Revista Abigraf 300

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REVISTA

ISSN 0103•572X

A R T E & I N D Ú S T R I A G R Á F I C A • A N O X L I V • M A R Ç O / A B R I L 2 0 1 9 • Nº 3 0 0

E D I Ç Ã O C O M E M O R AT I V A

DEZ PONTOS PARA UMA MUDANÇA DOS NEGÓCIOS E PARA REPENSAR O FUTURO

PARA MARCOS PEREIRA É FUNDAMENTAL QUE SARAIVA E CULTURA SOBREVIVAM


TINTAS DE IMPRESSÃO CONVENCIONAL E UV, VERNIZES DE ACABAMENTO BASE ÁGUA E UV Tecnologias globais também fabricadas no Brasil.

Em breve nova fábrica no Brasil www.actega.com.br


EDITORIAL

Vencedores!

C

memorarmos Não faltam motivos para co bigraf. as 300 edições da Revista A

fomentou o blicações, motivou debates, pu da o ou içã criou oportunidades, prestigi Chegamos à tricentésima ed o, nt me eci nh co comemorar. rinhos Revista Abigraf. Temos de a arte, a fotografia e os quad es presso, E muito. Quantas publicaçõ para valorizar o produto im r setoriais podem se orgulha através dessas linguagens. da a nç ja A pu A pujança da indústria do fato de circularem, ica áf gr ria st os? dú an in mo ininterruptamente, há 44 gráf ica brasileira ditou o rit o u to di ira ile as br a Ao longo dessas décadas, e a revista soube seguir o a st vi re a e o m rit , s ssu pa asso. E agora, a exemplo do revista acompanhou, pari mp co ir gu se e ústria soub nos os movimentos não só da ind desafios encarados por nós o. ss pa m co o dos os gráf ica quanto de seus merca últimos anos, busca caminh s esa correlatos. Tratou das empr que a mantenham relevante. s rio ecisa de seu e seus projetos, de empresá indústria da comunicação pr A vo no do s sta sia ele de nós. arrojados e cautelosos, entu ículo mais representativo e ve es çõ va ino s da s, e saudosos das artes gráf ica Parabéns, Revista Abigraf! s ito ple s do s, cto tecnológ icas e de seus impa r reg ionais. lceregato@abig raf.org.b do setor em Brasília às lutas ascensão e O periódico documentou a , o apogeu e a a queda de gráf icas icônicas sos, assim como morte de produtos e proces ústria. Registrou a profissionalização da ind tas, que depois decisões em princípio corre assim como mostraram-se desastrosas, deram bons apostas arriscadas que ren profissional frutos. Evoluiu junto com o ndas. gráf ico, seguindo suas dema sobreviveu Ao lado do setor produtivo, L evi C eregato ira da Indústria Gráfica s governos rio vá s ao e s co mi nô eco Bra sile s aos plano Presidente da Associação s dicato das Indústrias Gráfica s Sin ele do r e al) po s ion de Nac f sta igra pe (Ab tem às s), no er P) digraf-S (e desgov no Estado de São Paulo (Sin outras u iro sp In s. ida olv res ou as provocad

3 março /abril 2019

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REVISTA ABIGRAF ISSN 0103-572X Publicação bimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 533 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550 E-mail: abigraf@abigraf.org.br Home page: www.abigraf.org.br Presidente da Abigraf Nacional: Levi Ceregato Presidente da Abigraf Regional SP: Sidney Anversa Victor Gerente Geral: Wagner J. Silva Conselho Editorial: Denise Monteiro, Fábio Gabriel, João Scortecci, Plinio Gramani Filho, Tânia Galluzzi e Wagner J. Silva Elaboração: Gramani Editora Eireli Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3232-4537 E-mail: editoracg@gmail.com Diretor Responsável: Plinio Gramani Filho Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26.897) e Evanildo da Silveira Colaboradores: Domingos Ricca, Hamilton Terni Costa, Nelson Alves dos Santos e Roberto Nogueira Ferreira Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Editoração Eletrônica: Studio52 Papel do miolo: Lumistar 83 g/m², da BO Paper Impressão capa: Braspor Laminação capa e aplicação de hot stamping com fitas MP do Brasil: GreenPacking Impressão miolo e acabamento lombada quadrada: Log & Print Assinatura anual (6 edições): R$ 60,00 Exemplar avulso: R$ 12,00 (11) 3232-4537 editoracg@gmail.com Apoio Institucional

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300 edições

A Revista Abigraf chega ao número 300 lutando para manter-se relevante num cenário adverso. Relembre as edições mais marcantes e depois conte para nós o que você acha que deve mudar.

35 TI aplicada

Lançando mão da expertise da Print Laser na gestão de dados e conteúdo, advinda da atuação no segmento transacional, Log & Print leva o conceito process on demand para o mercado editorial.

Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica

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FUNDADA EM 1965

Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)

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Capa: Criação e arte final, Cesar Mangiacavalli


Recuperação da credibilidade

Para Marcos Pereira, presidente do Snel, o calote das duas maiores redes de livrarias do País já foi de alguma forma absorvido pelas editoras. O desafio agora é a recuperação da credibilidade para que os editores voltem a publicar.

Fespa Brasil/Digital Printing registra números positivos

Com público 23% maior do que na edição anterior, a feira foi elogiada pelos expositores, sobretudo em função da maturidade do visitante em relação às tecnologias digitais, e por aqueles que lá estiveram.

Eduardo Petroni assume a Bobst

Calcada no aumento da demanda por parte das gráficas de embalagem que se dedicam aos segmentos farmacêutico, alimentício e pet, empresa registra elevação de 16% em sua receita. Novo presidente reforça as equipes.

Um editor chamado Plinio

Para marcar a edição n-º 300, o personagem da seção História Viva é aquele que fez da revista o principal veículo do setor, dedicando-se, há 36 anos, ao registro dos fatos e ao debate das questões que envolvem a indústria gráfica.

Sobreviventes

Editor de fotografia do jornal Folha de Londrina, Sergio Ranalli desenvolve trabalho documental que leva o observador a refletir sobre aqueles que optaram por resistir diante das dificuldades.

20 32 40 48 54

Editorial/Levi Ceregato.......................... 3 Gestão/Hamilton Terni Costa ............... 44 Rotativa ............................................... 8 Sucessão/Domingos Ricca.................. 52 Conexão Brasília/Roberto Nogueira...... 18 RH/Nelson Alves dos Santos ............... 58 Flexo & Labels ................................... 34 Há 30 Anos........................................ 59 Notícias Gráficas/Log & Print .............. 35 Sistema Abigraf ................................. 60 MLC/Facas Flexíveis........................... 42 Mensagem/Sidney Anversa Victor ....... 62 março /abril 2019

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Ahlstrom‑Munksjö destina 100 mil euros para projetos sociais

Canon do Brasil tem novo presidente

No final de fevereiro, duran­

impacto geo­grá­fi­co. O valor do apoio concedido a cada um va­ ria de acordo com o número de pes­s oas alcançadas, podendo ser de 2 mil até 20 mil euros por projeto. Todas as doa­ções serão concretizadas no decorrer de 2019. “Recebemos tantas boas sugestões que foi muito difícil decidir. Os projetos escolhidos estão em linha com nossas prio­ ri­da­d es de sustentabilidade e compromisso com as pes­s oas, o planeta e a prosperidade. Eles também têm um impacto im­ portante no bem-​­estar das co­ munidades locais onde opera­ mos”, comenta Hans Sohlström.

te coletiva de imprensa rea­li­ za­da no hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo, a Canon do Bra­ sil anunciou Masaharu Choki como seu novo presidente e CEO. O executivo, que foi em­ possado ofi­cial­men­te no car­ go em janeiro, falou sobre as es­tra­té­gias e caminhos para 2019. Massaharu Choki assu­ me o comando da empresa com altas expectativas de de­ senvolvimento e com o objeti­ vo de em­preen­der uma estra­ tégia focada no crescimento da participação da marca no mercado, oferecendo produ­ tos de alta tecnologia, quali­ dade e inovação. “Ao longo de nossa história, a empresa tem sido im­p ul­sio­na­da pela ino­ vação para atender as neces­ sidades de seus clien­tes. Bus­ caremos con­ti­nuar trilhando esse caminho para con­ti­nuar a oferecer os melhores pro­ dutos e soluções ao mercado”, afirmou. Choki tem mais de 33 anos de ex­pe­riên­cia na Ca­ non e já atuou em vá­rios paí­ ses ao redor do mundo, des­ tacando-​­se por sua liderança, visão e resultados.

www.ahlstrom-​­munksjo.com

www.canon.com.br

O Projeto Bilu, de Caieiras (SP), que apoia crianças em situação de vulnerabilidade social, recebeu uma doação de R$ 68 mil

Por decisão da assembleia geral

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a­ nual de acio­nis­tas, a Ahlstrom-​ ­Munksjö reservou em 2018 uma verba de 100 mil euros (aproxi­ madamente 430 mil reais), des­ tinada a doa­ções para fins so­li­ dá­rios em comunidades onde a empresa tem plantas, a crité­ rio do seu Conselho de Admi­ nistração. Todos os fun­c io­n á­ rios foram convidados a sugerir e inscrever projetos de comuni­ dades do entorno de suas unida­ des que estivessem alinhados às prio­ri­da­des de sustentabilidade da empresa e aos prin­cí­pios do Pacto Global da ONU, do qual é signatária. Uma equipe presi­ dida pelo presidente e CEO da REVISTA ABIGR AF  março /abril 2019

Ahlstrom-​­Munksjö, Hans Sohls­ tröm, analisou todas as propos­ tas e escolheu dez projetos ao invés de quatro, que era a ideia ini­cial. Dois deles são do Brasil: o Projeto Bilu, que apoia crian­ças em si­tua­ção de vulnerabilidade so­cial em Caiei­ras (SP); e o Gren­ daac, Grupo em Defesa da Crian­ ça com Câncer, em Jun­diaí, na re­gião de Louveira, também no Estado de São Paulo. Além dos projetos brasileiros, também fo­ ram se­le­cio­na­das ini­cia­ti­vas da França, Rússia, Sué­cia, Estados Unidos e Reino Unido. Os projetos se­le­cio­na­dos têm diferentes metas e tipos de de­sa­ fios, mas todos com um amplo


Durst inaugura sede com design arrojado

Antilhas Flexíveis conquista certificação Obedecendo aos mais rigorosos

Foi anunciada mundialmente pela Durst, em abril, a inaugu­ ração da sua nova sede, na ci­ dade de Brixen, no Tirol (região nordeste da Itália). O novo pré­ dio, com linhas arrojadas, simbo­ liza a mudança pela qual passa a empresa para se tornar uma pro­ vedora de soluções em ampla escala para os mercados aten­ didos. O CEO e co pro prie tário Christoph Gamper; os proprietá­ rios Harald Oberrauch e Christof Oberrauch; o prefeito de Brixen,

Peter Brunner; o representante regional do sul do Tirol, Philipp Achammer; e Patrik Pedó e Juri Pobitzer, da empresa de arqui­ tetura Monovolume, estiveram entre os cerca de mil convidados que compareceram à solenida­ de. Integrado ao novo comple­ xo, foi também apresentado o Customer Experience Center, lo­ cal com 5.700 m², que reúne alta tecnologia para clientes de todo o mundo imergirem no universo de soluções Durst.

DESIGN INOVADOR – A Monovo­ lume, responsável pelo proje­ to, retomou uma ideia cria da há mais de 50 anos, mas nunca executada, construindo uma es­ pécie de asa plana flutuante ao lado de uma torre de seis anda­ res. A fachada metálica reves­ tida possui 850 janelas lumino­ sas multicoloridas, dispostas em forma de pixel — uma referência às áreas de negócios da Durst, soluções completas do pixel à impressão. “Não é uma questão de aparência, mas de essência, de transmitir a ideia ao mundo ex terior, de criar um espaço pro­ tegido para a inovação, de reu­ nir pessoas muito especiais que se dedicaram a uma visão: criar algo novo, inspirar e sempre fa­ zer a próxima pergunta”, comen­ tou Christoph Gamper sobre a imponência do prédio. www.durst.com.br

padrões internacionais de quali­ dade e em conformidade com os requisitos legais, a unidade de ne­ gócios de flexíveis da Antilhas Em­ balagens passou, a partir de mar­ ço, a ser certificada com o selo FSSC 22000 – Certificação de Sistema de Segurança de Alimentos. Ba­ seada na ISO 22000, que determi­ na os requisitos para a produção e introdução no mercado de pro­ dutos e alimentos seguros para o consumo, a norma tem por obje­ tivo melhorar os padrões de segu­ rança dos alimentos e beneficiar tanto os consumidores como todo o segmento alimentício. “Essa é uma grande conquista para nós da Antilhas Flexíveis e confirma o nosso compromisso com a se­ gurança na produção de embala­ gens para alimentos, além de ofe­ recer mais confiança aos clientes”, comemora Rodrigo Massini (foto), gerente executivo da unidade Flexíveis da Antilhas Embalagens. Para conquistar a certificação, a Antilhas investiu no desenvolvi­ mento e implementação do Sis­ tema de Gestão de Segurança de Alimentos, composto por três nor­ mas: a ISO 22000, a ISO/TS 22002–1 e os requisitos adicionais da Food Safety System Cer tification. Essa certificação é reconhecida pela Global Food Safety Initiative (GFSI), uma iniciativa global impulsionada pelas indústrias de alimentos e va­ rejistas para promover a segurança dos alimentos em todo o mundo. www.antilhas.com.br março /abril 2019

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Mudança na gerência geral da Avery Dennison Brasil

I sabella Galli foi anun cia­

Novo centro de distribuição e logística da Foroni Empresa brasileira com 95 anos de história, a Indústria Gráfica Foroni inaugurou em março o seu novo Centro de Distribui­ ção e Logística, transferindo­se do bairro da Mooca, na capital paulista, para o município de Guaru lhos (SP). No novo espa­ ço, em uma área de 16.000 m², a empresa terá capacidade de ar­ mazenar 12 mil paletes, o dobro do volume anterior. Uma das lí­ deres do setor papeleiro, com a

nova instalação a Foroni plane­ ja aumentar sua produção em cerca de 10% neste ano. “Agora estamos muito pró­ ximos das ar té rias ro doviárias de São Paulo, principalmen­ te do Ro doanel, em uma área onde as empresas de transpor­ te estão instaladas, favorecen­ do maior eficiência do proces­ so. Além disso, também estamos próximos do porto de Santos, o que facilitará as importações e

exportações, abrindo novas pos­ sibilidades de negócios”, ressal­ ta Alberto Foroni Jr., diretor de Produção. Como o novo espaço foi planejado e está configurado para suprir as demandas e aten­ der as crescentes exigências do mercado, será possível melhorar ainda mais os serviços de logís­ tica, explica o diretor; ‘Tudo foi pensado para conseguirmos en­ tregas mais rápidas e eficientes”. www.foroni.com.br

da em março como a nova responsável pelos ne gó cios da multinacional americana Avery Dennison no Brasil, em substituição a Ronaldo Mello, que esteve à frente da com­ panhia no País até o fim do ano passado e que passa à vice­ presidência na América Latina. Formada em Química Industrial pela Pontifícia Uni­ versidade Católica de Cam­ pinas, a executiva, que ocu­ pava o cargo de diretora de Marketing para a América La­ tina e de Vendas para o Bra­ sil, passa a ser a gerente geral da companhia no País. Ago­ ra, além de permanecer com a responsabilidade do marke­ ting regional, tem o desafio de também liderar a gestão local dos negócios da empre­ sa na divisão de Materiais para Rótulos e Comunicação Visual, principalmente no que se re­ fere à ampliação dos novos negócios, como soluções in­ teligentes (RFID/ NFC), e à en­ trada da marca no segmento de window film, com aplica­ ções nas áreas automotiva e construção civil. www.averydennisonbrasil.com.br

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20 20ANOS ANOS

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Müller Martini

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Müller Martini Brasil – 20 Anos

