212
110
222
138
936
513
918
524
Papel l & E não revestido
214
119
167
87
178
108
739
406
739
406
Papel l & E revestido
13
6
7
3
7
4
31
15
28
17
Papel-cartão
43
21
38
19
37
26
165
92
152
102
total
58
4T10 R$ MM
1.195
729
1.159
675
1.020
720
4.514
2.763
3.953
2.896
Celulose
502
412
510
389
411
413
2.018
1.607
1.609
1.780
Papel Total
694
317
649
285
609
307
2.496
1.156
2.344
1.116
Papel l & E não revestido
448
221
399
188
406
209
1.570
770
1.564
757
Papel l & E revestido
89
35
92
35
66
31
325
134
270
115
Papel-cartão
157
61
158
63
137
67
601
252
509
244
REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
história viva
I
Ildeu da Silveira e Silva Idealismo e perseverança
Tanto na vida empresarial quanto na associativa, Ildeu sempre defendeu valores como honestidade, ética e muita disposição para o trabalho.
Tânia Galluzzi
60 REVISTA ABIGRAF MARÇO/ABRIL 2011
ldeu da Silveira e Silva fez parte do grupo de líderes empresar iais que en tre as décadas de 1980 e 1990 muda ram o perfil da Abigraf. A entidade, que nasceu com uma postura reativa contra a estatização e as excessivas normas tribu tár ias, através de seu trabalho de conscien tiz aç ão dos empresár ios gráficos sobre a importância do setor na economia do País e de sua representatividade na malha social, assumiu uma posição de destaque, passan do a ser ouv ida e respeitada. “Esse é o lega do que deix amos para os gestores que nos sucederam. Espero que os que hoje a con duzem cont inuem e ampliem nossos an seios de uma entidade representativa, com segura defesa dos interesses globais da in dústria gráfica brasileira, nunca interesses localizados e setorizados”, afirma Ildeu. Nascido em 1940 em Ferros, pequena cidade do inter ior de Minas Gerais, Ildeu mudou-se com a família para Belo Hori zonte em 1957, ocasião em que começou a trabalhar, ao lado do irmão João, em uma pequena tipografia de um de seus tios, da qual o pai era sócio capitalista. Na época a Arte Gráfica, que imprimia os mais var ia dos produtos, passava por dificuldades fi nanceir as, as quais o jovem empresário conseg uiu superar com muito trabalho, comprando poster iormente, em 1963, a parte de seu tio na empresa. Com o tempo, a gráfica cresceu e mo dernizou-se, unindo-se, em meados da dé cada de 1970, a outra empresa que atendia o segmento de embalagens, quando pas sou a se chamar Arte Gráfica Lara. Vieram tempos difíceis. No final dos anos 70 os en cargos eram altos — a gráfica contava com 110 funcionár ios —, o crédito com os for necedores havia sido cortado, as duplicatas eram pagas com atraso e, para completar, o mercado não vivia seu melhor per íodo. Po rém, os compromissos jamais deixaram de ser cumpridos. Para saldar as dívidas, a em presa foi obrigada a renegociá-las e vender máquinas. Do esforço para a construção e manutenção da gráfica Lara nasceu a Car tográfica Fênix, pertencente a Ildeu e João. Em 1988, a Fênix instalou-se em um imó vel alugado de 3.000 m², contando na época
com 50 func ion ár ios. “Desl ig uei-me da Cartográfica Fênix há cinco anos, mas ela continua funcionando”, comenta Ildeu. Atividade associativa
A porta de entrada de Ildeu — formado em Direito e com pós-graduação em Economia Industrial — para o mundo associativo foi o Sindicato das Indústrias Gráficas do Es tado de Minas Ger ais (Sigemg), de cujo conselho fiscal passou a fazer parte em 1976, mesmo cargo ocupado na AbigrafMG. Em 1980 foi eleito secretário e depois para a vice-presidência. Três anos mais tar de tomou as rédeas das duas entidades, ocupando a presidência. Em paralelo, em 1986, tornou-se diretor-secretário da Fe deração das Indúst rias de Minas Gerais, cargo para o qual foi reeleito em 1988. No comando da Abigraf-MG, Ildeu to mou para si as causas dos pequenos em pres ár ios que como ele vinham de uma
estrutura empresar ial fam il iar, mas que desejavam evoluir. Sem contar os congres sos, feiras e outras ações, Ildeu e seus com panheiros instalaram a sede da Abigraf-MG no centro de Belo Horizonte, em 1988, em um espaço próprio. Como presidente do
Conselho Diretivo da Abigraf Nac ion al, cargo que ocupou entre 1989 e 1992, Ildeu manteve-se na defesa da livre iniciativa, da transparência e da honestidade. Casado com Vânia, com quem tem dois filhos e três netos, Ildeu ocupa-se hoje da família, de seu sítio em Igarapé, na re gião metropolitana de Belo Horizonte, e do aux íl io à esposa em sua obra assisten cial. Porém, essa aposentadoria parece es tar ameaçada. “Pretendo voltar à atividade com meu irmão Osvaldo, que possui uma pequena editora especializada em tiragens limitadas, a gráfica Impressões de Minas, na capital mineira”. A tecnologia e o próprio mercado mu daram muito desde que Ildeu encerrou seu trabalho na Abigraf. Contudo, segun do ele, o modus operandi da entidade não pode mudar: ética, representação, parti cipação na construção de uma soc ied ade mais justa e rica. “Afinal, nós imprimimos ideias e sonhos”.
O vice-presidente da Fiesp, Roberto Della Manna (E), fez a entrega, em 2005, de troféus e livros aos atuais e ex-presidentes da Abigraf: (E/D) Mário César de Camargo, Antonio Carlos Navarro, Sidney Fernandes, Jacks Ubiratan de Faria, Max Schrappe e Ildeu da Silveira e Silva, na festa comemorativa dos 40 anos da Abigraf Nacional
MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGRAF
61
O P I N I Ã O
r Roberto Carlos Morei
a
Presidente da Abigraf Regional Maranhão
Uma nova visão do Maranhão
62
arece finalmente que a economia brasilei ra (e também a do Maranhão) encontrou o caminho do desenvolvimento sustentável. Pelo menos é o que tem demonstrado o desempenho econô mico do País nos últimos três anos (2007–2010). Se a taxa do crescimento brasileiro é significativa, a do Ma ranhão é excepcional. Tal robustez permitiu ao Esta do alcançar dois feitos importantes. Pela primeira vez, rompeu-se a casa do 1% de participação no PIB nacio nal, meta há muito perseguida sem sucesso. O outro fei to diz respeito à renda per capita, que alcançou 80% da renda do Nordeste, quando há mais de trinta anos não ultrapassava o limite dos 55%. Sem dúvida, esse desempenho recente é de encher de esperança a todos, particularmente o establishment lo cal. Mas a questão que se apresenta é saber se é possível manter esse ritmo e, consequentemente, esse patamar al cançado, a médio e longo prazo. Para alterar o quadro es trutural em que se encontra a economia do Estado, onde a desigualdade e a pobreza sobressaem, um desempenho de curto prazo não é suficiente, apesar de os dados oficiais demonstrarem que a economia do Maranhão mudou qua litativa e quantitativamente, expressa por taxas de cres cimento do PIB e da renda per capita da economia acima da média do Nordeste e do Brasil. Este bom desempenho é produto de um esforço conjunto que passa, sobretudo, pela ação do Estado e pelo mercado. Qual a razão de ser dessa dinâmica que tem gera do mais e mais riqueza, mas não consegue distribuir de mocraticamente seus frutos nesta sociedade? A resposta pode estar no fraco desempenho do produto a longo prazo e no modelo de desenvolvimento adotado no que diz res peito à distribuição do produto entre trabalho e capital. Assim, identificar a tendência de crescimento do pro duto que se manifesta, sobretudo, no médio e longo pra zo assume relevância na compreensão do estágio atual de “riqueza” desta unidade federativa. Além disso, essa e ou tras questões são do mais alto significado na compreensão da economia em termos de tendência e perspectivas. REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Por outro lado, como nos diz Keynes, o grande pro blema de uma economia capitalista se encontra do lado da demanda e da sua sustentação para manter o nível de atividade e, portanto, a renda e o emprego. E isso passa, essencialmente, pela decisão de investir e, secundar ia mente, pela de consumir. Esta é a função, essencialmen te, da renda, e é estável no longo prazo, enquanto aquela é função de outras var iáveis, como a expectativa de re torno (taxa de lucro), o uso alternativo que tem o capi tal (ou seja, a eficiência marginal do capital) e a taxa de juro de longo prazo. Os três constituem os principais fa tores levados em consideração na decisão de investir em uma ou outra atividade econômica. Como a propensão a consumir é relativamente estável e varia de acordo com o comportamento da renda, é o investimento a var iável- chave que explica a instabilidade do sistema capitalista; é ele que dá o caráter flutuante do nível de atividade eco nômica e, consequentemente, do produto e do emprego. A razão disso, segundo Keynes, reside no comportamento das variáveis que interferem na decisão de investir. Gros so modo, é possível perceber que um conjunto complexo de var iáveis de ordem econômica e psicológica é levado em consideração pelo investidor no momento de investir na ampliação da capacidade produtiva, e assim qualquer indecisão significa postergar o início de uma atividade e, por conseguinte, o crescimento econômico. Partindo do princípio que é necessário primeiro in vestir e depois cobrar o aumento de demanda, vários em presár ios do ramo gráfico maranhense têm procurado ampliar seus parques gráficos e seu pessoal visando aten der este crescimento considerável no Estado, ocupando espaços e ampliando mercados. A reg ional maranhense da Abigraf tem procurado dar esta visão a seus associados, ampliando as informações disponíveis e, em conjunto com o Sindigraf e a Federação das Indústrias do Estado, busca criar pontes que facilitem a capacitação empresarial como um todo. O Maranhão tem um longo caminho a percorrer na es trada do crescimento e bastante tempo a recuperar, porém as condições estão cada vez mais sólidas para este crescimento.
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Oceano amplia capacidade com mais duas rotativas
O
nze milhões de páginas no formato revista por hora. Essa é agora a capacidade instalada da gráfica Oceano, que no dia 3 de março, em Cajamar (SP), apresentou oficialmente ao mercado sua nova impressora offset rotativa com forno. Tratase de uma KBA Comet, capaz de imprimir 37.500 cadernos de 32 páginas por hora.
(E/D) Kai Trapp, diretor de vendas da KBA, e Luiz Cesar Dutra, diretor da Deltagraf
64
“É a primeira a ser instalada na América do Sul”, disse Luiz Cesar Dutra, diretor da Deltagraf, representante da KBA no Brasil. Modelo idêntico está sendo montado na unidade de Criciúma, a Oceano Sul, em Santa Catarina, compondo um parque gráfico rotativo total de oito máquinas, todas KBA . A estrutura de impressão conta com mais duas impressoras offset planas, uma KBA e outra Komori. Os novos equipamentos vêm ao encontro do aumento na demanda tanto dentro REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Fotos/Divulgação
Os equipamentos, instalados em Cajamar e Criciúma, atendem a estratégia da gráfica de aumentar sua participação nos mercados de livros e tabloides.
(E/D) Hercílio de Lourenzi, diretor do Grupo Escala, e Alfried Plöger, diretor corporativo da gráfica Oceano
do próprio Grupo Escala (Editora Escala, Escala Educacional e Larousse), do qual a Oceano faz parte, quanto do mercado. Segundo Hercílio de Lou renzi, diretor do Grupo Escala, hoje 40% da produção da gráfica vem de produtos próprios. “Queremos sair mais para o mercado. Uma boa composição é 30% de produtos próprios e 70% de terceiros”. A expansão dos produtos da casa se deu, sobretudo, com o avanço da Escala Educacional e da Larousse, além dos novos títulos da Editora Escala. Em 2010, a editora lançou, entre outras, as revistas Decorar Mais por Menos e Construir Mais por Menos, voltadas para a chamada nova classe média, publicações que já se encaixam na lista dos 50 títulos mais vendidos em banca. Hoje, a revista de maior sucesso no portfólio da Escala é a Atrevida, que tem vendido 200.000 exemplares por mês. Entre livros, revistas, CDs, DVDs e presentes, o site da Editora Escala disponibiliza mais de quatro mil produtos.
