Revista Abigraf 314

Gestão: artigo aponta para a importância da reindustrialização do País e os benefícios que isso traria ao setor gráfico nacional

Após dois anos de interrupção, Prêmio Fernando Pini supera recorde de inscrições e volta a valorizar excelência gráfica

pela sustentabilidade de repente virou mandatória, com uma corrida por embalagens biodegradáveis

Laura Sanchez Sanchez: a busca

ARTE & INDÚSTRIA GRÁFICA • ANO XLVIII • OUT/DEZ 2022 • Nº 314

REVISTA ABIGRAF

ISSN 0103-572X

Publicação trimestral Órgão oficial do empresariado gráfico, editado pela Associação Brasileira da Indústria Gráfica/Regional do Estado de São Paulo, com autorização da Abigraf Nacional Rua do Paraíso, 529 (Paraíso) 04103-000 São Paulo SP

Tel. (11) 3232-4500 Fax (11) 3232-4550

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Presidente da Abigraf Nacional: Sidney Anversa Victor

Presidente da Abigraf Regional SP: João Scortecci

Gerente Geral: Wagner J. Silva

Conselho Editorial: Fábio Gabriel, João Scortecci, Plinio Gramani Filho, Rogério Camilo, Sidney Anversa Victor, Tânia Galluzzi e Wagner Silva

Elaboração: Gramani Editora Eireli Administração, Redação e Publicidade: Tel. (11) 3887.1515

E-mail: editoracg@gmail.com

Editor: Plinio Gramani Filho

Redação: Tânia Galluzzi (MTb 26897) e Evanildo da Silveira

Colaboradores: Christopher Bossut, Hamilton Terni Costa, João Scortecci e Roberto Nogueira Ferreira

Edição de Arte: Cesar Mangiacavalli Editoração Eletrônica e Fechamento de Arquivos: Studio52 Papel do miolo: Printart Plus 83 g/m², da BO Paper

Enobrecimento da Capa: Green Packing (verniz UV e aplicação de hot stamping com fitas da MP do Brasil/ K Laser) Impressão e acabamento: Elyon Soluções Gráficas Acesse: www.abigraf.org.br/revista-abigraf

Apoio Institucional

Associação dos Agentes de Fornecedores de Equipamentos e Insumos para a Indústria Gráfica

ARTISTAS DA CAPA

Albano Afonso e Sandra Cinto

Albano Afonso (São Paulo, 1964) e Sandra Cinto (Santo André, 1968) realizaram a obra “Paraty” em 2021, a convite do projeto Faces do Cairuçu. Ambos os artistas estabelecem um diálogo entre seus processos de trabalho em torno da representação da natureza; uma natureza que se constrói a partir das paisagens fractais e simetrias especulares de Afonso, juntamente com a cosmologia gráfica de Cinto. Assim, a ordem geométrica, fragmentada, irregular, de diferentes escalas e tamanhos que Albano recria é coberta pelo vasto vocabulário de símbolos e linhas de Sandra, criadora de narrativas e paisagens líricas que oscilam entre a fantasia e a realidade. Afonso e Cinto propõem ao observador uma reflexão sobre a nossa percepção e ligação com a natureza, ao mesmo tempo que nos dão a possibilidade de o público extasiar-se na imensidão poética do cosmos. Geometria e imaterialidade, abstração e lirismo, etéreo e palpável, são categorias sabiamente combinadas por esses artistas que criam uma nova natureza, construída como parte ilusória da realidade.

Reindustrialização já!

Hamilton Costa defende a reindustrialização como caminho benéfico para toda a sociedade, depois de tantos anos de completo descaso.

Prêmio Fernando Pini, 30 anos

Após dois anos de ausência, a grande vitrine da indústria gráfica nacional está de volta. 296 peças, de 13 Estados, disputam o conta-fios dourado.

Elyon comemora bons resultados

Gráfica encerra 2022 com aumento de 63% frente ao ano passado e se prepara para apresentar um novo modelo de negócio, calcado em uma plataforma online para venda B2B.

Paraty, 2021, desenho com caneta permanente e pigmento natural sobre jato de tinta e papel, 70 × 70 cm, edição única, coleção particular, cortesia Casa Triangulo

FUNDADA

Membro fundador da Confederação Latino-Americana da Indústria Gráfica (Conlatingraf)

Pesquisadora incansável

Laura Sanchez Sanchez, criadora da Nathural Chemical, fala à Revista Abigraf sobre os impermeabilizantes sustentáveis para o segmento de embalagens.

Soluções tecnológicas

Agilidade no atendimento e respostas customizadas. Esses são os trunfos da Sabbry para conquistar clientes com o fornecimento de equipamentos, peças e consumíveis.

Papirus em alta

Fabricante de papel-cartão completa 70 anos com crescimento acima da média do mercado e já prepara plano de expansão para as próximas décadas.

30

Ano novo, casa nova

A Tecfag, fornecedora de sistemas de automação industrial, começa 2023 em um novo espaço, que acomodará um showroom e espaço para receber melhor os clientes.

O avanço da Realidade Aumentada

O artigo Drupa desta edição explora o impacto da digitalização e das novas ferramentas de decodificação como agentes transformadores no universo das embalagens.

CONTEÚDO DESTA EDIÇÃO

Verger e Maureen

Exposição no novo espaço da Galeria Marcelo Guarnieri reúne o olhar estrangeiro de dois fotógrafos fundamentais para a construção da imagem da cultura brasileira.

Editorial/Sidney Anversa Victor 6 Rotativa/Noticiário Geral 8 Entrevista: Laura Sanchez Sanchez ...........14 Afeigraf/Silvia Montes – ESG 16 30º Prêmio Fernando Pini/Finalistas 18 Sabbry Industrial Solutions........................26 Elyon Soluções Gráficas 28 Papirus/Papel-Cartão 30 Tecfag Automação Industrial .....................32

Gestão/Hamilton Terni Costa 34 Realidade Aumentada/Christopher Bossut 38 HR Acabamentos .....................................40 Ondas Impressas 42

Fotografia/Maureen Bisilliat, Pierre Verger 44 Litografia Bandeirantes/55 Anos ...............46 Conexão Brasília/Roberto N. Ferreira 48 Raízes/O Anjo Negro 49 Mensagem/João Scortecci .......................50

Desde o início de 2020 enfrentamos a pandemia. Inicialmente, não imaginávamos como seria. As atividades diminuíram e muitos tiveram que se reinventar. A Abigraf Nacional ficou atenta para dar assistência aos seus associados, oferecendo suporte, consultas, assessorias e prestando diversos serviços importantes nesse período de grande resiliência. Estamos em recuperação, ou seja, superando as adversidades. Nosso setor voltou a apresentar crescimento da produção física industrial em alguns segmentos, em especial o de embalagem, já a partir do segundo semestre de 2020.

nossos produtos, bem como a elevadíssima qualidade e competência da indústria gráfica.

Abitec, Prêmio Fernando Pini, Anuário e Censo são realizações positivas de 2022.

Para encerrar 2022 com chave de ouro, graças ao esforço conjunto das quatro principais entidades gráficas Abigraf Nacional, Abigraf-SP, Sindigraf-SP e Abro  , tais iniciativas se juntam agora ao 23º Anuário Brasileiro da Indústria Gráfica e ao Estudo Setorial da Indústria Gráfica (Censo), resultado da seriedade, engajamento e competência do nosso setor.

Os gráficos continuam unidos e nossa associação continua com a mesma dedicação, missão e valores, pois juntos somos mais fortes! sidney@congraf.com.br

Em 2022, nossa entidade, com o apoio das gráficas do País e dos demais agentes do mercado, por meio da Divisão de Inovação e Tecnologia Gráfica – Abitec, passou a oferecer atividades de capacitação e qualificação profissional e de gestão, além da coordenação na elaboração e revisão de normas do setor, com o objetivo de suprir todas as necessidades e expectativas dos players da nossa indústria.

Além disso, também neste ano, a Abigraf Nacional assumiu a organização do 30º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini, o maior do setor na América Latina, visando promover a importância e a valorização dos

Sidney Anversa Victor

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf Nacional)

DDepois da turbulência provocada pelos efeitos da pandemia, o setor gráfico encerra este ano com horizontes mais promissores.

Um novo momento para o setor gráfico

Decor Solutions: de divisão a negócio independente

O antigo negócio Decor Solutions, divisão da Ahlstrom-Munksjö, desde 1º de outubro, passou a ser uma empresa independente, sob a marca Munksjö, já conhecida no mercado de papéis decorativos. Na nova organização, a Ahlstrom Capital B.V. tem 60% de participação societária na empresa, a Ahlstrom-Munksjö permanece com 25% e a NI doco AB , 15%. Como empresa independente, o negócio Decor pretende acelerar seu crescimento, fortalecer sua competitividade e liderança global em inovação. A Munksjö é a primeira fabricante internacional dedicada inteiramente ao papel decorativo.

A produção ocorre em seis fábricas, na Alemanha, Espanha, França, Brasil e China, com capacidade de produção de 250 mil toneladas, empregando cerca de 1.200 pessoas. Por meio de aquisições estratégicas, como a da

fábrica de Caieiras, em São Paulo, em 2018, e, mais recentemente, da fabricante de papel decorativo Minglian New Materials Technology, na China, o negócio Decor da A-M tornou-se um protagonista internacional líder, bem-posicionado para atender clientes em todos os mercados essenciais de papel decorativo, globalmente.

Para reforçar seu compromisso com o mercado latino-americano, foi anunciado o ExpanDecor, um investimento de quase 20 milhões de euros. A principal iniciativa será a conversão e modernização da máquina de papel 7 (PM7) da fábrica de Caieiras, para a produção exclusiva de papéis decorativos papéis para laminados de alta pressão (HPL ), papéis para laminados de baixa pressão (LPL) e papéis base para impressão (PBP) , em até dois anos. www.munksjo.com

Congraf conquista dois ouros no Prêmio Abre

Na festa do 22º Prêmio Abre da Embalagem Brasileira, a Congraf Embalagens conquistou dois troféus Ouro, nas categorias Higiene e Limpeza Doméstica e Sustentabilidade, com cartuchos produzidos para o seu cliente Reckitt Benckiser. Os cartuchos foram feitos para o produto Veja Power Nature, limpador multiuso com fórmula biodegradável lançado recentemente pela fabricante. Os trabalhos premiados foram impressos sobre cartão duplex 240 g/ m², da Ibema, em máquina offset com seis cores e verniz brilho base d’água, corte e vinco e colagem, com apelo minimalista, destacando a sustentabilidade como foco principal do produto.

“Temos uma parceria de muitos anos com a Reckit Benckiser, produzindo tanto cartuchos como também rótulos para a marca. São projetos desafiadores em adaptações e desenvolvimentos, que nos estimulam a sempre desenvolver embalagens novas e melhores”, ressalta André Peres Victor, diretor Comercial da Congraf. www.congraf.com.br

da EFI Fiery Command WorkStation

O servidor front-end digital Fiery e o fluxo de trabalho de impressão da Electronics for Imaging apresentam novos e eficientes recursos em nuvem e melhorias de produtividade para impressão na nova versão 6.8 da EFI Fiery Command WorkStation, solução para gerenciamento de trabalhos. A integração com os serviços em nuvem EFI IQ oferece a capacidade de fazer backup e restaurar as configurações de interface do usuário, predefinições locais e modelos de imposição. Com o clique de um botão, eles podem convidar outros usuários da Command WorkStation em sua gráfica ou em outros locais da empresa para baixar e instalar configurações e recursos comuns. A gráfica pode otimizar esse novo recurso para todos os usuários, mesmo em vários locais, para uma maneira mais rápida e flexível de gerenciar tarefas de forma consistente, com a certeza de que suas configurações são salvas com segurança na conta em nuvem EFI IQ da empresa. www.efi.com

Desde 1997 no mercado, a Bronz’Art produz clichês e matrizes usinadas e por corrosão química. Infraestrutura completa e moderna para a produção de peças sob medida.

Abiea sob o comando de nova diretoria

D urante o Encontro Regional –Edição Sudeste, realizado no dia 20 de outubro em São Paulo, a Associação Brasileira das Indústrias de Etiquetas e Rótulos Adesivos (Abiea) anunciou sua diretoria para o biênio 2022/24, apresentando a composição dos novos líderes da entidade. Luciano Aragão, diretor da Aaron Rótulos e Etiquetas, de Fortaleza (CE), foi eleito presidente, em substituição a William D’Vas, que assume agora a vice-presidência. Os demais membros que compõem a nova diretoria são: Jason

Heidelberg tem novo diretor comercial

A principal missão de Kleber Garcia, que acaba de assumir a diretoria comercial da subsidiária nacional, é manter o nível de excelência conquistado ao longo dos 24 anos da Heidelberg no Brasil. Formado em Engenharia Mecânica, com MBA em Mar keting e Vendas, o executivo carrega o compromisso de proporcionar uma integração cada vez maior da equipe Heidelberg com os clientes. Não lhe faltam conhecimentos sobre o mercado, as tecnologias e os valores da Heidelberg. Afinal, são quase três décadas de dedicação à marca alemã. Depois

Ibema reúne lideranças do setor de papel e celulose

N o dia 18 de outubro, a Ibema realizou um coquetel em São Paulo reunindo lideranças do ramo, clientes do setor gráfico e da indústria de cosméticos, farmacêutica e de alimentos, além de jornalistas, para acompanhar a palestra de Joaquim Levy. O ex-ministro da Fazenda trouxe o contexto macroeconômico do Brasil e da América Latina para 2023. O evento contou também com a participação de Paulo Hartung, presidente do Ibá.

A Ibema apresentou seus compromissos de médio e longo prazo dentro do contexto de ESG . Entre eles estão as metas de reduzir em 25% o consumo específico da água na planta de Turvo, no Paraná, entre 2021 e 2024; reciclar 20 mil toneladas de aparas pós-consumo até 2025; reduzir suas emissões de CO² em 70% por tonelada de produção até 2030; além de promover oportunidades de aprendizagem até 2024 para 100% dos colaboradores com ensino fundamental e médio incompletos e aumentar em 30% o total de mulheres

trabalhando na empresa, inclusive em posições de liderança.

A companhia aproveitou a presença de gráficos para falar do Ibema Embala, programa de fidelidade que vem sendo gestado desde 2021 e será lançado em janeiro de 2023 para clientes diretos e canais de distribuição. Sem detalhar o projeto, Julio Guimarães, diretor Comercial e de Marketing, afirmou que no programa os clientes serão categorizados conforme um escore de compras e para cada categoria serão geradas uma série de benefícios.

No evento foram apresentados também detalhes da nova planta de pasta mecânica que será construída no município de Turvo, no Paraná. A unidade agregará até 160 mil toneladas anuais de BCTMP (Bleached Chemical Thermo-Mechanical Pulp), produto utilizado na fabricação de papel-cartão. Em estágio avançado de análise, o projeto contempla um contrato de fornecimento de longo prazo com a Suzano, que detém 49% da companhia. www.ibema.com.br

(E/D) Jason Goulart, William D’Vas, Luciano Aragão, José Carlos de la Torre, Guido Raccah (ex-diretor) e André Giannobile

(E/D) Júlio Guimarães, diretor Comercial e de Marketing da Ibema; Nilton Saraiva, CEO da Ibema; Paulo Hartung, presidente executivo do Ibá; e Joaquim Levy, ex-ministro da Fazenda

Foto: Tânia Galluzzi

Instituições recebem guias em braille do álbum Fifa

Em uma parceria da Fundação Dorina Nowill para Cegos com a Panini Brasil, foram distribuídos em novembro 1.945 guias em braille do álbum Fifa World Cup Qatar 2022 para instituições parceiras da Fundação, que atendem pessoas com deficiência visual em diversas regiões do País, e também a cerca de 200 clientes atendidos na Fundação, além de outros 200 destinados pela Panini. Composto por um guia em braille, o kit é dividido em três volumes e um pacote contendo três figurinhas com aplicação do braille. O guia é uma transcrição completa do álbum em braille, com descrição de todas as figurinhas (também em braille, com o código alfanumérico). O kit é consultivo e ficará exposto para

manuseio e acesso ao conteúdo por todos os atendidos pelas instituições beneficiadas do País. Para as pessoas atendidas pela Fundação ou que receberam por intermédio da Panini, o material auxilia na brincadeira, pois elas poderão adquirir o álbum para interação e colagem das figurinhas.

