EQUIPAMENTOS DA FLORESTA
A Moviter representa a John Deere Forestry em Portugal. Com várias décadas de experiência no setor e uma equipa técnica dedicada, a Moviter está preparada para servir os clientes da fileira florestal nas áreas da venda e do após-venda.
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A LONG WAY TOGETHER
THE ONLY FACTOR THAT MATTERS
Seja qual for o trabalho no campo, a novíssima série AGRIMAXFACTOR 70 da BKT para tratores é perfeita tanto para transporte como para lavoura. Um design de piso inovador e uma forte lona de carcaça em poliéster proporcionam uma excelente estabilidade lateral e uma resposta de direção mais rápida mesmo para operações de alta velocidade ou serviço intensivo. A área de contacto no terreno, aumentada em 5%,reduz significativamente a perceção do ruído na cabina, o que representa maior conforto. Além disso, o logótipo exclusivo “E-READY” na parede lateral destaca o compromisso da BKT com a mobilidade elétrica e torna este produto adequado para veículos elétricos. Excelente manuseamento e estabilidade mesmo em condições de serviço mais pesado, juntamente com uma maior durabilidade, são características que fazem do AGRIMAXFACTOR o pneu certo para a sua segurança e conforto, mesmo em condições de serviço pesado.
DISTRIBUIDOR PARA PORTUGAL E ESPANHA JOSÉ ANICETO & IRMÃO, LDA
Rua José Abrantes Aniceto, nº 2
Zona Industrial de Cantanhede
3060-197 Cantanhede
Tel: 231 419 290
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Sebastião Marques
Chefe de Redação
Caro Leitor,
Onúmero de matrículas de tratores no mercado português, com um acentuado crescimento face ao ano anterior, causa estranheza a quem “anda na rua”. Não são raras as vezes em que somos questionados sobre esta tendência. Da auscultação que fizemos junto dos principais players — representantes das marcas, importadores e concessionários —, tal comportamento do mercado deve-se ao efetivar das entregas de tratores vendidos no ano anterior e ao programa de incentivo ao abate. A expetativa é que a situação se altere na segunda metade do ano, passando a apresentar uma tendência mais em linha com o resto da Europa. Olhando ao mercado internacional, maio e junho ficaram marcados pela revisão em baixa das previsões de resultados de vários Grupos fabricantes de tratores, como a Agco, a CNH Industrial ou a Deere & Co. Os baixos rendimentos agrícolas e as taxas de juro num nível alto são as explicações apontadas.
Por falar em rendimentos agrícolas, num evento de apresentação de novidades de uma marca de equipamentos, comentava um especialista na área do olival que “em Portugal produzimos muito melhor do que em Itália, mas eles vendem muito melhor do que nós”. Este fenómeno não é exclusivo do olival. Pelas difíceis condições que enfrentamos – a falta de escala, de água, de distribuição da chuva, da topografia, distância dos principais mercados, entre outras – “produzimos” dos melhores agricultores (em diversas culturas) do Mundo. Falta-nos agora conseguir dar o salto e ter também dos melhores “vendedores” do Mundo, tirando partido da grande comunidade emigrante que temos, e não só. Também nas máquinas agrícolas existe potencial de exportação, e, tal como acontece com outros setores, pode fazer sentido competidores internos estarem juntos na exploração de mercados externos, a começar pela presença em feiras, eventos ou concursos.
Comum a Portugal e a outros países, é a aposta das marcas em eventos próprios em detrimento das feiras. Ainda com uma análise de longo prazo sobre esta estratégia por fazer, já existem algumas “vítimas” pelo caminho, como o SIMA (Salão de Paris, que parece querer apresentar uma versão 2.0). No entanto, pode ser cedo para tirar conclusões. Ter o cliente “só para nós” sem outras distrações é tentador, mas também pode ser limitante, dificultando o alcance a novos públicos, reduzindo a exposição espontânea e aumentando o custo por participante (face a uma feira). A ausência de concorrência pode ser uma desvantagem, pois os clientes não têm um ponto de referência imediato e têm menor possibilidade de criar sinergias e networking com outras marcas e empresas (que pode permitir a exploração de novos mercados). Ao final de algumas edições, este modelo mais “exclusivo” pode tornar-se menos atrativo para os clientes que preferem eventos onde podem explorar múltiplas opções de diferentes marcas.
Por cá, a FNA voltou a realizar mais uma edição, que se destaca não só por ser a 60ª, como também por um esforço de ir ao encontro de alguns dos pedidos dos expositores. Veremos como será no próximo ano, com FNA e Agroglobal.
De 12 a 16 de agosto estaremos encerrados para férias.
Catarina Gusmão
Diretora
DIRETORA Catarina Gusmão catarinagusmao@abolsamia.pt
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No cumprimento do Decreto-Lei nº59/2021, de 14 de julho, informamos os nossos leitores que linhas geográficas de números começados por 2 são “chamadas para rede fixa nacional”, começados por 9 “para rede móvel nacional” e começados por 00 “para rede fixa ou móvel internacional”.
Sumário
MERCADOS
8 Portugal: Janeiro a maio com variação positiva de 34% em relação a 2023
12 Europa: Tendência positiva do índice a partir de maio é interrompida
EMPRESAS
14 Notícias curtas do setor
FORMAÇÃO
17 1º Workshop para operadores florestais
EMPRESA EM FOCO
18 CLAAS: 20 anos de Le Mans
20 Primeira Loja 100% Maschio Gaspardo
ENTREVISTA
20 anos com os olhos postos no futuro
62 Demo Day Ruboprod
TEMA DE CAPA
Bons equipamentos, otimizam recursos
GESTÃO DO PARQUE DE MÁQUINAS
Casa Relvas: Como controlar 900 hectares de rega gota a gota
PRODUTO EM FOCO
A utilização do ozono na Quinta da Ribeirinha
78 Reboque plataforma Galucho RPT
22 Francisco Barbosa, Diretor Geral do Entreposto Máquinas
ESPECIAL FNA
24 Introdução
26 Agricortes
28 Agrifaia
29 AgroRibatejo
30 Alfagrilapa
31 Apolinários Irmãos
32 Ascendum Agro
33 Herkulis
34 Auto-Industrial Divisão Agrícola
36 Farvoli
37 Forte
38 Sagar
40 J. Inácio
42 Maquesonda
44 Tractores Ibéricos
46 Outras presenças
64 Grégoire G Day 2024: Tractomoz acolhe evento mundial da marca francesa
80 VW Amarok: posta à prova por quem sabe
92 CLAAS: Gama forrageira reforçada
TRACTOR OF THE YEAR© 2025
84 Pontapé de saída em Milão
PRODUTO
94 Notícias curtas de máquinas e equipamentos
ESPECIAL
EXPOFLORESTAL
98 Introdução
99 ANEFA
100 Agricortes
101 Herkulis
102 Entreposto Máquinas
104 Moviter
106 STET
108 SEAC
109 Torre Marco
110 Outras presenças
DIA DE FOLGA
112 Um homem, o seu trator e 1500 km na N2
114 Peugeot 408 Fastback PHEV: Conforto para longas distâncias
REGIÕES
117 Concessionários
Portugal Janeiro a maio com variação positiva de 34% em relação a 2023
O mercado continua a apresentar uma tendência de subida face ao período homólogo do ano anterior, que contrasta com a tendência europeia. Até maio de 2023 estavam registados 2.010 tratores, enquanto este ano os números do IMT apontam para as 2.687 unidades.
Tratores
Numa análise por segmentos, no segmento abaixo dos 120 cv concentra-se a grande maioria das matriculações com 1.011 unidades abaixo dos 50 cv, e 1.463 unidades entre os 50 e os 120 cv. Acima dos 120 cv, foram matriculados 228 tratores, 170 entre os 121 e os 200, e 58 acima dos 201 cv.
TRATORES AGRÍCOLAS
MARCAS E MODELOS MAIS VENDIDOS POR SEGMENTOS
O seu concessionário John Deere para os distritos de Lisboa, Coimbra, Leiria, Santarém (parcial) e Setúbal
SÉRIE 5E OOS (PLATAFORMA) 50 A 75 CV
SÉRIE 5E CABINA 50 A 75 CV
SÉRIE 5M CABINA 75 A 115 CV
Tratores da Série 5E e 5M - Um trator para tudo
Lisboa: Vermelha (Cadaval) – SEDE T. 262 699 000 jinaciolda@jinaciolda.pt
Santarém: Golegã T. 249 976 495 golega@jinaciolda.pt
Setúbal: Alcácer do Sal T. 265 619 260 alcacerdosal@jinaciolda.pt
Centro de Usados: Palhoça, Cadaval - T. 262 741 204 usados@jinaciolda.pt usados.jinaciolda.pt www.jinaciolda.pt • jinaciolda.concessao-jd.com
Leiria: Vieirinhos, Pombal T. 233 959 920 pombal@jinaciolda.pt
No período entre janeiro e maio dos últimos dois anos, analisando o mercado por escalões de potência, a saber – abaixo dos 50 cv, 51-120, 121-200 e acima dos 200 cv, – podemos observar a seguinte evolução:
Nas potências abaixo dos 50 cv o mercado sobe apenas 8 unidades (2023 para 2024) com uma variação de 0,8%. De 2022 para 2023 o mercado tinha caído 10,5%. No escalão seguinte de 51 a 120 cv há uma acentuada subida de 83% com mais 663 unidades matriculadas. De 2022 para 2023 o mercado tinha caído 46%; De 121 a 200 cv o mercado está estável com uma descida mínima de 4 unidades; 2022 para 2023 o mercado tinha caído 15%. Acima dos 200 cv matricularam-se mais 5 unidades com uma variação de quase 10 pontos percentuais; 2022 para 2023 o mercado tinha crescido 56%.
No geral, o mercado sobe 33 % o que corresponde a mais 672 novas matrículas. De 2022 para 2023 o
Comparação do mercado de tratores agrícolas em Portugalpor escalões de potência de janeiro a maio 2022, 2023 e 2024
Junho de 2024
Tendência positiva do índice interrompida a partir de maio
Barómetro de negócios da Associação Europeia de Maquinaria Agrícola (CEMA)
Oclima empresarial atual não confirmou a tendência positiva do mês anterior, em que tanto a situação empresarial atual como as perspetivas para a atividade futura foram avaliadas positivamente pela primeira vez em mais de um ano. É evidente que a situação económica ainda não atingiu o seu ponto mais baixo. O índice está atualmente em -56 (numa escala de -100 a +100) e só caiu abaixo deste nível nos últimos 10 anos, em 2020, durante o surto de Covid.
A diferença entre as perspetivas para a situação atual e a atividade futura é mais acentuada no sector dos equipamentos para a pecuária. Aqui, espera-se um bom negócio futuro (mesmo no intervalo do índice acima da linha zero) e o índice atual tem o melhor resultado de todos os segmentos, com -17.
Os fabricantes de tratores (índice -74) e os fabricantes de equipamentos para espaços verdes, jardim e municípios (índice -80) continuam a prever uma atividade muito baixa.
No entanto, a entrada de encomendas para a indústria de máquinas agrícolas continua a mostrar uma tendência ascendente e - como um importante indicador precoce - dá esperança de que o mercado atinja o ponto mais baixo em breve, embora as expectativas de volume de negócios sejam piores em comparação com os meses anteriores.
OS FABRICANTES DE
CLIMA DE NEGÓCIOS
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Índice Geral de Clima de Negócios CEMA (CBI) -Total
CBI Situação Presente Expetativa Futura
CBI = média geométrica de 1) avaliação da situação empresarial atual e 2) expetativa de volume de negócios; Índice varia de -100 a +100; Índice positivo para 1) significa que a maioria dos inquiridos avalia a situação atual como favorável e vice-versa; índice positivo para 2) significa que a maioria dos inquiridos espera um aumento do volume de negócios nos próximos seis meses, em comparação com o ano anterior, e vice-versa.
AVALIAÇÃO ATUAL E EXPETATIVAS
Questão: Consideramos que o negócio atualmente está...
Questão: Esperamos que nos próximos 6 meses o nosso volume de negócios...
Com base numa pesquisa mensal dentro da indústria europeia de máquinas agrícolas a VDMA executa um inquérito online para o CEMA, com uma cobertura dos principais setores de tratores e equipamentos municipais, a um grupo alvo de 140 gerentes seniores de 9 países.
CNH INDUSTRIAL REDUZ OBJETIVO DE LUCRO
Em maio, a CNH Industrial apresentou os resultados do primeiro semestre de 2024, reduzindo a previsão de lucros anuais e alertando para uma queda mais acentuada nas vendas de equipamentos agrícolas. A empresa projeta agora uma queda de 11% a 15% nas vendas do segmento agrícola, em comparação com a previsão anterior de 8% a 12%.
A redução nos rendimentos agrícolas, os preços moderados das colheitas e os elevados custos dos empréstimos estão a afetar a procura de grandes equipamentos.
A CNH espera um lucro ajustado anual entre 1,31 e 1,40 euros por ação, abaixo da previsão anterior de 1,35 a 1,44 euros.
Apesar das dificuldades, a empresa superou as expectativas do mercado para as vendas e lucros trimestrais, ajudada por preços mais altos. As ações da CNH subiram cerca de 1%.
CENTENÁRIO
DA TOMIX REÚNE 200 CONVIDADOS
Num evento que reuniu cerca de 200 convidados, entre parceiros, concessionários e fornecedores, a Tomix comemorou os cem anos de existência, desde a fundação da Casa Damião, precursora da atual empresa, em 1924. O programa, que começou com uma visita às
QUEBRA NO 1º TRIMESTRE DE 2024
OGrupo KUHN reportou uma queda de 19% nas vendas líquidas no primeiro trimestre deste ano, totalizando cerca de 357 milhões de euros, comparados com os 440 milhões de euros do mesmo período de 2023. A redução é atribuída à diminuição na procura de maquinaria agrícola devido aos preços mais baixos dos produtos agrícolas, taxas de juro elevadas e à redução de subsídios, além de elevados stocks nos concessionários.
As encomendas diminuíram significativa-
fábricas da Tomix e da Joper - relembramos que as duas empresas estão unidas desde 1997 – teve como ponto alto a entrega a todos os presentes do livro alusivo ao centenário da Tomix, uma obra concebida pela Storica e que serviu de base à capa e ao artigo que ilustrou as páginas da edição nº141 da revista abolsamia. Esta comemoração contou com a presença da atual administração e da nova geração (a 4ª) de gestores que irá assegurar o futuro das duas empresas.
mente, com uma redução de um terço nos pedidos recebidos e uma queda de quase 43% na carteira de encomendas.
Condições meteorológicas adversas na Europa e um ambiente político incerto contribuíram ainda mais para um cenário desafiador. A América do Norte também mostrou sinais de abrandamento, enquanto o Brasil enfrenta uma entrada de encomendas continuamente baixa.
A KUHN antecipa que a procura continuará a abrandar ligeiramente ao longo de 2024.
RESULTADOS KRAMP 2023
OGrupo Kramp, fabricante europeu de peças sobressalentes e acessórios agrícolas, publicou o seu Relatório Anual 2023.
No documento, a Kramp registou um aumento de 4,9% na faturação, para 1,159 milhões de euros, e uma melhoria dos lucros em relação ao ano anterior, apesar das incertezas do mercado e das inúmeras pressões económicas. O CEO da marca, Eddie Perdok, destacou a eficácia da empresa em enfrentar estes desafios e apontou como pontos fortes da Kramp o crescimento nos segmentos da construção, da silvicultura e da jardinagem, e a melhoria da experiência do cliente através dos avanços tecnológicos e da análise digital.
SDF APRESENTA RESULTADOS
DE 2023
OGrupo que detém marcas como a Deutz-Fahr, Same, Hurlimann, Grégoire, e Vitibot, anunciou no final de maio os resultados financeiros do ano passado. Em 2023, a SDF registou um volume de negócios de 2.031 milhões de euros, um aumento de 12,6% em relação aos 1.803 milhões de euros de 2022 e 60% acima de 2019. O EBITDA subiu para 322 milhões de euros, representando 15,9% do volume de
negócios, em comparação com 11,1% em 2022. De acordo com o relatório publicado, o crescimento deve-se à internacionalização e à renovação da gama de produtos, incluindo novas tecnologias e uma oferta melhorada para vinhas, pomares e olivais. A SDF consolidou a sua posição no segmento especializado graças ao desempenho da Grégoire, nas máquinas vindimadoras, e da VitiBot, nos robôs elétricos autónomos para trabalho na vinha. A proporção de negócios fora da Europa aumentou de 24% em 2019 para 44% em 2023.
2024 CONTINUA ABAIXO DE 2023
A“empresa mãe” da John Deere encerrou o primeiro semestre do ano fiscal, terminado a 28 de abril de 2024, com um lucro líquido de 3.763 milhões de euros (13,47 euros por ação), comparado com 4.399 milhões de euros (14,77 euros por ação) no ano passado. No segundo trimestre, o lucro líquido foi de 2.164 milhões de euros (7,79 euros por ação), contra 2.608 milhões de euros (8,80 euros por ação) em 2023. As receitas globais de vendas diminuíram 9% no primeiro semestre de 2024, para 25 mil milhões de euros, e 12% no segundo trimestre, para 13,895 mil milhões de euros. As vendas no negócio de Agricultura Extensiva e de Precisão e no sector da Agricultura Média e Espaços Verdes, e no sector da Construção e Florestal, caíram devido a menores volumes de expedição, compensados por preços mais elevados.
GALIFOREST ABANCA
BATEU O SEU RECORDE DE ASSISTÊNCIA
Asétima edição da feira florestal Galiforest Abanca, que se realizou entre 27 e 29 de junho no Centro de Formação e Experimentação Agroflorestal de Sergude (Boqueixón, A Coruña), recebeu 9.612 visitantes ligados ao setor florestal.
Esta cifra significa que o evento bateu mais uma vez o seu recorde de visitantes, sendo 34% superior à edição de 2022, em que estiveram presentes 7.161 pessoas. O público presente pôde ver os produtos, serviços e propostas de 360 empresas expositoras de 28 países, numa área que ocupou uma superfície de 15 306 metros quadrados (mais 11,5% do que em 2022).
Durante os três dias do evento, realizaram-se cerca de 200 demonstrações de máquinas em trabalho, também o número mais elevado até à data. Finalmente, ao Concurso de Inovação Tecnológica, concorreram 21 novos produtos, mais 50% do que na última edição.
DIRETOR DE AGRICULTURA DA CNH
SAI DE CENA
Opresidente do sector agrícola da CNH Industrial vai deixar a empresa, sendo o mais recente executivo a apresentar a sua demissão, depois de o diretor executivo do fabricante de tratores, Scott Wine, ter anunciado a sua saída no início deste ano.
Derek Neilson, que lidera o segmento agrícola da CNH, vai deixar o cargo após 25 anos na empresa para se dedicar a um projeto empresarial fora do sector do equipamento agrícola. A sua saída está prevista para o final do ano, mas não foi divulgada uma data específica.
A mudança ocorre pouco mais de um mês depois de o fabricante mundial de tratores ter nomeado um novo CEO para substituir Scott Wine, que tenciona deixar a empresa a partir de 1 de julho. Ambos os executivos partem no meio de uma ampla reestruturação empresarial que visa, em parte, reforçar a ênfase da empresa na agricultura de precisão e nas ferramentas digitais.
A formação é composta pelas vertentes teórica e prática com recurso a simuladores John Deere Forestry
1º WORKSHOP PARA OPERADORES FLORESTAIS
A Biond, em parceria com a Moviter e a John Deere Forestry, promoveu o primeiro Workshop de Máquinas Florestais para Operadoras e Operadores. O objetivo é aumentar o conhecimento e as competências na utilização de máquinas florestais. A formação, iniciada a 18 de junho, teve uma duração de 80 horas e integra-se no projeto Advanced Forest, financiado pelo Programa de Recuperação e Resiliência.
Por Bruno Meneses e Sebastião Marques
Ricardo Dias, responsável pela Unidade de Negócio de Economia Circular e Floresta da Moviter, explicou que a ideia surgiu da necessidade sentida pelos produtores florestais. “A Biond e os seus associados, ALTRI e The Navigator Company,
iniciaram este projeto com o apoio do PRR e convidaram-nos para uma parceria, que aceitámos de imediato”, afirmou. A formação, realizada nas instalações da Moviter em Leiria, combina teoria e prática.
Segundo Ricardo Dias, “A Biond lançou este projeto que proporcionou
A sessão inaugural decorreu nas instalações da Moviter, em Leiria
a inscrição de 12 elementos. A John Deere, aqui representada por nós, Moviter, contribuiu com um formador, Simo Tujula, e a Moviter com o seu staff de formação, preparação de equipamentos e instalações.”
Ricardo Dias destacou ainda a importância da formação para superar os desafios atuais dos operadores florestais: “A formação em equipamentos de última geração é a chave para uma operação mais rentável, sustentável e com maior viabilidade económica.”
Casquilhos igutex® para aplicações exigentes
Com os casquilhos autolubrificados da igus®, feitos em polímeros de elevada performance, pode esquecer as avarias, os óleos, as massas lubrificantes e a manutenção. Os casquilhos igutex foram projetados para cargas extremas e estão disponíveis rapidamente a partir de stock.
20 ANOS DE LE MANS
Em 2023 a fábrica CLAAS fez 20 anos. Desde a assinatura do contrato por Helmut Claas a 23 de fevereiro de 2003, que marcou a aquisição de uma participação maioritária na Renault Agriculture, a fábrica passou por profundas transformações e só a localização permanece a mesma. Desde o produto até à orientação da linha de montagem, tudo está diferente. Agora a marca vira-se para o futuro e explica quais são os seus planos para a fábrica nos próximos anos.
Por Sebastião Marques
Amodernização da fábrica de Le Mans é um marco importante na história da CLAAS. Com um investimento de 80 milhões de euros desde 2003, a renovação incluiu a atualização completa dos equipamentos de montagem e a transformação digital dos sistemas operacionais. Este investimento permitiu a produção de tratores mais complexos e personalizados, graças a uma linha de montagem completamente repensada e à introdução de veículos autónomos. Atualmente, cerca de 40 veículos sem condutor transpor-
tam os tratores entre as estações de montagem, sendo que cada um é capaz de movimentar até 20 toneladas. Para se perceber o alcance da mudança, a linha de montagem, que obedece a princípios Lean, funciona hoje com uma orientação oposta à anterior, existem janelas em todo o comprimento do armazém, e o teto foi pintado de uma cor clara. A capacidade de produção máxima é de 60 tratores/ dia, num turno (a fábrica funciona das 7h às 15h30 com intervalos de 15 minutos de manhã, 45 para almoço, e 10 minutos à tarde). Em 2023 fabricou 1 trator a cada 8 minutos, mas nesta fase, devido à baixa na procura, está a produzir 1 trator a cada 15 min. O lead time (intervalo de tempo entre a entrada da encomenda e a entrega) está nas 12 semanas. A idade média dos trabalhadores baixou dos 55 anos, em 2003, para os 44 anos.
ARION e AXION são made in Le Mans
É em Le Mans, no espaço de onde, anteriormente, saíam os Renault, que a CLAAS produz hoje a maioria dos seus tratores, designadamente as séries ARION 400, 500 e 600, e as séries AXION 800 e 900. Os modelos de baixa potência das séries NEXOS, ELIOS e ATOS são fabricados em Itália, provenientes de parcerias com a Carraro Agritalia e com o Grupo SDF, e o maior do portfólio, o XERION, é produzido internamente em Harsewinkel, na Alemanha. Para além da gama europeia, a CLAAS fabrica também tratores de baixas especificações para mercados sujeitos a menor regulamentação.
A FÁBRICA DE LE MANS EM NÚMEROS:
1100 11 000 empregados tratores/ano
75% 18% quota de exportação mulheres empregadas
Novo Centro de Testes
Um novo centro de testes foi estabelecido nas imediações da fábrica, tornando-se uma das instalações mais modernas e eficientes no setor das máquinas agrícolas na Europa. Este centro inclui bancos de ensaios para grupos motopropulsores e cilindros, permitindo testes de desempenho, otimização e avaliação da durabilidade, fiabilidade e conforto das máquinas CLAAS.
Investimentos em 2023
Durante 2023, a CLAAS focou-se na modernização da linha de montagem das cabines e na produção sustentável. A fábrica foi ligada à rede de aquecimento urbano de Le Mans e atesta os tratores à saída da fábrica com óleos vegetais hidrotratados (HVO), contribuindo para a redução das emissões de CO2 e promovendo a sustentabilidade na produção.
Planos para 2024
Os planos da CLAAS para 2024 incluem a construção de um Hub para reunir todas as equipas de projeto de novos produtos, com um investimen-
A CLAAS É FORNECEDOR OFICIAL DAS 24 HORAS DE LE MANS E TEVE 25 SCORPIONS A APOIAR A CORRIDA
to de 3,4 milhões de euros. Adicionalmente, será construído um novo armazém robotizado para armazenamento de pequenas peças para cabines, também com um investimento de 3,4 milhões de euros. Um centro de formação (DOJO) será criado em parceria com a escola agrícola local, incluindo módulos específicos para funções de produto e engenharia, bem como a certificação interna de formadores da Academia CLAAS.
Sustentabilidade e Inovação
80 M€ 8-10% investidos desde 2003 do volume de negócios investido em I&D
A CLAAS está comprometida com a sustentabilidade, implementando várias estratégias para reduzir a pegada de carbono e promover práticas agrícolas ecológicas. Estas estratégias incluem a produção de máquinas eficientes com combustíveis líquidos sustentáveis, otimização baseada em dados, assistência ao condutor, soluções de co-piloto e auto-piloto, e a eletrificação dos seus produtos.
LOJA 100% MASCHIO GASPARDO
No coração de Espanha, em León, a Maschio Gaspardo abriu a sua primeira “full line store” em colaboração com o concessionário Ferreras Comercial Agraria, tornando-se assim o primeiro ponto de venda monomarca nos 60 anos de história da empresa italiana.
Por Sebastião Marques
Esta iniciativa representa um importante passo para a marca, com o objetivo de melhorar a experiência de compra e oferecer apoio direto aos agricultores. A “full line store” permite o acesso exclusivo a uma vasta gama de produtos Maschio Gaspardo, garantindo um serviço de excelência e uma experiência de compra única.
Novo modelo de venda
“A abertura da full line store em Leon marca um passo significativo na nossa visão estratégica a longo prazo,
consolidando o nosso compromisso de construir relações mais próximas e diretas não só com os agricultores, mas também com os nossos distribuidores. A decisão da Ferreras Comercial Agraria de adotar exclusivamente a marca Maschio Gaspardo representa um passo importante na visão das duas empresas de oferecer maior valor aos agricultores, garantindo o acesso direto a soluções inovadoras e de alta qualidade para todas as fases do ciclo agronómico”, explicou Mirco Maschio, Presidente da Maschio Gaspardo S.p.A. durante a inauguração
JAVIER FERRERAS, SÓCIO DA FERRERAS COMERCIAL
AGRARIA, a propósito da criação do novo espaço agora inaugurado
A “full line store” introduz um novo modelo de retalho, oferecendo aos agricultores equipamento que vai desde a preparação do solo até à colheita, fertilização e proteção das culturas, bem como gestão de culturas de cobertura e de resíduos de culturas.
“Este centro é um sinal claro do nosso compromisso com o mercado, oferecendo aos agricultores locais acesso direto às melhores tecnologias do setor”, disse Alfonso Egea, Diretor Geral da Maschio Gaspardo Ibérica. Luigi De Puppi, CEO da Maschio Gaspardo S.p.A. comentou: “Esta abordagem representa um passo em frente no caminho de crescimento e inovação do modelo de distribuição da Maschio Gaspardo, facilitando um diálogo mais direto com os agricultores para melhor compreender as suas necessidades. Um objetivo que a empresa sempre perseguiu e que agora é reforçado”
Colaboração estratégica entre a Maschio Gaspardo e a Ferreras Comercial
A Ferreras Comercial Agraria é um concessionário sediado em Leon,
Espanha, exclusivamente dedicado à venda de produtos Maschio Gaspardo, concentrando a sua oferta em equipamentos que garantem um serviço altamente especializado. Os irmãos Pablo e Javier Ferreras, com uma equipa de 25 profissionais comerciais e técnicos qualificados, oferecem aos agricultores a possibilidade de obter um maior rendimento das máquinas que adquirem, dentro da sua área de ação que inclui as províncias de León, Valladolid e Zamora. “Estamos entusiasmados por acolher a primeira ‘full line store’ da Maschio Gaspardo em Espanha. Esta parceria oferece à comunidade agrícola local um acesso sem precedentes a uma vasta gama de soluções e serviços, redefinindo os padrões do setor”, comentou Pablo Ferreras, sócio da Ferreras Comercial Agraria.
Por seu lado, Javier Ferreras, sócio da Ferreras Comercial Agraria, sublinhou a importância deste full line store para continuar a reforçar as relações entre agricultores, concessionários e fabricantes. “Estamos aqui para oferecer aos nossos clientes aconselhamento, formação e apoio integral, graças à nossa estreita colaboração com a Maschio Gaspardo. Vemos este modelo de parceria como um motor de progresso para a comunidade agrícola.” “SIGNIFICA
O SHOWROOM INTERIOR COM REALIDADE AUMENTADA
Design: o design do ponto de venda foi cuidadosamente concebido por uma equipa de arquitetos para garantir um ambiente acolhedor e profissional, com espaços tanto no interior como no exterior. Equipada com showroom, instalações de formação e oficinas, a loja garante aos agricultores todo o apoio e uma experiência atrativa. Uma estação de realidade aumentada permite aos visitantes explorar virtualmente as últimas inovações de produtos de uma forma inovadora e interativa.