Outro segmento no qual a Oceano marca presença é o de tabloides, mercado extremamente competitivo nas palavras do diretor. “Diferente dos livros, que exigem uma estrutura de acabamento adequada, é fácil competir na área de tabloides. Basta ter uma rotativa. Por isso, as margens são muito baix as. A briga é só por preço. Nem a estrutura logística faz a diferença, pois se eu monto algo hoje, na próxima semana meu concorrente está oferecendo o mesmo serviço”. As tiragens continuam altas, porém cada vez mais quebradas. “Por exemplo, em um pedido de quatro milhões, que segue para várias praças, tenho de fazer 40 acertos de máquina, pois cada reg ião recebe um produto específico. É, na verdade, um pacote de quatro milhões de exemplares dividido em tiragens de 100 mil”. Quand o perguntado sobre as metas da Oceano, Hercílio filosofa: “O caminho se faz ao caminhar”. Completando, relembra a trajetória de crescimento da gráfica desde sua criação, em 1997, que começou com a compra de um terreno de 20.000 m² no município paul ista de Cajamar, no qual foi erguido um prédio de 10.000 m². Atualmente, as instalações dessa unidade ocupam 36.000 m² de área const ruíd a, em uma área de 60.000 m², onde trabalham pouco mais de 300 fun cionár ios. “Nos 19 anos de existência do Grupo Escala, somente em dois deles crescemos menos de 20%. Sabemos que vamos continuar crescendo”. Durante o evento de apresentação da nova impressora, que contou com a presença de Kai Trapp, diretor de vendas da KBA , além de clientes e fornecedores, Kai e Hercílio ressaltaram a parceria entre as empresas. Em 14 anos de gráfica, foram adquiridas 14 impressoras offset, sendo nove rotativas e cinco planas. De acordo com o diretor do Grupo Escala, o custo das duas impressoras Comet, inc luindo os investimentos necessár ios para sua instalação, chegou a cerca de 11 milhões de euros. & OCEANO INDÚSTRIA GRÁFICA E EDITORA Tel. (11) 4446.7000 www.graficaoceano.com.br
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Fotos/Divulgação
Grupo Bignardi
Rentabilidade é o alvo
Para o Grupo Bignardi, 15% é um bom número em se tratando do crescimento para 2011. Porém, a principal meta deste ano, perseguida nas três áreas de atuação do grupo — cadernos, papel reciclado e atacado — é a elevação da rentabilidade do negócio como um todo. Tânia Galluzzi
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Unidade Jundiaí
Grupo Bignardi encerrou 2010 com uma rec eit a de R$ 410 mil hões, cerca de 15% maior do que a registrada no ano anter ior. Empregando 1.100 funcionár ios, o conglomerado conta com uma unidade gráfica em Caieiras para a produção de cadernos, a fábrica de papel em Jund iaí, ambas no Estado de São Pau lo, e a sede do grupo mais as instalações do REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
atacado de mater ial escolar e de escritório na capital paulista. Tanto Caieiras quanto Jund iaí foram alvo de investimentos sig nificativos entre 2008 e 2010, perto dos R$ 90 milhões, visando tornar-se referência em papel reciclado e acelerar ainda mais a produção de cadernos, ambos acompanha dos por programas de treinamento e certi ficações voltadas às práticas de produção ambientalmente sustentáveis. Identificando uma oportunidade de mercado, a Bignardi Papéis mais que do brou a capacidade de produção de papéis reciclados para imprimir e escrever, sal tando de 25 mil para 55 mil toneladas anuais. Já na produção de cadernos o in cremento foi de 40% através da aquisição de uma nova impressora offset e de uma linha de acabamento. Hoje, a gráfica é ca paz de converter três mil toneladas de pa pel por mês. “Estamos concentrados no re torno dos investimentos, na melhoria do
mix das vendas objetivando incremento do preço médio e contínuo foco na otimização dos custos. Esse é o nosso desafio”, afirma Beatriz Bignardi, diretora financeira. A empresa fabrica papéis reciclados des de o final da década de 1990, contudo não em larga escala. Em 2007, quando este pro duto tornou-se um ícone de sustentabilida de, tomou-se a decisão de colocar os dois pés nesse segmento, apoiando-se em ca pacidade produtiva e qualidade. No ano se guinte o produto atingiu o pico de deman da, os preços subiram, a cadeia produtiva desequilibrou-se e os grandes comprado res começaram a buscar alternativas, in clusive na importação de out ros tipos de papéis. Depois de um per íodo de crise eco nômica, de sequencial acomodação e de ajustes, 2010 mostrou-se um ano de recu peração, como comenta o diretor Ivan Du ckur Bignardi. “No ano passado, registra mos um incremento em nossas vendas da
Máquina de papel de Jundiaí
Foto: Roberto Loffel
ordem de 20%, mas a rentabilidade não se guiu o mesmo ritmo, em parte pela eleva ção nos preços da celulose e dos custos de fabricação e em parte pela oferta de papel importado, principalmente da Ásia”. Vale lembrar que a Bignardi Papéis não é uma indústria integrada de papel, comprando celulose do mercado. Um dos instrumentos dos quais ela lan çará mão para ampliar o volume das ven das de papéis reciclados será investir na
(E/D) Ivan Duckur Bignardi, diretor de marketing; José Bignardi Netto, presidente; Beatriz Duckur Bignardi, diretora financeira e Ricardo Duckur Bignardi, diretor comercial
melhoria da divulgação dos princípios da fabricação dos papéis que utilizam essa ma triz de fibras. “É preciso continuar discu tindo sobre o papel reciclado. Por exemplo, nem todos os concorrentes usam o mesmo processo. Muito se fala que o papel recicla do consome mais energia que o de fibra vir gem na sua produção, grande parte decor rente do tratamento das fibras das aparas através dos processos de destintamento e branqueamento. Porém, no nosso processo produtivo, apenas inserimos as fibras reci cladas na composição total das fibras, pas sando-as por um processo de limpeza de contaminantes críticos como plásticos e outros. Essa separação não exige recursos
Máquina de papel de Jundiaí
químicos nem alta demanda de energia e gera apenas um pequeno porcent ual de perdas de fibras”, explica Beatriz Bignardi. A empresa está estudando a aquisição de uma nova planta para tratamento da fi bra de aparas pós-consumo com a finalida de de aumentar o uso de fibras recicladas, superando a determinação da norma NBR 15755/2009 (que determina que o produ to reciclado deva conter pelo menos 50% de mater ial de fibras celulósicas recupera do). “Cabe destacar que um dos principais princ ípios do papel reciclado é o alonga mento do ciclo de vida da matéria-prima que tem como origem a madeira reflores tada”, ressalta a diretora. Segundo Ivan Bignardi, o papel off set reciclado, foco principal da estratégia da empresa, está agora em uma fase de MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
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Máquinas de caderno Bielomatik
Unidade Caieiras
estabilidade e retomada de demanda. É um nicho de 60 mil toneladas a nuais, represen tando 5% do mercado de papel offset para imprimir e escrever, que ao todo consome 1,2 milhão de toneladas por ano. “Nossos maiores clientes são órgãos públicos e cor porações que consomem o papel A4 reci clado nas suas operações administrativas. Temos também gráficas e empresas que utilizam esse papel na elaboração dos ma ter iais de comunicação com seu público e mercado. Igualmente no segmento de mate riais escolares, o papel reciclado tem ganho cont inuamente uma maior participação”. Mercado interno × mercado externo
A Jandaia, marca da empresa na área de ca dernos, também passou por ciclos recen tes de investimento, com foco no aumen to da capacidade e eliminação nos gargalos de produção.
Foto: Roberto Loffel
Sede do grupo e instalações do atacado de material escolar e de escritório, no bairro do Pari, em São Paulo
70 REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Atualmente, todas as fases de produção de cadernos sit uam-se dentro da fábrica em Caieiras. “Tivemos um incremento de 22% no volume de vendas para o mercado interno em 2010, sendo que no exercício anter ior já hav íamos obtido elevação de 7%”, diz o diretor. Em contra ponto, o volume exportado sofreu queda de 20% no ano passado. Ivan Big nardi detalha que a exportação bra sil eir a de cader nos atingiu o teto de 75 mil tone ladas a nuais em 2006 e agora está em 17 mil tonela das. A valorização do real, a depre ciação do dólar, a crise no mercado norte-americano,
principal destino do produto nac ion al, a retomada dos in vestimentos dos fa bricantes loc ais e a concorrência dos fabricantes asiát i cos estão entre os componentes mais re le v a nte s de s se cenário negativo. Mesmo diant e desse panorama, a Bignardi continua buscando meios para manter-se atuante e espera que as exporta ções de cadernos cresçam 17% em 2011, le vando em consideração os sinais positivos da economia nos Estados Unidos. Soman do os resultados dos mercados doméstico e internacional, a expectativa é de uma eleva ção de 12% na venda do produto. De acor do com o executivo, o segmento de cader nos no Brasil representa 150 mil toneladas anuais de papel, das quais, a Jandaia par ticipa com 15%. E a diretora financeira en fatiza: “nosso atual objetivo não é apenas a disputa por market share, mas também a melhoria das margens de rentabilidade”. Da mesma forma, tornar a operação mais rentável encabeça a pauta das equi pes do Atacadão Jandaia. Otimizar a ges tão dos recursos, implantar um site de co mércio eletrônico e aprimorar a divulgação dos serviços oferecidos pela distribuidora são as metas para 2011. BIGNARDI www.grupobignardi.com.br
Jurídico
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esde 1988, o escritório Honda, Estevão Advogados atua no atendimento jurídico de empresas e entidades de classe, nas áreas tributária, trabalhista, cível-societár ia e de comércio exter ior. Um desses clientes é a Abigraf Nacional. “Temos um canal direto com o departamento jurídico da entidade para responder às questões de interesse da categoria/setor”, explica o advogado Hélcio Honda. Além disso, o escritório oferece alguns diferenciais no trabalho prestado, a exemplo dos assuntos relativos ao ex- tarifário. “Há possibilidade de diminuir o custo tributário na importação, bem como o custo legal”, diz Honda. Honda também comenta que o Brasil tem um grande problema de burocracia e carga tributária. “Para tentar soluc ionar este problema foi criado o Simples, que de simples ficou só no nome. O nível de cumprimento de obrigações é quase equivalente ao da grande empresa, o que muda é só a quantidade de documentos que você tem que entregar. Nesse aspecto, nós assessoramos vár ias entidades, além da Abigraf. Um dos trabalhos que fazemos perante o governo é justamente real izar pleitos para que possamos diminuir a insanidade tributária”, explica o advogado. Ele cita o exemplo de um diagnóstico, elaborado junto à Receita Federal, para detectar os entraves e a demora para obter certidões e outros documentos. “Levantamos os problemas e fizemos uma solicitação para humanizar o atendimento, para que o empresário não tivesse que ficar na fila, de madrugada, até conseguir uma senha e ser atendido”, revela Honda, sobre um dos muitos “melindres” da burocracia encontrada nos órgãos públicos. Ele ressalta que, nesse ponto, o papel de uma entidade de classe é fundamental, pois é ela quem pode levantar estes e outros problemas. “Assim, juntos, poderemos encontrar, pelo campo jurídico, as formas adequadas para obter do poder público o atendimento aos anseios e necessidades do setor”. Com uma exper iênc ia de mais de 20 anos, Honda está plenamente qualificado REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Questão legal Atuando como um canal a mais no apoio jurídico ao Sistema Abigraf, o escritório Honda, Estevão Advogados Associados oferece tabelas específicas para alguns serviços.
Hélcio Honda, sócio diretor da Honda, Estevão Advogados
para comentar os temas que estão no cerne dos entraves da atividade produtiva nacio nal. Um deles é a reforma tributária, que, em sua opinião, “não sai do papel por conta de um grande problema: o ICMS, que é est adual e não deveria ser. Além da própria fronteira, pois hoje as operações das empresas ultrapassam os limites de vár ios estados e até do País”. A demora para as reformas, segundo ele, pode ser justificada pela alta arrecadação gerada por tal tributo. “O resultado é que temos 27 sistemas legislativos, com mais de 100 alíquotas diferentes. O ICMS é um imposto sobre o produto e o produto é igual, não deveria ter uma carga diferente em função da localização da empresa. Isso é inconcebível”. Para o advogado, em nível constitucio nal, os ajustes tribut ár ios poder iam ser mínimos. “Nem precisaria chamar de re-
forma, seria muito mais uma reengenha ria, que poderia, por exemplo, promover a unificação dos tributos”. Trata-se do que ele classifica de “pequenos avanços”, e que já significariam uma grande contribuição se fossem implementados. O advogado enxerga como positiva a adoção da tecnologia para algumas obrigações fiscais, a exemplo da certificação digital para emissão da nota fiscal. “A informática mudou muito o cot id iano das empresas e esta migração para a nota eletrônica, para o SPED contábil e fiscal e para a certificação digital é inevitável. Claro que isso acarreta algum tipo de custo, mas é bom para os dois lados: tanto para a Receita, que recebe todas as informações por meio eletrônico, quanto para o empresário, que acaba informatizando a sua base. Quanto mais informação e mais cruzamentos destas tivermos, menos espaço haverá para a informalidade”. No âmbito do comércio internacional, Honda comenta sobre a concorrência entre os produtos nacionais e os importados. Ele menciona as medidas de salvaguarda do mercado, entre elas o antidumping. “É aí que, mais uma vez, a entidade de classe tem um papel fundamental, no sentido de fazer pleitos específicos, que visem à manutenção da competitividade do produto brasileiro”. Na questão trabalhista, o advogado destaca um dos serviços mais comuns do seu escritório, a aud itor ia, que ganha destaque nas empresas, contribuindo para esclarecer mais rapidamente lit íg ios nessa área. “O direito do trabalho deve ser enxergado pelo empresário como um aliado e não como um entrave. A liás, para sobreviver, além de ter um bom produto, uma empresa precisa ter um ótimo gerenc ia mento total, no campo tributário, fiscal, trabalhista, contratual e societár io. É necessário pensar a empresa de uma forma ampla, organizada e preventiva”, pontua o sócio do Honda, Estevão Advogados. HONDA, ESTEVÃO ADVOGADOS www.hondaestevao.com.br
2º Prêmio ABIGRAF de Responsabilidade Socioambiental
As nossas inscrições estão abertas. E as suas chances de ser reconhecido pelo mercado também. Para estimular, cada vez mais, as práticas conscientes para o meio ambiente e a sociedade, a ABIGRAF está realizando a 2ª edição do Prêmio Socioambiental. Em 2009 o prêmio foi um sucesso com a participação de gráficas de diversas regiões do país. Não perca as datas em 2011 e mostre seu “case para o mercado.
INSCREVA-SE. CATEGORIAS
INSCRIÇÕES
O Prêmio ABIGRAF DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL tem duas categorias:
De 17 de janeiro a 18 de abril de 2011
A – Responsabilidade Social
De 25 de abril a 27 de maio de 2011
B – Responsabilidade Ambiental
CERIMÔNIA DE ENTREGA
PREMIAÇÃO
Dia 07 de junho de 2011
As gráficas vencedoras nas duas categorias receberão os seguintes troféus: A – Responsabilidade Social – “Troféu ABIGRAF de Responsabilidade Social Hasso Weiszflog” B – Responsabilidade Ambiental – “Troféu de Responsabilidade Ambiental Orlando Villas Bôas”
Realização:
JULGAMENTO
Patrocínio:
REGULAMENTO E FICHA DE INSCRIÇÃO Estão à disposição no site www.premiosocioambiental.org.br
IMPRESSÕES
Claudio Baronni
Presidente do Conselho Diretivo da ABTG
Sustentabilidade, de novo? Não. Sempre! ssa palavra está sendo encontrada com frequência mais que desejada em toda a comunicação do planeta. Isso acontece pela importância de repensarmos nossa participação na sociedade atual. Vamos partir de um conceito básico que irá nos apoiar no desenvolvimento de nossa ideia. Sustentabilidade, em última instância, coloca a questão da nossa permanência — e da permanência de outras espécies — no planeta, em longo prazo. Considerando algumas situações dramáticas, como no caso das mudanças climáticas, a sustentabilidade não acontecerá sem desconfortos e poderá exigir de nós uma nova visão de mundo, traduzindo um novo esforço de desenvolvimento. Dada a grandeza do problema, temos a sensação de que nada do que pudermos fazer servirá para reverter essa situação. Não é verdade. A soma das pequenas contribuições individuais ou de pequenos grupos é que comporão as ações responsáveis por garantir as condições de sobrevivência necessárias. Devemos desmembrar essa contribuição em três categorias: social, ambiental e econômica. Na nossa indústria gráfica, composta por mais de 20.000 empresas, acumulando mais de 220.000 trabalhadores, devemos enfrentar a obrigação de contribuirmos de forma clara e firme. Seja na condição de proprietário, executivo ou gestor, temos responsabilidade sobre a qualidade de vida de nossos funcionários e, por extensão, de seus familiares e dependentes. A primeira grande contribuição é a atitude didática de inseri‑los nessas transformações, mostrando que, além das ações dentro da empresa, é preciso repensar a vida dentro de seus lares.