Responsável por um dos maiores parques gráficos de braille em capacidade produtiva da América Latina, a Fundação Dorina Nowill é referência na produção e distribuição de materiais nos formatos acessíveis braille, impressão em fonte ampliada e digital acessível, incluindo o envio gratuito de livros para milhares de escolas, bibliotecas e organizações de todo o Brasil. www.fundacaodorina.org.br

Canon apresenta imagePrograf Pro-300

Nova impressora jato de tinta é voltada ao segmento fotográfico. O equipamento, formato A3+, possui as características de qualidade já conhecidas da série imagePrograf, ideal para aspirantes a fotógrafos profissionais ou semiprofissionais e estúdios e laboratórios de fotografia compactos. Menor que suas antecessoras e mais leve, o dispositivo consegue produzir impressões com qualidade de galeria, a partir da comodidade de um desktop. O lançamento aconteceu em outubro na Casa Canon, em São Paulo. “Possibilitaremos que os profissionais de fotografia se preocupem apenas em registrar momentos especiais com o suporte de alta qualidade e produtividade da Pro-300”, afirmou Grace Kelly, head de Comunicação & Marketing da Canon do Brasil.

A imagePrograf Pro-300 oferece maior densidade de preto graças a nova tinta Preto Matte com maior alcance de reprodução de área escura. Os tanques de tinta Preto Matte e Foto Preto

têm seus próprios bicos injetores dedicados, o que possibilita que as imagens tenham tons pretos mais profundos tanto em materiais com acabamento brilhante, como em papel fine art. Outro diferencial é que a nova impressora conta com o Sistema Lucia Pro Ink que garante maior uniformidade de brilho e resistência a arranhões. A máquina trabalha com nove tintas mais o otimizador Chroma.

O processador L- COA Pro da Canon produz impressões de qualidade e velocidade, possibilitando tratar um grande volume de dados de imagem e calcular a disposição ideal das gotas de tinta, imprimindo em formato A3 em menos de cinco minutos.

A imagePrograf Pro-300 pode facilmente se conectar a um PC ou Mac utilizando uma ligação Wi-Fi, ethernet ou USB O modelo já está disponível para venda no Brasil pelo valor de R$ 3.499,00, preço sugerido para consumidor final. www.canon.com.br

Foto: Tânia Galluzzi

Laura Sanchez Sanchez

desenvolvimento do primeiro impermeabilizante para papel-cartão, atendendo às necessidades de uma grande marca, pressionada, por sua vez, pelas exigências do mercado externo, que começava a rejeitar o plástico em embalagens para alimentos congelados. Dez anos depois, Laura decidiu criar a Nathural Chemical, dedicada à fabricação de impermeabilizantes recicláveis, biodegradáveis e compostáveis para papel. Nesta entrevista, Laura fala sobre o uso desses produtos, esclarece pontos importantes e levanta a bandeira da sustentabilidade, rechaçando o greenwashing.

Vamos começar falando sobre o mercado de barreiras para papel. A quantas anda esse segmento?

Primeiro, a gente tem de lembrar que existem lobbies muito fortes defendendo a laminação, o que dificulta as pesquisas por novas formulações. Há 10 anos, pouco se discutia esse assunto aqui no Brasil e, de repente, a busca pela sustentabilidade virou mandatória, com uma corrida por embalagens biodegradáveis. Só que nós não temos o processo de biodegradabilidade disseminado no Brasil. Estão querendo queimar etapas, sendo que a cultura da reciclagem, que já dominamos e empregamos com sucesso, ainda precisa ser construída na nossa sociedade.

Qual é a questão em relação às embalagens biodegradáveis?

“Minha bandeira é o respeito ao meio ambiente”

Formada em Química Industrial , Laura Sanchez Sanchez começou sua carreira na década de 1980 como formuladora de adesivos industriais. Em poucos anos, descobriu uma leucopenia, fruto do contato diário com substâncias tóxicas como o tolueno. A doença, caracterizada pelo baixo nível de glóbulos brancos no sangue, despertou sua consciência para a influência de seus atos no meio ambiente. Nascia aí uma pesquisadora incansável, sempre em busca de alternativas ecologicamente corretas em matérias-primas para o segmento de embalagens. Em 1998, Laura participou do

A biodegradação acontece por meio de enzimas em biodigestores, processo ainda incipiente no Brasil. O problema não é o processo em si, mas a exigência por algo que ainda não está consolidado, encobrindo as oportunidades de avançarmos com o que já temos, que é a reciclagem e a compostagem. Isso sem falar nos paraquedistas. A corrida por sustentabilidade durante a pandemia fez surgir uma dezena de fabricantes de vernizes autointitulados barreiras. Só que o verniz tem outra função, é aplicado sobre o substrato, dá acabamento ao papel ou ao plástico, enquanto o coating /barreira, ou impermeabilizante, faz parte do substrato, é integrado à formulação do material, interagindo com ele e conferindo as características técnicas que a gente precisa.

Então, o impermeabilizante não fica só na superfície?

Não. Ele passa a fazer parte do substrato, trazendo as propriedades exigidas, como barreira ao oxigênio, ao vapor d’água, barreira à água, à

gordura. Muita gente acredita que o plástico, por si só, é uma barreira, o que não é verdade. O polietileno, por exemplo, para evitar a passagem de água, precisa ser acrescido de outros componentes, o que torna mais complexa a busca por embalagens monomaterial.

Quem são seus clientes?

São as empresas gráficas e os convertedores que trabalham com papel ou papel-cartão para embalagens.

Você tem produtos de prateleira ou todos são customizados?

Essa é uma questão importante. Primeiro, é preciso deixar claro que não existe uma barreira 1001 utilidades, que confira todas as propriedades possíveis num único produto. Segundo, é necessário levar em conta a interação entre o tipo de papel, o processo industrial e a barreira. Quando você pergunta se temos produtos de prateleira, a resposta, teoricamente, é sim. Mas hoje os processos começam a ser customizados. Muitas vezes eu tenho de me adaptar às máquinas que o cliente tem. Hoje, temos oito impermeabilizantes em linha: barreira à umidade, gordura, vapor d’água, temperatura, insetos, fungicida, primer e o barreira para selamento. Algumas misturas desses produtos podem ocorrer para se obter propriedades específicas.

Dessas oito mencionadas, qual é a barreira mais demandada hoje?

Barreira à umidade e à gordura. Porém, na minha opinião, a barreira selante vai crescer rapidamente em função da demanda pela substituição do plástico nas embalagens flexíveis. Marcas como Nestlé, Mondelez, Procter Gamble já estão sinalizando que até 2025 vão diminuir o uso de embalagens de plástico.

A barreira selante é utilizada na produção, por exemplo, das embalagens stand pouch em papel? Sim, para salgadinhos, sorvete, chocolate, absorvente, produtos que já estão nos supermercados lá fora. O fechamento da embalagem se faz por calor, pressão e com mordentes.

E o que está brecando a expansão desse tipo de embalagem?

É uma questão complexa, mas o principal fator é que hoje não existe fabricação de papel suficiente para substituir o plástico em 100%. Vários fabricantes de papel estão anunciando novas plantas, mas sabemos que são projetos que

demandam tempo. Por outro lado, o clamor da sociedade por embalagens sustentáveis só aumenta. Os governos e o próprio mercado começam a punir as marcas que contaminam o meio ambiente. A bolsa de Nova York, por exemplo, já inclui o índice de sustentabilidade na cotação das ações. Por isso, as grandes marcas estão numa corrida por inovação, investindo em embalagens mais caras e diferenciadas, sabendo que isso vai valorizar seus papéis.

Falando agora sobre o crescimento do delivery de alimentos, como está esse mercado nos dias de hoje?

Posso dizer que a explosão na procura por embalagens para delivery foi um marco para a Nathural. Só que a legislação não conseguiu acompanhar. Na verdade, esse setor sempre esteve descoberto. Falta legislação, falta conhecimento. Às vezes me perguntam se não estou qualificando demais os meus produtos. Sim, estou. Eu quero ter a certeza de que quem usa os nossos produtos não contaminará o meio ambiente. Essa é a minha bandeira.

Vamos supor que eu queira oferecer embalagens para delivery de comida seguras e ecologicamente corretas. Quais barreiras eu deverei usar? Barreira à umidade e à gordura. Para alguns produtos, também barreira ao oxigênio e ao vapor d’água. Não vai demorar, também, para que essas embalagens sejam seladas, para garantir a inviolabilidade. Inicialmente, as embalagens de delivery eram fechadas com fita adesiva. Agora vêm com um selo, mas sabemos que ele pode ser removido com a ajuda de um secador sem que seja rompido. Por isso, o próximo passo será a selagem. Hoje, o nosso carro-chefe são as barreiras para alimentos, mas estamos avançando para outros mercados, como o de cosméticos. Ainda falando de alimentos, é importante ressaltar que essas barreiras são decisivas para a reciclabilidade das embalagens de delivery. Corretamente protegidas, elas não absorvem água e gordura, podendo ser recicladas sem problema.

A barreira selante vai crescer rapidamente em função da demanda pela substituição do plástico nas embalagens flexíveis. Marcas como Nestlé, Mondelez, Procter Gamble já estão sinalizando que até 2025 vão diminuir o uso de embalagens de plástico.

ESG: nossa evolução como sociedade

u em nunca ouviu o termo ESG (Enviroment, Social and Governance) ? Amplamente difundido no ambiente corporativo e nas sociedades desenvolvidas, o compromisso ESG carrega em si o poder transformador do futuro. Similar a revolução digital, promoverá mudanças disruptivas e aqueles que não se adaptarem, perderão espaço, competitividade e oportunidades.

Para trazer uma dimensão da relevância do assunto, a Bloomberg estima que até 2025 os ativos ESG atingirão US$ 53 trilhões, ou seja, um terço dos ativos globais negociados. Para se ter claro a velocidade desse crescimento, os fundos ESG globais totalizaram, em dezembro de 2021, US$ 2,74 trilhões. Ou seja, em 4 anos,

espera-se um aumento de quase 2.000% desses ativos. Isso porque, como aponta o instituto Morgan Stanley, 70% dos investidores globais e 99% da geração millennial buscam ativos ESG A grande propulsão vem da compreensão da sociedade global acerca da relevância de se cumprir o Tratado de Paris reduzindo a emissão de carbono para evitar o aquecimento global e mudanças climáticas significativas, bem como substituir o uso de combustíveis fósseis e frear os desmatamentos. Questões relacionadas a uso de armas químicas, tabaco, inclusão social, diversidade e logística reversa são pontos tão relevantes quanto. Hoje todos esses aspectos ESG são mensurados nos índices da MSCI (Morgan Stanley Capital International) e esses ativos remuneram 25% a mais que os demais.

Para contextualizar, a MSCI é a empresa americana de maior reputação na avaliação de ativos internacionais, alcançando uma taxa de precisão de 99,8%. Sempre que a MSCI inclui ou retira um ativo de seu portfólio ótimo, imediatamente o preço varia para cima ou para baixo, respectivamente. Nos últimos 10 anos, vimos o Brasil cair na sua participação em mais de 50% na alocação ideal em países emergentes feita pela MSCI , indo de 17,5% para algo em torno de 7%.

Com toda a discussão geopolítica que vemos hoje, o Brasil tem uma janela de oportunidade única de crescimento. Se a indústria efetivamente incorporar na sua agenda compromissos ESG e mostrar isso ao mundo, teremos chance de mudar nossa trajetória e aumentar a participação do PIB brasileiro na economia global (hoje, representamos 1,7% US$ 1,6 trilhão versus US$ 96 trilhões global). E a indústria gráfica, tendo como base recursos renováveis, pode se privilegiar ainda mais. A Heidelberg acredita e está nessa jornada ESG. E você?

Sílvia Montes é diretora da Afeigraf

Sílvia Montes

InlineInspector EyeC ROLAND 700 Evolution

A combinação perfeita.

Visando sempre a máxima qualidade de impressão e tempos curtos de acerto, a manroland Sheetfed desenvolveu em parceria com a empresa EyeC, o moderno sistema de inspeção de folhas em linha, InlineInspector EyeC. Com este moderno sistema, até mesmo mínimos defeitos no substrato e pequenos erros no texto, podem ser automaticamente identificados, alertando os operadores para uma ação imediata, reduzindo assim drasticamente as perdas durante a produção. O InlineInspector está disponível com resoluções de 4K (4.096 pixels) e 8K (8.192 pixels).

Ele voltou!

Sob o comando da Abigraf, o Prêmio Fernando Pini celebra sua 30 ª edição superando o número de inscritos de 2019, com 296 trabalhos concorrendo ao conta-fios dourado.

Depois do intervalo forçado pela pandemia, o principal concurso do setor gráfico brasileiro e o maior do segmento no mundo está de volta. Com mais de 60 categorias, divididas em 13 segmentos, o Oscar da indústria gráfica brasileira registrou a inscrição de 1.227 produtos, ultrapassando os 1.122 enviados em 2019. “Esse prêmio é a somatória do esforço de toda a cadeia produtiva do impresso, o reconhecimento da importância do prêmio para o mercado, e só temos que agradecer aqueles que estão apoiando sua realização”, afirma João Scortecci, presidente da Abigraf- SP. Ele divide a curadoria do concurso com Julião Flaves Gaúna, vice-presidente da Abigraf Nacional e presidente da Abigraf- MS

Além das dificuldades vividas nos últimos dois anos, o prêmio teve de superar o encerramento das atividades da ABTG no final de junho, entidade responsável pela organização do certame desde sua criação.

Assim como já acontecia, os vencedores dos concursos regionais foram automaticamente inscritos como finalistas no prêmio nacional. Neste ano concorrem ao Fernando Pini os ganhadores dos prêmios paranaense, catarinense e nordestino, além dos laureados com o 7 º Prêmio Brasileiro de Excelência em Etiquetas e Rótulos Autoadesivos Humberto Giannobile, da Abiea. A coordenação técnica segue com a Escola Senai Theobaldo De Nigris, com Elcio de Sousa como coordenador da comissão julgadora. Analisando os trabalhos concorrentes, o diretor da Theobaldo De Nigris e Senai Barueri viu na criatividade na

INSCRIÇÕES

A comissão julgadora foi formada por 80 profissionais, entre membros das três escolas Senai e profissionais do mercado, mantendo o equilíbrio entre os quesitos técnicos e de criatividade.

concepção das peças do segmento Promocional o ponto alto durante o julgamento. “Ficou clara a intenção de ampliar a interação do material impresso com o usuário. Um dos trabalhos trazia até uma tela de LCD”, comenta Elcio. O mesmo objetivo foi percebido nos livros didáticos, com edições acompanhadas por recursos 3D. Ele destaca também o apuro dos boxes usados para acomodar coleções no segmento Livros.

O coordenador enfatizou, ainda, a necessidade de um cuidado maior na escolha das peças para o segmento Sustentabilidade Ambiental. “O simples fato de um produto usar cartão reciclado não o habilita a ser considerado sustentável. É preciso uma atenção maior aos critérios desse segmento.”