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RR Donnelley pede falência No dia 4 de abril o mercado gráfico foi

Gallus Group se integra à Heidelberg do Brasil

Desde março a Gallus está integrada à equi­

pe da Heidelberg do Brasil, para fornecer um port fólio de produtos a partir de uma úni­ ca fonte. Essa operação permitirá à Heidel­ berg­ Gallus fortalecer sua presença no mer­ cado de etiquetas. “A exigência por eficiência em todo o segmento gráfico está aumentan­ do devido à crescente digitalização na indús­ tria de mídia impressa. Respondendo às mu­ danças na nossa indústria, esse movimento é um fortalecimento importante da parceria com nossos atuais e novos clientes, que têm aumentado sua lucratividade no mercado de etiquetas e rótulos. Estamos muito animados para participar desse dinâmico segmento de mercado”, explica Ludwig Allgoewer, presi­ dente da Heidelberg do Brasil, prosseguin­ do: “A Gallus esteve presente muitos anos no Brasil com o apoio do representante Marce­ lo Zandomenico, a quem agradecemos pe­ los anos de representatividade e por todas as ações importantes que solidificaram a marca

Gallus no mercado brasileiro. Agora partimos para uma nova estratégia, com a integração de um membro Gallus à equipe da Heidelberg do Brasil. Com essa mudança, temos a oportu­ nidade de sermos mais fortes no mercado ao combinarmos o melhor das duas empresas”. O novo membro da equipe, responsável pela expansão da linha de produtos Gallus na Heidelberg do Brasil, será Rafael Costa. “Du­ rante meus 13 anos de experiência na área gráfica, sempre atuei focado no mercado de flexografia. Inicialmente, em empresas com foco maior no mercado convencional, como a Gutenberg e a SunChemical, trabalhando com vendas de insumos e equipamentos para im­ pressão e acabamento. Depois, ingressei no mercado digital, como gerente regional na Digigraf, dedicado às impressoras HP. Vir para a Heidelberg neste momento de crescimento e passar a fazer parte desse time é excitante e, ao mesmo tempo, desafiador”. www.br.heidelberg.com

Reunião Plenária do Copagrem

O auditório no 10º andar da sede da Fede­

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ração das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) recebeu no dia 14 de março os parti­ cipantes de mais uma Reunião Plenária do Comitê da Cadeia Produtiva do Papel, Gráfi­ ca e Embalagem (Copagrem). Após as boas­ vindas do diretor titular do Copagrem, Levi Ceregato, foram abordados os temas Resultados da Two Sides em 2018, por Fabio Mor­ tara, diretor titular adjunto do Copagrem; A Importância da União das Associações Papeleiras, por Vicente Amato Sobrinho, diretor REVISTA ABIGR AF

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titular adjunto do Copagrem e presidente do Sinapel; O Papel do Líder nas Entidades de Classe e Como Motivar e Manter seus Associados, por Sérgio Lopes, da SL Consultoria e Treinamento; Cenário Político e Perspectivas do Governo Bolsonaro, porMarcos de Castro Lima, chefe do escritório da Fiesp em Bra­ sília; e Ações do Mercado Editorial e a Importância da Parceria entre as Entidades do Livro, por João Scortecci, diretor setorial Edito­ rial da Abigraf SP. Após o término da progra­ mação foi servido um almoço aos presentes.

pego no contrapé com a notícia da falência da RR Donnelley, decretada pela Justiça de Osasco (SP). Com dívidas de R$ 180 milhões, a companhia havia requerido a autofalên­ cia no dia 31 de março, surpreendendo fun­ cionários e fornecedores, segundo notícia veiculada pelo O Estado de S.Paulo. No pro­ cesso, a empresa mencionava o alto endi­ vidamento e dificuldades financeiras como motivos do pedido. Porém, funcionários di­ zem que não havia nenhum sinal de que a companhia pudesse fechar as portas, já que não houve atrasos de salários ou benefícios. Com a autofalência no Brasil, a RR Donnel­ ley segue o mesmo caminho trilhado na Ar­ gentina há dois anos, com a demissão de 400 profissionais. No Brasil, onde a empre­ sa mantinha três unidades produtivas (Osas­ co, Tamboré e Blumenau) são 970. O fato ganhou destaque na mídia pelo fato de a gráfica imprimir as provas do Exa­ me Nacional do Ensino Médio, o Enem, des­ de 2009. Segundo apurou o jornal Folha de S.Paulo, a auditoria da área técnica do Tri­ bunal de Contas da União, TCU, defendeu no início de 2018 que o governo federal não renovasse neste ano o contrato com a RR Donnelley para a impressão do Enem. O processo licitatório de 2016 é investigado no TCU por suposto direcionamento à em­ presa. Até o dia 15 de abril não havia sido definida a gráfica que cuidará da impres­ são das provas, programadas para os dias 3 e 10 de novembro, calendário que será man­ tido de acordo com o Inep, responsável pelo Enem. No ano passado, o exame recebeu 5,5 milhões de inscrições. Em entrevista ao Jornal Nacional, Levi Ceregato, presidente da Abigraf Nacional, afirmou que o setor tem plenas condições de atender as exigências para a produção dos cadernos de prova. “Temos três ou qua­ tro empresas em condição de igualdade com a gráfica que pediu autofalência, todas com a segurança necessária para garantir o não vazamento das informações.”


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Pesquisa aponta os benefícios das embalagens de papel Com o objetivo de conhecer a percepção do

Abiea premia melhores trabalhos em rótulos e etiquetas

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Realizou-​­se no dia 20 de março, no au­

OS PREMIADOS

ditório do Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo, a cerimônia de entrega do 6º Prêmio ­Abiea – Prêmio Brasileiro de Excelência em Rótulos e Etiquetas Adesi­ vas. O evento, que homenageou os ven­ cedores das 13 ca­te­go­rias da pre­mia­ção deste ano, aconteceu juntamente com a Flexo & Labels 2019. O destaque ficou com a Automação Rótulos e a Damver Adesivos, cada uma conquistando dois tro­féus. Elvio Filho, presidente da As­so­ cia­ção Brasileira das In­dús­trias de Etique­ tas Adesivas (­Abiea) destacou a impor­ tância de as empresas participarem do Prêmio ­Abiea: “É uma forma de reconhe­ cer a alta qualidade de nossas empresas e incentivar a melhoria contínua de nos­ so mercado. Sem dúvida, é uma vitrine muito importante para o que se rea­li­za de melhor no Brasil em termos de pro­ dução e impressão de rótulos e etique­ tas. E, quando digo isso, não me refiro so­ mente aos vencedores ou finalistas, mas a todos que participaram da pre­mia­ção. Tivemos trabalhos excelentes, que ilus­ tram uma vez mais o patamar avançado em que se encontra o mercado brasilei­ ro quando o assunto é inovação e quali­ dade na produção label”.

Printek Etiquetas e Rótulos / Catego­ ria Bebidas / Trabalho: Rótulo Dry Cat Gin ◆ Rototek / Categoria Produtos Ali­ mentícios / Trabalho: Rótulo Filé Suíno ◆ Damver Adesivos / Categoria Indus­ trial / Trabalho: Etiqueta Duracell Livre de Manutenção ◆ Damver Adesivos / Cate­ goria Cosméticos e Cuidados Especiais / Trabalho: Rótulo Giorno Cucina Sabone­ te Líquido ◆ Indemetal Gráficos / Cate­ goria Farmacêuticos / Trabalho: Rótulo Hiper Nutrition ◆ Mack Color / Catego­ ria Higiene e Limpeza / Trabalho: Mon Bijou Encantos da Natureza ◆ Impress Soluções / Categoria Flexo Traço / Tra­ balho: Rótulo Rio Sol Brut Rosé ◆ Ready do Brasil / Categoria Flexo Cromia / Tra­ balho: Rótulo Gin Mar ◆ Automação Rótulos / Categoria Impressão Digital / Tra­ balho: Rótulo St. Mosteiro ◆ Automação Rótulos / Categoria Impressão Combi­ nada Cromia / Trabalho: Rótulo Fino Vi­ nho Tinto Seco – Tannat ◆ RR Donnelley / CategoriaTags e Etiquetas sem Adesivos / Trabalho: Tag Santuário Nacional ◆ Catuaí Rótulos / Categoria Sleeves / Tra­ balho: Spirit Break Cerveja Clara ◆ Contiplan / Categoria Segurança / Trabalho: Selo de Autenticidade.

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consumidor brasileiro quanto ao uso de em­ balagens, seus impactos ambientais e destina­ ção pós-​­consumo, a Two Sides entrevistou 400 pes­soas no País. As questões propostas eram relativas às embalagens de papel, vidro, me­ tal e plástico, em aspectos como a capacidade de proteção dos produtos e aumento de sua durabilidade, capacidade de reciclagem, faci­ lidade de abertura ou fechamento, facilidade de armazenamento, peso, praticidade, aparên­ cia, reutilização, segurança no uso e robustez, além do impacto am­bien­tal. Os resultados mostram que as embalagens que têm o papel como matéria-​­prima são re­ conhecidas como as melhores para o meio am­bien­te. Qua­tro entre cada dez entrevista­ dos preferem as embalagens em papel porque as consideram melhores para o meio am­bien­ te e, na opi­nião de 75%, são fáceis de reciclar. As embalagens em papel também ganham a preferência do consumidor por serem as mais fáceis de abrir e fechar (35%), as de peso mais leve (52%), as mais práticas de ma­nu­ sear (30%) e, ao lado do vidro, como as de uso mais seguro (28%). Sete em cada dez entrevistados veem a em­ balagem de papel como uma boa proteção para os produtos, embora metade considere que há um excesso na utilização desse ma­te­rial. Em contrapartida, 64% acham que as embala­ gens de papel fazem bom uso de ma­te­rial reci­ clado; 70% apontam a embalagem de papel e papelão como bio­de­gra­dá­vel e 52% concordam que elas economizam recursos não renováveis. “Os consumidores mostraram vá­rios aspec­ tos de preferência pelas embalagens de papel comparativamente aos demais materiais, com­ provando que o papel alia praticidade e be­ne­ fí­cios ambientais”, declara Fábio Mortara, presi­ dente da Two Sides Brasil, organização sem fins lucrativos com atua­ção em cinco continentes, que aborda questões relativas ao mercado de produtos impressos em papel. www.twosides.org.br


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ENFOQUE Gosto de saber que livro é algo “transportável”, não importando muito em qual plataforma aconteça: papel ou eletrônico. Aquilo que é “passível de ser transportado” costuma ter vida própria e as suas pedras no meio do caminho. Sei de gente que conversa com bichos, com árvores e até com livros, aqueles de toda uma vida. Basta o voo de uma borboleta “desavisada de tudo” para o universo paralelo se transformar em um outro futuro qualquer. Tenho ouvido muita gente dizer que o livro está em crise no Brasil, mas isso não corresponde à realidade. Não existe crise no produto livro nem na leitura, já que ambos também são passíveis de serem transportados e fomentados através da educação, da formação de bibliotecas e do próprio hábito da leitura. Não existe crise para tudo aquilo que se movimenta! Vejo duas crises no negócio do livro. Uma sistêmica e outra pontual, já esperada e anunciada por muitos do setor. Ambas trouxeram o caos e o desequilíbrio na cadeia produtiva. A primeira crise, todo brasileiro sente na pele: assola o país desde 2013 e nos levou à recessão

e ao desemprego. Em dez anos, o negócio do livro encolheu 20%, segundo números da Fipe. Isso significa menos investimento, redução drástica na oferta de novos títulos no mercado e perda de mão de obra qualificada. Para crises sistêmicas não bastam ajustes, medidas paliativas e nem reza brava. É preciso, mais do que tudo, que o País volte a crescer e sua economia encontre novamente o caminho do círculo vir tuoso. A economia precisa se movimentar! A segunda crise, pontual e previsível, veio com os pedidos de recuperação judicial das duas maiores redes de livrarias do país: Saraiva e Cultura. Além dos efeitos da crise Brasil, as razões do colapso das duas foram várias: dimensionamento equivocado do potencial de crescimento e expansão do próprio negócio, abertura de superlojas, as chamadas “megas” (com custos estratosféricos e insanos), má gestão, guerra de preços com a oferta de descontos surreais e a fragilidade do modelo de negócio conhecido como “consignação”, hoje ultrapassado. Para essa crise — a de número dois — existe o hoje e o momento que

me parece oportuno. A indústria do livro mudou mais na última década do que nos últimos 100 anos e vai continuar nesse processo. O setor está em ebulição e — usando palavra do editor Marcos Pereira, presidente do Snel — sendo refundado. O mercado anda agitadíssimo. Entidades do livro “se falam” e o que antes era comodismo e inércia do próprio setor ganha novas posturas, com ações, atitudes, coragem e amor ao livro. O setor começa a se movimentar. O surgimento de novas livrarias, pequenas e segmentadas, e o diálogo franco e aberto de soluções e ideias para o negócio do livro têm sido observados e registrados no dia a dia de quem trabalha com livros. O produto livro precisa, urgentemente, recuperar o seu preço justo. Não existe como remunerar todos os

agentes da cadeia produtiva (autores, editores, gráficos, distribuidores, livreiros, fornecedores de insumos e profissionais do livro) sem o equilíbrio e o lucro. O preço médio de capa do livro no Brasil vem caindo desde 2004, apesar dos custos de serviços e insumos crescentes e indexados. O livro não está em crise. Ele é movimento de cabeças e sonhos. O mercado, sim. Somos frágeis! Nela — falo da fragilidade — depositamos o trabalho e a força da refundação. Já disse: julgo que o momento é oportuno. As pessoas continuam lendo e mais do que nunca continuam apaixonadas por uma das mais incríveis invenções da humanidade: o livro. João Scortecci Editor, gráfico, livreiro e diretor setorial Editorial da Abigraf/SP scortecci@gmail.com

Livro aborda transformação da comunicação impressa

No final de 2018, o consultor, em­

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presário e professor Hamilton Ter­ ni Costa lançou, pela Scortecci Editora, o livro Gráfica: Uma Indústria em Transformação. A obra traz uma coletânea de artigos publi­ cados entre 2012 e 2018, sobretu­ do na Revista Abigraf. Aislan Baer, CEO da ProjetoPack & Associados, afirma na contracapa que o livro é um mapa onde o próprio leitor vai costurando os artigos, preen­ chen do as lacunas e ava lian do como a comunicação impressa so­ freu profundas transformações ao longo das últimas décadas, per­ dendo espaço para o meio di­ gital e para uma sociedade que REVISTA ABIGR AF

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não se comunica mais da forma tradicional. “Para não sufocar, a tecnologia gráfica — plataforma da comunicação impressa — teve que enveredar para outros rumos, como o da comunicação visual,

promoção (embalagens e peças de apoio), impressão industrial e tantos outros segmentos novos e fora do eixo convencional dos empresários gráficos. É claro que mudar não é só uma reorientação

comercial. Mudança implica em buscar novas competências, no­ vos modelos de negócios e alian­ ças com o meio digital para uma entrega mais coerente com o que os novos consumidores estão bus­ cando.” Justamente o universo co­ berto pelos textos de Hamilton Costa, há mais de 40 anos na in­ dústria de comunicação gráfica. Ex­ diretor­geral da Gráfica Me­ lhoramentos e ex­ presidente da Quebe cor World Mexico, Hamil­ ton foi presidente da Abraform e da ABTG, e atualmente é diretor­ geral da AN Consulting, consulto­ ria especializada no mercado de comunicação gráfica.