“Diversificaremos a nossa oferta, alargando a gama de produtos e serviços”
Entrevista com Francisco Barbosa, novo Diretor Geral do Entreposto Máquinas.
Francisco Barbosa assumiu em abril o cargo de Diretor Geral do Entreposto Máquinas em Portugal. Com uma vasta experiência na liderança de Unidades de Negócio e Operações em vários setores. O seu percurso profissional inclui passagens por empresas como a Mercedes-Benz, Siemens, GE e SONAE. Nesta entrevista, abordamos a sua visão e estratégia para o futuro do Entreposto Máquinas.
Como pretende aplicar a sua experiência anterior em setores industriais diversos ao contexto da comercialização de maquinaria agrícola?
A minha experiência anterior deu-me uma base sólida em gestão de operações e unidades de negócio. Pretendo aplicar essa experiência ao setor agrícola através da implementação de processos eficientes e de boas práticas de gestão, focando-me na qualidade dos produtos e serviços oferecidos. A experiência com marcas de renome como Mercedes-Benz, Siemens e GE ensinou-me a importância de uma marca forte e de um serviço de qualidade, aspetos que pretendo reforçar na comercialização de maquinaria agrícola, especialmente com marcas como CASE IH, BRANSON/TYM e FARMTRAC.
Pode partilhar quais são as principais estratégias que pretende implementar para impulsionar o crescimento do Entreposto Máquinas no setor agrícola?
Primeiro, diversificaremos a nossa oferta, alargando a gama de produtos e acessórios para incluir máquinas destinadas a diferentes segmentos do mercado agrícola, assegurando assim uma oferta completa.
Em seguida, expandiremos os nossos serviços, fortalecendo as unidades de negócio de Usados, Renting e Peças, de modo a oferecer soluções flexíveis e acessíveis aos nossos clientes. Além disso, investiremos em inovação tecnológica, aplicando tecnologia avançada para melhorar a eficiência e a produtividade das máquinas agrícolas. Por fim, aumentaremos a visibilidade da empresa e das suas marcas através de campanhas de marketing direcionadas, presença em feiras e eventos do setor agrícola, e demonstrações técnicas.
Como planeia fortalecer o relacionamento com os concessionários das marcas representadas pela Entreposto Máquinas, especialmente no que diz respeito ao suporte pós-venda e ao atendimento ao cliente?
Para fortalecer o relacionamento com os concessionários, iremos focarmo-nos em várias áreas-chave. Primeiro, vamos oferecer um suporte pós-venda excecional, uma área onde existe uma grande carência no setor agrícola. Queremos diferenciar-nos através do desenvolvimento de programas de formação contínua para os concessionários, garantindo que estão bem preparados para prestar um suporte de alta qualidade aos clientes. Representamos boas marcas e estamos a reforçar o nosso portfólio com
cada vez mais marcas, distinguindo-nos por ter uma rede de suporte que abrange todo o país. Esta rede é constituída por parcerias e concessionários e, em algumas zonas e setores, é assegurada diretamente pelo Entreposto.
Além disso, estabeleceremos canais de comunicação abertos e transparentes para facilitar o fluxo de informações entre a empresa e os concessionários. Por fim, encorajaremos os concessionários a fornecerem feedback regular sobre os produtos e serviços, permitindo melhorias contínuas e adaptadas às necessidades do mercado.
Qual é a sua visão em relação à introdução de inovações tecnológicas nos produtos e serviços oferecidos pela empresa para melhor atender às necessidades dos agricultores?
A inovação tecnológica é crucial para atender às necessidades dos agricultores modernos. Para isso, implementaremos serviços conectados nas máquinas CASE IH, permitindo a monitorização em tempo real e uma gestão eficiente das operações agrícolas. Além disso, introduziremos tecnologias de automação para melhorar a produtividade e reduzir os custos operacionais dos agricultores. Também promoveremos tecnologias que contribuam para práticas agrícolas mais sustentáveis e amigas do ambiente.
O novo Diretor Geral conta no seu percurso profissional com passagens por empresas como a Mercedes-Benz, Siemens, GE e SONAE
Como pretende explorar parcerias estratégicas e colaborações no setor agrícola para impulsionar o crescimento e fortalecer a posição da Entreposto Máquinas no mercado?
Explorar parcerias estratégicas é essencial para o crescimento e fortalecimento da posição da Entreposto Máquinas no mercado. Para isso, queremos estabelecer relações fortes com fabricantes para garantir o acesso a tecnologias avançadas e produtos de alta qualidade. Além disso, vamos trabalhar com instituições de ensino e pesquisa para desenvolver novas tecnologias e soluções inovadoras para o setor agrícola. Também formaremos alianças com outras empresas do setor para expandir a nossa rede de distribuição e alcançar novos mercados.
Como planeia garantir que os clientes do setor agrícola sintam que estão a receber um serviço de excelência desde o momento da compra até ao suporte pós-venda?
Para garantir um serviço de excelência aos clientes do setor agrícola, colocamos o nosso foco em várias áreas importantes. Primeiro, disponibilizando um atendimento personalizado, entendendo as necessidades específicas de cada cliente e fornecendo soluções adequadas. Estabeleceremos também um serviço de suporte pós-venda eficiente, com assistência técnica rápida e fornecimento de peças de reposição de qualidade. Além disso, temos como objetivo criar programas de fidelização que recompensem os clientes pela sua lealdade e incentivem a continuidade do relacionamento com a empresa.
Como pretende integrar o feedback dos agricultores na tomada de decisões estratégicas da empresa e na melhoria contínua dos produtos e serviços oferecidos?
Utilizaremos ferramentas de análise de
CAPACIDADE DE CARGA HERÓICA E
dados para interpretar o feedback e identificar áreas de melhoria. Implementaremos melhorias baseadas nas informações recebidas e comunicaremos aos agricultores as mudanças feitas, demonstrando que as suas opiniões são valorizadas e têm um impacto real na empresa.
Qual é a sua perceção do setor agrícola atualmente e em que direção acredita que este irá evoluir?
O setor é muito relacional, sendo a confiança um fator fundamental. Está a passar por um rejuvenescimento, com muita ambição e até ansiedade em se tornar mais eficiente e produtivo. Vemos micros e médias empresas a implementar novas práticas e a aproveitar todos os desenvolvimentos que vão surgindo a nível mundial. Os clientes são cada vez mais novos e colaborantes. Vemos o que aconteceu com o setor do calçado ou da metalomecânica, que foram capazes de criar sinergias, mesmo entre concorrentes, para poder trabalhar o mercado global e pensamos que o setor agrícola irá cada vez mais por aí também.
Soluções de hoje para o mundo de amanhã: a Mitas trabalha duro todos os dias para oferecer aos agricultores uma ampla gama de pneus que os ajudam a acompanhar o ritmo do mundo dinâmico. Qualidade e fiabilidade são a força motriz da marca. Mitas: pneus resistentes fabricados na Europa desde 1932.
ESPECIAL FNA 2024
Uma edição histórica a todos os níveis. Além da coincidência de três datas marcantes – 70 anos da Feira do Ribatejo, 60 anos da Feira Nacional de Agricultura e 30 anos do CNEMA – a FNA 2024 apresentou várias novidades e pontos de interesse. Decorrida entre 8 e 16 de junho, a feira registou cerca de 190 mil visitantes ao longo dos nove dias.
Fotografia Carlos Ferreira
Os visitantes puderam conhecer a História da Feira Nacional de Agricultura / Feira do Ribatejo através da exposição “O Início” na entrada principal do CNEMA, e assistir a um documentário sobre a evolução do evento, nos claustros. Esta edição fica também marcada pela distinção dada pelo Presidente da República ao Centro Nacional de Exposições com as Insígnias da Ordem do Mérito Empresarial – Classe do Mérito Agrícola, e pela Câmara de Santarém,
que atribuiu a Medalha de Ouro da cidade.
A FNA 2024 reforçou também o seu papel como centro de negócios, revelando no seu comunicado de fecho do evento que “os expositores se mostraram satisfeitos com o volume de vendas e contactos realizados.”
A Exposição de Maquinaria e Equipamentos voltou a ser um ponto fulcral, exibindo as últimas novidades do mercado num setor inovador e tecnológico. A presença das principais marcas atraiu visitantes de todo o país, como é habitual.
Neste Especial FNA, a revista abolsamia apresenta reportagens detalhadas sobre as empresas de máquinas agrícolas presentes na FNA 2024, incluindo Agricortes, Agrifaia, Agroribatejo, Alfagrilapa, Apolinários Irmãos, Auto-Industrial Divisão Agrícola, Farvoli, Forte, Herkulis, J. Inácio, Maquesonda, Sagar e Tractores Ibéricos.
Estas reportagens destacam as inovações e os produtos apresentados, reforçando a importância da feira como palco privilegiado para o setor agrícola nacional.
Com um dos maiores espaços de exposição da FNA, a Agricortes aproveitou o certame, e o facto de estarmos em plena campanha, para apresentar um leque muito alargado de soluções, embora com natural destaque para as alfaias e para novidades nas máquinas como o novo trator Solis fruteiro da Série N.
Por Rui Reis
Adestacada presença da Agricortes na Feira Nacional de Agricultura é o reflexo da aposta que a empresa sediada em Leiria continua a fazer neste certame. Para Susana Vieira, Diretora de Marketing da Agricortes, “a marca FNA, atrai-nos. É uma marca forte. Porque politicamente representa a bandeira do nosso país rural. Lembra-nos um território em que a agricultura tem um peso menor na economia, não representando mais de 3% da riqueza nacional, mas simultaneamente tem um enorme peso humano e geracional. Não podemos negar estar num setor em que 80% das explorações agrícolas são familiares e em que as mulheres representam 39% da mão-de-obra. E é porque sentimos necessidade de receber estas famílias que estamos 10 dias neste evento.
DOS TRATORES ÀS
ALFAIAS,
A AGRICORTES MOSTROU-SE COMO
DISTRIBUIDORA NACIONAL
Por respeito às suas exigentes agendas agrícolas, pois de outra forma não seria fácil receber tantas pessoas de Portugal inteiro. Queremos estar com todos eles, oferecendo um círculo de segurança, confiança, proximidade e lealdade. Ainda assim, quem conta em primeiro lugar é a equipa comercial da Agricortes. A agenda
de 10 dias é um esforço formidável desta equipa, que muito agradecemos, que vale a pena porque acreditamos no referido círculo de segurança que criamos. A nossa mensagem nesta FNA é inspirar e ser catalisador de todos os clientes e partes interessadas nacionais, para dar um feedback das necessidades de cada cliente à nossa
rede de vendas. Claro que pretendemos fazer negócio, mas, acima de tudo, representar um elo muito importante na experiência de compra do cliente, que desejamos seja perfeita”.
Ainda em relação ao espaço de exposição da Agricortes na FNA, Susana Vieira relembra que esta feira “ocorre em plena campanha forrageira e, por isso, gostamos de apresentar neste evento os nossos equipamentos para a forragem, como gadanheiras, volta fenos, enfardadeiras, entre outros. E ocorre antes de algumas campanhas de colheita, pelo que também temos alguns equipamentos especializados. Mas não nos podemos esquecer das novidades nas máquinas, como os tratores fruteiros e as alfaias da Solis para que os clientes e a rede de vendas possam conhecer as atualizações e as inovações tecnológicas”.
A comparação com a Agroglobal
Em comparação, Susana Vieira não atribui a mesma relevância à Agroglobal, “a marca Agroglobal diz-nos menos, não inspira tanto, mas entendemos perfeitamente as necessidades do setor: uma feira de 3 dias concentrada no cliente profissional. Não deixa de ser uma cópia. O que nos surpreende é como a Europa está a largar
este modelo de feiras e em Portugal as estamos a criar. Mesmo com as demostrações prometidas. De facto, os fabricantes presentes nas principais feiras internacionais, destinadas a um público muito profissional, já escolheram os eventos na Europa (Alemanha e Itália). Espanha, com a FIMA, saiu fora da rota e França, com a SIMA, está a sair. Portugal nunca esteve. Entendemos a Agroglobal em Portugal como uma versão egoísta com valor focado nas próprias distribuidoras. Pretende matar a grande Feira Nacional da Agricultura. Ainda assim, e não posso deixar de reforçar, a Agricortes tem uma missão e uma causa, e essa causa será sempre humana, por isso estaremos atentos às necessidades dos clientes profissionais e estaremos com eles onde for necessário estar”
Solis – modelos fruteiros e alfaias
Apoiada numa boa relação preço/qualidade e por um destacado suporte técnico da rede distribuidora, a marca Solis já é um caso de sucesso consolidado a nível nacional. Na FNA assistimos à introdução da motorização ITL de 4487cc Stage V na renovada gama N dedicada aos tratores estreitos fruteiros. Os dois
modelos desenvolvidos, em versão Cabinada ou ROPS, ambos dotados de driveline Carraro Drivetech, são extremamente versáteis, tanto em termos de largura de trabalho entre as fileiras de 1,45-1,60 m, como na altura do trator para os trabalhos sob parreiras ou copas, equipando pneus traseiros de 24” ou 28”. A cabine de categoria 4 é pressurizada e com boa insonorização, oferecendo uma acrescida comodidade de trabalho graças à plataforma plana. A Série N vem de fábrica com travão hidráulico ao reboque.
Os visitantes podiam ainda ficar a conhecer a alargada gama de alfaias e implementos da marca Solis, como os carregadores frontais, as fresas e as enfardadeiras, entre outras novidades que deverão chegar em breve.
Antonio Carraro – série A
Outra novidade na FNA foi a apresentação da nova abordagem aos tratores Carraro. A Agricortes tem 42 anos de história com a Carraro e mantém a sua posição. A alteração mais visível é que o trator passa a ser vermelho com a marca Antonio Carraro. Na FNA marcavam presença os Compactos e os Fruteiros da linha Agricube. Na Série A foi apresentado o fruteiro de 103 cv, com transmissão Carraro T100+30, caixa 24x12, inversor e Hi-Lo electro-hidráulico, TDF electro-hidráulica, eixo Carraro com suspensão, 3 bombas hidráulicas, 8 válvulas auxiliares, posteriores, 7 válvulas auxiliares laterais e um banco pneumático.
NOVO TRATOR DE 29 CV E GAMA DE TRITURADORES DE MARTELOS
Marco Matos, Gerente da Agrifaia, destacou a presença da empresa de Torres Vedras na Feira Nacional da Agricultura, representando em Portugal as marcas de tratores Dong Feng e Fieldtrack VST.
Por Sebastião Marques
Aprincipal novidade foi o novo modelo 929 da VST, que se distingue pela sua potência de 29 cv e a nova caixa de velocidades. Este trator atraiu considerável atenção dos visitantes, sendo uma das grandes apostas da marca para o mercado nacional. Além do 929, a Agrifaia apresentou também a sua gama de trituradores de martelos fixos, que têm vindo a ganhar popularidade entre os pequenos agricultores.
Segundo Marco Matos, a edição de 2024 da Feira foi satisfatória. “A feira está a correr bem e temos muitos negócios em perspetiva. Não temos sentido quebra na procura por parte do pequeno agricultor”, afirmou. O Gerente destacou ainda que há uma crescente procura pelos trituradores de martelos, preferidos atualmente face às capinadeiras tradicionais.
Fieldtrack VST 929
Face ao modelo mais pequeno, o 927, as principais diferenças estão na caixa de velocidades de 8+2 (4 para a frente e 1 para trás, altas e baixas) e na ergonomia dos comandos. Conta ainda com controlo de profundidade e duas bombas hidráulicas (uma para a direção e outra para os braços traseiros).
Trituradores de martelos fixos:
As larguras de trabalho variam entre os 125 e os 155 cm (hidráulicos) - 125, 145, 155
cm. Os modelos ligeiros começam nos 95 cm (até 125 cm) e os reforçados vão até 135 cm (não hidráulicos).
Dong Feng
A Dong Feng esteve presente com a sua já conhecida linha de tratores que vai, ao dia de hoje, até aos 30 cv de potência. O modelo de topo, o DF 304 G2 4WD esteve em destaque. Até ao final do ano poderão existir novidades no que toca a modelos de 40 e 50 cv.
70 ANOS DE UMA HISTÓRIA DE SUCESSO
A comemorar sete décadas de existência, a AgroRibatejo marca presença na FNA desde 1954. Este ano, e como tem sido desde 1958, o destaque vai para a Berco, com a novidade da sua linha de serviço que apresenta uma relação qualidade/ preço imbatível. Mas o espaço AgroRibatejo também tinha outros motivos de interesse.
Por Rui Reis
Gonçalo Eloy representa a 3ª geração da família que, há 70 anos, fundou a AgroRibatejo e, curiosamente, nunca falharam uma edição da FNA (na altura ainda como Feira do Ribatejo). “A AgroRibatejo nasceu em março de 54 e resultou das dificuldades que o meu avô, José Vergilio Eloy Godinho, sentia em garantir peças de substituição para uma pequena empresa de máquinas de terraplanagem que detinha. Assim que soube da existência da Feira, ele e o meu pai, na altura com 18 anos, decidiram logo participar na 1ª edição. Desde então nunca falhámos uma”. Quase tão antiga como esta ligação à FNA é a relação da empresa com a Berco. “Em 1958, numa viagem a Itália, o meu avô conheceu a Berco e trouxe algumas peças para Portugal. Juntamente com alguns colegas e amigos puseram-nas à prova e, depois de perceberem que eram de grande qualidade, começaram a comercializar a Berco”
Os depósitos de combustível da AMA também estavam em destaque na Agro Ribatejo
Para além do material da Berco, marca com uma grande reputação e com provas dadas nos tratores agrícolas e máquinas industriais de rastos, a AgroRibatejo ainda comercializa atualmente material de desgaste da MV Metallurgica Valchiese, transmissões da Bondioli & Pavesi, as gadanheiras de discos e de pente duplo da Gribaldi & Salvia, os kits para ceifeiras da Poluzzi, os rastos de borracha para mini-
-escavadoras da AR, bacias de retenção de diversas capacidades, vidros para máquinas agrícolas e industriais, material diverso também para tratores industrias da marca ITR, e os depósitos transportáveis de combustível e AdBlue da AMA. Estes últimos, apresentavam a novidade das bacias de retenção e os depósitos de AdBlue.
Linha “Serviço” da Berco
Reconhecida pela extrema qualidade das peças que produz, a marca optou por criar uma linha Serviço com um preço competitivo que se destina, entre outros, a máquinas de 20 ou 30 toneladas. A AgroRibatejo comercializa esta linha Serviço da Berco há pouco mais de dois anos e considera que é, claramente, uma aposta ganha. “Com esta nova linha estamos a competir com outras marcas que tinham uma vantagem de preço face à Berco, de quase 30%. Hoje conseguimos apresentar preços tão ou mais competitivos e sempre com uma qualidade superior”.
As Séries Especiais baseadas nos tratores Solis 26 eram um dos motivos de interesse no espaço da Alfagrilapa
5º ANO COMO LÍDER DE VENDAS DA SOLIS
A Alfagrilapa é, pela 5ª vez consecutiva, concessionário do ano da Solis e o stand na FNA era o reflexo disso mesmo. Entre as séries especiais dos tratores Solis 26 e das alfaias Alfagri, não faltavam motivos de interesse.
com muito orgulho que somos, pela 5ª vez consecutiva, o Concessionário do Ano da Solis”. As palavras são de Tiago Bento, CEO da Alfagrilapa, não escondendo a satisfação pelo (bom) trabalho conseguido. Com vários focos de atenção no concorrido espaço de exposição, no stand da Alfagrilapa o destaque ia, naturalmente, para as séries especiais baseadas no Solis 26 XL. Os visitantes podiam admirar a edição Panther, em tons de preto e dourado, a Tiger em vermelho, e a versão 25 anos que combina o cinzento e o preto num acabamento sofisticado. Mecanicamente estas séries especiais não sofrem alterações, mantendo o motor diesel Mitsubishi de 3 cilindros, com 26 cv de potência e 76,3Nm de binário, o peso de cerca 1120 kg e capacidade de elevação de 600 kg.
Edições limitadas das alfaias Alfagri
Mas as edições limitadas não se cingiam aos tratores Solis, as próprias alfaias Alfagri, concebidas e produzidas em Portugal pela Alfagrilapa, também chamavam a atenção, em especial a linha alusiva ao Dia da Mulher, pintada num sugestivo tom de rosa. Num
mais discreto tom de preto, a edição limitada “Black Edition” pretende vincar esta presença da Alfagrilapa na FNA.
T iago Bento refere ainda a mais-valia de também serem fabricantes. “A nossa vinda à Feira também serviu para mostrarmos a gama de soluções que podemos oferecer aos nossos clientes. O facto de termos uma fábrica própria permite-nos criar ou adaptar soluções à medida das suas necessidades. Nós recebemos o report dos nossos comerciais sobre os desafios que os clientes enfrentam e tentamos encontrar uma solução. Por exemplo, produzimos um porta-paletes hidráulico que foi redesenhado a pensar nos tratores compactos como o Solis 26. As novas charruas hidráulicas Alfagri e a nova gama de inter-cepas também foram desenvolvidas a pensar nestes tratores mais pequenos e que apresentam caudais menores”. Para o gestor da Alfagrilapa, o segredo do sucesso reside “nesta facilidade de adaptação e numa capacidade de resposta muito grande do serviço de pós-venda. A resolução atempada dos problemas potencia o efeito do passa-palavra, sendo que muitos clientes já vêm referenciados por outros”. Por fim, quando questionado sobre os produtos “estrela” da Alfagrilapa para além dos tratores Solis, Tiago Bento não esconde que “os corta-mato e os trituradores se vendem muito. Mas nós temos soluções para quase tudo, até temos, sob a alçada da Alfagri, arejadores de picadeiros que têm tido uma excelente aceitação no setor equestre”
8 METROS DE DELTA
A Apolinários Irmãos, sediada na Azeitada, Almeirim, voltou a marcar presença na Feira Nacional da Agricultura. Este ano, o grande destaque foi o triturador Delta da Maschio Gaspardo, com uma impressionante largura de trabalho de 8 metros, ideal para agricultores e prestadores de serviços que operam em grandes áreas.
Por Sebastião Marques
Triturador Maschio Gaspardo Delta
ODelta é um triturador dobrável heavy duty, concebido para grandes explorações agrícolas e prestadores de serviço. Equipado com dois trituradores laterais, pode ser combinado com o triturador frontal Bufalo 280, alcançando uma largura total de trabalho de até 8,30 metros e garantindo um transporte rodoviário seguro com uma largura de 3 metros. Este equipamento topo de gama é compatível com tratores de 200 a 400 cv de potência.
Penacchio Pompe: eficiência na cultura do arroz
Representada pela Apolinários Irmãos há mais de uma década, a marca Penacchio Pompe destaca-se pela sua eficiência na cultura do arroz. As bombas móveis permitem encher ou esvaziar canteiros em poucas horas. Na feira, estavam presentes modelos com diâmetros do tubo de 250 mm e 300 mm, sendo que existem versões menores (200 mm) e maiores (400 mm) para se adequarem à quantidade de água disponível.
Agrotécnica: preparação eficaz de camas de sementeira
A Agrotécnica, fabricante de Porto de Muge, teve em exposição no stand da Apolinários Irmãos um armador de camalhões Lezíria. Este equipamento garante a melhor drenagem da água de irrigação ou da chuva excessiva, evitando o sufocamento das raízes.
CARACTERÍSTICAS PRINCIPAIS
DO DELTA
Rotor 219 mm - ø de corte 465mm
Disposição helicoidal 6 filas de elementos
Contra-facas: Dupla fila disposta no interior da câmara de corte
Nº martelos 60
ø material lenhoso > 12 cm
Cultivadores Braun: versatilidade para vinhas e pomares
Os cultivadores Braun, são ideais para o cuidado do solo em vinhas e pomares. Com uma construção modular, podem ser equipados com diversos implementos Braun, permitindo realizar várias operações com pequenos ajustes.
Apolinários Irmãos: compromisso com a Feira Nacional da Agricultura
João Apolinário, Sócio-Gerente da empresa, destacou a importância da FNA: “Fazemos a FNA há mais de 30 anos. A feira tem corrido bem, com muitos contactos. É uma feira que faz falta”, na foto com a esposa Sandra Mesquita, com a irmã e Sócia-Gerente Ana Paim, e com o cunhado Nuno Paim.
ascendumagro.pt
VALTRA SÉRIE Q EM DESTAQUE NA FNA
O porta estandarte da Ascendum Agro na FNA era a Série Q da Valtra, um trator com intervalos de potências entre os 230 cv e os 305 cv e caixa de variação contínua. Numa gama mais baixa, uma versão do N135H configurada à medida do mercado nacional também era um inevitável polo de atração, assim como as soluções de financiamento com 0% de juros.
Por Rui Reis
Onovo trator Série Q, com um peso operacional de 9200kg, está equipado com um motor AGCOPower de 7,4 litros de seis cilindros e uma transmissão CVT. A gama de potências vai dos 230 cv aos 305 cv (a potência máxima é atingida às 1850 rpm) e os Série Q contam com uma bomba hidráulica de mais de 200 litros e com uma capacidade de óleo exportável de 75 litros. A opção ECO hidráulica permite atingir o fluxo máximo a apenas 1650 rpm. Graças a esta capacidade, a Série Q pode elevar 4800 kg na dianteira e 10 000 kg na ligação traseira.
A cabine foi concebida tendo em vista a ergonomia e o conforto do operador. O sistema Valtra SmartTouch, com um ecrã táctil de 9 polegadas e diferentes perfis de utilizador, assim como a alavanca inteligente de acionamento multifunções e o joystick hidráulico, facilitam a utilização e agilizam a comutação entre condutores e as tarefas. O conforto a bordo é assegurado ainda pela suspensão pneumática Aires no eixo dianteiro e pelo opcional sistema de suspensão da cabine AutoComfort, que se ajusta automática e instantaneamente às diferentes condições.
Em termos de tecnologia, os Valtra Q podem trabalhar com qualquer acessório compatível com ISOBUS. Já o Valtra Guide é uma solução de auto-navegação, com direção automática, que utiliza GPS para seguir as trajetórias com precisão e reduz as sobreposições, poupando tempo e combustível. O sistema de gestão de cabeceiras Auto U-Pilot, permite começar a sua sequência automaticamente quando
o trator passa por uma linha definida. Por fim, a tecnologia SmartTurn, possibilita a escolha entre padrões de viragem automáticos para minimizar a compactação do solo e aumentar a velocidade e a eficiência.
Um N135H feito à
“medida”
A Ascendum Agro aproveitou ainda a FNA para apresentar aos clientes e à sua rede de concessionários uma versão “especial” do trator Valtra N135H. Com uma configuração denominada “estrela”, estas unidades com um nível de equipamento intermédio e personalizadas à medida das necessidades dos clientes nacionais, estão disponíveis nas gamas Série N e Série T e apresentam um preço muito competitivo. A configuração escolhida inclui um elevador dianteiro, suspensão dianteira (em opção) e na cabine, e uma transmissão powershift, a mesma das versões Verso, mas um pouco mais simplificada, com válvulas de acionamento mecânico em vez de eletrónico. Estas gamas estão ainda abrangidas pela campanha Valtra 0% juros que prevê o financiamento de 50%, a 36 meses, sem juros.
A PEDIDO DOS CLIENTES
No espaço da Herkulis destacavam-se as capinadeiras ecológicas com discos oscilantes e sensores hidráulicos, e um novo destroçador com a caixa das correias rebaixada.
Por Rui Reis
Com um espaço de exposição muito composto, a presença da Herkulis na FNA destacava-se pelas novas SL e GL, capinadeiras ecológicas descentráveis, e do novo destroçador TLHS-B, uma gama de destroçadores reforçados para trituração de restolhos e de restos de poda, entre outros.
As capinadeiras apresentam diferentes larguras de trabalho (1,25m e os 4,0m) e foram especialmente concebidas para limpezas e manutenção de pomares e entre fileiras de vinhas, podendo ser equipadas com ou sem discos e sensores hidráulicos. Os modelos expostos, contavam com 1 disco ( SL) e dois discos (GL) e sensores hidráulicos para recuo automático dos discos para evitar danificar as plantas. Estas capinadeiras, dependendo do modelo, podem pesar entre os 500 e os 987 kg.
Já o destroçador reforçado agrícola TLHS-B, na versão em exposição, tinha a particularidade de ter a caixa das correias rebaixada com apenas 490mm de altura. Este reposicionamento da caixa (com maior inclinação lateral) resulta de uma solicitação de vários clientes de diferentes regiões do país e serve para evitar que a caixa toque na planta ou na videira. Esta gama de destroçadores tem rotores de martelos lisos e, de acordo com a versão, pode ser equipado com 12 a 22 martelos. Os pesos variam entre os 500 kg e os 680 kg.
Destroçadores reforçados TLHS-B
PULVERIZADOR REBOCADO E ENFARDADEIRA DESTACARAM-SE
Pulverizador rebocado
LEXIS 3800
Na Feira Nacional de Agricultura, a KUHN e a LOVOL, marcas representadas pela Auto-Industrial Divisão Agrícola, destacaram-se com várias novidades. A KUHN apresentou pela primeira vez numa feira em Portugal o pulverizador rebocado Lexis e a enfardadeira plastificadora FBP 3135 Inteliwrap. Além disso, a LOVOL introduziu a linha de mini-escavadoras e exibiu o seu trator mais potente: o M1104.
Por Sebastião Marques
O Lexis 3800 é a solução da Kuhn no segmento de pulverizadores de 4.000 litros. Pesando pouco mais de 3 toneladas (vazio), esta é uma máquina compacta, com um comprimento engate-eixo de 4,30 m e uma largura total de 2,55 m. Com configuração manual (Manuset) ou assistida (Diluset+), o Lexis é acima de tudo simples e eficaz, garantindo o essencial: pulverizar a dose certa no local certo. Para dar resposta à capacidade do tanque do Lexis, este equipa com uma bomba PM400. O pulverizador pode ser cheio em apenas 11 minutos e o débito de pulverização pode atingir os 250 L/min. A gama de pulverizadores rebocados inclui pneus VF. Projetados para suportar cargas mais pesadas, os pneus “Very High Flexion” trabalham com baixa pressão, limitando a compactação do solo. Os terminais ISOBUS CCI equipam a versão KUHN CCI Connect Lite, que inclui o módulo Wi-Fi, o Remote View e o Online CCI Update para acesso a diferentes serviços remotos.
Semeador mecânico montado
PREMIA
O já conhecido Premia também esteve em exposição na FNA. Tem uma largura de trabalho de 300 cm e um depósito para sementes com capacidade de 480 litros. Possui 20 linhas de sementeira, espaçadas a 15 cm, dispostas em duas filas com um desfasamento de 32 cm. Cada unidade de sementeira aplica 32 kg de pressão. O sistema de distribuição Helica permite semear qualquer tamanho de semente.
Enfardadeira combinada
FBP 3135 INTELIWRAP
A enfardadeira com plastificador FBP 3135 Inteliwrap, da KUHN, combina uma enfardadeira de câmara fixa FB 3135 com rotor OPTICUT INTEGRAL e um sistema plastificador. Segundo o fabricante, o sistema patenteado de atamento de película em bobina dupla reduz o consumo de película em 30%. A câmara de enfardamento, composta por 18 rolos POWERTRACK, proporciona densidades elevadas e a rotação fiável dos fardos em todas as condições de cultivo.
ESPECIFICAÇÕES
Dimensão da câmara de fardos (largura x diâmetro): 122 x 125 cm
Largura do pick up: 230 cm
Comprimento teórico de corte: OC 14:70 mm; OC 23:45 mm
Potência mínima exigida pela TdF: 109 cv
LOVOL
O LOVOL M1104, Stage V, é o trator mais potente disponibilizado pela marca no nosso país, com 110 cv. Equipado com um motor Doosan de 4 cilindros turboalimentado e com intercooler, possui uma transmissão 18+18 (com creeper) e inversor. A cabine conta com ar condicionado e banco Grammer.
com rodas estreitas M504
Equipado com um motor Doosan de 4 cilindros, com 1800 cc, de injeção direta, este trator de 50 cv tem um chassis reforçado e transmissão sincronizada 8x8, atingindo os 29 km/h. As velocidades da TdF são de 540 ou 1000 rpm, e o hidráulico traseiro tem uma capacidade de 24L/min. A capacidade de carga é de 1280kg nos braços traseiros. Cabine de categoria 3 de nível de proteção.
com carregador M404
MINI-ESCAVADORAS
estrearam-se na FNA
O Lovol M404, sucessor do M354, possui um motor Doosan de 3 cilindros, 1800 cc, arrefecido a água, cumprindo os requisitos de emissões da norma Stage V. Com 40 cv, tem uma caixa de velocidades de duplo veio, minimizando perdas na transmissão de potência. Inclui uma caixa sincronizada de 8 velocidades para a frente e para trás, sendo fácil e confortável de usar. O carregador frontal do exemplar presente na FNA era montado de fábrica.
Também em estreia na feira estiveram as mini-escavadoras LOVOL FR. Com motor Yanmar de 3 cilindros, estão disponíveis em três gamas: a FR18E2-u, com 1800 kg de peso operacional, a FR26F-u, com um peso operacional de 2800kg, e a FR36F-u com um peso operacional de 3800kg. Todas equipam de série com engate rápido hidráulico no balde e vêm com três baldes – um deles de limpeza. No modelo mais pequeno o balde é de 1 metro e nos modelos maiores de 1,10 m. Todas têm duas linhas auxiliares para serviços externos para, por exemplo, ligar um destroçador. A cabine da FR36 tem ar condicionado. A FR18 tem ignição de chave, a 26 e a 36 são de ignição eletrónica. As bombas são Nachi, de origem japonesa. O intervalo de manutenção é de 50 horas. E o modelo FR18 tem como bitola mínima 99 cm e máxima de 125 cm.
farvoli.pt Farvoli
FARVOLI APRESENTA NOVIDADES
NA FNA 2024
A Farvoli marcou presença na Feira Nacional da Agricultura 2024, destacando-se pelo novo sistema PowerTronic e pelos recoletores de frutos pendulares VFA, especificamente os modelos VFA 40 e VFA 80.
Por Sebastião Marques
PowerTronic: Inovação e Eficiência
Osistema PowerTronic é um avanço significativo em comparação com o sistema convencional até aqui utilizado pela marca, o PowerBoost.
Este novo sistema de gestão integra tanto a parte hidráulica quanto a elétrica da máquina, proporcionando várias vantagens:
• Monitorização simplificada: o PowerTronic permite uma monitorização fácil através de um monitor.
• Modo automático de vibração: configurável com apenas um botão, facilita a operação.
• Economia de combustível: de acordo com o fabricante, a bomba hidráulica com caudal variável permite uma economia de até 2,5 litros/hora.
• Maior durabilidade: componentes mais duráveis e alarmes de segurança integrados aumentam a fiabilidade do equipamento.
• Joystick avançado: Possibilita a execução de dois movimentos simultâneos, tornando a operação mais eficiente. Desenvolvido pela Farvoli em 2023, o sistema PowerTronic recebeu, já em 2024, um upgrade que permite ajustar os descascadores de amêndoa a partir da cabine do trator. Já existem 15 máquinas equipadas com este sistema em operação, principalmente na colheita de azeitonas no interior norte de Portugal.
Recolectores de frutos pendulares
Os recoletores de frutos pendulares por vibração, com vibrador frontal e aparafrutos, são adequados para a colheita de azeitonas, amêndoas, pistácios e nozes. Os principais modelos em destaque na FNA foram o VFA 40 e o VFA 80. Compromisso com a saúde das árvores: Ambos os modelos apresentam amplitude de vibração variável, ajustável conforme a espécie e a idade da árvore,
O sistema PowerTronic permite ajustar os descascadores de amêndoa a partir da cabine do trator.
VFA 40
Abertura da pinça: 60 cm
Eficácia: troncos até 35 cm de diâmetro
Capacidade de carga do aparafrutos: 350 kg
Lona: ø 5 - 6 - 7 m
VFA 80
Abertura da pinça: 75 cm
Eficácia: troncos até 55 cm de diâmetro
Capacidade de carga do aparafrutos: 500 kg
Lona: ø 5,5 - 6,5 - 7,5 m
e incluem o sistema CRS (Controlo de Rotação por Sensor) para evitar danos nas árvores. A Farvoli foca-se na saúde das árvores. “Como fabricantes, uma das nossas principais preocupações é a saúde das árvores,” afirmou Bruno Mendonça, Sócio-Gerente da Farvoli. A empresa utiliza borrachas e tacos com durezas diferentes e um sistema de auto aperto para ajustar a pressão da pinça, garantindo que a operação seja suave e segura.
A Forte, empresa do Grupo Auto-Industrial, que representa em Portugal as marcas Fendt, Bogballe, Joskin, MTS Sandei e a Stara, voltou a marcar presença na FNA. Com a quase totalidade das séries da marca alemã de tratores em exposição, foram as três gamas de topo, 700, 900 e 1000, a concentrar as atenções do público.
Por Sebastião Marques
OFendt 1050, integrante da Série 1000 e apresentada na Agritechnica 2015, foi o trator mais potente da FNA, com 517 cv. Equipado com um motor MAN de seis cilindros e 12,4 litros, este modelo destaca-se pelo conceito Fendt iD de baixo regime, alcançando o binário máximo de 2.400 Nm às 1.100 rpm e uma velocidade máxima de 60 km/h às 1.450rpm, promovendo um menor consumo de combustível. A transmissão VarioDrive, permite explorar a potência do motor em qualquer condição, controlando os eixos de forma independente e adaptando o binário conforme necessário. Este sistema proporciona uma tração otimizada e um raio de viragem reduzido em até 10%. O sistema VarioGrip, opcional, ajusta a pressão dos pneus entre 0,6 a 2,5 bar diretamente através do terminal na cabine, aumentando a eficiência e a adaptabilidade durante o trabalho. Este recurso é altamente valorizado pelos clientes, que consideram essencial para operações em diferentes terrenos.
SÉRIES DE TOPO
ESTIVERAM EM SANTARÉM
Fendt 728 VarioDrive Gen7
A série 900 Vario é constituída por cinco modelos, cobrindo segmentos de potência entre os 296 e os 415 cv. A estética é semelhante à do 1000 Vario, mas as semelhanças não se ficam por aqui. É igualmente propulsionado por um motor MAN e a transmissão é VarioDrive, um conceito que gere de forma automática a transferência de potência entre os eixos dianteiro e traseiro. O pack de equipamento inclui ferramentas de conectividade para agricultura de precisão, um sistema de infoentretenimento com sistema de mãos livres para, por exemplo, telefonar durante o trabalho, chave codificada contra roubo e possibilidade de verificação das contas de correio eletrónico no visor do trator.
A Série 700 Vario Gen7 da Fendt veio substituir as séries 700 Vario Gen6 e 800 Vario, oferecendo cinco modelos com potências entre os 203 e os 283 cv. Esta série é equipada com um motor Agco Power de seis cilindros e 7,5 litros, substituindo o anterior motor Deutz de 6,1 litros. A maior cilindrada do motor Agco Power, juntamente com a nova programação, beneficia de um sistema de refrigeração mais compacto, acionado por um motor hidráulico independente do regime do motor. Esta configuração melhora a eficiência e a performance do trator. O modelo Fendt 728 Vario destaca-se por oferecer um boost de 20 cv, graças à tecnologia DynamicPerformance, alcançando os 303 cv. Esta potência supera o Fendt 828 Vario, que atinge 287 cv, posicionando o Fendt 728 Vario como um líder em potência e desempenho na sua categoria.
TAFE CABINADO E IDAVID FORAM AS NOVIDADES
Na Feira Nacional de Agricultura (FNA), a Sagar, parte do Grupo Auto-Industrial, apresentou diversas inovações em maquinaria agrícola. Entre os destaques estão novos modelos de tratores da TAFE, uma gadanheira da McHale, e avanços na tecnologia de desfolhadoras e enxofradeiras da IDavid.
Por Sebastião Marques
TAFE 7515
com e sem cabine
Equipado com um motor de 3 cilindros, 2600 cc, injeção direta Common Rail, Stage V, e 74 cv de potência, atinge uma velocidade máxima de 37 km/h. Nos hidráulicos, possui dois distribuidores de duplo efeito e uma capacidade de elevação de 2400 kg. Conta com travões em banho de óleo com assistência hidráulica e cumpre a norma europeia de travagem de duplo circuito. Com 12 velocidades e inversor mecânico sincronizado, o eixo dianteiro 4WD tem um diferencial de deslizamento limitado. A tomada de força é independente e de dupla velocidade.
TAFE 6020
O TAFE 6020, diferindo do modelo 6028, destaca-se por alterações nos pneus e no motor. O motor fabricado pela Mitsubishi, possui menor cilindrada comparativamente com o modelo maior, o 6028. A versão apresentada na feira tinha pneus de fábrica, mas a Sagar oferecerá opções com pneus radiais.
O modelo com cabine, fabricada na Turquia, inclui teto de abrir de alta visibilidade, painel de instrumentos integrado com ecrã TFT, banco com suspensão pneumática e coluna de direção ajustável, além de espelho retrovisor extensível. O trator possui 320 mm de distância ao solo, 2200 mm de distância entre eixos e um peso total de 3720 kg.
PRO GLIDE F3100
Uma das principais novidades da FNA, a gadanheira frontal Pro Glide F3100 da McHale tem uma largura de trabalho de 3,10 metros. Disponível em versões traseiras, com e sem condicionador, e em versão butterfly (frontal e duas traseiras) que alcança os 9 metros de largura total de trabalho. Adequada para tratores com potências a partir de 90 cv, a sua suspensão permite que a barra de corte se mova independentemente da articulação do trator. O compensador de molas patenteado pela McHale mantém a pressão uniforme da barra de corte sobre o solo, ajustando-se automaticamente às variações do terreno.
ID avid
Desfolhadora
Lançada em 2024, a desfolhadora REV-2 apresenta uma cabeça reversível com a capacidade de memorizar a posição de ambos os lados (220º direita e esquerda). Totalmente hidráulica, utiliza sensores para medir a pressão sobre a cepa. Ideal para videiras em espaldar, elimina folhas à volta dos cachos sem os danificar, graças a uma cabeça desfolhadora que se ajusta automaticamente à vegetação, mantendo uma aderência constante enquanto remove as folhas.
Despampanadeira
Diferente dos modelos anteriores de pente, a IDavid apresenta agora a despampanadeira PV VIEW com sistema de facas rotativas. Este novo design proporciona maior velocidade de trabalho e um corte mais “limpo”. A máquina conta com quatro barras de corte e seis movimentos electro-hidráulicos, garantindo eficiência e precisão na operação.
Rolo reversível
RUNDER
Ideal para dobrar (vincar) o coberto vegetal com lâminas, mantendo-o vivo e permitindo a rebrota no ponto de dobragem, gerando assim um coberto de matéria orgânica. Reversível (pode ser montado à frente ou atrás), tem uma extensão hidráulica (para descentrar) opcional.
Enxofradeira com Isobus
A nova enxofradeira IDUST, equipada com Isobus, permite quantificar e dosear o produto conforme a velocidade do trator, garantindo uma aplicação precisa. O sistema de esvaziamento volumétrico por sem-fins hidráulicos proporcionais assegura um doseamento homogéneo e preciso de produtos em pó ou micro-pelletizados. A tremonha é de aço inoxidável e pressurizada e tem uma capacidade de 730 litros.
GRAVID
com semeador pneumático montado
A GRAVID é uma grade rápida projetada para a instalação de culturas de cobertura na entrelinha. É ideal para preparar o solo nas vinhas, revolvendo-o, favorecendo a oxigenação e misturando a matéria orgânica. Durante a feira, foi exibida com um semeador pneumático montado, permitindo que a preparação do solo e a sementeira sejam realizadas numa única passagem.
ECOTRIM
Um chassis para desladroar e deservar (não pode ser equipado com outros implementos).
OLIX
Equipada com duas turbinas de alto poder de sucção, esta máquina de limpeza é ideal para trabalhar nas baixeiras do olival super-intensivo. Pode operar com ambas as turbinas em simultâneo ou apenas com uma, conforme a necessidade.
Na Feira Nacional de Agricultura deste ano, a presença da J. Inácio foi marcada por uma série de novidades e parcerias estratégicas. Além de apresentar o seu serviço de aluguer de máquinas, a empresa estreou em feiras nacionais o John Deere 5130 ML, trator desenhado para olival, vinha ou pomares.
Por Sebastião Marques
Apresentação do serviço de aluguer J. Inácio RENT
Aempresa sediada na Vermelha e com filiais em Alcácer do Sal, Golegã, Montemor-o-Velho e Vieirinhos, apresentou o seu novo serviço de aluguer de máquinas, o J. Inácio RENT. Esta iniciativa reflete o compromisso da empresa em proporcionar alternativas flexíveis e acessíveis para os agricultores, oferecendo acesso a equipamentos de última geração com um investimento inicial mais reduzido.
John Deere 5130ML
Um dos pontos altos do stand da J. Inácio foi a exibição do trator 5130ML da John Deere, especialmente projetado para culturas de alto valor, como vinha, pomar
AGRICULTURA
DE PRECISÃO, NOVO
ESPECIALIZADO E SERVIÇO DE ALUGUER
e olival. Desenhado e fabricado pela John Deere, este trator apresenta um motor PowerTech de 4,5 litros da John Deere, transmissões PowerQuad 16/16 ou Power8 32/16 e opções de agricultura de precisão, incluindo o sistema JDLink.
Parceiros estratégicos há 20 anos
A parceria de longa data entre a John Deere Financial e o Banco BPI também foi evidenciada durante o evento. O trator
O John Deere 6R 215 foi um dos tratores mais equipados na FNA 2024
5058E cabinado esteve em exposição no stand do Banco BPI, destacando a colaboração que tem permitido oferecer aos clientes John Deere condições especiais de financiamento e taxas de juros bonificadas em financiamentos que podem ir até 8 anos com rendas mensais, trimestrais, semestrais e mesmo anuais.
Inovação tecnológica com o distribuidor de adubo suspenso da Sky
Outro ponto de destaque foi o distribuidor de adubo suspenso da Sky (antiga Sulky) modelo X40+, equipado com tecnologia exclusiva ECONOVE. Esta inovação permite adaptar a distribuição de adubo à velocidade do trator, garantindo uma aplicação precisa e uniforme. Além de ser um distribuidor Isobus com DPA (débito proporcional ao avanço) e controlo de secções, inclui um sistema TRIBORD de abertura e fecho nas cabeceiras. Com capacidade para até 4.000 litros e largura de espalhamento de até 40 metros, este distribuidor tem ainda alhetas duplas EPSILON que permitem o espalhamento por dois canais, particularmente importante para espalhamentos acima dos 28 metros já que permite uma distribuição uniforme do adubo.
Compromisso contínuo com a Agricultura de Precisão
A J. Inácio reforçou o seu compromisso com a Agricultura de Precisão, apresentando as mais recentes soluções e demonstrando a sua capacidade de implementação e acompanhamento. Para o exemplificar, estava em exposição um John Deere 5090GF cabinado com uma vindimadora rebocada Pellenc Grapes’Line 25 com tecnologia para a criação de mapas de rendimento na vinha.
PELLENC
Representante da marca francesa especialista em equipamentos para culturas de alto valor, a J. Inácio destacou na FNA a podadora de precisão TRP500 montada no chassis Multiviti 20 com sistema de inclinação hidráulica. De acordo com os responsáveis da marca, esta máquina permite que um único operador possa fazer cerca de 100 ha/ano.
TOMIX
Os dois pulverizadores da Tomix em exposição, demonstram o forte compromisso com a marca, que tem vindo também a apostar em máquinas cada vez mais tecnológicas, equipadas com sistemas Isobus, DPA e controlo de secções.
JYMPA
A fabricante de implementos de Lleida, distribuída pela J.Inácio, teve em exposição na FNA um subsolador ANTARES-3-R4 com rolo duplo. Com uma qualidade de construção assinalável.
Maquesonda
MAQUESONDA É DEALER CONSTRUÇÃO PORTUGAL, DA DIECI
A notícia de que a Maquesonda passa a ser
Dealer Construção Portugal da Dieci, acabou por ser uma das novidades no espaço da Dieci Portugal na FNA. Já entre as máquinas em destaque estavam o Icarus Dynamic 4517 e a autobetoneira L3500.
Por Rui Reis
AMaquesonda passou a ser um Dealer Construção Portugal da Dieci, marca importada para o nosso país pela Dieci Portugal, e aproveitou o palco privilegiado da FNA para dar a conhecer a novidade a todos os que se deslocassem ao espaço da conhecida marca italiana. Como explica Celso Sousa, Diretor Geral da Maquesonda, “este ano a empresa comemora 25 anos e, no âmbito de uma nova estratégia, andávamos à procura de marcas reputadas ligadas à construção para aumentar o portfólio de representações. Queremos comercializar
equipamentos que criem uma cadeia de economia circular em torno da base da Maquesonda, que são a Geotecnia e as Fundações. Nesse sentido, a Dieci enquadra-se na perfeição nesta abordagem, permitindo aos nossos clientes dessas áreas e da construção complementar a restante oferta de marcas que já representávamos”
Para a equipa da Maquesonda, “é um orgulho também podermos representar a Dieci na qualidade de Dealer Construção Portugal. Um construtor europeu criado em 1962 e com uma reputação inabalável
Maria Frieza e Guida Pinto, colaboradoras da Maquesonda
na qualidade, na fiabilidade e na evolução tecnológica. Na Maquesonda gostamos de ser reconhecidos por estarmos sempre muito perto dos nossos clientes. Eficazes estratégias de proximidade e um bom serviço pós-venda, são fundamentais para a estratégia em que podemos marcar a diferença na representação da Dieci, quer no mercado nacional, quer no mercado brasileiro. Acabámos de abrir a mais recente empresa do Grupo - a Geomak máquinas e equipamentos - em Minas Gerais, no Brasil. Este é o resultado de 25 anos de trabalho em prol das marcas e dos clientes. A base deste percurso de sucesso, deve-se em muito ao fundador da Maquesonda, Manuel Monteiro. A nova Maquesonda, mantém uma equipa dedicada, em crescimento, mas sempre fiel aos valores da fundação: qualidade, serviço e clientes”
Dieci Icarus Dynamic 4517
Celso Sousa em entrevista à revista abolsamia
Em relação aos modelos Dieci presentes na FNA, Celso Sousa opta por destacar o multicarregador telescópico Icarus Dynamic 4517, “um modelo com 4500 kg de carga máxima e 17 metros de altura máxima de elevação que, na FNA, surge
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
DO ICARUS DYNAMIC 4517
Altura ao solo: 390 mm
Comprimento máximo: 6260 mm
Altura da cabina: 2530 mm
Largura dos pneus: 2390 mm
Raio de curva das rodas: 4140 mm
DESEMPENHO
Capacidade máxima: 4500 kg
Altura máxima de elevação: 16,4 m
Altura máxima nos pés: 16,4 m
Altura máxima nas rodas: 13,2 m
Força de tração: 9800 daN
Força de reboque: 8560 daN
Velocidade máxima: 38 km/h
Massa em vazio: 13000 kg
MOTOR KUBOTA
Alimentação: Gasóleo
Cilindrada: 3769 cm3
Potência máxima: 85,1 kW (114 HP)
Normativa de emissões: Stage V CIRCUITO HIDRÁULICO
Capacidade da bomba hidráulica: 140 l/Min
Máxima pressão de funcionamento: 25 MPa
TRANSMISSÕES
Tipo de transmissão: Hidrostática Shift on Fly de controlo eletrónico com mudança de velocidade em movimento e função ECO PNEUS
400/70-24
equipado com uma nacelle devidamente homologada para trabalhos em altura. Mas este modelo é muito versátil e como todos os equipamentos telescópicos Dieci, foi desenvolvido para utilizar os vários implementos necessários num estaleiro de construção: garfos, pás, ganchos de elevação, braços com guinchos, pinças, cestos porta-material, baldes de mistura, conchas para betão ou varredoras. Além disso, este empilhador telescópico tem reconhecimento automático do equipamento, configurando-se automaticamente de acordo com o acessório engatado”. Uma das principais preocupações da Dieci é com o conforto e a segurança do operador e, neste caso, a cabine com a assinatura Giugiaro Design pretende otimizar tempos, custos e ciclos de produção, fornecendo ao operador um multicarregador telescópico com o máximo de conforto e de desempenho.
Autobetoneira
Dieci 3500
Por fim, Celso Sousa referiu ainda a Autobetoneira 3500 “um modelo com uma capacidade de produção de 2,5m3 de betão pronto e que foi especificamente concebida para uma utilização pesada e intensiva. Este equipamento destina-se em especial a equipas que precisam de betão pronto na hora” Os modelos desta gama caracterizam-se pela caixa de 2 velocidades, transmissão hidrostática, travões de disco em banho de óleo e canal de descarga regulável em altura e rotativo a 180°. A tração às quatro rodas, permite uma maior aderência ao solo, garantindo estabilidade e segurança. A cabine, possui a homologação ROPS-FOPS e é dotada de insonorização,
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
DA AUTOBETONEIRA 3500
Altura ao solo: 320 mm
Comprimento máximo: 5030 mm
Altura da cabina: 2880 mm
Largura dos pneus: 2370 mm
Raio de curva das rodas: 5330 mm
DESEMPENHO
Velocidade máxima: 21 km/h
Rendimento em betão: (SLUMP 5÷9 cm - UNI EN 206-1) 2,5 m3
Capacidade do depósito de água: 630 l
Peso em vazio: 5900 kg
MOTOR PERKINS
Alimentação: Gasóleo
Cilindrada: 3621 cm3
Potência máxima: 85,9 kW (115 HP)
Normativa de emissões: Stage V/Tier 4f
TRANSMISSÃO
Tipo de transmissão: Hidrostática com bomba de caudal variável PNEUS 12.5x18”
aquecimento, volante inclinável e banco ergonómico com suspensão. O tambor está equipado com um sistema de elevação e um sistema de rotação de 180° para facilitar as operações de descarga.
Tractores Ibéricos tractores-ibericos.kubotadistribuidor.pt
FOCO NAS CULTURAS
ESPECIAIS
Com uma forte presença na FNA, a Tractores Ibéricos, empresa do Grupo Auto-Industrial e representante da Kubota em Portugal, aproveitou para destacar as máquinas dedicadas às culturas especiais, sublinhando a importância da sua gama de atomizadores e do M5-112 N de vias estreitas.
Por Rui Reis
Na FNA, a Kubota aproveitou para reforçar a aposta e dar destaque às máquinas destinadas às culturas especiais, em especial aos atomizadores da marca e aos tratores da Série M5 Narrow, potentes e estreitos.
Em relação a esta última gama, a principal novidade é a inclusão da suspensão no eixo dianteiro. Como explica Paulo Vieira, Gestor Comercial da Tractores Ibéricos, “temos dois modelos nesta Série 5, um com suspensão e outro sem, cabendo ao cliente, na altura da encomenda, decidir qual é o que melhor se adapta às suas necessidades. Esta, aliás, não é uma opção que se possa montar à posteriori, terá sempre de vir de fábrica”.
Atomizadores em permanente evolução
Já em relação aos atomizadores, Paulo Vieira reforça a permanente evolução que a Kubota implementa neste setor. “Desde que a Kubota comprou a FEDE, as atualizações têm sido constantes e permanentes. Sejam elas tecnológicas ou no número de opções que o cliente pode eleger. Temos capacidades dos 1000 aos 4000 litros, neste momento já contamos também com turbinas com 1 metro de diâmetro que se destinam a culturas muito altas. São máquinas com uma capacidade tremenda de volume de ar e que servem para culturas até aos 12 metros de altura. Estamos a falar de nogueiras ou abacates, por exemplo”.
Gama de alfaias e máquinas de espaços verdes
Além dos dois destaques referidos, a Kubota também marcou presença com uma gama de máquinas agrícolas e manutenção de espaços verdes. “Temos em exposição os corta-relva de uso profissional e, claro, a gama de alfaias, com algumas destinadas à forragem, juntadores, enfardadeiras e plastificadoras. Trouxemos também um semeador de cereais, um adubador e um rototerra. Por fim, no nosso stand estamos ainda a dar destaque aos 5 anos de garantia Kubota e às campanhas de financiamento, como os 36 meses sem juros que, nas gamas M5 Narrow, podem chegar mesmo aos 48 meses”, finalizou Paulo Vieira.
Kubota M5-112 Narrow
A gama M5-112 N cabinado (existe uma versão ROPS com um design especial de baixo perfil para permitir o trabalho em áreas onde o espaço é limitado) é um trator adaptado a culturas em linha, como pomares e vinhas. Muito ágil e manobrável, , garante uma elevada estabilidade de condução e conforto graças à suspensão (dependendo do modelo) no eixo dianteiro.
A direção com acionamento por engrenagem cónica e um â ngulo de direção de 55° tornam o M5 Narrow o trator ideal para trabalhos em espaços apertados. Já a “viragem bi-speed”, torna esta operação ainda mais f ácil. Se, ao usar a tração integral, o â ngulo de direção das rodas dianteiras exceder um valor de 35°, a velocidade destas quase duplica em comparação com as rodas traseiras. O que resulta em curvas apertadas, mas suaves com o solo. Com 4115 a 4460 mm de comprimento, uma altura total de 2384 mm e um peso de 2954 kg, o M5-112N vem equipado com um motor de 3769cc com 115 cv de potência e
364 Nm de binário. A caixa é de 36F/36T e a capacidade de elevação é de 2300 kg. A capacidade da bomba é de 68,6 L/min. Por fim, a velocidade máxima de deslocamento é de 40 km/h. O intervalo de mudança do óleo do motor é de 500 horas.
Atomizadores/pulverizadores XTA 2110 e 3330
Da extensa gama de atomizadores/pulverizadores da Kubota, na FNA a marca destacou os modelos XTA 2110 e o XTA 3330. O primeiro é um pulverizador versátil para tratamentos em pequenos pomares e vinhas. Apesar de compacto, este equipamento destina-se a profissionais que necessitam de uma solução robusta. Está equipado com a unidade de ar Dinamic Qi 8.0 (diâmetro de 800 mm) para tratamentos eficazes com um consumo de energia reduzido. Está disponível com capacidades de 1000, 1500 e 2000 litros. Já o XTA 3330, é um pulverizador topo de gama para tratamentos precisos e eficazes em grandes pomares, por exemplo. Equipado com a unidade Futur Qi 9.0 (diâmetro de 900 mm) com 26 bicos duplos em duas linhas e capaz de obter um volume de ar de 81.000 m/h, este modelo assegura uma cobertura homogénea de culturas com maior densidade foliar. Graças ao sistema H3O, os tratamentos de alta precisão podem reduzir a utilização de pesticidas em até 25%. Está disponível com capacidades de 1000, 1500, 2000, 3000 e 4000 litros.
OUTRAS PRESENÇAS
AFNA 2024 permitiu um vislumbre do setor da maquinaria agrícola em Portugal. Visitámos os principais expositores de máquinas agrícolas, mostrando a diversidade de soluções presentes no evento. Para além das reportagens alargadas que apresentámos, marcaram presença com exposição das suas máquinas e serviços outras empresas ligadas ao nosso setor, nomeadamente, 2AB, Agrimiranda, Agromansores, Astara Portugal, Bermathor, Borrego, Leonor & Irmão, Carby VW Santarém, CEPCAR, Dieci Portugal, Expansão, Irrifarm, Motévora, Peixoto & Peixoto, Pelarigo – Máquinas Agrícolas, Pousamil, SEAC, Socimavis, Sotrac, Stagric, Tractoponte e Ventisec.
JOPAUTO E CLEMENS VOLTA A PORTUGAL 2024
Há cinco anos que a Jopauto, representante em Portugal da Clemens, leva “as máquinas ao campo”. Estas demo-tours que, até agora, se cingiam a algumas regiões, este ano abarcaram quase todo o território continental, representando uma oportunidade única para os clientes observarem, ao vivo, a extensa gama de alfaias entre-cepas e de controlo de folhagem da Clemens.
Por Sebastião Marques e Rui Reis
Fotografia Cátia Barbosa • Vídeo Daniel Rodrigues
Pequeno em tamanho, enorme em diversidade. É assim que a Jopauto define as características do território nacional. Diversidade essa que se traduz numa variedade de culturas e de formas de cultivar, de tipos de solos e de climas. Consciente dos desafios que estas diferenças criam para os agricultores, a Jopauto e a Clemens
Esta “Volta a Portugal 2024” da Jopauto juntou dezenas de agricultores e operadores agrícolas para verem em ação, no campo, as máquinas da Clemens
criaram demo-tours que levam ao campo a multitude de soluções que a fabricante alemã oferece, nomeadamente no segmento dos entre-cepas e das máquinas de controlo de folhagem. A iniciativa, que já decorre há cinco anos, ganhou em 2024 um novo alento, alargando o raio de ação a quase todo o território nacional continental, excetuando a região do Algarve. Assim, a batizada “Volta a Portugal 2024 – Jopauto e Clemens” começou na região Oeste, seguiu para a península de Setubal, passou pelo Alentejo, dirigiu-se à zona de Almeirim e Santarém, foi até à Bairrada e ao Minho e terminou em “casa” da Jopauto, no Douro, a maior região vitivinícola do país com 44 mil hectares de vinha.
Para a Clemens, esta iniciativa não se cinge a uma ação de marketing direto, tem, também ela, um âmbito mais alargado, já que Portugal é, pelas suas características, uma espécie de “balão de ensaios” para novas soluções técnicas do construtor alemão.
Para os agricultores e operadores agrícolas, esta iniciativa reveste-se de especial importância porque permite ver as máquinas e as soluções tecnológicas em ação, fora do âmbito das feiras ou dos showrooms, no campo e em condições similares às que eles próprios enfrentam.
Entre-cepas Radius SL Plus
Respeitando o princípio da construção e design modular da Clemens, as máquinas entre-cepas em ação estavam montadas num quadro SB2. Este foi desenvolvido para acoplar os Radius D, SL PLUS e o Multiclean. O SB2 pode ser montado na frente ou na traseira e apresenta larguras de trabalho de 1.740 mm a 3.200 mm. O ajuste da largura da linha é efetuado hidraulicamente.
Feita esta introdução, o SL Plus representa uma nova geração de equipamento de deservagem mecânica de duplo efeito. Este equipamento pode trabalhar com lâmina e rotofresa ou só com a lâmina. Esta solução bipartida permite passar só com a rotofresa e, por exemplo, na primavera, fazer uma passagem mais rápida (5/6 km/h) só com a lâmina. Trabalhando só com a lâmina e com uma meia aiveca também é possível fazer trabalhos diferentes ao nível do solo.
Em relação à necessidade de óleo, cada lâmina exige entre 7 e 10 litros. Como a necessidade de óleo é baixa, podemos operar este SL Plus com tratores mais pequenos. Além dos discos, o SL Plus também pode ser montado com dentes escarificadores.
Outro detalhe comum a todos os modelos Radius D e SL/SL Plus é a facilidade de ajuste da haste do sensor.
Controlo de folhagem
Nesta demo-tour, a Jopauto optou por ter máquinas em ação e uma espécie de exposição itinerante. Estas eram, maioritariamente, máquinas para controlo de folhagem, com destaque para as despontadoras, para as desfolhadoras e para uma amparadora. Esta última, uma amparadora Easyfix, conta com dois tapetes rolantes que utilizam um sistema de fio que é puxado e é clipado com clips que são biodegradáveis (ao fim de um ano). O que ainda não existe no mercado é fio biodegradável pelo que, no fim da campanha, terá sempre de o retirar.
A vantagem dos clips da Clemens é que, em vez de ser uma espécie de agrafo, apresentam uma forma de anzol que permite ao fio correr e ser puxado desde o início do bardo.
Já a desfolhadora de sucção e corte, inclui uma turbina que puxa a folha e uma lâmina na frente que corta as que estão a mais. A desfolhadora
da Clemens pode ser montada em dupla ou movida da direita para a esquerda na frente do trator. Está equipada com um sistema hidráulico com sensor de pressão que evita danos na vinha.
Também merecia destaque a despontadora dupla de facas Vision View. A gama Clemens de despontadoras tem versões mais simples e mais complexas, com despontadoras em U que trabalham em offset, duplas que fazem duas linhas, com mais ou menos facas, com ondulações hidráulicas, no fundo, todo um portfólio de componentes. Mesmo no controlo e tratamento da folha, a marca alemã tem uma abordagem modular à construção e ao design. Ou seja, o mesmo suporte trabalha com todas as máquinas e com todos os equipamentos.
Finger Hoe e Finger Roller
Na zona Oeste tivemos oportunidade de assistir à demonstração de uma combinação dos acessórios Finger Hoe e Finger Roller a trabalhar num pomar de pêra rocha. Estes destinam-se a operações de sacha e foram concebidos para operarem em conjunto no mesmo quadro modular.
Graças aos dois discos recortados de diâmetro diferenciado, o Finger Roller faz mobilização homogénea mesmo em terrenos inclinados, não deixando um canal de água formado, o que tenderia a acentuar a erosão.
Para adaptação a diferentes condições, o Finger Roller comporta uma regulação integrada do ângulo. O próprio ângulo exterior também pode ser alterado sem problemas, reinserindo os pinos de bloqueio.
Já o Finger Hoe destina-se a remover o solo e as infestantes junto à videira. Sendo os vértices da estrela num material flexível tipo borracha, este acessório é especialmente adequado para plantações jovens ou de caule irregular. O Finger Hoe trabalha diretamente à volta da planta para remover o solo e as ervas daninhas. A sua utilização isolada, sem a passagem prévia ou simultânea do Finger Roller, só é aconselhada em solos soltos ou arenosos. Ambos os acessórios podem ser aplicados em quadros da Clemens (como o SB2) na frente do trator, mesmo em modelos que não disponham de elevador frontal.
Aplicação e joystick com interfaces melhorados
Outra das novidades é o joystick que trabalha com uma aplicação desenvolvida pela Clemens e que permite operar todas as máquinas de controlo de sebes, por exemplo. Esta app pode ser instalada num telemóvel ou num tablet e após a ligação do joystick à máquina, a app é capaz de reconhecer que tipo de alfaia se trata. Com a nova aplicação e recorrendo ao joystick de 8 funções, o utilizador pode controlar todos os movimentos hidráulicos da máquina e dar a prioridade ao óleo que quiser. Por exemplo, se achar que os tapetes da amparadora estão a rolar lentamente, pode, através da aplicação, con-
trolar a electroválvula que comanda a velocidade dos tapetes e adaptá-la às suas necessidades. O próprio joystick é muito preciso, já que os comandos electro-hidráulicos não são de injeção de óleo contínua, mas progressiva, e oferecem a possibilidade de os cilindros serem ajustáveis individualmente. Em termos ergonómicos, o joystick está fixo e foi concebido para minimizar os movimentos involuntários em terrenos irregulares. Esta aplicação é compatível com tratores equipados com sistema Isobus e, neste caso, em vez de utilizar o joystick da Clemens pode utilizar o do próprio trator.
Manuel Weber, da Clemens, explica as vantagens do novo comando tipo joystick e da aplicação com um interface renovado que permitem operar as máquinas de controlo de folhagem
Entre-cepas Multiclean
Com o Multiclean é possível remover os rebentos e, ao mesmo tempo, controlar as ervas daninhas, sem mobilizar o solo. O Multiclean tem uma vibração particularmente baixa e possui fios extremamente robustos, mas delicados para as videiras. Montada num pórtico em U (Atlas), esta alfaia tinha dois motores hidráulicos, permitindo efetuar a deservagem nos dois lados da linha.
Para além da remoção da erva, o Multiclean da Clemens também pode ser utilizado para desladroar quando os rebentos ainda estão tenros e com uma altura de corte até aos 35 cm.
Se o utilizador tiver um orçamento mais apertado, pode adquirir só uma cabeça para trabalhar apenas um lado da linha de cada vez.
O Multiclean da Clemens estava montado num pórtico Atlas em U e, além da deservagem, também pode servir para desladroar
Deservagem mecânica com o Radius D
Esta é uma alfaia que se destina a solos mais difíceis. O funcionamento inovador do Radius D baseia-se na capacidade de fazer oscilar hidraulicamente uma alfaia, para dentro e para fora com um movimento duplo, controlado mecanicamente por um sinal de uma válvula hidráulica que sente o seu caminho em torno da vinha e funciona proporcionalmente à velocidade do trator. Ao contrário de outros fabricantes, na Clemens o sensor não é “on/off”, mas sim progressivo, acompanhando a lâmina e a curvatura do sensor. Além disso, a sensibilidade do sensor pode ser ajustada para trabalhar em vinhas muito novas e com tutores mais frágeis, por exemplo.
Esta alfaia pode trabalhar com uma meia-aiveca ou aiveca, fazendo um trabalho semelhante ao de uma charrua. Além disso, para vinha em camalhão, a aiveca permite reduzir o tamanho do mesmo.
O Radius D pode trabalhar em vinhas com larguras de 2,20 a 3,20m e a velocidade de trabalho com a aiveca vai dos 3 aos 8 km/h (sem a rotofresa).
Outra das grandes vantagens do Radius D é a baixa necessidade de óleo, apenas 10 a 12 litros, podendo por isso trabalhar com quase todos os tratores. O bloco hidráulico presente em todos os equipamentos da marca permite dois ajustes: de velocidade e pressão. Esta nova versão tem ainda mais 25% de potência face ao SL Plus devido a um cilindro de duplo efeito de maiores dimensões.
Com o controlo cada vez mais apertado da utilização de herbicidas, a deservagem mecânica é essencial. O Radius D da Clemens permite trabalhar solos mais duros e complicados
PATRICK CLEMENS CEO da Clemens
abolsamia – Quais são os objetivos da Clemens com esta ação em Portugal?
Patrick Clemens – Nós temos uma excelente relação com a Jopauto, o nosso importador em Portugal, e queremos reforçá-la. Como representante exclusivo neste mercado, a Jopauto tem sido o parceiro ideal. Tem uma boa visão de mercado, uma atitude muito profissional e um excelente leque de colaboradores para apresentar e assistir as nossas máquinas. Esta ação também serve o objetivo de obter um maior feedback do mercado português e reforçar a notoriedade da Clemens em Portugal. Em suma, queremos sair desta ação ainda mais próximos da Jopauto e, em última análise, dos nossos clientes.
ENTREVISTA
abolsamia – Quais são os produtos Clemens com maior procura no mercado português?
Johannes Krütten – As máquinas Clemens mais procuradas em Portugal são os entre-cepas. Desde a década de 90 que trabalhamos nestas soluções, em particular com as lâminas. Mas, claro, tudo depende da região. Por exemplo, no Douro, o Multiclean é uma solução muito procurada porque não mobiliza o solo. Mas os Finger Hoe e Finger Roller também têm vindo a ser mais procurados.
ENTREVISTA
abolsamia – Qual é a visão que têm para o futuro da Clemens?
Patrick Clemens – A nossa visão é conseguir dar o salto da viticultura para as culturas super-intensivas como os olivais e os amendoais. Vamos começar a pesquisar este tipo de mercado e as suas necessidades específicas ainda este ano e queremos estar presentes neste segmento de mercado dentro dos próximos três a quatro anos.
JOHANNES KRÜTTEN
Diretor Comercial da Clemens
abolsamia – Quais são as vossas principais inovações para esta ano?
Johannes Krütten – Este ano a grande inovação é o Radius D, a última geração de entre-cepas, em combinação com as aivecas de descava. O foco da Clemens na inovação é sempre a melhoria na eficiência. Por isso concebemos sempre as nossas máquinas para que tenham pouca necessidade de óleo. Isto porque, de futuro, pretendemos que os tratores sejam verdadeiras multi-ferramentas. Além disso também não podemos esquecer a redução da pegada de carbono e questões como a compactação do solo. Outra novidade é o joystick de comando e a aplicação que permitem controlar as nossas alfaias através de um smartphone ou de um tablet
Artur Lopes, Responsável de Importação e Desenvolvimento da rede de distribuição
“Para a Jopauto é importante ter uma rede forte e coesa para podermos garantir um serviço de qualidade e ter um ponto de ligação próximo entre o cliente final e a assistência. Neste setor em particular, temos de assegurar que, se um cliente precisa de uma assistência ou tem uma avaria, que a podemos solucionar rapidamente. Este evento, da Volta a Portugal 2024, é um bom exemplo da proximidade que gostamos de promover entre a Jopauto e os nossos clientes. É muito mais fácil mostrar as potencialidades que estas máquinas têm, e as afinações que permitem, diretamente no terreno do que através de um catálogo”.
Daniel Santos, Responsável Técnico da Jopauto
“Na Jopauto fazemos entregas personalizadas e eu desloco-me a todos os clientes com o intuito de explicar o funcionamento da máquina e, em conjunto, encontrarmos as melhores afinações possíveis para o trabalho em vista. Mais uma vez, a proximidade com o cliente é uma prioridade para a Jopauto e não apenas na zona de operação direta no Douro. Por isso, estamos sempre prontos para prestar o apoio técnico imediato a qualquer um dos nossos concessionários”.
Larissa Santos, agricultora na região Oeste
“Conhecer estas máquinas e as novas tecnologias em contexto de operação no terreno é decisivo”.
Pedro Leitão, agricultor na região Oeste
“Estes eventos são de extrema importância porque nos permite ir acompanhando as evoluções tecnológicas e percebermos se vamos no caminho certo ou não”.
Maria José Moutinho, Técnica de Viticultura da Aveleda S.A
“Nesta zona sofremos muito com a pressão climática e com a precipitação que promove o crescimento das infestantes e dos cobertos vegetais do solo, aliada a uma crescente falta de mão de obra e à redução do recurso a herbicidas. Até por isso, estas máquinas de deservagem mecânica ganham uma importância acrescida aqui na região dos vinhos verdes.”
DANIEL LOPES
Responsável Comercial da Jopauto
abolsamia – De há cinco anos para cá a Jopauto mudou um pouco a sua estratégia e já não se fica apenas pela presença nas feiras. Esta Volta a Portugal 2024 com a Clemens é o culminar de um processo bem-sucedido?
Daniel Lopes – Esta parceria de eleição com a Clemens começou há cinco anos. Nas edições anteriores, em que nos cingíamos às regiões Oeste, Alentejo e Douro, reparámos que Portugal apresenta uma diversidade tal que nos “obrigou” a repensar toda esta ação de marketing direto e de terreno, e a alargar o âmbito a quase todo o território. A verdade é que as edições anteriores foram tão bem-sucedidas, que a Clemens, após realizar um “Tour de France”, escolheu Portugal para acolher um evento deste tipo. E a ligação da marca à Jopauto também ajudou a que fosse possível tornar este “sonho” uma realidade e a viabilizar um investimento que, convém não esquecer, é muito avultado. abolsamia – Quais as principais vantagens que uma marca como a Clemens vê neste tipo de eventos em Portugal?
Daniel Lopes – Temos uma tal heterogeneidade de características num território relativamente pequeno que, para um fabricante como a Clemens, é ótimo para os ajudar a desenvolver novos produtos ou a adaptar má-
SEDE
SÃO JOÃO DA PESQUEIRA
T. 254 489 150
FILIAL
VILA REAL
T. 259 342 147
geral@jopauto.pt www.jopauto.pt
CONCESSIONÁRIO
INTERCEPAS
ENTREVISTA
quinas já existentes. Soluções essas que depois podem replicar em diferentes mercados. E não apenas na região mediterrânica, com os mesmos tipos de terreno, clima ou orografia, já que a diversidade que encontram em Portugal também lhes permite adquirir o know-how que podem usar na Califórnia, por exemplo. abolsamia – E para a Jopauto, quais são os objetivos desta Volta a Portugal 2024?
Daniel Lopes – Sempre foi apanágio da Jopauto tentar encontrar as melhores soluções possíveis para os nossos clientes. É impossível personalizar cada máquina porque não há escala, mas estas demo-tours permitem-nos conhecer os desafios que os agricultores enfrentam e, numa produção modular como aquela que a Clemens defende, é possível otimizar as configurações e as afinações para, pelo menos, diferentes regiões e tipos de clientes. Por isso é que, este ano, decidimos alargar o âmbito desta ação.
AMPARADORA PA 5000
DESFOLHADORA PNEUMÁTICA LB260
PULVERIZADORES RECUPERADORES DE CALDA
DESFOLHADORA MODELO LR 350
dos clientes e a relevância que estas ações têm para os próprios fabricantes de máquinas
DESPONTADORA ST120 D2R
MÁQUINA DE RADIAÇÃO UV PARA PROTEÇÃO DAS CULTURAS
Fortalecer laços
Bruno Pignatelli, Gerente da Tractores Ibéricos, empresa do Grupo Auto-Industrial, destacou a importância deste evento como uma oportunidade para fortalecer os laços entre concessionários e clientes. Com cerca de 300 participantes em cada um dos dias do evento, os Orange Days oferecem uma plataforma única para mostrar o portfólio de equipamentos Kubota. “É manter viva a opção de realizarmos uma demonstração presencial para que os concessionários possam convidar os seus clientes a conhecer a nossa gama e as novidades. Queremos que saiam daqui após um dia de demonstrações sabendo que estamos ao lado deles”, explicou. Nesta terceira edição (Beja 2019 e Coimbra 2022), o foco esteve sobretudo na gama de equipamentos de forragem e nos sistemas para agricultura de precisão, tendo o evento contado com a presença de uma equipa da Topcon que equipou um Kubota M5112 com um sistema de GPS.
KUBOTA ORANGE DAYS 2024
Nos dias 8 e 9 de maio, a Azambuja recebeu o Kubota Orange Days 2024. Este encontro, que já se tornou uma tradição desde a sua estreia em Beja em 2019, reúne concessionários, clientes e entusiastas da Kubota para conhecerem em primeira mão as mais recentes novidades da marca.
Fotografia Carlos Ferreira
Tomás Rocha, Administrador do Grupo Auto-Industrial À esq.:
Metas e projeções
Tomás Rocha, Administrador do Grupo Auto-Industrial, sublinhou a importância dos Orange Days como uma oportunidade para fortalecer os laços com concessionários e clientes. “Há seis anos definimos que nos anos em que não existe Agroglobal levamos a cabo os Kubota Orange Days. É um evento muito importante pois é a oportunidade de nos reunirmos não só com os nossos concessionários, mas também com os seus clientes num ambiente exclusivamente Kubota.” Com a meta de atingir uma quota de 20% do mercado entre todas as marcas do Grupo, o responsável mantém o foco na inovação e na satisfação do cliente.
No total dos dois dias passaram pelos Orange Days mais de 600 convidados
Destaques
No evento esteve em foco a gama forrageira da Kubota, tal como os carregadores frontais, fruto da parceria com a MX. Nos tratores, desde os compactos EK e LX até aos robustos M6 e M7, todos estiveram disponíveis para que os clientes pudessem ter a experiência de condução. Na agricultura de precisão, um trator M5112 com GPS Topcon esteve em evidência, refletindo um acordo entre a Kubota
MUITOS ANOS DE TRABALHO EM EQUIPA
Germán Martínez, Presidente da Kubota Espanha, elogiou o papel da Tractores Ibéricos como parceiro estratégico, realçando o trabalho realizado ao longo dos muitos anos de parceria. “É um parceiro de negócios estratégico, responsável pelo mercado português e pela rede de distribuição – que é cada vez melhor- e que permite aos clientes terem um produto e um serviço pós-venda de grande qualidade”, confidenciou. Embora reconheça a incerteza que o mercado português atravessa em 2024, mostrou confiança na rede de distribuição para o crescimento sustentado da marca.
KUBOTA M4073
COM O JUNTADOR KUBOTA RA1043
A enfardadeira BF3500 fez parceria com o
Europa e a Topcon para mostrar novas tecnologias associadas aos tratores, como o autoguiamento.
“O Kubota M5112 tem tido boa aceitação no mercado português, destacando-se pelo conforto da suspensão dianteira. O M6, um trator confortável e polivalente, tem-se mostrado competente em operações de mobilização, transporte e com carregador, sendo um trator ideal para uma exploração mista”, referiu Paulo Vieria, Gestor Comercial da Tractores
Ibéricos. Na Azambuja, o Kubota M6 trabalhou na gadanha e no transporte de fardos redondos com carregador.
“Os atomizadores Kubota têm sido uma aposta no setor agrícola profissional, fruto da tecnologia que incorporam”. Para o fim, a marca reservou uma das principais novidades: “o pulverizador autónomo KFAST, apresentado na FIMA, que iniciará a sua produção em massa em 2025, tem já encomendas feitas para Portugal”, explicou o responsável.
REUNIÃO TYM NOVOS TRATORES, PARCERIAS REFORÇADAS
O Entreposto Máquinas reuniu em Fátima os concessionários da sua mais recente representada: a sul coreana TYM. Após um ano desde o anúncio como representante oficial da TYM em Portugal, esta reunião serviu para mostrar os novos tratores e reforçar a parceria com a rede de distribuição.
Por Sebastião Marques
U
MA MARCA DE PESO
No início de 2023, a TYM anunciou a incorporação da Branson na sua marca. Em Portugal, as duas marcas tinham importadores diferentes. Em maio de 2023, o Entreposto Máquinas foi oficializado como o novo importador da TYM para Portugal. No entanto, apenas em fevereiro deste ano chegaram as primeiras unidades importadas
pelo Entreposto. “A última reunião de concessionários TYM foi há mais de um ano, quando foi divulgada a decisão da TYM da escolha para representante da marca em Portugal”, começou por explicar Carlos Domingues, Diretor Comercial das máquinas agrícolas do Entreposto Máquinas. “Assim, importava agora dar o segundo passo, juntando os concessionários da TYM e mostrar-lhes os novos tratores”.
Francisco Barbosa, novo Diretor Geral do Entreposto Máquinas em Portugal
“Estamos aqui para ganhar o campeonato, não para ver os outros jogar. Temos muita ambição. Queremos ser reconhecidos pelo serviço, pelo pós-venda, o apoio ao cliente. Sabemos que há um caminho a percorrer, mas nós vamos fazê-lo. Iremos priorizar o que é mais importante e, para isso, precisamos de ouvir os nossos concessionários.”
Equipa Entreposto Máquinas e rede de concessionários TYM
O QUE
Sobre o impacto que a marca pode ter no portfólio do Entreposto, Carlos Domingues foi perentório:
“A TYM é um dos mais importantes fabricantes de máquinas agrícolas da Coreia do Sul. Conta com um knowhow e equipas muito preparadas no desenvolvimento de produtos de qualidade. Ser o importador oficial para Portugal é uma grande conquista para o Entreposto Máquinas. A TYM é uma marca que enriquece o portfolio da empresa.”
DIZEM OS CONCESSIONÁRIOS?
Licínio Abrunheiro, Gerente da Carapinheirense Máquinas, Lda
“Os tratores TYM destacam-se pela manobrabilidade, garantida pelo raio de viragem que conseguem fazer, pela comodidade que garante a plataforma direita e, claro pela assistência pós-venda de qualidade.”
PRÉMIOS PARA OS MELHORES CONCESSIONÁRIOS
Com uma rede de distribuição em construção, o Entreposto Máquinas aproveitou para premiar aqueles que mais se distinguiram pela sua performance no último ano.
• Melhor concessionário Peças: A.M.M. Máquinas, Lda.
• Melhor concessionário Assistência Técnica: A.M.M. Máquinas, Lda.
• Melhor concessionário Vendas: MAF - José Alturas
• Concessionário do Ano: Carapinheirense Máquinas, Lda
Em Fátima ainda não marcaram presença os modelos cabinados, que chegarão ainda em 2024 a Portugal
TRATORES PARA TODAS AS NECESSIDADES
O processo de unificação da Branson com a TYM também se reflete na vasta gama de modelos que a marca disponibiliza. Com uma gama dividida em seis séries, os TYM iniciam nos 19 cv (com o T194) e já em 2025 chegarão aos 130, com o já apresentado T130.
Para já, o Entreposto concentrará a sua oferta nos modelos até aos 60 cv, com versões ROPS e cabinadas. No evento esteve apenas uma amostra daquilo com que os concessionários poderão contar, como explicou Carlos Domingues. “Tivemos a preocupação principal de trazer tanto ‘modelos TYM’ como alguns ‘modelos Branson’, agora sob a marca TYM. No entanto, faltam-nos aqui alguns produtos, como versões cabinadas, que estarão disponíveis em breve”. No que aos motores diz respeito, a TYM continua a equipar os seus tratores com blocos fabricados “em casa”, na fábrica da Kukje, ou Yanmar (séries 1, 2 e 3) e Deutz (no T68 e T78).
MODELOS EXPOSTOS
• T265 HST
• T395
• T455
• T555RN
• F25RN
• T255
• 6225 CAB
• 6225 R
António Ribeiro, Gerente da António Manuel Ribeiro, Lda. “Começámos a trabalhar com a TYM há 38 anos, na altura ainda se chamava TongYang e eram azuis. Ao longo deste período nunca tive problemas e temos a expetativa de assim continuar. A TYM destaca-se pela sua fiabilidade. Aliada ao bom apoio técnico dado pelo importador garantimos o melhor serviço ao cliente.”
Joaquim Mendes, Fernando Mendes, e Fernando Mendes Sócios-Gerentes da A.M.M. Máquinas, Lda.
“São tratores que posso vender a um amigo ou familiar. É uma marca de confiança, com um produto de qualidade. Destaco a qualidade de construção e a fiabilidade dos motores. Com o apoio do Entreposto asseguramos um bom pós-venda”
MOVITER e LS COMEMORAM 20 ANOS COM OS OLHOS POSTOS NO FUTURO
Por Sebastião Marques
Rui Domingos, Diretor Geral da Unidade de Negócio Agrícola da Moviter Equipamentos S.A., destacou a importância da colaboração com a LS ao longo destas duas décadas: “A relação da Moviter com a LS foi, ao longo destes 20 anos, muito positiva e interessante para ambas as empresas. A LS é uma empresa muito dinâmica e com tratores de qualidade, como atesta a presença durante vários anos no top 2 de marcas mais vendidas em Portugal no que a tratores compactos diz respeito.”
Rui Domingos também partilhou os planos futuros da Moviter para a marca: “Queremos continuar a aumentar a gama de produtos disponíveis, que começou nos 28 cv e abrangerá, até 2026, tratores dos 23 aos 140 cv. Com uma gama mais alargada, queremos dar ainda mais condições aos nossos concessionários pois sem eles não se avança.” A LS conta ao dia de hoje com 35 concessionários em Portugal.
A Importância da Moviter
Sang-min Lee, Presidente da LS Tractors, sublinhou a importância da parceria com a Moviter para a expansão da LS no mercado europeu: “A Moviter foi o nosso primeiro parceiro europeu e ajudou-nos a compreender as especificidades deste mercado. Graças a esta colaboração, alcançámos rapidamente sucesso e adaptámos os
No dia 15 de junho, o Monte Real Hotel, em Leiria, foi palco da comemoração dos 20 anos de parceria entre a Moviter e a LS (2004-2024). O evento contou com a presença de 115 convidados, incluindo o Presidente da LS Tractors, os responsáveis da Moviter e a rede de concessionários em Portugal. Durante a celebração, foram apresentados três novos modelos que marcam a entrada da marca no segmento entre os 70 e os 100 cv.
“Quero agradecer à Moviter e à rede de concessionários em Portugal”, Sang-min Lee, Presidente da LS Tractors
nossos tratores. Se hoje a LS tem tratores adaptados ao mercado europeu, também o deve à Moviter”, explicou.
Futuro: tratores “pequenos”
e elétricos
Sang-min Lee também abordou a estratégia para o futuro da LS: “Não somos o maior fabricante de tratores do mundo, nem nos focamos em tratores de elevada potência. No entanto, creio que somos muito bons em tratores até aos 100 cv. Pensamos que o futuro passa por dois caminhos: na eletrificação, e nos trabalhos de campo feitos por um “enxame” de tratores autónomos comandados por um trator operado por um humano. Já temos ambas as soluções em operação na Coreia, mas aguardamos pela regulamentação europeia para que estas soluções possam operar aqui também.”
Sang-min Lee, Presidente da LS Tractors e Catarina Vieira, Administração da Movicortes/ Moviter
Para encerrar, o Presidente anunciou novidades: “Este ano iniciaremos a comercialização de um trator de 140 cv na Coreia, que deverá chegar à Europa em pouco tempo. Iremos também proceder à abertura do armazém e do centro de apoio técnico na Europa, nos próximos anos”.
Catarina Vieira, Administração da Movicortes, agradeceu à LS a confiança que sempre depositou na Moviter que, apoiada pela qualidade do produto LS e pela organização da empresa, construiu 20 anos de história que “nos permite preparar para o futuro”. Agradecimento que estendeu a toda a equipa da Moviter, clientes e parceiros com quem mantêm uma relação de trabalho e de amizade de longos anos.
À esquerda o XU, ao centro o MT.7 e à direita
Novos tratores
Os três novos modelos situam-se na gama entre os 70 e os 100 cv de tratores cabinados, um segmento que tem vindo a aumentar a sua quota no mercado português. Já disponíveis para encomenda, as primeiras unidades deverão chegar no início de 2025.
O trator LS XU está equipado com um motor LS MTRON L4CRV – Stage V, com 4 cilindros turbodiesel com intercooler e 68 cv, e um depósito de combustível de 80 litros. A transmissão oferece opções de caixa 16x16 (mecânica) ou 32x32 (inversor hidráulico). A TDF possui 3 velocidades: 540, 540E, 1000 rpm, com embraiagem independente e electrohidráulica. Em termos hidráulicos, o trator tem engates de categoria II, 6 saídas externas, bomba hidráulica de 37 litros, e 4 saídas ventrais com joystick. A cabine é equipada com ar condicionado e rádio. Os pneus disponíveis são 11.2R20 –14.9R28 e 280/85R20 – 380/85R28.
LS MT.5
O MT.5 equipa com o mesmo motor LS MTRON L4CRV – Stage V, com 4 cilindros turbodiesel com intercooler e 73 cv, e um depósito de combustível de 100 litros. A transmissão oferece caixas 12x12 (mecânica) e 24x24 (inversor hidráulico). A TDF tem 3 velocidades: 540, 540E, 1000 rpm, com embraiagem independente e electrohidráulica. O sistema hidráulico inclui engates de categoria II, 6 saídas externas, bomba hidráulica de 50 litros, e 4 saídas ventrais com joystick. A cabine é equipada com ar condicionado, rádio e banco com suspensão pneumática. Os pneus disponíveis são 32/70R20 – 420/70R28 e 360/70R20 – 420/70R30.
LS MT.7
O MT.7 passa a ser o modelo mais potente da LS e marca a entrada no segmento acima dos 100 cv. Equipa com um motor FPT – Stage V, 4 cilindros turbodiesel com intercooler e 101 cv, e um depósito de combustível de 115 litros. Possui transmissão com caixas 20x20 (mecânica) e 40x40 (inversor hidráulico). A TDF tem 3 velocidades: 540, 540E, 1000 rpm, com embraiagem independente e electro-hidráulica. O sistema hidráulico inclui engates de categoria II, 6 ou 8 saídas externas, bomba hidráulica de 55 litros, e 4 saídas ventrais com joystick. A cabine oferece ar condicionado, rádio, banco com suspensão pneumática e é homologada para dois lugares. As medidas de pneus disponíveis são 380/70R24 –480/70R34 e 380/70R20 – 480/70R30.
DEMO DAY RUBROPROD
A Rubroprod, empresa especializada na comercialização e assistência técnica de equipamentos agrícolas, realizou no início de junho um dia de demonstração na propriedade de Antero, Alexandre e Pedro Vicente –Grupo AAP, em Cortiçóis, Almeirim. O evento contou com cerca de 100 participantes, incluindo produtores, industriais, retalhistas e outros parceiros do setor agrícola.
Oobjetivo foi apresentar ao mercado português as colhedoras automotrizes de quatro linhas da Dewulf em operação e o funcionamento da linha de processamento de batatas KMK. O dia começou com a demonstração das máquinas de colheita em campo, seguidas pelo funcionamento da linha KMK, que realizou o embalamento em big bags e o carregamento dos camiões.
Kwatro
A Kwatro que esteve presente no evento é a primeira da sua gama a chegar ao país. Com um motor Scania DC13 Stage IV de 500 cv, colhe quatro ou duas linhas de 75 ou 80 cm e possui um bunker de 15 toneladas, permitindo encher em apenas 15 minutos, segundo Pedro Batalha, Gerente da Rubroprod.
Em cima a Kwatro e à direita a R3060 em demonstração de trabalho
A máquina distingue-se pelos rastos à frente, que oferecem maior tração e menos compactação, possibilitando o trabalho em terrenos húmidos. A roda traseira direcional e o sistema de rastos assistido tornam-na manobrável em cabeceiras apertadas, com a menor pressão sobre o solo por cm², do mercado. Equipada com controlo automático de profundidade (ADC) e alinhamento automático das linhas (DAS), a Kwatro minimiza perdas de batatas e evita erros do operador. Pode colher
a velocidades superiores a 9 km/h e é operada facilmente através de um joystick, com pedais para dirigir os rastos e controlar a inclinação. A cabine, de fabrico CLAAS, oferece ampla visibilidade e conforto. A Kwatro pode colher batata, cenoura e cebola com os mesmos tapetes, sem necessidade de alterações.
R3060
Uma máquina a trabalhar em Portugal há mais tempo do que a Kwatro e que chama a atenção pelo seu
design: a roda direcional dianteira é suportada apenas por um braço. Esta é uma máquina que colhe duas linhas (2x75 cm ou 2x80 cm), de rodas, com mesa de escolha para pré-seleção da colheita. Tem na versatilidade um dos seus pontos fortes, pois tanto pode colher batata para fresco como para indústria. O bunker tem capacidade para 7 toneladas.
Linha de embalamento KMK
A linha de embalamento KMK é ideal para complementar máquinas como a Kwatro, sem mesa de escolha, permitindo que apenas o operador trabalhe na máquina enquanto a escolha e limpeza são realizadas no pavilhão, aumentando a eficiência e produtividade.
Pedro Batalha, Gerente da Rubroprod, destacou que “em Portugal ainda se processam as batatas no campo, o que reduz a velocidade das colhedoras e exige muita mão de obra em condições adversas, resultando em menor qualidade e rentabilidade do produto. Com esta linha, fazemos tudo melhor, mais rápido e com menos pessoas.”
A linha em demonstração no evento faz transporte e embalamento em big bags. Tem quatro estações de enchimento, de forma a conseguir obter um rendimento por hora bastante alto.
Mais rápido e com maior conforto
Desde 1977, a família Vicente tem-se dedicado à agricultura. Em 2000, iniciaram a cultura da batata, e em 2009, Pedro Vicente juntou-se ao pai e ao irmão Alexandre no setor, cultivando batata e cenoura. No final de 2023, decidiram modernizar os processos de colheita, abandonando a colhedora com mesa de escolha. Investiram numa Kwatro de quatro linhas e numa linha de transporte e embalamento. “Fazíamos todas as cargas no campo com as pessoas a trabalharem dentro da máquina. Percebemos que não era eficiente. Trazendo o processo para o hangar com uma linha de embalamento, conseguimos melhores resultados na velocidade e na qualidade do produto final. Processámos 14 camiões frigoríficos em 12 horas,” explicou Pedro Vicente.
A Kwatro já colheu parcelas de cenoura e agora está a colher batata para a indústria. No inverno, será testada para batata fresca. “É uma máquina muito mais rápida, com grande rendimento e agilidade na colheita,” concluiu Pedro Vicente.
“
Jacek Wilczyński
da esq. para a dir: João Rosário, Antero Vicente, Pedro Vicente e Alexandre Vicente
Jens Clement, Pedro Batalha, Antero Vicente, Alexandre Vicente, Pedro Vicente, João Batalha, e Wouter Hoogerland
Jens Clement
Responsável Comercial
Dewulf
A Kwatro e a R3060, adaptam-se na perfeição às características do mercado português. Garantir a qualidade da colheita e altos rendimentos por hora são as duas coisas que nos pedem aqui e que, ano após ano, produto a produto, em conjunto com a Rubroprod, temos vindo a entregar. Já trabalhamos com a Rubroprod desde 2009 e a nossa parceria é bastante positiva. É também por isso que aqui estamos hoje: para retribuir à Rubroprod o apoio que nos dão.
Responsável Comercial pelo mercado português da KMK
A parceria com a Rubroprod tem sido bastante positiva. Tem excelentes profissionais, e a atitude da empresa é semelhante à nossa: saber o que é ser agricultor e, por isso, fornecer um serviço de qualidade acrescentada. O mercado português tem um grande potencial para nós. Estamos apenas no início, mas, em conjunto com a Rubroprod, vemos muitas possibilidades de crescimento.
GRÉGOIRE GDAY
2024: TRACTOMOZ ACOLHE EVENTO MUNDIAL DA MARCA FRANCESA
A segunda edição do GDay da Grégoire realizou-se no Alentejo, em Estremoz, reunindo mais de 300 participantes de todo o mundo. O evento destacou-se pela apresentação da nova GX10, topo de gama da marca, ideal para culturas como olival e amendoal.
Os participantes tiveram a oportunidade de visitar sete estações de trabalho. A primeira abordou a origem e a história da Grégoire. A segunda focou-se nas peças originais da marca. A terceira explorou novas tecnologias, especialmente na formação de operadores. Na quarta estação, estavam expostos todos os equipamentos da Grégoire. A quinta estação centrou-se na produção de frutos secos, com especialistas em amendoal e olival. Houve também uma estação dedicada à cortiça, onde representantes da Amorim apresentaram novas tecnologias no setor. Por fim, na zona da vinha, houve uma demonstração do robô agrícola Bakus, fabricado pela Vitibot, parte do mesmo grupo da Grégoire.
Tempo de qualidade com o cliente
Christophe Baron, Diretor de Comunicação da Grégoire, afirmou: “Queremos realizar este evento a cada dois anos, sempre num país diferente. Iniciámos em 2022 em França e, agora, estamos em Portugal. Decidimos substituir a nossa presença em feiras por eventos próprios da marca, pois criamos um contacto de maior qualidade com o cliente. Conseguimos explicar de uma forma mais aprofundada, com mais calma e menos distrações, as nossas soluções, que são bastante vastas. Ao nível do produto, a GX10 é a principal atração desta edição. Temos uma grande expectativa nesta máquina para o mercado português. A GT1, modelo rebocado que não está presente no GDay, também promete ser competitiva nas vinhas portuguesas. Ficámos muito contentes com a forma como o evento decorreu. A Tractomoz foi um parceiro de valor, com um grande envolvimento na organização do mesmo.”
Aumentar a quota de mercado
Pedro Zacarias, Diretor Comercial da Tractomoz, comentou: “O Grupo Tractomoz é o importador oficial da Grégoire para a zona sul de Portugal – a Torremarco trabalha a zona norte. Neste GDay, a Grégoire convida todos os seus clientes e distribuidores do globo a estarem presentes. Este ano, fruto da parceria com a Tractomoz e do lançamento de um produto com muito potencial para o mercado português - a GX10 -, realizou-se em Estremoz. O nosso intuito é ajudar a realizar um dia diferenciador e também impulsionar esta marca no nosso mercado. A Grégoire é uma referência na Europa e em algumas partes do mundo, e queremos que a sua implementação em Portugal aumente. Nesse sentido, temos feito um esforço significativo para prestar o melhor serviço ao cliente. Nos últimos dois anos, fomos duas vezes à fábrica levando 14 elementos da nossa equipa comercial. Queremos que toda a equipa tenha o mesmo nível de conhecimento, porque temos uma área abrangente que inclui o Oeste, Ribatejo e toda a Zona Sul de Portugal.”
Topo de gama talhado para Portugal
A GX10, lançada em 2023, é o maior modelo da Grégoire, concebido para a colheita de amêndoas, azeitonas e pistácios. Equipado com duas tremonhas de 2800 litros e com um comprimento total de 5,20 m, a GX10 é completamente estanque. É também a única máquina do mercado com um sistema de descasque que retira a primeira pele das amêndoas. Este equipamento destaca-se pelo design inovador, que minimiza as perdas durante a colheita e otimiza o rendimento, tornando-se assim uma solução diferenciadora face à concorrência.
A máquina de melhor desempenho da gama agrícola Dieci apresenta as vantagens mecatrónicas da transmissão HVT1: uma transmissão hidromecânica Power Split de variação automática contínua da velocidade. Assim nasceu o Agri Max Power X2.
Pela primeira vez no mundo, um manipulador telescópico monta esta inovadora transmissão, única no género.
Graças à parceria com a Dana Inc., a Dieci satisfaz o desejo de versatilidade dos agricultores e oferece uma máquina de alto desempenho como um trator, tanto em velocidade como em tração, superando os limites típicos do sobreaquecimento.
+ 351 969 149 357 geral@dieciportugal.pt
Zona Industrial Monte da Barca, Lote nº54. 2100-051 Coruche
BONS EQUIPAMENTOS
A Olivepereira, situada em Barcelos, é uma exploração agropecuária, centrada na produção de leite e de forragens para animais. Com um parque de máquinas invejável, onde se destacam diversas soluções da Herculano, esta aposta espelha a busca incessante pela eficiência e pelo controlo de custos de produção que os proprietários seguem com rigor.
Por Rui Reis
Situada em Minhotães, povoação do Município de Barcelos, a Olivepereira é uma exploração agro-pecuária gerida pelos irmãos Jorge e Paulo Oliveira. Criada no final da década de 70 pelo pai dos atuais proprietários, a empresa, que só foi constituída como tal em 2000, tem passado por profundas alterações ao longo das últimas décadas. Em 2011 foram construídas duas naves adicionais e, já em 2019, assistiu a uma remodelação (ou revolução) generalizada. Tendo na produção de leite a sua principal atividade, a Olivepereira possui um total de 520 animais, sendo que, nesta altura, estão cerca de 225 em lactação. A ordenha é feita em carrossel, quase sempre ao final da tarde. Para alimentar o gado (e vender o excedente de milho em grão), a Olivepereira explora cerca de 75 hectares de milho (ou erva, quando é a época) e 18
Paulo Oliveira, Sócio-Gerente da
A preocupação com o controlo dos custos de produção é uma constante na Olivepereira. A aposta em máquinas de qualidade faz parte desta estratégia
hectares de luzerna. Em relação à silagem, esta é feita internamente, nos silos construídos para o efeito e que se encontram no interior da exploração. O unifeed é composto, maioritariamente, por forragem como o milho, a luzerna e o azevém e também por concentrado. Segundo Paulo Oliveira, “trabalhamos com 3,5 kg de ração, bem menos do que algumas das outras 9 vacarias na zona. Essa é, desde logo, uma vantagem competitiva”, aponta o nosso anfitrião.
Aposta no parque de máquinas
Mas a gestão imposta pelos irmãos Oliveira é inovadora em vários outros aspetos, a começar desde logo pela mentalidade adotada e pelo parque de máquinas, com uma aposta clara em produtos de qualidade e com destaque para as soluções da Herculano. Para Paulo Oliveira, “nós não conseguimos controlar o preço de venda, que irá sempre oscilar, mas podemos (e devemos) baixar os custos de produção, otimizar recursos e monitorizar em permanência as possíveis perdas de eficiência para as eliminar ou, pelo menos, reduzir. Só assim conseguimos aumentar as nossas margens e
A OLIVEPEREIRA NÃO RECORRE A PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, APOSTANDO ANTES EM MÁQUINAS E OPERADORES PRÓPRIOS
As cisternas são todas Herculano, modelos CH 22000 RG e CH 20000 tornar a exploração realmente rentável”. Mesmo a debater-se com o problema da falta de mão de obra (na empresa há quatro operadores de máquinas: os dois irmãos e dois funcionários), a Olivepereira não recorre a prestação de serviços. “Tudo é feito em casa e com máquinas próprias. Apostamos sempre em maquinaria e alfaias de qualidade e com a adição de alguns elementos tecnológicos. É mais barato recorrer à prestação de serviços? Sim, sabe-
Dir. p/ esq.: Rui Leite, da Herculano, João Ribeiro, Gerente da Reptractor, e Carlos Araújo, seguidos da alargada “família” da Olivepereira, incluindo os membros mais novos, já da 3ª geração, que irão dar continuidade ao negócio
mos que é, mas nós trabalhamos com janelas de oportunidade muito pequenas, e que são comuns a outras explorações das redondezas, e os prestadores de serviços não conseguem dar vazão. Preferimos sermos nós a controlar todo o processo e recorrer às soluções que temos no seio da própria empresa”.
Daí a aposta da Olivepereira num parque de máquinas que inclui, entre outros, nove tratores (dois deles Kubota), três monocoques Herculano (HMB 18000 RG), um espalhador de estrume (HAP12) e duas cisternas também da Herculano (CH 22000 RG e a CH 20000), tudo máquinas comercializadas e assistidas pela Reptractor. Uma curiosidade são os dois tratores International, com quase cinco décadas, que ainda são utilizados diariamente nas vacarias, “um para encostar comida e outro para limpar o chão”.
Soluções modernas e fiáveis
Para Paulo Oliveira, este investimento significativo em máquinas e tecnologia é mais uma forma de contornar a falta de pessoal, de tentar otimizar os recursos disponíveis e o tempo. “Tivemos mesmo de apostar em máquinas boas, grandes e tecnologicamente evoluídas. Temos falta de pessoas e de tempo, se pudermos fazer tudo com uma máquina e numa só passagem, melhor”. E porquê a Herculano? “Esta relação com a Reptractor e com a marca Herculano, já vem dos tempos do meu pai, mas ganhou um novo
João Ribeiro, Gerente da Reptractor: “A Reptractor tem uma forma de estar no setor muito própria. Nós trabalhamos com pessoas e para as pessoas. O que um cliente deste setor valoriza é a capacidade de encontrarmos soluções à medida das suas necessidades e de dar resposta no pós-venda. Valorizam a máquina em si, claro, e neste caso é evidente a relação de proximidade com a Herculano, mas acima de tudo a confiança que esta e a empresa que a comercializa transmitem. No caso desta exploração em particular, os proprietários são extremamente profissionais e procuram soluções à medida das suas exigências e essa é a confiança que lhes tentamos transmitir. Não só nas soluções técnicas e tecnológicas que lhes propomos, mas também numa presença regular e num apoio permanente”.
ímpeto comigo e com o meu irmão. Como referi, nós valorizamos acima de tudo a qualidade e a fiabilidade. Por isso optámos por uma marca que, na minha opinião, oferece a melhor relação preço/qualidade do mercado. Além disso, nós só compramos máquinas novas, até para usufruir dos períodos de garantia, de condições de financiamento mais favoráveis e da certeza de que estamos sempre atualizados em termos de tecnologia, mas queremos uma assistência pronta e um apoio permanente. Essa é outra das vantagens de trabalhar com uma marca portuguesa como a Herculano e com um representante como a Reptractor, é que eles ouvem o cliente, estão atentos às suas necessidades e podem adotar rapidamente soluções que vão ao encontro das mesmas. Eu, por exemplo, recebo muitas visitas deles para saber se está tudo bem. Isto é reconfortante e dá-nos uma garantia de proximidade. Já tivemos cisternas de outras marcas, mas agora estamos plenamente satisfeitos com a qualidade geral da nova CH de 22 000 litros e a de 20 000 litros”.
A Olivepereira apostou numa grade de discos Herculano HVRP 44 e está plenamente satisfeita com a escolha pelos ganhos de tempo que proporciona
A OLIVEPEREIRA TEM
225 ANIMAIS EM LACTAÇÃO E ACHAMOS QUE É O LIMITE PARA UMA EXPLORAÇÃO
COMO A QUE IDEALIZÁMOS
Estas são cisternas com eixos autodirecionais e já com inversor hidráulico na bomba. Além disso, contam com lança com suspensão de mola, regulável em altura, com argolão flangeado giratório Scharmuller®, porta traseira autoclave para limpeza e anteparas interiores anti balanço.
Grade de discos HVRP 44 e monocoques
A grade de discos da Herculano é um bom exemplo do mindset desta empresa. “Há quem diga que somos doidos e que é demasiado para esta área e morfologia, mas eu tenho aquela grade há quatro anos e consigo fazer tudo com uma só passagem, enquanto com outra teria de fazer duas ou três, com prejuízo de tempo”, acrescenta Paulo Oliveira. A grade de discos referida é uma Herculano HVRP 44, com cinco metros de largura de trabalho (2550 mm de largura de transporte), 16 chumaceiras e 44 discos. Esta é uma grade que pesa cinco toneladas e que se adequa a tratores com 210 cv ou mais. Esta busca incessante pelos ganhos em eficiência levaram mesmo a Olivepereira a adquirir um
A empresa de Barcelos dispõe de três monocoques da Herculano, uma escolha baseada na relação qualidade/preço que reconhece à marca portuguesa
A relação da Olivepereira com a Reptractor já vem de há vários anos, mas intensificouse com a aposta da empresa num parque de máquinas mais robusto e atualizado
sistema de Condução Inteligente. “A direito todos sabem trabalhar, mas eu queria minimizar a perda de grão (milho) nas cabeceiras e em curva, daí termos adquirido uma solução tecnológica que, mais uma vez, melhora a nossa eficiência e aumenta a rentabilidade por hectare”.
Já em relação aos monocoques HMB 18 000 RG (existe ainda um HMB 18 bastante mais antigo), Paulo Oliveira destaca, mais uma vez, a qualidade geral e a capacidade de transporte que pode variar
COMO CONTROLAR 900 HECTARES DE REGA GOTA A GOTA NO TERRENO?
Empresa nascida no seio de uma família que há cinco gerações está ligada à agricultura, a Casa Relvas possui, atualmente, extensas áreas de vinhas, olival e, mais recentemente, amendoal. A estes podemos acrescentar a pecuária (ovinos) e a criação de cavalos de desporto. Com tamanha diversidade de setores de atividade, os ATV Yamaha acabaram por ganhar protagonismo no dia a dia da empresa. A revista abolsamia veio perceber onde são utilizados e qual a sua importância.
Por Rui Reis
Fotografia Carlos Ferreira
Há cinco gerações que a família Relvas está envolvida na agricultura, embora só em 1997 se tenha instalado no Alentejo, mais concretamente em São Miguel de Machede, no Redondo. “Somos uma empresa familiar que está ligada ao setor agrícola há cinco gerações. Em 1997, iniciámos este projeto aqui na Herdade de São Miguel e, em 2001, plantámos os primeiros 10ha de vinha. Fomos crescendo e, com 300ha plantados e
8 milhões de garrafas produzidas, somos hoje, no setor vitivinícola, um dos principais players do Alentejo”. As palavras são de Alexandre Relvas, Diretor Geral do Grupo Casa Relvas, e expressam a importância que a empresa adquiriu nesta área de atividade. Mas esta não é a única onde a Casa Relvas está apostada em vencer. “Mais tarde entrámos no setor oleico e hoje temos 350ha de olival e um lagar próprio na Vidigueira. Mais recentemente, há cerca de dois anos, plantámos o primeiro amendoal e, quando atingirmos a velocidade de cruzeiro, queremos ter cerca de 300ha de área plantada. Em relação à vinha, a plantação é toda em sebe, enquanto no olival temos cerca de 40ha em copa e o restante em sebe. O amendoal é maioritariamente em sebe mas também temos em copa. Por fim, e rematando, a parte vegetal, ainda temos 1000ha de floresta espalhados pelas Herdades de São Miguel, da Pimenta, dos Pisões e da Alápega”
Do controlo da rega ao maneio das ovelhas Para além destes quatro setores de produção agrícola, a empre -
Os três veículos que estiveram presentes na Casa Relvas: o Viking e as Kodiak, 450 e 700
sa fez uma aposta recente na pecuária, com cerca de 1000 ovelhas, e na criação de cavalos. “Temos cerca de 9 ATV que de sempenham um papel preponderante no maneio das ovelhas, controlo de rega, e ajudam na manutenção das instalações dedicadas à criação de cavalos de desporto”. Quando questionado sobre o porquê da integração de ATV, e em particular sobre a aposta na Yamaha, nas atividades diárias da Casa Relvas, Alexandre Relvas é perentório, “os ATV têm um papel fundamental na nossa atividade. O controlo da rega gota a gota, e temos 900ha plantados nestas condições, é feito por colaboradores aos comandos de ATV. Obviamente que muito desse controlo é feito por meios informáticos, mas as idas ao terreno são feitas por ATV. Sempre que um setor está a regar, percorremos a dita parcela, em tempo real, para repararmos alguma falha ou alguma rutura que provoque um uso desnecessário de água e a reduzir a boa rega da planta. Entre maio e outubro temos 9 ATV a percorrer estas parcelas para garantirmos uma rega mais eficiente e sustentável. Além disso, na fase da colheita do olival em copa, também utilizamos os ATV para puxar as redes. Na pecuária, e como referi, além do maneio das ovelhas,
que vêm dormir todas as noites num ovil, também utilizamos os ATV para distribuição de rações e de fardos”. Para Alexandre Relvas a utilização dos ATV comporta algumas vantagens, “para mim, os principais argumentos deste veículo são a rapidez na deslocação, a forma como se move rapidamente de um local para o outro, a agilidade, já que são pequenos e leves e circulam com destreza entre as linhas e em locais quase inacessíveis, a facilidade de utilização e, por fim, a menor compactação do solo quando comparados com outros veículos”.
Fiabilidade é um atributo decisivo Com uma utilização muito intensa anualmente, que deverá rondar um total de 8 mil horas no conjunto dos ATV, a fiabilidade ganha, naturalmente, uma importância acrescida. “A aposta da Casa Relvas na Yamaha prende-se com o facto de poderem ser matriculados e circularem livremente entre as herdades sem necessidade de serem transportadas, mas, acima de tudo, pela fiabilidade dos componen-
situações
tes e pela excelente relação qualidade/preço. Não são as mais baratas, nem as mais caras, mas são das mais fiáveis. Outro argumento é a assistência pós-venda e o apoio permanente do concessionário local (Motévora). Nós utilizamos os ATV para trabalhar, não é para lazer. Não podemos ter, durante a campanha da azeitona, um ATV parado durante quatro ou
Gestão de parque de máquinas
cinco dias à espera de assistência. Daí darmos tanta importância à fiabilidade e ao apoio pós-venda”
Pelas razões já apontadas, Alexandre Relvas, decidiu incorporar os ATV nas atividades agrícolas da empresa quase desde o início. “Temos ATV na Casa Relvas desde 1998. À medida que as explorações foram crescendo, o número de veículos, obviamente, também foi aumentando. Uma das nossas preocupações desde que decidimos adotar os ATV foi com a segurança dos operadores. Tentamos que cumpram sempre as regras de segurança e damos formação nesse sentido, até com algum apoio da Yamaha. O ATV é muito fácil de manobrar e uma excelente ferramenta de trabalho, mas se for mal utilizado pode ser perigoso”.
uma faceta que não descuramos e que também contribui para a maior durabilidade das máquinas”.
Experimentámos o Viking em trabalho de distribuição de tacos e de fardos
Cada vez mais sofisticadas e resistentes Voltando à questão da fiabilidade e da evolução tecnológica, Alexandre Relvas enaltece as melhorias na refrigeração dos motores. “A evolução na refrigeração dos motores é espantosa. Estamos a falar de veículos que andam, durante a campanha de rega, a 6/7 km/h durante várias horas seguidas e muitas vezes sob um calor intenso e com imenso pó. Nós temos atenção ao desgaste dos componentes e às manutenções preventivas. Na Vidigueira temos mecânico próprio e aqui, na Herdade de São Miguel, recorremos à assistência da Motévora, por isso esta é
Modelos pequenos e ágeis
O representante da Casa Relvas, e filho do fundador, não esconde a sua preferência pelos modelos “utilitários” da Yamaha. “Neste momento temos Kodiak 450 e 700, mas eu prefiro os modelos mais pequenos para o tipo de tarefa para as quais os utilizamos. As 450 gastam menos e são mais leves e ágeis, sendo a solução ideal para o trabalho junto da rega gota a gota e para a utilização quotidiana. As 700 são mais versáteis para rebocar alfaias, como a que utilizamos para alisar o picadeiro dos cavalos, e as redes na campanha da azeitona. Ambos os modelos são capazes de rebocar até 600 kg, mas, obviamente, a versão 700 tem mais potência e binário”.
Por falar em alfaias ou outros implementos montados nos ATV, e tendo a Casa Relvas a dimensão que tem, o seu recurso resume-se, quase só, ao referido alisamento do picadeiro e à barra para aplicação de herbicida quando a terra não dá piso aos tratores, “nós utilizamos pulverizadores com depósitos de 1000 litros e os ATV não se destinam a esse fim, mas acredito que em explorações mais pequenas e em situações específicas possam ser muito úteis. O que importa reter é que, no tipo de utilização que lhes damos, os ATV têm imensas vantagens. E tanto assim é que estamos a pensar em comprar, brevemente, mais uns quantos. E esta parceria com a Yamaha tem sido uma relação verdadeiramente vencedora para ambas as partes. A marca vende ATV e vai adquirindo know how nesta área e nós temos contado com o apoio da Yamaha em diferentes situações, até para apagar alguns “fogos” quando precisamos”.
UTV é uma opção a considerar
Tendo tido oportunidade de ensaiar um UTV Yamaha Viking 700 4x4, uma máquina com uma configuração de 3 lugares e uma caixa de carga rebatível de tamanho de palete standard Euro com uma capacidade de carga de 272 kg, Alexandre Relvas considerou que esta também podia ser uma opção a considerar, “considero que este Viking, até pela maior lotação e pela caixa de carga, pode ser uma boa opção em determinadas tarefas. Para fazer o trabalho dos ATV não porque é um veículo mais largo e tem mais dificuldades em manobrar no fim da linha e mesmo entre linhas, mas para a alimentação animal, reboque ou transporte, pode ser uma boa adição. Agora tenho de saber o preço que me fazem...” afirma Alexandre Relvas com inegável boa disposição.
Yamaha enaltece esta parceria
Aproveitando a presença de um responsável da Yamaha, aproveitámos para o questionar sobre a importância desta parceria com a Casa Relvas. Para Vicente Gomes da Silva, responsável pela área de negócio dos ATV e UTV na Yamaha Portugal, “a Casa Relvas é um exemplo de empreendedorismo e, não só isso, tem apostado em áreas de cultivo e atuação que, para nós Yamaha, são muito importantes, como é o caso do olival e da vinha, mas, também, o amendoal e até a pecuária e a criação de cavalos. Para nós, para além do enorme orgulho de sermos a marca eleita por uma empresa desta dimensão, é muito importante por conseguirmos passar o exemplo aos nossos clientes e para ganharmos experiência numa área de negócio relativamente recente para a marca, mas que já começa a ganhar algum peso. Outro dado importante é perceber, in loco, a importância que o serviço pós-venda tem para este tipo de cliente e de que forma uma boa assistência serve para fidelizar o cliente. As Yamaha têm uma grande reputação de fiabilidade, mas nestas condições extremas há sempre um ou outro problema. Aqui a questão é se temos capacidade de resposta para solucionar a tempo e horas. Para isso, também temos feito um grande trabalho de sensibilização da nossa rede para este tipo de proatividade, como aquele que vemos aqui no concessionário de Évora. Por fim, a oportunidade de trazer ao “terreno” uma alargada gama de soluções, tanto nos ATV (com os Kodiak 450 e 700) e nos UTV (com o Viking), como nas alfaias e implementos, permite-nos obter o feedback dos clientes, avaliar as suas necessidades e até criar soluções à medida com fabricantes deste tipo de soluções destinadas ao setor agrícola e pecuário. Em resumo, como dizia o Alexandre Relvas, e bem, esta é uma parceria win-win em que todos saímos mesmo a ganhar.”
A UTILIZAÇÃO DE OZONO NA QUINTA DA RIBEIRINHA PARTE 1
UM CASO DE UTILIZAÇÃO DO OZONO NO TRATAMENTO DA VINHA E HORTÍCOLAS
Joaquim Cândido, viticultor e médico neurologista, lidera um projeto inovador na Quinta da Ribeirinha, na Póvoa de Santarém, onde se está a explorar o uso de ozono na proteção das culturas agrícolas. Neste artigo, apresentamos a primeira parte desta experiência, com os resultados a serem divulgados na edição de outubro da abolsamia.
Por Sebastião Marques
Com um total de 90 hectares, a Quinta da Ribeirinha é composta por 55 hectares de vinha, dos quais 25 são dedicados à produção biológica e os restantes à proteção integrada. Além das vinhas, a quinta possui olival e pinheiro-manso. Mais recentemente, Joaquim Cândido decidiu experimentar a produção de hortícolas entre as linhas da vinha, numa tentativa de aumentar o rendimento por hectare sem sacrificar as videiras existentes.
A aplicação de ozono mostrou-se eficaz na redução da carga de patógenos, mas a sua eficácia depende da correta aplicação e controlo das concentrações
O desafio das doenças na agricultura
Com a sua experiência médica, Joaquim Cândido tem uma compreensão única das doenças das vinhas, comparando-as com as infeções hospitalares que desenvolvem resistências aos antibióticos. “A minha experiência hospitalar tem muita ligação a este interesse, porque vivi uma experiência idêntica nos hospitais, onde as infeções e as resistências aos novos antibióticos são uma realidade. Na vinha foi exatamente igual. Esta não é uma crítica à indústria química nem farmacêutica, pois são essenciais na investigação e desenvolvimento de novos produtos. O desenvolvimento científico é completamente necessário. Aquilo que defendo é que deve haver maior investigação sobre o que estamos e como estamos a aplicar. Não basta aplicar, por exemplo, um antifúngico numa vinha, é preciso saber qual é o impacto que vai ter no ecossistema. Sabemos bastante sobre a eficácia dos produtos, mas pouco sobre o seu impacto”, explicou.
QUEM É JOAQUIM CÂNDIDO?
Joaquim Cândido é um nome bem conhecido no mundo da neurologia, tendo trabalhado durante 30 anos no Hospital de São José, em Lisboa. Apesar da sua carreira médica, o doutor Cândido sempre manteve uma ligação profunda à agricultura, especialmente na Quinta da Ribeirinha, onde desde pequeno esteve envolvido no cultivo e na proteção das vinhas. Hoje a agricultura é a sua principal atividade, que desenvolve com os dois filhos mais velhos.
Dr. Joaquim Cândido
O PULVERIZADOR POR SISTEMA DE OZONO
A Quinta da Ribeirinha utiliza um pulverizador de 2000 litros equipado com uma máquina que ioniza a água, transformando o oxigénio em ozono. Esta água ozonizada é pulverizada nas plantas, matando os agentes patogénicos sem representar qualquer risco para o Homem. “É tecnologia portuguesa. A Stagric tem-nos dado o apoio do ponto de vista
A introdução do ozono
técnico, têm-nos acompanhado e ajudam-nos a ter a certeza que pulverizamos com ozono e não com água. São uma equipa muito capaz e avançada neste tema”. Além da sua aplicação em vinhas, a pulverização por sistema de Ozono tem obtido resultados muito positivos em hortícolas, tanto ao ar livre como em estufas, e revelou-se altamente eficaz em pomares.
O ozono, conhecido pelas suas propriedades desinfetantes, surgiu como uma solução promissora. Funciona de forma similar à lavagem das mãos na medicina – reduz significativamente a carga de fungos, vírus e bactérias, sem entrar no ciclo de vida dos patógenos. “Funciona como um desinfetante poderoso, mas transitório pois ao fim de meia hora regressa ao seu estado inicial. Ou seja, durante um determinado período é um poderoso antisséptico que destrói os agentes patogénicos pelo contacto. No entanto, sabemos que o míldio, por exemplo, é uma infeção intracelular, pelo que o ozono não irá curar uma vinha afetada, irá sim reduzir a sua carga e o seu desenvolvimento. O ozono funciona como lavar as mãos”, reforçou Joaquim Cândido. O USO DO OZONO NAS CULTURAS FUNCIONA
Produto
Resultados iniciais
Em 2023, a Quinta fez a primeira experiência com ozono em toda a vinha, beneficiando também as culturas de hortícolas plantadas entre as linhas de videiras. O resultado foi positivo – tanto a vinha quanto os hortícolas não apresentaram problemas de doenças, e não foi necessário utilizar outros antifúngicos. Joaquim Cândido partilha: “Foi um ano muito rico de aprendizagem, seja ao nível das doses de ozono, concentração, ou velocidade de trabalho do trator. Ao contrário da aplicação, por exemplo, de um antifúngico, em que basta uma aplicação para que o produto entre no ciclo da planta, no ozono é preciso maior insistência. Tal como lavar mãos, é preciso fazê-lo várias vezes, sendo consistente. As doenças das plantas não são todas iguais, em algumas basta uma pequena quantidade, noutras não. Neste momento, já existem estudos que nos mostram qual o tempo e a concentração de ozono que devemos utilizar. Funcionamos com um modelo científico. Tal como sabemos da medicina e da botânica, para matar determinada bactéria é preciso determinada concentração, seja do produto químico ou do ozono, e um determinado tempo de atuação. Apesar de já conhecermos bastante sobre a sua utilização, estamos ainda numa fase inicial, em especial em culturas como o olival. É por isso que formámos um centro de estudos, não só sobre o ozono, com a Escola Superior Agrária de Santarém. Queremos saber qual é o impacto do ozono no ecossistema. Na equipa estão três engenheiros agrónomos, eu, e a Escola Superior. Queremos também envolver a indústria, nomeadamente de máquinas agrícolas, para podermos ter esta tecnologia o mais adaptada possível ao contexto agrícola português. O ozono tem um potencial enorme e que pode e deve ser explorado”.
CUSTOS
“O trator tem um gasto idêntico a uma pulverização normal. Pulverizamos água, mas não temos o custo dos produtos fitofármacos. A velocidade de aplicação também é menor do que num produto químico clássico. Nesta fase ainda fazemos uma pulverização sistemática, mas a ideia é conseguirmos ser cada vez mais cirúrgicos. Ao pulverizador junta-se a máquina que ioniza a água, com o devido custo associado.”
Na entrelinha da vinha são produzidos diferentes tipos de hortícolas que também são tratados com ozono
Desafios e considerações
A aplicação de ozono exige consistência. Ao contrário dos produtos sistémicos que entram no ciclo da planta, o ozono precisa de ser aplicado repetidamente. Este ano, a Quinta fez nove aplicações de ozono, respeitando as condições de temperatura e humidade para evitar danos às plantas. “Nunca podemos aplicar com mais de 25 graus de temperatura. Assim, estando nós em Santarém, iniciamos os trabalhos de madrugada, não de noite para não aplicar com grandes humidades. Nas semanas mais quente não aplicámos. O que fomos sempre controlando foram as condições objetivas para desenvolvimento do míldio ou do oídio”, afirmou Joaquim Cândido.
Perspetivas para 2024
Para 2024, a vinha foi dividida em duas partes: uma tratada apenas com ozono e outra com biocidas “clássicos”. Até agora, a vinha tratada com ozono apresenta um bom aspeto, mas os resultados só serão conhecidos após a vindima. A Quinta também aumentou a área de hortícolas, aplicando ozono em metade das culturas.
O potencial do ozono
ERROS HABITUAIS NA APLICAÇÃO DE OZONO
“Temos de garantir que os níveis do ozono estão ativos. Quando isto não acontece corremos o risco de estar a pulverizar água ou uma concentração excessiva. A acidez ou a temperatura da água podem influenciar, pelo que o controlo é da maior importância.”
Além da sua aplicação em vinhas, a pulverização por sistema de ozono tem obtido resultados muito positivos em hortícolas, tanto ao ar livre como em estufas, e revelou-se altamente eficaz em pomares
A aplicação de ozono mostrou-se eficaz na redução da carga de patógenos, mas a sua eficácia depende da correta aplicação e controlo das concentrações. Além disso, o uso de ozono pode contribuir para a redução do número de tratamentos químicos, promovendo uma agricultura mais sustentável. “Não nos colocamos numa situação de ‘tudo ou nada’. É sempre de desconfiar quando aparece uma solução para tudo. Temos de olhar caso a caso, e temos de estar abertos para situações em que, não conseguindo controlar com o ozono, tenhamos que utilizar os produtos que estejam ao nosso alcance. Parece-nos que o ozono pode ser importante na redução do número de tratamentos e no alcançar do ‘resíduo zero’”, comentou Joaquim Cândido antes de concluir: “O
ponto fundamental está na qualidade do produto final - uvas, hortícolas, etc - que pode e deve ser analisado. Ainda não estamos na fase da análise da qualidade do vinho conseguido, mas sim do controlo das doenças e do efeito estimulante conseguido pela aplicação foliar do ozono. Temos em Portugal, devido ao clima seco, vantagens comparativas face a outros países como França ou Alemanha. Teremos de conseguir produtos finais diferentes e certificar analiticamente estes produtos tratados apenas com ozono. Queremos ter um produto produzido ao mesmo preço do convencional, mas com resíduo zero. Vamos ver quantos quilos por hectare conseguimos este ano.”
Na próxima edição, analisaremos os resultados obtidos nesta campanha. Acompanhem a revista abolsamia para conhecer os desenvolvimentos desta experiência inovadora na edição de outubro.
REBOQUE PLATAFORMA GALUCHO RPT
Um equipamento que estava em falta no portfólio da marca e que foi pensado para o transporte de fardos e palotes. Disponível em dois modelos, de dois eixos (1º giratório+2º fixo) ou de três eixos (1º giratório, 2º e 3º fixos), e massa máxima admissível de 18.000 a 24.000 kg.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
Por Sebastião Marques Fotografia Cátia Barbosa
Ocomprimento total é de 10m na versão de dois eixos e 12 na de três (caixa, 8 e 10m respetivamente). A largura é de 2,5m e a altura ao solo de 1,17m. Como opcionais a Galucho disponibiliza sarilhos de amarração, abas laterais para suporte de carga e pneus 385/65R22.5 (os standard são 435/50R19.5).
O RPT vem equipado de série com malhal frontal e traseiro amovível, depósito de água de 30 litros e caixa de ferramentas. Permite carga e descarga desacoplada do trator. Construção com boleia giratória de amplo ângulo de viragem.
OPCIONAIS
Sarilhos de Amarração
Abas Laterais para Suporte da Carga
PONTOS +
Maior versatilidade de utilização
Elevada manobrabilidade
Permite carga e descarga desacoplada do trator
VW AMAROK POSTA À PROVA POR QUEM SABE
Colocámos o novo Amarok V6 TDI Aventura à prova junto dos utilizadores mais exigentes, os profissionais que utilizam as pick-up para trabalhar e não apenas para efeitos de lazer. Venha descobrir como se saiu a proposta da VW neste desafio inédito.
Por Rui Reis
Éverdade que há muito as pick-ups, como esta nova VW Amarok, deixaram de ser apenas ferramentas de trabalho, assumindo sem preconceitos uma vocação de lazer e aburguesando-se ao ponto de “concorrerem” com alguns SUV topo de gama em requinte e soluções tecnológicas. Mas será que, apesar de mais refinado e sofisticada, o Amarok mantém, na sua essência, as aptidões laborais para a qual foi criado originalmente? Foi isso que a revista abolsamia tentou perceber de uma forma inovadora, “entregando-o” às mãos de quem realmente o usa no campo ou nas
O novo VW Amarok está mais comprido (5362mm), mas mais estreito. A carga útil máxima atinge agora os 1160 kg
suas explorações, servindo uma miríade de propósitos que vão dos mais óbvios, como transportar os proprietários e colaboradores, até aos menos habituais, como verificar o estado dos pivots, rebocar alguma alfaia, transportar sacos de ração... enfim, um sem número de tarefas de quem, como foi o caso, gere algumas das maiores vacarias de produção de leite do país.
Vale da Lama
A primeira paragem foi no Vale da Lama, uma exploração criada em 1988 e que produz silagens e
ESTE V6 TDI É UM PORTENTO DE FORÇA E DISPONIBILIDADE, COM IMENSO BINÁRIO E UMA RESPOSTA PRONTA
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS VW AMAROK
3.0 TDI V6
Preço desde:
57 159€ (c/IVA)
Preço desta unidade:
68 184€ (c/IVA)
Motor: Dianteiro, 6 cilindros em V com 2993cc; Potência máxima: 240 cv; Binário máximo: 600 Nm; Velocidade máxima: 180 km/h; Aceleração 0 a 100 km/h: 8,8 segundos; Tração: Integral 4Motion; Caixa de velocidades: Automática de 10 velocidades; Consumos médios: 10,1 l/100 km; Emissões de CO2: 266 g/ km; Dimensões: 5362 mm (comprimento), 1917 mm (largura), 1884 mm (altura) e 3270 mm (distância entreeixos); Peso: 2434 kg; Pneus: 275/45 R21”
O Amarok V6 TDI está disponível neste nível de equipamento Aventura e no mais “simples” Style, a opção certa para um utilizador profissional
forragens, mas, acima de tudo, leite. São praticamente 500 hectares de área agrícola (entre terras próprias e arrendadas) e 1100 vacas em ordenha, uma tarefa hercúlea a que o nosso anfitrião, Garry Anthony Mainprize, se entrega diariamente e, acrescentamos nós, apaixonadamente. Profundo conhecedor do setor e das máquinas com que trabalha diariamente, sejam os cinco tratores Fendt, as pás-carregadoras Volvo, ou qualquer outra, este inglês radicado em Portugal utiliza uma pick-up para as suas deslocações diárias, seja a título privado, nas visitas constantes às explorações ou até no controlo de cada um dos oito pivots de rega que utiliza. Exigente nas suas escolhas, valoriza, acima de tudo, a fiabilidade e o conforto de utilização, mas não esquece as aptidões todo-o-terreno e, como o próprio afirma, “um motor possante e com uma resposta pronta”. Antes mesmo de se sentar ao volante do Amarok, Garry elogiou o estilo agressivo, mas sofisticado do VW, a excelente altura ao solo (230 mm) e a capacidade de vau (800 mm). “Como o próprio nome da exploração (Vale da Lama) deixa antever, quando chove bastante, há zonas nesta região que ficam praticamente intransitáveis. Preciso de um carro com verdadeiras aptidões fora de estrada e uma boa capacidade de tração. Com os bons ângulos de ataque (29º), ventral (21º) e de saída (22º a 26º), não me parece que este Amarok tivesse problemas com os desafios que coloco habitualmente aos meus carros. Já estes pneus mais estradistas são excelentes para asfalto, mas aqui precisava de uns mais trialeiros”.
Já aos comandos do Amarok V6 TDI, Garry elogia o espaço, o conforto dos bancos e a qualidade geral. “Vê-se logo que é alemã pela qualidade geral e pelos acabamentos. A própria sensação de robustez é a prova de que a VW sabe o que faz”. E o motor? “Este V6 de 240 cv é um poço de força. Carregamos no acelerador e, apesar de refinado, responde logo com convicção. Confesso que gosto muito destes motores grandes e potentes”.
Após uma manhã a acompanhar Garry nas suas lides diárias, a conclusão foi favorável à pick-up alemã. “Gosto muito e seria, claramente, uma opção para mim. Acabei de trocar de carro, mas não excluo a possibilidade de adquirir um Amarok destes. Optaria por uma versão menos luxuosa, pois até mete dó entrar aqui cheio de pó ou de lama, mas é mesmo o meu estilo de carro”.
Nutrileite
No dia seguinte, e com o mesmo objetivo, rumámos a Rio Maior e a outra grande vacaria de produção de leite. Na Nutrileite, fomos recebidos por José da Silva Félix, o responsável desta empresa com 30 anos de atividade e que produz 3 milhões de litros de leite anualmente. Mais uma vez, a utilização de pick-up é imprescindível na rotina diária da Nutrileite, cumprindo as mais variadas tarefas, mas com enfoque na deslocação dos funcionários, na supervisão de tarefas, bem como no transporte de materiais. O Amarok voltou a impressionar pelo motor V6 e pela robustez, mas numa utilização mais profissional (na Nutrileite, as pick-up têm uma utilização quase 100% profissional), a quantidade de elementos de requinte e conforto não é, obviamente, tão valorizada. Para José Félix, “a cortina elétrica que cobre
A ROBUSTEZ E A QUALIDADE GERAL DESTA PICK-UP DA VW SÃO EVIDENTES DESDE OS PRIMEIROS QUILÓMETROS
José da Silva Félix
Os utilizadores profissionais valorizam a maior altura ao solo do Amarok (230 mm).
Já a “cortina” elétrica que cobre a zona de carga é dispensável
a zona de carga não nos faz falta porque rouba espaço útil. Sem este elemento conseguiríamos carregar uma euro-palete, mas assim (e a estrutura necessária à operação elétrica da cobertura) não dá. Outro detalhe que trocávamos eram as jantes de 21” com pneus de baixo perfil. Neste tipo de terreno e com a utilização que lhe daríamos, este conjunto jantes/ pneus iria sofrer um desgaste muito precoce”. Quando elucidado pela revista abolsamia sobre a existência de uma versão mais acessível (Style) e sem alguns dos elementos referidos, José Félix enalteceu essa possibilidade, até porque, como referiu, “esta pick-up tem algumas particularidades, como a carga útil máxima de 1,16 toneladas e a capacidade de 350 kg de carga estática no tejadilho. Nós valorizamos todas os atributos para trabalhar e a fiabilidade. A nossa preocupação é não ficarmos sem a pick-up numa altura em realmente precisamos dela, mas, se isso, acontecer valorizamos a assistência e a capacidade de resposta da marca para minimizar o tempo de paragem”.
TRACTOR OF THE YEAR 2025 PONTAPÉ DE SAÍDA EM MILÃO C
Numa edição que marca a introdução de duas novas categorias, são 21 os tratores, e 17 marcas em competição: Antonio Carraro, Case IH, CLAAS, Fendt, Ferrari, Hattat, JCB, Keestrack/Rigitrac, Landini, Lindner, Massey Ferguson, McCormick, New Holland, Steyr, TAFE, Valtra, Yanmar.
Por Sebastião Marques
om o evento “Let the Challenge Begin” começaram as seleções para a 26ª edição do Trator do Ano. O evento teve lugar em Milão, Itália, durante o mês de junho, onde os fabricantes apresentaram as suas candidaturas ao júri internacional constituído por 25 jornalistas europeus do qual a revista abolsamia faz parte, desde o início, em representação de Portugal.
Os trabalhos de avaliação, que incluem a experimentação em campo dos modelos candidatos, prolongam-se até outubro e a cerimónia de entrega dos prémios está marcada para dia 6 de novembro, na EIMA Internacional, a realizar-se em Bolonha.
TOTY COM 6 CATEGORIAS
Nos anos mais recentes, os tratores de alta potência ganharam espaço na agricultura europeia e os fabricantes têm-se posicionado no mercado com uma oferta forte nesse segmento.
Tal deu origem a um desafio. No TotY estávamos a avaliar tratores de média potência, abaixo dos 200 cv, juntamente com tratores de alta potência. Este panorama levou a uma das principais alterações.
CANDIDATOS NOS TRATORES, 4 NOS ROBÔS
A tendência dos últimos anos inverteu-se e é agora a categoria Best Utility (“Melhor Utilitário”) a que apresenta o maior número de candidatos, com seis tratores. Nas restantes, temos cinco candidatos. É também nos Utilitários que o secretismo é maior, já que existem dois embargos, ambos no Grupo AGCO. Foram também revelados os candidatos na nova categoria TotYBot.
A BKT e a organização do TotY renovaram por mais quatro anos o acordo de patrocínio. A marca de pneus originária da Índia continuará a ser o patrocinador oficial e exclusivo do TotY.
A categoria de Campo Aberto dá agora origem a duas categorias: TotY MidPower de 150 a 300 cv e TotY HighPower acima dos 300cv.
A par desta alteração, é também adicionada uma categoria inteiramente nova, TotYBot , destinada a distinguir os tratores autónomos. Além disso, nesta edição podem também ser candidatos tratores que já estejam no mercado e que se tenham candidatado ao prémio no ano anterior.
TOTY HIGHPOWER
Tratores acima de 300 cv
Reconhece o segmento dos tratores acima de 300 cv como essenciais na agricultura moderna. Este destaque sublinha a confiança da indústria em tratores de alta potência, enfatizando o seu papel no aumento da produtividade, da eficiência e da sustentabilidade.
MASSEY FERGUSON 9S.425
Candidato no TotY 2024 na antiga categoria de Campo Aberto, volta a concorrer este ano na categoria High Power. É atualmente o trator mais potente da marca, com 425 cv de potência. É construído em Beauvais, França.
Se o JCB Fastrac é o trator mais rápido desta edição, o Quadtrack é o mais potente. Com 778 cv, substitui o Xerion, vencedor da última edição, nesta categoria. Além dos cavalos, este trator destaca-se pela suspensão e o conceito utilizado nos rastos.
É de longe o trator mais rápido desta edição, atingindo os 70 km/h. De acordo com o fabricante, sem perder capacidade de tração. Tem 348 cv de potência máxima.
Também foi candidato no ano passado na categoria Campo Aberto. Tem 420 cv e muita tecnologia incorporada. Fabricado na Finlândia, tem como uma das suas particularidades o sistema TwinTrac, que exploraremos no teste em campo.
Um trator que fez a sua estreia na Península Ibérica em Portugal, na Demotour da New Holland 2023. Tem 340 cv de potência máxima e herda as funcionalidades, e o estilo, dos T7 HD.
CLAAS ARION 660
TOTY MIDPOWER
Tratores entre 150 e 300 cv
Posicionados entre os utilitários e os tratores mais potentes, os tratores desta categoria representam um equilíbrio entre potência, versatilidade e eficiência, estando destinados a uma grande variedade de operações. Passam a ser avaliados e reconhecidos numa categoria autónoma.
CASE IH PUMA 260 AFS CONNECT CVX DRIVE
Motor de 4 cilindros com funcionamento a baixo regime, posto de condução FendtOne e transmissão VarioDrive. São estes os traços de identidade do Fendt 620 Vario Dynamic Performance.
Em 2025 a CLAAS traz ao concurso o modelo mais recente da gama ARION. Capaz de atingir os 205 cv de potência, a capacidade de tração, derivada do baixo centro de gravidade e distância entre eixos, é apontada como um dos pontos fortes.
VALTRA N175 DIRECT
Transmissão CVT, motor que atinge os 201 cv de potência máxima com boost, e as possibilidades de customização (quase) infinitas do estúdio Unlimited tornam o N175 Direct um forte candidato nesta nova categoria.
Tem 240 cv de potência máxima e transmissão ZF de variação contínua. Destaca-se pela nova cabine, muito equipada e com o novo sistema de gestão de dados, e os sistemas automáticos de enchimento dos pneus a partir da cabine, e de lubrificação.
Com 281 cv de potência máxima e transmissão de variação contínua, o modelo de topo dos Puma destaca-se pela tecnologia que tem incorporada e por uma suspensão ‘smart’.
TOTY UTILITY
Tratores entre 70 e 150 cv
É uma categoria que se mantém, mas com parâmetros ligeiramente atualizados. Premeia os tratores utilitários, convencionais, vocacionados para multi-tarefas, com potência entre os 70 e os 150 cv, motor com no máximo 4 cilindros, e peso operacional máximo de 9.000 kg. Os tratores deste segmento desempenham um papel fundamental na agricultura de pequena escala e como máquinas de apoio em explorações de maior dimensão.
TAFE 7515
O terceiro maior construtor mundial de tratores apresenta-se pela primeira vez a concurso. O 7515, que já esteve na FNA, tem 74 cv de potência, no entanto, o ponto que maior curiosidade desperta é o ecossistema integrado para várias soluções de agricultura de precisão.
SOB EMBARGO
MASSEY FERGUSON
A designação e as características técnicas ainda estão sob reserva. O modelo proposto pela Massey Ferguson posiciona-se no segmento dos utilitários (entre os 70 e os 150 cv) e, para já, é tudo o que podemos adiantar.
HATTAT T4125
O motor FPT que debita 122 cv de potência é um dos poucos componentes que equipam o T4125 que não é produzido pela Hattat. Com um design ‘felino’, a marca turca apostou num trator simples e robusto para tentar vencer a categoria de melhor utilitário.
STEYR 4120 PLUS
O Plus, criado em 1967, é o modelo mais vendido de sempre da marca austríaca. Regressa agora e não apenas para assinalar as novas linhas da Steyr. Compacto, com 117 cv e uma transmissão powershuttle, promete ser um forte concorrente na categoria dos utilitários.
LINDNER LINTRAC 70 LDRIVE
Uma máquina simples, sem botões nem alavancas impercetíveis. Com 112 cv e transmissão CVT, este trator é construído na Áustria, numa fábrica onde 70% dos trabalhadores são agricultores (e utilizadores dos Lindner). Pensado para explorações pecuárias e/ou culturas instaladas em terrenos inclinados.
FENDT E107 VARIO
Para já apenas o nome e o aspeto exterior podem ser divulgados, mantendo-se o secretismo quanto às características técnicas do novo trator da marca de Marktoberdorf. Deixamos uma pista: o “e” no início do nome do trator…
TOTY SPECIALIZED
Tratores especializados acima de 40 cv
Os tratores destinados aos pomares, ao olival, ao amendoal, às vinhas e à agricultura de montanha continuam a ser premiados no âmbito desta categoria. Em contraste com os convencionais, possuem características próprias de um trator especializado e fornecem um nível de potência do motor acima de 40 cv.
ANTONIO CARRARO TONY 8900 TRG
Um trator concebido a pensar no mercado ibérico e que passou por Portugal durante a fase de testes. Destaca-se por ser reversível e contar com transmissão de variação contínua. Tem 74 cv de potência e atinge os 40 km/h.
YANMAR YT359 ROPS
O construtor japonês apresenta um trator simples, com motor de 4 cilindros e 60 cv, sem turbo nem AdBlue, mas com uma transmissão que, segundo os responsáveis da marca, tem as vantagens de uma powershift combinada com o conforto e conveniência de uma hidrostática.
LANDINI TREKKER4
O Trekker4 equipa com um motor Deutz que debita 122 cv de potência. Com plataforma plana e os novos controlos, destaca-se na sua categoria por ser o único concorrente de rastos.
KEESTRACK/RIGITRAC
B1E/ SKE 40
Desenvolvido na Suíça, este trator foi concebido para trabalhar em culturas especializadas, como pomares e vinhas, estufas e municípios ou espaços verdes. Diferente dos tratores elétricos “tradicionais”, tem 5 motores elétricos e atinge os 40 km/h.
FERRARI E-ASTRAL
O primeiro trator completamente elétrico da Ferrari. Reversível e isodiamétrico, tem autonomia para 4h de trabalho. Equipa com transmissão mecânica com inversor sincronizado e atinge os 35 km/h.
TOTY SUSTAINABLE
Tratores com consciencialização ambiental
Constitui o espaço próprio para celebrar a inovação e as novidades apresentadas pelos fabricantes que apresentam um compromisso com as preocupações ambientais. Este prémio reconhece o papel crucial que as práticas de sustentabilidade desempenham para moldar o futuro da agricultura. Todos os tratores que concorrem estão habilitados a ganhar esta categoria.
TOTYBOT
Tratores autónomos sem cabine
Numa época em que os tratores autónomos estão a surgir em cada vez maior número, o TotY passa a premiar estes desenvolvimentos numa categoria autónoma. São considerados para este prémio os tratores sem cabine que estejam equipados com sistema de engate de três pontos do hidráulico, tomada de força (TdF) ou transferência de energia elétrica para acionamento das alfaias, e nível de prontidão tecnológica TRL8. A Associação Italiana de Fabricantes de Máquinas Agrícolas (FederUnacoma) surge como entidade parceira deste prémio, devendo assumir um papel de apoio técnico ao processo de avaliação levado a cabo pelo júri.
FIELD ROBOTICS HAMMERHEAD
Robô agrícola autónomo projetado para executar serviços que incluem análise do solo e monitorização das culturas. Funciona até 8 horas contínuas com uma única carga.
AUTOAGRI ICS 20
O AutoAgri ICS 20 é um transportador multifacetado, disponível em versões totalmente elétricas e híbridas plug-in, projetado para operações agrícolas precisas e ecológicas. Desenvolvido na Noruega, possui motor diesel de 65 litros e bateria de 10 kWh no modelo híbrido e bateria de 60 kWh na versão elétrica.
Pronto para longas horas de trabalho em grandes áreas, equipado com rastos e com uma largura de rasto ajustável de 1,90 a 3,20m. Motor diesel Deutz 4.1L a 4 tempos, fase V, com 156 cv e binário máximo de 610Nm. Unidade de tração elétrica com velocidades de 0 a 13,5 km/h.
BLACK SHIRE RC 3075
O nome do modelo “RC3075” vem de Robot Cingolato (robô de rastos), 30 (por ser a terceira versão desenvolvida), 75 (cavalos), e está disponível com larguras entre os 1350 e os 1750 mm e um comprimento de 2100 mm. O motor equipado é um Kubota de 3300 cc, que, por sua vez, aciona os motores elétricos dos rastos, tomada de força, e a bomba de óleo. Já analisado pela revista abolsamia na edição 137.
FORRAGEIRA REFORÇADA
Localizada no sudoeste alemão, Bad Saulgau é uma das zonas de maior produção de forragens da Alemanha e onde a CLAAS fabrica uma parte da sua gama forrageira, como os voltadores, gadanheiras ou as frentes de corte da JAGUAR. Foi esta a localização escolhida pela marca para mostrar em trabalho, à imprensa especializada, as suas novas soluções.
Enfardadeira ROLLANT 630 RC UNIWRAP
Apesar de as enfardadeiras não serem fabricadas em Bad Saulgau, a CLAAS aproveitou o evento para apresentar o novo modelo da ROLLANT, a gama de câmara fixa com plastificador. Até agora, a versão UNIWRAP apenas estava disponível no modelo 455/454, surgindo agora o 630, que conta com novas características que o distinguem.
A alteração mais visível a olho nu é o design renovado e coerente com os mais recentes equipamentos da CLAAS. Com diâmetros de fardo de 1,25 a 1,35 m, é agora disponibilizado um opcional, o MAXIMUM PRESSURE SYSTEM PLUS, para uma compactação ainda maior do núcleo do fardo. Os corpos dos rolos embaladores foram reforçados, tal como o engate da porta traseira, e soldados a laser. O chassis reforçado conta agora com perfis de aço de 20 mm. Continuando a não optar pelo eixo-tandem, a CLAAS
Novas características na enfardadeira de câmara fixa com plastificador e um novo sistema de encordoamento nas gadanheiras DISCO, são as principais novidades da CLAAS para a sua gama forrageira.
Por Sebastião Marques
introduz pneus de maiores dimensões de até 1,35 m de diâmetro. Também novo é o pick-up MULTIFLOW e a plataforma de corte PRO, que pode ceder até 30 mm para se adaptar ao fluxo da colheita e evitar bloqueios. O rotor de corte pode equipar com 17 ou 25 facas. O sistema de lubrificação da corrente é individualmente ajustável, com reservas de óleo até 14 horas sem necessidade de reabastecimento e existe uma opção de lubrificação centralizada. O atamento dentro da câmara pode ser feito com rede ou filme plástico.
Gadanheiras
As larguras de trabalho dos modelos apresentados - 9,1 m - não são as mais utilizadas no mercado
português. Ainda assim, algumas das características merecem destaque, nomeadamente o sistema encordoador por sem-fim, da nova DISCO 9300 DIRECT SWATHER
DISCO 9300 DIRECT SWATHER
Este sistema, altamente experimentado pela marca em equipamentos de colheita, é uma alternativa ao já conhecido sistema de correias, mas permite ter um equipamento mais compacto e simples, com menor consumo do trator e sem condicionador. O sem-fim também pode ser completamente levantado, trabalhando apenas a barra de corte.
A rotação dos sem-fins é feita hidraulicamente permitindo quatro estratégias de corte e de colocação dos cordões: deposição a toda a largura, deposição unilateral para controlo orientado da secagem, 18 m de largura de corte consolidada numa faixa de 12 m (colocação combinada de faixa/largura), e corte com colocação de uma faixa unilateral para limpeza da cabeceira.
DISCO 9300 C AUTO SWATHER
Com uma largura de trabalho de 9,1 m, condicionador de dentes ou rolos, foi pensada para tratores com mais de 400 cv. As placas do condicionador foram reforçadas e as correias têm agora mais nervuras para melhor condução da forragem. Pode contar com controlo automático da inclinação (acelerando mais ou menos as correias de forma individual).
Voltador VOLTO 1300-1500 TS
Nos voltadores de feno rebocados também houve novidades, com a apresentação de quatro novos modelos, de 13 e 15,1 m de largura de trabalho. Além das novas dimensões, a principal novidade é a introdução das versões TS, com eixo direcional, disponível para ambas as larguras de trabalho. O novo chassis permitiu ainda baixar o centro de gravidade e, em posição de transporte, a altura é de 3,29 m, sendo a largura inferior a 3,0 m.
Na imagem é possível observar o eixo direcional do novo VOLTO TS em funcionamento
Novas
gerações das ceifeirasdebulhadoras de sacudidores
A John Deere anunciou a chegada das novas gerações T5 e T6 das ceifeirasdebulhadoras de sacudidores. A gama, que comporta oito novos modelos, vai dos 305 cv da T5 400 aos 466 cv do topo de gama T6 800, passando pelos 348 cv da versão intermédia T5 500.
De referir que todos os modelos com o motor JD9X, seja na T5 500 com 348 cv e cinco sacudidores ou na T6 800 com 466 cv e seis sacudidores, dispõem de um sistema de gestão inteligente do regime do motor, que melhora a eficiência nos consumos ao reduzir as rpm durante o transporte rodoviário e com a máquina parada em cruzamentos e semáforos. Por fim, e como seria de esperar, todas as variantes de motor, mesmo a versão de acesso com a unidade de 6,8 litros, satisfazem as normas de emissões de Fase V.
A cabine, já conhecida da ceifeira-debulhadora topo de gama X9, disponibiliza 3,68 m3 e inclui uma porta eletrónica com vedação contra poeiras, bem como um interior pressurizado para evitar a entrada de poeira e resíduos. O opcional assento ActiveSeatTM II oferece controlos eletrónicos totalmente ajustáveis, refrigeração integral e tecnologia de suspensão eletrónica para o conforto ideal do condutor. Para ecrãs e dispositivos móveis adicionais, a cabine também possui 10 pontos de carregamento de 12 V e USB. O sistema de informação e entretenimento oferece acrescidas capacidades de comunicação e de som, e é totalmente compatível com os sistemas Apple CarPlay e Android Auto. O joystick CommandPROTM é uma unidade de controlo da ceifeira-debulhadora intuitiva, ergonómica e personalizável, tornando mais fácil programar e armazenar no ecrã tátil as diferentes definições para condutores distintos, tais como a velocidade da correia da plataforma de cortina, a altura do molinete, a articulação do sem-fim de descarga ou a inclinação do alimentador de culturas.
Colheita de alto rendimento
As ceifeiras-debulhadoras do ano de fabrico 2025 têm novas opções de depósito de grão de até 13 500 L para a T6 (+23%) e 11 500 L para a T5 (+15%). Além disso, os operadores podem beneficiar de um tubo de descarga ajustável, permitindo maior controlo da descarga independentemente do seu reboque. A velocidade de descarga com rendimento máximo chega até 150 L/s, permitindo uma descarga rápida de 13,5 t de grão em apenas 90 segundos. Adicionalmente, estão disponíveis opções de compensação nas inclinações, com uma compensação de série de até 7% de inclinação e o conjunto opcional de inclinações (compensação de até 14% de inclinação) e de tecnologia HillMasterTM com uma compensação de até 22% de inclinação.
Com colheita de precisão
Em relação à agricultura inteligente, as novas ceifeiras-debulhadoras T5 e T6 estão equipadas com uma John Deere Precision Ag Technology, incluindo um recetor StarFireTM 7500 integrado e o monitor CommandCenterTM G5Plus. Tal permite controlar um maior número de funções em simultâneo, como visualizar as funções de controlo do veículo no monitor principal e as aplicações de agricultura de precisão, como o AutoPathTM, Machine Sync ou Grain Sensing, no visor alargado. O Machine Sync permite ao condutor da ceifeira-debulhadora controlar a velocidade, direção e posição do trator, facilitando uma descarga precisa e sem derrames e até o enchimento do reboque em andamento. A tecnologia de deteção de grãos oferece medições em tempo real de humidade, proteína e amido, por exemplo, no trigo e na cevada, facilitando a separação de grão com mais valor e mais proteína até mesmo durante a colheita.
Gigante dos videojogos investe na deservagem com laser
ACarbon Robotics, uma startup sediada em Seattle, recebeu um investimento da NVentures, o braço de capital de risco da NVIDIA, para aumentar a produção do seu dispositivo de eliminação de infestantes alimentado por inteligência artificial. A NVIDIA é uma empresa líder em tecnologia, conhecida pelo desenvolvimento de unidades de processamento gráfico (GPUs) e soluções de inteligência artificial.
Desde a sua fundação em 2018, a Carbon Robotics arrecadou mais de 74 milhões de euros para o seu robô LaserWeeder. Este robô, que pesa cerca de 4.536 kg, utiliza tecnologia de imagem para identificar e eliminar ervas daninhas através da utilização de laser.
CR10 junta-se à CR11
A New Holland anunciou a CR10, uma versão ligeiramente menos potente da ceifeira-debulhadora apresentada na Agritechnica 2023, a CR11. A recém-chegada tem os mesmos rotores duplos de 600 mm de diâmetro, mas é alimentada por um motor Cursor 13 mais pequeno, de seis cilindros e 12,9 litros da FPT, que produz 635 cv, e tem um depósito de grão com capacidade para 16 000 litros ao invés dos 20 000 da CR11.
Além dos dois rotores de 600 mm, a CR10 partilha com a CR11 o sistema de limpeza TwinClean. As larguras da barra de corte de 10,6–15,0 m estão disponíveis nos formatos de faca fixa, faca flexível, faca móvel e pente. Também estão disponíveis frentes de milho de 12–16 linhas e os comprimentos dos sem-fins de descarga podem ser especificados para corresponder a todas as larguras de frentes. Existem três opções de transmissão para satisfazer todos os requisitos das frentes — padrão com transmissão fixa, padrão com transmissão variável e um sistema variável para trabalhos pesados.
As ceifeiras-debulhadoras CR10 e CR11 podem ser equipadas com um picador standard integrado ou com uma unidade de corte fino montada sobre o capô alto.
A cabine e o design também são originários da CR11, sendo ambas construídas na fábrica de ceifeirasdebulhadoras da New Holland em Zedelgum, Bélgica.
Qualidade, experiência e dedicação ao seu lado desde 1974.
John Deere 6M com mais modelos
A John Deere anunciou a introdução de novos modelos na série 6M. Esta é agora composta por um total de 17 modelos, que se distribuem por cinco segmentos de chassis com diferentes distâncias entre eixos.
Modelos
No segmento de chassis pequeno (2580 mm de distância entre eixos), surge o novo 6M 150. Tem quatro cilindros e um máximo de 177 cv com Gestão Inteligente da Potência (GIP). No segmento de chassis médio (2765 mm), o modelo 6M 145 foi atualizado para ter seis cilindros em vez de quatro, enquanto a adição dos novos modelos 6M 165 e 6M 185 diversifica ainda mais este segmento. O segmento de chassis grande (2800 mm) também dá as boas-vindas a dois modelos adicionais, o 6M 220 e o 6M 240. Finalmente, o segmento de chassis extragrande (2900 mm) exibe agora os novos modelos 6M 230 e 6M 250, que passa a ser o modelo de topo da série com 281 cv de potência com GIP.
Quatro ou seis cilindros
Equipados com um motor de 4,5 ou 6,8 litros, todos os modelos oferecem mais 20 CV de potência (nominais) com sistema de Gestão Inteligente da Potência (GIP) durante o transporte ou aplicações de TDF. Do 6M 95 ao 6M150, todos têm motor de 4 cilindros. O 6M145 e do 6M 155 ao 6M 250, todos têm 6 cilindros.
Transmissão
A John Deere disponibiliza uma ampla gama de opções de transmissão, da mecânica PowrQuadTM Plus, à AutoPowrTM de variação contínua. Além disso, todos os modelos 6M de 6 cilindros podem ser equipados, em opção, com bombas hidráulicas que fornecem um caudal de 155 L/min ou até 195 L/min. Também estão disponíveis mais opções de medidas de pneus. Além da opção do CommandARMTM compacto, a transmissão AutoPowrTM também está disponível com consola do lado direito para condutores que querem conforto, mas que privilegiam uma unidade de controlo mais simples. Está disponível a opção de 50 km/h para todos os modelos, suspensão do eixo dianteiro TLSTM e suspensão mecânica da cabine para maior conforto do operador.
Casquilhos: metálicos ou de polímero?
De acordo com um estudo realizado pela Universidade RWTH de Aachen, a substituição de casquilhos metálicos por casquilhos de polímero pode poupar até 14 milhões de euros anuais, além de reduzir o impacto ambiental. Segundo os cientistas da RWTH envolvidos, os casquilhos metálicos convencionais requerem lubrificação constante, o que envolve custos com a compra de lubrificantes e com a mão-de-obra necessária à tarefa. Em contraste, os casquilhos de polímero da Igus contêm lubrificantes sólidos integrados que eliminam a necessidade de lubrificação adicional. Assim, e segundo os resultados agora apurados, os custos associados à utilização de casquilhos metálicos podem variar entre 7 e 14 milhões de euros por ano, dependendo da aplicação. Além disso, recorrendo à solução da Igus, estima-se uma poupança de entre 8.000 e dois milhões de horas de trabalho anuais que são necessárias para a lubrificação manual.
Yanmar estuda a comercialização do e-X1
Para dar resposta à necessidade de uma agricultura mais eficiente e sustentável, a Yanmar Agribusiness apresentou o e-X1, uma máquina agrícola compacta, 100% elétrica e comandada remotamente.
Com a capacidade de operar até 10 horas com uma única carga, e com um tempo de recarga rápida de aproximadamente 2 horas, o e-X1 pode acomodar várias alfaias, como fresas rotativas e destroçadores, à frente e atrás, permitindo tarefas como monda e cultivo. Optar por rastos em vez de rodas garante uma operação estável em declives e terrenos irregulares. Sem assento do condutor, a máquina garante a segurança do operador durante as tarefas agrícolas através do controlo remoto. A incorporação de características de condução autónoma também está a ser considerada. O e-X1 é particularmente adaptado a uma agricultura suburbana, noturna e à utilização em estufas.
A Yanmar AG ainda não avançou com uma data específica para a comercialização do e-X1, mas planeia iniciar a monitorização do mercado em 2025 e avançar ativamente para a produção em massa.
EXPOFLORESTAL ESPECIAL
A ExpoFlorestal 2024 voltou a afirmar-se como um evento de referência no setor florestal em Portugal, reunindo um impressionante número de 152 expositores e atraindo 33.000 visitantes. Este caderno especial da revista abolsamia é dedicado às principais empresas presentes, destacando as inovações e novidades apresentadas durante o evento.
Fotografia do Especial Expoflorestal Carlos Ferreira
Com um crescimento notável de 17% no número de expositores em comparação com as edições anteriores e um ligeiro acréscimo no número de visitantes, a ExpoFlorestal 2024 consolidou-se como uma plataforma essencial para o intercâmbio de conhecimentos e tecnologias florestais. Os expositores elogiaram unanimemente o espaço e o layout da edição deste ano, reconhecendo o crescimento significativo do evento, tanto em termos de dimensão quanto de qualidade do programa de atividades e da notoriedade alcançada no setor. Os visitantes também partilharam esta
visão positiva, destacando a excelência do espaço, a organização e a diversidade de eventos que enriqueceram a exposição. Com objetivos claros de reunir os agentes do setor para refletir sobre temas críticos como o Regulamento Europeu Anti-Desflorestação, os Serviços de Ecossistema e a Recuperação Ecológica da Paisagem, o Mercado de Carbono, e a Bioeconomia florestal, a ExpoFlorestal 2024 foi um sucesso em fomentar diálogos importantes para o futuro das nossas florestas.
A presença de figuras políticas de destaque, como o Secretário de Estado das Florestas e o Secretário de Estado do Ambiente, sublinhou a importância deste evento na sensibilização e mobilização de políticas públicas em prol da floresta.
Além disso, a participação de 600 crianças das escolas de Albergaria destacou o compromisso da ExpoFlorestal em educar e sensibilizar as gerações futuras sobre a importância da floresta.
Com 22 anos de experiência na organização deste evento, a ExpoFlorestal continua a evoluir, superando desafios logísticos com parcerias estratégicas que garantem o sucesso contínuo da exposição. A próxima edição, já anunciada para maio de 2026, promete um novo espaço e a inclusão de setores ainda mais diversificados, reforçando o compromisso com uma floresta viva e sustentável.
A ExpoFlorestal registou um crescimento de 17% no número de expositores em comparação com as edições anteriores
Neste caderno especial, convidamo-lo a explorar as principais reportagens sobre as empresas e as inovações que marcaram a ExpoFlorestal 2024, celebrando o sucesso e projetando um futuro promissor para o setor florestal em Portugal.
“OS EXPOSITORES ESTÃO MUITO SATISFEITOS COM
O MODELO QUE IMPLEMENTÁMOS”
AANEFA - Associação Nacional de Empresas Florestais, Agrícolas e do Ambiente, é, juntamente com a Associação Florestal do Baixo Vouga e a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Albergaria-a-Velha, uma das entidades organizadoras da Expoflorestal. No âmbito da cobertura que a revista abolsamia fez desta 13ª edição, tivemos oportunidade de entrevistar Pedro Serra Ramos, o Presidente da ANEFA.
Com uma análise muito positiva da edição deste ano, Pedro Serra Ramos deixou, no entanto, uma visão muito crítica em relação aos desafios que o setor florestal enfrenta. “Tenho falado com os expositores e todos estão muito satisfeitos com o modelo que implementámos este ano e com a mudança do local. A ideia era aproximar a Expoflorestal de um modelo mais profissional. Não queríamos manter um evento em que as pessoas vinham dar um passeio Entrevista com Pedro Serra Ramos, Presidente da ANEFA.
e aproveitavam para ver umas máquinas. Nesse aspeto estamos muito satisfeitos com a evolução conseguida e com o feedback que vamos recebendo”.
O foco deve estar na gestão florestal
Com uma clara visão estratégica, e dadas as recentes mudanças no governo, o Presidente da ANEFA não quis perder a ocasião para “ trazer o Srº Secretário de Estado à feira e pô-lo ao corrente dos desafios que se colocam às empresas e ao setor em geral. Como somos uma Associação muito resiliente queremos acreditar que as coisas vão mesmo mudar e que haverá uma aposta na questão da gestão florestal, por oposição a uma gestão baseada apenas nos fogos que nos fustigam anualmente. Os nossos governantes têm de perceber, de uma vez por todas, que a gestão eficaz e profissional da floresta reduz o risco de incêndios, aumenta a produtividade e o rendimento económico do país e até con -
tribui para as melhorias ambientais”. Pedro Serra Ramos não escondeu a indignação da ANEFA em relação à inação por parte de quem nos governa. “Estamos fartos de limpar mato. Esta é uma face importante da moeda, mas não é a única. Depois do flagelo de 2017, já está na altura de tratarmos da floresta com uma estratégia concertada, articulada e profissional. Nós temos muita área florestal, é verdade, mas a maioria está numa situação de abandono. Precisamos de enfrentar este problema de uma forma sistemática. Até a questão das alterações climáticas é relevante e pode (e deve) obrigar a repensar a nossa silvicultura e as espécies que plantamos”.
Associativismo sim, mas profissionalizado
O Presidente da ANEFA também tem uma visão crítica em relação às associações do setor. “O papel das associações é decisivo, mas temos de distinguir entre as que foram criadas para terem acesso aos projetos e aos fundos e as que partem das bases, de pessoas que partilham um interesse comum e que se juntam para tentar solucionar os desafios da floresta nacional. Mais vale fazer uma seleção com base nas provas dadas e apoiar quem realmente merece e faz falta, senão andamos a gastar dinheiro à-toa e não alocamos fundos a quem precisa. Nós, empresas, estamos cá para as apoiar, até na formação. Na ANEFA temos projetos ambiciosos na área da formação, mas os custos são astronómicos. Falamos de máquinas que custam 400 mil euros e simuladores que custam 100 mil euros... Mas, como já referi, nós somos uma associação resiliente e recusamo-nos a baixar os braços”.
A APOSTA NA VARIEDADE DE FUNÇÕES
No espaço da Agricortes na Expoflorestal as atenções centravam-se na mini giratória Zoomlion, no versátil Multione, nos robôs trituradores McConnel e na nova geração de destroçadores Farmi.
Por Rui Reis
OZetor Proxima HS110, tem inversor hidráulico e 110 cv de potência (449 Nm de binário), motor de 4 cilindros e 4156 cc. Estava equipado com um destroçador FARMI Forest CH27 de nova geração com uma entrada de 27 cm, tapete de alimentação e uma eficiência 30% superior face ao seu antecessor.
Também em exposição estava o 100 cv da Zetor, o Proxima CL 100, um trator integralmente mecânico com caixa 12x12 que também já vem com travagem pneumática e hidráulica. Tinha acoplado um destroçador FARMI CH18.
Miniescavadora Zoomlion
A mini giratória Zoomlion ZE 26GU em exposição, equipava com um martelo hidráulico bate-estacas Vistarini. Tem motor Kubota de 21 cv e capacidade hidráulica
de 60 litros, o que permite operar com um triturador de maiores dimensões.
Multifunções MultiOne
A Multione telescópica 11.6K, de rastos em borracha, é ideal para aplicar variados acessórios, entre os quais baldes, trituradores ou as escovas de 4 metros utilizadas para lavagem dos painéis fotovoltaicos.
Robôs McConnel
Em primeiro plano a versão T600 com motor Hatz Diesel de 60 cv, equipado com triturador de martelos fixos e rastos de borracha reforçados com perfis metálicos. Disponível nas versões RC56 de 56 cv com martelos móveis e RC28 de corta-mato ventral em que o motor de combustão serve para acionar o triturador e como gerador para os motores elétricos que movem os rastos.
Destroçador FARMI Forest CH27 de nova geração com uma entrada de 27 cm, tapete de alimentação e uma eficiência 30% superior face ao seu antecessor
Herkulis www.herkulis.com
PROCESSADOR DE LENHA FOI DESTAQUE
No stand da Herkulis a principal atração foi o processador de lenha Uniforest Titan 53/40, que esteve em demonstração durante o evento.
Amáquina permite uma elevada produtividade e segurança no trabalho, o que a torna perfeita para utilizadores profissionais ou semi-profissionais. Apesar da grande capacidade, o seu design compacto permite-lhe ser facilmente deslocada com o trator. Este rachador de lenha é uma solução completa para os produtores profissionais de lenha que pretendem aumentar a sua produtividade.
CARACTERÍSTICAS:
Serra circular Widia de acionamento hidráulico para cortar troncos com um diâmetro até 53 cm
Força de corte de 400 kN (40 t)
Função BoomSpeed com dois cilindros para ciclos de corte mais curtos
Uma lâmina de corte ajustável hidraulicamente
Chassis opcional (rodas, acessório com travão, iluminação do veículo) para facilitar o transporte
Plataforma baixa integrada para facilitar o acesso ao painel de controlo
Mesa de alimentação hidraulicamente rebatível incorporada com rolos de alimentação
O processador de lenha Uniforest Titan 53/40 é especialmente adequado para empresas de produção de carvão
REFORÇADO TLSP 180
DESTROÇADOR SEMI FLORESTAL TLT-FM 180 DESTROÇADOR MULTI USOS BR 180
GUINCHO FLORESTAL 2X85G
FLORESTAL PATRIZIO
TOROS TITAN
Entreposto www.entreposto.pt
ENTREPOSTO MÁQUINAS REVELA NOVIDADES PARA A FLORESTA
A Expoflorestal 2024 foi o palco escolhido pelo Entreposto Máquinas para apresentar a criação da sua nova Divisão Florestal e a inclusão das marcas suecas
Eco Log e Log Max no seu portfólio de representadas. Este evento, que é o maior do setor florestal em Portugal, atraiu profissionais e entusiastas, proporcionando a ocasião perfeita para a empresa destacar as suas últimas inovações e parcerias estratégicas.
Por Sebastião Marques
DLançamento da Divisão Florestal nhecidos harvesters e forwarders da Eco Log e as cabeças processadoras da Log Max. Oferecendo assim uma gama mais completa e especializada de equipamentos para os profissionais do setor florestal.
urante a Expoflorestal, o Entreposto Máquinas apresentou oficialmente a sua nova Divisão Florestal, um passo significativo para consolidar a sua presença neste setor em crescimento. A empresa, que já vendia máquinas Case para aplicações florestais, decidiu expandir a sua oferta ao integrar os reco -
Parcerias estratégicas
Além das marcas suecas, o Entreposto Máquinas aproveitou a Expoflorestal para reforçar parcerias com empresas como a
Bermathor, a SPR Esperanças e a Fravizel. Estas colaborações têm como objetivo complementar a oferta de equipamentos florestais, mas a empresa está empenhada em apetrechar ainda mais a gama de oferta.
Investimentos em infraestruturas e suporte técnico
Para garantir um serviço pós-venda de excelência, o Entreposto Máquinas está a realizar significativos investimentos em infraestruturas e recursos humanos. As equipas técnicas de Leiria e Mindelo serão as principais responsáveis pelo suporte aos novos equipamentos, com unidades adicionais em Setúbal, Almeirim e Algarve.
Equipa e novos modelos de negócio
A nova Divisão Florestal é gerida por uma equipa experiente, liderada por Hugo Bexiga, Diretor Comercial, João Abel, Gestor de Produto, e Jorge Sequeira, Gestor Comercial. Estes profissionais estão a explorar modelos de negócio flexíveis, como o renting e o aluguer de curto prazo, para oferecer soluções adaptadas às diversas necessidades dos clientes.
DESTAQUES NA EXPOFLORESTAL
Eco Log
Foi apresentado o forwarder Eco Log 574F, equipado com um motor Volvo Penta de 252 cv e capacidade de 14 toneladas.
Este modelo, totalmente eletrónico, oferece duas configurações
A participação na Expoflorestal permitiu ao Entreposto Máquinas apresentar os seus novos equipamentos florestais e destacar as suas recentes parcerias. O stand da empresa foi um dos pontos de maior interesse no evento, atraindo muitos visitantes curiosos nas novidades e nas soluções tecnológicas avançadas para a gestão florestal.
de caixa de transporte para madeira de 3 ou 2,5 metros. Com grua Cranab de 10 ou 8,5 metros e pinças ajustáveis (modelos 26 e 36), o 574F permite personalização conforme as necessidades do cliente. Os pneus Nokian 700 TRS são ideais para terrenos inclinados, mas há opções de 600. A cabine com suspensão e câmaras traseiras garante conforto e segurança. Além do 574F, o Entreposto Máquinas disponibiliza o forwarder Eco Log 584F, com 16 toneladas de capacidade e 284 cv, e os harvesters da Eco Log.
A marca sueca Log Max, especializada em cabeças processadoras, passou a integrar o portfólio do Entreposto Máquinas. Dois modelos estão agora disponíveis em Portugal: a série 5000 e a série 6000. Estas cabeças processadoras possuem dois motores e dois rolos, com a opção de adicionar um par de rolos extra para trabalhar com eucalipto e pinho. A manutenção é simplificada, facilitando o uso contínuo. Os modelos podem ser montados tanto em harvesters como em giratórias, proporcionando flexibilidade para diversas operações florestais.
Na Expoflorestal o Entreposto Máquinas também aproveitou para mostrar a gama de equipamentos Case com aplicação em contexto florestal. Destacaram-se as escavadoras do segmento de 20 toneladas.
TECNOLOGIA E PROXIMIDADE
Por Sebastião Marques
Forwarder John Deere 1210G
Na ExpoFlorestal, a Moviter teve em exposição o forwarder John Deere 1210G, um modelo bem adaptado às características da floresta portuguesa. Com uma potência de 156 kW (209 CV) entre as 1.600-1.900 rpm, alcance da lança de 8,5 m ou 10 m, força de tração de 175 kN e capacidade de carga de 13.000 kg. Destaca-se também pela cabine, fixa (caso do modelo em exposição) ou rotativa e com auto-nivelação, e pelos sistemas de apoio a uma “floresta de precisão” TimberMatic e TimberManager.
Harvester John Deere 1270G
Em exposição estava também o harvester 1270G com potência de 200 kW (268 CV) entre as 1.600-2.000 rpm e capacidades da bomba de 190 cm³ / 180 cm³. Este modelo tem um alcance da lança de 8,6 m, 10 m ou 11,7 m, cabine rotativa, IBC e sistemas de floresta de precisão.
Forwarder
John Deere 1210G
A Moviter marcou presença na ExpoFlorestal 2024 com um stand que refletia os dois principais vetores de comunicação: a celebração dos resultados de dois anos de parceria com a John Deere Forestry e a apresentação de soluções tecnológicas e de floresta de precisão da John Deere e da Hitachi. Como patrocinador platina da feira, a Moviter destacou-se com novidades como a cabeça processadora Waratah E216, a escavadora Hitachi ZX95-7 e o carregador compacto totalmente elétrico Avant e527. O stand, no entanto, não se limitou às inovações tecnológicas; a zona social e a esplanada para interação com os clientes, juntamente com um simulador e a loja John Deere, foram elementos-chave que enriqueceram a experiência dos visitantes.
Hitachi ZX210-7 com cabeça Waratah H424
A Hitachi ZX210-7, desenvolvida, fabricada e testada no Japão, foi apresentada na ExpoFlorestal com uma cabeça processadora Waratah H424. Esta escavadora possui uma potência de 166 cv, um peso operativo entre os 21.900 e os 23.900 kg. Além disso, equipa com sistema hidráulico TRIASIII e largura de 2,50m. A cabeça Waratah H424, adequada para processamento, é projetada para máquinas de tamanho médio com rodas ou rastos. Possui uma caixa de serra reforçada, barra de inclinação maior e uma estrutura de inclinação para serviço pesado (HD) opcional. Os braços de rolo de alimentação contam com rolamentos duráveis e proteções integradas, enquanto a unidade eficiente da serra SuperCut 100S oferece um diâmetro máximo de corte de 620 mm. Com quatro facas desgalhadoras móveis e outras fixas, garante qualidade de desgalhe para diversos diâmetros de tronco.
Avant e527 (elétrico)
A Avant e527 é um carregador compacto totalmente elétrico e alimentado por bateria, introduzida pela Avant como uma resposta às exigências do futuro, com emis -
A equipa da Moviter presente na ExpoFlorestal 2024
sões zero e níveis de ruído extremamente baixos. Equipada com um carregador de baterias integrado, pode ser carregada em qualquer tomada elétrica trifásica de 480
volts. O e527 oferece uma capacidade de elevação de 900 kg, altura de elevação de 2,7 m, capacidade da bateria de 13,6 kWh e uma velocidade de 0-10 km/h.
SOLUÇÕES CAT E PRONAR EM DESTAQUE NA STET
A STET, representante exclusiva da Caterpillar em Portugal e, agora, também da gama de reciclagem da PRONAR, marcou presença na Expoflorestal com uma gama alargada de máquinas para o setor.
Por Rui Reis
Desde 1961 que a STET (Sociedade Técnica de Equipamentos e Tractores) é a representante oficial da Caterpillar para o mercado português e, no espaço da marca na Expoflorestal, destacavam-se os acessórios e máquinas da CAT e da STET Florestal, mas também os trituradores de baixa velocidade e os bio-trituradores da PRONAR. A marca polaca, uma representação relativamente recente da STET, vem alargar o portfólio da empresa nacional nas soluções de reciclagem, nomeadamente as aplicadas ao setor florestal, e de atribuição de valor acrescentado a resíduos que de outra forma não o teriam.
Nas palavras de Patrick Maravilha Duarte, Gestor de Produto da STET, “estarmos presentes nesta feira dedicada ao segmento de negócios florestais, que, no nosso país, é uma área de atividade chave para a economia, faz todo o sentido para a STET”.
Mini-carregadora
CAT 299 D3 XE
A carregadora compacta de rastos CAT 299D3 XE conta com um motor 3.8 de 110 cv de potência e com um sistema hidráulico de alta capacidade, proporciona um bom desempenho no carregamento ou no manuseamento de materiais. O peso operacional é de 5330 kg e capacidade hidráulica máxima do carregador é de 150l/min.
Esta carregadora compacta estava equipada com um destroçador da STET Florestal DHCF 120. Com 1400mm de largura, pesa 1082 kg, trabalha com um fluxo de óleo de 115l/min e destina-se a ser aplicado em máquinas com 70 a 120 cv de potência.
Carregadora
CAT 926 MAX
A impressionante carregadora de rodas CAT 926 MAX apresenta um peso
operacional de 12 789 kg e está equipada com um motor Caterpillar 7.1 de 168 cv. A 926 MAX apresenta pneus L3 e conta com engate rápido. O sistema exclusivo de Gestão Inteligente da Potência tem dois modos: Standard, que poupa combustível e reduz o nível sonoro, e Power, ativado com o premir de um botão (HP+), que aumenta a potência do motor em até 10% e a velocidade em mais de 12%.
Escavadora
CAT 315
A escavadora CAT 315 tem um motor 3.6 de 110 cv. Dispõe de uma lança frontal de ângulo variável, apresenta um peso operacional de 15 400 kg e oferece uma capacidade hidráulica de 276 L/min.
A CAT 315 em exposição vinha equipada com um destroçador hidráulico DHL 13. Com larguras entre os 1000 mm e os 1400 mm, permite destroçar troncos até 14 cm de diâmetro.
Triturador de baixa velocidade PRONAR MRW 2.85G
O triturador Pronar MRW 2.85g foi concebido para o pré-processamento de todos os tipos de materiais, a começar pelos resíduos florestais, embora, com as devidas adaptações, possa lidar com materiais metálicos, como sucatas leves, e até pneus. A trituração é efetuada por dois eixos de trituração sincronizados. Outro argumento é a sua mobilidade graças ao chassis com lagartas. Este triturador está equipado com um motor de 310 kW (420 cv) e tem um peso operacional de 26 380 kg.
Biotriturador PRONAR MR 15
O PRONAR MR 15 é um biotriturador que pesa apenas 750 kg o que lhe permite ser transportado na via pública e matriculado. Possui rolos em posição horizontal e pode triturar ramos até 150 mm. Possui um botão que, em caso de bloqueio, permite parar de imediato os rolos e inverter a sua marcha. Do mesmo modo, se o utilizador for puxado para os rolos, uma barra de segurança deteta a pressão do corpo e trava a ação da máquina. O MR15 permite o ajuste manual do posicionamento das facas com duas faces de corte.
Escavadora CAT 323
A escavadora CAT 323 conta com um motor 7.1 de 174 cv e tem um peso operacional de 24 900 kg. Combine estas características com os maiores intervalos de manutenção e o menor consumo de combustível para reduzir os custos de manutenção em até 15% e o consumo de combustível em até 20%. A capacidade hidráulica da CAT 323 é de 429 L/min.
A unidade exposta estava equipada com uma cabeça processadora Woody WH60-1 com 3 posições: posição de corte, de desarme e de pinça.
Máquina de manobração de materiais CAT MH 3026
Esta máquina destinada à manobração de materiais está equipada com um motor 7.1 de 174 cv e apresenta um peso operacional de 29 200 kg. A MH3026 possui uma cabine redesenhada para maior conforto e ainda mais opções de acessórios. Estas características combinam-se com custos operacionais até 10% mais baixos. Uma das particularidades desta máquina é o braço drop-nose de 6 metros.
Cabeçote
www.seac.pt
KRPAN COM MUITAS NOVIDADES
A SEAC, empresa sediada em Aveiro e representante da KRPAN em Portugal, marcou presença na ExpoFlorestal 2024. Em destaque no stand estiveram o cabeçote multifuncional KS 500 B, a processadora de lenha CS 4218 PRO e o guincho florestal 8.5EH.
Por Sebastião Marques
Cabeçote multifuncional
KS 500 B
Ocabeçote multifuncional
KS 500 B é uma ferramenta robusta e versátil, ideal para trabalhos pesados em operações florestais com escavadora. Este equipamento possui uma largura máxima de abertura de 1380 mm e um diâmetro máximo de corte de 500 mm com um único corte. As suas dimensões em posição de transporte são 1530 × 1820 × 1400 mm, tendo um peso de 1362 kg. Equipado com uma lâmina de aço de grão fino HARDOX 450 Extreme, o KS 500 B garante durabilidade e eficiência. A pressão hidráulica recomendada varia entre 250280 bar (120-200 bar em configurações específicas), com uma pressão hidráulica máxima de 300 bar (200 bar em configurações específicas). Além disso, o cabeçote pode ser equipado opcionalmente com um rotator de 360° e um alicate de coleta. Este equipamento é compatível com escavadoras de 16-22 toneladas.
Processadora de lenha
CS 4218 PRO
A CS 4218 PRO, que foi apresentada na ExpoFlorestal 2024, pode processar troncos com diâmetros entre os 10 e os 42 cm e comprimentos de 20 a 50 cm. Está equipada com espada e corrente Husqvarna (modelo C85) e o sistema “2 Speed Automatic” para uma operação eficiente. O controlo é feito por joystick, e o tanque de óleo tem uma capacidade de 100 litros, necessitando de uma força motriz de 37 kW (50 cv).
Dimensões e peso: em modo de trabalho mede 1420 x 7600 x 3900 mm, e em modo de transporte 1420 x 2450 x 2830 mm, tendo um peso total de 1570 kg incluindo o transportador. A esteira contínua opera a uma velocidade de 0 a 1 m/s. Está equipada com eixo cardan Walterscheid W2300 SD 15 (com opção de eixo
de junta dupla Walterscheid WWZ 2480), horímetro, cunha em 4 partes (opcionalmente em 6, 8 e anel de 12), e aspirador de serragem (opcional, hidráulico ou elétrico).
Guincho Florestal 8.5EH
O KRPAN 8.5 EH, exibido na ExpoFlorestal, é um guincho florestal de alto desempenho, ideal para operações florestais exigentes. Este modelo possui uma capacidade de tração de 85 kW (8,5 toneladas) e uma capacidade de travagem de 106 kN, com uma velocidade média de guincho de 0,6 m/s. Inclui de série um cabo de aço de 80 metros com diâmetro de 13 mm e uma placa de topo de 1820 mm. Em relação às dimensões, a largura é de 1820 mm (extensível por mais 200 mm), profundidade de 710 mm, altura com proteção de cabo de 2310 mm, altura sem proteção de cabo de 1770 mm, e peso sem cabo de aço de 673 kg. Conta com polia inferior e acoplamento de reboque padrão, polia hidráulica opcional, válvula de velocidade de desenrolamento contínuo do cabo de aço (com modelo EH e polia hidráulica), e controlo remoto por rádio em opção.
FATOR K: KRONOS E KRAMER
EM DESTAQUE NA TORREMARCO
A Torre Marco apresentou a grua florestal Kronos Gripto 1010, os tratores John Deere com preparações florestais e as pás carregadoras Kramer.
Por Sebastião Marques
Gruas florestais Kronos
AKronos, marca finlandesa de gruas florestais, representada em Portugal pela Torre Marco, destacou-se com a Gripto 1010. Este modelo, o mais potente da marca, tem um alcance de 10 metros (o modelo de entrada de gama tem um alcance de 7,4 metros).
Está equipada com joystick eletrónico e bombas de caudal variável, progressivas, de pistão. A Gripto conta ainda com tecnologia Smart Boom Control e o sistema automatizado das sapatas de apoio, que facilita o levantamento e abaixamento com simples cliques no joystick
Preparações florestais à medida: AFN e PCO
Na Expoflorestal, a Torre Marco exibiu tratores John Deere equipados com proteções florestais, graças a parcerias com a PCO e a AFN. As adaptações incluem depósitos independentes de óleo e gasóleo, radiadores reforçados, blindagens, reforços
de chassis, pás, sistemas hidráulicos de travagem e segurança, além de bombas de caudal variável e joysticks. Estas modificações permitem que os tratores estejam preparados para os trabalhos mais exigentes na floresta.
Pá carregadora telescópica Kramer
As pás-carregadoras da Kramer destacam-se por não serem articuladas,
equipando com eixos traseiro e dianteiro direcionais, o que proporciona um chassis inteiriço e maior resistência à torção. A marca disponibiliza modelos com braço frontal telescópico. Equipadas de série com transmissão hidrostática, oferecem maior conforto ao operador e menos perdas de potência. O modelo 33.8T, em exposição na ExpoFlorestal, com 1,80m de largura, motor de 75 cv e alcance de 4,825 metros, exemplifica estas características.
OUTRAS PRESENÇAS NA EXPOFLORESTAL
AExpoflorestal 2024 trouxe uma visão única dos avanços tecnológicos no setor florestal. Mostrámos os principais expositores de máquinas para a floresta que marcaram presença no evento, revelando a diversidade de soluções em exposição. Desde implementos tradicionais até inovações que apontam para o futuro. A Expoflorestal é um evento que reflete a transformação e o progresso contínuo do setor florestal no nosso país.
FRAVIZEL
AFONSO O. COSTA
FERSILCA
ARMÉNIO PEREIRA DE SOUSA
LOJA DA FLORESTA
UNITRACTORES
ASCENDUM MÁQUINAS
O Fendt 275S da Casa Barreira, um trator com 33 anos e mais de 25 0000 horas de serviço, cumpriu os 1500 km do percurso sem qualquer problema
UM HOMEM, O SEU TRATOR E 1500 KM
NA N2
mais de 25 000 horas de serviço e até fez questão de o deixar um “brinco”. Reunidas as condições e os apoios necessários, foi altura de o Custódio meter pés ao caminho. Ou melhor, rodas à estrada...
O começo da aventura
Às 6h da manhã de dia 28 de maio, Custódio deu início à aventura partindo do Couço, com destino a Almodôvar. Mas não sem antes se despedir da mulher Deolinda que não via com bons olhos tamanha façanha, “deve achar que tem trinta anos para fazer 1500 km ao volante do trator. Já tem idade para ter juizo”.
Por Rui Reis
Estatura pequena, mas robusta, mãos calejadas e pele queimada pelo sol. O “retrato” de Custódio Cunha espelha bem a história de um homem que passou as últimas três décadas agarrado a um trator ao serviço da centenária Casa Barreira (ver caixa). Apesar de reformado e já sexagenário, Custódio continua a acreditar que os sonhos não têm idade. “Há muito que tinha o desejo de fazer a mítica Nacional 2 ao volante de um trator clássico, assim como eu... Agora que tenho mais tempo livre, pedi ajuda aos proprietários da Casa Barreira e a várias entidades , à Junta de Freguesia do Couço, à revista abolsamia, e consegui levar o projeto para a frente. A empresa emprestou-me um trator Fendt 275S com 33 anos de idade e
Ao longo dos 10 dias de viagem foram inúmeras as pessoas que quiseram deixar a sua marca no trator do Custódio Cunha
A primeira etapa, de 211 km, foi marcada pela emoção e pelo apoio entusiástico dos transeuntes, que buzinavam e acenavam à sua passagem. Surpreendido por amigos com um almoço especial, Custódio decidiu prolongar a jornada até Almodôvar, enfrentando um calor intenso de 40ºC. Estes foram, aliás, dois denominadores comuns ao longo de toda a aventura: o apoio de quem o via passar e o calor.
Escolta policial
O apoio não se restringiu aos populares, estendendo-se às forças policiais e aos bombeiros. Logo na segunda etapa, por exemplo, à passagem por Faro, a dupla Custódio e o seu Fendt acabaram escoltados pela polícia até ao seu destino, o quartel dos bombeiros local onde, por norma, pernoitavam. Episódios como este voltaram a repetir-se ao longo dos 10 dias e foram, para o Custódio, alguns dos momentos mais marcantes da sua vida. “Nunca irei esquecer o apoio que me deram, o incentivo e o carinho que testemunhei. Queria destacar o dos bombeiros, que estiveram sempre prontos para me acolher”.
O irredutível Fendt 275S
E percalços com a máquina? “Tirando a manutenção básica, como meter massa lubrificante em algumas zonas e manter o nível de óleo debaixo de olho, não tenho quase nada a apontar. Tive uma pequena avaria hidráulica que me impediu de baixar a caixa de carga, mas resolveu-se. Ao fim de 1500 km percorridos, tinha posto dois ou três dedos de óleo. Gasolina gastei pouco mais de 400 litros, o que também foi bastante menos do que esperava ao início”.
Foi assim, com determinação e muito paixão, que o Custódio Cunha viveu esta aventura. Uma epopeia que foi acompanhada diariamente pela revista abolsamia (pode ler os episódios no nosso site) e que inspirou muitos ao longo do trajeto, provando que nunca é demasiado tarde para realizar um sonho.
Os
cem anos
da Casa Barreira
Desde o final do século XIX que a família Barreira tem uma ligação com o setor da cortiça. Manuel da Silva Barreira Júnior, detinha, na época, uma unidade industrial de transformação de cortiça. Já no início do século XX, os irmãos José e João Barreira, filhos do proprietário original, emigraram para os EUA, onde estabeleceram contactos no mercado de exportação de cortiça. Ao regressarem a Portugal, inauguraram, em 1923, uma fábrica de preparação de cortiça no Barreiro e adquiriram propriedades de montado de sobro para garantir a matéria-prima.
Na década de 1940, a empresa possuía quatro fábricas e empregava cerca de 1.000 operários. Após o falecimento dos irmãos José, Henrique e João na década de 1960, as fábricas foram desativadas em 1973 e as propriedades florestais (cerca de 40 000 ha) divididas entre os herdeiros. No começo da década de 90, foi feito um importante investimento na recuperação das explorações florestais e agrícolas. E, já em pleno século XXI, a Casa Barreira diversificou os seus negócios, mantendo o sobro, mas passando a incluir a pecuária, a produção de pinha e o olival.
Após o falecimento de Maria José e Henrique, o património ficou sob gestão de quatro sociedades agrícolas e do Fundo Especial de Investimento Imobiliário Josiba Florestal.
UNIVERSO AJAP
Serviços Técnicos
PROJETOS DE INSTALAÇÃO DE JOVEM AGRICULTOR
A AJAP detém uma equipa técnica com vasta experiência na elaboração de projetos de instalação de Jovens Agricultores, assegurando apoio pós-instalação
PROJETOS DE INVESTIMENTO
A AJAP possui know-how reconhecido na elaboração de projetos de investimento (Agricultores, Pequenos Investimentos, VITIS, Transformação e Comercialização e Outros)
AJUDAS AO RENDIMENTO E AO DESENVOLVIMENTO RURAL
SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO E REGISTO ANIMAL - SNIRA
DECLARAÇÕES DE EXISTÊNCIAS E DE COLHEITA E PRODUÇÃO - IVV
PARCELÁRIO
SERVIÇO DE ACONSELHAMENTO AGRÍCOLA E FLORESTAL - SAAF
REGIME DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADE PECUÁRIA - REAP
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
REGISTO CENTRAL VITÍCOLA - RCV
RICA
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
> Produção Integrada
> Agricultura Biológica
> GlobalGap
> Maneio de pastagem permanente
> Melhoria da eficiência alimentar
Cooperação
A AJAP contribui ativamente para o desenvolvimento agrícola e rural dos Estados-membro da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa - CPLP
Informação e Divulgação
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Sede
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PEUGEOT 408 FASTBACK PHEV CONFORTO PARA LONGAS DISTÂNCIAS
Numa experiência fora do comum para uma revista especializada em tratores, tivemos a oportunidade de testar o Peugeot 408 Fastback híbrido plug-in (PHEV) 180 e-EAT8 GT Line numa viagem de ida e volta entre Lisboa e Leão, Espanha. Este modelo despertou o nosso interesse, especialmente pela sua procura crescente entre explorações agrícolas com instalações de painéis solares.
Por Sebastião Marques
Durante a viagem de 1394 km, registámos uma média de consumo de 6,9 l/100 km a uma velocidade média de 104 km/h, sendo de realçar que apenas contámos com o apoio do motor elétrico na viagem de ida, tendo o consumo registado sido ligeiramente inferior (6,7 l/ 100 km).
A gama Peugeot 408 oferece diversas versões, desde a mais básica com motor de três cilindros 1.2 litros PureTech de 130 cv, até às versões híbridas plug-in. Estas últimas combinam o motor PureTech com um motor elétrico alimentado por uma bateria, o que
OS PREÇOS COMEÇAM NOS 35.800€ PARA A VERSÃO DE ACESSO, ENQUANTO AS VERSÕES HÍBRIDAS PLUG-IN TÊM UM PREÇO INICIAL
lhes permite circular cerca de 60 km recorrendo exclusivamente a energia elétrica, resultando em consumos mais baixos e emissões reduzidas.
Os preços começam nos 35.800€ para a versão de acesso, enquanto as versões híbridas plug-in têm um preço inicial de 44.600€.
O conforto e os sistemas de apoio à condução são os pontos mais fortes deste modelo. Desde a suspensão aos bancos, passando pela caixa, tudo neste carro garante uma viagem confortável. O interior é espaçoso, os comandos são ergonómicos e as colunas de som são de um nível superior. Num resumo conciso, o Peugeot 408 PHEV 180 e-EAT8 GT Line mostrou ser uma escolha sólida para quem procura eficiência energética, conforto e um desempenho notável em longas viagens, incluindo para o público agrícola que procure um veículo que lhe permita tirar partido da energia solar, mas queira manter a autonomia e a versatilidade de utilização de um motor de combustão.
5ML
RESISTENTE E INTELIGENTE
MAIS INTELIGENTE: NO CAMPO, NO ESCRITÓRIO
Num 5ML tem tudo o que precisa para aproveitar ao máximo os mais recentes desenvolvimentos da agricultura de precisão, como o nosso rentável sistema de guiamento AutoTrac™ integrado. Além disso, também irá poupar bastante tempo com o trabalho de documentação obrigatório: o 5ML efetua o registo de dados essenciais – como a data e localização de um trabalho de pulverização – permitindo que se foque naquilo que é mais importante.
SAIBA
MAIS AGORA
REGIÕES Concessionários
No cumprimento do Decreto-Lei nº59/2021, de 14 de julho, informamos os nossos leitores que linhas geográficas de números começados por 2 são “chamadas para rede fixa nacional”, começados por 9 “para rede móvel nacional” e começados por 00 “para rede fixa ou móvel internacional”.
Usados: Same Minitauros 60, Same Dorado 86 Cab. • John Deere 2200 • Kubota M108S Cab.
Nos anúncios com consulte as máquinas para venda em www.abolsamia.pt/pt/ compra-de-maquinas
Usados: JD2200 c. front. • Same (2) Explorer 90, Silver 105 6 cil. • Steyr 540 • Bomba de água Rodatti • Cisterna 3000L • Várias charruas usadas • Colh. milho 1L Mengele • Enfard. NH271 • Reboque fixo • Várias fresas usadas • Sem. Agrovil 2 linhas, Pijuca mec. • Volta-fenos 2mts.
•
Rua da Corea, nº 10 Jorjais, Vila Real – 5100-014 Abaças Tel. 254 929 288 Tlm. 913 341 549 agrijorjais-lda@sapo.pt www.agrijorjais.pt
Usados: New Holland (11): TS110 DT Cab., T4030V Cab., T3.80F, TN75A, TN75V, TN95F, T4.95N Cab., T4.110LP, T3.75F, TK65F, TK80MA • Fendt 260ST/S • Ford (2) 4100, 2910 • Fiat (2) 45-66DT e L95 • Kubota M6040 • Lamborghini R1.45 • MF (2) 253, 240 • Same (3) Silver 95, Solar 50, Solar 60 rastos • Enfard.: NH 640 fard. red.
Usados: A. Carraro 3700 • Fiat 23-66 DT
• Ford 4610 c/Cab. • Hurlimann Prince 35
• JD 5400 DT • Kubota ME 9000 Cab.
• MF 1260 • NH T4.65V, NH (2) T3-70F
• Hurlimann 445 • Vários motocultivadores usados em stock
•
Usados:
• Lamborghini R3 100T
• Renault Temis 610 X
• Charrua Esperanças 10 pol.
• Charrua Galucho F16
• Pulverizador Tomix 600L
• Rotofresa 2,60mts.
• Tesoura de poda Pellenc Lixion com carregador, colete e mala de transporte original.
Usados: Claas (3) Axion 800 - 80.000€, Lexion
c/ equip. milho - 70.000€, Ares 656 - 28.000€
• Deutz-Fahr 5120 TTV - 48.000€ • Charrua
Usados: Tratores:
Hürlimann XT-909
• Iseki (2) 2160, TS 3110 • VST Fieldtrac
270 D • Kubota L 5040
• DongFeng DF 354
• Grua florestal: Costa G3000
• Motoenxada: Gemar MZ 100 - 1040
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Kverneland LD85 - 6.500€ • Enfardadeira McHale F5600 • Ensil. Claas Jaguar 850 4x4 - 65.000€
Usados: Deutz-Fahr Agroton 100
Lamborghini 880F Plus • Carraro Agri up 90 F
Landini 90 • Gadanheira reb. Krone 3 mts
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A nossa gama de pós-venda de peças para tractores abrange uma vasta gama de marcas e modelos, incluindo Massey Ferguson, Valmet/Valtra, John Deere, Case IH, New Holland, Fiat e muitas mais.
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KITS COMPLETOS DE EMBRAIAGEM
Usados: Tratores: Claas Arion
640 RZ • Fendt (2) 926 Vario, 260P • Alfaias: Adubador Cosmo 1000L • Kverneland
PB100 • Charrua Galucho 2F 16 • Cultivador Maschio
Dracula 4,30mts • Destroçador Lopez Garrido TSGR-2000 • Pulverizador Oestagric 1200L
• Rastos Bargam 3700 Fox • Semeador Kverneland Optima 6 Linhas • Enfardadeira: Claas 3200 Roto Cut • Volta-fenos: Kverneland Taarup 9584C
Máquinas para mobilização do
Máquinas para vinha, olival e pomares
e
Usados: Reboques Galucho 5.000Kg, 12.000Kg • Grade discos Galucho NA2C 20-22 • Tesoura elétrica Electrocoup F3005, F3010 • Rototerra Maschio S Cobra 2,5m. • Charruas: Galucho (3) SF3 12-20, 2F-10, 3F-14 • Espalhador C. Magli plást. microgranulador • Sachador 3 linhas hidráulico • Gerador Himoinsa 41KVA
Usados: NH TND 55 4WD • Fiat 5586 DTF • Iseki TM 3245 • Motocultivador de 21cv c/ reboque • Várias alfaias
Usados: Tratores: Fendt Farmer 250 S • Same Argon 60, 15.000€ • Same Explorer 70 • Retroescavadora Case 580SR • Alfaias: Chisel(3) Hibema, 9/13 c/ Rolo
• Gil 5 Braços • Lopez Garrido 11/13 - Braço 30 • Depósitos (indisponível) 4000L
• Destroçador Serrat 1.80mts • Enfardadeira Krone Big Pack 1270 • Grade Galucho, GPR 16/28 c/ rodas • Pulverizador Tomix P9 600 • Semeador Bogballe 1000 • Vibrocultor Kongskilde 4.00mts Reboque agrícola Galucho PB-16000
Máquina
Trituradores Gama geral de tratores e alfaias
Beja - Lugar da Suratesta, S/N 7800-241 Beja T. 284 320 624 | vendas.alentejo@borregoleonor.com.pt Évora - R. Armando A.Silva, nº 47 (Z.I.) - 7000-618 Évora T. 266 092 497 evora@borregoleonor.com.pt