No campo das embalagens, Elcio de Sousa salientou a qualidade dos itens para delivery, não só na apresentação, mas sobretudo na garantia da integridade dos pratos. Ele cita a embalagem de um restaurante de comida asiática que incluía uma peça em vacuum forming, um cartucho em cartão e a sacola.

Os vencedores, entre os 296 trabalhos finalistas, serão conhecidos no dia 29 de novembro, em cerimônia no Clube Círculo Militar, em São Paulo.

30º Prêmio Brasileiro de Excelência Gráfica Fernando Pini

Trabalhos finalistas classificados por categoria

Os vencedores de cada categoria serão anunciados na cerimônia de entrega do XXX Prêmio Fernando Pini, no dia 29 de novembro de 2022.

Midiograf – Benvenho e Cia.

LIVROS

Livros de Texto

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Produto: As Crônicas de Artur – Bernand Cornwell – Rei Artur

Cliente: Cameron Editora e Gráfica

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: 1984 – George Orwell Cliente: Buzz Editora

Ipsis Gráfica e Editora Produto: Edgar Allan Poe Cliente: Darkside Entretenimentos Associação Nóbrega de Educação e Assistência

Social – Edições Loyola

Produto: O Guia dos Curiosos – Edição Comemorativa 20 Anos

Cliente: Editora Panda Books Sociedade Bíblica do Brasil

Produto: Bíblia de Estudo Almeida Cliente: Sociedade Bíblica do Brasil

Livros Culturais e de Arte Ipsis Gráfica e Editora Produto: Cais – Aderi Costa Cliente: Aderi Luis Costa Ipsis Gráfica e Editora Produto: Raia Cliente: Arte Ensaio Editora

MaisType

Produto: Peixes do Brasil Cliente: Marte Editora

P+E Digital

Produto: Book Trancoso Cliente: Guto Ambar

Ativaonline Editora e Indústria Gráfica

Produto: Livro Olhando para as Estrelas Cliente: Zurich Minas Brasil Seguros

Livros Institucionais

Lupagraf – Gráfica Lupatini

Produto: Paixão sobre Rodas Cliente: Veteran Car Club

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Livro Institucional Graciosa Country Club – Um Olhar Através do . . . Cliente: Graciosa Country Club

Produto: Livro Esquadrão Onça 50 Anos Cliente: Adler Editora

P+E Digital

Produto: Book Rota Cliente: Guto Ambar

Elbert Indústria Gráfica

Produto: Didjurgeit – Movelaria Cliente: Super Nova Editora

Livros Infantis/Juvenis

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Monstro do Pântano – Volume 1 Cliente: Panini Brasil

FTD Educação Gráfica e Logística Produto: Os Irmãos Cliente: FTD Educação

Nova Soluções Gráficas

Produto: Livro Um Voo sobre as Capitais Brasileiras Cliente: Zucca Books

Ricargraf Gráfica e Editora

Produto: Livro Coleção Lanterna Mágica Dinossauros Cliente: Ciranda Cultural

Tipotil Indústria Gráfica

Produto: Livro Como Falar Vaquês Cliente: Vizu Editora e Distribuidora de Livros

Livros Ilustrados e Livros Técnicos

Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Receitas para 110 Anos Doces – União

Cliente: Bullet Promoções

Grafmarques Indústria Editora e Serviços

Produto: Alagoas: Unidades de Conservação

Cliente: Ima

Leograf Gráfica Editora

Produto: Livro Map Galderma

Cliente: Galderma Brasil – São Paulo

Viena Gráfica e Editora

Produto: Aves Brasileiras Extintas e Ameaçadas Cliente: Canal6 Editora

FTD Educação Gráfica e Logística Produto: Dicionário Ilustrado – Palavras Tantas Palavras Cliente: FTD Educação

Livros Didáticos

FTD Educação Gráfica e Logística Produto: Brick by Brick Volume 5 – Aluno Cliente: FTD Educação

FTD Educação Gráfica e Logística Produto: Brick by Brick Volume 2 Minecraft – Aluno Cliente: FTD Educação

FTD Educação Gráfica e Logística Produto: Porta Aberta para o Mundo – Escola e Lazer Cliente: FTD Educação

FTD Educação Gráfica e Logística Produto: Porta Aberta para o Mundo – Moradia e Comércio Cliente: FTD Educação

Ricargraf Gráfica e Editora Produto: Livro Libras + Alfabeto e Números Cliente: Foccus Comércio e Importação de Artigos Educacionais

Guias, Manuais e Anuários Ipsis Gráfica e Editora Produto: Vampiro – A Máscara – Versão Luxo Cliente: Editora Galápagos Halley Gráfica e Editora Produto: Revista Anuário de Decoração do Maranhão GMD 2ª Edição Cliente: Associação dos Lojistas do Grupo Maranhense de Decoração FTD Educação Gráfica e Logística Produto: Guia Red Dead Redemption 2 Cliente: Editora Europa

P+E Digital

Produto: Anuário Clube de Criação Cliente: Clube de Criação Elbert Indústria Gráfica Produto: Anuário Cliente: Super Nova Editora

Photobook Digital Digipix Gráfica Digital Produto: Álbum 180° HD Prime Cliente: Michael de Lima Rocha

P+E Digital

Produto: Photobook Ambar Gallery Cliente: Guto Ambar

P+E Digital Produto: Photobook Nicole B. de Arruda Botelho Cliente: Guto Ambar/Nicole

REVISTAS

Revistas Periódicas de Caráter Variado sem Recursos Gráficos Especiais Coronário Editora Gráfica Produto: Revista Traços n º 47 Cliente: Traços Corgraf Gráfica e Editora Produto: Revista Nós – O Sabor da Topigs Norsvin Cliente: Topigs do Brasil

Viena Gráfica e Editora Produto: &design Cliente: Angela Jose Leal Bernardi Eskenazi Indústria Gráfica Produto: Revista Pop-se Cliente: A2 Design Gráfico

São Francisco Gráfica e Editora Produto: Anuário Cliente: Grupo Mais

Revistas Periódicas de Caráter Variado com Recursos Gráficos Especiais Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Elle – 2020 – Volume 1 Cliente: Papaki Editora

Lupagraf – Gráfica Lupatini

Produto: Revista Prato Cheio Cliente: Josapar

Midiograf – Benvenho e Cia.

Produto: Revista Guia Saúde Paranavaí Cliente: Guia Saúde Cidades

Midiograf – Benvenho e Cia. Produto: Revista Pharmapele Cliente: Grupo Pharmapele

SoGráfica Sobral Gráfica

Produto: Revista Editorial Vem Também Cliente: Revista Vem Também

Revistas Infantis/Juvenis ou de Desenhos

Malires Gráfica

Produto: Discipulado Teen Cliente: Igreja Evangélica Assembleia de Deus

Malires Gráfica

Produto: 07 – Mar Cliente: Editora New Order

Athalaia Gráfica e Editora

Produto: Revista Onírika-Buum Cliente: Jorge Alexandre

Arcus Embalagens

Produto: Guerreios da Chape Cliente: SG Arte Visual

Rocha Gráfica e Editora

Produto: Revista Escola do Pavor Cliente: Skript Editora

Revistas Institucionais

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Revista Cliente: Graciosa Country Club.

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Revista Uma Edição Única Cliente: Sigep – Sindicato das Indústrias Gráficas do Estado do Paraná

Malires Gráfica

Produto: Revista Sigep Cliente: Sigep-PR

CCS Gráfica Editora

Comércio e Serviço

Produto: Revista Fecomércio – Edição 54 – Nov/Dez 2020 Cliente: Fecomércio

Elbert Indústria Gráfica Produto: Periódico 2020 Cliente: NJF Indústria e Comércio de Móveis

JORNAIS

Jornais Diários

Impressos em Coldset

Empresa Folha da Manhã

Produto: Folha de S. Paulo Cliente: Empresa Folha da Manhã

O Estado de S. Paulo

Produto: O Estado de S. Paulo – Edição 15/11/2021, n º 46.780 Cliente: O Estado de S. Paulo

O Estado de S. Paulo

Produto: O Estado de S. Paulo – Edição 28/12/2021, n º 46.823 Cliente: O Estado de S. Paulo

O Estado de S. Paulo

Produto: O Estado de S. Paulo – Edição 05/01/2022, n º 46.831

Cliente: O Estado de S. Paulo

Editora Folha de Pernambuco

Produto: Folha de Pernambuco n º 147

Cliente: Folha PE

Jornais de Circulação Não Diária

Plural Indústria Gráfica

Produto: Jornal Le Monde Diplomatique – Edição 149

Cliente: Le Monde Diplomatique Brasil

Tecnograf

Produto: Jornal O Otimista Cliente: Jornal O Otimista

D’Arthy Editora e Gráfica

Produto: Jornal Oficina Brasil

Cliente: Germinal Editora

D’Arthy Editora e Gráfica

Produto: Folheto Todimo Cliente: Todimo Matérias para Construção

D’Arthy Editora e Gráfica Produto: Oficina Brasil Cliente: Germinal Editora e Marketing

PRODUTOS PARA IDENTIFICAÇÃO

Rótulos Convencionais

com e sem Efeitos Especiais

Labelbeer Rótulos Adesivos

Produto: Manilupulação

Cliente: Santo Chico Gráfica Rami

Produto: Rótulos Balde 4 Litros Cônico Disney Encanto Cliente: Matrixplast Produtos e Moldes Plásticos Gráfica Rami Produto: Rótulos Copo 650 ml Coca Cola San Sebastian Cliente: Matrixplast Produtos e Moldes Plásticos

Congraf Embalagens

Produto: Rótulo Exportação 51 100 cl – Inglês Cliente: CMB Pirassununga Gráfica Rami

Produto: Rótulo Balde 10 kg Magnus Fórmula Natural Cliente: Nova Era Indústria e Comércio de Embalagens Plásticas

Rótulos em Autoadesivo sem Efeitos Especiais

Grafimax Indústria Gráfica

Produto: Rótulo Vinho de Mesa Tinto Suave Bordô 2 Litros – Vanisul Cliente: Vinhos Vanisul

Labelbeer Rótulos Adesivos

Produto: Brut Ipa El Dorado Cliente: Cervejaria Bode Brown

Delta Rótulos e Etiquetas

Produto: Rótulo Thann Bier – Modelo Schwarzbier 500 ml Cliente: Cervejaria Thann Bier

Labelbeer Rótulos Adesivos

Produto: Leuven – Morfeu – Peach Saison Cliente: Cervejaria Leuven

Serwir Indústria e Comércio de Etiquetas

Produto: Rótulo 113 × 326 × 01c – Sabor Caramelo 220 g Cliente: Desinchá Comércio de Produtos Naturais

Rótulos em Autoadesivo com Efeitos Especiais

Power Label Gráfica Digital Produto: Rótulos Vodca 760 ml Yvy Destilaria Cliente: Jardim Panc (Yvy Destilaria)

Artes Gráficas e Editora Belton Produto: Rótulo Camisas Eternas Cliente: Alaor

Indemetal Gráficos

Produto: Rótulo Adesivo Plasma Io Cliente: Nutrata – MMC Indústria de Produtos Nutracêuticos Brazicolor Indústria Gráfica Produto: Generazione Cliente: Vinícola Don Afonso Brazicolor Indústria Gráfica Produto: Bah Tannat Touriga Nacional Cliente: VRF Vinícola

Etiquetas

Artes Gráficas e Editora Belton Produto: Tag Camisas Eternas Cliente: Alaor

Qualygraf Editora e Gráfica Produto: Tag Victhara Jeans Cliente: Victhara Jeans Promtec Etiquetas e Rótulos Produto: Kit para Petiscar Cliente: Liv Up Comércio de Alimentos Elbert Indústria Gráfica Produto: Kestal Acessórios Cliente: Kestal Indústria, Comércio e Importação Elbert Indústria Gráfica Produto: Encarte para Acessórios Cliente: Kestal Indústria, Comércio e Importação

ACONDICIONAMENTO

Embalagens Semirrígidas sem Efeitos Gráficos

Corgraf Gráfica e Editora Produto: Kit Cliente: O Boticário Franchising

Hellograf Artes Gráficas Produto: Ritual En Yucatán Dia dos Namorados Cliente: Mehdi Achek

Escala 7 Editora Gráfica Produto: Cartucho Baileys Cliente: Diageo Brasil

Vektra Soluções Gráficas Produto: Caixa Gin – Dman Cliente: Dman Comércio de Alimentos

Braspor Gráfica e Editora

Produto: Caixa Restilane Galderma Cliente: Adare Inspired Communications

Embalagens Semirrígidas com Efeitos Gráficos

Escala 7 Editora Gráfica

Produto: Caixa Johnnie Walker

Gold Label Reserve Cliente: Diageo Brasil

Pigma

Produto: Caixa Moça Origem Vegetal Cliente: Nestlé

43 Gráfica e Editora

Produto: Star of Bombay Cliente: Innerworking

43 Gráfica e Editora

Produto: Nescafé Origens + Mel Cliente: Nestlé

43 Gráfica e Editora

Produto: Roku Gin Cliente: Innerworking

Embalagens Semirrígidas com Efeitos Gráficos Especiais

Grafdil Impressos

Produto: Caixa Comemorativa 10 Anos Gavetas Superiores Cliente: Turatti & Turatti

Laborprint Gráfica e Editora Produto: Caixa Medmug Cliente: Medgrupo Corgraf Gráfica e Editora Produto: Embalagem Cliente: O Boticário Franchising Corgraf Gráfica e Editora Produto: Embalagem Cliente: Incepa Revestimentos Cerâmicos Congraf Embalagens

Produto: Cartucho Kit Reserva 51 700 ml Cliente: CMB – Pirassununga

Embalagens de Micro-Ondulados com e sem Efeitos Especiais

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Embalagem Vinho Maria Dolores Cliente: Maria Dolores

Cartonagem Salinas

Produto: Cubo Paulistânia

Cerveja Artesanal

Cliente: Bier Wein Distribuidora

Indústria de Embalagens Santa Inês Produto: Maleta – FTD Sistema de Ensino – Educação Infantil para Alunos de 4 . . . Cliente: Editora FTD

Antilhas Gráfica e Embalagens

Produto: Caixa L’Occitane au Brésil Cliente: L’Occitane au Brésil Sulforms Indústria e Comércio Produto: Cachaça Heidmann Premium Label 700 ml Cliente: Heidmann Bebidas

Líder em automação

Para seu tipo de embalagens

EMBALAGEM ZERO DEFEITO

Qualquer que seja o formato e o tamanho dos seus trabalhos, a BOBST oferece as soluções em automação e excelência que você precisa para máxima produtividade com zero defeitos e zero devoluções. Interessado?