Joanna Marini

Ingran Image

CONEXÃO BRASÍLIA

Roberto Nogueira Ferreira

O futuro do emprego e das empresas

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o Brasil, nesses tempos de pós-verdade, debate- se a “Reforma da Previdência” como se ela fosse a salvação nacional, a “bala de prata” da economia brasileira. Aprovada, diz-se, o PIB crescerá a índices chineses e o emprego voltará com a força dos di lúvios fechando o verão. Enquanto isso, o mundo estuda o futuro do emprego, tema ainda pouco debatido no Brasil, limitado a alguns “sonhadores” do mundo acadêmico. Mas são esses sonhadores que apontam para a necessidade de se buscar respostas para questões aparentemente simples, mas de efeitos devastadores: haverá emprego, nos moldes passados e atuais, no futuro próximo? Trabalho haverá, sempre, mas será o trabalho de carteira assinada, salário fixo, fonte de financiamento da previdência em debate em Brasília? Tudo isso nos remete a perguntar: se a PEC da Previdência fosse aprovada hoje, nos termos apresentados pelo Governo Federal, qual seria sua vida útil? A economia digital ceifará empregos e empresas — já ceifa — enquanto seguem os debates sobre a “nova previdência”, e já se fala em novas propostas no campo tributário também sem levar em conta a derrota do mundo analógico no confronto com o digital. Há setores empresariais — e o editorial e o gráfico insere-se dentre esses — seriamente afetados por essa nova economia. Entender o que acontece e a dimensão do que poderá acontecer é preciso. O papel ainda exerce fascínio nos amantes da boa leitura e sempre será o veícu lo de demandas e registros legais, porém até ele está em risco, acossado pelo mundo da pós-verdade, onde a versão supera os fatos. Salvar o papel significa salvar empresas e empregos a jusante e a montante. Mas sempre haverá os agentes do pós-verdade da sustentabilidade, que desconhecem que o papel vem de árvore plantada e não de floresta nativa. Cuidado com eles, que estão por toda parte. Sustentabilidade, sim. Pós-verdade, não!

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Enquanto no mundo do trabalho robôs substituem o homem e cresce o trabalho sem vínculo formal, no mundo das empresas as indústrias perdem espaço para os serviços e a cada ano empregam e produzem menos. Repensar a atividade é preciso. Para atrapalhar, o Estado brasileiro, assim entendido os entes federativos em todos os níveis, parece não se dar conta que o motor do emprego, da geração de renda e trabalho — as empresas e as pessoas — precisam de liberdade e quanto menos o Estado atrapalhar, com processos burocráticos, gastos extraordinários, tributos asfi xiantes, repito, quanto menos atrapalhar, melhor. O dever de casa do Estado passa por ajustar suas contas (pagas pelo esforço das empresas e dos cidadãos); reformar suas estruturas; reduzir a burocracia; melhorar gestão e governança; gerar um ambiente de confiança e estímulo ao investimento privado e melhorar a infraestrutu ra básica em ro dovias, fer rovias, hidrovias, ae ropor tos, energia elétrica, sa nea mento, água e esgoto, e — por último, mas não menos importante — entender que sem educação não se constrói um país decente e capaz de se autoencontrar e abraçar o futuro que nunca chega. É preciso, por fim, entender que em toda e qualquer ação política, o homem é, ao mesmo tempo, sujeito e objeto dela. Se assim não for, para que serve o exercício político? Há uma revolução social e econômica aparentemente ainda não captada pelas políticas públicas, a per mear a automação de processos e atividades e a estimular o trabalho independente. Entendê-la, é preciso! Atuar coletivamente, por meio de entidades representativas, parece-me fundamental! Roberto Nogueira Ferreira é sócio-proprietário, há 34 anos, da RN Consultores (Brasília), onde atua como consultor da Abigraf Nacional. roberto@rnconsultores.com.br www.rnconsultores.com.br


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ENTREVISTA Por: Tânia Galluzzi

Marcos Pereira

É fundamental que Saraiva e Cultura sobrevivam 20 REVISTA ABIGR AF

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arcos da Veiga Pereira, em visão de Marcos Pereira. Investimentos incorseu segundo mandato como pre- retos, endividamento, estruturas administratisidente do Sindicato Nacional vas inchadas e perda de foco levaram Cultura e dos Editores de Livros, Snel, tem Saraiva ao fechamento de 40 lojas e a demissão defendido a ideia de que a falência das duas de mais de duas mil pessoas em 2018. maiores livra rias do País está atrelada muito Nesta entrevista, Marcos Pereira, neto do mais ao modelo de negócio adotado do que à editor José Olympio e ex- presidente do Insticrise sem precedentes enfrentada pelo merca- tuto Pró-Livro (IPL), discute a lei do Preço Fixo do editorial desde 2015. Em palestra na sede da e outras alternativas para o setor. Abigraf, em fevereiro, o sócio da Sextante, editora criada em 1998 com o pai Geraldo Jordão O senhor vê saídas para a Cultura e a Saraiva? Pereira e o irmão Tomás da Veiga Pereira, apre- É importante que elas sobrevivam? sentou um quadro detalhado da conjuntura que É fundamental para o mercado brasileiro que levou Cultura e Saraiva ao colapso. Saraiva e Cultura sobrevivam, pois são as marA origem remonta ao final da primeira déca- cas mais reconhecidas pelos leitores. A saída passa por um processo de da dos anos 2000. Em 2008, reorganização das empresas, a Saraiva triplicou seus ponse possível com uma nova tos de venda após a compra estrutura de capitalização, da Sici liano, que já carregaA proposta do Snel é que permita aos editores va problemas financeiros, e um modelo parecido voltar a fornecer crédito. investiu em categorias com com o praticado na uma estrutura tributária França, Alemanha, Por que o modelo de consigmuito mais complexa do nação vem sendo questionaque a dos livros (leia-se gaEspanha, Itália, do? O senhor acredita que há mes, eletrônicos e smartphoMéxico, Argentina e alternativas? nes). Ao mesmo tempo, em Japão, em que nos O modelo de consignação janeiro de 2009, como relaprimeiros 12 meses vem sendo questionado pela tou Marcos Pereira, a Culgestão ineficiente de livreitura anunciou seu plano de do lançamento o ros e editores. A consignaexpansão, com o aporte do desconto máximo ção deveria ser tão somente fundo de investimentos Caa ser praticado pelo a transferência do risco de pitale Mezanino, e a abertuvarejo é de 10% capital de giro, mas passou ra de 10 lojas em cinco anos. a ser um mecanismo perverNotadamente no Rio de Jasobre o preço de capa so de falta de atenção a ínneiro, com as lojas do shopdices fundamentais de vaping Fashion Mall e do Cine rejo, como giro de estoque Vitória, as decisões se mose exposição nas lojas. A alternativa me parece traram equivocadas, consumindo boa parte ser a formalização de contratos entre as pardo capital investido. O Brasil atravessava um pe río do de bo- tes, estabelecendo prazos para prestações de nança. O segmento de livros cresceu 40% en- contas, conci liações de estoques periódicas e tre 2006 e 2011, porém a manutenção dos pre- devoluções de saldos com giro elevado. ços nominais fez com que o faturamento real permanecesse inalterado. Em 2013, o reajus- O Snel já foi contra, porém hoje apoia a proposta de Preço Fixo. Por quê? Qual é a proposta do Snel e te das passagens de ônibus em São Paulo foi o estopim para o início de uma série de protes- quais benefícios pode trazer para o mercado como tos que varreram o País e culminam com o im- um todo e para o consumidor final? peachment de Dilma Rousseff em agosto de 2016. A venda online passou a ser pautada por desconO mercado editorial sofria, também, com a po- tos excessivos, que desvalorizam o livro e não podem ser acompanhados pelo varejo tradiciolítica de preços e de descontos praticada pelo nal. Ao responder sua pergunta entro no site de comércio online, intensificada pela chegada da uma loja e vejo o livro Aprendizados, de Gisele Amazon ao Brasil, em 2015. Diante desse cenário, não houve como con- Bündchen, lançado em novembro de 2018, sendo vendido com 49% de desconto, por R$ 22,80. tornar as decisões estratégicas equivocadas, na

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Não faz o menor sentido, essa venda está sen- injeção de caixa importante para os editores. O calote foi de alguma forma absorvido pedo efetuada com pre juí zo, servindo apenas las empresas. O grande desafio hoje é a recupara atrair o consumidor. peração da credibilidade para que os editores A proposta do Snel é um modelo parecido com o praticado na França, Alemanha, Espanha, voltem a publicar novos lançamentos, motor principal da indústria. Itália, México, Argentina e Japão, em que, nos primeiQuais as perspectivas para os ros 12 meses do lançamenpróximos meses? to o desconto máximo a ser A aprovação pelo Espero que as vendas copraticado pelo varejo é de MEC da verba para mecem a convergir para os 10% sobre o preço de capa. o PNLD Literário mesmos números de 2018, Isso faz com que a competifoi uma ótima notícia. mas precisamos também ção entre os varejistas se baque as condições ma croeseie em serviço, acervo, amco nô mi cas do País comebiente da loja e equipe. Para cem a melhorar. A demoo consumidor, isso possibilita uma indústria mais ativa, com mais livra- ra na votação da Reforma da Previdência e as rias, permitindo a publicação de novos autores. tensões permanentes entre executivo e legislativo nos preocupam, pois sem novos invesComo foi este primeiro trimestre para os editores? timentos não teremos a diminuição do desemBastante difíceis, mas melhor do que o espera- prego e o otimismo necessário para a virada do. Saraiva e Cultura continuam operando, co- da economia brasileira. locando “a casa em ordem”, mas sofrendo com desabastecimento. Os livros escolares tiveram E para a Bienal Internacional do Livro Rio, orgauma queda acentuada de vendas, o que signi- nizada pelo Snel? O que podemos esperar? fica que as editoras tiveram que encontrar ou- A Bienal do Livro é um evento consagrado e tem tros canais de comercia li zação. Para as edito- sobrevivido à crise de forma espetacular. Os números de eventos dentro da Bienal e de visitanras de obras gerais a redução foi bem menor, os tes cresce continuamente desde 2013, e nosso números que vemos pelo Painel de Vendas da desafio aumenta a cada edição. Nielsen indicam uma queda de 8%. Teremos o Japão como país homenageado, Além do impacto do calote das duas principais re- o que muito nos orgulha, por reafir mar o caráter inter nacional de nosso evento. Autores condes de livrarias, quais são os desafios enfrentados sagrados, nacionais e internacionais, participelos editores hoje? parão de uma ampla agenda de eventos. Com o Recebemos uma ótima notícia no dia 29 de patrocínio da Microsoft, rea lizaremos um granmarço, que foi a aprovação pelo Ministério da Educação da verba necessária para a execu- de Fórum de Educação, discutindo maneiras de estimular a leitura nas escolas brasileiras. ção do PNLD Literário de 2018. Isso dará uma

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FAZER 20 ANOS PENSANDO NO FUTURO É COISA NOSSA. A Leograf completou 20 anos buscando imprimir um futuro cada vez mais bonito, sempre usando as cores da tecnologia, da inovação e da sustentabilidade. Antecipar as tendências para inovar sempre também é coisa nossa. Para saber mais, entre em contato com nossos representantes e siga a Leo nas redes sociais. Você vai curtir.

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Revista Abigraf. Circulação ininterrupta há mais de quatro décadas Por: Tânia Galluzzi


ivemos tempos estranhos. Somos consumidores frenéticos de dados, ativamos alertas e notificações, ouvimos podcasts, acompanhamos canais no YouTube, porém não queremos mais pagar pela informação. Adoramos aplicativos que fazem a curadoria das notícias de acordo com nossas preferências, contudo fingimos esquecer que para que essa seleção realmente ofereça conteúdo de qualidade não pode ser feita (pelo menos, por enquanto) unicamente pelos famigerados algoritmos. Uma boa curadoria de conteúdo exige pessoas de carne, osso, cérebro e, obviamente, com um profundo conhecimento dos temas escolhidos por nós. E esse entendimento amplo demanda tempo, militância e dedicação profissional. O acesso irrestrito à informação tem nos levado não só à democratização do conhecimento como à explosão das fake news. A mesma mão que nos conduz ao engajamento promove discussões absolutamente inúteis, quando não nocivas, dando voz a idiotas de todas as cores e quilates. E os meios tradicionais, que poderiam nos ajudar a separar a notícia factual da pós-verdade, estão em xeque, sofrendo para se adaptar às novas mídias, e vi lipendiados por aqueles aos quais interessa desacreditar fontes capazes de apresentar mais de uma versão do mesmo fato. No rol de veícu los de comunicação, jornais e revistas são os que mais têm perdido verbas publicitárias, com retração de % e ,%, respectivamente, em . E são eles, sobretudo as revistas, que abrem espaço para o amplo debate, proporcionando um contraponto às fake news. Mas ainda há gente disposta a exercitar seus neurônios, assinando edições digitais, ajudando a engrossar a circulação geral dos periódicos. É preciso mudar. Poucas coisas são entendidas da mesma forma que eram há  anos, quando a Revista Abigraf surgiu. Outras, nem tanto. Temas que figuravam nas primeiras edições curiosamente ainda estão presentes no dia a dia do gráfico. A seguir, você, que continua a acreditar no valor da mídia especia lizada, conhecerá ou relembrará assuntos e fatos relevantes publicados em doze números da revista. Entre nesse túnel do tempo com a gente. E depois de refletir sobre o que mudou e o que precisa dar um passo a frente, entre em contato com a revista pelo e-mail editoracg@gmail.com.

Aos nossos leitores

Com o aparecimento hoje do primeiro número do Boletim da Indústria Gráfica, o Sindicato das Indústrias Gráficas no Estado de São Paulo sente-se satisfeito por poder apresentalo aos seus associados e demais leitores, porque o Boletim nasceu com o fito de estreitar as relações entre a família gráfica, bem como prestar seu modesto concurso às artes gráficas de nosso país, ventilando assuntos de interêsse para a classe, propugnando pelo seu desenvolvimento e, acima de tudo, trazendo sua palavra de fé no muito que se poderá realizar com a cooperação de todos aquêles que se interessam pelos nossos problemas e assuntos.

O COMEÇO DO COMEÇO A semente da Revista Abigraf foi lançada em 15 de novembro de 1949 com a publicação do primeiro Boletim da Indústria Gráfica, o BIG.

publicação contou com anunciantes empresas como Intergráfica, Gutenberg, T. Janér, Ricall, Suzano Feffer e Brasilcote. 5-ª STAG – Troca de experiência gráfica no campo internacional

Com repercussão que transcendeu as expectativas mais otimistas, realizou-se em São Paulo a 5ª STAG – Semana Tecnológica de Artes

#1, DEZEMBRO 1975 Vinte e seis anos depois, o BIG cresceu, libertando- se do formato boletim. Nascia, por iniciativa da Abigraf Regional São Paulo, a Abigraf em Revista. Tendo como jornalista responsável José Toledo Lázzari, a

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Brasil pode voltar a importar celulose, adverte Cherkassky

Ao desenvolver nos últimos anos tecnologia própria para a produção de celulose a partir de recursos florestais renováveis, a indústria celulósico-papeleira no Brasil obteve expressiva expansão. ( . . . ) “Embora os mercados doméstico e externo apresentem excelentes oportunidades de expansão para o setor, o País poderá

Revista Abigraf recebe o Prêmio Aberje Brasil 93

Gráficas, de 20 a 24 de outubro último. A excelência do seu programa ( . . .) e a ressonância dos nomes que participaram da 5ª Semana Tecnológica tiveram o condão de levar para a Escola Senai Theobaldo De Nigris número incomensurável de empresários e técnicos gráficos ( . . .)

#89, JULHO/AGOSTO/ SETEMBRO 1983 – NOVA FASE A partir do nº 89, a revista passou a ser produzida pela Clemente e Gramani, mesclando temas de mercado e artigos técnicos.

regredir ( . . . ) caso não sejam realizados novos investimentos e tomadas medidas governamentais que viabilizem e garantam a aplicação de novos investimentos”, afirmou Horácio Cherkassky, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Papel e Celulose, ANFPC .

Na sede da Abigraf, no último dia 2 de fevereiro, a Revista Abigraf recebeu o Prêmio Aberje Brasil 93, categoria Publicação Técnica. ( . . . ) “Hoje, vivemos em um ambiente que se caracteriza pela cobrança da sociedade pela transparência das empresas e veículos como a Revista Abigraf são instrumentos desse diálogo”, disse Antônio Alberto Prado, presidente da Aberje, Associação Brasileira de Comunicação Empresarial.