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Não nos esqueçamos do aspecto social. Próximo a nossas empresas há um entorno formado por pessoas com necessidades das mais variadas. Na medida do possível, devemos identificar e contribuir para seu atendimento. No aspecto ambiental, precisamos buscar meios de fazermos o mesmo com uma menor quantidade de recursos. Devemos minimizar constantemente o desperdício em todos os aspectos, providenciar reciclagem de tudo o que for possível e procurar zerar emanações gasosas ou efluentes líquidos que comprometam a qualidade do ambiente em nossa volta. Do ponto de vista econômico, temos de garantir em primeiro lugar a obtenção de lucro que garanta a sobrevivência longa de todos que dependem da empresa (proprietário, funcionário, fornecedor, cliente). Muita atenção na relação com os organismos governamentais. Obedecer a leis, regras, regulamentos, procedimentos é fundamental. Maus atos trazem, mais cedo ou mais tarde, consequências negativas. A maioria dessas proposições não é nova, mas reveste‑se de importância crescente e deve ser praticada permanente e incessantemente daqui para todo o sempre. Bom planeta a todos.
claudiobaronni@abril.com.br
Sustentabilidade
Água reciclada Empresas do setor gráfico investem em sistemas ambientais de reúso da água que, além de contribuir com a redução de despesas, ajudam a preservar o meio ambiente.
ados da Organização Mund ial da Saúde (OMS) revelam que apenas 3% de toda a água existente na Terra é consumível — quantidade considerada insuf ic iente para a demanda da população. Desse volume, o Brasil é detentor de 11,6%, dos quais mais da metade está no rio Amazonas. Se a disponibilidade de água para con sumo está aquém do ideal, a situação se tor
Tainá Ianone
Marcelo Morgado, assessor de Meio Ambiente da Sabesp
na alarmante quando se sabe que o uso ra cional ainda é pouco praticado. Para se ter uma ideia da proporção do desperdício, no nosso país o consumo é cinco vezes maior do que o necessário. O quadro é grave e re quer ações imediatas para amenizar os efei tos presentes e futuros do uso desmedido deste recurso natural. Uma das medidas que vem sendo pro pagada mais fortemente é a da reut il iza ção de água, prática adotada por empre sas responsáveis e cientes da importância de promover ações ambientalmente corre tas. Especificamente para esta finalidade, a Sabesp (Companhia de Saneamento Bá sico do Estado de São Paulo) desenvolveu o programa Água de Reúso, voltado para diversos setores produtivos. A iniciativa teve início em 1997, a partir da Estação de Tratamento de Esgotos (ETE) Jesus Netto, no bairro da Mooca, na capital paulista, atendendo a indústria têxtil Coats Corrente, a qual consome 75 mil metros cú bicos de água ao mês. Doze anos mais tar de, a empresa conseg uiu adotar um siste ma que dispensava a ultrafiltração prévia, atestando a qualidade do líquido “recicla MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
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Teddy Lalande, coordenador de Sustentabilidade da Dixie Toga
do”, que passou a ser reaproveitado em suas caldeiras. De acordo com Marcelo Morga do, assessor de Meio Ambiente da Sabesp, a economia de custos gerada pelo reúso da água foi um dos fatores determinantes para a fábrica evitar a migração para polos têx teis do nordeste do País. Hoje, a companhia, responsável pelo abastecimento de 366 municípios no Esta do, fornece água de reúso a partir de cinco estações de tratamento de esgotos na região metropolitana, mas apenas 30% da capa cidade de produção é comercializada, pois ainda não existem empresas interessadas suf icientes. “Por isso, para nós é essencial desenvolver grandes clientes e trabalhar para eliminar tabus em relação a um pro duto que traz ganhos ambientais formidá veis e reduz custos”, declara Marcelo. A Sabesp conta atualment e com 55 clientes ativos e a perspectiva, a partir do momento em que o trabalho de conscienti zação avance, é aumentar a adesão das em presas em todo o Estado. Para quebrar para digmas, são realizados encontros setoriais e promovidas campanhas de marketing. En tre os principais setores que já aderiram ao projeto estão o têxtil, representando 50% dos clientes atendidos, o de papel e celulose e prefeituras municipais, respectivamente, com 30% e 15% do total, ficando o restante distribuído entre vár ios segmentos produ tivos. As empresas gráficas, informa Mar celo, ainda não são usuár ias, apesar de al
gumas delas adotarem técnicas similares em seus parques industriais. Segundo o assessor, um entrave à maior adesão pode ser o custo de frete, pois os ca minhões-tanque de água de reúso são de dicados: não podem ser usados para fins potáveis após utilizados no transporte de água de reúso. “A Sabesp está elaborando, em parceira com a Sansuy, uma solução al ternativa na forma de um contêiner flexí vel em PVC, criado para uso das tropas do exército brasileiro no Hait i, que pode ser transportado em qualquer caminhão de carroceria aberta”, conta. Marcelo informa aind a que em Israel 80% do volume de água é proveniente do reaproveitamento, sendo aplicado, em es pecial, em atividades agrícolas. A Espanha é a segunda nação que mais utiliza o siste ma, com 12% do total consumido pelo país. “Por este motivo, firmamos termos de coo peração mútua com a Mekorot, estatal que fornece serviços de saneamento em Israel, e com a Agbar (Águas de Barcelona), que é a maior companhia espanhola nessa área e a quarta do mundo”. O próximo projeto da Sabesp é o Aqua polo, em parceria com a Odebrecht. Segun do ela, será o maior programa de água de reúso do hemisfério sul e um dos quatro maiores do planeta. Com investimento de R$ 253 milhões, produzirá mil litros por se gundo para o polo petroquímico de Capua va, em Mauá (SP). O líquido será fornecido pela ETE ABC e exigirá um moderno trata mento de polimento, com a tecnologia de ultrafiltração e osmose inversa. Reúso nas gráficas
Estação de tratamento de efluentes da Dixie Toga
76 REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Além de contribuir significativamente para a preservação do meio ambiente, quem uti liza o sistema de reúso tem redução nos custos decorrentes do consumo de água, be nefícios sentidos e comprovados por empre sas do setor gráfico, como a Dixie Toga, a In dústria Serigráfica Tekne, a Bignardi Papéis e a Valid S.A (antiga ABnote). Nesta última, na unidade de Sorocaba, inter ior de São Paulo, o sistema que permite a reut il iza ção da água está em funcionamento desde 2008. A solução, implementada como parte
do programa de gestão ambiental, é utiliza da na área de gráfica e nos sanitár ios. Também em 2008, a Dixie Toga, fabri cante de embalagens, implementou a reu til ização de água na unidade da Rodovia Dutra, em São Paulo. “Do estudo interno até a contratação, transcorreu cerca de um ano. Desde então, aprimoramos o sistema continuamente”, diz Teddy Lalande, coor den ador de Sustentabilidade. A empresa trata e reutiliza, no próprio parque, todos os efluentes daquela filial. “Usamos a água nas descargas dos banheiros, nas torres de resfriamento, na irrigação das áreas verdes e na lavagem das áreas externas”. A inicia tiva teve o objetivo de reduzir os impactos ambientais e, simultaneamente, minimi zar os custos. “Zeramos o lançamento de esgoto e reduzimos o consumo de água em mais de 40%”, afirma Teddy. A eng en heir a civil Hel ois e Lunardi Cout in ho, diretora de Qual id ade e Meio Ambiente da Indústria Serigráfica Tekne (Porto Alegre, RS) e espec ial ista em Ges tão da Qualidade e Ambiental, relata que, em 2003, a empresa começou os estudos de aplicação do sistema Produção mais Limpa (P+L), mas a operação da ETE, com reutili zação parcial da água tratada no processo de gravação e limpeza das telas serigráfi cas, começou a funcionar efetivamente em 2006. O programa foi elaborado em parce ria com o Sindigraf-RS, o Centro Nacional de Tecnolog ias Limpas (CNTL) e o Serviço Brasileiro de A poio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). A necessidade de adap tar as instalações a um sistema de reapro veitamento de água, de acordo com Heloi se, surgiu após a constatação de que o envio dos efluentes líquidos para uma estação de tratamento tornaria a logística muito cara. “Foram feitos diversos testes em laborató rio credenciado com o órgão ambiental lo cal até termos certeza de que o nosso pro grama atenderia aos padrões”, diz ela. Buscando se consolidar dentro do mer cado de papel, com uma linha de reciclado atendendo a norma ABNT NBR 15.755:2009, a Bignardi Papéis entende que é importan te ter também em seu parque fabril ações e práticas sustent áveis objetivando uma produção mais limpa com minimização de
Estação de tratamento de efluentes da Tekne
resíduos. Por isso, desde 2008 foram in corporados equipamentos e sistemas res ponsáveis pela reciclagem de parte signi ficativa da água, reduzindo seu consumo. No último ano, a empresa também adqui riu uma nova ETE, a qual permite o retor no de parte dos efluentes industriais para a Estação de Tratamento de Água, dim i nuindo em cerca de 25% o volume capta do. “Estamos trabalhando para dar uma destinação nobre ao nosso efluente, trans formando-o em subprodutos: água para reúso e o mater ial sólido composto princi palmente de fibras e cargas minerais como matéria prima para outros processos”, de clara Heraldo Salvador Balbuena, coorde nador de Qual id ade e Meio Ambiente da indústria. A água é reutilizada no preparo de novas cargas de fibras de celulose ou de papel reciclado e em outros pontos como refrigeração e chuveiros.
Heloise Lunardi Coutinho, diretora de Qualidade e Meio Ambiente da Tekne
Desafios e benefícios
Na opin ião de Teddy, o principal desafio na implementação do sistema na Dixie Toga foi encontrar uma empresa especia lizada disposta a criar uma solução perso nalizada e a negociar um contrato do tipo build-operate-transfer (BOT) — forma de fi nanciamento de projetos no qual a contra tada financia, projeta, constrói e opera uma instalação mediante uma mensalidade fixa por um período determinado, sendo o siste ma e sua operação poster iormente transfe ridos para a empresa contratante.
77 MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
Conscientização
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Este caderno foi impresso em papel reciclado Eco Millennium 90 g/m², produzido pela Bignardi Papéis
Flotador instalado em 2010 na Bignardi para tratamento dos resíduos da fábrica
Heraldo Balbuena, coordenador de qualidade e meio ambiente da Bignardi
Carlos Affonso d’Albuquerque, diretor financeiro e de relações com investidores da Valid
REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Na Indústria Serigráfica Tekne houve um complexo processo de testes e de de senvolvimento. “Elaboramos um plano com projeto de estação de tratamento de esgo to diferente das trad icionais do mercado, totalmente voltada para o nosso processo, como parte da implantação do P+L”, expli ca Heloise. Analisando o sistema de gestão ambiental como um todo — afora a dimi nuição nos custos operacionais diretos e in diretos —, a engenheira enumera como be nef ícios principais a redução de riscos e do passivo ambiental e de possíveis processos legais relacionados, a melhoria da imagem da empresa, a diminuição da quantidade de resíduos e a geração de empregos, por meio da disponibilização de resíduos sólidos se gregados para serem reciclados. Na Bignardi, a nova ETE entrou em ope ração em setembro de 2010, e permite a se paração do material sólido, que fica suspen so na água do efluente. Heraldo Balbuena explica que o mater ial sólido é separado da água por flotação — método físico/químico de separação sólido/líquido — e é desidra tado em decanters centrífugos para desti nação final correta. A Bignardi tem realiza do testes para aplicação do mater ial sólido em indústrias cerâmicas, de polpa moldada e na compostagem para produção de adu bo utilizado principalmente no cultivo de citros, eucaliptos, cana-de-açúcar, flores e café. “As ações implementadas geraram um corte no consumo específico de água, de 2007 para 2011, de 35%”, diz o coordena dor de Qualidade e Meio Ambiente da fa bricante de papel.
Entretanto, investir em sistemas e tecnolo gias não é o suficiente para obter resultados significativos com ações ambientais: é ne cessário conscientizar a equipe de funcio nár ios. A Dixie Toga coloca, por exemplo, mensagens nos quadros de aviso, promove conversas sobre o tema durante as paradas de produção e aborda o assunto nos treina mentos de integração de funcionár ios. Carlos Affonso d’Albuquerque, dire tor financeiro e de relações com investido res da Valid, conta que disponibilizar in formações aos colaboradores foi uma das prior id ades na implantação do programa ambiental. “Promovemos ações educacio nais, com palestras e treinamentos, para que todos compreendessem a importância da nova política que passava a ser adotada”, diz Carlos Affonso. Esta técnica também foi adotada pela Bignardi no treinamento dos colaboradores. A Tekne promoveu a mudan ça de postura dos funcionár ios, com treina mento sobre gestão ambiental no momen to da contratação e em palestras periódicas. “Treinar as equipes internas para entrega rem as telas isentas de tinta, solventes e fi tas adesivas — algo fundamental ao sistema de reúso de água — foi um grande desafio, mas hoje isto está totalmente absorvido pe las equipes”, afirma Heloise. Água premiada
Como forma de incentivar as empresas atuantes nas ações ambientais, algumas en tidades instituíram prêmios de reconheci mento nesse quesito. Um deles é o Prêmio Abigraf de Responsabilidade Socioambien tal, realizado desde 2009. A premiação, de senvolvida pela Abigraf Nac ion al a cada dois anos, visa estimular práticas corretas nas áreas social e ambiental, no âmbito de toda a indústria gráfica brasileira e também no contexto da sociedade. O concurso, aber to a todos, independente de serem associa dos ou não à entidade, laureou a Indústria Serigráfica Tekne na categoria Ambiental com o case “Imprimindo com consciência e ações ambientais”, no qual constam diver sas iniciativas, entre elas a reutilização par cial da água tratada no processo de lavagem e gravação de telas serigráficas.
Mudar Conceitos.
Repense conceitos, considere o valor da reciclagem. A mudança começa com você.
José Bignardi Netto Presidente - Grupo Bignardi “Eu faço parte dessa mudança”. “Acredito que nossas escolhas no presente podem trazer ganhos para todos no futuro. Por isso, nós da Bignardi fabricamos o papel reciclado Eco Millennium seguindo a norma ABNT NBR 15.755:2009, que orienta a produção de papel reciclado no Brasil. Isso quer dizer que optamos pela produção mais limpa, minimizando a geração de resíduos para o ambiente. Eu já assumi esse compromisso e você pode fazer parte dessa mudança também. Questione seu fornecedor ou fale com a Bignardi e descubra o que ela pode oferecer para seus projetos”.
Solicite uma amostra do papel Eco Millennium pelo site: www.bignardipapeis.com.br ou pelo SAC 0800 109509.
Siga também o Olhar gráfico no blog em www.qu4tro.com.br/blog
OLHAR Revistas nascem e morrem
Revista inglesa, edição de outubro de 1973. Publicada desde 1945.
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Revista norte-americana, edição de 1961. Publicada desde agosto de 1959, redesenhada e modernizada diversas vezes ao longo de sua existência. Mantém-se ativa com a versão impressa e edições digitais.