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OBST em

Embalagens Sazonais

Ibratec Artes Gráficas

Produto: Panettone Ofner 700 g Cliente: Ofner

Braspor Gráfica e Editora

Produto: Cubo Metalizado Bauducco Cliente: Bauducco Guarulhos

Laborprint Gráfica e Editora Produto: Display Onebook Sabores Dreams Cliente: Cacau Show

NB Nova Brasileira Serviços Gráficos

Produto: Presskit Elsève Cliente: L’Oréal

P+E Digital Produto: Caixa Jeep Cliente: Sunset DDB/Jeep

Sacolas

Grafdil Impressos

Produto: Sacola 50 Anos para 2 Garrafas Lados Iguais Cliente: Fante Indústria de Bebidas Malires Gráfica

Produto: Sacola Serra Juveve Cliente: Beta Incorporadora Artes Gráficas e Editora Belton Produto: Sacola Camisas Eternas Cliente: Alaor

Gráfica Natal Editora

Produto: Sacola Collab High Brands Le Iris Cliente: High Brands

Elbert Indústria Gráfica

Produto: Sacola Rosa Cliente: Espírito Bird Comércio, Importação e Exportação

Embalagens Flexíveis Impressas em Flexografia Labelcolor Rótulos

Produto: Pasta Amendoim Cookies 400 g Cliente: Sharkpro Antilhas Gráfica e Embalagens Produto: Aveia Quaker Pepsico Cliente: Pepsico

Tiliform Indústria Gráfica

Produto: Stand Up Pouch para Suplemento Whey 100% Pure Cliente: Integralmédica

Tiliform Indústria Gráfica Produto: Stand Up Pouch para Suplemento Maltodextrina Cliente: SV Hospitalar

PROMOCIONAL

Pôsteres e Cartazes

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Cartaz Putz Cliente: Putz

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Cartaz Somos o Meio Cliente: Colégio Erasto

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Cartaz Camisas Eternas Cliente: Alaor

Braspor Gráfica e Editora

Produto: Cartazete Premium Stella Artois Cliente: Ambev

Sutto Artes Gráficas

Produto: Kitsune Girl Cliente: Grace Susuki

Catálogos Promocionais e de Arte sem Efeitos Gráficos Especiais

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Catálogo There for You – 2019 Cliente: Incepa Revestimentos Cerâmicos MaisType

Produto: Oásis Laguna Goiânia Cliente: Grupo Tropical

P+E Digital

Produto: Bob Wolfenson Desnorte Cliente: Bob Wolfenson

Leograf Gráfica Editora

Produto: Almanaque Netflix Cliente: Netflix Entretenimento Brasil Rocha Gráfica e Editora Produto: Puro – Brasil Design Living Cliente: NVS

Catálogos Promocionais e de Arte com Efeitos Gráficos Especiais Ipsis Gráfica e Editora

Produto: Tania Bulhões – Em Casa Cliente: Ubu Editora

Gráfica e Editora Qualidade Produto: Fôlder com Luva Premium Tartaruga R$ 2,00 Cliente: Completei Comércio de Artigos de Papelaria

Digital Printz Serviços Gráficos Produto: Book Parque Global Cliente: Tinta Pura

P+E Digital

Produto: Catálogo Casa Cyrela Ibirapuera Cliente: Amap Produção/Cyrela Elbert Indústria Gráfica

Produto: Kiki Xodó – Primavera Verão Cliente: Confecções Vó Maria

Relatórios de Empresas Lupagraf – Gráfica Lupatini Produto: Relatório de Administração Socioambiental Cliente: BRDE

Coronário Editora Gráfica

Produto: Abapa Biênio 2019/2020 Cliente: Abapa

Ativaonline Editora e Indústria Gráfica

Produto: Monografia Neuro Invega Cliente: HH Global – HH Print Management

Arcus Embalagens

Produto: O Desbravador 2019

Cliente: Prefeitura Municipal de Chapecó Rocha Gráfica e Editora Produto: Relatório Fecoagro 2019 Cliente: Fecoagro

Folhetos Publicitários

Leograf Gráfica Editora Produto: Folheto Galaxy S10 Cliente: Cheil Brazil

Rocha Gráfica e Editora Produto: Fôlder Empire WG2 Cliente: WG2

Rocha Gráfica e Editora Produto: Fôlder Boutique WG2 Cliente: WG2

Corgraf Gráfica e Editora Produto: Folhetos Dominum XT Cliente: Dow Agrosciences Industrial Rocha Gráfica e Editora Produto: Fôlder Lagoom Cliente: WG2

Kits Promocionais

Ótima Indústria, Comércio, Importação e Exportação Produto: Kit Relógio Cresol Cliente: Cresol

Digital Printz Serviços Gráficos Produto: Kit John Deere Cliente: John Deere

P+E Digital Produto: Press Kit Pacaembu/Tok&Stok Cliente: DPZ&T/Tok&Stok

P+E Digital Produto: Kit Maleta Outback Cliente: Santa Clara/Outback

Leograf Gráfica Editora Produto: Display Caixa Premium Nubank Cliente: Nu Pagamentos/Nubank

Displays, Móbiles e Materiais de Ponto de Venda de Mesa

Lupagraf – Gráfica Lupatini Produto: Display HBT Cliente: Hi Brasil Tobacco Copygraf Gráfica e Editora Produto: Caixa Cenário Lily Cliente: O Boticário

Pigma

Produto: Caixa Moça Sorvete Cliente: Nestlé

Ativaonline Editora e Indústria Gráfica

Produto: Catakaka Vetnil Cliente: Vetnil Indústria e Comércio de Produtos Veterinários Elbert Indústria Gráfica Produto: Biogás Cliente: Classe Têxtil

Displays e Materiais de Ponto de Venda de Chão

Escala 7 Editora Gráfica

Produto: Display Só o Cacau Explica Cliente: Nestlé Brasil Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Display Chão Novas Cores Base Make B

Cliente: In Vitro Comércio de Artigos e Decoração Malires Gráfica

Produto: Nutridirect – Tambor Psy Cliente: Nutridirect Escala 7 Editora Gráfica

Produto: Display Barraca J&J Vamos Cuidar

Cliente: Johnson & Johnson

Pigma

Produto: Display de Chão Lagunitas – Ambev Cliente: Ambev

Calendários de Mesa e de Parede

Hellograf Artes Gráficas

Produto: Calendário O Boticário 2021 2 Modelos

Cliente: O Boticário Franchising

Midiograf – Benvenho e Cia.

Produto: Calendário Funcional Consultoria Cliente: Funcional Consultoria Empresarial Midiograf – Benvenho e Cia.

Produto: Calendário South Liss Cliente: South Liss Cosméticos

Arcus Embalagens

Produto: Calendário 2020 Cliente: Associação Comercial Industrial

de Chapecó

Tipotil Indústria Gráfica

Produto: Calendários de Parede Cliente: Ronaldo Dias de Andrade

COMERCIAL

Cartões de Mensagem

Lupagraf – Gráfica Lupatini

Produto: Cartão Boas Festas

Cliente: Globalfilters

Lupagraf – Gráfica Lupatini

Produto: Cartão de Boas Vindas Cliente: Colégio São José Corgraf Gráfica e Editora Produto: Cartão Mensagem

Roca Brasil Cerâmica

Cliente: Incepa Revestimentos Cerâmicos P+E Digital

Produto: Postais The American Shamecards Collection

Cliente: Produceria

Sutto Artes Gráficas

Produto: Viagens em Serigrafia Cliente: Fedrigoni Brasil Papéis

Convites em Geral

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Convite Formatura PUC PR Cliente: Associação Paranaense de Cultura

Malires Gráfica

Produto: Convite de Aniversário Jocker Cliente: Marcelo Giovanoni

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Convite Elisa e Ronam Cliente: Elisa

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Convite Café com Lojistas Cliente: Pátio Batel

Gráfica Editora J. Andrade

Produto: Formatura em Pedagogia Faneb 2019.2 Cliente: Formandos em Pedagogia

Cartões de Visita

Hellograf Artes Gráficas

Produto: Cartão de Visita Downtempo Cliente: Downtempo Marketing Midiograf – Benvenho e Cia.

Produto: Cartão de Visita Casa & Móvel Cliente: José Adriano Martiliano dos Santos

Gráfica e Editora Qualidade

Produto: Cartão de Visita

Completei – Gisele Silva Cliente: Numismática Completei P+E Digital

Produto: Cartão de Visita HP Cliente: HP

Rocha Gráfica e Editora

Produto: Cartões Just Drink Cliente: Just Drink

Papelarias, Certificados e Diplomas

Corgraf Gráfica e Editora Produto: Envelope Avant Première 2021 Brasil Cliente: Incepa Revestimentos Cerâmicos, Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Resultado Exame Cliente: Hipopressivo Brasil & Diástase Academy Negócios Digitais

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Certificado Somos Meio Cliente: Colégio Erasto

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Certificado Camisas Eternas Cliente: Alaor

Leograf Gráfica Editora

Produto: Diploma 2019 Cliente: TFP/Sociedade Brasileira de Defesa da Tradição Família e Propriedade – Filial

Impressos de Segurança

Primi Tecnologia

Produto: Selo GNV

Cliente: Centro de Inspeção de Veicular

Primi Tecnologia

Produto: Ceptis Cliente: Ceptis

Primi Tecnologia

Produto: Selo Embrapa Cliente: Embrapa

Primi Tecnologia

Produto: Tag Veicular Cliente: Empresarial Santana

Contiplan Indústria Gráfica

Produto: Selo para Reconhecimento de Firma e Transferência de Veículo Cliente: Tribunal de Justiça do Ceará

Cadernos Escolares em Conformidade com a Norma ABNT NBR 15733

Acco Brands Brasil

Produto: Caderno Universitário Capricho Cliente: Mercado Nacional

Acco Brands Brasil

Produto: Caderno Universitário Nasa Cliente: Mercado Nacional

Bignardi Indústria e Comércio de Artefatos de Papéis

Produto: Caderno Espiral

Universitário Harry Potter I Cliente: Diversos

Rocha Gráfica e Editora

Produto: Caderno Bamboo Cliente: Lumis Construtora Gráfica Natal Editora

Produto: Desculpa o Exagero Cliente: Talita Meneghim

Cadernos em Geral Ótima Indústria, Comércio, Importação e Exportação Produto: Cadernos Escolares – Coleção Studies

Cliente: Studies Ótima Indústria, Comércio, Importação e Exportação

Produto: Cadernos em Geral – Caderno Fichário Machiatto Cliente: Machiatto

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Caderno Camisas Eternas Cliente: Alaor

Bignardi Indústria e Comércio de Artefatos de Papéis

Produto: Caderno Espiral Universitário Harry Potter II Cliente: Diversos

Acco Brands Brasil

Produto: Caderno Universitário League of Legends Cliente: Mercado Nacional Agendas

Ótima Indústria, Comércio, Importação e Exportação

Produto: Caderno Planner Mary Kay Cliente: Mary Kay

Ótima Indústria, Comércio, Importação e Exportação

Produto: Agenda Wireo Oculto Cliente: Entrelaço Ótima Indústria, Comércio, Importação e Exportação Produto: Agendas 2022 – Magna Cliente: Magna & Co.

Evertop Gráfica e Editora Produto: Ever Planner 2022 Cliente: Revenda Artes Gráficas e Editora Belton Produto: Agenda Camisas Eternas Cliente: Alaor

Cardápios

Corgraf Gráfica e Editora Produto: Cardápio Bebidas –Kharina Burgers Steaks Salads Cliente: Quick Burguer Alimentos Malires Gráfica Produto: Cardápio King Temaki Cliente: Qualitá Design Malires Gráfica

Produto: Cardápio Mustang Sally – Guitar Cliente: Mustang Sally

Tecnicópias Reproduções Técnicas Produto: Cardápio Baraquias Cliente: ATP Baraquias

F. Câmara da Costa Produto: Camarões Cliente: Restaurante Camarões

PRODUTOS IMPRESSOS EM ROTATIVA OFFSET HEATSET

Revistas em Geral Plural Indústria Gráfica Produto: Revista Casa Vogue edição 414 – Anuário 2020 Cliente: Editora Globo Plural Indústria Gráfica Produto: Revista Pompeia 2022/01 Cliente: Gio – Agência de Cultura de Marca Plural Indústria Gráfica Produto: Revista Veja Edição 2781 Cliente: Editora Abril Plural Indústria Gráfica Produto: Revista Piauí Edição 188 Maio Cliente: Editora Alvinegra D’Arthy Editora e Gráfica Produto: Revista Educatrix 22 Cliente: Editora Moderna

Catálogos e Folhetos Promocionais

Gráfica Editora Comunicação Impressa Produto: Yvy Lindoia Cliente: Vanguard Home Gráfica e Editora Posigraf Produto: Catálogo Guia Consumidor Final – Eudora – Ciclo 13/2020 Cliente: O Boticário

Gráfica e Editora Posigraf

Produto: Catálogo Loja de Bolsa – Ciclo 16/2021

Cliente: O Boticário Gráfica e Editora Posigraf Produto: Catálogo Loja de Bolsa – Ciclo 08/2021

Cliente: O Boticário São Francisco Gráfica e Editora Produto: Catálogo de Produtos Cliente: Quality Pharma Laboratórios

PRODUTOS PRÓPRIOS

Kits Promocionais

43 Gráfica e Editora

Produto: Brinde Gráfica 43 Cliente: Gráfica 43

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Kit Corgraf A Vida É como um Passeio Então Viva o Caminho Cliente: Corgraf Gráfica e Editora

MaisType

Produto: Kit MaisType 2020 Cliente: MaisType P+E Digital Produto: Kit Covid P+E Cliente: P+E Digital

Gráfica Natal Editora

Produto: Kit Gráfica Natal 2022 Cliente: Gráfica Natal

Calendários

Grafdil Impressos

Produto: Calendário de Mesa Grafdil 2022 Cliente: Grafdil Impressos Corgraf Gráfica e Editora Produto: Calendário de Parede Corgraf Em 2020 Seja Luz! Cliente: Corgraf Gráfica e Editora Corgraf Gráfica e Editora Produto: Calendário de Parede Corgraf Viva o Caminho – 2021 Cliente: Corgraf Gráfica e Editora

Kingraf Indústria Gráfica

Produto: Calendário Kingraf 2021 Cliente: Kingraf Indústria Gráfica Leograf Gráfica Editora

Produto: Display de Parede com Pasta Leograf Cliente: Leograf

Impressos Promocionais

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Fôlder Corgraf | Paixão Cliente: Corgraf Gráfica e Editora Malires Gráfica

Produto: Fôlder Gráfica – Flexografia Cliente: Malires

Nova Gráfica Editora

Produto: Fôlder Nova Gráfica Cliente: Nova Gráfica Editora

Tipotil Indústria Gráfica

Produto: Fôlder Novos Desafios

Cliente: Tipotil Indústria Gráfica

Rocha Gráfica e Editora

Produto: Catálogo Rocha 2020 Cliente: Rocha

Sacolas Próprias

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Sacola Corgraf A Vida É uma Corrida

Cliente: Corgraf Gráfica e Editora

Malires Gráfica

Produto: Malires – Sacola Cliente: Malires

Qualygraf Editora e Gráfica

Produto: Sacola Emoticons Qualygraf Cliente: Qualygraf

Qualygraf Editora e Gráfica

Produto: Sacola Qualygraf (Quadros) Cliente: Qualygraf

Vektra Soluções Gráficas

Produto: Sacola Vektra Cliente: Vektra Soluções Gráficas

Cartões de Visitas e Papelarias

Digital Printz Serviços Gráficos

Produto: Cartão de Visita Digital Printz Cliente: Digital Printz

Corgraf Gráfica e Editora

Produto: Cartão de Visita Corgraf Cliente: Corgraf Gráfica e Editora

Malires Gráfica

Produto: Malires – Envelope 26 × 36 Cliente: Malires

Malires Gráfica Produto: Malies – Pasta Cliente: Malires

MaisType

Produto: Cartões de Visitas MaisType Cliente: MaisType

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA OU COMPLEXIDADE TÉCNICA DO PROCESSO

Inovação Tecnológica

WGD Print

Produto: Projeto Jam Delivery

Cliente: Jam Japanese Arts Music

Primi Tecnologia

Produto: Ceptis 1 Cliente: Ceptis

Primi Tecnologia Produto: Selo d’Água 1 Cliente: Sefaz

Antilhas Gráfica e Embalagens

Produto: Máscara Paper Front Cliente: Antilhas Embalagens

P+E Digital

Produto: Press Kit Lançamento Solzinho Fotocrômico Cliente: Adventures/Rihappy

Complexidade Técnica do Processo

Primi Tecnologia

Produto: Selo GNV 2

Cliente: Centro de Inspeção de Veicular Primi Tecnologia Produto: Ceptis 2 Cliente: Ceptis