#116, MARÇO/ABRIL 1988 – A ARTE CHEGA À CAPA A edição nº 116, de março/abril de 1988 estampava na capa pela primeira vez uma obra de artista plástico, Miran, dispensando as chamadas. A revista trazia a lista de expositores e lançamentos da 11ª Fiepag. Arjomari e Simão lançam papel colorido

ICMS ou ISS: o impasse perto do fim

Definir é perigoso, reza um velho ditado latino a respeito de leis. Mas, no caso do conflito tributário com que se defronta o setor gráfico, a solução, que já não parece tão distante, passará inevitavelmente pela exata definição do dispositivo legal que deu origem à polêmica.

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Com o nome de “Revolução das Cores”, a Arjomari do Brasil associou- se à Indústria de Papel Simão para lançar no mercado nacional os papéis coloridos Color Plus. Existente na Europa há mais de dez anos, essa linha conta com uma variedade de 100 cores, sendo que no Brasil ela começa a ser fabricada em 12 tonalidades.

DÉCADA DE OURO

#100, JULHO/AGOSTO 1985

#150, JANEIRO/FEVEREIRO 1994

A centésima edição incluía matérias sobre a Casa da Moeda, a expansão de três fornecedores, Dray, Metalgâmica e Imporgraf, e falava sobre o Clube do Livro.

Ao chegar à edição 150, a publicação comemorava o recebimento de seu terceiro prêmio, o primeiro de uma série de troféus conquistados na década de 1990.

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#169, MARÇO/ABRIL 1997 – O PRIMEIRO BENNY É INESQUECÍVEL A Revista Abigraf número 169 foi a primeira publicação nacional a ganhar, em Chicago (EUA), o Prêmio Benny, o Oscar da indústria gráfica mundial, promovido pela Printing Industries of America (PIA). O prêmio coroou uma década na qual a publicação já havia conquistado o ComTexto de Comunicação Empresarial, em 1990, e quatro prêmios Aberje (1993, 1994, 1995 e 1996), que também viria a conquistar em 1998.


que a literatura francesa, sobretudo entre os séculos XVIII e XIX até os anos 40, no pósguerra, foi decisivamente o cânone que orientou e deu validade à nossa produção literária em seus vários aspectos.

#200, MAIO/JUNHO 2002 Produtividade é dever do Estado e direito da Nação

sede, instalaram-se a Abigraf Nacional, Abigraf Regional São Paulo, Sindigraf- SP, ABTG, Abraform e Abiea.

A Revista Abigraf entraria no novo século em sua melhor forma. A edição de aniversário contava 140 páginas, falando sobre gráficas, fornecedores, mercado, feiras, arte,

“A pior democracia é infinitamente melhor do que a melhor das ditaduras. Esta afirmação Bem-vindos à nova casa é comprovada, no curso inexorável da Histó- “As entidades de classe, no contexto da globaliria, em tristes exemplos, como os regimes to- zação da economia, em que resultado torna-se talitários da América do Sul dos anos 60 e substantivo com valor cada vez mais prático 70 e o implacável império soviético.” Edito- do que semântico, devem passar por um processo radical de transformação. Além de conferial de Max Schrappe, na época presidente rir representatividade aos respectivos setores e da Abigraf Nacional. cumprir as metas precípuas de suas atividades, precisam prestar serviços aos seus associados e #176, MAIO/JUNHO 1998 – NOVAS contribuir para o seu sucesso e crescimento.” EdiINSTALAÇÕES DA ENTIDADE A edição 176 registrou a inauguração da torial de Max Schrappe, na época presidente sede própria do sistema Abigraf em São da Abigraf Nacional. Paulo, destacando a história da entidade e os seus principais personagens. Na nova EDIÇÃO ESPECIAL – MARÇO 1998 Um dos grandes momentos da Revista Abigraf foi o convite recebido da Fundação Bi- fotografia, quadrinhos e design gráfico. Albliote ca Nacional para ser a publicação gumas edições da primeira década do século oficial da participação do Brasil no Salão XXI ultrapassaram esse número de páginas. Inter nacional do Livro de Paris, no qual o Como ganhar $$$ com gráfica? Brasil seria a nação homenageada. Foi pro- Investindo menos, administrando mais duzida uma edição especial, bilíngue Por- “Em abril deste ano ( . . . ) Max Schrappe e eu tuguês/Francês, sob o tema “A influência estivemos representando o Brasil na Comprint francesa na cultura brasileira”, distribuí- 2002, em Lisboa. ( . . . ) A mensagem que exda no evento e exposta nas vitrines das traí está no título. O setor gráfico investiu pelivrarias da capital francesa. sadamente nos últimos anos, e aprofundamos um mal que parece assombrar-nos desde a imA clássica e ordenadora influência pressão da Bíblia por Gutenberg: o excesso de francesa na arte brasileira oferta.” Editorial de Mário Cesar de Camargo, É consensual entre críticos, historiadores, bem como todos que se preocupam com a questão, na época presidente da Abigraf Nacional. março /abril 2019

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#220, NOVEMBRO 2005 – 30 ANOS

Imprensa livre é garantia

A edição nº 220, comemorativa das três dé- de aprimoramento social cadas da publicação, registrou sua evolução “O valor da imprensa, sua importância, está na incluindo 67 depoimentos de personagens multiplicidade. É no seu conjunto que a imprendo setor, entre gráficos, fornecedores, artis- sa desempenha o papel essencial de preservação tas plásticos, fotógrafos e líderes setoriais. da liberdade de informação e manifestação política ( . . . ) É do conjunto desses órgãos da imprensa que resulta o espelho onde a sociedade se vê refletida.” Rodolfo Konder, então presidente da Associação Brasileira de Imprensa, ABI, em entrevista exclusiva.

#280, NOVEMBRO/DEZEMBRO 2015 – 40 ANOS Festiva, a edição 280, comemorou não só as quatro décadas da Revista Abigraf, quanto os 25 anos do Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini. As bodas de prata do conta-fios dourado

A grande vitrine do setor gráfico brasileiro está completando 25 anos. Um quarto de século de

perseverança, no qual um grupo de idealistas soube fincar pé nos objetivos traçados para seguir com o projeto de valorização do produto impresso. Se em alguns momentos foi preciso resistir às críticas mais duras, uma das principais virtudes do prêmio, talvez a maior, é a sua capacidade de abraçar o novo.

Reconhecimento à qualidade

“É para mim sempre uma alegria especial receber meu exemplar da Revista Abigraf ( . . .), com o carinho e a competência que caracterizam esta excelente publicação. Neste dia, já sei que à noite poderei saborear uma leitura sempre interessante, inovadora, cabalmente informativa e ilustrada com a excelência gráfica que é a sua assinatura.” João Candido Portinari, fundador e diretor do Projeto Portinari.

PRÊMIOS, O RECONHECIMENTO À QUALIDADE GRÁFICA E EDITORIAL

#250, NOVEMBRO/DEZEMBRO 2010 A bela edição alusiva aos 35 anos da publicação reunia em suas páginas entrevista com o jornalista Rodolfo Konder, matéria sobre a política nacional para os resíduos sólidos e o perfil de um dos maiores fotojornalistas, se não o maior, do Brasil, Evandro Teixeira.

Prêmios Aberje: (1993, 1994, 1995, 1996, 1998)

Em 1998, a Revista Abigraf tornou-se o primeiro produto gráfico brasileiro a ganhar, com a edição 169, de março/abril 1997, o prêmio “Benny”, da Printing Industries of America, o mais cobiçado pela indústria gráfica mundial.

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Prêmios Anatec: Ouro e Prata 2006

1989 e 1990: Prêmio ComTexto de Comunicação Empresarial REVISTA ABIGR AF

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FEIRA Por: Tânia Galluzzi

Fespa Brasil/Digital Printing registra aumento de público A feira, focada em impressão digital e grandes formatos, recebeu em São Paulo, entre os dias 20 e 23 de março, 18.645 visitantes únicos, o que representa crescimento de 23% em relação à edição anterior.

Fespa Brasil/Digital Printing 2019 bateu duas de suas principais marcas. Neste ano, atraiu a presença de 18.645 profissionais, contra 15.154 em 2017 (a feira não aconteceu no ano passado em função da ExpoPrint), que percorreram estandes de 106 expositores, 24 a mais do que na edição anterior. Segundo a organizadora, a APS Eventos Corporativos, os dados mostram que o mercado está maduro em relação à importância

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da impressão digital dentro da indústria. “A feira demonstrou o quanto a impressão digital agrega valor e abre oportunidades. Foram quatro dias de novidades, tendências e debates. O visitante encontrou soluções que podem ser aplicadas e introduzidas em suas empresas”, afirmou Alexandre Keese, diretor do evento. Para Sidnei Marques, diretor de operações da Ampla, a feira superou a expectativa, com movimento superior ao de 2017. Muitos dos que estiveram em seu estande já estavam pensando em substituir equipamentos digitais adquiridos anterior mente. A estrela do estande foi a impressora plana UV Led Elite FB. Lançada em 2018, a máquina, capaz de imprimir em vários substratos, desde papelão ondulado até acrílico, traz em sua nova versão a cor branca. Na mesma linha, Cristiane Borato, supervisora de marketing da Oki, elogiou a qualificação do público e o fato de terem recebido visitantes de vários Estados. “O ano começou mais otimista. Estamos batendo nossas metas”, comentou a executiva no terceiro dia. Hamilton Terni Costa, que levou para a Fespa a plataforma de web-to-print Isidora, mostrou-se surpreso com o fluxo de pessoas. “A ferramenta tem gerado muito interesse”, informou. Contabilizando 60


instalações, das quais metade atende o segmento business-to-business, a plataforma é responsável hoje pelo processo de compra de produtos gráficos por mais de 700 clien­tes. Karen Nakamura, supervisora de mar­ke­ting da Konica Minolta, confirmou a evolução da mostra em relação a 2017, enfatizando o fechamento de ne­gó­c ios. “Trouxemos soluções voltadas desde a estamparia até o offset digital e hoje [sexta] está sendo o melhor dia.” No maior estande da feira, 240 m², ocupado pela Mimaki, o sentimento era o mesmo. “O movimento está muito bom”, disse Danilo Ribeiro, gerente de mar­ke­ting e produto. Em mea­dos da tarde do dia 22, oito dos quinze equipamentos em exposição ha­v iam sido vendidos. Do outro lado da mesa, os visitantes também se mostraram animados com o evento. Tony Quirino, pro­prie­tá­r io de uma gráfica rápida em Goiânia, ­Goiás, adquiriu uma impressora dentro da Fespa: “Saio daqui muito satisfeito com a feira e ainda mais com o equipamento, que é um lançamento e tem tudo para atender nossa expectativa”. Mateus Silva Pacheco, da cidade de Luz, Minas Gerais, diretor de uma empresa de comunicação vi­s ual, debutou na edição 2019. “Foi a minha primeira vez na feira. Viajei 600 quilômetros e pude pre­s en­c iar empresas de pequeno e grande porte sendo tratadas como iguais.” Além da área de exposição, a Fespa Brasil/Digital Printing 2019 ofereceu aos visitantes a oportunidade de reciclarem seus conhecimentos por meio de palestras e demonstrações. Por dois dias, o congresso Inteligência Gráfica tratou de questões estratégicas do negócio de impressão, com auditório lotado para falar sobre gestão, ten­dên­cias e tecnologia. Na Academia de Impressão Digital, em parceria com o Senai, foi possível saber mais sobre as práticas de lidar com o impresso, da pré-​­impressão, passando pelo ge­ren­cia­men­to do trabalho e chegando ao acabamento. A Fespa Digital Textile Conference, já tra­di­cio­nal, foi promovida pela quinta vez. Com patrocínio da Global Quí­mi­ca & Moda, foi um dia de compartilhamento de conceitos para quem atua com estamparia digital, seja na moda, ves­tuá­r io em

geral, sinalização, decoração ou outros mercados. A Ilha da Sublimação registrou palestras cheias nos quatro dias, sinalizando que muitos entendem a sublimação de brindes como uma sólida oportunidade de negócio.

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EVENTO

Flexo & Labels reúne a cadeia do autoadesivo Feira atraiu 5.500 visitantes. Expositores consideram evento positivo.

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e 19 a 21 de março, o mercado de flexografia banda estreita, rótulos e etiquetas se reuniu no Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo, para a primeira edição da Flexo & Labels. Ao todo, 65 empresas e mais de 100 marcas estiveram expondo suas soluções ao longo de três dias para um público formado por convertedores, gráficas de rótulos, etiquetas e embalagens. Cerca de 5.500 visitantes de vários Estados e mesmo de outros países percorreram os 6.150 m² de exposição para conferir lançamentos de equipamentos de impressão, soft wares e soluções de acabamento. Uma semana após o encerramento, a InMotion, organizadora da feira, estimava mais de R$ 30 milhões em negócios

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rea li zados somente do pavilhão. “Essa cifra, ainda em caráter preliminar uma vez que estamos mensurando os números finais, comprova que cumprimos com a proposta de nosso evento, que era a de reunir a melhor tecnologia e criar um ambiente propício para atua li zação e rea li zação de negócios”, disse Márcia Romano, diretora da feira e da InMotion. Para Alexandre Maiolo, gerente comercial e de produto da Comprint, a feira foi excelente. “A visitação superou nossas expectativas. Recebemos empresas de todos os portes e contatamos mais de 20 clientes potenciais”, afirmou o executivo no segundo dia da feira. Na mesma linha, Flavio Marques, chefe de vendas para a América Latina Cone Sul, da Avery Dennison, se disse

surpreso com o movimento logo na abertura do evento. “Estamos com boas perspectivas para a rea lização de negócios.” Eduardo Petroni, CEO da Bobst, ressaltou a qualificação do público. No início da tarde de quarta, a empresa já havia fechado a venda de dois equipamentos. Em paralelo à exposição aconteceu a Label Talks, conferência focada em novidades, tendências e tecnologias para o mercado de banda estreita e rótulos. Organizado pela Projeto Pack, o seminário contou com palestrantes do Brasil e do exterior, que trataram de temas como soluções de impressão, crossmedia, etiquetas inteligentes, proteção de marca e impressão de segurança, legislação e sustentabilidade. A InMotion conseguiu também levar o Prêmio Abiea para a Flexo & Labels. Promovido pela Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas e Rótulos Adesivos, a entrega da 6ª edição do concurso aconteceu na noite de 20 de março. Ao todo, 13 categorias foram premiadas, consagrando os vencedores: Printek Etiquetas e Rótulos, Rotatek, Damver Adesivos, Indemetal, Mack Color, Impress Soluções, Ready do Brasil, Automação Rótulos, RR Donnelley, Catuaí e Contiplan. A segunda edição da Flexo & Label já está confirmada. A feira será antecipada para não coincidir com outro evento do setor, a Fespa Brasil, como aconteceu neste ano. A Flexo & Label 2021 será entre os dias 9 e 12 de março. Segundo a organizadora, a feira ganhou mais um dia de visitação e terá sua área aumentada, uma vez que 90% dos expositores já confirmaram presença.