As revistas, como as estrelas e os humanos, têm seus ciclos de vida: nascem, crescem e um dia se vão. Para aumentar seus ciclos vitais muitas se renovam ou se transformam, em função das mudanças da sociedade – tanto tecnológicas como sociológicas. O redesign quase sempre é realizado para que elas sobrevivam num mercado competitivo e em transformação. Hoje em dia não podemos mais falar apenas em revistas impressas, pois, além das versões digitais com o formato tradicional – que são a maioria das versões existentes hoje para a internet ou para os tablets –, teremos brevemente revistas desenhadas levando em REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Revista inglesa, publicada até 1974 pelo Council of Industrial Design, edição de maio de 1971. Hoje edita o Design Council Magazine. www.designcouncil.org.uk
conta as mais amplas possibilidades dos recursos digitais. Ou seja: teremos revistas que acessarão vídeos, arquivos de Flash, MP3, dados das redes sociais e inúmeras outras coisas ainda não inventadas ou não prontas para consumo. Outras revistas que já existem em quantidade imensurável se chamam blogues. Não aqueles onde todos os textos começam com “Eu acho… Eu penso… Eu gostei…”, mas publicações feitas por equipes que envolvem vários profissionais como, por exemplo, os blogues especializados em design dos dois principais grupos de designers-intelectuais de Nova York: o Design Observer e o Speak Up. O primeiro reúne Michael Bierut, Jessica Helfand,
Primeiro
¶ Cannes Lions Jury President
Luciano Deos, diretor da GAD Branding Design, é o presidente do Júri de Design do Cannes Lions 2011 — Festival de Cannes —, que acontece todo ano em junho na Riviera Francesa. Ele é considerado o maior e mais importante festival de comunicação e criatividade do mundo, contando com a presença de mais de 7.000 delegados e 25.000 inscrições de diversos países.
GRÁFICO Mais um
Marilia Vianna, da Portfólio Design, e a Impresul, de Porto Alegre (RS), publicaram o calendário Rio Grande Rural, com imagens feitas por Fernando Bueno. O calendário tem a colaboração de Marcelo Jacobi e da Meca e apoia a instituição Instituto do Câncer Infantil RS.
Michael Bierut, 21 Grandes Designers e Suas Mentes Criativas considerado por Massimo Revista norte-americana, especializada em design de produtos, edição de setembro de 1970. Publicada de 1954 a 2009, usou nos últimos anos o título I.D.Magazine. Ver mais em www.aiga.org/content.cfm/caplan-id-magazine – 1954-2009
Rick Poynor e Bill Drenttel, e o segundo é dirigido por Armin Vit com a ajuda de personalidades como Debbie Millman e Stefan Sagmeister. Salvo o último, todos estes designers estão envolvidos com o mercado editorial, como autores e editores de livros, revistas, sites e, obviamente, de blogues. Por outro lado, estas experiências acabam gerando produtos impressos em coletâneas de textos, como o livro Seventy-nine Short Essays on Design, de Bierut.
em entrevistas para Debbie Millman, que trabalha na área de design há mais de duas décadas como apresentadora do programa online “Design Matters”, um fórum famoso para discussões e conversas sobre cultura visual. As entrevistas são instigantes, divertidas e revelam o lado escondido da produção de importantes e famosos designers norte-americanos.
Vignelli o maior dos designers norte-americanos dos dias de hoje, reuniu textos curtos do blogue Design Observer no instigante livro Seventy-nine Short Essays on Design. Texto econômico e escrita concisa são usados para fazer um mapeamento das atividades intelectuais e práticas dos designers: “Me considero um designer, não um escritor”, uma forma de dizer que não tem pretensões de dar lições para ninguém. Aproveitemos.
www.rosari.com.br
www.papress.com
81 MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
Última oportunidade Mais uma vez, como diz Alexandre Wollner, perdemos o bonde da história e temos duas marcas ridículas para a Copa do Mundo e para as Olimpíadas a serem realizadas no Brasil ainda nesta década. A oportunidade permitia realizar um projeto brasileiro, baseado em algum tema e subtema da cultura nacional, mas o resultado são marcas que podem ser compradas embaciões como se compram bugigangas chinesas ou suíças. Hugo Kovadloff até explica o resultado em função de um briefing muito detalhado. Então o erro está em quem “brifa” ou no espírito consumista dos tempos atuais. ¶ A pesquisa poderia descobrir ou revelar um design brasileiro, e não apenas feito no Brasil por brasileiros. Um design que certamente já incorporou com talento e qualidade a escola suíça, as modas californianas, os macetes dos softwares alienígenas e toda e qualquer invenção da cultura visual contemporânea e futura. Este design está nas faixas de Procura-se cão perdido, nos panfletos da Madame Natália, que lê as mãos, nas paredes grafitadas, em nossos jornais e revistas, nos sites e blogues, onde milhares de designers expressam uma visão de mundo bem brasileira para brasileiros do mundo todo. ¶ Isto não quer dizer folclorização, banalização, ou soluções de senso comum, sem nenhum estofo cultural e, até mesmo, erudito. Um design que, como nos anos 1960, apontava para as possibilidades de um futuro interessante. Agora que chegamos ao futuro – e nunca dantes uma geração neste país teve essa oportunidade –, os sinais que emitimos são muito semelhantes aos de qualquer lugar do mundo. Não são simples. São tecnicamente competentes. Mas são vazios e atrelados a valores que não representam nossos anseios e vivências. E mais do que isso, não servem para nosso crescimento e para ampliar a visão sobre nós mesmos. Não, não advogamos usar confete e serpentina ou a caipirinha como sinais dessa cultura visual. Nem sabemos que sinais poderiam ser estes se não nos permitem a utopia da imaginação, da pesquisa, da especulação intelectual. ¶ Na década de 1970, poucos lembram, o México, aquele país do Chaves e Chapolin, que por muito tempo consideramos brega, subdesenvolvido como nós, tomou uma decisão estratégica importante para o design: “Não tendo designers preparados para missão tão complexa como havia nas Olimpíadas de 1964 em Tóquio e, depois, em 1972, em Munique, o México importou designers estrangeiros e os colocou sob a direção do mexicano Pedro Ramírez Vázquez. ¶ Ele soube introduzir no projeto dois aspectos contraditórios do México: as raízes pré-hispânicas, indígenas, e a ideia de uma nação moderna. Assim, a identidade do país foi fundida com a do evento: as Olimpíadas daquele ano tornaram-se México 68. O projeto reúne uma linguagem criativa comum: as linhas e uma sensibilidader para a cor. E estes contrastes formais denotam várias contradições da vida e da cultura mexicana: modernidade e antiguidade, desenvolvimento e subdesenvolvimento, machismo e admiração pelo feminino, magia e realismo, monoteísmo e idolatria”.
Depoimento de Daoud Sarandi e Carolina Rivas, na revista Eye.
Projeto de Pedro Ramírez Vázquez com Alfonso Soto Sorio e Eduardo Terrazas. Execução dos designers americanos Peter Murdoch, Lance Wyman, Bob Pellegrini, Michael Gross e Beatrice Trueblood.
¶ Não é o nosso caso: temos grandes profissionais, experiência internacional, escritórios com as mesmas capacidades e criatividade que qualquer “pentagram” do planeta. 82
Poderíamos fazer melhor e visualizar um futuro menos óbvio para nós. Claudio Ferlauto REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
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Formato: 27,5 x 20,5 cm Capa dura e brochura 216 páginas www.devir.com.br
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Álvaro de Moya é autor do livro Vapt-Vupt. REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
jovem artista Alex Raymond, da equi pe de desenhistas do King, desenhou as primeiras tiras diár ias do personagem em janeiro de 1934, acumulando os capítulos do ming ueiros de Flash Gordon e Jim das Selvas. Para essa nova série, Raymond fez parceria com o inovador escritor de romances policiais que re volucionou o gênero, Dashiell Hammett, autor
do livro O Falcão Maltês, imorta lizado no cinema pela inter pretação de Humphrey Bogar t. Hammett escrevia romances e contos crus, violen tos e realistas, resol vidos na força e não pelo rac ioc ín io sher lockiano. Criou até um termo definitivo para descrever essas obras: “hard boiled”.
Nas histór ias, X-9 luta numa selva metropo litana habitada por gigolôs, gangsteres e ban didos de toda espécie, ligados a uma fútil alta sociedade, numa atmosfera de cinismo e deca dência. O trabalho dos dois era tão impressio nante que o personagem, depois de ser aban donado pelos criadores em 1935, cont inuou existindo graças a vár ios artistas, como Austin Briggs, assistente de Raymond, Charles Flan ders, Mel Graff, Al Williamson e George Evans. O sucesso do cultuado detetive lhe valeu um ser iado em 1937 e um filme com Lloyd Bridges em 1945. O personagem teve também um pro grama de rádio na BBC 7, com quatro capítu los. X-9 terminou sua carrei ra na primavera de 1996. Eternizou-se, porém, como nome de es cola de samba no Brasil…
Galeria da SIB - Sociedade dos Ilustradores do Brasil
Autora: FABIANA SHIZUE Título: Ilustração para coleção de capas de cadernos, pastas e agendas. Cliente: Kalunga. Técnica: Ilustração vetorial/Freehand.
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Sociedade dos Ilustradores do Brasil
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ditado popular “uma imagem vale mais do que mil palavras” pode ser melhor traduzido na quele momento em que um anúncio publicitário bem elaborado desper ta interesse em uma expressiva parcela de consumidores. E, se falamos de imagens, não há dúvidas de que uma peça publici tária exibida em um canal de maior alcan ce, como a televisão, é extremamente forte na captação de clientes. Porém, ainda que a tecnologia eletrônica tenha se aprimora do e ganhado reforços interativos nas últi mas décadas, quando os anúncios impres sos empregam um número maior e mais criativo de recursos diferenciados, eles ga nham um charme especial, são atrativos e, claro, eficientes. “Um anúncio especial im pacta mais do que um de página simples. Se tiver algo que aguce a cur iosidade do lei tor, sem dúvida ele vai parar para ver de que se trata”, afirma Sergio Picciarell i Junior, gerente da área de Desenvolvimento de Novos Produtos da Editora Abril. Ele informa que desde o início do século XX há registros de anúncios diferenciados que buscaram alguma forma de interativi dade com o leitor. Entretanto, eles só come çaram a ganhar força na década de 1990, resultado de diversos fatores, entre eles a maior procura por formatos exclusivos e a evolução das tecnolog ias gráficas. “Os pro fissionais de comunicação deixaram de en xergar a mídia impressa como uma plata forma engessada e começaram a explorar suas particularidades e possibilidades”. Este tipo de peça publicitária também tem obtido reconhecimento do mercado, com a conquista de prêm ios nac ionais e internac ionais. Sergio cita que a primei ra grande criaç ão brasileira nessa confi REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Sofisticação de recursos gráficos viabiliza a criação de anúncios impressos cada vez mais elaborados, diversificados e exclusivos. Tainá Ianone
guração, merecedora do Leão de Ouro no festival de Cannes de 1996, foi desenvol vida pela agência AlmapBBDO para o lan çamento do automóvel Audi A8. No anún cio para revista, foi colado um pedaço de velcro que unia as duas metades do encar te e para abri-lo era necessário fazer um es forço extra. A mensagem visava divulgar o sistema exclusivo de aderência do novo modelo da montadora. O gerente da Abril comenta que o apri moramento do mercado gráfico brasileiro contribuiu para reduzir os custos desse tipo de publicidade. Antes, muitos efeitos, como a aplicação de aroma às peças, tinham que ser executados após a impressão do miolo em outro equipamento. Isso elevava os pra zos e o valor nos orçamentos. Hoje é possí vel fazê-los simultaneamente à impressão. “Neste sentido, o Brasil é um dos países mais inovadores. Só no ano passado, tive mos encartes produzidos com asfalto, teci do, tintas que reagem à água, 3D, com papel transfer e papel semente. Há casos cur io sos de peças que puderam ser utilizadas como bafômetro ou bolsa para compres sa”, descreve Sergio, mencionando, respec tivamente, os encartes criados pela Lo ducca para a CCR (revista Quatro Rodas) e pela Lew’Lara/TBWA para a Omint (revis ta Runner’s). Ele acrescenta que a desvan tagem do Brasil em relação a outros países diz respeito à tecnologia, porém, este en trave muitas vezes é superado pela capa
cidade de criar soluções alternativas e pelo conhecimento dos prof issionais gráficos brasileiros. A construção do anúncio
Elaborar uma peça de propaganda com recursos diferenciados exige mais do que apenas a criativ idade da agência e a apro vação do cliente. Muitas vezes, por interfe rir no modelo trad icional de impressão de uma revista, o boneco da proposta deve ser apresentado pela agência à equipe respon sável na editora, que autor izará ou não sua publicação. Por outro lado, há casos em que as ideias surgem da parceria entre editora e agência, ou a própria revista leva uma pro posta inovadora para a agência, como acon teceu com o papel semente usado pela Na tura, em encarte veiculado na revista Veja. Muitos aspectos devem ser considera dos na elaboração de um anúncio bem suce dido. Rodrigo Castellari, diretor de arte da F/Nazca Saatchi & Saatchi, diz que o mais importante é a adequação do conceito do produto. “Não adianta nada ter a mais re cente tecnologia gráfica se esta não for per tinente à mensagem específica”. Na opinião de Paulo Sant’Anna, diretor geral de Mí dia da Taterka Comunicação, os recursos especiais têm que justificar o investimen to. “Quando criamos uma campanha, ras treamos todas as possibilidades que talvez ajudem na tradução do conceito, ainda que para isso tenhamos que recorrer a ideias inéditas em termos de formatos”. Mesmo apresentando resultados ex pressivos, o diretor da Taterka faz uma ressalva de que o anúncio diferenc iado não deve ser excessivamente intrusivo, pois pode resultar no afastamento do pú blico-a lvo. “Por isso, é extremamente im portante que o conteúdo esteja agregado
à mensagem principal”. Mas há quem faça diferente e ultrapasse os limites impostos pelo respeito à mensagem que deve estar embutida no anúncio de um determina do produto. Renato Fernandez, diretor de Arte da AlmapBBDO, revela que o traba lho da agência é atender a necessidade do cliente de um jeito diferente, criando um conceito e mudando uma concepção. Algumas dessas propostas foram cole tadas no livro Encartes Especiais – A Mídia Impressa em Busca de Novas Formas de Comunicar e no site “Anúncios Diferenciados”, ambos produzidos por Sergio Picciarelli e que reúnem as principais propagandas bra sileiras veiculadas com recursos especiais. A seguir, selecionamos cinco dessas peças criadas para campanhas de sucesso.
