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Polivalência continua a ser um trunfo
ESPECIAL FNA - Grupo Auto Industrial, SA
A Kuhn destacou dois equipamentos na Feira Nacional de Agricultura: a enfardadeira combinada com plastificador FBP 3135 Intelliwrap e o semeador Megant 600, o maior em termos de envergadura e em vendas na marca. A variedade de funções faz parte do ADN de ambos os equipamentos para facilitar a vida ao operador.
As enfardadeiras da Kuhn continuam a dar que falar e uma das razões estará relacionada com a exclusividade de um equipamento que “não existe em nenhum outro concorrente.” Para Manuel Baioneta, inspetor de vendas da Kuhn, a versatilidade e polivalência de funções e vantagens que a FBP 3135 Intelliwrap oferece faz dela uma máquina “única”. “Tem plastificador integrado e uma das vantagens é o atador a plástico que utiliza os mesmos rolos de plástico que o plastificador. A nossa máquina exclusiva utiliza plástico de plastificador no atador e tem estiramento, o que permite poupar cerca de 30% do plástico no atamento do fardo, ficando mais consistente”, explica Baioneta, ao contrário das outras marcas que utilizam um tipo de plástico mais fino que não tem cola nem estiramento.
Mas as vantagens não ficam por aqui: “Para quem quiser armazenar determinado tipo de forragens, ainda temos o sistema 3D no plastificador: não plastifica só a envolvência do fardo, fá-lo também no mesmo sentido do atar e na quina do fardo, conseguindo uma cobertura total e perfeita do mesmo. Este sistema é exclusivo. Outro ponto importante: o peso. Utilizamos dois rolos para plastificar, de 75 cm cada, e quem trabalha com este material consegue pegar neles sozinho. Nas outras marcas, um rolo normal de película tem 1,20 1,25 metros, o que so torna mais pesados exigindo força ao operador ou a ter que pedir ajuda para o colocar no atador. Por fim, o sistema da FBP 3135 ainda permite inclinar o atador para encaixar os rolos, não sendo necessários carregá-los às costas”.
Megant 600 semeia qualquer tipo de cereal
Se a enfardadeira FBP 3135 Intelliwrap é o ex-líbris da Kuhn, houve outra máquina no stand da Kuhn a merecer até uma aula pormenorizada por parte do professor que ali levou a sua turma no dia de entrada livre na Feira Nacional da Agricultura: o semeador Megant 600. “É o maior semeador que temos e o que vendemos mais: a capacidade da tremonha é de 1.800 litros, o sistema de distribuição é centralizado pneumático e possui ainda um sistema independente de acionamento da turbina (Vario), sendo que a única coisa de que necessita do trator é a bomba que é ligada à tomada de força”, explicou Manuel Baioneta.
Por semear qualquer tipo de cereais, como trigo, cevada, aveias, e até mesmo leguminosas como a fava, o Megant 600 tem tido muita saída. “A gama de que dispomos tem 4,80 metros/36 linhas, 5 metros/36 linhas, 5,60metros/36 linhas e 6 metros/40 linhas. Em transporte, fecha para uma largura de 2,95 metros, o sistema de braço é tipo vibroflex e tem um bico especial para não levantar a terra mas apenas riscá-la a fim de depositar a semente. É uma máquina para trabalhar a 12, 13kms/hora, caso o terreno assim ajude”, explicou o inspetor de vendas da Kuhn.
DESENVOLVER É A PALAVRA DE ORDEM
Lovol e Preet mostraram os seus modelos em Santarém mas fica a ideia de que o espaço para crescer é enorme pois ambas as marcas estão a produzir modelos com potências mais elevadas e operacionalidades mais avançadas.
AAuto-Industrial Divisão Agrícola, empresa do Grupo com o mesmo nome, teve em exposição os tratores da Lovol e da Preet na Feira Nacional da Agricultura. O desenvolvimento está em marcha em ambas as marcas. Miguel Vieira, gerente da Auto-Industrial, Divisão Agrícola, recebeu-nos no stand com a sua equipa comercial. Falámos com João Santos (comercial): “A Lovol já tínhamos apresentado na feira do ano passado, desta vez trouxemos também a Preet, que levámos já à Agroglobal, com os mesmos dois modelos: ambos com motor Mitsubishi, um com cilindrada de 1.000 (20 cv) e o outro com 1.218 (26cv). A Preet já está a desenvolver outros modelos para gamas acima. Este trator ainda vem “à moda antiga”, com o manípulo das mudanças no meio das pernas, e deverá ser alterado até ao fim deste ano com a alavanca ao lado. A caixa é uma 9 por 3”, explicou.
Em relação à Lovol ficou também a promessa da chegada de tratores mais potentes para o futuro próximo: “Temos os 25cv, 35cv e os 50cv disponíveis para a União Europeia mas a Lovol também está a desenvolver tratores de 60cv, 75cv e 90cv, podendo estes até surgir mais cedo do que os da Preet.”
Continuar a alargar o número de concessionários
João Santos, responsável comercial da Preet, deixou bem claro que o trabalho da equipa comercial antes e depois da Feira Nacional da Agricultura tem um objetivo imediato. “Estamos a alargar o nosso número de concessionários, sobretudo para podermos chegar onde ainda não temos representação. Vamos abrindo conforme a possibilidade, já temos 17 na Lovol e 15 na Preet”, revelou, antes de falar na campanha de financiamento que está a decorrer: “Temos uma campanha de 36 meses sem juros, para o cliente final. Basta o cliente dirigir-se a um dos nossos concessionários para ter acesso à campanha: 25.500 euros o de 50cv cabinado e 21.500 o 50cv plataforma.”
Boas perspetivas para o futuro
Contrariamente ao discurso das restantes empresas que abolsamia entrevistou em Santarém, João Santos fez um balanço otimista do mercado, deste ano até ao momento, mas já notou uma diferença de comportamento do cliente em relação a um passado recente.
“No caso dos tratores de 20cv e 26cv (Preet), que não são profissionais, não tivemos quebra nas vendas, embora se veja que as pessoas hoje recorrem mais ao crédito. Em relação à Lovol, começámos muito bem o ano nos tratores de 35cv e um pouco mais parado nos de 50cv. Nos últimos dois meses, o cenário inverteu-se: a procura pelos 50cv é maior, especialmente os cabinados”, explicou, mantendo o espírito positivo quando questionado sobre o futuro: “Previsões? Temos muito boas perspetivas. Há stock para responder à procura durante este ano e mais para a frente porque mandámos vir mais unidades para colmatar lacunas que possam surgir.”