H

á mais de uma década o gráfico — fundada em 1992 e uma das maiores da tem avançado para a tecnologia América Latina em capacidade de impresdigital. As ex­pe­riên­cias mais bem-​ são e acabamento — em abril de 2017. Com ­sucedidas são aquelas que conse- a consolidação, o grupo está operando com guem dar um passo além, explorando as pos- duas unidades fabris: a localizada em Ba­rue­ri sibilidades abertas pelo processo em frentes (SP), onde trabalham 600 profissionais, dedique extrapolam a personalização. No caso da cada ao processamento e emissão de docuLog&Print, o caminho foi inverso. O digital foi mentos transacionais; e a gráfica, em Vinheao encontro do offset. E mais. O Grupo Print do (SP), com 700 fun­cio­ná­rios. De acordo com Laser, líder no mercado tran­sa­cio­nal, enxer- Alexandre Batista, diretor de mar­ke­ting e regou na gráfica a chance de dar um novo co- lações com o mercado do Grupo Print Laser, lorido ao pacote de serviços oferecido aos as plantas permanecerão separadas, porém clien­tes editoriais. Usando toda a sua ex­pe­ as marcas serão unificadas em 24 meses. riên­cia na gestão e processamento de dados, a Print Laser preconiza agora uma mudança na mentalidade dos editores, propondo uma nova forma de pensar o livro. A oportunidade surgiu há dois anos. Optando pelo modelo M&A (mergers and acquisitions), com a consolidação sendo rea­ li­za­da por meio da troca de ações, o Grupo Print Laser assumiu o comando da Log&Print

Segundo Alexandre, o desejo de expandir os ne­gó­cios para o universo edi­to­rial nasceu em discussões sobre os caminhos da indústria gráfica fomentadas pela In­ter­na­tio­nal Printers Network (IPN), comunidade da qual ele participa. “Vislumbramos um futuro promissor para o impresso customizado e inteligente, seja um livro, uma revista ou um catálogo, justamente o que a Print Laser faz há 25 anos com os documentos transacionais.” Consolidadas as empresas, 2017 foi dedicado ao aprendizado sobre o mundo edi­to­ rial e à definição da tecnologia de impressão




digital mais adequada ao projeto do grupo. Reforçando a aposta nesse segmento, ainda em 2017 o Grupo Print Laser comprou a divisão gráfica da Pear­s on, um dos maiores players privados de educação no Brasil. Em mea­dos de 2018 os novos equipamentos foram instalados e começaram a operar. Estoque zero O desafio agora é mostrar-​­se ao mercado como uma gráfica edi­to­r ial digital, na qual os be­ne­fí­cios da tecnologia excedem a personalização e a via­bi­li­za­ção das pequenas tiragens. “Estamos propondo o process on demand, um passo à frente do print on demand. A impressão pro­ pria­men­te dita é uma das vá­rias etapas. O que acontece antes da impressão, que é a gestão dos arquivos e do con­teú­do, a inteligência na customização e formatação, e depois, com uma pós-​­impressão

que acompanha a velocidade do digital, é o que faz toda a diferença”, afirma Alexandre. “Temos dois ou três clien­tes que já assimilaram a nossa proposta. Um deles, inclusive, está com sua equipe de desenvolvimento de produto aqui dentro para que os novos títulos já partam do conceito de estoque zero”, afirma Cássio Batista, diretor geral da Log&Print. A proposta da gráfica para o segmento edi­to­rial é am­bi­cio­sa. Segundo Alderano Fileni, diretor de inovação e tecnologia do Grupo Print Laser, o que está em curso atual­men­te na Log&Print corresponde à

primeira fase do projeto, que é o atendimento a demanda por tiragens cada vez menores. O passo seguinte será melhorar o fluxo de compra, com modelos mais dinâmicos de armazenamento de con­teú­do, cotações e pedidos, facilitando o trâmite entre as editoras e a gráfica. O projeto prevê a integração desse sistema com os am­bien­tes de compra e soft­wares de gestão (ERP, SAP) das pró­prias editoras, objetivando automatizar a gestão dos estoques. “Vimos uma editora nos Estados Unidos atuan­do com sucesso dessa forma. O con­teú­do fica na gráfica e a reposição


re gionalizados.” Em paralelo às soluções digitais, a gráfica segue com toda a sua estrutura offset para médias e grandes tiragens, capacidade que hoje gira em torno de 70.000 toneladas de papel por ano. A expectativa da diretoria é de que a nova estratégia represente, em 2020, um acréscimo de 30% na receita da Log&Print com a produção de livros. é controlada pelo ERP, que mantém um estoque mínimo de 25 exemplares para cada título. Ao se atingir esse limite, automaticamente gera-se um pedido e a reposição é feita continuamente, reduzindo muito os custos das editoras. E isso só funciona com contratos semestrais, anuais, o que garante a fidelização das editoras para com a gráfica.” A terceira fase, vantajosa sobretudo para o segmento educacional, é abraçar toda a cadeia de valor, desde a automação de pedidos até a logística de distribuição dos livros. A meta é absorver uma parte do trabalho realizado pelos agentes logísticos, que é a separação ou aglutinação dos títulos

conforme o destinatário final. “Hoje os grupos educacionais compram de maneira cíclica uma quantidade mínima de determinados títulos e os mantêm nesses operadores logísticos. Queremos simplificar e automatizar esse processo, reduzindo a necessidade de se ter papel impresso em estoque.” Mas, como ressalta Cássio, a Log&Print não é só livro. A receita da gráfica está equilibradamente dividida entre livros e revistas, tabloides e catálogos. “A experiência no transacional também nos tem permitido acompanhar a transição para tiragens menores desses produtos, viabilizando a produção de revistas de nicho e catálogos

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Bobst tem novidades para o mercado nacional

Sob nova direção, empresa está trazendo para o Brasil três produtos na área de corte-vinco, dobra e colagem de cartuchos. O foco é a automação.

Eduardo Petroni assumiu em junho do ano passado a presidência da Bobst Latinoamerica do Sul

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ano de 2018 foi especial para a Bobst Latinoamerica do Sul. Além de representar a conclusão de um período de ajustes que culminou, em junho, com a nomeação de um novo presidente, Eduardo Petroni, o ano passado foi um dos melhores para a companhia nos últimos tempos. O faturamento cresceu 16%, alavancado sobretudo pela venda de oito equipamentos que estão sendo entregues até meados deste ano. “Estamos com a produção comprometida até o meio do ano e as perspectivas são boas também para o segundo semestre”, afirma o executivo, ex- Océ-Canon. O motor desse bom resultado foi o aumento na demanda por parte de gráficas que atuam no segmento far macêutico, alimentício e pet. Ajudou também a procura por soluções para embalagens em micro-ondulado, impulsionada, por sua vez, pela mudança nos hábitos de consumo nos grandes centros urbanos. De acordo com o presidente, a migração dos hipermercados para as lojas de bairro vem acompanhada da necessidade de embalagens menores, muitas vezes para consumo imediato. “Algumas redes já têm espaço para que o consumidor aqueça ou prepare sua refeição no próprio local. Atentas a esse movimento, empresas como Klabin, Trombini e Brasilgráfica retomaram os investimentos,

A nova versão da corte‑vinco Novacut 106 E‑30 já está sendo fabricada no Brasil

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visando principalmente ao aumento da produtividade por meio da automação de processos.” Respondendo a esse movimento, a Bobst passa a fabricar no Brasil a nova versão da cortevinco Novacut 106 E 3.0 e do módulo Speedwave para dobradeiras-coladeiras, além do sistema Cartonpack 4. A nova corte-vinco, lançada mundialmente em 2018, se destaca pela troca rápida de trabalhos e alta produtividade. O Speedwave eleva a produtividade na produção de cartuchos de fundo automático, diminuindo o tempo de acerto em mais de 50%, enquanto o Cartonpack 4 faz o empacotamento automático de caixas na saída das dobradeiras-coladeiras. REFORÇO NA EQUIPE

Afora os novos equipamentos, a Bobst pavimentou seu crescimento incrementando sua equipe. Desde a chegada do novo presidente, quinze profissionais foram contratados, metade deles destinados à área de serviços, fortalecendo o atendimento não só no Brasil quanto nos principais mercados latino-americanos. O departamento, que teve forte crescimento, é agora liderado por Gustavo Guerreiro, que conta com um novo portfólio de produtos, incluindo serviços essenciais, soluções de manutenção, serviços especia lizados, Boost my Bobst e serviços remotos. Um dos destaques é o Maintenance Plus, pacote de manutenção preditiva envolvendo ava liação e reforma das máquinas, evitando possíveis falhas. O Competence Center, inaugurado em maio de 2017 na fábrica da Bobst, em Itatiba (SP), também tem colaborado para a empresa se aproximar e entender as demandas dos clientes. De acordo com Eduardo Pereira, diretor comercial, o centro de competência tem um índice elevado de uso, sendo frequentado por gráficos, convertedores e fornecedores de insumos, que procuram o espaço para testar seus produtos. Renovado, o espaço está recebendo os três lançamentos, mais o Easy feeder 4 e a dobradeira- coladeira Ex pertfold 80 A -1, equipada com os sistemas Accubraille GT (capaz de aplicar até oito linhas em braile) e a Novacut 106 ER .


O sistema Cartonpack 4 faz o empacotamento automático de caixas na saída das dobradeiras‑coladeiras

A expectativa para os próximos meses é positiva também com relação aos ne­gó­cios com os demais paí­ses da América Latina, responsáveis por 40% da receita da unidade brasileira. Apesar das oscilações, a Argentina continua sendo o principal comprador, seguida pelo Chile, onde tem crescido a procura por soluções para micro-​­ondulado principalmente em função da

exportação de frutas para a China, e o Paraguai, conduzido pela indústria de cigarro. Por falar no país asiá­ti­co, os entraves oca­sio­na­dos recentemente pela briga co­mer­c ial China-​­Estados Unidos têm igualmente fortalecido a operação Brasil, na medida em que a unidade de Itatiba vem sendo acio­na­d a para cobrir necessidades pontuais de empresas norte-​­americanas.

Eduardo Pereira, diretor comercial

BOBST www.bobst.com março /abril 2019  REVISTA ABIGR AF

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GESTÃO

Hamilton Terni Costa

Dez pontos para uma mudança nos negócios

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esde o lançamento do livro Gráfica: uma indústria em transformação, no final do ano passado, tenho tido a oportunidade de apresentá-lo em diferentes locais, cidades e países. Para diferentes plateias, ainda que dentro do ambiente gráfico. Tem sido prazeroso poder dividir informações e ideias. E receber inputs e questionamentos. A rea lidade é que o momento não poderia ser mais propício a essa troca de informações dado o grau de insegurança que predomina em muitas empresas do setor. Para onde ir e como fazer para ir é uma preocupação constante de muitos empresários gráficos, especialmente os que estão trabalhando com segmentos mais afetados pela transformação nas comunicações, de um lado, e pela incerteza da economia, por outro. Na rea lidade, o Brasil vem vivendo o pior dos mundos no nosso segmento pela junção dessas duas coisas: economia e tecnologia. Se olharmos as estatísticas mundiais do setor gráfico, vemos que seu crescimento vem sendo mantido principalmente pelos chamados países emergentes, pois nos países desenvolvidos a substituição de material impresso por equivalente digital é ainda mais forte. O que — uma vez mais coloco — não significa, nem de longe, o fim da impressão e de sua importância. Como aliás está bastante bem explicado no livro. Mas, voltando ao cerne, o Brasil, como importante economia emergente, deveria, por sua magnitude e extensão, apresentar índices de crescimento consideráveis no setor. Não os vem apresentando por termos vivido a maior recessão de nossa história nestes anos recentes. E aí juntamos as coisas: substituição de produtos e recessão econômica. Ou seja, algo bem mais pesado que o ar caiu sobre nosso setor — e em outros, obviamente.

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Daí o fechamento de muitas empresas, a diminuição da carteira de pedidos em muitas outras, a dificuldade em manter crescimento e, claro, a velocidade das mudanças tecnológicas, os novos comportamentos dos clientes e consumidores e um horizonte não muito claro à frente. Nem todos vivenciam isso, é claro. Há setores em pleno desenvolvimento como os de rótulos e embalagens flexíveis, os nichos de impressão de grande formato, a impressão industrial e outros. Além, óbvio, daqueles que souberam ajustar ou criar modelos de negócio que se mostraram vencedores nesse ambiente. Gráficas de revenda, comercia lização online via web-to-print, prestação avançada de serviços que reduzem custos de clientes como os de logística, projetos, design, pré-mídia e vários outros. Contudo, muitos dos que sobreviveram nestes tempos bicudos estão, sim, se questionando para onde ir, como repensar o negócio e, mesmo, como sobreviver nesse redemoinho de mudanças e seus desafios. Dentro das apresentações que temos feito, especial mente as que são mais interativas permitindo maior diá logo com os participantes, temos apresentado, com algumas va riações, um conjunto de 10 pontos que funcionam como um possível roteiro para um repensar do negócio. Eles estão expostos a seguir: 1 Atitude: a decisão de mudar Visão, liderança e evangelização. Parece simples, mas sabemos que não é. Nem simples, nem fácil, mas temos de encarar a rea lidade. O mundo vive um processo de transformação em uma velocidade nunca vista. Não há como fugir. Essa transformação já está afetando e irá afetar todos os aspectos de nossa vida e de nossos


negócios. Digitalização dos processos, novas demandas de clientes, interação do físico com o digital e muitas outras questões estão sobre a mesa e nada será o mesmo em pouco tempo. O incrível é que muitos ainda não se convenceram disso. Por isso há que se convencer que temos de mudar. Buscar informação. Ir a debates, discussões sobre o que se avizinha, o que já está afetando nossos clientes e seus negócios. Como dono do seu negócio, convencer- se. Para estabelecer uma nova visão de futuro e passar isso a seus colaboradores. Isso não é delegável. É, mesmo, de cima para baixo. É necessário exercer a liderança dessa mudança e evangelizar a todos. 2 Buscar diferenciação Nos diferenciamos da concorrência? No Brasil mais de 80% das gráficas não se diferenciam umas das outras. As questões que se colocam são: qual a nossa mensagem ao mercado? Que problemas resolvemos dos nossos clientes? Qual a sua proposta de valor? Isso está claro em suas comunicações? Nos seus contatos de venda? Na rea lidade, a comunicação das gráficas na grande maioria dos casos se refere a seus equipamentos e instalações. São raros os casos em que se apresentam soluções de problemas reais, de dores de clientes. E é nisso que temos de enfatizar. Não na marca ou no tipo de máquina que temos, mas o que fazemos para resolver as dores dos clientes. Seja em serviços que prestamos além dos produtos que fazemos, seja em respostas a dúvidas pertinentes. É preciso ser um real prestador de serviço e mostrar isso de fato. Nas comunicações, nos contatos, no dia a dia. Isso é o que fazemos por você. Ponto. Um bom início para começar a diferenciar-se. 3 Qual o meu negócio estratégico? Pergunta-chave para repensar todo o negócio. Theodore Levitt, consagrado professor de Harvard, em artigo seminal nos anos 60 chamado A Miopia de Marketing, muito apropriada mente fez esse questionamento quando demonstrou, entre outros exemplos, que o negócio das ferrovias começou a declinar por não perceberem que estavam no negócio de transporte e não no negócio específico de trens. Assim também fazem muitos. Ao serem perguntados, dizem que são impressores ou gráficas de embalagens, de material promocional ou editorial, sem se darem conta de que estão, estrategicamente, em um negócio muito mais amplo, o de comunicação e proteção e logística de marcas e produtos,

os de meios de comunicação de marketing ou de meios de difusão de conteúdos, respectivamente. A rea lidade é que esse entendimento muda tudo. Uma coisa é o pensamento restrito, ao que estamos acostumados a fazer. Outra é o entendimento da amplitude que podemos ter ao perceber as diversas possibilidades de um negócio, mais do que a manufatura ou execução do que fazemos hoje. Esse é um exercício vital para buscarmos alternativas que nos permitam criar serviços e produtos de prazo mais longo. Portanto, pare e reflita. Já. 4 Buscar os clientes válidos: quem são, como são, como pensam, como decidem, do que precisam? Temos, em geral, uma carteira de clientes. Se fizermos uma boa análise será que identificamos quais são efetivamente os clientes que pagam nossa operação, o que nos deixam de margem? Por quê? Temos como traçar um perfil desses clientes? Não será porque eles reconhecem o valor do que ofertamos e pagam por isso? E outros, não? Pois são aqueles que deveremos procurar ao mesmo tempo que nos livramos destes. Por muito tempo usei a sigla TBC para ilustrar esse fato. Significa “Tire a Bunda da Cadeira e vá visitar os clientes que interessam”. Parece piada, mas não é. Caminhar dentro do cliente e ser parte do seu negócio é tão estratégico quanto a questão que coloquei anteriormente. O bom de hoje, se soubermos fazer, é que, além da visita e do relacionamento pessoal, há maneiras de nos inteirarmos dos seus negócios e sermos relevantes, ainda que à distância. Mas a detecção desse cliente é fundamental. O que nos respeita e valoriza. Pela forma como fazemos e pelo que entregamos a ele como solução dos seus problemas. Aí crescemos juntos. E ganhamos juntos. Fora isso é pura briga de preço. E acúmulo de prejuízos. Pense nisso. 5 Reveja sua abordagem comercial Novos tempos, novas vendas. Se temos um negócio estratégico bem definido e uma proposta de valor atrativa, a forma de venda, especialmente a clientes empresas, (B2B), a venda transacional — a que busca cotações, oferece descontos e tenta fechar o negócio — não é a mais adequada. É preciso construir um arsenal comercial que vai da venda consultiva, em que buscamos entender as necessidades do cliente e oferecer soluções, até a chamada venda desa fiadora, ou de insight, em que mostramos possíveis pontos de dor ao cliente e também levamos soluções. março /abril 2019