Antilhas Gráfica e Embalagens

Produto: Caixa Premium Faixa Azul Cliente: Vigor

Mudrá Design

Produto: Display Canguru Pastille Cliente: Docile Alimentos

P+E Digital

Produto: Kit Downy Dona Hermínia Cliente: Momentum Promoções/P&G

SINALIZAÇÃO

Impressão Digital em Grandes Formatos

Malires Gráfica

Produto: Quadro Aquarela – Ayrton Senna Cliente: LM Motors

Artes Gráficas e Editora Belton Produto: Lona Faixada Salão Nix Cliente: Salão Nix

Flink Print – Inovação em Impressão Produto: Cinta Natal de Prêmios Building Cliente: Duet Mercês Incorporadora Neoband Soluções Gráficas

Produto: Envelopamento Externo/ Interno Metro Batman Cliente: Espaço/Z Neoband Soluções Gráficas Produto: Projeto Gentileza Metrotoons – Cadeirante/Idosos Cliente: Metrô de São Paulo

Impressão Digital em Pequenos e Médios Formatos

Artes Gráficas e Editora Belton

Produto: Quadro Camisas Eternas Cliente: Alaor

Artes Gráficas e Editora Belton Produto: Quadro Somos o Meio Cliente: Colégio Erasto

Qualygraf Editora e Gráfica

Produto: Display Prancha Live Freestyle Cliente: Pena Surf Wear

Leograf Gráfica Editora

Produto: Painel Flip Beagle – Lenticular Cliente: Beagle

P+E Digital

Produto: Identificação Cadeiras do Estádio Pacaembu/Tok&stok Cliente: DPZ&T/Tok&Stok

Editorial

PRODUTOS DE BAIXAS TIRAGENS

Digital Printz Serviços Gráficos

Produto: Verve Pinheiros Cliente: MPD

Artes Gráficas e Editora Belton Produto: Livro Boneco Biscoite Cliente: Sandra Bozza Artes Gráficas e Editora Belton Produto: Livro Capa Dura Camisas Eternas Cliente: Alaor

P+E Digital Produto: Book Unwearable Cliente: Produceria FTD Educação Gráfica e Logística Produto: Porta Aberta para o Mundo – Indústria e Comércio Cliente: FTD Educação

Identificação e Acondicionamento Leograf Gráfica Editora Produto: Caixa com Tampas Articulares e Aplique Soft Cliente: A Bela Cosméticos

Digital Printz Serviços Gráficos Produto: Livro Caixa QSF Cliente: QSF7 Bebidas

Ativaonline Editora e Indústria Gráfica Produto: Embalagem Barril Ana Capri – Leite Moça Cliente: Arezzo

Artes Gráficas e Editora Belton Produto: Caixa Coração Maria Dolores Cliente: Maria Dolores

P+E Digital Produto: Caixa Redonda Red Bull Cliente: DPZ&T/Red Bull

Promocional e Comercial Futurepack Comércio e Serviços de Embalagem Produto: Pedra Preciosa Cliente: Consultoria Futurepack Digital Printz Serviços Gráficos Produto: Display Microondas Swift Cliente: Swift

Ativaonline Editora e Indústria Gráfica Produto: Caixa Troféu Libbs Cliente: Libbs Farmacêutica

P+E Digital Produto: Press Kit Trident Cliente: Leo Burnett/Mondelez

P+E Digital Produto: Press Kit Heinz Cliente: Diprod

DESIGN GRÁFICO

Design Gráfico

FTD Educação Gráfica e Logística Produto: Coleção Toni Itinerários – Volume 2 – Aluno Cliente: FTD Educação

Primi Tecnologia Produto: Notícias Que Valem 5 Cliente: Agência África

Nova Soluções Gráficas

Produto: Um Voo sobre as Capitais Brasileiras Cliente: Zucca Produções Artísticas e Culturais

FTD Educação Gráfica e Logística

Produto: Ei Deixa Rolar Cliente: FTD Educação

P+E Digital Produto: 10 Anos de W+K Cliente: De A a Z / W+K

SUSTENTABILIDADE

Sustentabilidade Ambiental Gráfica Sarapuí

Produto: Estojo Kit Sarapuí 2020/2021 Cliente: Gráfica Sarapuí

Antilhas Gráfica e Embalagens Produto: Stand Up Pouch Ritto 7 Cereais Mãe Terra Cliente: Unilever

Ibratec Artes Gráficas Produto: Granolindas Mãe Terra Cliente: Unilever Ibratec Artes Gráficas

Produto: Nescafé Gold Equilibrado Cliente: Nestlé

IMPRESSOS DIVERSOS

Impressos Diversos

Digital Printz Serviços Gráficos

Produto: Ocean Golf

Cliente: Patrimar Engenharia

Malires Gráfica

Produto: Quadro Luar com Led

Cliente: Jéssica Carvalho

P+E Digital

Produto: Pasta Ivonete Leite – Cuba

Cliente: Finale

P+E Digital

Produto: Dicionário de uma

Só Palavra – Sororidade

Cliente: Betc/Hershey’s

Contiplan Indústria Gráfica

Produto: Rótulo Cerveja Artesanal – Contiplan 30 Anos

Cliente: Contiplan Indústria Gráfica

Ouvidos atentos

Criada em 2019, a Sabbry Industrial Solutions se propõe a entregar de forma ágil soluções tecnológicas inovadoras, ajustadas ao perfil de cada cliente.

meta não é modesta. Alexandre Giglio e seus três sócios querem fazer da Sabbry a parceira número 1 da indústria gráfica nacional no fornecimento de soluções tecnológicas. Dentro dessa cesta cabem equipamentos, peças e consumíveis. Mas não só. Entra também a assistência técnica consultiva, calcada nos 30 anos de experiência de seus diretores no setor gráfico, e mais: ouvidos atentíssimos às carências dos clientes.

Foi justamente essa sensibilidade em relação às demandas da indústria gráfica, sobretudo por mais agilidade e qualidade no pós-venda, a alavanca para a criação da Sabbry. “Independentemente das linhas com as quais iríamos trabalhar, estávamos certos de que havia uma grande oportunidade para elevar o nível desse atendimento, partindo da análise franca das reais

necessidades da gráfica”, afirma Alexandre, CEO da Sabbry.

Egresso da Goss Brasil, que no início de 2019 deixou de existir em razão da fusão da Goss International com a Manroland Web Systems, Alexandre e quatro companheiros da Goss criaram a Sabbry em abril daquele ano, fornecendo peças e serviços no segmento de impressão offset rotativa. Em 2020, surgiu a chance de ampliar o espectro com a venda de linhas de acabamento e embalagens da espanhola Imagraf.

PARCERIA

Mudanças na composição societária, até então essencialmente técnica, levaram a empresa a buscar um parceiro exclusivo, capaz de desenvolver máquinas de acabamento para impressão e confecção de embalagens com a marca Sabbry e, principalmente, customizadas para as demandas dos clientes. Josué Barreto formatou o departamento comercial e Alexandre foi à China buscar o parceiro ideal.

A primeira máquina Sabbry foi vendida no final de 2020, uma acopladora para cartão micro-ondulado, adquirida pela Franpack, da cidade de Franca, interior de São

Paulo. A segunda, uma linha de encadernação dobra orelha, foi instalada na Imprensa da Fé, na capital paulista. De lá para cá, a Sabbry já fechou mais de 50 projetos, alguns envolvendo mais de um equipamento. E a oferta não se restringe à pós-impressão e embalagens. Avança para a impressão flexo e também para impressão offset comercial por meio de um acordo com a Wisprint. Há ainda a possibilidade da venda de máquinas usadas através da norte-americana imPressions. “Nos propomos a trazer a solução que o cliente precisa”, conta Alexandre.

Luciano Lima, diretor de compras, e Stanley Pafaro, diretor de projetos e serviços, completam o quarteto no comando da Sabbry. Na equipe técnica, seis profissionais se dividem no atendimento aos clientes. Ao todo, 20 pessoas ocupam o escritório em Barueri, na Grande São Paulo. Isso hoje, porque a empresa deve entrar em 2023 expandindo sua estrutura, contratando mais técnicos e vendedores, além do incremento na parte de peças e insumos e na equipe de importação e exportação.

SABBRY www.sabbry.com

(E/D) Alexandre Monteiro Giglio, CEO; Stanley Roberto Pafaro, diretor de Serviços e Projetos; Lucas Buglioli, estagiário; Wanderson Santos, gerente de Peças; Paulo Henrique da Silva, gerente de Produto; Valéria de Souza, consultora de Comércio Exterior; Gilda Ferreira de Mattos, consultora Administrativa; e Josué Barreto Silva, diretor Comercial REVISTA

Impulsionada pela recuperação dos segmentos promocional e editorial, a Elyon comemora os bons resultados e se prepara para apresentar ao mercado um novo modelo de negócio.

Bons ventos sopram as velas da Elyon

Fantástico! Assim Alexandre Almeida, proprietário da Elyon, define o ano de 2022. “O primeiro semestre foi forte no promocional, e neste segundo semestre o editorial é o destaque. Com isso, concluiremos o ano com crescimento de 63% em relação a 2021, ultrapassando os ótimos resultados de 2019.”

Para entender o cenário atual na gráfica paulista é preciso recuar alguns passos. Há três anos, a empresa, criada por Alexandre em 2004, vivia seu melhor momento, quando realizou o maior investimento de sua história, com a compra de duas impressoras offset planas, uma seis e outra oito cores, sem contar linhas de acabamento e sistemas para pré-impressão. O objetivo era desafogar a produção, que registrava 100%

de ocupação. “Já estávamos recusando trabalho”, lembra o empresário.

O ritmo seguia forte no primeiro trimestre de 2020, até a parada geral. “Foi desesperador, e optamos por uma estratégia conservadora”, conta Alexandre. De seus 162 funcionários, 40 foram demitidos. Contratos tiveram de ser renegociados, porém, passado o primeiro impacto, o panorama se

mostrou melhor do que o inicialmente desenhado. Contribuíram para isso o baixo grau de endividamento da Elyon, a união e compreensão dos colaboradores nos momentos mais críticos, o apoio dos fornecedores e as medidas governamentais.

Recuperação é uma boa palavra para 2021. Apesar das oscilações, a venda online B2B, por meio do site Mr. Print, cresceu muito, chamando a atenção da diretoria para o potencial da operação, que hoje responde por 15% do faturamento da Elyon. A Mr. Print é uma marca do grupo focada no web-to-print business to business, e também atingirá faturamento histórico este ano. Investiu-se ainda na estruturação de

um departamento interno de marketing e na locação de uma área de 2.000 m² para a estocagem de papel.

PREPARADA PARA UMA NOVA ETAPA

Palco montado, a trupe entrou em 2022 pronta para responder rapidamente à elevação na demanda. Foram recontratados 90% dos funcionários demitidos, e não só: a Elyon conta agora com 250 colaboradores, responsáveis por transformar 450 toneladas de papel em produtos impressos mensalmente. O faturamento se divide de forma equilibrada entre o promocional e o editorial, com uma participação entre 10 e 15% das embalagens.

A cena positiva abriu espaço para novos projetos, especialmente no canal online. No primeiro semestre de 2023 a Elyon lançará

um modelo de negócio, inédito no Brasil segundo Alexandre Almeida. “Será uma plataforma B2B, que já está sendo testada com alguns clientes.” Para tanto, a empresa está aplicando recursos na área de TI , fortalecendo o marketing e ampliando a equipe de desenvolvimento de produto. Neste

ano, a Elyon reorganizou, igualmente, o departamento fiscal e contábil, implantou um CRM profissional, afora a conquista da certificação ISO 9001. “Temos muito trabalho pela frente e estou bastante confiante”, afirma o empresário. Sem dar detalhes sobre o novo negócio, Alexandre espera, nos próximos três anos, dobrar o faturamento a cada ano. “Estamos analisando com a HP a compra de uma nova impressora digital [a terceira]. E sabemos que o movimento gerado pelo novo negócio exigirá a ampliação da nossa planta.” Atualmente a Elyon ocupa uma área de 7.000 m² na zona Oeste de São Paulo.

ELYON www.graficaelyon.com.br

CONHEÇA OS NOVOS PRODUTOS SUSTENTÁVEIS:

Papirus comemora 70 anos com projeção de expansão

Com uma atividade sustentada na economia circular, a fabricante de papel-cartão vem crescendo acima da média do mercado, com produtos e processos sustentáveis.

Papirus chega aos 70 anos com vários motivos para comemorar. Em fase de conclusão do plano de investimentos de R$ 40 milhões no período de 2017-2023, a empresa avança para alcançar a meta de 115 mil toneladas de capacidade, estabelecida para 2023, enquanto trabalha a plena carga para atender a demanda do mercado.

Com uma atuação ancorada no uso de matérias-primas recicladas, a Papirus

estuda a possibilidade de realizar um novo plano de expansão, para dar sustentação aos próximos 70 anos. “Terminamos os estudos preliminares que nos encorajam a seguir expandindo. Nossa intenção é crescer, oferecendo papel-cartão com celulose virgem e reciclada com grande participação de aparas pós-consumo. O tamanho do equipamento não foi definido, mas, com certeza, será maior do que a máquina atual, e adequado à nossa capacidade de crescimento”, afirma Amando Varella um dos três co- CEO s da Papirus e diretor comercial e de marketing.

Na contramão do mercado brasileiro de papel-cartão, que caiu 1,9% de janeiro a julho, comparativamente ao mesmo período de 2021,

,

Parque fabril da Papirus no município de Limeira, interior de São Paulo

segundo dados do Ibá, as vendas da Papirus até agosto acumulam alta de 9% no volume faturado no mercado interno, e de 7% no faturamento das exportações. Isso, segundo o executivo, justamente em função do investimento em ampliação da capacidade, que possibilitou o crescimento em ambos os mercados, sem redução da oferta interna.

Em 2023, a previsão é crescer de 10% a 12%. “A perspectiva de demanda é positiva até dezembro, e acreditamos que seguirá favorável em 2023, sustentada pela busca por produtos fabricados a partir de matérias-primas recicladas e que sejam substitutos de outros materiais, como plásticos”, ressalta Varella.

Um diferencial que tem contribuído para o crescimento da Papirus é a sustentabilidade aplicada ao processo produtivo e a sua atuação alinhada à economia circular, que se destaca pela produção de

papel-cartão com menos impacto ambiental com o uso de matéria-prima virgem certificada e controlada e de aparas de papel coletadas por catadores e aparistas e pelo projeto Papirus Circular. Realizado em parceria com a cleantech Polen, esse projeto rastreia e certifica o processo de reciclagem, gerando créditos de reciclagem que são transferidos aos brand owners na compra dos papéis da linha Vita.

LOGÍSTICA REVERSA

Atualmente, 40% da matéria-prima utilizada na produção de papel-cartão é constituída de aparas pós-industrial e pós-consumo e 60% de fibras virgens. A Papirus fornece produtos com diferentes graus de índice de reciclado, com um portfólio de produtos que vai de 100% de papel produzido a partir de fibras virgens até 100% de uso de papel reciclado, inclusive atuando até com 30% de aparas pós-consumo em

Nova parceria de sucesso

Manroland do Brasil agradece a Mácron Indústria Gráfica pela aquisição de sua nova impressora offset plana, modelo R700 Evolution Elite, configurada com 8 unidades de impressão e uma torre de verniz.

A primeira R700 Evolution do Brasil com o moderno e único sistema de inspeção de folhas em linha, InlineInspector 8K Eye C (a mais recente inovação com maior resolução lançada pela manroland para atender o mercado gráfico).