Homem-Baiacu
(Revista Playboy, edição 426, novembro de 2010)
Desenvolvida pela F/Nazca Saatchi & Saat chi, a campanha intitulada “Skol 360°”, co nhecida pelo conceito de “cerveja que desce redondo”, quis mostrar ao público o estu famento causado pela out ras marcas (as “quadradas”). Além da mensagem, era pre ciso agregar irreverência e bom humor, ca racterísticos das propagandas da empresa. “Foi aí que surgiu a ideia de encartar um Homem-B aiac u que inflava de verdade”, conta Rodrigo Castellari, diretor de arte da agência. A maior dificuldade para a con cretização foi encontrar o mecanismo cer to. “Precisávamos de algo que transmitis se a mensagem e pudesse ser produzido em grande escala”, diz Rodrigo. Após realizar vár ios testes com traqui tanas diferentes, inclusive com mater iais importados da China, a agência encontrou na Plastness Brindes Personalizados a solu ção. “Foi preciso descobrirmos um sistema com rápida expansão do personagem, pois se tratava de um efeito inédito no marke ting promocional”, explica Paulo Eduardo Porlan, diretor da empresa. A peça foi fabricada em laminado de PVC flexível branco (inflável), envolvendo uma espuma de densidade 33 submetida a compressão. Pés e cabeça foram reforçados internamente com películas de PVC rígido. MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
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O artigo final foi obtido por meio de uma operação de solda eletrônica. A opção pelo anúncio diferenciado de correu da necessidade de alto impacto que ele deveria causar, em espec ial por ser o lançamento de um produto relevante para o cliente. “Se o recurso for bem utilizado, de maneira pont ual, a chance de gravar a mensagem na cabeça do consumidor é muito grande”, comenta Rodrigo.
Plante essa ideia
(Revista Veja, edição 2145, 30 de dezembro de 2009)
Tendo como principal política empresar ial a preocupação com a sustentabilidade, a Natura enxergou na proposta apresenta da pela editora Abril e pela Taterka Co municação uma oportunidade de inovar. Com o mote “Plante essa ideia”, o encarte confeccionado em papel semente pôde ser, efetivamente, cultivado pelo leitor: basta va destacar o papel, plantar e após alguns dias nascia uma flor. “Quisemos passar a mensagem para o público-a lvo de ma neir a inovadora e impactante”, explica Paulo Sant’Anna. O grande desafio da ONG Papel Soli dário, produtora do substrato, foi a fabri cação de papel suf iciente para uma grande
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tiragem, tendo em vista que todo o proces so de confecção é artesanal e depende de condições climáticas. Com as mesmas ca racterísticas de um mater ial reciclado ar tesanalmente, o papel usado no anúncio recebeu sementes diversas durante o pro cesso de fabricação, as quais permitiram germinar plantas e flores.
Abaixo de zero
(Revista Veja, edição 2124, 5 de agosto de 2009)
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Para o lançamento da cerveja duplamen te filtrada a menos 2°C, a Antarctica Sub Zero, a AlmapBBDO procurou por estímu los visuais capazes de mostrar que o pro duto era mais gelado do que os demais en contrados no mercado. A campanha, criada para distribuição em vár ias míd ias, preci sava de uma solução marcante para os veí culos impressos. “Ao invés de colocar um substrato de tecido, que é a opção de mui tas marcas, colocamos uma tinta simboli zando uma camada de gelo”, conta Renato Fernandez, diretor de Arte da agência e um dos responsáveis pelo projeto. A tinta, com aspecto de gelo, quan do raspada, permitia ao leitor visualizar a garrafa toda. Como não existia no merca do uma tinta para “raspadinha” — a mes REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
ma utilizada em loter ias — na cor branca, a AlmapBBDO, em parceria com a Burti, pre cisou desenvolver a tecnologia necessária. José Carlos Pier ina, diretor de Qualidade da gráfica, relata que foi preciso criar uma massa raspável modulável e delicada, so bre uma grande área de impressão, porque, normalmente, as massas raspáveis são apli cadas em serigrafia ou flexografia — resul tado que demorou um mês para ser alcança do. O encarte foi impresso em papel couché 170 g/m² com tintas offset convencionais e UV. “A impressão foi feita em offset, com aplicação de verniz UV antes da aplicação da tinta raspável”, descreve José Carlos. “Ao invés de fazer um anúncio que simples mente comunica o fato, quisemos chamar o leitor para interagir”, completa Renato.
Bolachas de chopp
(Revista Vip, edição 286, janeiro de 2009)
Mais conhecida como uma cerveja de con sumo ind iv idual, no lançamento de sua garrafa de 600 ml, a Heineken trabalhou com a Fischer+Fala!, que optou por posicio nar a marca como “a Heineken para divi dir”, elaborando uma página com seis bola chas de chopp destacáveis, comenta Rafael Merel, diretor de criação da agência.
O encarte impresso pela gráfica Wäs che usou como substrato o cartão liner ex tra absorvente, produto exclusivo da em presa. Tadeu Luiz Ferreira Barsoti, diretor de Criação da gráfica, conta que o entrave nesse trabalho foi o fato de não poder usar faca de corte e vinco normal, pois a página desmontaria. A saída foi desenvolver uma ferramenta de corte com extrator, que pos sibilitou a união das bolachas. Além da so lução alternativa, chamou a atenção a agi lidade da Wäsche: toda a produção levou apenas seis dias, tendo sido os produtos entregues na editora no sétimo dia.
Carro de brinquedo
(Revista Claudia, edição 579, dezembro de 2009)
A campanha da Chevrolet para o lança mento do modelo 2010 da Zafira foi inspi rada nos chamados paper toys, brinquedos de papel destacáveis e dobráveis. “Procura mos traduzir o conceito de que ‘cabe tudo e todos’, o slogan do automóvel, em uma peça didática e divertida, mostrando as vanta gens de comprar o veículo com o maior es paço interno da categoria”, explica Paulo Garcia, diretor de arte da WMcCann. Antes do resultado final, a agência e a gráfica Burti real izaram inúmeros testes,
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até conseguir uma faca para um ajuste per feito no travamento da montagem do car ro. “A Burti, com prof issional ismo impe cável, tornou viável a nossa ideia”, revela Paulo. O paper toy foi impresso em papel couché 230 g/m² e empastado com corte especial no final. “Considero que anúncios que geram interação do consumidor com o produto, da maneira inovadora como a que conseguimos com a Zafira, terão sem pre um impacto m aior, pois prendem a atenção por muito mais tempo em com paração às propagandas tradicionais”, diz o diretor da WMcCann. Mídias combinadas
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Com a disputa cada vez mais ferrenha com as novas mídias eletrônicas, as publicações impressas procuraram se valer de todos os recursos disponíveis para inovar e garan tir seu espaço. A comprovação pode estar em algumas exper iências com a integração entre analógico e digital que caracteriza alguns anúncios diferenciados A edição de dezembro de 2009 da re vista Recreio, da editora Abril, trouxe a no vidade da real id ade aument ad a na capa. De acordo com Sergio Picciarelli, o recur so não tem impacto na parte gráfica, pois é impresso apenas um código para acesso, via internet. O leitor aponta o código para a webcam de seu computador e visualiza a animação. O recurso também foi utilizado REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
na capa e em diversas páginas de uma das edições da revista Veja, de junho de 2010. Outra inovação foi criad a e patentea da pela empresa norte-americana Ameri chip: a tecnologia video-in-print (VIP), que permite a exibição de até cinco vídeos em uma página de revista por meio de uma tela de LCD com 2,4 polegadas. A primei ra publicação no mundo a aplicar o recur so foi a Entertainment Weekly, em parceria com a Pepsi e a CBS. “O VIP não é tão usa do devido ao alto custo, uma vez que a tec nologia de chips, memória e LCD não são produzidas no País”, esclarece Sérgio. Mais uma marca da convergência entre as mídias foi mostrada em recente divulga ção da Volkswagen norueguesa. O primeiro test drive por meio de um encarte impres so foi possível graças à interligação com um aplicativo para iPhone. No anúncio im presso, com a imagem de uma pista, o leitor desliza seu celular com um aplicativo que reproduz a imagem do automóvel e “expe rimenta” três características deste: o sen sor, que ajuda a mantê-lo na pista (o smart phone vibra quando o usuár io ultrapassa os limites), os faróis, que acompanham as cur vas do impresso, e o controle de segurança, que mantém o veículo afastado dos que es tão à sua frente. A propaganda foi veiculada em jornais e revistas norueguesas e permi tia até mesmo escolher pistas nas versões “verão” ou “inverno”.
Estas possibilidades de coex istênc ia e o investimento em tecnologia de produção feito por gráficas de todo o mundo podem ser a prova maior de que a publicidade im pressa está longe da extinção. No entanto, o relatório State of Media Annual, do Poynter Institute (EUA), divulgado em março, con firma a tendência de migração dos meios offline para o online. No ano passado, pela primeira vez, o faturamento da publicida de online superou o dos jornais impressos. O setor cresceu 13,9% entre 2009 e 2010, com um volume total de US$ 25,8 bilhões. Por isso mesmo, Sergio Picciarelli avalia que será inevitável uma migração da audiência e da verba das comunicações impressas para o digital. “As duas míd ias conviverão lado a lado por um bom tempo, a grande questão será manter o anúncio impresso competiti vo e atraente perante as mídias digitais”, diz. Os pub lic it ár ios Rodrigo Castella ri, da F/Nazca Saatc hi & Saatc hi, e Re nato Fernandez, da AlmapBBDO, ressal tam que existe um forte desejo, por parte dos clientes, de que seus produtos sobres saiam em anúncios engenhosos e diferen tes. “Não adianta fazer o básico e virar pai sagem”, pontua Rodrigo. Rafael Merel, da Fischer+Fala!, também acredita na continui dade dos impressos e, para ele, a publicida de diferenciada terá um papel fundamental. “Através dela podemos reinventar o meio. A criativ idade é o limite”, declara.
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Arte e história da indústria gráfica em bondes e garrafas Cartazes de propaganda e rótulos de cachaça foram temas de mostras do Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, com a proposta de apresentar os caminhos do design gráfico até os dias de hoje. Ada Caperuto
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á foi dito certa vez que os impressos gráficos são uma espécie de presença invisível em nossas vidas. Estão por toda a parte, mas quase não percebemos a sua importância. Mais do que isso, o mundo gráfico também tem sua dimensão de arte e de história. Estes dois aspectos são o foco de exposições promovidas pelo Instituto Tomie Ohtake, na capital paul ista, com a série “Anônimos e artistas”,
que será concluída em 2012 e tem o objetivo de apresentar diferentes formas de produzir peças gráficas, desde as mais ingênuas e artesanais até os dias de hoje, com o que chamamos de design. Em 10 de abril encerraram-se duas dessas mostras: “Veja ilustre passageiro: o Atelier Mirga e os cartazes de bonde” e “Caprichosamente engarrafada: rótulos de cachaça”. A primeira reun iu cerca de 300 cartazes de bonde criados pelo Atel ier Mirga, de Henrique Mirgalowski, que, no per íodo entre 1928
e 1970, produziu mais de oito mil impressos desse tipo. A mosta teve curadoria de Norberto Gaudêncio Junior, designer gráfico, professor do Istituto Europeo di Design e da Universidade Mackenzie e coordenador de conteúdo do curso de pós-graduação em Produção e Planejamento de Mídia Impressa da Escola Senai Theobaldo De Nigris, além de autor de livros e de dissertação sobre o tema. A mostra remete à época dos “reclames” e retrata a passagem de uma publicidade aind a empírica para uma prática que se pretendia pro fissionalizada, principalmente a partir do estabelecimento das agências norte-americanas em nosso país. É como está no célebre anúncio que dá nome à exposição, fei to para o Rhum Creosota do, uma espécie de xarope, cujo texto dizia: “Veja ilustre passageiro, o belo tipo faceiro que o senhor tem ao seu lado. E, no entanto, acredite, quase morreu de bronquite. Salvou-o o Rhum Creosotado”. Era, de acordo com Norberto, uma propaganda improvisada, que anunc iav a de tudo e que ganhou o inte rior dos bondes por volta de 1908, quando a Companhia Light and Power decidiu co merc ial iz ar o espaço para a veiculação de publicidade. Ela
cedia o direito de exploração às agênc ias ou empresas de publicidade, sendo a mais destacada delas a Companhia dos An nuncios em Bonds, que reunia um grupo de artistas chef iados pelo polonês Henrique Mirgalowsky. “Mirga”, como era conhecido, trocou a intenção de migrar de seu país natal, a Polônia, então vivendo os horrores da Primeir a Guerra Mundial, para os Estados Unidos, após uma breve parada no Rio de Janeiro. Encantado
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com a cidade, ele decidiu montar ali uma grá fica. No final da década de 1920, os problemas com o sócio no empreend imento o levaram a aceitar o convite para assumir a chefia de arte da Companhia dos Annuncios em Bonds, com a qual colaborava per iod ic amente. O artista foi o responsável pela formação de prof issio nais que são considerados os primeiros publi citár ios brasileiros, como Wilson Limongelli, que se tornou seu aprendiz mais próximo e por um per íodo mais longo. Afinal, como eram os cartazes de bonde? Em termos visuais, segundo Norberto, de um modo geral, havia duas tendências principais. A primeir a era o modernismo europ eu, so bretudo a escola francesa, com cartazes ex tremamente “gráficos”, com traços simples e poucos elementos visuais, em que as figuras chegam ao limite da abstração. A segunda ten dência apoia-se na antiga publicidade anglo- americana, em que o texto, aind a que se trate apenas de um cartaz, cum pre um papel tão importan te quanto a imagem. Ele revela que o Atel ier Mirga contava com uma ótima estrutura, sempre com cerca de 8 a 10 de senhistas com diferentes níveis de especial izações. Havia, também, um de partamento de prospec ção na companhia, com os corretores que saíam para vender os anúncios aos clientes mais diver sos, de grandes marcas para estabelecimentos comerc iais instalados nos trajetos dos bon des. De uma maneira geral, o corretor tra zia o pedido, algumas vezes com a criaç ão já “feit a” pelo clien te, principalmente os textos (não havia na companhia uma equipe de redatores). Era então real izado um croqui, reduzi do, a guache para a primeira aprovação. Feitos os ajustes necessár ios, seg uia-se a arte-f inal,
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também a guache, mas com um preciosismo e detalhamento maior do que o do croqui e já no tamanho real do cartaz. Essa arte final era en viada para a litografia contratada — a Compa nhia Lithographica Ypiranga foi um dos prin cipais fornecedores —, que transpunha a arte para as pedras. Tudo dependia do talento dos artistas litógrafos que interpretavam a arte- f inal da maneira mais fiel possível. “Segundo testemunho dos desenhistas do Atel ier Mirga que entrevistei, não havia nenhum processo fo tográfico para esta tarefa. A partir da década de 1960, a litografia foi gradualmente substituída pela serigrafia”, informa Norberto. De acordo com o curador, o substrato pare ce ser um papel tipo monolúcido de baixa quali dade. “Deve-se a isso o precário estado de con servação dos poucos cartazes sobreviventes”. Os anúncios de bonde div id iam-se em diver sas categor ias, de acordo com seu posic iona mento e formato. Havia o cartaz de platafor ma, externo, localizado abaixo do condutor, e os cartazes internos, com diversos formatos e medidas: moldura (28 × 108 cm), lateral (35 × 50 cm), coluna (15 × 87 cm), quadro (35 × 50 cm) e meio quadro (14,5 × 58,5 cm). Despedida
Em 27 de março de 1968 foi feita a última via gem de um bonde paulistano, cobrindo um tra jeto da Praça da Sé até o bairro de Santo Ama ro. Naquele ano faleceu Henrique Mirgalowsky, vitimado por um atropelamento. Os cartazes de bonde migraram para os ônibus da CMTC – Companhia Municipal de Transportes Coleti vos (empresa pública que, desde 1947, assumi ra o controle de toda a operação de bondes de São Paulo). Porém, em 1970, a Companhia dos Annuncios em Bonds encerrou suas atividades e dispensou seus desenhistas. Foi o fim desse tipo de publicidade. “Em minha opinião, havia na ambiência do bonde, em seu vagar, certa per meabilidade com a vida urbana da cidade, que tornava essa mídia mais efetiva, captando e ca tivando a atenção do passageiro. O ônibus já re presenta uma fase mais agressiva do transporte urbano”, diz Norberto. O curador destaca como mais interessante de toda a produção do Atelier Mirga a produção
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inicial, nas décadas de 1930 e 1940, quando Henrique Mirgalowski se envolvia mais dire tamente na criação e no desenho, como as pe ças feitas para o Café Paraventi, Café da Metró pole, Assucar Leblon e Óleo Vida. “São cartazes ‘gráficos’, com figuras sintetizadas, algumas ca ricatas ou próximas da abstração. Com o avan ço da estética publicitária norte-a mericana, mais afeit a à ilustração real ist a de pessoas, perde-se um pouco desta ‘pegada cartazística’, e aproxima-se de uma uniformização visual encontrada nos anúncios de revista”. Caprichosamente engarrafada
Bebida oficial do País, ela tem muitos nomes, mas “cachaça” é estabelecido por lei — inst i tuída pelo Decreto n º‒ 4.851, de 2003. Porém, os vár ios nomes pelos quais a “marvada” é co nhecida Brasil adentro é que permitem a sin gularidade de alguns rótulos que integraram a mostra “Caprichosamente engarrafada: ró tulos de cachaça”, cuja proposta foi apresentar
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as var iações gráficas e de design dos pequenos retângulos de papel que convidam ao consumo da bebida, presente nos mais diversos círculos urbanos e rurais do País. Foram expostos cer ca de 400 rótulos, além de pedras litográficas, que fazem parte das coleções do designer grá fico e pesquisador car ioca Egeu Laus, curador da exibição e do extenso acervo da Fundação Joaquim Nabuco, órgão federal sediado em Re cife (PE), o maior centro de estudos sociais do nordeste brasileiro. Com uma provocante reunião de rótulos, impression antes por sua capacidade de cha mar do mais rico ao mais pobre a comparti lhar um gole, a exposição buscou compreender o brasileiro, sua identidade e sua relação com a modernidade. Muitas vezes o rótulo era ideal izado pelo próprio dono do alambique e a gráfica apenas o imprimia; nout ras, a gráfica desenvolvia e apresentava o desenho final já impresso com tipos móveis ou na matriz que seria impressa. No entanto, o importante e interessante de se notar é que, ao contrário do que vemos em ou tros produtos, os rótulos de pinga são uma cria ção nacional que, imitando nosso próprio meio social, aceita inf luências distintas e as reúne de maneira harmônica em uma fala única de sedu ção. Na mesa de desenho dos inúmeros respon sáveis pelos rótulos de cachaça escoou e ainda escoa um pensamento que se apropria livremen te de santos em imagens e tipog raf ias, assim como de cores chamativas e mulheres estereo tipadas em trocadilhos para comunicar a toda a população, e, nesse ínterim, articular o que hoje chamar íamos de “uma certa brasilidade”. No texto do catálogo da mostra, Laus, hoje secretário adjunto da Cultura de Nova Iguaçu (RJ), afirma que, em uma sobreposição de ima gens e ideias, algumas vezes até mesmo este reótipos, o rótulo de cachaça parece falar sobre algo que percorre o País de norte a sul: o imagi nário brasileiro, com todas as suas sereias, ín dios, animais, santos e brincadeiras. “Se pres tarmos atenção, cada um desses rótulos será uma pequena linha do barroco brasileiro que sobrevive em nossa vida e se mostra de manei ra intuitiva nessas peças tão simples, resulta do direto das máquinas litográficas, serigráfi cas e de prensas tipográficas. Estes rótulos têm origem puramente brasileira e harmonizam imagens e textos tão diferentes entre si, numa fala única de sedução.”
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Texto e fotos
Tânia Galluzzi*
D u a s m i l e quatrocentas pes soas par ticipa ram da Dscoop 6, sendo 260 latino- americanos, entre eles 85 clientes e possíveis clientes brasileiros. Mas a preoc upaç ão dos diretores da Ds coop não é com a quantidade, e sim com a qualidade das informações, (E/D) Fernando Alperowitch, diretor da HP Indigo e Soluções InkJet para a América como comentou Latina; Sérgio Vieira, diretor de Marketing de Artes Gráficas e Juan Miguel B, gerente de Soluções InkJet para a América Latina S u s a n M o o r e , posição de produtos, tanto a HP quanto os membro da diretoria do grupo, durante al dem ais fornecedores estão proibidos de moço com a imprensa. Uma das fundadoras real izar vendas. Por isso, o evento é enca da cooperativa e presidente da Digital Prin rado como uma “poderosa ferramenta de ting & Image, empresa de 26 funcionár ios e desenvolvimento de mercado, e não de ven quatro impressoras HP localizada no estado das”, nas palavras de Fernando Alperowi da Geórg ia (EUA), ela afirmou que educar o tch, diretor da HP Indigo e Soluções Inkjet cliente ainda é o maior desafio para quem se dedica à impressão digital. para a América Latina. A conferência já rompeu as barreiras norte-americanas. No ano passado, além de Israel, onde fica a sede da HP, a Coreia foi escolhida para acolher a primeira Dscoop Ásia. E a diretoria reg ional da HP aprovei tou o evento em Orlando para lançar a Ds coop América Latina. “A Dscoop é autônoma e vai além da conferência, envolvendo fó runs e treinamentos, entre outras ativida des. A decisão de quando, onde e como será realizada a conferência será do grupo”, disse Alperowitch. Um primeiro núcleo com seis integrantes está sendo formado, dos quais dois são brasileiros e dois mexicanos. No encontro com a imprensa, a dire toria reg ional da HP anunciou também o início das vendas de sua linha de impres soras rotativas jato de tinta na América La tina, composta pelos modelos T200, T300 e
Avanço da impressão digital O programa da Dscoop 6 ofereceu aos par ticipantes mais de 120 palestras e workshops, além da área de exposição, com a participa ção de 94 empresas. Fora a HP , estiveram lá fornecedores de soluções para impressão comercial, marketing direto, grandes forma tos, rótulos e embalagens, fotografia, para o segmento editorial e de substratos. Entre os palestrantes, um bras il eir o, Hamilton Terni Costa, diretor geral da AN consulting, que fez duas apresentações debatendo como aprimorar o processo de venda da impressão digital e as tendências e oportunidades na América Latina. Uma das sessões com maior audiên cia foi a apresentada por Alon Bar-Shany, vice-presidente e gerente geral da HP In digo, que falou sobre o futuro da indústria
gráfica. Embasado por uma série de pesquisas, para o executivo esse cenário será ocupado pela impressão digital e orquestrado pelos que hoje são chamados de países emergentes. Depois de lembrar os prin cipais acontecimentos mun diais no passado recente, Bar- Shany apresentou um panorama da indústria gráfica norte-americana. Ele mostrou que os preços praticados pelo setor continuaram a cair em 2010, em um movimento que teve início do final de 2008, enquanto a renta bilidade das gráficas começou lentamente a se recuperar no início do ano passado. Apesar do impacto da crise, a ocupação da
Alon Bar-Shany, vice-presidente e gerente geral da HP Indigo
T350. A linha oferece impressão sob deman
da com qualidade e baixos custos, voltada para os segmentos editor ial, transpromo cional e de marketing direto. A comerciali zação será feita através dos canais de ven da já existentes e a assistência técnica será prestada pela própria HP. Depois do lançamento na Drupa 2008, as primeiras instalações de equipamentos desta linha foram feitas nos Estados Uni dos e na Europa, com um total de 26 im pressoras T300 comercializadas até agora. A expectativa da HP para 2011, segundo
Fernando Alperowitch, é a venda de pelo menos duas unidades da família Inkjet Web Press para clientes brasileiros e uma máqui na para o México. A T200 é um equipamen to quatro cores, formato 521 mm, que im prime até 821 páginas por minuto em A4. A T300 tem largura de 762 mm e velocida de máxima de 122 metros, enquanto a T350 imprime até 182 metros por minuto. Questionados sobre a possibilidade de canibalização da linha Indigo, que usa tec nologia de toner líquido, pelas impresso ras rotativas jato de tinta, os diretores da
capacidade instalada manteve-se alta entre 2007 e 2010, com pico de 100% em 2007 e 77% de ocupação no ano passado. A parti cipação da impressão comercial do país na economia mundial, em contrapartida, tende a cair 37% nos próximos cinco anos. Abrindo o foco para o mundo, nesse mesmo intervalo de tempo, os clientes HP dobraram o número de páginas impressas em equipamentos Indigo. Em dezembro de 2010 atingiu-se o recorde de três bi lhões de impressões. Encabeça a lista de aplicações o segmento transpromocional, no qual as páginas impressas em máqui nas Indigo subiram 46% em 2010; o de fotografia, com 35% de aumento; rótulos e embalagens, com 31%; editorial, com 21%; e impressão comercial, com 20%. Tendo ao fundo a citação de Benny Landa, fundador da Indigo, que afirmou nos primórdios da tecnologia digital que “tudo que pode se tornar digital vai se tornar digital e a im pressão não é uma exceção”, Bar-Shany projetou que em 2016 o volume de páginas impressas por clientes HP Indigo chegará a impressionantes 100 bilhões.
HP América Latina descartaram essa i deia.
“Para nós uma tecnologia complementa a outra e tudo vai depender do produto que se quer imprimir”, disse Sérgio Vieira, diretor de Marketing de Artes Gráficas. “Se existe um ponto de intersecção entre os mercados atendidos pelas duas linhas, ele é peque no.” Produtos que exigem alta qualidade, perfeit a cobertura da tinta e flexibilida de no uso de substratos estar iam destina dos às impressoras HP Indigo. Quando se pensa em altos volumes e grandes forma tos, a indicação seria a linha jato de tinta. MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
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T400, a primeira impressora digital colorida de 42 polegadas do mundo Exatamente um mês depois da Dscoop 6, no dia 16 de março, a HP lançou, em um evento para a imprensa em Los Angeles (EUA ), mais um modelo da linha Inkjet Web Press, apre sentada como a primeira impressora digital colorida comercial do mundo com formato de 42 polegadas (1.066,8 mm). Com velocidade de 183 metros por minuto, a HP T400 imprime até 5.200 páginas no formato carta por minu to, cerca de 44% mais do que a solução mais
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*A jornalista foi a Orlando a convite da HP.
“O próprio consumidor é quem dirá: eu quero mudar”
m sua apresentação na Dscoop 6, um dos princ ipais nomes da HP, Vyomesh Joshi, vice-p residente executivo da Divisão de Imagem e Impres são, afirmou que a cada ano 200 bilhões de páginas estão migrando dos processos analógicos para os dig itais. Esse foi o pri meiro assunto da entrevista coletiva con cedida pelo executivo durante a Dscoop 6. Veja a seguir os principais trechos.
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próxima oferecida pela concorrência, segundo a própria HP . “Com mais de 25 instalações em todo o mundo, nossos sistemas de impressão rotativa jato de tinta estão mudando a dinâmica de negócios de aplicações como publicações, malas diretas e transpromo”, disse Christopher Morgan, vice-presidente sênior de Soluções Gráficas da HP . “Com a significativa capacida de produtiva que a T400 oferece, os clientes podem agora entrar em um mundo de perso nalização em massa, tirando proveito do cres cimento substancial de novas oportunidades”.
A HP T400 utiliza as novas tin tas HP A50 , que trabalham com os também novos cabeçotes de impressão HP A10 , cujo design compacto traz 1.200 nozzles por polegada. Novos controles de tensão do papel e de secagem prometem garantir produtividade confiável, rápida e consistente. O equipa mento é capaz de rodar substratos entre 40 e 200 g/m², com configuração opcional para até 350 g/m². Para a T400 , a HP tem como alvo os segmentos de livros, jornais, malas diretas, impressos transacionais e impressão comercial de alto volume.
Como a HP vê o mercado latino-americano e, mais especificamente, o Brasil? VJ – Eu considero que o Brasil representa uma grande oportunidade para a expan são dos negócios. A Indigo já é extrema mente bem sucedida no Brasil e vai con tinuar a ser. Um fator positivo sobre o
nolog ias ultrapassadas. É como um celu lar. Você não precisa mais de um aparelho fixo. Você passa por cima disso. É isso que acho que vai acontecer na América Latina. Os países vão pular etapas.
Qual a sua projeção com relação à substitui ção dos sistemas analógicos pelos dig itais? Vyomesh Joshi – Essa é uma previsão pe rigosa. O que posso dizer é que o processo analógico continua a cair, certo? E o digi tal vai continuar a crescer. Em 100 anos, meu palpite é de que tudo será digital. No prazo de vinte anos, a mudança já será sig nificativa. Afinal, não há dúvidas de que o digital veio para ficar.
Como o senhor vê a parceria entre fornece dores tradicionais de impressão e de tecno logia digital? VJ – Uma das áreas mais afeitas a parce rias é a de acabamento. Não é só imprimir a etiqueta, é preciso cortá-la, por exemplo. Existe uma necessidade real de parceria entre a impressão digital e o acabamen to. É necessário acompanhar a produti vidade, pois o processo digital será muito mais rápido do que o acabamento em si. Outra área em que pode haver parcer ias é em soluções híbridas, como a colocação de dispositivos jato de tinta em sistemas analógicos de impressão.
O volume de 200 bilhões de páginas por ano é um grande número?. VJ – Sim, é muito grande. Posso garantir esse número para a impressão digital ro tativa. Toda impressora digital rotativa pode fazer de 25 a 70 milhões de páginas por mês. Se fizermos uma média de 50 mi lhões por mês, são 600 milhões de páginas por ano. E isso com apenas uma impres sora. Porém, o mais importante é come çar pelo consumidor. É preciso enxergar as oportunidades. O próprio consumidor é quem dirá: “eu quero mudar”.