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Claro que em um mundo onde a compra profissional de preço se intensifica, não é simples armar uma estrutura comercial adequada. Mas é bem possível. A partir de um processo profissional de geração de leads e uma abordagem preparada para o tipo de cliente que buscamos, a geração de negócios acontece e floresce. A questão aqui é darmos a ênfase que a área comercial necessita. Uma carência em muitas empresas que preferem atacar o que o concorrente fornece, não é assim? 6 Aprenda e use marketing Parece brincadeira, mas é muito sério. O setor gráfico, em geral, desconhece marketing. Seu foco é exclusivamente comercial, não é mercadológico. Especialmente nos dias de hoje, em que as ferramentas de marketing se multiplicam e se diversificam com os novos meios digitais e a explosão das mídias sociais. Começar a dominar esse ambiente é fundamental. Trazê-lo para o negócio, ainda mais. Afinal queremos sobreviver, não é mesmo? Ficar fora desse mundo é desaparecer. Duvida? 7 Ajuste na organização: perfil do pessoal. À medida que vamos avançando em nossa conversão, para uma nova concepção de negócio, atraindo e interagindo com clientes que nos valorizam e buscando soluções que nos di ferenciem, nossos colaboradores têm de estar completamente envolvidos no negócio e trazer ainda mais contribuições para seu desenvolvimento. Nesse processo, aqueles que não se enquadram nessa nova disposição ou já foram dispensados ou já saíram por não se adequarem à empresa. Com isso atraímos novas pessoas e entre elas as novas gerações que já vêm com uma nova cabeça, uma outra forma de encarar as coisas e o ambiente de trabalho. Mais do que tentar doutriná- los, aprenda com eles e se ajuste. Ajuste também o ambiente de trabalho. Crie áreas de convivência e troca de ideias, mude a forma de comunicação interna. Busque maior participação e interatividade. Você só tem a ganhar com isso. 8 Produtividade e eficiência: aprimorar os fundamentos é essencial. Independente de quanto se agrega de valor ao negócio, eficiência é essencial. Trabalhar e controlar os fundamentos: custos, preços, pós-cálculo, gerenciamento da produção, entregas no prazo, eficiência operacional. Gerenciar o OEE — a eficiência global dos equipamentos. Automatizar o

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que é repetitivo. Ter política de qualidade. Enfim, ser eficiente, e ter produtividade, que é produzir mais com mais qualidade e menos desperdício. Essa luta é constante e um objetivo permanente. 9 Tecnologia e inovação: como será sua plataforma digital operacional e digital? Avançar na tecnologia gráfica mantém você no negócio. Entendê-la como meio e não como fim é um bom passo para não ficarmos dependentes de marcas ou máquinas. Tudo o que temos hoje dentro da empresa tem que ser voltado a entregar valor ao seu cliente válido. Imagine que tudo é alugado e flexível, ou seja, deve ser mudado de acordo com os mercados ou os clientes-alvo e as mudanças de suas necessidades. Sei que não é assim tão simples, mas o conceito é que deve ser entendido. Temos que nos ajustar ao mercado o mais próximo possível de suas mudanças. Incorporar inovação é essencial também. Seja a de melhoria constante, a semirradical, que muda tecnologia ou o modelo de negócio, seja a radical, que muda tecnologia e modelo de negócios. Não esquecer que estamos adentrando nas formulações da indústria 4.0. Conheça suas tecnologias habilitadoras e que gradualmente estarão sendo incorporadas pelo setor. Por fim, pensar na sua plataforma digital: seu conjunto de soft wares que vão desde a oferta de venda e serviços aos clientes até a própria gestão do negócio. Sei que tudo isso parece gigantesco, mas, repito, é uma questão de conceito e direcionamento. A própria evolução da empresa leva a isso, gradualmente 10 Startup: que tal pensar como uma para novos projetos? Para terminar, incorpore a mentalidade das startups no desenvolvimento de novos projetos. Para ser mais rápido e menos custoso. Definir um produto ou serviço mínimo viável, ofertá-lo, ver as respostas. Deu errado, pivotear, refazer e oferecer de novo, até acertar. No fim retorno ao começo. O processo de mudança começa em você e na vontade de avançar e conseguir. Em sua atitude. Sem isso nada do resto acontece. Pense nisso. Que tal começar já?

Hamilton Terni Costa hterni@anconsulting.com.br é diretor da AN Consulting, www.anconsulting.com.br e diretor para América Latina da APTech (antiga NPES)


Inscrições abertas para o XXV Concurso Theobaldo De Nigris A Abigraf Nacional sistematizou todo o processo de inscrição e de acompanhamento dos resultados. Você vai ficar conectado o tempo todo por meio do site www.theobaldodenigris.com.br com todas as etapas do Concurso. O primeiro passo para sua participação é preencher o formulário de inscrição com todos os dados da empresa e, em seguida, fazer a identificação do produto a ser inscrito. Rápido e fácil. Não se esqueça de fazer o download do Regulamento. Acompanhe os prazos para que você não fique de fora deste importante prêmio.

Inscrições de 08 de abril a 19 de junho de 2019 Trabalhos produzidos de 01 de janeiro de 2018 a 18 de junho de 2019 Julgamento 29 de julho de 2019 Premiação 22 de agosto de 2019 Hotel Camino Real Polanco - Cidade do México Para mais informações, envie um e-mail para dmark@abigraf.org.br ou acesse o site www.theobaldodenigris.com.br

Realização

Coordenação

Promoção e Coordenação Nacional


HISTÓRIA VIVA Por: Tânia Galluzzi

Plinio Gramani

Foto: Tânia Galluzzi

A seção História Viva foi criada para registrar os passos, desafios e conquistas de personagens marcantes no universo da comunicação impressa. Ela se presta a mostrar esses profissionais em sua melhor versão. E nesta edição comemorativa falaremos, com parcialidade assumida, daquele que fez da Revista Abigraf a maior referência do setor.

Ao mestre, com carinho

H Aos 18 anos, dezembro de 1954

á tempos vínhamos ensaiando retratar a trajetória de Plinio Gramani. Não foi fácil convencê-lo. Avesso à autopromoção, sempre encontrava uma forma de escapulir. Seu principal argumento: “há outras pessoas mais representativas para o setor, eu não preciso aparecer”. Aí chegou o número 300, oportunidade perfeita, e ele não teve como escapar do cerco que fizemos na reunião de pauta. Resignado, mas satisfeito (tenho certeza), entabulou, numa conversa de mais de duas horas, os principais episódios de sua vida profissional, intimamente ligada à indústria gráfica desde 1983. Meu objetivo aqui é provar para ele e para algum desavisado que esteja chegando agora ao mercado gráfico, sua representatividade ao levar adiante o principal veícu lo de comunicação setorial. No papel de diretor responsável pela Revista Abigraf, ele fez muito mais do que reinventar a publicação a ponto de fazê-la admirada até por pessoas que nada tem a ver com o universo da impressão. Plinio foi e continua sendo um agregador, uma pessoa capaz de criar elos entre profissionais e empresas. Reconhecido pelo equilíbrio e lucidez, era frequentemente consultado sobre os mais variados assuntos. Seus longos bate-papos ao telefone nos fins de tarde ficaram famosos.


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Ao contrário do que muitos pensam, a Revista Abigraf não começou com a Gramani. A publicação já existia desde 1975. Nas mãos de Plinio alcançou um outro patamar, a ponto de ser escolhida por iniciativa da Bi­blio­te­ca Na­cio­nal como órgão ofi­cial da participação brasileira no Salão do Livro de Paris, em 1998, edição es­pe­ cial em Português/Francês, que foi dis­tri­buí­da no evento na capital francesa. O envolvimento dele com a indústria gráfica começou em mea­dos da década de 1980, quando o pro­f is­sio­nal di­re­cio­na­va seus esforços para o promissor mercado de revistas es­ pe­c ia­li­z a­d as. Na época já contava 33 anos de 2

atividade, ini­cia­da aos 14 anos, na empresa da família (uma so­cie­da­de de seus tios e seu pai), que tinha entre seus ne­gó­cios uma indústria de papelão em Itapira (SP). Nascido em Ruilândia, distrito do município de Mirassol, in­te­r ior de São Paulo, Plinio é o segundo de cinco irmãos. Em 1942 a família mudou-​­se para o bairro de Moe­ma, na capital paulista, e ainda adolescente Plinio começou a trabalhar. Depois da venda da empresa, ele passou por vá­r ias com­pa­nhias, incluindo a função de relações públicas na Coca-​­Cola e uma passagem de um ano e meio pelo Rio de Janeiro trabalhando na Cia Refrigerantes Gua­na­ba­ra (Grapette), até assumir a gerência da fi­lial paulista da Abae­té Propaganda, em 1963, onde permaneceu por seis anos e meio. Em so­cie­da­de com o publicitário Alberto Figueiredo, criou em 1969 a Figram Propaganda, que em 1982 fundiu-​­se com outra agência, a Nobel, transformando-​ ­se em Link Publicidade, mais tarde Clemente

1 Comissão organizadora do 8º Congresso Brasileiro da Indústria Gráfica. Atrás (E/D): Flávio Marques Ferreira, Mário César de Camargo, Luiz Vasone e Pery Bomeisel; no meio: Fernando Pini, Hamilton Terni Costa, Wlademir Araújo, Peter Rohl e Osmar Belmonte; à frente: Adolpho Cyriaco, Elizabeth Agatão, Loester Fioravanti, Sidney Fernandes e Plinio. Julho de 1990, na antiga sede da Abigraf à Rua Marquês de Itu 2 Plinio, à esquerda, participa de programa na TV Record com sorteio de passagens para a Copa da Inglaterra, concurso realizado pela Abaeté para a indústria de fósforos. À frente (E/D), aparecem Alberto Figueiredo, seu futuro sócio, e o artilheiro da seleção brasileira na Copa de 1950, Ademir de Menezes. No centro, o apresentador da Record, Blota Júnior. No fundo, à direita, o cantor Wilson Simonal. Plinio, gerente da Abaeté SP, comandou a comitiva dos 42 premiados à Copa. 30 de abril de 1966 3 Os quatro sócios da Clemente e Associados, na sede da agência. Plinio, ladeado (E/D) pelos irmãos Flavio e Cassio Clemente. À direita, Thomaz Pedroso. 21 de setembro de 1987

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PERSONALIDADE AGREGADORA

4 Comemorando os seus 40 anos, a Revista Abigraf reuniu para um bate‑papo os presidentes (na época) e ex‑presidentes da Abigraf. Em pé: Alfried Plöger, a jornalista Tânia Galluzzi, Sidney Anversa Victor, Fabio Arruda Mortara, Levi Ceregato e Mário César de Camargo. Sentados: Plinio, Pery Bomeisel e Max Schrappe. 23 de outubro de 2015 5 No 7º Prêmio Fernando Pini. Novembro de 1977 6 Plinio foi membro da comissão julgadora do Prêmio Fernando Pini durante muitos anos. Aqui, ele aparece com os jurados do 9º Prêmio. Setembro de 1999

e As­so­cia­dos, até ser vendida em 1989. Bem antes disso, em 1978, nascia, dentro da Figram, a Clemente e Gramani, junto com Flávio Clemente, para atender o promissor segmento de publicações empresariais. A editora chegou a produzir 15 veí­cu­los corporativos si­mul­ta­nea­men­te. O encontro com a indústria gráfica deu-​­se pelas mãos de Luiz Vasone, que presidiu a Abigraf‑SP entre 1986 e 1992. Contemporâneo de Flavio Clemente na Fundação Getúlio Vargas, Vasone, então vice de Max Schrappe, convidou a editora, em 1983, para apresentar um projeto para a Revista Abigraf, que enfrentava dificuldades tanto com relação ao con­teú­do quanto à parte co­mer­cial. “A revista era deficitária e a entidade não tinha como assumi-​­la. O Max foi taxativo: ‘Se vocês não aceitarem cuidar da revista, vamos encerrá-​­la. Se aceitarem, o risco é todo de vocês. Não vamos colocar nenhum tostão’.” Ao longo dos anos, Max se tornaria um en­tu­sias­ta do trabalho da editora. 6

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Respaldado pela editora e pela agência e vislumbrando o po­ten­cial do veí­cu­lo, Plinio abraçou o desafio e foi ao mercado exercer uma de suas maiores aptidões: construir par­ce­r ias. A primeira a comprar a ideia foi a Suzano, ini­cian­do um re­la­cio­na­men­to que perduraria por décadas. Em setembro de 1983 sairia o primeiro número com Plinio Gramani como diretor responsável. O mercado aplaudiu a nova versão da revista, mas a virada aconteceria em 1988, durante a Fie­pag, a feira mais importante do setor na época, quando a revista estampou pela primeira vez a obra de um artista plástico na capa, Oswaldo Miranda, o Miran, abolindo completamente as 5

chamadas. “Fazer as capas era uma dor de cabeça e a ideia de reservar um espaço para a arte encaixou-​­se perfeitamente. Alguns diretores da Abigraf não gostaram, e por vá­rios anos tivemos de conviver com olhares en­v ie­sa­dos, mas a aprovação maciça dos leitores foi soberana”, comenta Plinio. No ano seguinte, outra decisão que colaborou para a revista romper os limites do setor gráfico. A cria­ção da seção Fotografia, com a publicação do trabalho de David Zingg. A partir de 1989, após a venda da agência, Plinio incorporou definitivamente o papel de editor, dedicando-​­se exclusivamente à Clemente e Gramani. A Revista Abigraf só crescia, registrando, no mês an­te­r ior ao anúncio do Plano Collor e do confisco da poupança, seu melhor desempenho co­mer­c ial. Todo o faturamento foi retido, exceto os valores acertados com dois anun­cian­tes, Kodak e IBF, cujo pagamento foi feito em dólar. “Foi o que nos salvou.”