A Evolução da Impressão.

manrolandsheetfed.com

Manroland Sheetfed GmbH

Manroland do Brasil Serviços Ltda. Rua das Figueiras, 474 – 3º andar, Edifício Eiffel, Bairro Jardim, 09080-300, Santo André, SP. T +55 (11) 4903 9200 E info.br@manrolandsheetfed.com

Uma empresa do grupo Langley Holdings plc

alguns produtos, ou seja, papel proveniente de embalagens descartadas pelo consumidor final que retorna diretamente para reciclagem por meio do sistema de logística reversa da empresa, amparado na atuação de cooperativas parceiras.

Questionado sobre a perspectiva de normalização no fornecimento de papel-cartão para o segmento gráfico e de conversão, Amando Varella acredita que no primeiro semestre de 2023 o mercado nacional ainda continuará ajustado entre oferta e demanda. “Em alguns momentos, em 2021 e 2022, as reposições de estoque ficaram comprometidas, mas os clientes da Papirus receberam o volume acordado com pouco ou quase nenhum atraso. Neste ano, entregamos, até setembro, 12,5% a mais em termos de volume para o mercado brasileiro em relação a 2021. Isso é resultado do investimento que se completará até julho de 2023.”

Tecfag de casa nova em janeiro

Fornecedora de sistemas de automação industrial para o mercado de produtos e embalagens, empresa registra crescimento de 15% em 2022.

Depois de um ano em que está superando suas próprias expectativas de faturamento e de novos projetos, com um crescimento de 15% em relação ao mesmo período do ano passado, a Tecfag Automação Industrial se prepara para inaugurar sua nova sede, em janeiro do ano de 2023.

Atualmente, a empresa está instalada numa área de 1.500 m². “Agora estamos em fase final da nova sede, com 3.000 m², que terá em sua fachada um conceito ultramoderno”, orgulha-se Gilson Donato, CEO da Tecfag. “Nela, teremos um showroom de última geração e adequações para oferecer um atendimento com o qual proporcionaremos uma experiência única aos clientes que vierem nos visitar.” A empresa continuará em Bauru, no interior de São Paulo.

De acordo com o executivo, a Tecfag tem uma vasta gama de produtos, que pode ir de uma simples seladora manual até linhas de produção de última geração, incluindo produção de goma, de cápsulas de softgel e encapsuladoras. “Com a necessidade por automação crescendo a cada dia, nos especializamos no desenvolvimento de projetos especiais, para atender as diversas demandas”, diz Donato.

Ele assegura que a empresa procura entender as particularidades de cada cliente, desenvolvendo projetos especiais e proporcionando “um aumento considerável de produção”, sem inchar sua folha de pagamento, deixando as empresas cada vez mais preparadas para atuar no mercado de embalagens, no qual a exigência por parte do consumidor final fica cada dia maior.

INTERFACE COM O CLIENTE

Para Donato, o grande diferencial da Tecfag é saber ouvir o cliente, entender as suas necessidades e oferecer um projeto personalizado que

Donato, CEO da Tecfag

possa superar as suas expectativas. “Nossos equipamentos são modernos e eficientes e temos condições de atender do pequeno ao grande volume”, garante. “Vale lembrar que temos assistência técnica especializada, peças e insumos para manutenção e nossa equipe cuida do treinamento dos operadores e do start de máquinas mais robustas.”

A empresa oferece linhas completas para o mercado gráfico que investe em soluções para embalagens. De acordo com o CEO, com seladoras em L e túneis de encolhimento, por exemplo, o usuário não só evita problemas de desgastes de seus produtos, como também os destaca e facilita seu transporte e manuseio.

Ele acrescenta que, hoje em dia, a automação no segmento de embalagens está ligada diretamente ao nível de competitividade que a empresa tem em relação a sua concorrência. Com isso, as empresas vêm buscando cada vez mais automatizar os seus processos produtivos e de embalagem, aumentando a capacidade produtiva e reduzindo custos.

Apesar da instabilidade no cenário político, Gilson Donato revela que a empresa está bastante confiante para 2023.

TECFAG www.tecfag.com.br

Gilson

NOSSO PAPEL E

PRESERVAR

O Sistema Ecoline ® conjunto de ações e processos desenvolvidos ao longo dos últimos 10 anos, no qual a empresa aprimorou suas atividades para trazer maior competitividade com o foco em sustentabilidade.

O Ecoline ® inicia-se com a utilização de papel certificado, que garante a rastreabilidade e o manejo adequado das florestas para sua fabricação. Ao longo do processo gráfico a escolha dos insumos como tintas e vernizes é feita priorizando produtos com menor impacto ambiental.

Em todas as etapas produtivas, existe uma ampla preocupação em redução de desperdícios e reciclagem. Este é mais um importante passo em nossa jornada de melhoria contínua.

Saiba mais em www.leograf.com.br nas redes sociais ou pelo

A importância da reindustrialização do País e os benefícios que traria ao setor

No ponderado discurso de vitória do recém-eleito Luiz Inácio Lula da Silva, entre várias colocações, ele deu importância à necessidade de reindustrialização do País. Um assunto relevante, e que deve tomar força nos próximos anos.

Esse não é só um movimento local. É uma discussão aberta já na Europa, Estados Unidos e na América Latina, acelerada pela pandemia da Covid e a dependência do Ocidente da fabricação chinesa. Se nas últimas décadas a produção se voltou para a Ásia, agora se repensa, em parte, sua localização mais perto do consumo.

Pela importância da China nas cadeias globais de valor e suas visíveis consequências, como no caso da dependência da fabricação de chips, por exemplo, é bem provável que seu volume médio de participação tenda a diminuir ao longo do tempo isso, sem falar

da mudança do próprio perfil chinês, com sua ênfase agora em alta tecnologia.

Além da pandemia, outros fatores de mudança estimulam essa estratégia: a maior rapidez exigida hoje no desenvolvimento e a chegada dos produtos aos mercados motivados pelas rápidas mudanças de hábitos de consumo, exigindo maiores novidades, produtos mais personalizados e maior segmentação de grupos de consumo. Os consumidores querem os produtos, mas os querem já.

Outro aspecto, sem dúvida importante, é a mudança dos processos de fabricação que, em muitos casos, passa de volume para produtos diferenciados que exigem maior flexibilização da produção. A indústria 4.0 responde a esses desafios e permite fábricas menores, mais enxutas, automatizadas, integradas, distribuídas em regiões de mais acesso à distribuição.

Hamilton Terni Costa

No Brasil, a desindustrialização foi dramática, com declínio nas últimas três décadas. Pelo fechamento de fábricas, a perda de empregos qualificados, poder de inovação e competitividade. Ignorada pelo debate político, até então. Esperamos que isso realmente mude.

O País vem perdendo posições no ranking mundial de produção industrial desde a metade dos anos 90, pelo menos. Em 1996 nossa produção correspondia a 2,55% do total, o dobro da registrada no ano passado. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que a participação da produção industrial brasileira na produção mundial diminuiu de 1,31% em 2020 para 1,28% em 2021, sendo ultrapassada pela Turquia, ficando agora na 15 ª posição. Embora tenhamos ficado até 2014 entre as maiores economias no mundo, a queda industrial se acentuou com a fortíssima recessão que enfrentamos de 2014 a 2016. Nesse período, perdemos posições para México, Indonésia, Taiwan e Rússia.

Ao longo da década de 2010, a participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) encolheu 33%, chegando a 20,5% do PIB. Foram extinguidos cerca de 800 mil empregos no setor, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em outubro de 2021, o PIB industrial ainda era 14% menor do que em março de 2014, último mês antes da recessão que se estendeu até 2016, mostram cálculos com base em estimativas do Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas (FGV ).

O declínio da participação da produção industrial se observa nos PIB s de muitos países industrializados ao redor do mundo, especialmente com o crescimento acelerado do setor de serviços, mas, de forma geral, se deu em países que chegaram ao topo da tecnologia com uma indústria forte. O que não aconteceu com o Brasil, levando a uma desindustrialização precoce.

Na verdade, como escreve o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, “a desindustrialização precoce e acelerada é grave, sobretudo devido à capacidade que o setor tem de dinamizar a economia e multiplicar riquezas. A cada R$ 1,00 produzido na indústria, são gerados R$ 2,43 na economia nacional. A título de comparação, na agricultura são gerados R$ 1,75 e nos setores de comércio e serviços R$ 1,49”. Além disso, ele complementa, “as indústrias pagam melhores salários que a média nacional. Também é a indústria que viabiliza grande parte da competitividade dos demais segmentos da economia nacional (agropecuária, comércio e serviços)”.

As razões para esse declínio, no Brasil, são as mais diversas. Segundo os especialistas, há questões conjunturais, de acordo com a crise do momento, e estruturais. Nisso entram inflação, juros elevados, câmbio desfavorável, incertezas políticas e econômicas, sérios problemas de infraestrutura gerando gargalos, o nosso complicadíssimo sistema tributário, custo de energia e falta de mão de obra qualificada.

Não existem também, há um bom tempo, políticas públicas adequadas e o verdadeiro entendimento da situação por aqueles que as formulam. As fortes mudanças pelas quais passa a indústria ao redor do mundo exige fortes investimentos em inovação, que precisam de estímulos adequados. Exige mão de obra mais criativa e preparada para desempenhar múltiplas funções, mais complexas.

No Brasil, a desindustrialização foi dramática, com declínio nas últimas três décadas. Pelo fechamento de fábricas, a perda de empregos qualificados, poder de inovação e competitividade. Ignorada pelo debate político, até então. Esperamos que isso realmente mude.

As mudanças necessárias para a reindustrialização do País, ainda segundo o presidente da CNI , passam por reformas que estimulem a produtividade e a inovação, integração a cadeias globais de valor e terem acesso a fornecedores e consumidores de outros países, proporcionando avanços tecnológicos e ganhos de escala na produção.

Falando sobre a entidade, ela promoveu recentemente um ciclo de seminários com múltiplos e qualificados apresentadores, sobre os 200 anos de independência, a indústria e o futuro do Brasil e gerou um relevante documento que pode ser baixado no seu site e que merece ser lido por quem se interessa sobre o tema. Nesse texto, dediquei mais atenção ao capítulo que se ateve ao desenvolvimento industrial, científico e tecnológico, mas vale a pena uma leitura geral, como disse.

Quis colocar alguns pontos (há muitos outros) levantados por alguns dos apresentadores como argumentação da necessidade da reindustrialização para o País, como uma das mais importantes medidas para o reencontro do Brasil com o crescimento.

Fica claro que uma reindustrialização do Brasil no grau e direção certos nesses novos tempos, seria altamente benéfica para toda a nossa sociedade. Para a indústria gráfica, em particular, ainda que seja transversal e atenda aos setores econômicos, esse movimento só lhe traria benefícios.

Paulo Gaia, economista e professor da FGV, enfatiza que “desenvolvimento econômico requer domínio tecnológico. Os países são ricos porque têm esse domínio ou, como dizem os economistas, estão na fronteira tecnológica. Tendo em vista esse entendimento, não existe outro caminho para se desenvolver, para aumentar a renda per capita, para enriquecer o País, para reduzir desigualdades, que não seja avançar no domínio tecnológico, em sintonia com a janela de oportunidade do momento histórico. Usando termos de Freud, a indústria é a estrada real do domínio tecnológico (“the royal road to the technological domain”). Não existe país que tenha chegado à fronteira tecnológica do mundo sem ter um setor industrial forte. A ideia de que existe desenvolvimento sem indústria não para de pé”. Segundo Ana Cristina Rodrigues da Costa, economista e coordenadora de Estratégia Industrial e Desenvolvimento da área de Indústria, Serviços e Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), “ . . . para nos adaptarmos a um mundo com sérios problemas de transformações geopolíticas, com aumento da rivalidade entre estados nacionais, reconfiguração das cadeias de valor global, escassez de insumos etc, é crucial a criação de uma politica industrial que fortaleça as cadeias locais de fornecimento com maior agregação de valor e inovação, tornando o País mais resiliente diante de crises de diversas naturezas. O pressuposto dessa política é a constituição de setores com empresas capazes de assimilar e produzir novas tecnologias”.

Dan Ioschpe, presidente do Iedi – Insituto de Estudos para o Desenvolvimento Nacional, coloca que “estudos realizados pelo Iedi concluem que um dos nossos principais problemas foi o equívoco de não percebermos que o caminho exige politica industrial e sintonia entre governo e empresas. Isso tem provocado a recusa e, até mesmo, a proibição de se tratar essas questões. Temos de apontar para a sociedade, empresas, governos, lideranças acadêmicas e demais líderes do País que existe um

caminho a ser seguido e que ele não é complexo, mas requer planejamento, organização, constância. O País precisa se reinventar a cada momento, mas seguindo uma trilha lógica, já realizada por outros países que tiveram sucesso e nos mostram seus exemplos”.

Receio não ter colocado aqui uma abordagem mais abrangente de um assunto que é vasto, complexo e exige mesmo uma ampla discussão. Mas a ideia foi ressaltá-lo em um momento importante e fundamental.

Enfim, fica claro que uma reindustrialização do Brasil no grau e direção certos nesses novos tempos, seria altamente benéfica para toda a nossa sociedade. Para a indústria gráfica, em particular, ainda que seja transversal e atenda aos setores econômicos, esse movimento só lhe traria benefícios.

Em primeiro lugar, evidentemente, ao participar do potencial de crescimento econômico que poderia advir, mas, claro, por ser um potencial fornecedor de materiais cada vez mais requisitados como embalagens sustentáveis, materiais de comunicação integrados às cadeias digitais e todo um suprimento de necessidades geradas por um sistema de criação de produtos ágil e personalizado.

Além disso, se beneficiaria também da maior disseminação de tecnologias inovadoras que já transformam nossos sistemas de produção mundo afora, implicitamente integradas aos processos mais estandardizados, flexíveis, integrados e preparados para uma indústria mais ágil e criativa. Estimularia também a atratividade do jovem para uma indústria que se renova e proporciona interessantes oportunidades para suas carreiras e ambições. Dessa forma, esperamos que as ainda incipientes promessas e possíveis ações de um novo governo sejam um fator gerador positivo nesse caminho. Por mais adversos e desconfiados que possamos ser. Se seguirmos sentido inverso e ainda buscarmos refúgios em ideias já ultrapassadas no que se refere aos drivers de desenvolvimento futuro, mas tardio, mais difícil e mais resistente será a retomada do desenvolvimento. Esperemos que não.

Hamilton Terni Costa hterni@anconsulting.com.br é diretor da AN Consulting (www.anconsulting.com.br), cofundador do Ciglat – Centro de Inteligência Gráfica para a América Latina (www.ciglat.com) e coâncora no podcast Ondas Impressas.

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Tornando os humanos melhores com Realidade Aumentada

O autor deste artigo é o cofundador da Argo, fusão da Snap Press e Bear, em janeiro de 2019. Até 2019, era vice-presidente executivo do Groupe Revue Fiduciaire. Ele está na origem da criação do aplicativo “GRF+”. Foi presidente e fundador da Snap Press via Realidade Aumentada. É membro do conselho consultivo e professor da escola DigiSchool e Wemap.

Existe hoje uma tendência global de valorização dos sentidos humanos, evidenciada, por exemplo, em GPS , assistência a caminhos, assistência à decisão, tradução automática etc. A embalagem não escapará a esta onda digital, tornando-se “inteligente” e uma ferramenta de uso por humanos, qualquer que seja seu perfil: cliente, vendedor, fabricante, prospect, curioso, controlador ou regulador. O rápido avanço das tecnologias é tal que o leque de possibilidades é cada vez maior.