A HP planeja parcer ias com fabricantes de impressoras offset em um futuro próximo? VJ – Estamos sempre abertos a parcer ias. De qualquer forma, tem de ser um acordo de ganho mútuo. Mas estamos mais fo cados na área de acabamento. Temos vá rios parceiros nesse setor e vamos conti nuar estabelecendo parcer ias. Essa é uma exigência dos consumidores. Para a im pressão podemos usar as soluções híbri das. Mas para um processo que vai além disso pensamos que a melhor alternativa é usar o sistema digital.
REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Vyomesh Joshi, vice-presidente executivo da Divisão de Imagem e Impressão
Brasil é que é um mercado que se expres sa emoc ion almente e as fotos são uma boa maneira de contar histór ias. Então, se pensarmos em álbuns de fotog raf ias e fotolivros, por exemplo, temos um mer cado imenso. Uma vantagem nesse ramo de imagem é o fato de ser possível pular etapas. Não é necessário investir em tec
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Nilton Souza 3
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Foto: Maria Teresa
F OTOG R A F I A
“Uma cidade nasce plantada no chão com seus fogos, gentes e labirintos, mas é aérea do bojo de um helicóptero e o olho da câmera de Nilton Souza”. Trecho do poema Suspiração, de Fernando da Rocha Peres. Tânia Galluzzi
1 Igreja e Mosteiro de São Bento, 2007 2 Bairro do Comércio e Forte São Marcelo, 2007 3 Cidade do Salvador, 2010
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Técnica e emoção
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uas coisas chamam de imed ia to a atenção quando se olha para uma fotografia de Nilton Souza: a qualidade da imagem e a emo ção que ela provoca. Não há um único ponto no qual a definição não seja abso luta, as cores são vívidas, cristalinas, a técnica apurada mostra a que veio. Em uníssono, a be leza dos espaços amplos proporcionados pela fo tografia aérea impressiona, impacta 5 ao tirar o véu que limita nosso olhar cotidiano, revelando harmonia e con trastes entre a arquitetura do homem e a engenhosidade da natureza. Fotógrafo prof iss ion al há 35 anos, o baiano Nilton Souza, 60, co meçou a se interessar por fotogra fia aos 16. Aos 22 anos trabalhava na parte administrativa do escritó rio de uma construtora quando con quistou seu primeiro cliente. “Fui re
4 Saveiros, 2009 5 Pesca em Praia de Piatã, 2007 6 Igreja de Nossa Senhora da Penha de França, Cidade Baixa, 2007
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ceber uma quantia e vi na parede algumas fotos da construção de uma plataforma para explora ção de petróleo. Disse que podia fazer melhor, eles pagaram para ver e acabei acertando um contrato de dois anos e adeus emprego”, conta Nilton. Depois disso veio o polo petroquímico de Camaçari (BA), viagens para obras e proje tos em vár ios pontos do País e a especialização na fotografia aérea, industrial e de arquitetura. “Não há outra maneira de retratar a grand iosi dade de obras como uma hidrelétrica no Mato Grosso, uma refinaria no Recôncavo Baiano ou uma estrada de ferro na Serra dos Carajás a não ser a muitos metros de altura”. No começo, os pequenos aviões Cessna asa alta eram os meios mais usados. Janela aber ta ou mesmo a porta retirada, lá ia Nilton ver o mundo do céu. “A concentração tem de ser tão grande que não dá tempo para ter medo”, diz o fotógrafo. Principalmente décadas atrás, quan do a hora de voo era caríssima e o processo ana lógico mais limitante. Hoje, a maior parte do trabalho é feita de helicóptero e as condições ideais dependem do tempo e da fina sintonia com o piloto. “Não suporto marcas de nuvens no chão. Por isso só fotografo com dia claro, quando o horizonte está com sua linha nítida, limpo. Prefiro sair logo pela manhã ou à tarde, quando consigo grande projeção de sombra das construções e formas naturais”. Liberdade
Há alguns anos Nilton a liou criativ idade ao do mínio total da técnica, despertando seu olhar
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7 Corredor da Vitória, parte do bairro do Canela e Campo Grande à direita, 2006 8 Forte São Marcelo (séc. XVII) na Baía de Todos os Santos, 2007 9 Recifes de Coroa Alta, Cabrália, 2007
& NILTON SOUZA www.niltonsouza.com.br www.imagemcerta.net
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para novos ângulos e possibilidades. O primei ro fruto desse exercício surgiu em 2009, com a publicação do livro Salvador Aérea, com o selo da editora da Universidade Federal da Bahia, Eduf ba, cujos cinco mil exemplares foram impressos com recursos do próprio fotógrafo pela gráfica Santa Marta. Uma segunda edição, já pela edi tora montada por Nilton e também produzido na Santa Marta, acaba a sair.
A obra traz 122 imagens da capital baiana, da área urbana ao litoral, evidenc iando suas múltiplas faces e formas, algumas desconhe cidas para o observador que circula na cidade, como descreve a arquiteta e pesquisadora Ange la Gordilho Souza em texto do livro. “De forma inusitada, [Nilton] apresenta a diversidade de relevos que marcam o sítio urbano, oferece um leque de texturas e formas do ambiente cons truído, proporciona a riqueza de cores e nuances espaciais que são acentuadas pela exímia cap tação de luz, provocando ao mesmo tempo for te emoção e uma percepção ampliada da nossa visão da cidade real”. Nilton trabalha agora em dois livros, um sobre os 930 quilômetros do litoral da Bahia e outro tendo os saveiros como tema. Para o pri meiro, aind a faltam 25 horas de helicóptero na maré baix a, quando é possível mostrar os corais e recifes que caracterizam a re gião. Para os savei ros, embarcações à vela muito usadas no passado para transporte de car ga e de pessoas, ele já fotografou seis regatas. “Quand o não havia estradas, os saveiros eram o principal meio de transporte na Baía de Todos os Santos. Muitos estão sen do recuperados por apaixonados colaborado res e devolvidos aos seus mestres saveir istas”, afirma o fotógrafo. Com três livros publicados, Nilton acredita que terá projeção para atrair os investimentos que naturalmente virão através dos eventos esportivos programados até 2016. A ideia, então, será romper os limites da Bahia e retratar outras cidades. A primeira da lista? O Rio de Janeiro. MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
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Sistema Abigraf Notícias
Três regionais têm nova diretoria Distrito Federal, Paraná e Rio de Janeiro deram início a um novo período de trabalho, empossando lideranças comprometidas com o fortalecimento do setor em seus estados.
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ais três regionais da Abigraf acabam de dar posse às suas novas diretor ias para o próxi mo triênio. Assumiram o cargo Sidney Paciornik, presidente da Abigraf Regional Paraná, e Car los Augusto Di Giorgio Sobrinho, da Abigraf Regional Rio de Janei ro, ambos reeleitos para o car go. Na Abigraf Regional Distrito Federal, a liderança passa a ser ocupada por João Batista Alves dos Santos, escolhido para subs tituir João Ferreira dos Santos. Paciornik destaca como con quistas importantes de sua pri meir a gestão o fortalecimen to na representação do setor e a ampliação de parcerias com empresas da cadeia produtiva, visando ao amplo intercâmbio de informações para a melhoria contínua. Na Abigraf-PR uma das princ ip ais preoc up ações des te ano é o 15º Congraf. “É um momento importante, de rece bermos companheiros de todo o País para repensarmos nos so negócio”, declara. Porém, as metas são de longo prazo e, en tre elas, está o objetivo de atuar fortemente na ampliação do nú mero de associados. O presiden te cita ainda a proposta de me lhorar a participação do setor gráfico paranaense em prêmios de excelência, além de investir nas parcerias já existentes e am pliar serviços aos ass oc iad os. “Promoveremos mais debates na busca de soluções comuns para os problemas que afligem o empresariado gráfico, com ên fase na busca da resolução de finitiva de conflitos tributários e no controle efetivo do papel imune”, ressalta Paciornik.
Na Abigraf-RJ, depois de en cerrar um ano em que a atuação esteve calcada na formação pro fissional e na mobilização dos emp res ár ios gráficos do Esta do, a presidência dará continui dade a um trabalho que trouxe excelentes resultados. A entida de estará empenhada na realiza ção de eventos de capacitação, sempre buscando atender as de mandas do mercado. “No ano
João Batista Alves dos Santos Abigraf Regional Distrito Federal Gestão 2011–2013 Presidente: João Batista Alves dos Santos. 1-º Vice-p residente: João Ferreira dos Santos. 1º- Secretário: Antônio Eustáquio de Oliveira. 1º- Tesoureiro: Pedro Henrique Achcar Verano. 2-º Tesoureiro: Raimundo Alves da Silva. Conselho Fiscal: An tônio Manoel de Mattos Vieira Neto, Roberto Bezerra de Melo e Luiz So ares de Oliveira. Conselho Fiscal Suplente: Petrônio Arraes Nunes. Abigraf Regional Paraná Gestão 2010–2013 Presidente: Sidney Paciornik . 1 -º Vice-p residente: Jair Leite. 2 -º Vice-p residente: Giem Raduy Guimarães. Diretor Financeiro: Abi
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passado, isso foi uma constan te, em que se sobressai o apoio à modernização do parque grá fico da Escola de Artes Gráficas do Senai”, diz Di Giorgio. Também houve a preocupa ção de estreitar o relacionamen to com as entidades congêneres e de mobilizar o setor em defesa do mercado. “Uma atuação ob jetiva, rápida e que envolveu vá rios outros setores evitou a redu
Sidney Paciornik
lio de Oliveira Santana. Diretor Financeiro Adjunto: Lúcio Novaki. Diretor Administrativo: Cesar An tonio Lise. Diretor Administrativo Adjunto: Renato Höft Junior. Diretoria Plenária (Suplentes): Rafael Woehl Thur, José Antonio Karam, Wagner Costa, Edson Benvenho, Ur bano Rampazzo e Itagiba Fortunato Junior. Conselho Fiscal (Efetivos): Braz Bezerra, Augusto Carlos Dalla Vecchia e Vicente Donizete Ruiz Li nares. Conselho Fiscal (Suplentes): Alceu Malucelli Junior, Julio Schune mann e Luiz Gonzaga Dionysio. Abigraf Regional Rio de Janeiro Gestão 2011–2014 Presidente: Carlos Augusto Di Gior gio Sobrinho. 1º- Vice-presidente:
ção de alíquota para importação de rótulo de papel para cerveja, o que demonstrou a forte atua ção dos empresários gráficos do Estado em defesa de seus plei tos”, afirma o presidente. Entre as propostas e metas da Abigraf-RJ está a intenção de dar continui dade a todas as atividades reali zadas nos anos anteriores, com ênfase à questão do conflito tributário entre ICMS e ISS.
Carlos Augusto Di Giorgio Sobrinho Marcus Antônio Cosme Lopes. 2 -º Vice-p residente: Antônio Ivo Daflon dos Santos. Diretor Administrativo: Rogério Fara de Vita. Diretor Administrativo Adjunto: Márcio Vitória Amorim. Diretor Fi nanceiro: Osmar D’Almeida Santos Filho. Diretor Financeiro Adjunto: José Carlos Fassarella Meneghetti. Suplentes: Ruy Sérgio Lopes de Car valho, Vicente de Paulo Di Giorgio, Sergei da Cunha Lima, André Luiz da Silva Teixeira, Sandro dos Santos Meneghetti, Maurizio de Vita Neto e Massimo Antônio Pericle Panajjot ti. Conselho Fiscal (Efetivos): Celso Lund, Roberto da Rocha Salgado e Múcio Matheus Capobiango. Conselho Fiscal (Suplentes): Fernando Ernesto Borsato, José Magno Vargas Hoffmann e Dalton Carestiado.
VEM AÍ AS SEMANAS DE ARTES GRÁFICAS.
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QUEM PERDER ESSES 5 DIAS PODE ACABAR PERDENDO OS OUTROS 360. As Semanas de Artes Gráficas, agora com o apoio do SEBRAE foram estendidas para outros estados como Rio Grande do Sul, Pernambuco e Minas Gerais.
Durante 5 dias profissionais da Indústria Gráfica, técnicos do setor e de áreas correlatas tem a chance de aprofundar seus conhecimentos em seminários de grande valor para o mercado, focado nas áreas de Gestão, Técnica e de Vendas, contando com a presença dos melhores profissionais do setor. As vagas são limitadas. IMPERDÍVEL. 1ª edição Semana de Artes Gráficas de Pernambuco - 21 a 25 de março 5ª edição Semana de Artes Gráficas de Sorocaba - 28 de março a 01 de abril 1ª edição Semana de Artes Gráficas de Minas Gerais - 11 a 15 de abril 5ª edição Semana de Artes Gráficas de Araçatuba - 25 a 29 de abril 1ª edição Semana de Artes Gráficas de Rio Grande Sul - 09 a 13 de maio 6ª edição Semana de Artes Gráficas de Bauru - 23 a 27 de maio 6ª edição Semana de Artes Gráficas de São José dos Campos - 27 de junho a 01 de julho 6ª edição Semana de Artes Gráficas de Ribeirão Preto - 25 a 29 de julho 6ª edição Semana de Artes Gráficas de São José do Rio Preto - 22 a 26 de agosto 6ª edição Semana de Artes Gráficas de Campinas - 26 a 30 de setembro 3ª edição Semana de Artes Gráficas de Barueri - 24 a 28 de outubro
Para obter mais informações ou realizar sua inscrição online acesse www.abtg.org.br ou entre em contato pelo Telefone: (11) 2797 6700 Fax: (11) 2797 6716 – E-mail: sag@abtg.org.br. No caso de não comparecimento, o inscrito deverá comunicar a ABTG no mínimo 48 horas antes do evento, ou arcará com multa de R$50,00.
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Escolhidos os jurados do 2º- Prêmio de Responsabilidade Socioambiental Até o fechamento desta edição, treze jurados haviam confirmado a participação no concurso que reconhece as boas práticas sociais e ambientais da indústria gráfica nacional.
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mpresas gráficas de todo o Brasil partici pam do 2º Prêmio Abigraf de Responsa bilidade Socioambiental, cujas inscrições se encerram em 18 de abril. A partir dessa data tem início o processo de julgamento dos cases das categorias “Responsabilidade Am biental”, que reconhece o mérito de ações ou conjunto de iniciativas na área ambiental, e “Responsabilidade Social”, que premia inter venções externas, isoladas ou conjuntas das empresas gráficas, nos campos educacional, cultural e esportivo, na inclusão social, na iniciação prof issional ou nas campanhas em prol da melhoria das comunidades. O concurso criado pela Abigraf Nacional em 2009 chega consagrado à sua segunda edição. “O prêmio divulga ações sociais e isso serve de multiplicador para o mundo corpo rativo. É também uma forma de informar a sociedade do esforço que se faz para colabo rar com o desenvolvimento do Brasil”, afirma o jornalista Heródoto Barbeiro, que participa novamente do corpo de jurados da catego ria “Social”. Nesta categoria está confirmada a presença também de Eduardo de Almeida Carneiro, presidente da Associação de As sistência à Criança Def iciente (AACD); Ivana Boal, gerente de comunicação do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec); Maria Celina Cattini, diretora geral do Colégio Visconde de Porto Seguro Unidade I; Thais Iannarelli, jornalista responsável pela revista Filantropia; e José Luiz Goldfarb, ex-secretário da Cultura do município de São Paulo; e Max Schrappe, ex-presidente da Abigraf Nacional. Um dos nomes confirmados para o júri da categoria “Ambiental” é o de Luiz Mace do, assessor do Programa de Responsabili dade Social e Sustentabilidade no Varejo da
REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
Fundação Getúlio Vargas, professor de pós- graduação e co-autor de livros e artigos sobre responsabilidade social empresarial, susten tabilidade, varejo sustentável e comunica ção. “Desde 2003 venho colaborando com esse tipo de premiação setorial, pois acredi to que os prof issionais da área precisam for talecer a atuação sustentável das organiza ções”, declarou ele. Sobre a premiação da Abigraf Nacional, Macedo avalia que a enti dade está contribuindo de uma maneira im portante para estimular as empresas a ino varem em tecnologia e a melhorarem seus processos, buscando reduzir e gerenciar o impacto de suas atividades na sociedade e no planeta. “As gráficas realmente precisam ser reconhecidas pelo que já fazem para que os exemplos positivos possam, cada vez mais, ser replicados em um setor que representa uma grande cadeia produtiva de suprimen tos com potencial para oferecer produtos e serviços sustentáveis”. A categoria “Ambien tal” conta, ainda, com os seguintes jurados: Manoel Manteigas de Oliveira, diretor da Es cola Senai Theobaldo De Nigris; Eloísa Elena Correia Garcia, vice-diretora e gerente da área de embalagens plásticas e de meio ambien te do Centro de Tecnologia de Embalagem (Cetea); Haroldo Mattos Lemos, superinten dente do Comitê Brasileiro de Gestão Am biental da ABNT (CB38); Rogério Ruschel, pre sidente da Ruschel & Associados – Marketing Ecológico; e Sebastião Valverde, professor da Universidade Federal de Viçosa. A cerimônia de entrega dos troféus do Prêmio Abigraf de Responsabilidade So cioambiental será realizada na Semana do Meio Ambiente, no dia 7 de junho de 2011, a partir das 19 horas, na Ass ociaç ão dos Procuradores do Estado de São Paulo.
Heródoto Barbeiro
Luiz Macedo
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Conheça a programação do 15º- Congraf Mídias sociais, sustentabilidade, convergência, mercados e oportunidades são alguns dos temas de destaque na 15ª edição do mais importante evento do setor gráfico nacional.
A
programação do 15º Congres so Brasileiro da Indústria Grá fica (Congraf) já está sendo di vulgada pela organizadora do evento, a Abigraf Nacional, com apoio da Abigraf Regional Para ná e ABTG. Com o tema “Crescen do com o Brasil”, o evento aconte cerá na cidade de Foz de Iguaçu, Paraná, de 8 a 11 de outubro de 2011. Com expectativa de reu nir cerca de 800 pessoas, o Con gresso ocorrerá no Hotel Mabu – Thermas & Resort e será aberto oficialmente no dia 8, às 19h. Esta primeira noite do evento contará com palestra de abertura, segui da de coquetel e show musical. As palestras serão realizadas nos dias 9, 10 e 11, no período da manhã. Além da programa ção diária (veja detalhes no qua
dro abaixo), o congresso será encerrado com o painel “Brasil: aproveitando a melhor década da história”, que precederá um grande debate, com todos os
participantes, para uma ampla dis cussão do impac to do temário na indústria gráfica.
O 15º Congraf contará, ain da, com uma feira de produtos e serviços gráficos, realizada no espaço Salão Atlântico do ho tel. Para facilitar a participação neste que é o mais importan te evento de atualização merca dológica para os profissionais do setor gráfico, a Abigraf firmou uma parceria com a operadora de turismo Must Tour Viagens e Turismo, que oferece condições especiais aos congressistas.
Programa (*) 8 de outubro de 2011 (1º- dia)
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19 às 19h45 – Abertura oficial/ composição da mesa e pronunciamento dos presidentes 19h45 às 20h45 – Palestra de abertura (**) 21 às 23h – coquetel
10h50 às 11h10 – Coffee 11h10 às 12h10 – Tendências Tecnológicas: Convergências de Mídias ou Substituição? Bruno Mortara (Sala 1) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas
10h50 às 11h10 – Coffee 11h10 às 12h10 – Sustentabilidade: Estratégia para o Mundo e para o Negócio (Sala 1) (**) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas
9 de outubro de 2011 (2º- dia)
10 de outubro de 2011 (3º- dia)
11 de outubro (4º- dia)
8h30 às 10h30 – O Perfil do Novo Consumidor – Geração Y, Sidnei Oliveira (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h – Coffee 11h10 às 12h10 – O Poder das Mídias Sociais para os Negócios, Mariela Castro (Auditório) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas 9h30 às 10h30 – O Futuro da Gráfica e a Construção de Valor nas Relações Comerciais, Hamilton Terni Costa (Sala 1) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas
9h30 às 10h30 – Economia Criativa, Sustentabilidade e Futuros, Lala Deheinzelin (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Coffee 11h10 às 12h10 – Copa do Mundo e Olimpíadas: Oportunidades de Negócios (Auditório) (**) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas 9h30 às 10h30 – Planejamento de Investimentos: Estruturando o Seu Crescimento de Forma Economicamente Sustentável, Flavio Botana (Sala 1) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas
REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
9h30 às 10h30 – Educação de Qualidade como Fator de Sustentabilidade do Desenvolvimento, Cesar Callegari (Auditório) 10h30 às 10h50 – Perguntas e respostas 10h50 às 11h10 – Coffee 11h10 às 12h10 – Perspectivas para um Brasil Melhor (Auditório) (**) 12h10 às 12h30 – Perguntas e respostas 12h30 às 13h – Encerramento oficial (Auditório) *Programação sujeita a alterações até a data do evento **Palestrante a confirmar
15º- Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica Data: 8 a 11 de outubro Abertura: 8 de outubro, a partir de 19h Palestras: 9 a 11 de outubro, das 9 às 13h Feira: dias 9 e 10, das 8 às 17h; dia 11, das 9 às 12h Local: Hotel Mabu Thermas & Resort, Avenida das Cataratas, 3.175, Foz do Iguaçu (PR) Pacotes para congressistas: Must Tour Viagens e Turismo. Tel (11) 3284.1666 ou www.musttour.com.br Informações e inscrições: www.congraf.org.br ou (11) 3164.3193
Convênio Abigraf/Sebrae visa ao incremento da competitividade das empresas gráficas Iniciativa da Abigraf Nacional para as empresas do setor gráfico levará a sete estados brasileiros seminários e palestras focados no desenvolvimento de estratégias para melhorar a difusão tecnológica e de gestão empresarial nas micro e pequenas empresas.
C
om vistas a fomentar a com petitividade do setor gráfico por meio da cooperação técnica, o convênio assinado pela Abi graf Nacional e o Sebrae Nacio nal terá início com um programa de seminários e palestras que se rão desenvolvidos através das Semanas de Artes Gráficas, entre outras ações a serem desenvol vidas nos estados de Minas Ge rais, Pernambuco, Rio Grande do Sul e São Paulo. Os sem in ár ios e palestras apresentarão temas de relevân cia e interesse para a melho ria dos processos produtivos e de gestão das micro e peque nas empresas. Também serão apresentadas palestras sobre internacionalização, através do “Programa Sebrae de Interna cionalização” e “Graphia – Pro jeto de Exportação do Setor Gráfico”. A atividade visa disse minar métodos para melhorar o conhecimento tecnológico e de gestão empresarial de micro e pequenas empresas do setor gráfico, bem como aprimorar habilidades para operacionali zação de seus negócios. Eduardo Mota, presidente da Abigraf Regional Pernambuco, considera a iniciativa de grande importância para a área, como fonte de difusão da comunica ção. “Esta é uma oportunida de de nos reciclarmos e nos de senvolvermos junto com o setor. Por meio dessas palestras tere mos acesso a importantes infor mações sobre o mercado atual e suas tendências. Além de trocar
mos experiências sobre gestão, poderemos identificar o desem penho do setor gráfico brasilei ro em relação a outros países”, constata o executivo. Para Carlos Evandro, presi dente da Regional Rio Grande do Sul, o projeto traz boas ex pectativas para os pequenos negócios. “Parceria e projetos que estimulem a competitivi dade do setor sempre são bem- vindos. Este convênio da Abigraf Nacional com o Sebrae certa mente trará bons frutos. Espe ramos maior participação das organizações de menor porte no mercado, uma vez que elas representam 75% das empresas do Rio Grande do Sul. Tudo que vem para difundir informações e impactar o mercado de maneira positiva é fundamental”. O presidente da Abigraf Mi nas Ger ais, Vicente de Paul a, acrescenta que a parceria será
excelente para as empresas da região: “Com o mérito de garan tir treinam ento e transmissão de informações a funcionários e empresários gráficos associa dos, este ensejo é excepcional. Para mim é um privilégio, sobre tudo neste começo de manda to, contar com iniciativas para o fortalecimento do setor como esta que acontecerá durante a Semana de Artes Gráficas de Belo Horizonte”, em abril. Paralelamente à real iz a ção das SAGs, o tema Certifica ção FSC , tão importante para a competitividade das empre sas, será apresentado em pa lestras específicas, nas quais os participantes terão a oportuni dade de conhecer os principais processos de desenvolvimen to para a obtenção desta Certi ficação, objetivando maior par ticipação das empresas no atual mercado gráfico.
Semana de Artes Gráficas – 2011 Local
SAG
Palestra FSC
Recife (PE)
21 a 25/3
5/4
Sorocaba (SP)
28/3 a 1/4
19/4
Belo Horizonte (MG)
11 a 15/4
4/5
Araçatuba (SP)
25 a 29/4
18/5
Porto Alegre (RS)
9 a 13/5
1/6
Bauru (SP)
23 a 27/5
8/6
São José dos Campos (SP)
27/6 a 1/7
13/7
Ribeirão Preto (SP)
25 a 29/7
10/8
São José do Rio Preto (SP)
22 a 26/8
14/9
Campinas (SP)
26 a 30/9
19/10
Barueri (SP)
24 a 28/10
9/11
Sobre o convênio Com duração de 24 meses, o Projeto de Incremento da Com petitividade do Setor Gráfico está pautado na disseminação do conhecimento, informação e tecnologia, para mel hor ias nos processos produtivos e de gestão das micro e pequenas empresas. As ações do projeto serão efetivadas através das Se manas de Artes Gráficas, com a apresentação de seminários e palestras, certificação FSC, aces so a mercados através da inter nacionaliz ação, campanha Im primir é dar Vida, apresentando temas de relevância e interesse dos prof issionais/empresas do setor, com o objetivo de imple mentar melhorias gerenciais e aumentar a competitividade das empresas do setor. Consulte o calendário e participe! Inscrições online: www.abtg.org.br. A progra mação dos eventos para 2012 está sendo definida e será amplamente divulgada. Para mais informações: www.abigraf.org.br / www.abtg.org.br.
MARÇO/ABRIL 2011 REVISTA ABIGR AF
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MENSAGEM
Levi Ceregato
Presidente da Abigraf Regional São Paulo
O diferencial do conhecimento Semana de Artes Gráficas (SAG), nascida na Abigraf Regional São Paulo, no âmbito do bem‑sucedido processo de interiorização dos benefícios e projetos da entidade, cresceu e se multiplicou. Depois de se consolidar em oito regiões administrativas paulistas como um eficaz programa setorial de seminários e palestras sobre gestão, produção e vendas, ela ganha, agora, expressão ainda mais ampla. Graças a uma parceria da Abigraf Nacional (Associação Brasileira da Indústria Gráfica) e do Sebrae Nacional (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), com a chancela técnica da ABTG (Associação Brasileira de Tecnologia Gráfica) e apoio do Sindigraf‑SP (Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo), o evento será realizado este ano em Pernambuco, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e, em 2012, contemplará outros estados. A iniciativa é muito importante, pois responde a uma das demandas mais recorrentes da indústria gráfica, a exemplo do que ocorre em outros campos de atividade, que é a formação profissional, inclusive de gestores, e a educação continuada. A possibilidade de acesso a esses fatores diferenciais para o sucesso de pessoas e empresas é fundamental num mundo que se recicla e se transforma em velocidade cada vez maior. A indústria gráfica é um dos setores nos quais a necessidade de constante atualização é mais premente, dado o grau fulminante do avanço tecnológico e das mudanças do mercado. O advento das mídias digitais, estabelecendo irreversível tendência de convergência, somado às infinitas soluções técnicas e de processos à disposição das gráficas, mudou o chão de fábrica, o atendimento ao cliente, as estratégias de vendas e os modelos de prospecção de negócios.
118 REVISTA ABIGR AF MARÇO/ABRIL 2011
É preciso, portanto, manter‑se sempre em dia no contexto dessa dinâmica efervescente que permeia o universo corporativo contemporâneo. Atender a essa demanda é a missão que a Semana de Artes Gráficas tem cumprido no interior paulista e, a partir de agora, em âmbito nacional. Nós, da Abigraf São Paulo, sentimo‑nos gratificados em constatar que uma iniciativa que nasceu na entidade contribui de maneira ampliada para que mais gráficas brasileiras sejam beneficiadas por uma consistente grade de conteúdos, seminários e palestras. Seguiremos cada vez mais empenhados no atendimento às necessidades de nossos associados e na valorização do parque gráfico paulista, sempre abertos a compartilhar as boas ideias. Esse é um exemplo do quanto o trabalho associativo é útil e relevante para cada um dos setores de atividade, a sociedade e a Nação. As entidades de classe, ao propiciarem o acesso de empresas, profissionais e gestores a informação, formação e conhecimento, ajudam o Brasil como um todo a avançar e a agregar competitividade. O mesmo se aplica às ações voltadas ao aprimoramento do mercado, prospecção das exportações, produção limpa, defesa setorial perante as distintas instâncias do setor público e da sociedade e gestões permanentes em prol do crescimento sustentado e do desenvolvimento brasileiro. Felizmente, as entidades de classe representativas da indústria gráfica incluem‑se entre as mais engajadas do País no processo de fortalecimento setorial e na mobilização em prol de um Brasil melhor, mais próspero e socialmente justo.
presiar@abigraf.org.br