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Conduzida com pro­f is­sio­na­lis­mo, a revista transformou-​­se na principal ferramenta de divulgação da entidade, além de aproximar Plinio de figuras como o mestre dos quadrinhos Álvaro de Moya, o designer Claudio Ferlauto, o gestor Hamilton Terni Costa, que se tornaram colaboradores, e o artista gráfico Tide Hellmeister, autor de vá­r ias capas tanto da revista quanto de seus suplementos e das duas primeiras edições do Anuá­r io Brasileiro da Indústria Gráfica. A publicação a­ nual é outro marco importante na trajetória do diretor da Revista Abigraf. Idea­li­za­do em 1985, si­mul­ta­nea­men­te ao lançamento pela editora do Free Shop, voltado aos fornecedores de brindes, o anuá­r io só vingaria em 1996, graças ao apoio de Mário César de Camargo à frente da Abigraf‑SP. “Já na segunda edição, o anuá­r io virou a grande referência do setor”, comenta Plinio. A ex­pe­r iên­cia com uma publicação de maior fôlego serviu de base para novos voos, pavimentando o caminho para a produção de livros. O primeiro deles, Abigraf 40 Anos, foi lançado em 2005. Depois veio Da Arte do Brasil, em 2006, antologia com a reprodução de 22 ma­té­r ias sobre arte publicadas na Revista Abigraf, escritas por Ricardo Viveiros, jornalista que colaborou com a publicação por 20 anos. Seguiram-​­se, entre outros, 200 Anos da Indústria Gráfica no Brasil (2008); ABTG 50 Anos, a Construção do Futuro (2009); A Família Empresária – Es­tra­té­g ias para o Século XXI (2011); Ikebana Ikenobo, O Caminho das Flores (2014); Nonô, do Sonho à Velocidade (2017); e, em 2018, Éramos Vinte – A História

do Corpo de Bombeiros de São Paulo. A Clemente e Gramani (hoje Gramani Editora, após a saí­da de Flávio Clemente da sociedade em 2016) também conduziu por 20 anos a revista Tecnologia Gráfica e foi responsável pelo desenvolvimento do projeto e execução das primeiras sete edições da Revista Fundabom, órgão da Fundação de Apoio ao Corpo de Bombeiros de São Paulo. Plinio faz questão de lembrar de pes­soas que o ajudaram na transição entre a publicidade e a edição. “Três grandes profissionais in­f luen­cia­ ram meu modo de ver e pensar a revista: Mário de Camargo, fundador da Bandeirantes; Wilson Si­v ie­ro, diretor in­dus­trial da gráfica Hamburg; e Josef Brunner, profundo conhecedor das artes gráficas.” No rol de par­ce­r ias longevas estão também esta que vos escreve e Cesar Man­g ia­ ca­val­li, diretor de arte, ao lado de Plinio desde 1988, e o produtor gráfico João Carlos de Pinho, a partir de 1997. Casado com Laurice, com quem tem uma filha, Giuliana, o editor tem duas paixões: a família e o trabalho. Aos 82 anos, não pensa em parar, lutando contra as duas crises que insistem em emagrecer a Revista Abigraf: a do próprio meio, que tem visto as verbas pu­bli­c i­t á­ rias minguarem ano após ano, e a econômica. “Conversando com alguns executivos tenho a sensação de que eles estão esquecendo que tiram o seu sustento da indústria da impressão, re­nun­cian­do ao princípio de sua atividade.” Remando contra a maré segue Plinio, até quando o mercado gráfico enxergar valor na comunicação impressa.

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7 Profissionais e colaboradores envolvidos com a Revista Abigraf, na festa dos 35 anos da publicação. Atrás (E/D): Cesar Mangiacavalli, Rosaria Scianci, Tainá Ianone, Livian Corrêa e Regina Célia Dias (encoberta). À frente: Álvaro de Moya, Ricardo Viveiros, Laurice Gramani, Plinio, Giuliana Gramani, Tânia Galluzzi, Sandra Pfeiffer, Ada Caperuto e Clarissa Domingues. 26 de outubro de 2010 8 Na mesma festa, Plinio foi homenageado pelo Sistema Abigraf, com placa entregue por Mário César de Camargo, presidente da Abigraf Nacional

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Domingos Ricca

O processo sucessório e a gestão do conhecimento sucessão é considerada tão importante na literatura, que alguns autores definem empresa familiar como potencial para sucessão. Ela seria, então, uma empresa cujo controle e gerenciamento seriam passados para a próxima geração da família, quer seja por vontade dos herdeiros de assumir a sucessão, quer seja pela herança propriamente dita. O maior desafio é per petuar a empresa para as próximas gerações. É preciso responder a: Como transferir o conhecimento sobre a trajetória da empresa? Como fazer com que os sucessores compreendam as características do negócio profundamente? Como agir para que os conflitos vinculados às disputas internas não se instalem na empresa e na família? As estatísticas confirmam que a sucessão é uma questão tipicamente problemática: apenas 30% das empresas fami liares sobrevivem à segunda geração e apenas 5% à terceira. O herdeiro será um sucessor qualificado, a medida em que haja o direcionamento de sua formação profissional, além de ava liações periódicas de performance para mensurar e orientar seu desenvolvimento. Cabe ressaltar que o melhor mentor para o sucessor durante o processo de formação é quem fundou a empresa. Aquele que conhece profundamente o empreendimento, e que vai poder orientá-lo, sem comprometer a continuidade dos negócios da família. Porém, mesmo tendo o fundador atuante no processo de formação do sucessor, é necessário que haja uma estruturação formal do conhecimento. Exemplo: fluxo dos processos organizacionais, normas e regras corporativas, relatórios e manuais empresariais. Estes materiais são conhecimento formalizado pela organização e deverão ser entendidos pelo sucessor. Além disso, o sucessor deverá acumular ex periência, ou seja, vivência que permita entender, utilizar e otimizar o conhecimento formal acumulado pela organização durante sua existência, e modernizado ao longo dos anos. Para garantir que o processo sucessório seja adequado e eficaz, é fundamental considerar a gestão do conhecimento orga ni zacional, que irá respaldar, não apenas

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SUCESSÃO

as ações de treinamento do sucessor, mas também a sua educação corporativa, que proporciona rão o aprimoramento das habilidades daquele que assumirá a gestão dos negócios da família. A fim de entendermos melhor a gestão do conhecimento, é necessário apresentar os tipos de conhecimento disponíveis para a organização, a saber: ◆ Conhecimento tácito – adquirido a partir de ex periências pessoais; não formalizado; de difícil transferência, pois está baseado na percepção do indivíduo. ◆ Conhecimento explícito – conhecimento orga ni zacional; formalizado por meio de manuais, materiais didáticos (treinamentos); regulamento interno, entre outras ferramentas corporativas. É de fácil transferência, em virtude de já estar estruturado. O herdeiro muitas vezes é formado a partir do conhecimento tácito do fundador, o que se traduz, muitas vezes, em problemas de compreensão, pois quem herda não viveu a rea lidade do seu antecessor. Para que o sucessor seja bem preparado, a transferência da ex periência de quem empreendeu um negócio é crucial para a boa formação do profissional, mas será que isto basta? E como a segunda geração passará suas ex periências aos seus sucessores? Haverá, neste caso, a mesma riqueza de detalhes da primeira para a segunda? A formação do sucessor precisa ser planejada, o conhecimento deve ser formalizado e registrado, e é imprescindível que a modernidade seja adotada pela empresa, mas os valores e a filosofia do fundador devem ser mantidos e transmitidos às gerações futuras. A per petuação dos negócios fami liares passa, essencialmente, pela qua lificação dos sucessores e pela adoção de princípios de governança corporativa — pilares que sustentam a continuidade da empresa para as próximas gerações e a materia lização do sonho do fundador. Domingos Ricca é sócio-diretor da Ricca & Associados Consultoria e Treinamento e da revista Empresa Familiar. ricca@empresafamiliar.com.br www.empresafamiliar.com.br


FACAS

MLC Rotometrics

inaugura nova unidade A meta é triplicar a produção de facas flexíveis para flexografia, suprindo o mercado nacional e sul-americano.

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o dia 20 de março, a MLC Rotometrics reuniu cerca de 200 pessoas, entre clientes e parceiros, para a inauguração de sua nova fábrica. Localizada em Guaru lhos, na Região Metropolitana de São Paulo, a nova infraestrutura conta com unidade administrativa, de logística e fabril em uma área total de 3.000 m². Segundo o diretor executivo Manoel Lopes Correa, o objetivo é ampliar a capacidade de fabricação de facas flexíveis para aplicações flexográficas, saltando de cerca de 70 para 200 unidades por dia, visando atender todo o território nacional e também o mercado sul-americano. Na nova planta serão produzidas facas flexíveis para corte de rótulos, etiquetas autoadesivas, envelopes e outros itens, fabricadas de acordo com as necessidades do cliente. Dedicada, a fábrica conta com sistemas de produção e de controle de qualidade capazes de garantir o nivelamento do perfil de corte. “A produção local de produtos de alta tecnologia, além de agilizar o atendimento do mercado, também permitirá aos convertedores reduzirem os custos e aumentarem sua rentabilidade. Os clientes locais e da América do Sul poderão

adquirir as ferramentas diretamente no Brasil, em moeda local, evitando altos custos e diminuindo a carga tributária, que no Brasil, somando imposto de importação, frete e outros impostos, pode chegar a 110% do valor do ferramental. É uma economia muito grande”, afirma Manoel Correa. De acordo com Robson de Paula, vice-diretor executivo, entre adaptação do prédio, incluindo preparação especial do piso, contenção química e o sistema de tratamento de efluentes, foram investidos R$ 5 milhões, soma que se espera recuperar em até cinco anos. Hoje, as facas flexíveis são responsáveis por 45% do faturamento da empresa. O restante vem das ferramentas de corte maciças e dos cilindros portaclichê. A próxima etapa da empresa será a reorganização da unidade em São Paulo, na zona leste da capital, próxima à divisa com Guarulhos, que continuará a operar. Em atividade há 27 anos, a MLC foi comprada em 2015 pelo grupo Rotometrics, fabricante com presença mundial e mais de 60 anos de ex periência na indústria de conversão.

MLC www.mlc.com.br


Sérgio Ranalli

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Um olhar

F OTOG R A F I A

para os obstinados

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esiliência e tenacidade são valores caros a Sérgio Ranalli. Sem que ele tivesse consciência num primeiro momento, conduzem seu olhar para os que resistem diante das adversidades. Foi assim logo no início, ao registrar a vida em asilos no Norte do Paraná. É assim hoje, com o projeto Onde o verde não termina, com aéreas de árvores isoladas, imagens que reconstroem a rea lidade com delicadeza e poesia. Paulistano, 39 anos, Sérgio descobriu a fotografia por acaso, aos 16, enquanto acompanhava um amigo da família em um curso básico de

fotografia. Apaixonou-se, passando a pautar sua vida pela linguagem. Logo que terminou o ensino médio mudou-se para Londrina, onde moravam alguns parentes. O objetivo era fotografar idosos, dando início a sua vertente documental. Já formado em Jornalismo, o que reforçou seu desejo de retratar temas com apelo social, entrou para a equipe do jornal Folha de Londrina como repórter fotográfico. Em pouco tempo tornou-se editor de fotografia do periódico, com tiragem atual de 28 mil exemplares. Estava então estruturada sua carreira, que segue dividida entre a publicação diária e o trabalho documental.

Encantado pela fotografia desde os 16 anos, Sérgio Ranalli acolhe em suas lentes os sobreviventes, aqueles que insistem em permanecer firmes enquanto muitos sucumbem. Tânia Galluzzi


Na saga de seus projetos autorais, já passaram dian­te de suas lentes assuntos diversos que encontram na luta pela sobrevivência o ponto convergente. Das comunidades isoladas na Amazônia, clicadas entre 2009 e 2018, ao acompanhar um grupo do hospital da Marinha, à população do Haiti, devastado por tempestades, furacões e tormentas políticas no final da década passada, Sérgio Ranalli colhe

imagens contundentes e sensíveis, de cores fortes, assim como seus personagens, que já lhe renderam vá­r ios prê­mios. Há três anos encantou-​­se com as possibilidades abertas pelos drones. A técnica trouxe um contraponto ao seu trabalho, que desde então alterna entre a proximidade e o dis­tan­ cia­men­to, num jogo de beleza intensa. “80% do que faço atual­men­te vem do drone. Já fazia foto aé­rea e quando o equipamento ficou mais acessível, foi impossível não embarcar”, diz Ranalli.

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Ao mesmo tempo em que se rende à inovação, o fotógrafo convive com o impacto causado pela evolução tecnológica no fotojornalismo. “Com a explosão do uso do celular, a fotografia do hard news [no­t í­c ias importantes que exigem divulgação ime­dia­ta] se encolheu. Quem faz o registro é aquele que está mais próximo”, comenta Sérgio referindo-​­se ao fato de os jornais

receberem dia­r ia­men­te um grande volume de imagens e ví­deos feitos por cidadãos comuns. A consequência, na opi­nião do fotógrafo é o estreitamento do fotojornalismo com o registro documental. “A narrativa ganha total importância. É preciso que a imagem conte uma história.” E romper o limite do simples registro é o que faz Sérgio Ranalli há 23 anos.

SÉRGIO RANALLI www.facebook.com/sergioranalliphoto março /abril 2019  REVISTA ABIGR AF

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Ingran Image

RECURSOS HUMANOS

Nelson Alves

Contrato de trabalho intermitente

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e acordo com o artigo da Reforma Trabalhista, “Considera- se como intermitente o contrato de trabalho no qual a prestação de serviços, com subordinação, não é contínua, ocorrendo com alternância de períodos de prestação de serviços e de inatividade, determinados em horas, dias ou meses, independentemente do tipo de atividade do empregado e do empregador”. O objetivo é dar mais flexibilidade ao empregador que tenha sazonalidade em sua atividade e possibilitar a formalização do trabalhador que ainda pode trabalhar para mais de um empregador para completar sua renda. O formato de pagamento diverge da atividade normal devendo o trabalhador ser pago por dia de trabalho. Resumidamente, os empregadores poderão contratar funcionários e convocá-los apenas nos períodos em que seus negócios apresentam maior demanda em suas atividades. Por outro lado, o trabalhador pode manter mais de um registro em sua carteira de trabalho e atender assim a mais de um empregador dentro de sua disponibilidade de escala de trabalho. Essa é uma possibilidade de formalizar a atividade de diversos profissionais que atuavam de maneira informal, se valendo do popular “bico” para poder trabalhar. Apesar de novidade no Brasil, essa modalidade de emprego já existe em vários países europeus como Espanha, Itália, Alemanha, Portugal e Inglaterra. Interessante é destacar que o trabalhador poderá prestar serviços de qualquer natureza a outros tomadores de serviço, que exerçam ou não a mesma atividade econômica, utilizando contrato de trabalho intermitente ou outra modalidade de contrato de trabalho. O valor da hora ou do dia de trabalho, não poderá ser in ferior ao valor horário ou diá rio do salário mínimo, assegurada a remuneração do trabalho noturno superior à do diurno.