Vamos dar uma breve retrospectiva de um assunto semelhante que é bastante óbvio o carro. Quando nasceu, há poucos anos, a ideia de tornar o carro autônomo (do condutor) todos pensaram de forma natural e instintiva no que já conheciam dos anos 1980. Era necessário que o carro detectasse os sinais de trânsito e se movesse de acordo com as posições ao longo da estrada, como o transponder de um avião. No entanto, foi somente quando a tecnologia por trás da análise de imagens em tempo real (as câmeras etc.) realmente amadureceu e foi acoplada ao Lidar e outros radares, que as redes de tráfego neural foram capazes de processar os dados

necessários em tempo real, por exemplo, instantânea “tomada de decisão”, e assim o carro autônomo tornou-se uma realidade.

Levar esse pensamento adiante e ter em mente a indústria gráfica para revolucionar um serviço, um produto ou um objeto requer o total conhecimento dos desenvolvimentos tecnológicos anteriores (sua evolução) para possibilitar a abertura de novos campos de possibilidades e, em termos comerciais diretos, para responder às novas demandas estabelecidas pela comunidade de mar ke ting como ‘donos de marca’. A embalagem não pode evitar esse tipo de transformação nem a impressão comercial em geral.

Reconhecimento de imagem e visão computacional são duas tecnologias que apontam para uma grande revolução na interação entre humanos e embalagens. A evidência é clara, só precisamos ver como novos casos de uso surgiram nos últimos dois anos. No espaço de alguns meses, a noção de “scan” tornou-se um comportamento de uso aceito e compreendido; você só precisa olhar para a Yuka e a explosão de escâneres de código de barras nas lojas da Apple ou do Google.

Curiosamente, a simples digitalização de um EAN 13 em um produto já era comum desde o final dos anos 70, mas até recentemente a decodificação de um código de barras só permitia a conexão com um repositório de produtos em uma rede local e extrair informações básicas como o preço. Além disso, a ferramenta de decodificação utilizada, o leitor de código de barras, não era muito difundida. Hoje, smartphones com câmeras, amanhã, óculos de leitura conectados, abrem o campo de possibilidades em uma internet aberta onde todos os sistemas de informação são pesquisáveis em tempo real por API

A Yuka acaba de cumprir sua missão com informações em tempo real em um cenário de desconfiança do consumidor com produtos de consumo cada vez mais criticados por sua declaração de origem ou sua composição.

O mercado de embalagens e os proprietários de marcas, portanto, têm a necessidade de integrar essas dimensões.

Marcas líderes já começaram a integrar isso perfeitamente, basta dar uma olhada na mais recente publicidade da Narta. Ao assistir ao vídeo, o cenário entre o produto e o consumidor por meio de um smartphone é a prova total nosso telefone se torna um oráculo ou lente oferecendo maior visão em nosso mundo em tempo real. Em vez de usar o Google e digitar uma consulta, começamos a escanear nosso ambiente em busca de informações adicionais, tornando-se o equivalente físico.

A realidade aumentada com impressão torna-se, portanto, o ponto chave, e mais tarde falaremos especificamente sobre o documento aumentado. Se hoje é cada vez mais natural pegar no smartphone para “digitalizar” um código de barras, um código QR ou mesmo uma imagem para obter informações, então vocês, como profissionais da indústria gráfica, têm a mesma oportunidade de oferecer aos seus clientes tais benefícios de conteúdo interativo.

Mas, onde estamos hoje? Agora é preciso conhecer e se preparar para as questões que envolvem o surgimento do editorial virtual. Tudo começa a partir do arquivo PDF, que é o ponto de partida para cada item de produção impresso e de embalagem.

Atualmente, o arquivo PDF (o documento) incorpora (ou pode incorporar) todas as informações necessárias para que o trabalho de impressão seja concluído, por exemplo, espaço de cores, separação, conteúdo,

Christophe Bossut

ARTIGO ESPECIAL

formas recortadas, camadas dobráveis etc. O PDF então entra em um fluxo de pré-impressão para alimentar toda a cadeia de produção gráfica. E os elementos de conectividade? Exceto a partir de URL , código QR ou um EAN13, o PDF não embarca em lugar nenhum e ainda

A partir daqui, as facetas impressas da embalagem (lados, dobras, faces) podem incorporar camadas de “informações virtuais”, que podem ser lidas pelos clientes finais mesmo em grandes volumes, por simples digitalização da própria embalagem ou dos vários códigos presentes (código QR , 2Dcode, CodeBarre), ou lendo o PDF através de um navegador simples que ativa ou oculta as camadas adicionais.

As soluções de realidade aumentada dão acesso ao editorial virtual, uma verdadeira edição da era pós-fabricação, a um gerenciador de campanha (digital em PDF ou físico em papel) e a um painel de players (App, WebApp, Web AR ou navegador simples para PDF aprimorado).

As empresas produtoras de embalagens viram este novo segmento surgir como uma evolução natural do seu próprio processo de execução da produção. O objeto final da embalagem impressa torna-se ele próprio uma ferramenta de comunicação e, de todas as formas possíveis, é o utilizador final que vai escolher a sua forma de interação NFC (se a embalagem o tiver), reconhecimento de Imagem e Realidade Aumentada, Scan Code, ou até mesmo ativação de camadas virtuais no próprio formato digital, o PDF. Em todos estes casos isso hoje acontece através de um simples smartphone, mas também emergente, e em breve comum, através dos óculos que usa.

A maioria das soluções profissionais do mercado oferece uma solução de armazenamento em nuvem para todo o conteúdo virtual adicional e para se conectar ao documento impresso. Apenas alguns editores incorporam esses conteúdos no arquivo de origem PDF original sem alterar a integridade do mesmo. Para designers gráficos, é compatível com os padrões PDF/X e PDF/A e suporta até a versão PDF 1.7

Finalmente, e este é o verdadeiro desafio, todo o conteúdo aumentado pode ser modificado em tempo real, pós-impressão.

A personalização em pós-impressão é finalmente possível e elimina o complicado processo de controle de superpersonalização prometido pela impressão digital. No entanto, esses dois mundos não se chocarão, pelo contrário serão totalmente complementares: um, pela personalização de segmentos, outro, pela personalização do usuário final.

Como vimos, os novos casos de uso se espalham muito rapidamente, pois a tecnologia facilita o acesso a um serviço útil. O caso da Yuka é interessante, porque é fácil navegar na base de dados do Open Food Fact através do código de barras, sem ter que passar por uma busca convencional de informações por meio de um buscador e dar uma pontuação para um produto. Tornou-se tão viral que os fabricantes precisam ajustar e adaptar suas formulações de produtos para aumentar suas pontuações nesses aplicativos de usuário final. Tal é o caldeirão moderno do aumento do poder do consumidor! Para a indústria gráfica ainda é indispensável poder existir nesses dois mundos paralelos, digital e não digital; mas o mercado gráfico está se tornando digitalizado e assim continuará com conteúdo editorial paralelo em todos os documentos para torná-los no final “aumentados”.

smartphone ou porque experiências aumentadas ao vivo podem ser experimentadas por meio de um site.

Na virtual.drupa 2021 foi possível avaliar os desafios futuros e o impacto de quaisquer tecnologias emergentes. A embalagem do ponto de contato ofereceu insights sobre tecnologias de realidade aumentada impressas em documentos e produtos. Customização e personalização para consumidores conectados e e-commerce foram aspectos ressaltados. Depois do evento, muitos fabricantes, gerenciadores de fluxo e impressores buscaram a integração desses novos fluxos editoriais.

Se hoje é cada vez mais natural pegar no smartphone para “digitalizar” um código de barras, um código QR ou mesmo uma imagem para obter informações, então vocês, como profissionais da indústria gráfica, têm a mesma oportunidade de oferecer aos seus clientes tais benefícios de conteúdo interativo.

O que é mais natural do que conectar um PDF ao seu fluxo aumentando as camadas HTML 5 relacionadas à fabricação, comercial, técnica e outros elementos e tudo isso em uma blockchain?

O que é mais natural do que a peça final impressa ter a mesma informação digital incorporada e disponível diretamente através da “digitalização” do documento graças ao reconhecimento de imagem?

O que é mais natural do que deixar os diferentes atores acessarem informações diferentes dependendo de seu perfil?

Então, o que posso dizer a vocês como profissionais da indústria gráfica? Estejam prontos, não duvidem ou hesitem e realmente aproveitem a oportunidade de toda aquela realidade vivenciada na virtual.drupa em 2021. A barreira do download de aplicativos caiu, seja porque os aplicativos se tornam mais sociais ou oferecem acesso mais fácil a eles. Várias informações são cada vez mais acessíveis porque o WebAR não requer mais um simples navegador para acionar a câmera do seu

O que poderia ser mais natural do que transformar o documento ou a embalagem em uma verdadeira peça de comunicação com o destinatário final e, assim, transformá-lo em uma ferramenta de engajamento de marketing?

Todas essas mudanças abrem novos mercados e levarão a novos comportamentos por parte de impressores de embalagens, conversores e proprietários de marcas. A consolidação de diferentes tecnologias está levando ao surgimento de novos canais e usos para a indústria gráfica e de embalagens.

Atualização tecnológica é meta para 2023

A HR Acabamentos Gráficos, com plantas nos municípios de Diadema e Osasco, SP, tem planos de continuar investindo em modernização de equipamentos no próximo ano.

Em fevereiro de 2020, a HR Acabamentos Gráficos havia acabado de inaugurar sua unidade em Diadema, na Região Metropolitana de São Paulo. A aplicação de recursos havia sido considerável, tanto na estrutura física quanto em equipamentos e na formação de uma nova equipe. Nada poderia preparar a empresa para o que estava por vir. Mas, a HR concentrou-se em estar ao lado de seus clientes, auxiliando-os em seus novos projetos, e assim conseguiu atravessar a crise provocada pela pandemia. Agora, a empresa se prepara para seguir sua estratégia de investimento constante em modernização.

Fundada em 1996 por Vânia Lucia de Oliveira, a HR começou numa garagem na cidade de São Bernardo do Campo, SP. “Minha mãe atuava no ramo gráfico e presenciava a dificuldade em encontrar empresas especializadas em acabamento, principalmente no trabalho manual. Dessa necessidade de mercado surgiu a HR ”, afirma Rodrigo Oliveira , diretor da HR

Ao longo dos anos, a empresa foi se expandindo com a aquisição de equipamentos, investimento em novas tecnologias e contratação de profissionais qualificados, visando a melhoria em todos os processos. “Escutei em uma palestra o termo ‘caórdico’, uma espécie de caos ordenado. Acredito que a HR tenha esse mesmo espírito, o caos e a ordem convivendo em harmonia.

Tudo é muito rápido no setor gráfico e temos de ser ágeis para identificar as mudanças e acertar o rumo”, comenta Rodrigo.

A HR possui duas unidades, que somam aproximadamente 5.000 m². A nova planta de Diadema está mais focada no segmento editorial, com recursos como capa dura e flexível, lombada quadrada, colagem em PUR e hot melt, laminação brilho e fosca, soft touch e anti-scuff (proteção contra riscos), vernizes total e localizado, box rígido e luva em cartão, entre outros processos. Na unidade de Osasco, município também colado à capital paulista, os processos se repetem, porém com foco nas embalagens em cartucho e nos kits promocionais. “O mercado gráfico é muito sazonal e sempre que ocorre uma grande campanha com algum acabamento específico, ele acaba se tornando tendência durante um tempo. Alguns meses atrás, por exemplo, realizamos acabamentos relacionados ao álbum da Copa do Mundo, o qual gerou grande demanda por laminação, verniz localizado e capa dura”, conta Rodrigo Oliveira.

Segundo o empresário, no primeiro semestre deste ano a demanda por acabamentos foi moderada, com crescimento significativo no segundo período do ano. “Continuaremos a investir na modernização dos equipamentos para que possamos oferecer novos serviços. Em breve teremos novidades”, finaliza o empresário.

Gestão e sustentabilidade dominam a pauta

Vendas, produtividade, manutenção e embalagens sustentáveis são discutidos entre agosto e setembro.

O13º episódio da terceira temporada do Ondas Impressas reúne dois especialistas na arte da negociação para discutir o que é preciso para ser um bom vendedor nos dias de hoje. Para uma conversa descontraída e cheia de dicas práticas, o podcast recebeu Arnaldo Peres, diretor comercial da Neoband, e Ricardo Jordão, influencer digital e palestrante. A dupla fala da importância do aprendizado contínuo, sobre a postura que deve ser adotada diante de um possível cliente, da construção de vínculos duradouros e sobre a gestão da carteira de clientes.

No programa seguinte o foco é o último trimestre do ano que, numa conjunção atípica, está reunindo três grandes eventos que estão puxando a demanda por produtos impressos: Copa do Mundo, Black Friday e Natal. Para falar sobre esse cenário, a jornalista Tânia Galluzzi e o consultor Hamilton Costa conversam com Felipe Toledo, diretor executivo da Camargo Embalagens,

e Fabio Gabriel, diretor da Leograf. Atuando em segmentos distintos, Felipe em embalagens flexíveis e Fabio em promocional e editorial, a dupla tem na inovação o ponto em comum. Diante de uma demanda aquecida há meses, eles contam como têm enfrentado o principal obstáculo da indústria: as restrições no fornecimento de insumos. E falam das perspectivas para 2023. Custos e produtividade são os pontos levantados no 15 º episódio, com a participação de Rogerio Pinho, sócio-diretor na AlphaGraphics Brasil, e Antonio Carboni, gestor da gráfica do grupo educacional Bom Jesus. Além de contar como acompanham esses índices, cujos resultados foram diretamente afetados pela pandemia, eles pontuam quais são os números para os quais toda a empresa deve estar atenta. A dupla fala também dos aprendizados dos últimos dois anos, sobretudo em relação à produtividade das equipes.

Já o 16 º programa da terceira temporada do Ondas Impressas mergulha nas novas aplicações da polpa moldada, alavancadas pela demanda por sustentabilidade por parte das grandes marcas. Bastante difundida em países como China e Índia, a polpa moldada começa a romper os limites das embalagens comoditizadas,

ganhando as prateleiras do varejo com novas aplicações. Para discutir o assunto, o podcast recebe Laura Sanchez Sanchez, criadora da Nathural Chemical, fabricante de barreiras base água para papel (veja entrevista à página 14), e Robinson Passos, diretor da Colepack, fabricante de embalagens em polpa moldada.

Fechando o mês de outubro, o 17 º episódio aborda a manutenção como estratégia de gestão por meio da experiência de Ricardo Carrijo, especialista em gestão de negócios e Manutenção Produtiva Total (TPM), doutor em engenharia de produção. Carrijo trabalhou por 47 anos na Tilibra como gerente de qualidade e produção. Além de explicar o que é TPM e suas aplicações, Carrijo fala da importância da manutenção num setor que sofre com a restrição de recursos para atualização tecnológica. Ele aponta medidas simples que garantem o bom funcionamento dos equipamentos, discutindo a responsabilidade dos operadores e o quanto se perde por negligenciar uma área decisiva em qualquer indústria.

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FOTOGRAFIA

Exposição Ver a vida com Verger por Maureen Bisilliat traz a visão de dois fotógrafos que muito contribuíram para a formação de um imaginário afirmativo da cultura popular brasileira.

Texto: Tânia Galluzzi

Olhar estrangeiro

Dois personagens basilares na fotografia contemporânea têm suas obras expostas até o dia 28 de janeiro na Galeria Marcelo Guarnieri, em São Paulo. A mostra Ver a vida com Verger por Maureen Bisilliat promove o encontro entre a inglesa Maureen Bisilliat e o francês Pierre Verger (1902–1996). A exposição reúne uma seleção feita por Bisilliat de fotografias realizadas por Verger entre as décadas de 1930 e 1950 e fotografias de sua série Perspectivas (2021), elaborada a partir de um trabalho de imersão no seu arquivo. Ver a vida com Verger por Maureen Bisilliat também inaugura o novo espaço da Galeria Marcelo Guarnieri, que desde 19 de novembro funciona no número 1054 da Alameda Franca, na capital paulista.