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Ao final de cada período de prestação de serviço, o empregado receberá o pagamento imediato das seguintes parcelas: I. remuneração; II. férias proporcionais com acréscimo de um terço; III. décimo terceiro salário proporcional; IV. repouso semanal remunerado; e V. adicionais legais. O trabalho intermitente deve ser firmado por escrito, com especificação do valor da hora de trabalho. A convocação do empregado para a atividade requer no mínimo três dias de antecedência e o mesmo tem o prazo de um dia útil para responder ao chamado. A falta de resposta é considerada recusa e não caracteriza insubordinação. Uma vez o serviço aceito, a parte que descumprir, sem justo motivo, arca com multa de 50% da remuneração que seria devida. “O chamado pode ser feito por qualquer meio de comunicação eficaz. Existem várias obrigatoriedades idênticas ao Regime CLT, como pagamento de FGTS, INSS, férias etc. Porém, o que diferencia é o vínculo empregatício, ao final de cada contratação”. Por parte de quem presta o serviço, a vantagem é que a gestão pessoal da mão-de-obra é do próprio profissional, que pode ter mais de um empregador. “É o funcionário quem passa a organizar a própria agenda de tarefas para o bom atendimento das partes que vir a contratá-lo”. Enfim, a medida pode ser benéfica para ambas as partes. Basta ter o bom entendimento das tarefas desempenhadas e as responsabilidades de cada um. O funcionário pode ter uma remuneração maior, uma vez que não tem vínculo com uma única empresa. Nelson Alves dos Santos é administrador de empresas e docente nelson.alves@consultoriafulltime.com.br www.consultoriafulltime.com.br


Notícias publicadas na Revista Abigraf nº– 122, de março/abril de 1989

Persichetti, um maestro da produção gráfica

Grafcolor investe em tecnologia de ponta

Filho de artista plástico, Ronald Persichetti, em 1951, co-

Os serviços de reprodução gráfica feitos pela Grafcolor eram

meçou seu aprendizado no estúdio do pai, enquanto cursava desenho e pintura na Escola Técnica Getúlio Vargas. Entrou para a propaganda três anos depois como assistente de arte na Alcantara Machado Publicidade. De lá, foi para a Atlas e, em seguida, para a J. Walter Thompson, onde conheceu Francesc Petit, José Zaragoza e Roberto Duailibi. Juntouse aos dois primeiros, em 1963, na Metro3, e já nessa época a pesquisa na área gráfica fazia parte do seu cotidiano. Unindo seus conhecimentos artísticos às técnicas pesquisadas, passou a desenvolver um estilo único, mais tarde consagrado na DPZ , onde passou a dirigir o departamento de arte, fotografia, produção em geral e tráfego, tornando-se uma referência na produção gráfica da propaganda brasileira. Seu conhecimento e qualidade de trabalho foi reconhecido em 1982, ao tornar-se o primeiro profissional da área a receber o Prêmio Caboré, na categoria Produção Gráfica. Em 1984 foi a vez da Associação Brasileira de Propaganda homenageá-lo, com o Prêmio Destaque Profissional. Para ele, “um bom produtor gráfico deve ter conhecimento total de todos os processos pelos quais passa a sua execução: criação, composição, finalização, reprodução, impressão e acabamento . . . A ideia mais aproximada que posso fazer de um real profissional de produção é a de um maestro de orquestra sinfônica. Como o maestro, o produtor deve ter sensibilidade para saber o que o autor da obra quer dizer com ela e lhe dar a interpretação correta”. Ao se aproximar dos 30 anos de carreira, só como produtor gráfico, Persichetti diz que a maior escola de artes gráficas que conheceu foi a das gráficas Lanzara e Niccolini. “Aprendi muito com os velhinhos da Lanzara e da Niccolini”. E esse aprendizado propiciou-lhe um nível de exigência apurado, no sentido artístico. “Dou muito valor à estética. Às vezes carrego nas tintas, extrapolo mesmo, em nome da qualidade do vi sual. Entendo que o termo produtor gráfico, mesmo utilizando-o, está errado. O correto seria chamar esse profissional de intérprete gráfico, assim como um músico”.

executados, até 1972, por meio do sistema convencional também utilizado pelas concorrentes. Aí chegou um scanner, ainda não a laser, primeiro em São Paulo, que já a diferenciava das demais, acentuando o seu crescimento. Nos anos seguintes, a Grafcolor adquiriu, até 1986, outros oito scanners, além de três prelos automáticos. Finalmente, em 1988, foi dado o grande salto, com um investimento de US$ 2,5 milhões na aquisição do ChromaCon System, constando de quatro scanners de entrada e saída, dois LP-317 S e dois Combiskop 308, todos funcionando de forma interligada, integrados a um sistema computadorizado. Segundo a Hell, fabricante dos equipamentos, “o sistema implantado na Grafcolor é o terceiro mais completo do mundo instalado pela empresa”. O novo sistema proporciona outra desenvoltura nos serviços, principalmente em relação a fusão cro- Kazuo Hayama, diretor‑presidente da Grafcolor mática, de retoque, de correção e de modificações do original. Com o pleno funciona mento desse sistema, a Grafcolor que faturou, em 1988, US$ 12 milhões, projeta um incremento superior a 35% para 1989. Desde o começo, em 1961, a Grafcolor se dedica a trabalhar exclusivamente com fotolitografia, atividade em que se especializou e na qual é considerada líder no mercado. No início de atividades, no bairro da Mooca, Kazuo, e seu sócio Genésio Ortiz Leite, contavam com apenas dez funcionários. Durante os sete anos seguintes a empresa cresceu e abriu duas filiais. Em 1968, saiu da Mooca para o bairro do Cambuci, passando dos 1.000 m2 de área construída do antigo local para 5.000 m2, onde hoje [1989] trabalham 400 funcionários. A fi lial do Rio de Janeiro tem um pouco mais que a metade dessa área e conta com 250 funcionários, enquanto a de Porto Alegre possui instalações de 1.800 m2 e abriga 140 colaboradores. março /abril 2019

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SISTEMA ABIGRAF NOTÍCIAS

Pensar e fazer diferente

Após 23 anos, o Rio Grande do Sul volta a sediar o evento de maior prestígio da indústria gráfica nacional.

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o dia 18 de maio, Porto Alegre recebe empresários, líderes e profissionais gráficos de todo o País para o 17º Congraf, Congres­ so Brasileiro da Indústria Gráfica. Sob o tema “Pensar e fazer dife­ rente”, palestrantes de alto nível estarão presentes para debater gestão e as novas perspectivas do setor. O evento pretende trazer uma visão moderna que estimu­ le o ambiente de negócios, apre­ sentando cases nacionais e inter­ nacionais de sucesso, que possam instigar os participantes a inovar em suas empresas.

de Artes Gráficas, é também pre­ sidente do Fórum Mundial de Im­ pressão e Comunicações e do Fundo Fi du ciá rio de Bolsas de Estudo de Impressão e Gráfica. Prof. Luiz Marins ■ Os desafios da execução: por que as coisas não acontecem na empresa? Respeitado palestrante sobre Mo­ tivação pela Razão e Gestão nas áreas de vendas, atendimento,

PALESTRAS E PALESTRANTES Michael Makin ■ Para onde caminha a indústria gráfica? Retratos do mercado norte‑americano e tendências mundiais Mais de 25 anos de experiência em administração de associações do setor. Foi presidente e CEO da PIA , Printing Industries of Ameri­ ca, associação representativa das indústrias gráficas no maior mer­ cado do mundo. Secretário do Conselho de Administração da Graphic Arts Show Corp. e da Fun­ dação de Pesquisa Educacional

mar keting e liderança. Quan do se trata de motivar a empresa e criar mecanismos para melhorar o desempenho dos negócios, o mercado o reconhece como uma das maiores autoridades. Atuou como colunista e apresentador dos programas de TV “Show Bu­ siness” e “Motivação e Sucesso”. Foi presidente e CEO de empre­ sas em Nova York e Raleigh (Caro­ lina do Norte), nos Estados Unidos, e possui empresas no Brasil em diferentes ramos de negócio. Arthur Igreja ■ O que fazer para inovar no seu negócio? Empresário, investidor­anjo e pro­ fessor pela FGV. Com ex pe riên­ cia em mais de 25 países, tem formação como Corporate Mas­ ters of Business Adminis tration

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pela Esade, Espanha, Mestrado Executivo em Gestão Em pre sa­ rial pela FVG/Ebape, certificações executivas em Harvard e Cam­ bridge, MBA pela FGV/Ohio Uni­ versity e Pós­MBA em Negociação pela FGV. Cofundador da plata­ forma online AAA com Ricardo Amorim e Alan Costa. Organiza­ dor de Bootcamps para o Vale do Silício, cujo objetivo é aprender o mindset do local, trazer conheci­ mentos, insights, criar networking e oportunidades de negócio.

Sócio­ diretor da Solução Comer­ cial/Venda Mais, com sede em Curitiba e São Paulo, e da Editora Quantum, responsável pelas revis­ tas Venda Mais e Liderança. O co­ nhecimento adquirido atuando em projetos de consultoria e mi­ nistrando treinamento e pales­ tras em empresas como Bradesco, HSBC, Vivo, Tim, Eurofarma, Akzo Nobel, Tintas Iquine, Pioneiro, Fi­ pal Consórcios, Óticas Visorama, lhe dá uma visão e linguagem prática das vendas. Daniel Müller ■ Você está cada vez melhor? Jornalista, bacharel em Comunica­ ção, é Master Practitioner em PNL, Master Coach com Certificação in­ ternacional pelo ICF, e CEO do Ins­ tituto Cada Vez Melhor, que atua há mais de 20 anos na área de trei­ namentos e palestras. Atua como instrutor no desenvolvimento de

Marcelo Caetano ■ Chega de desconto? Então venda valor Autor dos livros “Vendedor Fiel, Clien te Fiel” e “Chega de Des­ conto”. Participou no livro “Gi­ gantes das Vendas”, com os 50 maiores nomes de vendas do País.

competências como autoconfian­ ça, gestão e liderança, relações humanas, inovação, comunica­ ção eficaz, atendimento, falar em público, vendas, controle de preo­ cupações e negociação. É conse­ lheiro do Comitê Regional Quali­ dade RS – Vale dos Sinos, e escreve artigos para jornais e revistas.


Seminário da Abigraf-SP discutiu gestão Cerca de 70 pessoas acompanharam e elogiaram o teor das apresentações.

João Scandiuzzi ■ Chegou o momento: o que esperar da economia brasileira? É associado e estrategista­ chefe da BTG Pac tual Asset Manage­ ment. Juntou­ se ao banco em 1996 como economista licencia­ do no mercado brasileiro, e em 2000 iniciou na área de estraté­ gia de mercados emergentes. Tor­ nou­se sócio do Pactual em 2005. Doutor em Economia pela Pon­ tifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, realizando parte

de seus estudos na Universida­ de de Princeton (EUA). Foi profes­ sor de Microeconomia na PUC­Rio e de Mercados de Derivativos na Universidade Cândido Mendes. Em 2014, recebeu o Troféu Bench­ mark da revista Investidor Institucional, como melhor estrategista de multimercados.

17º CONGRAF  CONGRESSO BRASILEIRO DA INDÚSTRIA GRÁFICA Data: 18 de maio de 2019 Horário: das 8:00 às 18:00 horas Local: Centro de Eventos da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs) Av. Assis Brasil, 8787 Porto Alegre RS

“A

Abigraf sempre nos surpreen­ de com eventos como este, temas fantásticos alinhados com a realida de do mercado e am­ biente muito acolhedor”, foi um dos muitos comentários de apro­ vação feitos por participantes do evento, ao término do Seminário Gestão da Espinha Dorsal da Indústria Gráfica, promovido pela Abigraf Regional São Paulo, em sua sede, no dia 13 de março. Quatro qualificados palestrantes prenderam a atenção do público com apresentações dinâmicas e temas atuais. O primeiro tema, “Gestão In­ tegrada do PCP, Produção e Qua­ li da de para Aumento de Pro­ dutividade”, foi abordado por Marcelo Ferreira, professor e consultor de Produtividade da Indústria Gráfica e idealizador do Projeto Colmeia de Produti­ vidade da Indústria Gráfica, vol­ tado a médias, pequenas e mi­ croempresas. Marcelo destacou a importância de estruturar pro­ cessos e fluxos de trabalho, ca­ pacitando e auxiliando os cola­ boradores para a obtenção dos objetivos organizacionais, com

foco em resultados. Apresen­ tou os Indicadores de Perfor­ mances na Indústria Gráfica, fez uma análise dos gargalos da pro­ dução e de produtividade, res­ saltando a importância da si­ nergia da equipe, enfatizando ser necessário sair da zona de conforto para diminuir os erros e desperdícios, visando a pro­ dutividade, melhorias na velo­ cidade e utilização de equipa­ mentos. E concluiu, afirmando que “a indústria gráfica precisa manter o foco em seu planeja­ mento estratégico e objetivos, identificando quais são os seus maiores de sa fios para atingir excelentes resultados”. Em seguida, o CEO do Gru­ po JP, José Pires, discorreu so­ bre “Gestão Financeira para Grá­ ficas, com Foco em Resultados”, analisando os conceitos básicos de gestão financeira: finanças e contabilidade, lucro, geren cia­ mento de caixa, planejamento financeiro e como medir o de­ sempenho. Pires enfatizou que a gestão financeira com foco em resultado tem por objeti­ vo mostrar ao empresário quais

são as opções na tomada de de­ cisão. Para isso é preciso que as informações estejam orga­ nizadas e sempre muito exatas, caso contrário a empresa pode ser prejudicada. “Gestão Co mercial na Área Gráfica – Obtendo Ganhos Atra­ vés de Novas Modalidades de Venda”, foi o assunto apresenta­ do por Eduardo Azevedo Ferreira Garcia, diretor da EAFG Con­ sultoria Empresarial e consultor asso ciado à ABTG . O palestran­ te trouxe uma reflexão sobre o que é importante para ser com­ petitivo e falou da importân­ cia do alinhamento co mercial, com a equipe de vendas alinha­ da aos objetivos da empresa. Sa­ lientou as principais caracterís­ ticas do perfil necessário para que a área comercial alcance os melhores resultados. Cristina Simões, especialista em Gestão de Pessoas e em Edu­ cação a Distância e sócia direto­ ra da Team RH Consultores, en­ cerrou o evento com a palestra “Gestão do Desempenho e Lide­ rança de Equipes Gráficas”, fa­ lando da importância de com­ preender o modelo de liderança e gestão do desempenho para escalar a produtividade e gerar resultados. “Liderar é gerir de­ sempenho”, sublinhou. “De pou­ co adianta brilhantismo pessoal e grande dedicação se as pessoas não são eficazes para entregar re­ sultados”. Cristina concluiu dizen­ do que competência passa pelo processo de levar o colaborador a uma alta performance, mas para isso o líder precisa ter ha­ bilidade para colocar as pessoas certas, no lugar certo. março /abril 2019

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MENSAGEM

va ro p é ta is v re a ss o n a d 0 0 3 Edição corajosa e e rt fo é a ri st ú d in a ss o n e de qu r comemorado. se ra pa co ar m um é o er m Este nú

A

sabendo que sempre de cabeça erguida, mesmo 0, 30 nº o içã ed à resiliência s batalhas pela frente. Essa A Revista Abigraf, que chega va no os em ter a fic grá a a indústria nossa revista, é motivo de orgulho para tod do gráfico é traduzida pela rca me do os em rec de 1975 ofe r a importância do brasileira. Desde dezembro a cada edição nos faz lembra e qu al. eci esp impressos lmente que fazemos, que é tornar ao mercado um produto rea de e e perenes os sonhos e idéias Edição impecável, capas qu ões. arte pessoas, empresas e instituiç são a melhor expressão da r, Gostaria aqui de parabeniza impressa, conteúdo sempre A Revista Abigraf, i, ito na pessoa de Plínio Graman relevante, um exemplo perfe a cada edição, a cad , e editor da Revista Abigraf s faz lembrar da qualidade, criatividade no uição, tria. colaborador da nossa instit competência da nossa indús a importância um cada um dos diretores da O número 300, além de ser do que fazemos. ios , Abigraf e todos os empresár marco para ser comemorado a. eir da indústria gráfica brasil me fez lembrar um episódio todos da história antiga que ficou tes e juntos podemos vencer for s mo So Esparta”. um de conhecido como “Os 300 de saf ios que surgirem. A cada de os a eri qu a rsi e parabéns! No ano 480 A.C, o rei da Pé vocês, 300 calorosos abraços o ros de po is ma o u izo conquistar a Grécia e organ Só que ele não a. vir sidney@congraf.com.br exército que o mundo já s do ção determina contava com a tenacidade e idas, um grupo gregos. Liderados por Leôn morte contra de 300 soldados lutou até a ito persa e evitou o até então imbatível exérc ória de bravura a conquista da Grécia. A hist de seu exército e e sacrif ício do rei Leônidas, hoje e fez sucesso de seu povo é lembrada até depois no cinema. primeiro nos quadrinhos e a comemoração Mas o que isso tem a ver com ista? É que assim da edição 300 de nossa rev brasileiros, como os gregos, nós, gráficos todos os dias, sejam vencemos grandes desaf ios fica Bra sileira da Indústria Grá ou impostos pelos Presidente da Associação ) f-SP igra (Ab lo eles tecnológ icos, de mercado ional São Pau os sempre em frente, Reg governos de plantão. E seguim

Sidney A nversa V ictor

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Uma grande história é construída por pessoas

Inaugurada no Brasil em 1998, a Heidelberg, oferece sempre o que há de mais moderno em equipamentos, tecnologia, serviços e informação, atendendo às necessidades mais específicas de cada gráfica, em todo território nacional, seja ela pequena, média ou de grande porte. Nos orgulhamos de, há 20 anos, oferecer o que existe de melhor no mercado. Tudo isso feito por pessoas para pessoas. Somos mais do que máquinas.

Heidelberg do Brasil /HeidelbergdoBrasil /showcase/heidelberg-brazil www.heidelberg.com/br


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