Em Perspectivas, Maureen Bisilliat resgata fotografias dos ensaios Pele preta, Sertões, Caranguejeiras e A João Guimarães Rosa para imprimi-las em novas configurações. Pele preta, do começo da década de 1960 e realizado nas cidades de São José do Rio Pardo e São Paulo, foi o primeiro ensaio fotográfico de Maureen Bisilliat e marca a transição de seu trabalho da pintura para a fotografia. A série Sertões é composta por fotografias feitas entre 1967 e 1972 em aldeias e lugares santos de municípios cearenses e baianos.

Durante os anos em que trabalhou como fotojornalista para a Editora Abril (1964-1972), Maureen Bisilliat pôde fotografar em contextos diversos do Brasil, produzindo ensaios que ficaram célebres, entre eles Caranguejeiras, no qual retrata mulheres catadoras de caranguejos na aldeia paraibana de Livramento.

A João Guimarães Rosa, realizado durante a década de 1960, surgiu do desejo de Bisilliat de conhecer e retratar os gerais de Guimarães Rosa depois da leitura de Grande sertão: veredas.

Assim como Maureen, Verger também consolidou sua linguagem fotográfica por meio de viagens, embora não fosse fotojornalista. Ao chegar ao Brasil, em 1946, começou a trabalhar para a revista O Cruzeiro e realizou, durante os dois anos subsequentes, um de seus mais importantes trabalhos sobre a cultura popular nordestina.

A partir de então, Verger também deu início a uma investigação sobre as relações entre Bahia e África, mais especificamente sobre os rituais e costumes das culturas e religiões afro-brasileiras e africanas em Salvador e na Costa do Benin.

Nas fotografias de Pierre Verger selecionadas por Maureen Bisilliat é possível observar uma predominância de retratos, cenas de trabalho e de celebrações. São situações de igual interesse para Bisilliat, que permitem conhecer a cultura de uma população por meio de seus movimentos de corpo e expressões faciais, vestimenta, costumes, instrumentos musicais e arquitetura. Tanto para Pierre Verger como para Maureen Bisilliat, essas fotografias tinham o objetivo não só de apresentar Brasis muitas vezes desconhecidos para o próprio Brasil dos grandes centros como também de reconhecer a importância de tais atividades na preservação de tradições culturais.

1 (página ao lado, topo) Pierre Verger, Bumba Meu Boi, Brasil

2 (página ao lado) Maureen Bisilliat, Perspectivas, 2021

3 Pierre Verger, Port Said, Egito, 1934

4 Maureen Bisilliat, Perspectivas, 2021

www.galeriamarceloguarnieri.com.br

GALERIA MARCELO GUARNIERI

Litoband completa 55 anos

A Litografia Bandeirantes, instalada em Jundiaí, no interior de São Paulo, comemora seu aniversário projetando aumento de capacidade.

Há 55 anos no mercado, completados em 7 de agosto, a Litografia Bandeirantes, ou Litoband, como é conhecida, já tem aprovados alguns incrementos para 2023, que irão se refletir no aumento de produção e modernização do seu parque gráfico. Novos produtos também estão em fase final de testes e aprovação, expandindo a atuação da empresa para outros nichos de mercado.

de ser um ano de eleição, com todas as especulações e incertezas, acreditamos que se continuarmos fazendo a nossa parte, teremos um próspero e surpreendente 2023”, diz o empresário.

Em relação ao ano passado, ele conta que, a despeito da pandemia, o período foi bem administrado na Litoband. “Mesmo com todo sofrimento, conseguimos manter o equilíbrio econômico e financeiro da empresa, sem que tenha sido necessário tomar medidas drásticas. Hoje, entendemos 2022 como um ano de retomada.”

Com um parque gráfico de 14 mil m², com estrutura e capacidade produtiva para conversão de mais de 700 toneladas de papel/cartão por mês, a Litoband tem como principais produtos rótulos e embalagens. “São itens exclusivamente projetados e

produzidos para variados tipos de suporte e formato, atendendo às diversas necessidades de resistência e aplicação dos clientes”, assegura Paffaro. “Nossos rótulos oferecem identidade, origem, composição, validade e demais informações necessárias para expor ao consumidor final.”

SUPORTE PROFISSIONAL

A empresa conta com uma equipe de projetistas que busca entender o que o cliente precisa, para então iniciar o trabalho de pesquisa, partindo de técnicas avançadas para cumprir as demandas dele e assim chegar à solução mais adequada.

De acordo com Paffaro, a Litoband está preparada para oferecer soluções em dimensão, acabamentos, matéria-prima e funcionalidades, para deixar o produto mais bem posicionado. Os equipamentos, gestão de processos e equipe especializada são os diferenciais na entrega de um produto de qualidade. “Oferecemos diferentes tipos de acabamentos, visando tornar as embalagens mais encantadoras, seguras e vendáveis.”

Seu proprietário, Valdomiro Luiz Paffaro, prefere não detalhar as ações. “Muitas são as oportunidades de negócio e, apesar LITOBAND www.litoband.com.br

A empresa possui frota própria e está localizada estrategicamente em Jundiaí, com fácil acesso às principais rodovias do Estado de São Paulo. A Litoband atua em diversos segmentos, como alimentício, bebidas, farmacêutico, cosméticos, higiene e limpeza e veterinário, com rótulos em diversos papéis e acabamentos e embalagens com cartão.

O empresário acrescenta que a Litoband não é apenas papel, tinta, embalagens e rótulos. “Para nós é amor, continuidade, construção e base”, diz. “É mudança, é o ser humano, é quem colabora, é valorização e perseverança. São esses valores que nos permitem manter a empresa viva, com solidez, ética e transparência, inspirando confiança na relação com o mercado. São anos de crescimento planejado, com segurança e muita consciência.”

Patrocínio Ouro

O livro nosso de cada dia nos dai hoje!

Deve-se ler sempre. Por inúmeras razões. Ler faz bem. Ler um bom livro faz melhor. Há algumas décadas disseminou-se uma máxima: “Quem não lê, mal ouve, mal fala, mal vê”. A leitura continua com esse peso e valor, mas confronta-se com uma realidade que reduz a máxima. A referência é para a concorrência das “redes sociais”. Imagens associadas a breves textos, quase sempre sem conteúdo literário, mensagens apócrifas ou não, curtas e pobres de conteúdo, podem até estimular a leitura, mas não é o caminho adequado para criar o saudável e necessário hábito. O livro é imprescindível e indispensável. Devemos, sempre, ter um bom romance, uma boa prosa, um bom conto, uma boa poesia à nossa disposição. Ler refina a espiritualidade. Fermenta o pensamento e a sensibilidade. Descobrir-se e descobrir o mundo, alimentar e confortar a alma, o livro é, sempre, um bom remédio para qualquer dor, e deve ser prescrito sem contraindicação, sem moderação.

Ler um bom livro é um exercício de poder, um ato emancipatório que conduz ao engajamento sociocultural. O hábito da leitura abre portas e liberta. E, por falar em liberdade, recorro-me ao jovem francês Étienne de La Boétie que, aos 19 anos, em 1549, deixou à nossa disposição o eterno “Discurso sobre a Servidão Voluntária”, que há quase cinco séculos podemos tê-lo em mãos graças a Johannes Gutenberg e sua invenção que marcou para sempre a humanidade e aí está cada vez mais necessária e presente, em nossas indústrias gráficas. O livro de Étienne de La Boétie nos ensina que “o poder que um só homem exerce sobre os outros é ilegítimo”; que “a liberdade é a igualdade de todos na dimensão política”; que “a irracionalidade da Servidão Voluntária das massas é um vício, uma doença coletiva”.

A literatura, que os livros impressos eternizam, é a arte manifestada pela escrita, e Fernando Pessoa, o grande poeta português, já nos ensinou que “a arte é a confissão de que só a vida não vale a pena”. A gráfica é, pois, parte essencial da configuração dessa arte que atravessa séculos, imortal e necessária.

O mundo (e o Brasil em particular) não precisa de mais armas. Precisa de mais livros, livros à mão-cheia, pois como disse Castro Alves, “livros caídos na alma é gérmen que faz a palma, é chuva que faz o mar”. Óbvio que estamos a falar de livros físicos, impressos, com arte e dedicação, capazes de nos tomar pela beleza e conteúdo.

O papel, no qual se imprime o livro, senhoras e senhores, não se origina de árvores naturais, essas que habitam as nossas matas, desmatadas por razões econômicas e ignorância social e política. Os papéis sobre os quais se imprime arte e poesia, e não só arte e poesia, originam-se de árvores plantadas para esse fim, em respeito à sustentabilidade do planeta.

Abrir um livro é entrar num novo mundo para aprender o percurso, diz o poeta. Ao que outro completa: o livro nos abre as portas do mundo e os portais do tempo. Nos livros se aprende que o mundo vai muito além de nossas províncias. Segundo Ernest Hemingway, imortal escritor norte-americano, “não há amigo tão fiel quanto o livro”. E JK (sim, o nosso presidente) é taxativo: “Os livros são amigos sempre à disposição, sem trair”. “Contra armas, livros”, a sentença é de José Eduardo Agualusa, consagrado escritor angolano da atualidade.

Vou encerrar essa série de conceitos sobre livros (livros escritos e impressos em nossas gráficas) com Millôr Fernandes, que foi tudo: desenhista, humorista, dramaturgo, escritor, tradutor, poeta, jornalista . . . Para Millôr, “livros não enguiçam”.

Joanna Marini

Roberto Nogueira Ferreira

Roberto Nogueira Ferreira Consultor da Abigraf Nacional em Brasília roberto@rnconsultores.com.br

RAÍZES

Texto: João Scortecci

Rafael, o “Anjo Negro”

uando o Imperador Pedro I (1798–1834) partiu do Brasil de regresso a Portugal, após abdicar do trono, em 1831, deixou Rafael, o “Anjo Negro”, como um dos responsáveis pela guarda e segurança do menino Pedro, “o Magnânimo”, herdeiro da Coroa portuguesa, e na época com apenas cinco anos de idade. O imperador nomeou José Bonifácio de Andrada e Silva, como tutor, e Dadama (Mariana Carlota de Verna Magalhães Coutinho), Condessa de Belmonte, como uma espécie de mãe postiça do menino Pedro. Em 1826, quando ele tinha um ano de idade, sua mãe, a Imperatriz Consorte Dona Leopoldina morreu poucos dias após dar à luz um menino natimorto.

Rafael, veterano da Guerra da Cisplatina conflito ocorrido entre o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata, no período de 1825 a 1828, pela posse da Província Cisplatina era pessoa de confiança do imperador e na época, a seu mando, foi empregado no Paço do Palácio Imperial de São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Rafael o “Negro da Quinta Imperial” acompanhou Pedro II até o dia em que o monarca foi deposto e preso. Soube da proclamação da República (15 de novembro de 1889) no dia seguinte, da boca do Raposo (Inácio Augusto Raposo), bibliotecário do Paço Imperial de São Cristóvão: “Seu Raposo, você enlouqueceu?” Raposo, enlouquecido, bradou: “Rafael, tu não sabes que ontem foi proclamada a República e que teu ‘menino’ está preso no Paço da Cidade?” Rafael levantou o braço direito para o céu e exclamou com voz comovente e sonora: “Que a maldição de Deus caia sobre a cabeça

dos algozes do meu menino!” Em seguida, rolou por terra: estava morto. Tinha 98 anos de idade.

Lendo a biografia de Pedro II, descobri duas coisas que até então não sabia: por parte de mãe, o imperador era sobrinho de Napoleão Bonaparte; e durante a sua infância solitária e de abandono havia um grupo de políticos “palacianos”, conhecido como “Clube da Joana” (“Facção Áulica”), que, segundo consta, era liderado por Aureliano de Sousa e Oliveira Coutinho, político conservador que exercia forte influência sobre Dom Pedro II. A Facção Áulica realizava frequentes reuniões na residência de Paulo Barbosa Silva (1790–1868), mordomo da Casa Imperial, situada nas proximidades da Quinta da Boa Vista e do Rio Joana. Essa é a provável origem da expressão “Casa da Joana”.

Lendo, ainda, sobre a biografia do mordomo, soube tratar-se de um deputado da cidade de Sabará, pela então província de Minas Gerais, e de sua participação decisiva na fundação da cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, conhecida como Cidade Imperial. Aqui, já concluindo, cabem as máximas: “O mordomo é sempre o culpado”; e, coincidência ou não, a expressão “Casa da Mãe Joana” que significa lugar ou situação onde vale tudo, sem ordem, onde predomina a confusão, balbúrdia e desorganização em nada se refere ou faz lembrar o Clube da Joana, lá do Rio Joana, da Quinta da Boa Vista. Muito menos traz à memória traços do palácio dos soberanos da Áulica de hoje.

João Scortecci é gráfico e editor scortecci@gmail.com

Dias seguintes

DDesde o dia 1º de dezembro de 2022, estou em meu segundo mandato como presidente da Abigraf, Regional São Paulo, reeleito que fui para o período de três anos, com término em 2025.

Este é o sexto editorial que escrevo para a Revista Abigraf. Em cada um deles, procuro destacar o que norteia meu trabalho, em sintonia com cada momento na gestão da entidade, sempre em benefício do bem comum, do associativismo do setor e da indústria gráfica. No primeiro editorial — “Carta aos cavaleiros de Gutenberg”, publicado no nº 308, abril/junho 2021 apresentei propostas para a minha gestão da entidade; no segundo, refleti sobre a sina dos 100 primeiros dias de gestão; no terceiro, justifiquei resoluções para o ano de 2022; no quarto editorial, expus considerações sobre os desafios frente à alta de preços de insumos e serviços, no período pós-pandemia.

jurídica, diminuição da carga tributária, controle da inflação e diálogo, muito diálogo.

Vivemos incertezas, mas continuamos com espírito guerreiro.

Hoje depois de pleito disputadíssimo, como nunca antes visto no Brasil temos novos governantes em cargos executivos e legislativos nos níveis federal e estadual, eleitos democraticamente pelo voto popular. Celebrados e comemorados por alguns; e, por outros, acolhidos, com frustração e desconfiança.

Vivemos incertezas: outras e as mesmas! Mais uma vez, estamos diante de desafios e de dias seguintes. Continuamos com o espírito guerreiro do risco, da coragem, das novas ideias e do diálogo.

Ao trabalho, então, pensando e construindo o futuro, com alma de Gutenberg! scortecci@gmail.com

Em outubro último, quando da publicação do quinto editorial, evidenciava-se a polarização da sociedade brasileira em meio a uma feroz campanha eleitoral para presidente da República, senadores, governadores estaduais, deputados federais e estaduais.

Vivíamos incertezas. Perguntava, naquele momento: que assuntos e proposições nós, empresários do setor gráfico, gostaríamos de compartilhar com os novos governantes?

Listei, então, o que nos pareceu, na época, justo e oportuno: condições de trabalho, segurança

João Scortecci

Presidente da Associação Brasileira da Indústria Gráfica Regional São Paulo (Abigraf-SP)

Pense econômico. Imprima ecológico.

A Heidelberg representa compromisso ambiental, impressão sustentável e soluções inovadoras.

Educar e evitar emissões de CO2 é cada vez mais importante para as gráficas orientadas para o meio ambiente. A Heidelberg é a pioneira quando se trata de ecologia. Desde 2011 oferece todas as impressoras da linha Speedmaster neutras em carbono. Desde a Drupa 2012, todas as máquinas (Prepress, Press e Postpress) da Heidelberg estão disponíveis com o selo “CO2 neutro”.

Mais informações em: