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LIÇÕES DA APPLE PARA A SIMPLICIDADE TECNOLÓGICA NOS TRATORES
Por Sebastião Marques
Apropósito dos testes em campo realizados para o Tractor of the Year 2025, foi tema de discussão entre jornalistas, agricultores e fabricantes de tratores, a facilidade de utilização das interfaces dos tratores. Se a navegação nos menus mais básicos parece simples, a utilização de todo o potencial disponibilizado já é bastante mais complexa, tornando-se difícil de utilizar mesmo para operadores com “literacia digital”. Vem a este propósito uma reflexão de Aidan Connolly, Presidente da AgriTech Capital LLC*. Num artigo de opinião publicado na
Future Farming intitulado “O que é que as conquistas da Apple podem ensinar à tecnologia agrícola?”, o autor explica que podem ser retiradas lições valiosas para o setor, especialmente no que se refere à inovação e à experiência centrada no utilizador. A Apple transformou a tecnologia de consumo ao torná-la intuitiva e acessível, princípios que podem inspirar a revolução tecnológica na agricultura. No entanto, o setor agrícola enfrenta desafios específicos que vão além do simples desenvolvimento de novas soluções.
A complexidade das explorações agrícolas exige um afastamento do mantra de Silicon Valley de "fingir até conseguir". Sem uma abordagem mais sólida da experiência do utilizador no campo, corre-se o risco do cansaço dos agricultores. Por exemplo, tratores inteligentes e dispositivos IoT (Internet das Coisas) são muitas vezes subutilizados devido à sua complexidade. Na experiência do autor, muitos agricultores utilizam apenas uma pequena fração da tecnologia disponível nos seus tratores ou ceifeiras. Um agricultor, preocupado em monitorizar os seus empregados, chegou mesmo a partilhar com o autor: "A minha funcionalidade favorita é aquela que me diz que o trator está a trabalhar" Além disso, a indisponibilidade de banda larga nas comunidades rurais, crucial para o controlo e monitorização das explorações, o risco de violações de dados e o desafio de extrair informações úteis de grandes volumes de dados, tornam a adoção da tecnologia agrícola ainda mais complexa do que em outros setores.
Apesar dessas barreiras, o futuro da tecnologia agrícola é promissor. Tecnologias como drones, IA (Inteligência Artificial) e blockchain (tecnologia que usa uma base de dados não centralizada) têm o potencial de aumentar a produtividade e a sustentabilidade na agricultura. Para que isso se concretize, a tecnologia precisa de se tornar mais intuitiva e centrada nas necessidades dos agricultores, tal como a Apple fez com os seus produtos de consumo. Ao seguir esses princípios, a tecnologia agrícola pode transformar a agricultura em algo mais acessível, eficiente e resiliente para aqueles que trabalham no campo e alimentam o mundo.
Além disso, atualmente, com a idade média dos agricultores a nível mundial a rondar os 65 anos, há um grande desafio em garantir que a próxima geração permaneça ligada à agricultura. À medida que esta se tornar mais orientada por dados e sustentada por IA, a sua eficiência e o apelo para as gerações mais jovens aumentarão. O futuro da agricultura pode, assim, ser moldado pela tecnologia, de forma semelhante à revolução liderada pela Apple, tornando a exploração agrícola mais atrativa para os "nativos digitais" de hoje e ajudando a assegurar a continuidade do setor.
* A Agritech Capital é uma empresa de estratégia e investimento especializada em inovação e tecnologia no sector do agronegócio.
Sumário
MERCADOS
8 Portugal
12 Barómetro CEMA
14 A visão dos representantes das marcas
17 Empresas
18 Mercado Global + Europa
EMPRESAS
22 Notícias
EMPRESAS EM FOCO
26 JNSN - Representantes da Geomax em Portugal
ENTREVISTA
28 Nuno Gama Lobo, Galucho Foco na inovação e no serviço ao cliente
32 João Bizarro, New Holland O melhor ano dos últimos 20
EVENTOS
21 FÓRUM DPAI/ACAP
Realiza-se a 28 de Novembro
36 100 ANOS TOMIX Celebrar 100 anos a pensar no futuro
38 2ª EDIÇÃO DO TRACTOMOZ FARMING SHOW
98 BOMBEIROS DE ÍLHAVO Corrida solidária
99 3º PASSEIO DE TRATORES DE MAIORCA
ESPECIAL MONDEGO AGRÍCOLA
42 Introdução
43 Entrevista Francisco Dias (Organização da Mondego Agrícola)
44 Entreposto Máquinas
46 Auto-Agrícola das MeãsAgro Mecânica de Meãs, Crop Evolution e Silvagriauto
47 J.Inácio
48 JA&MA - reboal
50 Unitractores
51 Outras presenças
PRODUTO EM FOCO
52 Januário - Pulverizador automotriz específico para a cultura do arroz
56 Best of 2023/24 by John Deere
60 Stagric Ozono - Quatro anos na aplicação de ozono
64 Horsch Maestro 6 TXSementeira direta com um semeador montado. É possível?
68 Galucho GMT - Grade rebocada de desmatação GMT
70 Entrega New HollandVindimadora New Holland 9050L
72 ATVs na colheita da azeitona
78 Reboque elevatório Herculano
82 Continental - O que procuram os agricultores num pneu agrícola?
TEMA DE CAPA
76 CEAT - Pneus Specialty Yield-maxW
PRODUTO
84 Notícias
FORMAÇÃO
88 Curso de Operadores de Máquinas Agrícolas (COMA2024)
TRACTOR OF THE YEAR© 2024
90 Claas Arion 660
FLORESTA
94 Notícias
REGIÕES
101 Concessionários classificados por distritos com lista de equipamentos para venda
64 Horsch Maestro 6 TX - Sementeira direta com um semeador montado. É possível?
FICHA TÉCNICA
Catarina Gusmão Diretora
DIRETORA Catarina Gusmão catarinagusmao@abolsamia.pt
CHEFE DE REDAÇÃO
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ASSESSOR DE DIREÇÃO
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Paginação: Ricardo da Silva Fotografia: Carlos Ferreira, Cátia Barbosa
Vídeo: Daniel Rodrigues
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TIRAGEM MÉDIA 4.000 exemplares ISSN 2183-7023
GERÊNCIA Nuno Gusmão e Catarina Gusmão
SÓCIOS Nuno Gusmão (35%), Ana Gusmão (35%), Francisca Gusmão (15%), Catarina Gusmão (15%)
ASSINATURAS brunomeneses@revista-abolsamia.com
Os textos e fotos de autor são propriedade da Nugon,Lda., não podendo ser reproduzidos sem autorização, por escrito, da mesma. O conteúdo dos anúncios e das publireportagens dos clientes é da sua exclusiva responsabilidade. A abolsamia segue o AO90, embora nem todos os colaboradores tenham adotado a nova grafia. Estatuto Editorial www.abolsamia.pt/estatuto-editorial-e-distribuicao
No cumprimento do Decreto-Lei nº59/2021, de 14 de julho, informamos os nossos leitores que linhas geográficas de números começados por 2 são “chamadas para rede fixa nacional”, começados por 9 “para rede móvel nacional” e começados por 00 “para rede fixa ou móvel internacional”.
Mercado de tratores em Portugal cresce 27% até agosto, contrariando a tendência global de declínio
Este crescimento pode ser explicado pelo programa de abate e renovação de tratores, que tem ajudado a suavizar os efeitos negativos das tendências globais, impulsionando as vendas no mercado nacional. Em 2023, foram registados 3.215 tratores até agosto, enquanto os dados do IMT indicam que, este ano, esse número subiu para 4.085 unidades.
Tratores
No segmento de tratores entre 51 e 120 cv, encontra-se a maior parte das matriculações, correspondendo a 55,1% do mercado, com um total de 2.249 unidades. O segmento abaixo dos 50 cv representa 37% do mercado, com 1.511 unidades registadas. Já entre os 120 e 200 cv, a quota de mercado é de 6,2%, com 252 tratores matriculados. Acima dos 201 cv, a quota é a menor, com 1,8% e um total de 73 unidades registadas.
TRATORES
TRATORES AGRÍCOLAS NOVOS
Reboques
O mercado de reboques agrícolas registou uma queda de 8,28% no total de unidades matriculadas, com 897 reboques em 2024 face aos 978 em 2023, refletindo uma diminuição de 81 unidades.
REBOQUES AGRÍCOLAS NOVOS
Setembro de 2024
Situação atual negativa, expetativas melhoram
Barómetro de negócios da Associação Europeia de Maquinaria Agrícola (CEMA)
Oíndice geral do clima empresarial para a indústria de máquinas agrícolas na Europa melhorou ligeiramente, mas continua em território negativo. Em setembro, o índice passou de -57 pontos para -54 pontos (numa escala de -100 a +100).
A ligeira melhoria do clima empresarial deve-se exclusivamente a expetativas menos negativas para os próximos seis meses, enquanto a atividade atual continua a ser avaliada quase ao nível mais baixo de sempre. Um quadro semelhante pode ser visto na entrada de encomendas, para a qual as expectativas futuras melhoraram ligeiramente nos últimos meses, enquanto a entrada atual de encomendas, tanto da Europa como fora da Europa, permaneceu negativa. No que diz respeito aos mercados europeus de clientes finais (agricultores), os participantes no inquérito continuam a considerar que as necessidades de investimento são baixas em todos os países. Assim, apesar de ligeiras melhorias, ainda não existe um único mercado europeu com níveis de confiança positivos.
CLIMA DE NEGÓCIOS
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO
Índice Geral de Clima de Negócios CEMA (CBI) -Total
CBI Situação Presente Expetativa Futura
CBI = média geométrica de 1) avaliação da situação empresarial atual e 2) expetativa de volume de negócios; Índice varia de -100 a +100; Índice positivo para 1) significa que a maioria dos inquiridos avalia a situação atual como favorável e vice-versa; índice positivo para 2) significa que a maioria dos inquiridos espera um aumento do volume de negócios nos próximos seis meses, em comparação com o ano anterior, e vice-versa.
AVALIAÇÃO ATUAL E EXPETATIVAS
Questão: Consideramos que o negócio atualmente está...
Questão: Esperamos que nos próximos 6 meses o nosso volume de negócios...
Com base numa pesquisa mensal dentro da indústria europeia de máquinas agrícolas a VDMA executa um inquérito online para o CEMA, com uma cobertura dos principais setores de tratores e equipamentos municipais, a um grupo alvo de 140 gerentes de 9 países.
A visão dos representantes das marcas
A revista abolsamia pediu a três especialistas na área dos tratores e a da área dos equipamentos agrícolas um balanço do mercado no segundo e terceiro trimestre de 2024 em Portugal.
Tratores
Bruno Pignatelli, Gerente da Tractores Ibéricos (Grupo Auto-Industrial)
1 - O Q2 (bem como o mês de Julho e Agosto) seguiu a tendência do Q1 ou seja, uma subida generalizada do mercado até 31/08 de 27,2% . Por escalões de potência, segundo a divisão a que a nossa representada segue, temos o seguinte:
• <=60cv – subida de 5,6%
• 61 até 100 cv – subida de 87,5%
Aos especialistas na área dos tratores colocámos as seguintes questões:
1- Que balanço faz do segundo e terceiro trimestre do mercado de tratores/equipamentos agrícolas em Portugal (análise por segmentos de potência e eventuais diferenças regionais significativas)?
2- Que evolução espera no mercado de tratores/ equipamentos em Portugal nos próximos seis meses e quais são os principais motivos por trás dessas expectativas?
3- Qual é a sua análise sobre a tendência de queda contínua no índice geral do clima empresarial para a indústria de maquinaria agrícola na Europa (CEMA)?
As análises de especialistas no setor de tratores e equipamentos agrícolas em Portugal:
• 101 até 140 cv – subida de 40,0%
• 141 até 180 cv – quebra de 1,4%
• >181 cv – quebra de 2,4%
No nosso ponto de vista, esta subida enorme, sobretudo no escalão de potências entre os 61 e 100cv, tem tudo a ver com o programa de abate de tratores com mais de 10 anos lançado pelo governo em Outubro do ano passado, com prazo de execução até 31/12 e que as marcas, por falta de stock no momento, têm vindo a entregar ao longo destes meses.
Na sua maioria, estas vendas têm
sido realizadas no norte e centro do país, onde a agricultura não é tão profissional e onde os tratores não trabalham muitas horas por ano. Como tal, pensamos que as trocas por tratores novos aconteceram apenas, e só, pelo incentivo pois caso contrário pensamos que não seriam trocados … No caso do sul do país, sobretudo no distrito de Beja, as culturas do olival e amendoal continuam a crescer, e em força, o que faz com que o mercado continue muito dinâmico nesta região.
2 - No seguimento da minha resposta anterior, acreditamos que o mercado irá abrandar bastante nos restantes meses do ano pelo efeito da maioria da execução do Programa de Abate já ter sido executada.
3 - Penso que terá tudo a ver com a instabilidade que, nós europeus, estamos a viver a nível social, económico, político (com uma guerra atualmente dentro da Europa) e climático. Todos estes fatores não contribuem, de facto, para a subida de confiança dos agricultores.
João Bizarro, Diretor Comercial de Tratores da New Holland
1 - No que concerne ao Q2 o mercado continuou “em alta”, com um crescimento exponencial. Entre janeiro e junho falamos de um crescimento na ordem dos 25% face ao período homólogo do ano anterior. No Q3 começou a estabilizar. Acredito que o Q3 termine em linha com o do ano passado. Isto explica-se porque o Q3 de 2023 foi razoável e o Q4 muito bom. A soma Q1, Q2 e Q3 de 2024 continuará a ser bastante superior ao período homólogo fruto de um primeiro semestre fantástico. Analisando por segmentos, verificamos um crescimento significativo dos chamados Especiais, nos Compactos houve um crescimento acima dos 30 cv e uma queda abruta abaixo dos 30, nos Convencio-
José Luis Rodrigues, Territory Business Manager na John Deere Ibérica, S.A
nais (até aos 120 cv) assistimos a um crescimento substancial alicerçado pelo Programa de Abate. Entre os 120 cv e os 200 cv existe um ligeiro crescimento, e acima dos 200 cv o mercado está estabilizado. A nível regional, não existem diferenças significativas, sendo a melhoria transversal a todas elas.
2 - Nos próximos meses teremos a “contrassafra” pois quando existem muitas vendas numa fase inicial existem depois maiores dificuldades em manter esses números. Assim, claramente existirão menos matriculações no segundo semestre do que no período homólogo do ano anterior.
3 - É preocupante porque parece indiciar que o agricultor europeu atravessa ainda maiores dificuldades que o português, por estranho que isto pareça. Não identifico sinais que possam indiciar que recomecem a investir, nomeadamente, em máquinas agrícolas. Mês após mês vemos que o mercado continua estático, sem qualquer mostra de reação.
Depois das grandes manifestações que vimos na Alemanha, França ou Bélgica, pensámos que pudesse surgir algum encorajamento ou medidas que alterassem esta situação, mas a verdade é que isso não se verificou. Não prevemos um aumento de vendas a nível europeu em 2024. Será, seguramente, pior do que o ano passado.
1 - Como é do conhecimento geral, o mercado de tratores em Portugal teve um grande incremento no último ano, devido fundamentalmente ao denominado “Programa do Abate”. Embora o crescimento se tenha verificado em todos os segmentos até 120 cv de potência, o grande incremento de vendas deu-se essencialmente até os 80 cv, devido às próprias condicionantes do programa, que como se sabe, majorava as candidaturas até essa cavalagem. Penso que este programa da forma como foi desenhado, teve bastante impacto na agricultura de subsistência, muitas vezes também denominada agricultura familiar, que tem muito peso no panorama agrícola português. Ora, sendo a John Deere uma marca muito focada no sector profissional da agricultura, não beneficiou de um grande incremento nas suas vendas com proveniência deste programa de apoio aos agricultores. Ainda assim e findo o mês de agosto, o balanço do primeiro semestre do ano é positivo porque levamos mais vendas que no ano passado à mesma data e consolidamos a presença da marca, no mercado de tratores de alta potência. Além disso, estamos muito satisfeitos porque temos vindo a implementar muita tecnologia, na área da Agricultura de Precisão, tornando as explorações agrícolas dos nossos clientes, cada vez mais rentáveis e com a garantia de sustentabilidade futura. Tudo isto, em estreita cooperação com a nossa rede de concessionários, que continua a profissionalizar-se a bom ritmo, para dar cada vez melhor serviço aos clientes. Apesar da John Deere estar presente em quase todos os sectores da agricultura profissional, destaco o bom desempenho dos agricultores no setor lácteo, das bacias leiteiras a norte do Rio Tejo e nos Açores, assim como a excecional rentabilidade do olival no Alentejo, que tem permitido a consolidação da marca John Deere no mercado português.
2 - Penso que a fase ascendente do mercado total de tratores no primeiro semestre do ano, vai dar lugar a um decréscimo progressivo do mercado até ao final do ano 2024. Esta tendência está relacionada com o nível de execução do “Programa de Abate de tratores”, que, na minha opinião, está prestes a atingir o seu limite. Ainda existem bastantes candidaturas por executar, mas atendendo ao baixo valor atribuído pelo Estado, grande parte dos agricultores não demonstram interesse em realizá-las. No entanto e atendendo a que o mercado de tratores para clientes profissionais normalmente não apresenta tanta volatilidade, do ponto de vista da John Deere as expetativas para a segunda metade de 2024 são boas. Existem setores na agricultura portuguesa, em que a John Deere tem boa presença e dispõe de produtos adaptados, que se estima que continuem a ter rentabilidade. Não sendo um bom ano, por exemplo na viticultura e fruticultura, o ano 2024 está a ser razoável na produção de leite e tomate e vai voltar a ser um ano excecional na produção de azeite. Ainda que de forma muito gradual, o aumento do tamanho das explorações agrícolas em Portugal, aliado à falta de mão de obra no setor primário, está a provocar uma necessidade urgente, na otimização das tarefas agrícolas. Considero este aspeto muito relevante para a evolução da marca John Deere em Portugal, porque além da capacidade e fiabilidade dos seus tratores, dispõe de soluções na área da Agricultura de Precisão que estão a ajudar
os agricultores a otimizar as suas tarefas agrícolas, tornando-os cada vez mais rentáveis. Outro fator que influencia muito o mercado de tratores para clientes profissionais é a facilidade de acesso ao crédito e nesta área, as notícias apontam para uma descida progressiva das taxas de juro, facilitando o acesso à compra de maquinaria. Em resumo, apesar da tendência negativa na evolução do mercado total de tratores em Portugal, atendendo ao core onde a John Deere trabalha, as expetativas são boas.
3 - Na minha modesta opinião, os acontecimentos do último ano, com uma certa indefinição nas políticas agrícolas, as grandes manifestações dos agricultores nos países do centro da Europa e as
guerras quer na Ucrânia, quer no Médio Oriente, são os principais fatores na queda do índice geral do clima empresarial na indústria da maquinaria agrícola na Europa. Creio que a Comunidade Europeia aquando da definição das políticas agrícolas e principalmente na área das restrições ambientais, não ponderou devidamente as consequências da aplicação das mesmas, em particular no que poderia provocar aos agricultores e aos consumidores em geral, num contexto de globalização na agricultura. Ainda assim, considero que sendo a agricultura imprescindível para a sobrevivência do ser humano no planeta e, por consequência, existir uma constante necessidade no fabrico de maquinaria, os índices voltarão a recuperar, resta saber em que horizonte temporal.
Equipamentos agrícolas
Nuno Gama Lobo, CEO Galucho
1 - Ao longo do segundo trimestre e, de forma acumulada do primeiro semestre do ano, temos assistido a uma redução generalizada na venda de equipamentos agrícolas, sentida não só em Portugal, mas também em toda a Europa, ainda que mais significativa nuns mercados do que noutros.
Em Portugal, tem sido um primeiro semestre com um abrandamento no volume de vendas, mas a Galucho, por ser líder de mercado, conseguiu ter uma quebra de vendas inferior à queda média do mercado. A Galucho privilegia cada vez mais a qualidade na produção e conceção dos seus produtos, fator que acreditamos que leva os clientes a continuarem a preferir a nossa marca, mesmo neste momento de maior retração, embora também esta tipologia de clientes esteja a fazer uma avaliação cada vez mais criteriosa e mais cuidada das compras que fazem.
Acreditamos que esta quebra é conjuntural, não sendo apenas um problema de Portugal, mas sim um problema de toda a Europa que está a sofrer um efeito semelhante.
2 - Nos próximos meses, esperamos uma evolução positiva no mercado de equipamentos agrícolas, por dois principais motivos. Olhando para Portugal, acreditamos que com o ambiente mais positivo e de maior diálogo que tem existido com a entrada do novo Ministro da Agricultura, fará com que os apoios comunitários comecem finalmente e novamente a chegar aos agricultores, e que os seus efeitos se façam sentir já a partir de outubro/novembro. Por outro lado, analisando os dados macroeconómicos internacionais, acreditamos que haja uma redução significativa nas taxas de juro internacionais que permitirá uma maior capacidade de investimento das empresas e das pessoas e que isso também se refletirá positivamente naquilo que é o mercado e a sua evolução em termos de vendas.
3 - A tendência de queda contínua no índice geral do clima empresarial para a indústria de maquinaria agrícola na Europa tem muito a ver com os motivos que supra indiquei, ou seja, há uma crise conjuntural no setor da maquinaria agrícola a nível europeu potenciado também pelas mudanças e indefinições em volta da Política Agrícola Comum na Europa e do papel da organização que esta nova Política Agrícola Comum terá que promover junto das organizações e de cada país, mas também com o impacto que o aumento muito significativo e de uma forma muito abrupta das taxas de juro promoveu nos atores e agentes económicos. Estes dois fatores refrearam os investimentos.
Acreditamos, que com a expectável redução das taxas de juro, se comece a sentir uma reversão desta tendência de queda ainda no ano de 2024 e que se acentue positivamente para voltarmos a ter um ambiente mais positivo no clima empresarial para a indústria da maquinaria agrícola a partir do primeiro trimestre de 2025.
A Galucho tem conseguido ter uma tendência de queda muito menor do que aquilo que é a tendência de queda no mercado, o que demonstra também a solidez e a força da marca junto dos seus clientes. E por isso acreditamos que quando houver um momento de retoma, essa preferência que os clientes têm tido para connosco, se continuará a verificar e que nos permitirá sair desta fase menos positiva que todo o mercado dos fabricantes de equipamentos agrícolas está a vivenciar de uma forma consolidada, forte e com muita vontade de responder aos desafios futuros para a maquinaria agrícola, não só na Europa, mas no resto do mundo.
MONARCH TRACTOR EXPANSÃO EUROPEIA
A Monarch Tractor anunciou esta semana que concluiu a maior ronda de financiamento da história da robótica agrícola, tendo angariado 133 milhões de dólares (122 milhões de euros) em capital.
Segundo a Monarch, este novo financiamento será utilizado para prosseguir o desenvolvimen to tecnológico do seu trator MK-V e para expan dir a sua rede mundial de concessionários. Isto inclui a expansão na Europa, onde a Monarch vê um grande potencial para o seu trator elétrico autónomo. O crescimento europeu será gerido através de uma sede em Flandres, na Bélgica. Nos EUA, os tratores Monarch são atualmente construídos pelo fabricante taiwanês Foxconn. A soma agora angariada coloca a avaliação da empresa em mais de 500 milhões de dólares.
Ao recorrer exclusivamente a energia elétrica, a Monar ch pretende satisfazer a procura crescente em culturas de elevado valor, como as vinhas, onde os consumidores valorizam uma produção com menos emissões de CO2 Além disso, o trator MK-V é um dos primeiros do mundo totalmente elétrico que também funciona de forma autónoma. O trator combina IA avançada e tecnologia de condução autónoma para apoiar várias operações no terreno.
TRATORES COMPACTOS
Tratores de 18 a 26 cv, com e sem cabine.
A CULTIVAR UM NOVO MUNDO
INOVAÇÃO E TECNOLOGIA
Trator elétrico de 27 cv e protótipo de trator a hidrogénio de 55 cv.
Soluções tecnológicas integradas de agricultura de precisão.
TRATORES UTILITÁRIOS
Tratores de 55, 65 e 75 cv, com e sem cabine.
A tecnologia da Monarch também está a ser utilizada pela CNH Industrial para desenvolver tratores elétricos para as suas marcas Case IH e New Holland.
www.sagar.pt
Mercado global de tratores caiu 8% em 2023, mas receitas subiram
Em 2023 foram vendidos, a nível global, cerca de 2,2 milhões de tratores novos, número que representa uma queda de cerca de 8,0%. Ainda assim, os preços mais elevados impulsionaram as receitas, que subiram 2,0% para um total de 57 mil milhões de dólares. De acordo com a FederUnacoma (a associação italiana de fabricantes), a Índia continua a ser o maior mercado mundial, com 915.000 unidades, enquanto o mercado chinês de tratores diminuiu -28%, para cerca de 380.000 unidades. O norte-americano também registou uma quebra (-8,0%), para 250.000 unidades. Já na Europa, os registos totais caíram 5,0%, para as 158.000 unidades. Em França as vendas cresceram 2,0%, para 36.400 unidades, e o mercado alemão manteve-se estável com 28.900 unidades. No entanto, os mercados italiano e espanhol caíram a pique para, respetivamente, 17.600 unidades (-13%) e 7.700 unidades (-18%). A FederUnacoma considera que estas quebras são consequência de uma menor rentabilidade agrícola, em parte devido a condições climatéricas desfavoráveis que afetaram algumas culturas.O número de unidades vendidas diminuiu, mas o valor dos 2,2 milhões de tratores vendidos aumentou 2,0% para 57 mil milhões de dólares. O mercado de equipamento agrícola também aumentou 2,0% no ano passado, para 73 mil milhões de dólares, e o mercado de componentes aumentou 5,0%, para 34 mil milhões de dólares. Ao todo, o mercado global de tratores e equipamentos agrícolas aumentou 3,0% em 2023, para US $ 164 mil milhões.
Mercado europeu: vendas de máquinas agrícolas em baixa
A incerteza relacionada com os conflitos na Ucrânia e no Médio Oriente, o aumento dos preços de compra e a subida das taxas de juro estão a abrandar o mercado, que, entre janeiro e julho, registou descidas na Europa, nos Estados Unidos, na Índia e na Turquia. As matrículas
também diminuíram em Itália.
Omercado europeu de tratores fechou os primeiros sete meses de 2024 com uma queda de 11,4% em relação ao mesmo período do ano passado. São estas as indicações dos recentes inquéritos do CEMA (Associação Europeia de Maquinaria Agrícola).
De acordo com os dados divulgados pelo CEMA - apresentados a 10 de setembro em Roma durante a conferência de imprensa da EIMA International 2024, realizada na sede da Agência Italiana para o Comércio (ICE) - para os meses considerados, as vendas
de tratores agrícolas ultrapassaram as 125.000 unidades, com uma tendência diversificada em função das classes de potência. De facto, os que registaram a maior diminuição foram principalmente os de potência superior a 37 kW (50 cv), com uma queda de 9% (com cerca de 114.000 veículos vendidos), enquanto a gama de baixa potência, ou seja, até 37 kW, apresentou um bom desempenho, aumentando 4,5%, com 58.600 veículos novos matriculados.
A queda das vendas afetou a maior parte dos países europeus, embora com algumas exceções. Considerando apenas os principais mercados, a
tendência é de estabilidade na Alemanha, sendo que as quase 18.500 unidades registadas se mantêm nos mesmos volumes de 2023, e houve uma recuperação em Espanha. Depois de um 2023 complicado, o mercado ibérico registou, de facto, uma subida nas compras, que cresceram 9,9% entre janeiro e julho (4.600 veículos). A evolução em França e na Grã-Bretanha não foi tão positiva: enquanto o mercado francês conseguiu conter as perdas em 4,9% (17.400 unidades), o britânico caiu 11,7% (pouco mais de 7.700 novos veículos matriculados).
No que diz respeito ao mercado italiano, as matrículas de julho indicam um decréscimo de 15,3% para os tratores (pouco mais de 9.800 unidades), tendo as ceifeiras-debulhadoras (-35,5%, com 200 unidades), os tratores com plataformas de carga (-20,3%, com 330 unidades) e os manipuladores telescópicos (-18,7%, com um total de 612 unidades) também fechado no vermelho, enquanto os reboques registaram um decréscimo limitado a 1,9% (pouco menos de 4.800 unidades). Em Itália, o problema do aumento dos custos é agravado pela continuação da espera em relação às várias medidas de incentivo (rea-
AS PREVISÕES PARA O PERÍODO DE 2024 A 2027 INDICAM UM AUMENTO MÉDIO ANUAL DE 4,9% A NÍVEL MUNDIAL PARA O MERCADO DOS TRATORES
fectação dos fundos do PNRR-Next Generation, Transition 5.0, segunda tranche do Fundo de Inovação).
Por fim, no que diz respeito à evolução dos mercados não europeus, os dados parecem confirmar a situação económica desfavorável de dois dos principais países: nas estatísticas de vendas atualizadas até julho, com efeito, os Estados Unidos registaram uma diminuição de 11,9% nas vendas de tratores e a Índia registou uma diminuição, também para os tratores, de 8,7%.
A retração do mercado europeu e dos principais mercados estrangeiros - como foi explicado durante a conferência - depende de fatores conjunturais, nomeadamente o aumento do preço dos veículos devido ao crescimento dos custos de produção, de transporte e de logística e, em geral, da incerteza provocada pelas variáveis geopolíticas e pelos conflitos em curso na Ucrânia e no Médio Oriente, mas a procura continua potencialmente elevada.
“As previsões para o período de 2024 a 2027 - explicou a Presidente da FederUnacoma, Mariateresa Maschio, durante a conferência de imprensa - indicam um aumento médio anual de 4,9% a nível mundial para o mercado dos tratores. A tendência para os outros tipos de veículos não é diferente, prevendo-se um crescimento anual de 5,4% até 2027”.
MERCADO DE DRONES AGRÍCOLAS EM CRESCIMENTO ACELERADO
De acordo com um relatório da Global Market Insights, as vendas de drones agrícolas a nível mundial estão a ser impulsionadas pelo crescimento contínuo da agricultura de precisão, mas também pelos avanços na tecnologia, pelo reforço dos apoios estatais e até pelo enquadramento legal mais favorável.
Crescimento Anual Composto) de 20,1% entre 2024 e 2032.
Em 2022, este segmento de mercado atingiu os 7,9 mil milhões de dólares e deve testemunhar um CAGR
(Compound Annual Growth Rate - Taxa de
Além da utilização na pulverização em zonas de difícil acesso, por exemplo, estes drones podem ser equipados com uma variedade de sensores e de tecnologias de captação de imagem, como câmaras, LiDAR e sensores multiespectrais, que lhes permite recolher uma imensidão de dados. Estes podem ser utilizados para diferentes fins, incluindo a monitorização, o mapeamento e a análise de culturas, bem como a gestão da irrigação e o controlo de pragas.
MÁQUINAS AUTÓNOMAS ENFRENTAM OBSTÁCULO
Oavanço e a evolução tecnológica das máquinas autónomas prometem transformar o setor agrícola, trazendo maior produtividade, precisão e eficiência às operações. Contudo, de acordo com a análise da RaboResearch, atualmente o trator convencional continua a ser essencial para as explorações agrícolas.
De acordo com a análise da RaboResearch, atualmente o trator convencional continua a ser essencial para as explorações agrícolas
A quota de mercado do segmento de software também cresceu e gerou receitas substanciais em 2022, sendo de esperar que dê um salto significativo na próxima década. Os avanços nos softwares aplicados aos drones agrícolas ajudam a aprimorar a análise de dados para permitir aos agricultores obter indicações ainda mais precisas e pormenorizadas. Além disso, a integração de algoritmos baseados em Machine Learning contribuirá decisivamente para otimizar as práticas agrícolas e potenciar o crescimento e a eficiência.
Isto porque a transição para máquinas autónomas enfrenta vários obstáculos, nomeadamente devido à incerteza em torno das normas de segurança e de proteção de dados (a União Europeia prevê implementar normas industriais uniformes apenas em 2027). Além disso, e se é verdade que os robôs agrícolas e os tratores autónomos capazes de operar sem intervenção humana direta podem revolucionar atividades como a colheita, facilitando o trabalho e otimizando os recursos, para que estes equipamentos se tornem uma escolha viável para os agricultores precisam de demonstrar vantagens claras em relação aos sistemas convencionais. Se não forem mais eficientes ou não melhorarem significativamente a produtividade, a adoção destas novas tecnologias será mais lenta. Atualmente, o mercado global de maquinaria agrícola autónoma está fragmentado, com várias startups a desenvolverem máquinas para tarefas específicas no campo, no entanto, os grandes players do setor, como a John Deere, a Case IH, a New Holland, a Kubota ou a Claas, continuam a liderar a inovação, concentrando-se na incorporação gradual de capacidades autónomas nas suas máquinas.
FÓRUM DPAI/ACAP
A 28 DE NOVEMBRO
OFórum DPAI/ACAP, o grande acontecimento do Pós-venda AUTOMÓVEL em Portugal, terá lugar no Museu do Oriente, em Lisboa, no dia 28 de novembro. Esta edição será subordinada ao tema Ao Volante da Inovação.
O Programa do Fórum será disponibilizado em breve, mas podemos desde já divulgar que estarão presentes oradores com experiência nacional e internacional, cujas intervenções estão orientadas para o sucesso e crescimento sustentável do negócio pós-venda automóvel, no âmbito dos temas mais desafiantes da atualidade.
O Formato do Fórum foi ligeiramente alargado, para corresponder às solicitações recebidas e permitir debate e networking entre os participantes.
Marque já na sua agenda e fique atento à abertura das inscrições. Atenção que os lugares são limitados.
Para mais informações pode contatar através do email mail@acap.pt
ADR
COMEMORA 70 ANOS
OGrupo ADR, especializado no fabrico de eixos e suspensões, foi fundado em 1954 em Uboldo (Itália) por Giovanni Radrizzani e Antonietta Airoldi. A celebrar o seu 70º aniversário, as comemorações são assinaladas com um livro, “Profumo di Ferro e Caffè” (Perfume de Ferro e Café), e com uma série de eventos. O mais recente foi realizado no Garden Toscana Resort. O evento contou com a presença de todos os colaboradores do Grupo ADR dos vários países onde estão localizadas as 15 empresas do grupo.
It’s not an electric telehandler. It’s an
MINI AGRI
VISIT US
36 / STAND A4
+ 351 969 149 357 geral@dieciportugal.pt
Zona Industrial Monte da Barca, Lote nº54. 2100-051 Coruche
PÖTTINGER MANTÉM A SOLIDEZ NO EXERCÍCIO DE 2023/2024
Durante o exercício fiscal de 2023/2024, a Pöttinger, empresa familiar austríaca especializada em maquinaria agrícola, com sede em Grieskirchen, registou uma receita consolidada de 491 milhões de euros, o que representa uma estabilização após dois anos de crescimento acentuado, com aumentos de 25% em 2021/2022 e 27% em 2022/2023.
GRUPO KUHN REDUZ VENDAS EM 17% NO 1º SEMESTRE
Apesar da ligeira quebra nas vendas, a Pöttinger continua com uma taxa de exportação consistente de 90%, e uma presença forte em mercados-chave como a Alemanha, que representa 18,2% das vendas, seguida de França (17,1%) e Áustria (10,4%).
A recente aquisição do fabricante italiano MaterMacc, em 2022, consolidou a presença
Aqueda significativa da procura de máquinas novas nos primeiros seis meses do ano resultou numa redução de 17% nas vendas líquidas do Grupo Kuhn.
Nos primeiros seis meses de 2024, o Grupo Kuhn obteve vendas líquidas no valor de cerca de 733 milhões de euros, uma redução de 17% quando comparados com os cerca de 887 milhões de euros registados no período homólogo de 2023. A Bucher Industries, empresa-mãe do Grupo Kuhn, afirma que os preços mais baixos dos produtos agrícolas, as elevadas taxas de juro e a redução dos subsídios continuam a tornar os agricultores cautelosos em termos de investimento.
Além disso, os stocks de máquinas na rede de concessionários permanecem elevados, levando a uma menor procura, o que se refletiu num declínio significativo na entrada de encomendas, especialmente no Brasil e na Europa.
Em relação ao segundo semestre deste ano, a Bucher Industries espera que a procura de máquinas agrícolas continue a ser afetada pelo ambiente volátil.
da empresa no segmento de equipamentos para sementeira de precisão. A Pöttinger também continua a investir na combinação de várias operações agrícolas numa única passagem, como acontece com a lavoura e sementeira utilizando o cultivador TERRIA e a grade de discos TERRADISC 8001 T, em conjunto com a tremonha frontal AMICO F.
GRUPO AMAZONE BATE NOVO
RECORDE
DE VENDAS EM 2023
Apesar das desafiantes condições de mercado, o Grupo Amazone registou um aumento de 6,0% nas vendas em 2023 para um valor recorde de 852 milhões de euros.
O resultado recorde do ano passado segue-se a um aumento de 22% nas vendas em 2022, para 804 milhões de euros. Resta saber se a empresa consegue manter a dinâmica este ano. A mensagem é que as condições económicas globais continuam voláteis e que as empresas agrícolas enfrentam novas dificuldades.
O motor das vendas será a expansão da gama de produtos. Os lançamentos recentes incluem a adição de um modelo de 6,0 m à gama de semeadores pneumáticos de precisão rebocados Precea. Existem também novas charruas Teres e Tyrok e a empresa está a avançar rapidamente nas soluções de condução autónoma e de IA.
Cerca de 80% das máquinas Amazone são exportadas, e novos mercados, como a América do Norte e a América do Sul, estão a tornar-se cada vez mais importantes à medida que a empresa procura expandir a sua presença global.
RECEITAS DA CNH INDUSTRIAL CAIEM NO SEGUNDO TRIMESTRE
ACNH Industrial registou uma queda de 16% nas receitas consolidadas do segundo trimestre de 2024, totalizando 5,9 mil milhões de dólares. As vendas líquidas das atividades industriais caíram 19%, atingindo 4,8 mil milhões de dólares. O lucro líquido foi de 438 milhões de dólares, com um lucro diluído por ação de 0,34 dólares, comparados com os 710 milhões de dólares e 0,52 dólares por ação no mesmo período de 2023. O abrandamento da procura global e a redução de stocks pelos concessionários foram as principais causas da queda. A empresa já avançou com um programa de reestruturação e espera reduzir as despesas em 10 a 15%. A CNH prevê ainda uma queda de 15% a 20% nas vendas líquidas do segmento de Agricultura em 2024. Apesar dos tempos desafiantes que enfrenta, o novo CEO da CNH, Gerrit Marx, mantém-se confiante na estratégia delineada para o gigante agro-industrial.
AGCO REGISTA UMA QUEBRA NAS VENDAS NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2024
AAGCO, empresa que aglomera as marcas Fendt, Massey Ferguson e Valtra, reportou uma quebra nas vendas no primeiro semestre, totalizando cerca de 6,2 mil milhões de dólares, o que representa uma diminuição de 13,7% face a igual período de 2023.
Já no primeiro trimestre, as vendas tinham caído 12,1% face ao mesmo período de 2023. No segundo trimestre a queda acentuou-se, com as vendas a descerem 15,1%, atingindo os 3,2 mil milhões de dólares, comparados com os 3,8 mil milhões do ano anterior.
Segundo a AGCO, os fracos resultados devem-se ao enfraquecimento das condições de mercado e a cortes na produção, medidas adotadas para reduzir os stocks da empresa e dos concessionários.
Na Europa Ocidental, as vendas de tratores diminuíram 5% em 2024. Apesar do crescimento em mercados como a Alemanha, Turquia e França, esta tendência foi contrariada pelas quedas em Itália, no Reino Unido e na Escandinávia.
Para o resto do ano, a AGCO antecipa a manutenção desta trajetória negativa devido aos baixos rendimentos agrícolas. No entanto, a empresa espera que a procura dos produtores de leite e gado atenue parte da quebra. Além disso, a AGCO anunciou a venda do seu negócio de cereais e proteínas, incluindo a GSI, numa transação avaliada em 700 milhões de dólares.
CNH VENDE A KONGSKILDE À SEKO INDUSTRIES
De acordo com várias fontes europeias, a CNH Industrial terá vendido a sua marca Kongskilde à empresa italiana Seko Industries. A venda, que ainda não tinha sido oficialmente confirmada pela CNH até ao fecho desta edição, terá sido concluída em agosto de 2024.
Esta transação ocorre após a venda do negócio de charruas Överum, sinalizando uma mudança na estratégia da CNH Industrial. Relembramos que a New Holland, marca da CNH, tinha anteriormente dado indicações de que pretendia posicionar-se como um fornecedor full liner de maquinaria agrícola. Com a compra da Kongskilde, a Seko Industries, conhecida pela gama de unifeeds rebocados e automotrizes, entra no setor das alfaias de mobilização, expandindo assim significativamente o seu portfólio.
YOKOHAMA ADQUIRE A DIVISÃO OFF-HIGHWAY DA GOODYEAR
Ogigante japonês adquiriu a divisão Off-Highway da Goodyear, um dos maiores fabricantes de pneus dos Estados Unidos. O valor da transação rondou os 905 milhões de dólares.
Após um processo de reorganização interna e da aquisição do grupo Trelleborg, a Yokohama volta a dar mais um passo decisivo na sua estratégia de expansão. A aquisição da divisão
Off-Highway surge na sequência da alteração das estratégias da empresa americana, em conformidade com o seu plano de transformação “Goodyear Forward”.
A atividade fora de estrada da Goodyear Tire & Rubber Company conta com uma base global de clientes em vários setores de atividade, desde a exploração mineira à construção, passando pelas aplicações industriais e agrícolas.
A intenção da Goodyear é utilizar as receitas da transação para desalavancar e desenvolver projetos relacionados com o plano de transformação já mencionado. No entanto, a atividade de fornecimento de pneus para o exército americano continuará a pertencer à Goodyear.
YANMAR ADQUIRE A CLAAS INDIA
AYanmar Holdings anunciou a aquisição total da CLAAS India, fabricante de máquinas agrícolas, através da Yanmar Coromandel Agrisolutions. A transação, que terá sido concluída a 30 de setembro de 2024, visa impulsionar a expansão do agronegócio da Yanmar na Índia. Com esta aquisição, a Yanmar ganha uma fábrica de topo a nível mundial e um histórico sólido na produção de ceifeiras-debulhadoras de eleva da qualidade. Segundo Kemal Shoshi, Presidente da Yanmar Agribusiness, “a Índia é um mercado essencial para a empresa, e esta aquisição permitirá oferecer uma gama mais ampla de produtos, reforçando a presença da Yanmar no país”. Já Jan-Hendrik Mohr, CEO do CLAAS Group, destacou “os valores comuns entre as empresas, como o compromisso com a qualidade técnica, a fiabilidade e a construção de relações sólidas com as partes interessadas, particularmente com os clientes do sector agrícola”.
Neves, sócio-gerente, e a esposa
REPRESENTANTES DA GEOMAX EM PORTUGAL
Criada em 2015 pelos irmãos João e Susana Neves, a JNSN assumiu no início deste ano a representação exclusiva da GeoMax e da Laser Eletronics. Com quatro revendedores autorizados, a JNSN continua a expandir o leque de parcerias e promete mais novidades para breve.
Por Rui Reis
Diz o ditado que “a necessidade aguça o engenho” e no caso da JNSN a própria criação da empresa, em 2015, surgiu da necessidade, neste caso, de vários clientes que iam pedindo apoio. “Começámos com os tubos hidráulicos, mas os agricultores que nos conheciam iam pedindo mais produtos, alguns bastante diferen ciados, e nós fomos à procura de soluções. Fomos tão bem-sucedidos que acabámos por montar um negócio em torno disso”. João Neves, sócio-gerente da JNSN (resultado da sociedade com a irmã Susana Neves), explica que a ideia de formar a empresa surgiu quase por acaso, aliás como a recente representação dos aparelhos da GeoMax de conformação de solos e os sensores e unidades de controlo Agricontrol da Laser Electronics. “Estava numa feira e cruzei-me com o importador da Laser Electronics e, após uma breve conversa, fui convidado para
ano (os aparelhos da GeoMax trabalham em parceria com os sensores e unidades de controlo da Laser Electronics) do que o nosso antecessor num ano completo”.
O Geomax 60 DG é um laser de grau totalmente automático em ambos os eixos
aparelhos. Já em relação à Geomax, já trabalhávamos a marca desde 2017, mas no final do ano passado fomos abordados pelo anterior importador no sentido de ficarmos com a importação. E decidimos aceitar o desafio”. Mas se algumas coisas surgiram quase por acaso, só o trabalho e a dedicação da equipa fixa, composta por quatro pessoas, tem permitido cimentar o sucesso da JNSN. “Até agora, felizmente, está a correr lindamente e já vendemos mais unidades completas em meio
GPS da Trimble e tripés MQ E as soluções da JNSN não se esgotam na representação exclusiva da GeoMax e da Laser Electronics, comercializando ainda os GPS Trimble e os tripés altamente especializados e muito robustos da MQ. Para João Neves “o grande desafio agora é alargar o leque de revendedores para a GeoMax. Estivemos na FNA e angariámos vários contatos. Este são produtos muito versáteis que podem ser utilizados tanto na construção civil como na agricultura. São aparelhos que servem para conformação de solos, guiando automaticamente as pás niveladoras. Aqui, na região de Alcácer do Sal, temos muitos arrozais e é importante que os solos sejam perfeitamente nivelados para a distribuição de água ser equitativa. Já no tomate ou em outras culturas, há quem prefira ligeiras pendentes para a água escorrer lentamente, mas tudo terá de ser uniforme, e estas máquinas, tanto os rotadores lasers da GeoMax como os recetores e as unidades de controlo da Laser Electronics, trabalham com margens de erro que rondam os 0,5mm por cada 10m, sendo extremamente precisas”. E há algum modelo que se destaque? “Sim, o GeoMax 60DG é o mais vendido porque oferece uma relação preço/qualidade/versatilidade imbatível para um rotador laser profissional. É muito robusto e extremamente preciso, as qualidades mais valorizadas pelos nossos clientes”.
Estremoz - Sede
Z. Ind. - Apartado 41 T. 268 337 040
Z. Ind. de Muge, Rua A - Lote 12 A - Nº 34 T. 263 151 608
Z. Ind. - Rua Metal. Alentejana, 10 T. 284 329 278
Z. Ind. -Monte Barca, Lt.6 T. 243 678 041
Z. Ind. de Almeirim, R. Artur Silva Barreiros, 7-8 T. 266 701 558 Ferreira do Alentejo
Z. Ind. - Lote 23 T. 284 739 944
Estrada Nacional 4, 42, T. 265 096 102
Foco na Inovação e no Serviço ao Cliente
Prestes a completar oito anos envolvido na gestão operacional da Galucho, Nuno Gama Lobo é, desde há cerca de três anos, o CEO da empresa. Num período marcado por várias mudanças internas e externas, conversámos com o gestor sobre os desafios e tendências com que a marca se deparou. Isto sem deixar de abordar o ano de 2024, o ano mais desafiante no que ao mercado agrícola diz respeito.
Por Sebastião Marques
Entrou na Galucho em 2017 e celebra em 2024 três anos enquanto CEO. Que balanço faz?
Omeu percurso na Galucho até chegar a CEO foi progressivo e sempre focado na gestão operacional da empresa. Entrei no início de 2017 como Diretor Financeiro e de Suporte, tendo em 2019, sido convidado para Diretor Executivo, ficando com a supervisão operacional de todas as áreas da empresa. Há cerca de quase três anos fui convidado pelo Dr. José Justino, presidente do Conselho de Administração da Galucho, a assumir as funções de CEO.
Este período desde 2017 ficou marcado por grandes desafios e por muitas mudanças
a nível interno e de reorganização da empresa, mas também por um grande crescimento a nível de vendas quer a nível nacional quer internacional. A Galucho alcançou nestes últimos anos, de forma consecutiva e consolidada, resultados positivos, o que é um track record da empresa, performance que permitiu a consolidação e a solidificação do processo de reestruturação que temos vindo a implementar há vários anos. Registámos também um crescimento ao nível dos resultados no mercado nacional e internacional, quer a nível do mercado agrícola quer a nível do mercado dos equipamentos de transporte de mercadorias, área de negócio esta que tem tido crescimento das vendas em Portugal e no estrangeiro.
A nossa génese enquanto empresa é
agrícola, algo de que nunca nos esquecemos e que muito valorizamos, por isso, outra das nossas prioridades passou pelo desenvolvimento de novas soluções para o setor agrícola. Nos últimos anos, além da estratégia de crescimento, promovemos o lançamento de vários novos produtos, o que nos permitiu também uma reaproximação dos Clientes, respondendo às suas necessidades, tendo nós dinamizado várias ações de divulgação com a nossa forte presença no terreno, procurando cada vez mais envolver os nossos Clientes na vida e no dinamismo da Galucho.
Olhando aos maiores desafios que vivemos neste período além de termos passado por uma pandemia que alterou o estilo de vida e o modo de trabalhar de todos nós, tomámos a decisão, desde o início do processo de reestruturação, de “atacar” de frente algumas melhorias estruturais que entendíamos necessárias implementar. Focámo-nos na modernização e otimização dos métodos de produção existentes, com forte aposta na robotização, que nos permitiram produzir um produto cada vez melhor e de forma mais rápida, na transformação digital para aumentar a agilidade e eficiência
das nossas equipas, na atração e retenção de talento mais qualificado, na realização de ações para melhorar o serviço e a experiência do Cliente e na inovação e evolução da nossa gama de produtos. Ao longo destes quase oito anos, a nossa equipa implementou medidas que nos permitiram melhorar significativamente em todos estes campos.
Claro que sentimos que existe ainda espaço para melhorarmos, pois queremos evoluir ainda mais, especialmente no que diz respeito ao serviço ao nosso Cliente, área chave para a Galucho, mas estamos satisfeitos com o caminho que percorremos em comunhão e forte interação com a nossa rede de concessionários em Portugal, os quais têm sido essenciais para a consolidação e crescimento da Galucho.
Resumindo, o balanço é extremamente positivo. Conseguimos construir uma equipa capaz de entregar um serviço cada vez melhor aos nossos Clientes, com maior proximidade com eles, consolidámos a nossa presença no mercado nacional como líder de mercado nas áreas em que estamos presentes no setor agrícola, inovámos e desenvolvemos a nossa oferta através do lançamento de novos produtos, melhorámos a qualidade do nosso serviço pós-venda e prazos de entrega. A par disto, conseguimos voltar a dedicar-nos ao mercado de exportação, tendo alcançado um crescimento significativo e aberto novos mercados.
Obviamente, este é um trabalho de equipa e além de agradecer o enorme contributo que todos os nossos colaboradores, concessionários, parceiros e Clientes tiveram para este dinamismo positivo que hoje se vê e sente na empresa, não queria deixar de salientar e agradecer à nossa Administração, e de uma forma muito especial ao Dr. José Justino, Presidente do Conselho de Administração, pelo apoio e confiança que sempre me foi transmitida e pela sua dedicação, proximidade e alinhamento com a equipa de Gestão Executiva da Empresa, fatores que acredito têm sido fundamentais e essenciais para a obtenção dos bons resultados que temos obtido.
Em quase oito anos foi possível identificar novas tendências no mercado de máquinas agrícolas nacional?
Diria que a grande tendência diferenciadora a nível nacional foi o crescimento - não só da área cultivada, mas também no volume de negócio - do setor oleícola. Isto levou a
Galucho a ter de se adaptar, não só ao nível da estratégia comercial, mas também em termos da nossa oferta de produto. Olhando para o futuro, além de continuarmos a consolidar os nossos segmentos de produto “tradicionais”, queremos cada vez mais apostar no setor florestal e nas culturas especializadas (olival, pomar e vinha). Queremos e vamos desenvolver estrategicamente a nossa gama de produto nestas áreas nos próximos anos.
Uma das suas imagens de marca enquanto CEO da Galucho foi a aposta na Inovação e Desenvolvimento, que se traduziu no lançamento de mais de sete produtos (só na área agrícola) nos últimos dois anos. Quais foram os principais desafios enfrentados no desenvolvimento e lançamento destes produtos, especialmente considerando o contexto do mercado agrícola em que ocorreram? Cedo detetámos que a Inovação e o Desenvolvimento de novos produtos teriam que ser o motor do desenvolvimento futuro da Galucho. Numa fase inicial, focámo-nos bastante no desenvolvimento de conceito, prototipagem e testagem, pois não queríamos apresentar ao mercado qualquer novidade sem ter soluções maturadas e testadas. Isso obrigou-nos a prolongar as janelas de desenvolvimento. Dentro dos lançamentos que fizemos destacaria a grade rápida GDR, que penso que irá ser um produto com grande implementação no mercado nacional, a nova grade de desmatação para o setor florestal, o reboque elevatório e a nova gama de cisternas. São soluções diferentes daquelas que existem no mercado, em setores que estão em crescimento, e onde detetámos que queríamos ter uma oferta de produtos mais ampla e diversificada.
Além dos novos produtos, fizemos também um amplo trabalho de melhoria e modernização de equipamentos já existentes, destacando a gama de reboques PB e, mais recentemente, do MG. Em relação a este último, em 2024 fizemos um verdadeiro facelift, mudando a esquemática e o processo de pintura - aumentando a qualidade e tornando-a mais durável e resistente à abrasão-, mudando a configuração ao nível da estanquicidade, conforto de utilização (com a introdução de escadas e alteração do varandim), tornando-o assim um
produto ainda mais preparado para uma utilização intensiva.
Grade rápida GDR: A fase de testes em clientes finais mostrou a multiplicidade de aplicações que esta grade pode ter. Foi testada em várias culturas, em diferentes localizações, tendo o feedback obtido sido “bastante positivo”, segundo Nuno Gama Lobo. Esta fase de testagem permitiu à Galucho incorporar no produto final, agora disponível, algumas melhorias sugeridas pelos clientes onde a máquina foi testada.
Que lições retiraram destes lançamentos que possam influenciar a forma como a Galucho abordará futuros desenvolvimentos de produto?
Queremos cada vez mais conseguir aproveitar a complementaridade de componentes que já produzimos internamente para o desenvolvimento de novas máquinas. Temos um acervo de mais de 36.000 componentes projetados, desenvolvidos e produzidos internamente e queremos que, cada vez mais, estes tenham um uso recorrente e transversal a várias máquinas. As peças originais Galucho, produzidas integralmente nas nossas fábricas, asseguram a longevidade, performance e a qualidade do trabalho executado pelas nossas máquinas, pelo que é fundamental que os nossos Clientes usem apenas peças originais Galucho.
Olhando aos próximos anos, quais são as principais prioridades enquanto CEO da empresa?
Há novos mercados, produtos ou tecnologias em que estejam particularmente interessados?
Projetando aquilo que gostaria que fossem os próximos cinco anos, queremos consolidar a nossa posição de liderança no mercado nacional, melhorar cada vez mais o Serviço aos nosso Clientes e lançar novos produtos. A imagem e o nome da marca Galucho está sempre associado à qualidade e durabilidade dos seus equipamentos, e queremos cada vez mais nos focar na qualidade, do produto e do serviço, fazendo também uma aposta forte e sustentada na exportação, pois temos planos bastante ambiciosos para a nossa exportação para os próximos 5 anos, com o objetivo claro de duplicarmos as nossas vendas de exportação neste período
No que toca a tecnologias, olhamos com muita atenção para o uso cada vez mais frequente de novas soluções tecnológicas para a Agricultura, bem como para o potencial do uso da Inteligência Artificial e para o impacto que a mesma terá em todas as atividades económicas. Enquanto fabricantes de equipamentos, sabemos que não apenas na fábrica e na produção industrial, mas também na Agricultura, a Inteligência Artificial terá cada vez mais um papel importante, disruptor e decisivo, e queremos estar dentro do espectro de evolução e desenvolvimento que estas novas tecnologias nos poderão trazer, não só enquanto empresa, mas também na melhoria dos produtos que fabricamos para os nossos Clientes. Queremos que a inovação e a tecnologia das nossas máquinas demonstrem o compromisso que temos com a Qualidade, sendo que o nosso Departamento de Inovação e Desenvolvimento está focado em resolver os problemas reais dos nossos Clientes, estando as nossas inovações orientadas para agregar valor
Situação do Mercado e Perspetivas
2024 tem sido um ano desafiante. Que balanço faz da performance da empresa no último ano e qual a sua previsão para os próximos meses?
Em 2024, devido à conjuntura internacional e nacional, tivemos na Galucho um ligeiro abrandamento da atividade no setor agrícola. Ainda assim, registámos um abrandamento significativamente menor do que aquilo que vemos de um modo generalizado no mercado, o que nos permitiu a nível nacional aumentar significativamente a nossa quota de mercado a nível de vendas. Não obstante os últimos anos terem sido para a Galucho anos de forte crescimento, 2024 é o primeiro ano em que temos um abrandamento, conjuntural e generalizado, da atividade no setor agrícola nacional. Estas dificuldades conjunturais têm-se vindo a verificar em vários países da Europa e do Mundo. Esta preferência dos Clientes e do mercado pelos produtos Galucho, mesmo numa fase de menor exuberância dos mercados, acreditamos que nos irá permitir criar os alicerces para um ciclo ainda mais positivo no futuro.
Acredito que uma inflexão positiva destas tendências se irá iniciar no decorrer de 2025, altura que creio terá forçosamente de existir a nível europeu uma clarificação sobre a Política Agrícola Comum, pois o setor agrícola será forçosamente um setor cada vez mais fundamental para a sociedade, sobretudo tendo em conta o aumento da pressão demográfica que se prevê vir a verificar nos próximos anos a nível mundial.
O mercado nacional agrícola tem vivido anos difíceis, com um diálogo complicado entre agricultores, associações e governo. Vemos como positivas as ideias e um novo dinamismo que foi trazido para o
à experiência e usabilidade do nosso produto junto do Cliente final, o Agricultor.
Há pouco abordou a possibilidade de estabelecer parcerias estratégicas em determinadas áreas. Pode levantar o véu sobre algumas das soluções que estão a ser exploradas?
Temos várias colaborações ativas com entidades privadas, por exemplo no setor florestal, para o desenvolvimento de novas soluções. Temos tido várias abordagens de universidades e instituições de ensino, e estamos sempre abertos para o desenvolvimento de parcerias técnicas ou comerciais. Acredito que o mercado agrícola irá passar por um caminho de consolidação onde os fabricantes mais pequenos irão ter maiores dificuldades em continuar tendo em conta a quantidade de exigências legais existentes para o fabrico e homologação de equipamento agrícola, e isso também poderá trazer novas oportunidades para parcerias.
setor pelo novo Ministro da Agricultura e aguardamos com expetativa os próximos tempos. Mas é essencial que o Ministro da Agricultura promova a ações concretas no terreno o quanto antes, e promova a dinamização da atividade agrícola com medidas concretas e eficazes de apoio aos agricultores portugueses, apoios esses que a estes cheguem em devido tempo, pois nos últimos anos os agricultores portugueses têm tido uma enorme falta de apoio a nível governativo.
Por fim, que mensagem gostaria de deixar aos Clientes da Galucho?
A principal mensagem que gostaria de deixar aos nossos Clientes é uma mensagem de humildade e muita gratidão face ao continuo apoio e confiança na marca Galucho, e com muita confiança no futuro. Quero agradecer a confiança que têm depositado em nós, e que saibam que todas as melhorias que temos feito apenas são a pensar em melhor servir os nossos Clientes atuais e futuros. Não há empresas sem clientes. Por isso, para a Galucho o Cliente está, e sempre estará, no centro de tudo.
Isso significa que queremos prestar aos nossos Clientes um cada vez melhor serviço, ouvi-los, e ir cada vez mais ao encontro das suas necessidades. Queremos estar cada vez mais próximos dos nossos Clientes, junto a eles, no terreno, e que nos continuem a honrar com a escolha que têm feito para sermos o seu parceiro de confiança no seu negócio.
A nossa já longa e centenária história ainda tem muitos capítulos por escrever, e contamos com o apoio e confiança dos nossos Clientes para juntos continuarmos a escrever a história da Galucho.
A LONG WAY TOGETHER
AGRIMAX RT 765
Versátil, fiável e confortável, o AGRIMAX RT 765 é o pneu da série BKT 70 concebido para todas as suas necessidades. O AGRIMAX RT 765 foi desenvolvido para equipar uma vasta gama de veículos agrícolas, desde tratores especiais para trabalhar em vinhas e pomares até tractores de alta potência concebidos para aplicações pesadas. Ao trabalhar no campo, o AGRIMAX RT 765 proporciona uma compactação reduzida do solo e excelentes capacidades de auto-limpeza que permitem uma transição suave do campo para a estrada. De facto, o AGRIMAX RT 765 é o seu melhor aliado também para operações de transporte, tanto no campo como na estrada, graças à elevada capacidade de carga do pneu e à grande área de contacto que garante uma melhor tração e um excelente conforto em todas as superfícies. Algumas medidas do AGRIMAX RT 765 estão equipadas com cintas de aço para maior resistência e máxima durabilidade.
Não hesite, escolha BKT para equipar os seus tratores.
DISTRIBUIDOR PARA PORTUGAL E ESPANHA JOSÉ ANICETO & IRMÃO, LDA
Rua José Abrantes Aniceto, nº 2
Zona Industrial de Cantanhede 3060-197 Cantanhede
Tel: 231 419 290 info@sjosepneus.co m www.sjosepneus.com
“ O melhor ano dos últimos 20 ”
Os primeiros oito meses do ano do mercado nacional de tratores colocam a New Holland entre as marcas mais vendidas. Com 788 unidades matriculadas, o que representa um crescimento superior a 110% face a igual período do ano anterior, a marca azul destaca-se na liderança.
Entrevistámos João Bizarro, Diretor Comercial de Tratores da New Holland, em Portugal, para nos explicar a estratégia que tem levado ao sucesso.
Por Sebastião Marques
Fotografia Cátia Barbosa
“
Resultado de várias medidas
abolsamia: Este está a ser o melhor ano de vendas da New Holland em Portugal dos últimos 20. Qual o segredo?
De facto, pela análise que fizemos dos últimos 20 anos, este está a ser um ano excecionalmente bom. Diria que é resultado de várias medidas que tomámos nos anos anteriores, em especial em 2023, no seguimento daquilo que foi a estratégia delineada. Recuando a 2021, aquando da primeira campanha de financiamento para aquisição de máquinas agrícolas (os chamados “projetos de abate”), demos muita formação aos nossos concessionários. Na altura, por força dos critérios utilizados, uma grande parte dos concessionários a sul do Douro não conseguiu usufruir desses incentivos. No entanto, todos ficaram completamente preparados e, quando os “projetos de abate” voltaram a abrir, em 2023, foram muito rápidos e eficientes desde o início. Assim, a formação é o primeiro dos fatores que aponto como parte da explicação para estes resultados. Depois, acertámos na estratégia que implementámos nos tratores
de alta potência. Os nossos números nestes segmentos não eram condizentes com o valor da marca, nem com o produto que comercializávamos. Deste modo, sentimos a necessidade de nos dedicarmos mais a este tipo de cliente, e fizemos um dos maiores investimentos da empresa nos últimos 15 anos, a Demo Tour, com demonstrações no terreno. Hoje sabemos que foi a estratégia certa termos apostado nestas iniciativas ao invés das feiras, que podem ser importantes, mas nunca substituindo a mais-valia que é estarmos próximo dos nossos clientes em eventos próprios. A par das medidas já enumeradas, existiu uma reorganização dos processos internos e um rejuvenescimento da equipa da New Holland, que também ajudam a explicar o momento atual. É importante notar que este sucesso não se reflete apenas no número de unidades vendidas, mas também no entusiasmo, motivação e orgulho dos concessionários.
Garantidamente não foram só facilidades… quais diria que foram os maiores desafios que a marca enfrentou neste período?
Nos últimos cinco anos consecutivos vínhamos a perder quota de mercado.
Assim, o maior desafio foi provar à rede de concessionários que era possível recuperar substancialmente e voltarmos ao nosso lugar – “Lideres por natureza”. Ajustámo-nos à realidade do mercado, conseguindo desta forma, dar melhores condições aos concessionários para que eles estivessem mais capacitados e motivados. Isto levou-nos a um patamar superior e a quotas de mercado ao nível do que tínhamos há 20 anos, quando um em cada cinco tratores comercializados em Portugal era um New Holland. Nestes primeiros oito meses do ano estamos com 19,5% de quota de mercado e acreditamos que podemos chegar ao final do ano próximo desses números históricos.
Melhorámos em todos os segmentos de potência
Este crescimento foi transversal a todos os segmentos de potência?
Melhorámos em todos os segmentos, sim. Temos mais do dobro das matriculas no segmento abaixo dos 75 cv, precisamente o dobro entre 75 e 120 cv, 50% mais acima dos 120 cv (faremos mais do dobro até ao final do ano) e o triplo no segmento dos
LONGE VÃO OS TEMPOS EM QUE ERAMOS
A
MARCA DOS MINIS E DOS TRATORES PEQUENOS
João Bizarro, Diretor Comercial de Tratores da New Holland em Portugal
especiais. São números impressionantes. No total nacional temos mais do dobro das vendas do período homólogo do ano passado. Números “redondos” levamos mais 400 tratores, num total de 788. Num mercado que apresenta um aumento de 20%, a New Holland representa mais de metade desse aumento (o mercado está com mais 700 unidades vendidas face a 2023). Mencionar também os produtos que não tratores (como ceifeiras e máquinas de colheita), onde vamos fazer um ano bastante bom, bem acima do ano passado – tendo voltado a vender ceifeiras-debulhadoras, e com números muito bons nas enfardadeiras de fardos gigantes.
E por regiões de Portugal? Há diferenças de comportamento do mercado no Norte, Centro e Sul? O desempenho da marca está a ser bastante homogéneo em todas as regiões do país. Temos um crescimento mínimo de 110% em cada concessionário, de todas as regiões. Temos alguns que estão, inclusivamente, a fazer o melhor ano de vendas da sua história. Em final de agosto já tínhamos mais matrículas do que em todo o ano de 2023, e o mesmo se passa com vários dos nossos concessionários. O segundo semestre será mais desafiante, mas acredito que manteremos a performance e, seguramente, fecharemos o ano acima das 1000 unidades vendidas.
E observou alguma mudança nas preferências dos clientes portugueses em relação ao tipo de tratores ou às funcionalidades que procuram?
Até há alguns anos a New Holland era identificada com produtos de baixas potências e especificações. Hoje o mercado mostra-nos o contrário: o trator mais vendido pela New Holland em Portugal tem 120 cv. Longe vão os tempos em que eramos a marca dos minis e dos tratores pequenos. E não somos nós que o dizemos, é o mercado que o comprova. Em alguns dos produtos de alta potência dobrámos inclusivamente as vendas do ano passado, e na gama dos 120 cv teremos entre 25 e 30% da quota de
mercado. Ainda assim, há uma gama, a dos especiais, que tenho de salientar. Quando lançámos a Fase V dos T4 (F, N, V e LP) a nossa oferta, a nível de preço e especificações, estava um pouco “deslocada”, por excesso, face à concorrência. Assim, durante dois anos assistimos à necessidade de subida de preços dos nossos concorrentes, porque também eles tinham de entrar na Fase V. Hoje, esse desequilíbrio já não existe, o que levou a que os clientes vissem no nosso produto uma opção diferenciada. Levamos nos especiais o triplo em volume de vendas face ao mesmo período do ano anterior (pelas nossas contas, duas vezes superior ao do mercado total dos especiais em Portugal).
No que toca às funcionalidades procuradas, vemos o agricultor português cada vez mais ávido por tratores com mais equipamento e tecnologia. Aquela que era a tendência negativa dos últimos quatro anos (potência média a baixar e empobrecimento do produto tipo) parece estar a inverter-se, impulsionada pela crescente profissionalização dos agricultores. Isto reflete-se na preocupação que demonstram na escolha das bombas hidráulicas ou nos equipamentos de agricultura de precisão, por exemplo.
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Dynamic Tour: Será uma verdadeira digressão pelo país
No início da nossa conversa referiu a Demo Tour como um dos fatores explicativos do sucesso deste ano. Que impacto teve?
O impacto mais significativo da Demo Tour foi na nossa relação com os concessionários. Tínhamos prometido que a marca estaria mais próxima deles e dos seus clientes e esta iniciativa foi um exemplo disso mesmo. O segundo impacto foi junto do cliente final, que pôde ver e experimentar a nossa gama de alta potência, além de ver uma marca disponível para ir até si, ao seu contexto. Um dos números que mais nos satisfez foi ver que mais de 85% das cerca de 1300 pessoas presentes nos vários eventos experimentaram as máquinas, o que é exemplificativo do profissionalismo com que os encararam. Não foi apenas convívio. Isto teve para nós um significado muito grande, pois mostrou-nos que além da vontade de estarem connosco querem conhecer e experimentar as nossas soluções.
Voltaremos a ter Demo Tour este ano?
Tendo em conta o sucesso alcançado em 2023, decidimos que temos de estar ainda mais próximos dos clientes. Assim, nos próximos seis meses vamos levar a cabo um ciclo de demonstrações que passará por todos os concelhos do país, e a que decidimos chamar Dynamic Tour. Será uma verdadeira digressão pelo país. O nome explica-se pelo facto de querermos mostrar aquela que é uma das nossas ‘jóias da coroa’, a transmissão Dynamic CommandTM, que foi bastante elogiada pelos clientes presentes no ano passado na Demo Tour. Teremos dois tratores, um de 120 e outro de 180 cv, que irão concelho a concelho, fazer demonstrações a todos clientes que os queiram experimentar, bastando para tal demonstrarem esse interesse a um concessionário New Holland. Além dos tratores teremos também dois conjuntos completos de agricultura de precisão.
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O sucesso
deve-se aos nossos concessionários
Por falar em concessionários, qual é o papel da rede no sucesso das vendas?
O sucesso do ano que estamos a ter deve-se aos nossos concessionários. A marca define algumas diretrizes, mas o sucesso não é nosso, é deles. Tenho de agradecer a uma rede de concessionários que nos diz ‘Presente!’ a todos os desafios que lançamos. É um desafio acompanhar uma marca que é faminta por tecnologia e pelo lançamento de produtos altamente tecnológicos. Sabemos que não é fácil, mas estamos convictos que é o caminho certo.
De facto, a inovação tecnológica, da qual as soluções para agricultura de precisão fazem parte, tem sido uma forte aposta da New Holland. Qual o impacto atual no volume de vendas? As vendas ainda não são condizentes com o esforço que a empresa está a fazer nessa área. Temos investido e continuaremos a fazê-lo, com a certeza de que estamos na linha da frente. Não é por acaso que o maior investimento da CNH Industrial foi a compra da Raven Industries, empresa especializada em soluções de tecnologias agrícolas automatizadas e autónomas. A agricultura de precisão não é o amanhã, é o presente. Em todos os distritos do país temos máquinas e tratores com sistemas de agricultura de precisão instalados. Foi um desafio dos últimos sete anos mostrar aos concessionários de algumas zonas que existiam na sua área clientes para estes equipamentos, mas hoje todos reconhecem que a estratégia estava correta. O agricultor português está muito
mais evoluído do que a sociedade tem noção. Estamos ao nível do que mais evoluído tecnologicamente se faz no mundo.
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A chegar: o trator “que faltava na gama dos especiais”
Com este ano de sucesso, quais são as expectativas para o próximo ano?
A marca espera manter este nível de vendas ou existem novos objetivos traçados?
Em empresas como a New Holland, sempre em busca de mais e melhores resultados, é difícil perspetivar resultados piores do que no ano anterior. Sabemos que o mais difícil foi feito: voltar a ter quotas de mercado na ordem dos 19%. Voltámos a colocar a locomotiva em movimento e acredito que temos todas as condições para, em 2025, mantermos os níveis que estamos a apresentar, até pelos novos produtos que vamos apresentar…
Teremos novos lançamentos ou atualizações de modelos?
Vamos lançar um produto que penso que era aquilo que nos faltava na gama dos tratores especiais. Tínhamos uma linha dentro desta gama de menores especificações e dimensões (3F e 3LP), tínhamos outra da qual fazem parte os ‘ultra-premium’ – T4F, V e N -, e faltava-nos uma opção intermédia entre estas duas linhas. Estamos a lançar o
Um ‘amanhã’ sem operador?
“No futuro, para não dizer no presente, em muitas das culturas, não existirá um operador. A parceria da CNH com a Monarch vem neste sentido e pretende dar resposta à falta de operadores. O mesmo para as energias alternativas onde já temos soluções como o biodiesel, o biometano, ou a eletrificaçãoiniciaremos a comercialização dentro de poucos meses de um trator elétrico no mercado europeu”, referiu João Bizarro.
T4FS Cabine, um trator com especificações
mais do que suficientes para uma parte do nosso mercado, e com um preço mais competitivo. Serão tratores entre os 80 e os 110 cv, e que, acredito, nos permitirão aumentar muito as vendas. É um produto que não canibalizará os que já temos pois irá permitir-nos entrar num tipo de cliente que ao dia de hoje não podia comprar um ‘ultra-premium’.
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Mercado nacional e perspetivas
Em relação ao mercado de tratores em Portugal, este tem vindo a sofrer algumas transformações. Como vê a sua evolução nos próximos anos? Tal como já referi, o mercado português de tratores vinha com uma tendência de abaixamento na potência e especificações médias. Nos últimos anos, mais de metade das vendas foram de tratores abaixo dos 60 cv de potência e, destes, centenas de 26 cv. Houve em 2023 mais de 1500 trato-
res vendidos entre os 20 e os 35 cv. Esse mercado está a diminuir, mesmo dentro dos compactos estão a procurar-se potências superiores a 26 cv. Assim, prevejo que os chamados “agricultores não profissionais” continuarão a comprar, em 2025/26, ao nível de 2024 (e não do que foi 2023, onde se verificaram números anormais). Já em relação ao agricultor profissional tenho esperanças reais que volte a investir devido à forma como algumas culturas estão a crescer e a aumentar a sua rentabilidade, como os hortícolas, olival, e frutos secos.
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Precisamos de um agricultor cinco vezes por dia
Para concluir, que mensagem gostaria de deixar aos agricultores portugueses?
Resiliência, porque somos assim por natureza. A agricultura terá necessariamente de continuar a ser o motor de uma sociedade, independentemente do Governo ou das estratégias da Comunidade Europeia. Podemos precisar de um padre, um policia, advogado ou mesmo médico uma vez na vida mas precisamos de um agricultor 5 vezes ao dia. Vejo grandes potencialidades do nosso país em culturas que produzem produtos de excelência, como o vinho, azeite, frutos secos, milho ou tomate, para referir apenas alguns. Dizer ainda, que continuem a ver na New Holland uma marca que está ao seu lado, lançando constantemente novas soluções para as suas necessidades.
CELEBRAR 100 ANOS A PENSAR NO FUTURO
No passado dia 4 de julho, a TOMIX celebrou o seu centenário com um evento especial que reuniu cerca de 150 clientes, nacionais e internacionais, amigos e parceiros.
Uma data histórica que mereceu uma celebração à altura da ocasião.
ão são todas as empresas em Portugal que se podem orgulhar de comemorar os 100 anos de existência e muito menos com o sucesso, o reconhe cimento generalizado e a capacidade de se projetar no futuro da TOMIX. Assim, no passado dia 4 de julho, foi ocasião da icónica empresa de Torres Vedras, fundada em 1924 por Francisco Xavier Damião, celebrar, com pompa e circunstância, o seu centenário. O evento que juntou mais de centena e meia de convidados, entre clientes nacionais e internacionais e todo o corpo da Gerência, realizou-se nas instalações da TOMIX e JOPER, com um programa muito animado e preenchido, onde a troca de ideias, as recordações e o convívio entre os participantes, acabaram por ser as tónicas dominantes ao longo do dia.
Livro “TOMIX 100 Anos” foi o ponto alto A comemoração incluiu uma visita guiada às instalações das fábricas TOMIX e JOPER em Torres Vedras, seguida de um almoço no Hotel Golf Mar. Um dos momentos mais altos de um dia recheado
Na passada edição nº 141, a revista abolsamia dedicou um artigo completo ao aniversário da TOMIX
de ocasiões memoráveis foi o lançamento do livro “TOMIX 100 Anos”, que celebra a história e o legado da empresa. Na passada edição nº 141, a revista abolsamia dedicou um artigo muito extenso e completo ao aniversário da TOMIX baseado, exatamente, na obra em questão elaborada pela Storica. O livro, com 172 páginas e várias fotografias exclusivas, tem uma edição em português e outra em francês. Todas as empresas presentes no evento receberam, como recordação, um exemplar do livro comemorativo.
Durante o almoço, os convidados assistiram ainda a um vídeo que destacou os marcos mais significativos da TOMIX ao longo de um século de existência e que muitas memórias acabou por reavivar entre alguns dos presentes. Em seguida, a Gerência proferiu um discurso inspirador e homenageou alguns dos seus clientes com a oferta simbólica de uma miniatura do icónico pulverizador TOMIX.
Com a presença destacada de Jorge Pereira (3ª geração JOPER) e de Paulo Damião (3ª geração Tomix), compareceram ainda Marta Pereira e Samuel Pereira (filha e genro de Jorge Pereira), represen-
tando a 4º geração da empresa e os grandes responsáveis pela projeção da TOMIX e da JOPER no futuro e pela nova vaga de inovações tecnológicas e de métodos produtivos.
Celebrar o passado de olhos postos no futuro
Em jeito de resumo, os responsáveis das duas empresas e todos os convidados, elogiaram esta jornada repleta de memórias e celebrações, que marcaram um dia inesquecível para a TOMIX e para todos os presentes. Que este seja apenas o início de mais um capítulo de sucesso que se prolongue durante, pelo menos, os próximos 100 anos. Parabéns TOMIX!
2ª EDIÇÃO DO TRACTOMOZ FARMING SHOW
No dia 4 de julho, a Quinta da Foz, em Benavente, foi palco da 2ª edição do Tractomoz Farming Show, um evento que reuniu mais de 300 pessoas, entre clientes e parceiros. Após a bem-sucedida primeira edição em Estremoz no ano anterior, a Tractomoz decidiu trazer o evento para o Ribatejo, região onde tem vindo a consolidar a sua base de clientes.
Por Sebastião Marques
Odia foi inteiramente dedicado a apresentar as soluções da empresa, desde as séries 5 a 8 da John Deere até aos drones para pulverização e fertilização. Luis Mendes, Sócio-Gerente da Tractomoz, destacou a importância do evento: “Este ano decidimos vir para o Ribatejo, onde temos cada vez mais clientes. Quero agradecer a todos os convidados e em especial à administração da Quinta da Foz. Hoje é um dia para estar e ouvir os nossos clientes e parceiros.”
Durante a manhã, os participantes puderam visitar seis estações temáticas, onde foram demonstradas as diferentes capacidades e funcionali-
dades dos equipamentos. Na parte da tarde, estas estações estiveram novamente abertas para aqueles que desejassem obter explicações mais detalhadas sobre os produtos apresentados.
Desde 1980 e continua a crescer
A primeira paragem foi dedicada a explicar as origens da Tractomoz, como está organizada atualmente, as áreas de negócio em que está presente e a relação com a John Deere. Ainda nesta estação houve também tempo para a apresentação das soluções da John Deere Financial.
A empresa que está sediada em Estremoz nasceu em 1980 e é concessionária da marca John Deere em
Mais de 300 profissionais visitaram as seis estações temáticas do Tractomoz Farming Show
Portugal para os Distritos de Évora, Portalegre, Beja e concelhos de Benavente, Coruche, Salvaterra de Magos, Almeirim, Chamusca e Alpiarça. Tem atualmente filiais em Bombel, Évora, Beja, Ferreira do Alentejo, Coruche e Muge, estando prevista a abertura de instalações também em Almeirim e Portalegre. No último ano apresentou uma faturação de 26M€, valor que triplicou nos últimos 10 anos.
Financiamento John Deere
Em relação à John Deere Financial, que opera em Portugal através de uma parceria com o banco BPI, Sér-
A Quinta da Foz, em Benavente, foi o palco escolhido para a edição de 2024
gio Sousa, responsável em Portugal, explicou que, no nosso mercado, mais de 60% dos tratores são comprados com recurso a financiamento, chegando aos 80% em Espanha. Neste sentido, foram apresentadas as principais vantagens de recorrer a este serviço, que permite uma oferta “à medida” do agricultor.
Motores e transmissões Uma estação que tinha como intuito responder a duas questões: como conseguir levar o máximo de potência ao solo e como produzir mais hectares com o mínimo consumo?
As respostas estavam nos motores e transmissões mais recentes da marca, com destaque para a eAutoPowr. Disponível para os modelos 370 e 410 dos tratores 8R, 8RT e 8RX, possui geradores de motores elétricos sem escovas, arrefecidos por líquido e isentos de manutenção. A utilização de componentes elétricos em vez de módulos hidrostáticos simplifica o design, aumenta a eficiência, reduz as peças de desgaste e prolonga a vida útil da transmissão. Além da eAutopowr, foram ainda dissecadas a Autopowr, a Autoquad, e o motor de 6.8L PowerTech.
Eventos
5ML / 5M/ 6M
As séries de entrada no chamado “setor profissional”, e que são uma forte aposta da marca, mereceram uma estação especialmente dedicada. Na mesma, foram explicadas em detalhe as séries 5 ML, para culturas especializadas, o 5 M, e o 6 M de quatro cilindros.
A 5 ML, que foi desenhada para culturas perenes de entrelinha larga, como os pomares, o amendoal ou o olival, está disponível em três modelos diferentes – o 5105 ML, o 5120 ML e o 5130 ML – entre os 110 e os 136 cv, e larguras entre os 1,55 e os 2,10 m.
A série 5M conta com cinco modelos e vai dos 75 aos 130 cv. As transmissões disponíveis são a PowrReverser, com duas velocidades automáticas, a PowrQuad, com quatro, e a Powr8™ EcoShift, que oferece oito velocidades automáticas. Finalmente, foi também abordada a série 6M. Composta por modelos de quatro e de seis cilindros, de
chassis curto (2400 mm de distância entre eixos), pequeno (2580 mm), chassis médio (2765 mm), chassis grande (2800 mm) e chassis extragrande (2900 mm). Na estação em causa foram apenas tratados os modelos de quatro cilindros, com
Na estação dedicada aos tratores de alta potência, foi também dedicado algum tempo ao novo sistema de lastragem EZ, inspirado nos camiões, permite adicionar quase 2 toneladas sem sair da cabine, e na transmissão eAutoPow
potências entre os 90 e os 145 cv. Pensados para explorações mistas, destacam-se pela Gestão Inteligente da Potência, que debita até mais 20 cv quando necessário, suspensão na cabine e sistema Autotrac.
8R/ 7R/ 6R
As séries de alta potência da John Deere foram dissecadas ponto por ponto. Começando pelo 6R, com especial enfoque no 6R250 que foi distinguido pela DLG (Sociedade Agrícola Alemã) devido ao baixo consumo, passando pelo 7R e o sistema de direção ativa e reativa e, finalmente, pelo 8R, conhecido pela sua força
e tração. Neste último, foi também dedicado algum tempo ao novo sistema de lastragem EZ, inspirado nos camiões, permite adicionar quase 2 toneladas sem sair da cabine, e na transmissão eAutoPowr.
Direção reativa: uma opção de direção típica de um automóvel. O volante é automaticamente recentrado quando faz uma curva e mantém-se direito na estrada. Oferece uma condução em linha reta excecionalmente confortável e precisa na estrada e uma direção leve na entrada e saída das curvas, ao sair das rotundas ou ao entrar num cruzamento.
Sistema Central da Pressão dos Pneus (CTIS): permite ajustar rapidamente a pressão, premindo apenas um botão, permitindo alternar entre o modo de campo e o modo de transporte.
Agricultura de precisão
Iniciava por uma breve contextualização histórica das várias fases pelas quais a agricultura passou, desde a mecanização à utilização de dados e máquinas “inteligentes”. É nesta fase, da agricultura 4.0, que nos encontramos e foi sobre as soluções de agricultura de precisão que esta estação tratou. Desde os recetores Starfire 7000, os ecrãs G5plus, a
ATVs e UTVs, a Tractomoz tem apostado no serviço de pós-venda, com deslocação a casa do cliente para manutenções, como estratégia de diferenciação
Rentalmoz:
A empresa do Grupo dedicada a soluções de aluguer de tratores, com opções dos 25 aos 410 cv e a partir dos 7 dias até 1 ano de duração
tecnologia Autotrac, a conetividade oferecida pelo JDLink, a praticidade do JD Operations Center, o iGrade e o Active Implement Management, ou o Harvestlab 3000, todos foram explicados minuciosamente pelos especialistas da Tractomoz e da John Deere presentes. A apresentação terminou com uma alusão à próxima fase da agricultura: um testemunho
em vídeo de um agricultor americano que já utiliza um trator autónomo, sem operador.
Dronemoz: drones agrícolas entram no portfólio
A Tractomoz apresentou oficialmente a sua divisão de drones, a Dronemoz. No evento estiveram três modelos de grande envergadura e destinados a pulverização ou fertilização de culturas. Em voo foi possível ver o B100, o maior dos três, com depósito com capacidade para 50 litros ou 70 kg de granulado. Equipado com duas bombas, três ou quatro baterias, e controlo remoto com alcance de até 1 km, tem uma autonomia de voo até 8 minutos. Sem levantar voo, mas disponíveis para análise por parte do público estiveram o A22, com capacidade para 22 litros, e o B70, equipado com bicos para pulverização.
BAIXO MONDEGO EM FESTA
Com meia centena de expositores, muitas atividades em campo, diferentes palestras e formações e um público cada vez mais profissional e entusiasta, a 4ª Mondego Agrícola manteve a dinâmica de crescimento das anteriores edições e, na opinião dos presentes, foi um sucesso a todos os níveis.
Alocalidade de Sabico das Areias, em Montemor-o-Velho, foi novamente palco de mais uma edição da Mondego Agrícola 2024, um evento bienal de destaque no setor agrícola, organizado pela Escola Profissional e de Desenvolvimento Rural do Baixo Mondego, e que este ano decorreu nos dias 5 e 6 de setembro.
Com meia centena de participantes e milhares de visitantes, não só da região, mas vindos de todo o país, a 4ª edição desta já icónica feira dedicada à região agrícola do Baixo Mondego, tem vindo a ganhar um merecido destaque entre as suas congéneres. Para Francisco Dias, responsável pela organização da Mondego Agrícola, o “segredo” para este sucesso, “tem a ver com o modelo e dinâmica que foram implementados. O fato de ser em campo é fundamental, quer para os expositores/demonstradores, quer
para os agricultores que podem, assim, mais facilmente interagir com as máquinas e soluções tecnológicas (ou outras). Outra mais-valia importante, inúmeras vezes referida pelos participantes, é o de um ambiente familiar entre todos os intervenientes no evento, não havendo outro do género na região e mesmo no país. Já o facto de ser um evento quase 100% profissional é muito importante essencialmente para os expositores”.
Promover as potencialidades da região
O grande objetivo da Mondego Agrícola é a promoção das potencialidades da região do Baixo Mondego, mas também potenciar o intercâmbio de conhecimentos e tecnologias e, claro, fomentar o networking e os negócios. Nesta 4ª edição em particular, os focos incidiram na mecanização, mas tam -
bém no melhoramento genético das plantas, das soluções para o problema da mão de obra e para o incremento da produtividade, recorrendo cada vez menos aos fitofarmacêuticos. Como refere Francisco Dias, “hoje, com as limitações de mão de obra, a mecanização é fundamental para a sustentabilidade de qualquer cultura muito em especial nas culturas 100% mecanizadas como são as do milho e do arroz. Atualmente, o desempenho da máquina é muito importante, mas o conforto para o operador e as condições de trabalho também são fundamentais para cativar empresários e operadores para trabalhar nos diferentes setores da agricultura. Também o melhoramento genético das plantas é um aspeto fundamental na sustentabilidade de uma agricultura moderna, capaz de produzir mais alimentos com menor impacto ambiental e com um menor recurso aos produtos fitofarmacêuticos garantindo sempre a segurança alimentar dos consumidores”
Arroz e milho em destaque, mas não só...
Numa região dominada pelas culturas do milho e do arroz, naturalmente eram estes os grandes destaques da Mondego Agrícola 2024, mas as culturas hortícolas têm vindo a crescer em área plantada e importância, como confirmou à revista abolsamia Francisco Dias, “no setor do milho destaca-se o milho grado para alimentação animal, o mi-
A quarta edição do certame levou mais de seis mil visitantes a Montemor -o- Velho
lho redondo para o mercado das aves, muito em especial para a columbofilia, o milho branco para a broa e o milho silagem para o setor pecuário, especialmente para o setor leiteiro. O setor do arroz representa sensivelmente 5500ha, predominando a variedade carolino de elevada qualidade pelas características edafoclimáticas da região. Não sendo uma região de elevadas produções, o arroz aqui produzido é de excelente qualidade. As culturas hortícolas e horto industriais têm vindo a crescer de uma forma consistente quer para os mercados nacionais, quer para mercados internacionais. As principais culturas são essencialmente a batata para o consumo e para a indústria. Também para a indústria destacamos a ervilha e feijão verde, enquanto para os frescos, as couves, nabos e espinafres representam uma fatia importante. Em áreas envolventes ao vale começam a surgir novas culturas como frutos vermelhos (mirtilos, framboesas, morango) e a pera abacate. Convém realçar que a região dispõe de água em abundância e de grande qualidade, o que pode potenciar o crescimento destas culturas”.
Técnicas ambientalmente sustentáveis
Por falar em água, uma gestão eficiente do uso da mesma e a conservação dos solos são prioridades para a organização da Mondego Agrícola? “A conservação do solo e gestão da água são fatores importantes na manutenção dos ecossistemas e todos os intervenientes convivem com essa preocupação. Estes são temas abordados na Mondego Agrícola, mas também nas escolas do ensino Profissional e Superior, assim como nas formações de curta duração onde tentamos transmitir conhecimentos e técnicas económicas e ambientais sustentáveis de forma a capacitar os agricultores nestas competências”.
Entreposto Máquinas
www.entrepostomaquinas.pt/pt/agricultura
TRATORES CASE IH FORAM POLO DE ATRAÇÃO NA FEIRA
A Case IH marcou presença na Mondego Agrícola, através do concessionário Carapinheirense, com o apoio do Entreposto Máquinas. Entre as muitas máquinas presentes, destacaram-se a extensa gama de tratores, mas também a enfardadeira RB 455.
Por Rui Reis
ACase IH , esteve em destaque na Mondego Agrícola pela mão do concessionário da zona, a Carapinheirense. No evento de Montemor-o-Velho esteve uma panóplia muito alargada de tratores das gamas Farmall, Vestrum, Puma e Optum e uma enfardadeira RB 455. Representada localmente pela Carapinheirense, a empresa que representa na região a Case IH organizou um espaço de exposição e demonstração especialmente dinâmico, com um alargado leque de máquinas disponíveis para teste. Este é, nas palavras de Licinio Abrunheiro, Gerente da Carapinheirense, um evento em que participam com especial dedicação, não apenas por ser na região, mas porque promove um contato direto entre os representantes, as marcas e os clientes. “Esta é a 4ª edição da Mondego Agrícola e a Carapinheirense,
em parceria com o Entreposto Máquinas, tem participado em todas. Algumas das máquinas que temos aqui em demonstração foram cedidas por clientes nossos, o que espelha bem a proximidade criada com a Carapinheirense e a confiança que eles depositam nas máquinas que adquiriram” Já para Pedro Nunes, Gestor de Produto do Entreposto Máquinas, “a Case IH é extremamente versátil nas soluções que oferece. Trouxemos a este evento os novos tratores Farmall A e C, uma gama mais utilitária, mas muito versátil no tipo de tarefas que pode desempenhar. O Vestrum 130 CVX,
um trator para um tipo de cliente mais profissional e exigente em termos de características técnicas, e que será, porventura, o que melhor se adequa a esta região e às culturas do milho e do arroz. A enfardeira de fardos redondos RB 455, com um preço muito competitivo. Algumas unidades da gama de tratores Puma, nomeadamente um 140, um 150, um 165 e um 240”
Case IH Farmall A e C
Com uma gama de potências que vai dos 75 cv aos 100 cv e uma extrema versatilidade de utilização, a nova gama Farmall A merece um natural destaque e tem uma acrescida relevância no mercado nacional. Os motores FPT Fase V de quatro cilindros oferecem a melhor eficiência de combustível da sua gama. A transmissão Powershuttle de 12x12, permite fazer inversão de marcha sem embraiagem, enquanto a transmissão 20x12 conta com creep speed.
A capacidade hidráulica também merece destaque, dotada de uma bomba com um caudal de 47 L /min ou 63 L /min. Pode incluir sistemas de centro aberto e permite instalar até três distribuidores. O engate traseiro pode levantar 3.500 kg.
Já os Farmall C têm uma gama de potên-
cias entre os 90 e os 120 cv e até 506 Nm de binário. É disponibilizada uma opção com pré-instalação de carregador frontal que proporciona um fluxo de 60 L /min. O topo de gama ActiveDrive 2 está disponível com transmissão Powershift 24 x 24 de duas velocidades. Como alternativa, pode escolher a transmissão Powershift de duas velocidades 40 x 40 com creep speed.
Case IH Vestrum
130 CVX
Este é o trator que melhor se adequa às condições do vale do Mondego. O motor de 4,5 litros, Fase V, utiliza um sistema de injeção Common Rail e oferece uma potência máxima de 140 cv às 1900 rpm. Potente e versátil, o Vestrum conta com um elevador traseiro, Cat II ou III N, que
oferece até 5.600 kg de capacidade de elevação em combinação com a bomba PFC de 110 L /min. A transmissão CVX (de variação contínua) conta com uma função de gestão automática da potência (APM), que permite escolher apenas a velocidade e a APM ganhará automaticamente o equilí brio ótimo de eficiência. Esta assegura ainda uma gama de velocidades entre os 0 e os 40 km/h sem interrupção e ainda tem uma função de retenção ativa para a segurança em pendentes mais inclinadas.
Case IH Puma
Mesmo no formato standard, os tratores Puma X têm características que fazem dele um trator com tudo o que é necessário para a agricultura moderna, incluindo uma transmissão 18x6 de 6 velocidades e um sistema hidráulico de alta capacidade. A gama Puma oferece modelos com potências que variam entre os 140 e os 240 cavalos, garantindo que os tratores possam ser adaptados a diferentes necessidades de trabalho. A gama Puma pode ser equipada com a tecnologia AFS, que permite o uso de sistemas de guiamento automático,
monitorização de produtividade e gestão de dados de campo. Isso ajuda os agricultores a otimizar suas operações e melhorar a eficiência, economizando combustível. Alguns modelos oferecem a conectividade telemática, que permite o monitoramento remoto do desempenho da máquina, facilitando a gestão e manutenção. O Multicontroller, disponível em muitos modelos da gama, reúne os controlos essenciais no apoio de braço, permitindo que o operador tenha acesso a todas as funções do trator sem se afastar do comando.
Enfardadeira Case IH RB 455
A Case IH RB 455 é uma enfardadeira de fardos redondos de câmara variável. Capaz de produzir fardos de diâmetro entre 0.9m e 1,5m, com uma largura aproximada de 1,2m, a RB 455 oferece a opção de amarração tanto com rede como com cordel. O design da enfardadeira reduz a necessidade de manutenção frequente e o sistema inclui proteção contra sobrecarga para evitar danos na mesma, desligando automaticamente o processo em caso de obstrução.
Agro Mecânica de Meãs Crop Evolution Silvagriauto
www.silvagriauto.com
NOVOS NEW HOLLAND
T5 E T6 EM DESTAQUE
No seu espaço de exposição e demonstração, a Agro Mecânica de Meãs tinha em grande destaque os tratores New Holland das Séries T5 120 Dynamic Command, bem como um T6 Dynamic Command.
Por Rui Reis
AAgro Mecânica de Meãs, um dos braços da Silvagriauto na marca New Holland, marcou presença na Mondego Agrícola, contando ainda com o apoio da Crop Evolution, empresa sedeada em Cantanhede. Num espaço recheado de pontos de interesse, os visitantes podiam observar em ação dois New Holland T5 120 Dynamic Command e T6 180 Dynamic Command equipados com os mais recentes sistemas de navegação por satélite da New Holland e que integrarão a Dynamic Tour, uma série de eventos da marca que percorrerá o país. O outro grande ponto de interesse era uma unidade T5 140 cv Auto Command Blue Power, um trator com caixa CVT e todos os extras possíveis neste modelo. Também
Da equerda para a direita: Rui e António Silva (Silvagriauto), Jaime Nunes, José Augusto Pratas, e José Carlos Cascão (Agro Mecânica de Meãs), Ana Patrícia Nunes e Gabriel Espírito Santo (Edifresco), Ricardo Silva (Silvagriauto), Rafael Vilão (Crop Evolution), e Carlos Miguel (Agrogatanheiras)
com caixa Auto Command e disponível para condução estava um T7.235.
New Holland T5 120 Dynamic Command
Os modelos T5 Dynamic Command estão equipados de série com uma bomba de centro fechado sensível à carga que fornece 80 litros/minuto de caudal hidráulico. Em termos de motor, este T5 120 está equipado com um quatro cilindros Fase V, com 4,5 litros, e 120 cv. A transmissão Dynamic Command 24x24 permite-lhe mudar entre oito mudanças sob carga sem ter de mudar de gama.
New Holland T5
140 Auto Command Blue Power
Outro dos tratores em destaque no espaço da Agro Mecânica de Meãs era um modelo T5.140 Auto Command na luxuosa configuração Blue Power. As versões Blue Power contam com uma inconfundível pin-
tura metalizada azul, uma grelha cromada, jantes prateadas, logótipo e folha tridimensionais da New Holland e, no habitáculo, com um banco específico Blue Power em tecido e pele, uma alcatifa macia exclusiva e luzes de trabalho da cabina com moldura prateada. A caixa deste trator é de variação contínua e tem quatro modos: automático, cruzeiro, manual e modo TDF, este último, assim que a TDF é ativada, garante um regime constante do motor. Este é o mesmo 4 cilindros da restante gama T5, neste caso com 140 cv e 630 Nm de binário.
New Holland T6 180 Dynamic Command
A gama T6 conta com sete modelos, sendo que o novo 180 Auto Command é o topo da gama T6. Equipado com um motor FPT de seis cilindros, Fase V, e uma potência máxima EPM de 175 cv. O peso bruto má ximo total é de 10.500 kg e a capacidade de elevação má xima é de 7864 kg (3200 kg à frente). Por fim, a capacidade hidráulica standard deste modelo Auto Command é de 125 litros/minuto.
www.jinacio.pt J.Inácio
JOHN DEERE FOI O FOCO
DAS ATENÇÕES
Com vários tratores e alfaias em demonstração, no espaço da J. Inácio destacam-se os John Deere 8R 280, 6120M, 6155M e R, mas também, o serviço de mapeamento NDVI e NDRE com recurso a drone, integrado no programa de gestão de agricultura de precisão FarmSight.
Por Rui Reis
John Deere 8R 280
Apesar de ser o trator de entrada na gama 8R, o 8R 280, tem um enorme manancial de tecnologia: condução automática, controlo de secções, manobras automáticas nas cabeceiras e controlo inteligente de potência. Está equipado com um motor John Deere Fase V de seis cilindros, 9,0 litros, com 280 cv (308 cv c/boost) de potência. O 8R 280 apresenta um peso de serviço de 11 812 kg e tem uma distância entre eixos de 3050 mm. A cabine apresenta um joystick CommandPRO com 11 botões reconfiguráveis. A potência nominal da bomba hidráulica standard é de 227,1 L/min e a capacidade de elevação máxima é de 12 124 kg. De série, a transmissão é uma PowerShift™ e23™ com Efficiency Manager™. A unidade em testes estava acoplada a uma grade rotativa de 6m da Sulky.
para, por exemplo, utilizar o espalhador de adubo da Sulky, o X40, com controlo de secções com uma largura de trabalho de até 50 metros, adaptando o seu funcionamento às necessidades específicas da cultura e daquela parcela, adubando onde realmente faz falta e com as quantidades ideais.
John Deere 6120M
O 6120M é o trator adequado a esta região já que é compacto e permite montar rodas estreitas para a cultura do milho ou rodas de ferro para o arroz. Vai até aos 133 cv de potência máxima com um boost que adiciona mais 13 cv. A unidade presente na Mondego Agrícola estava equipada com um pulverizador suspenso da Tomix, um Gondomar de 18 metros, com uma linha Isobus genérica compatível com todas as marcas. Neste trator, a J. Inácio colocou uma prescrição geral para esta parcela, para trabalhar com o GPS, e através do drone fez o levantamento da parcela e criou uma prescrição à medida da mesma, com dose variável. Através da plataforma no centro de operações, os técnicos analisaram os dados e criaram uma prescrição específica para a parcela e cultura. Este é um serviço de FarmSight (agricultura de precisão) que a J. Inácio propõe e que permite criar mapas de prescrição
John Deere 6155M e R
Com 155 cv (faz 171 cv com boost) de potência, o John Deere 6155M também é, um trator adequado à região. Mais potente e maior do que o 6120M, as gamas 6155M e R (distinguem-se apenas pelo equipamento de série) também podem agradar a um leque alargado de utilizadores na região pela sua versatilidade e ampla capacidade hidráulica (114 l/min. de série). O motor é um seis cilindros de 6,8 litros. A transmissão é uma PowrQuad Plus 40 km/h de 20 velocidades da John Deere com redutor creeper em opção.
Pá de nivelamento Montefiori
O trator 6155R estava equipado com uma pá da Montefiori, marca que é importada pela J. Inácio, de 4 metros que é ideal para fazer o nivelamento dos canteiros (do arroz, por exemplo). Esta pá está preparada para trabalhar com guiamento laser, neste caso estava dotada com um emissor e recetor da Geomax.
A Montefiori apresenta uma gama de pás muito versátil e alargada com dimensões entre os 2m e os 7m.
JA&MA-REBOAL EM FORÇA NO VALE DO MONDEGO
Com as soluções para preparação de solo da marca
Alpego e com a sua gama de monocoques e cisternas de dois eixos, a JA&MA-reboal marcou uma forte presença na Mondego Agrícola, denunciando a aposta da empresa naquela região.
Por Rui Reis
Na Mondego Agrícola, os visitantes podiam ver em operação no terreno as charruas, grades rápidas, rotofresas, os subsoladores e um monocoque. Em exposição estava ainda uma cisterna JA&MA-reboal RC14.
Subsolador Alpego K-Force
O K-FORCE é um subsolador para profundidades até 65 cm que se destina a uma utilização altamente profissional. Está equipado de série com o sistema ALFAST (lâminas e proteções de haste forjadas com sistema de montagem e remoção ultrarrápidos) e o rolo de regulação hidráulica. Disponível em tamanhos de 3 a 4 m, este subsolador é adequado para tratores de 180 a 350 cv. Dispõe de uma estrutura totalmente aparafusada em aço de alta resistência e rolos FRANTER H22 (Ø 220 mm).
SubsoladorAlpego K-Dyno
O K-Dyno é um subsolador para profundidades até 51 cm que já é um verdadeiro best-seller no vale do Mondego por ser compacto e leve, mas extremamente robusto e dinâmico. Compatível com os rolos FRANTER M12/H12. O K-Dyno está disponível nos tamanhos de 1,6 - 2 - 2,5 -3 m, e é recomendado para utilização com tratores de 75 a 130 cv.
(da esquerda para a direita): João Montez, Diretor Comercial da Ja&Ma-reboal, Sergio Grau Boix, Diretor Comercial do AG-Group Europe, Henrique Marques, Sócio e Gerente da Maunça, e Rui Sousa, Responsável Comercial da Maunça
O Alpego K-Force está disponível em versões de 3 e 4 m de largura
Monocoque de dois eixos
A JA&MA – reboal apresentou também a sua gama de monocoques de dois eixos com capacidades de 14,8 m3 (modelo M2 10000) aos 21,3 m3 (modelos M2 18000/6.6). Todos os modelos possuem travões hidráulicos, porta traseira hidráulica com trincos hidráulicos, um cilindro de basculamento, exceto no M2-16 000 e M2 – 18 000 que tem dois cilindros, lança regulável em altura com mola e escada frontal. Os pesos brutos variam entre os 10.000 kg e os 18.000 kg.
Cisternas de dois eixos
Grade rápida AG Group
Monocoque de dois eixos M2 da JA&MA –reboal
A gama de cisternas de dois (e três) eixos da JA&MA-reboal apresenta capacidades entre os 8000 litros (modelo RC2-8000) e os 18.000 litros (RC2-18000). No caso das versões de 3 eixos, a capacidade sobe até aos 20.000 litros (RC3-20000). Todos os modelos são totalmente galvanizados e têm duas adufas mecânicas (6 polegadas) e uma hidráulica (6”) e tubos de sucção de 5.5 metros (6”) e extensão de 3 metros (6”).
Fresas rotativas e fresas rotativas inversas
Todos os modelos de fresas rotativas estão equipados com uma transmissão central por engrenagens
A vasta gama de fresas rotativas e de enterradores de pedras Alpego asseguram a mobilização do solo em todas as condições. Todos os modelos estão equipados com uma transmissão central por engrenagens. As engrenagens dispostas verticalmente, em ferro fundido, trabalham constantemente em contacto com o solo em movimento, o que permite uma dispersão natural do calor. Isto garante a máxima fiabilidade, ao contrário das soluções standard em que esta deve ser dissipada pela própria transmissão. Além disso, a ausência da transmissão lateral permite um equilíbrio ideal do peso em ambos os lados e a ausência das protecções laterais da transmissão garante uma profundidade de lavoura constante em toda a largura.
VALTRA EM DESTAQUE NA MONDEGO AGRÍCOLA
A Unitratores, concessionário Valtra no distrito de Coimbra, tinha cinco tratores em demonstração no evento. O destaque ia para a Série G, um trator especialmente adaptado à região, e para as Séries A, N e T.
Por Rui Reis
Apresença em força da Unitractores na Mondego Agrícola, com quase todas as gamas Valtra representadas, espelha a aposta da empresa de Vila Nova de Poiares no mundo agrícola, alargando a sua ação para além do setor das florestas. “Queremos sair da nossa área habitual, que é a floresta, e abraçar também o setor agrícola. A vinda à Mondego Agrícola é o reconhecimento da relevância desta região e do potencial da Valtra no vale do Mondego”, as palavras são de Rodrigo Carvalho, responsável comercial da Unitractores.
No espaço de exposição da empresa, mas especialmente a trabalhar nos campos com diferentes tipos de alfaias e especificações, os visitantes podiam observar
quase toda a gama de tratores da Valtra, do compacto Série A ao potente Série T.
Valtra Série
A
Compactos, mas robustos e versáteis, os tratores da Série A da Valtra estão disponíveis numa gama de potências que vai dos 75 aos 135 cv de potência. Os três modelos mais pequenos (A75, A85 e A95) têm motores de 3,3 litros e três cilindros, enquanto os quatro modelos maiores têm motores de 4,4 litros com quatro cilindros. Estes motores têm intervalos de revisão de 600 horas. Todos os sete modelos da Série A estão disponíveis com transmissão mecânica GL fácil de utilizar. Os modelos de 105 e 115 cavalos também estão disponíveis com a transmissão Powershift HiTech4, que é controlada eletronicamente.
Valtra Série G
O Série G é um trator especialmente adaptado às características específicas do vale do Mondego. Com uma gama de potências que vai dos 105 (110 cv com boost) aos 135 cv (145 cv c/boost) é um trator multifuncional com todos os recursos para as
necessidades agrícolas diárias. As altas capacidades da bomba hidráulica (100/110 L / min) garantem a velocidade e a facilidade de uso do implemento. Este é o trator ideal para trabalhos com carregador frontal, devido à área total de vidro com 5,7 m2, que proporciona uma excelente visibilidade. A transmissão é Powershift.
Valtra Série N
Com o modelo N175, de 165 cv de potência ou 201 cv com boost, este trator equipa com um motor de 4 cilindros, Fase V, da AGCO Power, com 4,9 litros de capacidade.
Valtra Série T
Representada na Mondego Agrícola pelo modelo T255 de 271 cv (com boost), a Série T da Valtra combina o poder da tecnologia inteligente com a força de um motor AGCO Power de 6 cilindros com 7,4 litros de capacidade. Os Séries T contam com uma saída hidráulica de 90, 160 e até 200 L/min. e um assistente hidráulico patenteado. Em termos de transmissão, os modelos HiTech, Active e Versu incluem uma caixa Powershift 30+30R, enquanto os modelos Direct CVT contam com uma caixa de variação contínua.
OUTRAS PRESENÇAS
COMO TRABALHOU O PRIMEIRO AUTOMOTRIZ ESPECÍFICO PARA ARROZ EM PORTUGAL?
ENTRAR NOS CANTEIROS ATÉ DEPOIS DE ESPIGAR
As dificuldades de realizar os tratamentos dentro dos canteiros do arroz, levou uma família de orizicultores com 65 anos de experiência a apostar numa solução inovadora no nosso país: um pulverizador automotriz específico para a cultura do arroz. Fechada a primeira campanha no que a tratamentos diz respeito, fomos saber se a solução convenceu.
Por Sebastião Marques
75 anos e três gerações nos canteiros de Alcácer
Afamília Marcolino, com raízes em Palma, Alcácer do Sal, produz arroz nos canteiros do Sado há três gerações. “São 65 anos que a minha família leva na cultura do arroz. Começou no meu avô, passou pelo meu pai, que continua, e agora eu. Ao dia de hoje, fazemos cerca de 170 hectares”, explicou Carlos Marcolino. Da primeira para a terceira geração, muita coisa mudou, nomeadamente a dimensão, quer dos canteiros, quer das máquinas. “Quando o meu pai se iniciou na orizicultura, o parque de máquinas era composto por tratores leves, sem tração. Eram pequenos, pelo que faziam larguras reduzidas de trabalho. Os canteiros também eram mais pequenos – hoje o mais pequeno que temos tem seis hectares”.
A primeira máquina
“chupacabra” em Portugal: o nome dado pelos orizicultores brasileiros a este tipo de equipamento
Rezar para não atascar
Os tratores, maiores e com mais capacidade de trabalho, também se foram tornando mais pesados, o que tornou cada vez mais difícil entrar nos canteiros à medida que a cultura se vai desenvolvendo. Tal, levou a que a capacidade de fazer tratamentos ficasse, no caso da família Marcolino, reduzida a dois, na melhor das hipóteses, três. “Experimentámos tudo de forma a conseguir pulverizar as vezes que fossem necessárias. No entanto, verificámos que, por mais que tentássemos, que inovássemos (desde os tipos de rodas, a depósitos colocados em zonas diferentes do trator), nunca éramos capazes de fazer mais de três pulverizações por campanha, pois provocávamos a destruição da cultura, nomeadamente porque o trator “assentava”, atascava, etc. Eram dias sem dormir ou/e a rezar antes de entrar dentro de cada canteiro para não ficar atascado ou estragar metade da cultura”, recordou Carlos.
Uma viagem que alterou paradigmas
potência equilibrada para o seu peso, e uma excelente distribuição do mesmo. Não encontrámos nenhuma máquina com uma performance semelhante dentro dos canteiros de arroz. É uma máquina específica para esta cultura, ainda que também possa entrar no milho, por exemplo, desde que equipada com outro tipo de rodas”, explicou Carlos Marcolino (pai).
1ª campanha em Portugal: 5 tratamentos, metade do tempo por tratamento
Convencidos com o que viram, decidiram avançar para a compra de um pulverizador automotriz, que
A necessidade aguça o engenho e a procura por novas soluções. Foi assim que Carlos “chegou” aos pulverizadores automotrizes, bastante utilizados pelos orizicultores brasileiros. “Em 2023 deslocámo-nos ao Rio Grande do Sul e a Santa Catarina para vermos este tipo de máquinas em trabalho, falar com produtores utilizadores, e visitar as fábricas onde são construídos. Visitámos milhares de hectares distribuídos por diversas explorações e localizações. Desde dimensões de dezenas a milhares de hectares. Vimos como produzem, o tipo de solos em que trabalham, e o comportamento das máquinas em diversos contextos. No Brasil existe de tudo, desde terrenos fáceis a terrenos muito difíceis”, explicou.
Essa experiência em terras de Vera Cruz alterou por completo o paradigma que os Marcolinos, pai e filho, tinham daquilo que é possível fazer ao nível da pulverização e da sementeira dentro de água. “Vermos a máquina em trabalho alterou por completo a conceção que tínhamos sobre as possibilidades de pulverização e sementeira dentro de água. Vimos uma máquina de pulverização muito capaz em terras difíceis. Qualquer pessoa que tenha terras com pouca “sustentação”, onde os atascamentos são frequentes, vai certamente ficar surpreendido com a resposta que esta máquina dá. É muito leve, tem uma
CAMPANHA 2024 EM NÚMEROS
5 tratamentos realizados
110 horas de trabalho
Consumo: 8 L/ hora
Produtividade: 10 hectares/hora
Metade do tempo de trabalho por canteiro
CARACTERÍSTICAS
Modelo JP75
Motor Yanmar 4 cilindros – Aspirado/Turbo
Versão Cabinada
Transmissão 4 / 8 velocidades
Chassis articulado Sim
Depósito de combustível (L) 55
Direção Hidráulica
Largura entre rodas (m) 2.10
Distância entre eixos (mm) 2830
Altura das rodas (m) 2 / 2.14
Altura com cabine (m) 3.25
Comprimento (m) 4.9
Peso com cabine (kg) 2.800
Barras hidráulicas (m) 16 / 18 / 20
Depósito para calda (L) 600 / 1000 / 1500
Corte de secções Manual / Automático 4 -7 -9 secções
Precisão Marcador de linha / GPS navegação / GPS com corte de secções
Opcionais Incorporador de mistura / Iluminação da barra / Aplicador de inoculante / Desarme elétrico da bomba de abastecimento
chegou a Portugal a tempo da campanha de 2024. A máquina começou a trabalhar em Portugal em maio e fez, até agora, cinco operações, num total de 110 horas de trabalho e 170 hectares. “Já conseguimos entrar cinco vezes dentro da cultura sem qualquer tipo de problema, e se tivermos de entrar oito ou dez vezes também não teremos. É como andar no alcatrão. Para lhe dar um exemplo: até há dez anos não se fazia fungicida. Hoje fazemos na altura em que está a espigar e é obrigatório. Entrar numa seara com o arroz com 60 cm com um trator convencional vai acamar o arroz. Com esta máquina temos uma altura ao solo de 1,10 metros - mais do dobro do trator”, explicou Carlos Marcolino.
Tão ou mais importante foi o aumento da produtividade e da rentabilidade. “Conseguimos aumentar a largura de trabalho pois passámos de uma barra de 12 para uma de 20 metros, e a capacidade do depósito passou quase para o dobro – de 800 para 1500 litros (sendo que o depósito vai sempre cheio, ao contrário do que acontecia anteriormente). A par disto, a máquina tem uma bomba de enchimento rápido que enche 1000 litros em menos de dois minutos. Só no enchimento poupamos muito tempo. O consumo é outro ponto forte: gasta sensivelmente metade de um trator (fez uma média de 8 litros por hora), fazendo cerca de 10 hectares por hora. Isto levou-nos para outro nível de eficiência e rendimento horário. Fazemos um canteiro numa hora (contando já com dois abastecimentos). Antes demorávamos o dobro do tempo”, afirmou Carlos.
Carlos Marcolino, agrónomo de profissão, é a terceira geração de uma família de orizicultores da zona de Alcácer do Sal. A par das atividades agrícolas passou também a ser importador para a Europa da marca Januário, fabricante brasileiro de pulverizadores automotrizes.
Contactos T. 967 708 670 carlos_ml_marcolino@hotmail.com
JP75
A marca disponibiliza duas versões, com diferentes potências. Ainda assim, para Portugal virá apenas o modelo mais potente, o JP75, de 75 cv. Ao nível das configurações, a máquina pode vir equipada com barras dos 16 aos 20 metros, e de 600 a 1500 litros de capacidade do depósito. Também pode ser montada com um distribuidor para fazer o trabalho de sementeira. Este pode ser adquirido à Januário ou, em alternativa, poderá ser adaptado o equipamento já existente na exploração (uma adaptação simples de efetuar). A medida das rodas é opcional, sendo que a medida standard é de 2 metros de diâmetro – o exemplar
JANUÁRIO PEÇAS
A Januário Peças foi fundada na cidade do Turvo, Santa Catarina, em 1997 e tem no seu portfólio, além do fabrico pulverizadores automotrizes, peças para máquinas, implementos e tratores agrícolas. Hoje a empresa conta com uma moderna fábrica e uma equipa de profissionais especializados. “Esta máquina foi desenvolvida ao longo de quase trinta anos. Foi o feedback dos produtores ao longo de muitas campanhas que resultou nesta solução. Foi feita por produtores para produtores. Toda a máquina é construída pela Januário, com exceção do motor, que é Yanmar. Quando nos deslocámos ao Brasil não visitámos apenas a Januário. Vimos vários fabricantes deste tipo de máquina, mas chegámos à conclusão de que esta era a melhor opção”.
de Carlos Marcolino está equipado com rodas de 2,14 metros. A largura e o bojo da roda também são personalizáveis.
A articulação central, que lhe permite ser bastante ágil dentro dos canteiros, é outra vantagem competitiva face a um trator convencional. Outro ponto favorável referido por Carlos Marcolino é o facto de ser “uma máquina muito ‘mecânica’, fácil de manter e, em caso de necessidade, reparar”. A altura ao solo, além de permitir entrar nas fases de desenvolvimento mais avançadas da cultura, também traz vantagens ao nível da durabilidade. “Sabendo que se trata de um equipamento que trabalha dentro de água, a sua altura ao solo mantem a lama longe dos componentes essenciais”, explica Carlos Marcolino. O intervalo de manutenção são 250 horas (com exceção da primeira, que é feita às 70 horas). Ao nível de sistemas para agricultura de precisão, a JP75 vem com pré-instalação de corte de secções automático, e controlo de débito variável ao andamento. “No
nosso caso, instalámos cá a centralina com o sistema ISOBUS por uma questão de compatibilidade com os restantes equipamentos da casa”, explicou o responsável. O tempo de entrega é, atualmente, de cerca de dois meses e meio desde o momento em que é confirmada a encomenda. O PVP (versão base) são 70.000€ + IVA. Segundo Carlos Marcolino, esta é uma solução que “faz sentido para quem trabalhe a partir de 60 hectares.”
Representantes a nível europeu e rede de distribuição em Portugal
Carlos Marcolino ficou com a representação exclusiva dos pulverizadores automotrizes da marca Januário para a Europa. Em 2025 iniciará a comercialização em Espanha, França, Turquia, Itália e Grécia. Em Portugal, a rede de distribuição será composta pela Benjamin Limede na zona de Coimbra, enquanto a zona sul é assegurada pelo próprio.
Stock de peças e assistência
A empresa tem vindo a formar o seu próprio stock de peças de reposição naquilo que são as referências de maior desgaste. No entanto, o facto de existirem voos diretos três vezes por semana para Portugal a uma curta distância da fábrica da Januário garante um prazo inferior a uma semana para entrega das mesmas.
BEST OF 2023/24
BY JOHN DEERE
A John Deere realizou um evento para a imprensa especializada onde fez um resumo das soluções apresentadas no último ano. Entre estas contam-se a nova Série de tratores 6M, a nova Série de ceifeiras-debulhadoras
S7, a tecnologia See & SprayTM, e o novo pulverizador automotriz 300M. A novidade foi o novo Conjunto Essencials para Agricultura de Precisão para equipamentos novos ou usados. A revista abolsamia esteve presente e traz-lhe um apanhado do melhor que a empresa americana apresentou.
Por Sebastião Marques
Realizado nas redondezas de Frankfurt, numa exploração mista (produção cerealífera e pecuária), o evento colocou à disposição para experimentação dos jornalistas presentes todas as máquinas e soluções apresentadas. A novidade foi mesmo o anúncio do Conjunto Essencials de Agricultura de Precisão, já que todas as outras tinham sido apresentadas anteriormente e em diferentes momentos (ver a edição passada da revista, onde abordámos os novos 6M e as novas ceifeiras-debulhadoras T5 e T6).
Kit de agricultura de precisão low cost para tratores novos ou usados
A John Deere apresentou o seu “Conjunto Essencial de Agricultura de Precisão”, uma solução económica e flexível para todo o tipo de operações agrícolas para utilizar a mais recente tecnologia de agricultura de precisão da John Deere. O pack permite dar início à
utilização de agricultura de precisão ou atualizar a frota existente com a tecnologia mais recente, independentemente da marca ou da idade do equipamento ao dispor do agricultor. O pacote inclui componentes de hardware essenciais (como a antena ou o ecrã) e uma escolha entre duas licenças com diferentes durações temporais, proporcionando aos agricultores uma maior flexibilidade e controlo sobre o seu percurso na agricultura de precisão.
Natalia Pauge, Diretora de Marketing de Produto de Agricultura de Precisão para a Europa na John Deere, destaca os benefícios desta nova solução: “Com este pacote, os agricultores têm mais opções para dar início às suas iniciativas de agricultura de precisão ou atualizar a sua frota com a tecnologia mais recente, independentemente da marca ou da idade do equipamento. Os baixos custos iniciais e o modelo de licença
John Deere 4955 equipado com o Conjunto Essencials para Agricultura de Precisão
Na cabine do 4955, fabricado nos EUA entre o final da década de 80 e início de 90, podia observar-se a instalação de hardware recente, como o ecrã
anual permitem a máxima flexibilidade, uma vez que os utilizadores podem optar por continuar, parar ou terminar a sua aplicação de agricultura de precisão ao fim de um ano, pelo que pagam apenas pelas necessidades da sua exploração”.
Assim, estão disponíveis duas licenças baseadas na duração temporal (ver também o quadro abaixo):
• A licença de guiamento (€1490/ano) oferece total compatibilidade com AEF ISOBUS e inclui funcionalidades, como o AutoTracTM Guidance e o AutoTracTM Row SenseTM
• A licença de agricultura de precisão (€2990/ ano) oferece funcionalidades adicionais, tais como Controlo de secção, sinal SF-RTK com precisão de +/-2,5 cm e AutoPathTM
Xavier Lacombe, Chefe de Vendas de Agricultura de Precisão para a Europa na John Deere, sublinha a versatilidade desta oferta: “Os agricultores têm agora a possibilidade de escolher. A um preço atrativo, podem explorar e começar a beneficiar das funcionalidades básicas ou avançadas da agricultura de precisão, adaptadas às suas necessidades agrícolas específicas”
OPÇÕES DE LICENÇAS ANUAIS
Licença de guiamento (€1499/ano)
Elementos essenciais do monitor:
• Compatibilidade total com AEF ISOBUS, Aplicação de taxa variável, DataSync
Licença de agricultura de precisão (€2990/ano)
Todos os recursos da Licença de guiamento e ainda:
• Controlo de Secção
AutoTrac™ Guidance Sinal de correção SF-RTK com repetibilidade de ano para ano e precisão de +/- 2,5 cm
AutoTrac™ Row Sense™ AutoPath™ (Rows)
AutoTrac™ TIM AutoPath™ (Boundaries)
John Deere 6M com mais modelos: Os novos modelos na série 6M estiveram presentes no evento. Esta série é agora composta por um total de 17 modelos, que se distribuem por cinco segmentos de chassis com diferentes distâncias entre eixos.
Novas gerações T5 e T6 das ceifeirasdebulhadoras de sacudidores: A gama, que comporta oito novos modelos, vai dos 305 cv da T5 400 aos 466 cv da topo de gama T6 800, passando pelos 348 cv da versão intermédia T5 500.
Pulverizador automotriz: O novo 300M expande o portfólio de pulverizadores automotrizes da John Deere no segmento compacto. Com o 332M e o 340M, são introduzidas duas versões. O 332M oferece um depósito de 3200 litros, um motor John Deere de 4 cilindros e 175 cv, e uma largura de barra de até 28 metros, com um raio de viragem de 3,8 metros. O 340M tem uma capacidade de depósito de 4000 litros e uma largura de trabalho de até 36 metros. O motor é um John Deere de 6 cilindros com 225 cv, e o pulverizador tem um raio de viragem de 4,2 metros. A largura da via ajustável automaticamente de 150-180 cm, 180-225 cm e 225300 cm permite uma utilização flexível em todos os tipos de cultura. Ambos os modelos do 300M estão disponíveis com uma barra de aço e uma de aço inoxidável com manga de ar. Tanto o 332M como o 340M estão disponíveis com controlo individual de bicos.
Pulverização de precisão com câmaras
A John Deere demonstrou a sua tecnologia See & Spray TM em pulverizadores construídos na sua fábrica em Horst (Países Baixos). Esta tecnologia de câmaras, que permite detetar e pulverizar “verde sobre castanho”, foi apresentada pela primeira vez no Sima 2022 e já equipa os pulverizadores automotrizes da marca nos EUA. O See & Spray TM estará disponível nos pulverizadores rebocados R900i com barras de 36 ou 39 metros.
O See & Spray TM utiliza a tecnologia de câmaras para detetar diferenças de cor no campo, identificando assim onde deve pulverizar. Todas as câmaras e processadores estão integrados diretamente na barra de pulverização, com uma câmara por metro de largura de trabalho para captar plantas de cor verde à velocidade da luz. Os processadores tratam as imagens e os bicos são acionados individualmente para permitir um tratamento específico e direcionado das infestantes. Esta tecnologia permite a aplicação direcionada de herbicidas, identificando as ervas daninhas visíveis e tratando-as antes da emergência da cultura no campo. O See & SprayTM também pode ser utilizado em culturas em linha após a emergência ou para dessecar batatas.
A eficácia do sistema See & Spray TM foi testada com êxito em cerca de 1.000.000 de hectares em
As ceifeirasdebulhadoras S7 oferecem uma automatização avançada da colheita, sendo efetuados ajustes automáticos de configurações
todo o mundo, e as poupanças na utilização de herbicidas são de até dois terços em comparação com as aplicações tradicionais de pulverização. O ecrã G5Pus Universal Display instalado na cabine pode documentar a aplicação de herbicidas, criando um mapa de cobertura com informações específicas sobre o local onde o herbicida foi aplicado.
A documentação pode então ser transferida via JDLinkTM para o John Deere Operations Center, permitindo ao agricultor identificar áreas com maior pressão de infestantes e otimizar as futuras medidas de proteção das culturas.
S7: automação da colheita
A ceifeira-debulhadora S7 tem uma nova cabine, estilo e designação, bem como caraterísticas integradas de agricultura de precisão avançada, a par de um sistema de gestão de resíduos igual ao da X9. As novas ceifeiras-debulhadoras S7 estão equipadas com motores JDX de última geração. O motor JD9X de 9 litros equipa a S7 700, enquanto a S7 800, S7 850 e S7 900 são equipadas com o motor JD14X de 13,6 litros.
As ceifeiras-debulhadoras S7 oferecem uma automatização avançada da colheita, sendo efetuados ajustes automáticos de configurações internas da máquina com base na perda de grão, material estranho e limites de grão partido.
Também novo na S7 é o Predictive Ground Speed Automation (automação preditiva da velocidade de avanço). Este sistema preditivo deteta a “densidade” da cultura através de várias fontes diferentes, incluindo mapas de biomassa por satélite e feedback da câmara de automatização em direto, ajustando autonomamente a velocidade de avanço em tempo real.
O seu concessionário John Deere para os distritos de Lisboa,
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QUATRO ANOS NA APLICAÇÃO DE OZONO
Na última edição da revista abolsamia, visitámos um projeto inovador na Quinta da Ribeirinha, na Póvoa de Santarém, onde se está a explorar o uso de ozono na proteção das culturas agrícolas, nomeadamente na vinha e em hortícolas. Nesta segunda parte do artigo, visitamos a sede da Stagric para entender como esta empresa portuguesa tem liderado o desenvolvimento e fabrico de kits de ozono, proporcionando soluções eficazes e sustentáveis para os agricultores.
Das lavadoras aos kits de ozono
AStagric é uma sociedade por quotas que nasceu em 1986 com três sócios e sediada em Torres Vedras. Numa primeira fase a empresa dedicava-se quase exclusivamente à venda de máquinas de pulverização, lavadoras de alta pressão, e motocultivadores. Mais tarde foi-se especializando na pulverização. Há cerca
de 20 anos foi introduzida a gama de equipamentos para a mecanização da vinha, como as despampanadeiras, pré-podadoras e varredoras, barras interfilares, e outros equipamentos feitos à medida das necessidades dos clientes, que hoje representam uma parte importante da faturação.
Há cerca de quatro anos, a Stagric começou a investigar e investir na aplicação de ozono em culturas agrícolas. Assim, a empresa iniciou a comercialização de kits para ozono através de um parceiro espanhol. Ao fim de um ano, passou a fabricar os seus próprios kits, com uma sistematização e montagem diferentes. Atualmente, após quatro anos, existem cerca de 30 kits a trabalhar por todo o país.
“A Stagric iniciou a construção de kits para aplicação de ozono na agricultura em pulverizadores agrícolas, em 2020. Ao longo destes quatro anos procurámos obter conhecimento fora da empresa e em centros de conhecimento, nacionais e estrangeiros. Desenvolvemos a nossa própria solução e podemos hoje garantir que dominamos o
processo de fabrico”, explicou João Elias, Diretor Geral da Stagric.
Primeiro estranha-se
“Apesar de já ser bastante utlizada há mais de dez anos em países como Espanha ou na América do Sul, em Portugal é relativamente recente”, começou por explicar Francisco Patrício, Diretor Comercial da Stagric. “Neste tema da utilização do ozono, além de construirmos as máquinas estamos também a fazer um trabalho de divulgação e explicação, não só das vantagens, como também das boas práticas. Sabemos que é um caminho longo, mas acreditamos que é uma solução de futuro”.
Vantagens
“A primeira coisa que dizemos aos nossos clientes é que o ozono não resolve tudo,” começou por explicar João Elias. “Resolve uma parte substancial do problema, sem deixar resíduos e sem custos.” A grande vantagem do ozono, especialmente na produção de fruta e hortícolas, é a obtenção de um produto de “resíduo zero”, cada vez mais procurado especialmente pelas grandes superfícies. Além disso, a utilização de ozono permite uma redução significativa dos custos, pois diminui, ou até elimina, a necessidade de produtos fitofármacos. “Os únicos consumos são água e bateria do trator”, sintetizou João Elias. Outra vantagem significativa é a durabilidade do equipamento, que, ao trabalhar apenas com água pura, sofre um desgaste muito menor.
A unidade produtiva da Stagric tem-se vindo a atualizar e modernizar ao longo dos anos, o que lhe permite fabricar e incorporar os kits de ozono
“Quanto custa?”
É a pergunta que mais habitualmente é colocada aos responsáveis da Stagric. No entanto, na opinião de Francisco Patrício, a questão que deveria ser feita é “quanto poderemos vir a beneficiar?”. “Nós temos estas máquinas a trabalhar em muitas culturas - desde a vinha, às árvores de fruto - em contextos muito diferentes, pelo que é muito difícil responder à questão do “quanto custa” pois vai sempre depender de quanto é que cada agricultor gastava, de quantos tratamentos fazia. Um agricultor que faça 10 a 12 tratamentos por ano, poderá fazer entre 60% a 80% dos tratamentos com ozono, e estará apenas a aplicar água, não gastará em produto químico. Se num tanque de 2000 litros de água colocar 1400 euros de fitofármaco para fazer 2 a 3 hectares… veja a poupança que consegue com a aplicação do ozono” sintetizou.
Investigação e sustentabilidade
A Stagric participa num grupo de investigação criado na Quinta da Ribeirinha, acompanhado por técnicos de agronomia que analisam os fatores redox aplicados na rega e a evolução das plantas. Recentemente, formaram um grupo de massa crítica para utilização do ozono em outros setores, como a horticultura e estufas. Esta colaboração visa encontrar uma melhor utilização do ozono na cadeia agroalimentar. Francisco Patrício, Diretor Comercial da Stagric, destaca: “Temos consciência que o futuro passa pela redução da aplicação de produtos químicos, recuperação e tratamento de águas, e o ozono passará a ter um papel cada vez mais importante na redução de custos e vantagens ambientais.”
Casos de sucesso: pago num ano e 150 hectares de vinha
Um exemplo de sucesso na utilização de kits de ozono na vinha é o caso de Jorge Correia, viticultor da zona de Torres Vedras, que está no quarto ano de utilização de ozono. Faz cerca de 70% das aplicações com ozono e 30% de nutrientes para a vinha. Referiu que no final do primeiro ano de utilização o equipamento, que lhe custou 8.000 euros, estava pago. Francisco Patrício acrescentou ainda: “Temos também vários clientes no Alentejo que utilizam ozono de forma sistemática, com resultados positivos, especialmente na vinha. Em Don Benito, Espanha, um cliente que faz 150 hectares de vinha em modo de produção biológico prevê, em dois anos, utilizar apenas ozono. Os principais feedbacks incluem uvas de tamanho uniforme, vinhas mais viçosas e maior durabilidade das folhas.”
DESAFIOS NA APLICAÇÃO DE OZONO:
Como e quando aplicar?
Com quatro campanhas consecutivas a trabalhar com kits de ozono, de norte a sul do país e até mesmo fora de Portugal, a Stagric tem vindo a adquirir o conhecimento necessário para fazer face aos desafios que surgem na fase de introdução de qualquer tecnologia no mercado. O maior desafio com os kits de ozono é garantir a correta produção do mesmo. Para que tal aconteça, é necessário respeitar alguns requisitos: valor do pH (6), temperatura da água (20/22º) e temperatura ambiente (não superior a 25º). João Elias explica: “Desde que estes parâmetros sejam cumpridos, conseguimos facilmente produzir ozono.” É também essencial manter uma consistência nos tratamentos e estar atentos aos eventos climatéricos que possam impactar as doenças das plantas. Além disso, os operadores devem saber trabalhar com este equipamento, que é simples, mas requer certos cuidados.
Outra questão muitas vezes colocada aos responsáveis da Stagric é relativa ao momento em que deve ser feita a aplicação na cultura. “A decisão de fazer ou não fazer uma aplicação de ozono é semelhante à utilização de fitofármacos: tem de haver um acompanhamento da cultura por parte do agricultor, ajustando o intervalo de aplicação conforme as necessidades”, começou por explicar João Elias. “Quando entregamos um equipamento disponibilizamos toda a informação necessária
Equipamentos de pulverização, montado e rebocado, preparados com kits de zono
para que a máquina funcione bem e os cuidados que devem ter. Partilhamos também algum do conhecimento que vamos recolhendo do feedback que nos passam, por exemplo, sobre velocidades de trabalho ou débitos, mas a decisão de quanto e quando aplicar é sempre do agricultor.”
Velocidade de trabalho
Francisco Patrício explicou que a Stagric realizou uma experiência numa vinha com 3 metros de largura entrelinhas, utilizando uma máquina axial a 4 km/h com 10 bares de pressão. Posteriormente, repetiram a experiência à mesma velocidade, mas sem ventilação. No segundo caso, observaram que a cepa ficou muito mais molhada. Patrício destacou que a velocidade ideal pode variar conforme o contexto, mas, com base na experiência da empresa, uma boa aplicação de ozono deve ser feita a uma velocidade de cerca de 4 km/h, de forma a evitar a necessidade de débitos muito elevados.
HORSCH MAESTRO 6 TX
SEMENTEIRA DIRETA COM UM SEMEADOR MONTADO. É POSSÍVEL?
Um semeador monogrão para entrelinhas largas, montado aos três pontos do trator, e capaz de fazer tanto sementeira convencional como direta? Sim, existe e já leva 600 hectares semeados em Portugal.
Por Sebastião Marques
A velocidade de trabalho dos semeadores com sistema de sobrepressão pode ir até aos 15 km/h
Julho já ia para lá de meio, com as temperaturas a bater nos 40º, quando nos deslocámos à Golegã para ver o primeiro Horsch Maestro 6TX em trabalho no nosso país. Foi numa parcela com restolho de trigo-mole acabada de debulhar, e onde se preparava a instalação de uma sementeira de milho para silagem.
Pouco depois das 9 horas chegou o semeador, montado num John Deere 6125R, da Toverland, empresa de prestação de serviços agrícolas de Riachos, que já semeou 600 hectares com o Maestro 6TX, entre milho e girassol, numa média de 25 ha/dia. Já com experiência em semeadores Horsch – possui um Maestro 8 CV – António Silva, proprietário da
empresa, explicou a opção por um equipamento mais compacto: “dá-nos mais versatilidade, pois consegue trabalhar em áreas mais apertadas sem perdermos velocidade de tra balho e qualidade de sementeira. Além disso, tanto faz sementeira convencional como direta, e permite ainda adaptar o espaçamento da entrelinha em pouco tempo”, começou por explicar.
Variação hidráulica da distância entrelinhas
Uma das características mais interessantes deste semeador é a facilidade com que a largura da entrelinha pode ser alterada, o que lhe permite semear várias culturas. Sem ser necessário recorrer a ferramentas, basta retirar as cavilhas em cada linha e acionar o comando hidráulico a partir da cabine para mover a barra telescópica onde estão montadas as unidades de sementeira.
Barra telescópica para regulação da largura da entrelinha
As unidades de sementeira do Maestro TX baseiam-se
Um Maestro como os outros… mas montado
“A MÁQUINA ADAPTA-SE ÀS CONDIÇÕES DO SOLO, EXERCENDO A PRESSÃO NECESSÁRIA PARA UMA COLOCAÇÃO HOMOGÉNEA
Existem duas versões do TX, o 6 (de seis linhas) e o 7 (de sete linhas). A largura da entrelinha do Maestro 6 TX inicia nos 45 cm e vai até aos 80 cm (45/50/55/60/70/75/80), enquanto o Maestro 7 TX inicia nos 37,5 e chega aos 65 cm (37.5/40/45/50/55/65). Esta última versão, de sete linhas, permite desativar uma linha quando se pretende trabalhar a 75 ou 80 cm, e pode constituir uma solução interessante para quem semeie, por exemplo, milho para silagem a 65 cm.
DA SEMENTE. ASSIM, PODE FAZER TANTO SEMENTEIRA CONVENCIONAL COMO DIRETA”
Abílio Pereira, responsável pelos produtos Horsch na Lagoalva.
As unidades de sementeira do Maestro TX baseiam-se na conhecida série Maestro de maiores dimensões. Devido ao mecanismo de deslizamento para alteração da distância entrelinhas, apenas a ligação à estrutura foi adaptada. A pressão da relha é gerada hidraulicamente, sem qualquer ligação à tomada de força do trator. Como opcional, está disponível um sistema que transfere o peso do trator para o semeador de forma a atingir pressões de até 350 kg por linha, podendo ser utilizada para sementeira direta. “Funciona com o sistema Auto-Force e atua como uma máquina rebocada”, explicou Abílio Pereira, responsável pelos produtos Horsch na Lagoalva, empresa que representa a marca em Portugal. O sistema AutoForce regula a pressão ao solo em função das condições que o semeador vai encontran-
A Toverland é uma empresa de prestação de serviços agrícolas fundada e sediada em Riachos há mais de 30 anos. Propriedade de António Silva, dedica-se a todo o tipo de serviços agrícolas, sobretudo no Ribatejo e em culturas cerealíferas e na plantação e colheita de batata. Do seu parque de máquinas fazem parte outros equipamentos Horsch, como um semeador Maestro 8 CV, um pulverizador AX, um cultivador Terrano 3 FX ou um Joker.
“É UM SEMEADOR
MUITO RÁPIDO E, FACE AO REBOCADO COM QUE USUALMENTE TRABALHAVA, É BASTANTE ÁGIL. A CAPACIDADE DE PRESSÃO AO SOLO É OUTRO PONTO QUE DESTACO, POIS OBSERVÁMOS UMA GRANDE HOMOGENEIDADE DA PROFUNDIDADE E ESPAÇAMENTO DAS SEMENTES. A FACILIDADE DE ALTERAÇÃO DO ESPAÇAMENTO ENTRELINHAS TAMBÉM É BASTANTE
ÚTIL.”
por linha
do ao longo do campo, podendo aplicar uma pressão máxima de 350 kg por linha. “A máquina adapta-se às condições do solo, exercendo a pressão necessária para uma colocação homogénea da semente. Assim, pode fazer tanto sementeira convencional como direta”, referiu Abílio Pereira. É um processo automático e constante, gerido por sensores de pressão instalados em duas linhas de sementeira (a linha 3 e a linha 4). O controlo da profundidade é efetuado através de um pino e de 14 posições disponíveis. É possível semear a uma profundidade de 1,5 a 9 cm. O sulco de sementeira é fechado e consolidado por um par de rodas de fecho em forma de V. À frente dos dis -
cos, podem ser montadas diferentes ferramentas, por exemplo, rodas “afasta-palhas” ou um disco de corte, consoante o tipo de sementeira que se pretenda realizar.
Velocidade de trabalho igual aos rebocados O sistema de distribuição que equipa os Maestro TX é igual ao dos modelos CX, funcionando por sobrepressão. Designado sistema AirSpeed, permite transportar a semente desde a unidade de distribuição até ao solo por uma corrente de ar na ordem dos 50 km/h. “A semente, em vez de ser sugada contra os orifícios do disco, é empurrada contra um disco perfurado. Durante o processo de dosagem, os grãos passam por um raspador que se encarrega de remover as duplas. Quando dá a volta no disco é empurrada para o solo pela mesma corrente de ar, encaminhada por um tubo condutor mais fino, que confere maior precisão. Um sensor de grãos está integrado no tubo de queda para garantir uma monitorização ótima do sucesso da sementeira. A tecnologia de medição do sensor é capaz de contar os grãos, determinar as distâncias entre os grãos e, assim, transmitir uma informação ao condutor relativamente a duplos ou lacunas. O dispositivo de medição AirSpeed é acionado eletricamente de série e cada fila pode ser controlada individualmente. Esta
O dispositivo de medição AirSpeed é acionado eletricamente de série e cada fila pode ser controlada individualmente. Esta tecnologia permite as conhecidas funções de desativação individual da linha, SectionControl, VariableRate e controlo da linha de sementeira.
O Maestro 6 TX é Isobus
tecnologia permite as conhecidas funções de desativação individual da linha, SectionControl, VariableRate e controlo da linha de sementeira. Existe depois uma roda de compactação que é indispensável para a semente não ressaltar quando entra em contacto com o solo e estabilizar no local exato pretendido”, explicou Abílio Pereira. A Horsch estabelece que a velocidade de trabalho dos semeadores com sistema de sobrepressão pode ir até aos 15 km/h.
Sistema de distribuição de fertilizante
Entre as principais características do Maestro 6
TX contam-se uma tremonha de adubo de 1300
Tremonha de adubo de 1300 litros, os depósitos de semente e microgranulado e, em pormenor, a unidade de dosagem de microgranulado e o localizador de adubo de disco simples
CARACTERÍSTICAS
Número de linhas: 6
Largura da entrelinha (cm): 45 - 80
Largura de trabalho (m): 2,6 – 4,8
Capacidade da tremonha de fertilizante (L): 1300
Potência mínima requerida (cv): 120
PVP (versão base): 70.000 €
litros, opcional, e a possibilidade de colocar adubo microgranulado através da unidade de granulado em cada linha individual. As unidades têm uma capacidade de 18 litros por linha, são acionadas separadamente por um motor elétrico e podem ser desligadas individualmente. A aplicação é efetuada no sulco de sementeira ou de forma generalizada na superfície através de deflectores. O localizador de adubo é de disco simples. Os reservatórios de semente em cada linha têm uma capacidade de 70 litros sendo completamente estanques.
GRADE REBOCADA DE DESMATAÇÃO GMT
Este equipamento veio complementar a já existente
GPR e é ideal para incorporação de grandes volumes de resíduos em zonas florestais ou de grande densidade de plantas.
Por Sebastião Marques
Fotografia Cátia Barbosa
Disponível em seis modelos, de 14, 16 e 18 discos, de 32 ou 36 polegadas, conta com quadros em perfil de chapa de aço quinada e soldada, e corpos interligados por sistemas articulados. A dimensão dos discos, maior face aos da GPR, é uma das principais diferenças entre os dois modelos: lisos ou recortados, com 810 x 10 mm de espessura (32 polegadas) ou 910 x 12 mm (36 polegadas). Tem também separadores entre discos de 13’’ – 33 cm, raspadeiras com regulação independente, e ângulo de trabalho regulado hidraulicamente. As chumaceiras da GMT,
A capacidade de penetração no solo é um dos pontos fortes da GMT
QD 50 – 13’’ disco 32’’ e disco 36’’, com dois rolamentos cónicos protegidos por duplos retentores de cada lado, são as que equipam a NGVR tendo sido adaptadas a um maior espaçamento entre discos. Entre as características que atestam a robustez desta grade contam-se ainda, por exemplo, a lança em chapa de aço quinado e soldado, o olhal com casquilho lubrificável ou o veio dos discos quadrado de aço especial tratado de 50 mm. A abertura e fecho dos corpos é acionada hidraulicamente, e as rodas de transporte 400/60-15.514T têm regulação hidráulica. A GMT destina-se a tratores a partir dos 140 cv e larguras de trabalho entre os 2,5 e os 3 m. O kit de sinalização e iluminação vem de fábrica.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
NOVIDADE
OPCIONAIS
Kit contrapeso 40 Kg (máx: 12 p/máquina)
PONTOS +
Discos de grandes dimensões
Maior robustez e peso do conjunto Grande capacidade de penetração no solo
A GMT conta com discos lisos ou recortados, com 810 x 10 mm de espessura (32 polegadas) ou 910 x 12 mm (36 polegadas)
DESAFIAR A TENDÊNCIA
NUM MERCADO DE MÁQUINAS REBOCADAS, HÁ QUEM OPTE POR UMA VINDIMADORA AUTOMOTRIZ
António José Nunes Branco e o seu filho Cristiano Branco, viticultores em Santarém, gerem 25 hectares de vinha. Recentemente, decidiram modernizar o processo de vindima com a compra de uma vindimadora New Holland 9050L, uma máquina automotriz específica para vinha. Esta decisão contraria a tendência do mercado, que tem preferido máquinas rebocadas, mas para Cristiano Branco, a automotriz é uma solução mais eficiente para as suas necessidades.
Da esquerda para a direita: Cristiano Branco, João Palmar, Especialista de Produto da New Holland, Nuno Nunes, Gerente NCN, Pedro Bento, Responsável Comercial da NCN, Nuno Batista, Responsável Mecânica da NCN, Fábio Neves
Porquê uma máquina automotriz?
Cristiano explica que a escolha de uma máquina automotriz se deve à flexibilidade e eficiência. “Não preciso de ‘empatar’ um trator na vindima, o que permite usá-lo para transportar as uvas”, comenta. Além disso, o terreno plano da exploração favorece a utilização da New Holland 9050L, que vai permitir um trabalho mais rápido e fluido, sem a necessidade de manobrar em encostas. Para além das suas vinhas, António planeia ainda prestar serviços de vindima a outros viticultores da região.
Vantagens esperadas
Com a nova máquina, António espera melhorias na rapidez e eficiência do trabalho. “A máquina é intuitiva, fácil de operar e muito prática”, destaca. A New Holland 9050L está equipada com o sistema de agitação SDC, que, segundo os especialistas deste
A escolha entre uma máquina automotriz e uma rebocada depende de vários fatores, como o tipo de terreno, ou as necessidades da exploração
tipo de produto da New Holland, João Palmar e Juan Marugán, “é simultaneamente suave e enérgico, libertando as uvas sem danificar as plantas”. O sistema de recolha, com duas rodas de cesto, garante uma colheita sem perdas, vedando perfeitamente a zona de colheita para evitar que as uvas caiam ao solo. O sistema de limpeza, que inclui dois extratores, assegura que as uvas chegam à tremonha com uma percentagem mínima de impurezas, resultando numa colheita de alta qualidade.
Juan Marugán acrescenta: “As máquinas da série 9000L, como a New Holland 9050L, são concebidas para fornecer um elevado rendimento, permitindo ao viticultor vindimar mais hectares por dia e colher as uvas na altura certa para obter a melhor qualidade possível.”
Automotriz vs Rebocada:
a melhor solução para cada caso
A escolha entre uma máquina automotriz e uma rebocada depende de vários fatores, como o tipo de terreno, as necessidades da exploração e a disponibilidade de outros equipamentos. Cristiano Branco viu na New Holland 9050L a solução ideal para a sua vinha, pela eficiência que permite em termos de tempo e recursos. “Vai permitir prestar serviços a
outros viticultores e ainda garantir uma gestão mais eficiente do trabalho na nossa exploração”, explica. Para outras explorações, as máquinas rebocadas podem ser uma opção viável, mas, neste caso, a automotriz mostrou-se a escolha mais adequada. Como refere Juan Marugán, “esta série de máquinas oferece características tecnológicas avançadas, como a marcação de linhas trabalhadas via GPS, permitindo trabalhar à noite ou em condições de baixa visibilidade. Além disso, a conetividade da máquina permite controlar remotamente a operação de várias unidades, algo especialmente útil para empresas de serviços de vindima.”
Apoio local do concessionário NCN
A proximidade do concessionário NCN também foi um fator relevante na decisão de compra. António elogia o apoio recebido durante o processo de aquisição e está confiante de que a assistência técnica vai acompanhar o desempenho da máquina ao longo do tempo. “A venda correu muito bem, e acredito que a assistência irá evoluir de forma igualmente positiva”, afirma.
Perspetivas para o futuro
Com a nova máquina automotriz New Holland 9050L, António José Nunes Branco e o seu filho Cristiano estão preparados para enfrentar o futuro da viticultura com maior eficiência e qualidade. A adoção desta tecnologia reflete uma tendência crescente no setor: a busca por soluções que otimizem o trabalho, preservem a qualidade das colheitas e proporcionem maior flexibilidade ao viticultor. Juan Marugán conclui: “Com a entrega deste modelo, a New Holland oferece uma solução que responde às principais necessidades do setor da uva. A produtividade, eficiência no consumo de combustível e a qualidade de colheita inigualável fazem da 9050L uma escolha acertada para os viticultores que procuram maximizar o rendimento da sua colheita.”
ATVs NA COLHEITA DA AZEITONA
COMO PASSAR DE PANOS DE 12 PARA 25 METROS E REDUZIR A DEPENDÊNCIA DE MÃO DE OBRA
Há vários anos que o Monte da Sardinha utiliza ATVs no processo de apanha da azeitona para conserva, uma solução que permite utilizar panos maiores e reduzir muito o tempo despendido. Vantagens que se traduzem no aumento da eficiência e da produtividade.
Por Rui Reis
Fotografia
Carlos Ferreira
Com praticamente 900 hectares de área, esta antiga herdade de montado de sobro e de criação de gado, diversificou as culturas quando o atual proprietário decidiu plantar amendoal e oliveiras para produção de azeitonas de conserva e destinadas ao azeite. “O Monte da Sardinha foi das primeiras herdades convertida para o olival graças ao investimento espanhol. Neste momento, temos amendoal (221 hectares), azeitona para conserva (180 hectares) e olival super-intensivo (quase 400 hectares) que se destina à produção de azeite num lagar próprio. Temos quatro variedades de azeitona: Arbequina, Hojiblanca, Cobrançosa e Arbosana”. As palavras são de António Machado, o responsável pelo Monte da Sardinha, que nos acompanhou ao longo de uma visita para observar em campo a apanha da azeitona destinada à conserva com recurso a vibradores automotrizes e varejadores manuais, mas também com o apoio dos ATVs Yamaha.
As decisivas Kodiak 450
O processo de apanha da azeitona para conserva, colhida ainda verde e antes da destinada à produção de azeite, é feito com recurso a buggys (vibradores automotrizes), mas também com muito trabalho
manual e a ajuda de ATVs. António Machado é perentório, “era impossível fazer esta colheita (quase) manual sem o recurso às motos 4. Há uns anos, utilizávamos panos de 8, 10 ou 12 metros que eram puxados à mão. O processo demorava uma eternidade e, com a atual escassez de mão de obra, seria um verdadeiro pesadelo. Hoje, graças às motos 4 da Yamaha (ATVs), podemos utilizar panos de 25 metros”.
O processo passa por estender os panos, agitar as oliveiras com os buggys ou com as varas ou varejadores e, concluída esta etapa, os ATVs Yamaha puxam-nos até um pano mais robusto e compacto que concentra a apanha. Depois, um semi-reboque com uma grua pega no pano final e despeja no atrelado de transporte. “Se não fosse assim, nunca chegaríamos a uma produção total que, esperamos nós, se situe em torno dos 7 milhões de quilos de azeitona”, explicou António Machado.
“A MAIORIA DAS VEZES OPTAMOS PELOS KODIAK 450, MUITO VERSÁTEIS E ECONÓMICOS. QUANDO SÃO TAREFAS MAIS DURAS, OU AS PENDENTES SÃO MAIS ACENTUADAS, RECORREMOS ÀS KODIAK 700.
Os modelos Yamaha mais utilizados são os Kodiak 450, ATVs leves, compactos e muito económicos. Quando os trabalhos são mais exigentes, a escolha passa pelos Kodiak 700
O Monte da Sardinha ocupa uma área de 900 hectares que se dividem entre o amendoal, o olival super-intensivo e o de azeitona de conserva
Kodiak 450 vs Kodiak 700: O contexto manda
António Veiga, da firma homónima, é o prestador de serviços que fornece os ATVs usados na colheita da azeitona e do amendoal do Monte da Sardinha. “Este ano já cheguei a ter 22 unidades. Atualmente tenho 15 ATVs Yamaha comprados à Motévora, uma relação comercial que já vem de há alguns anos e que valorizo particularmente pela atenção ao cliente”, começou por explicar. “A procura desta solução tem sido tremenda. Não apenas para a apanha da azeitona e da amêndoa, mas para todo o tipo de tarefa de apoio à exploração agrícola, desde pulverizações a controlos de rega. O próprio Monte da Sardinha possui três ATVs Yamaha exatamente para esse fim”. E que modelos são os escolhidos? “A maioria das vezes, optamos pelos Kodiak 450, um ATV muito versátil, robusto e económico. Quando são tarefas mais duras, ou as pendentes são mais acentuadas, recorremos às Kodiak 700. Apesar de serem muito úteis noutras tarefas, aqui não utilizamos tanto os UTVs porque são maiores e menos ágeis, especialmente nas entrelinhas e quando as copas das oliveiras são mais baixas”. Mas a utilização das motos 4 da marca japonesa não se esgota na apanha da azeitona de conserva ou da amêndoa. Como afirma António Machado: “nós temos cerca de 70% do olival em regime super-intensivo e temos ATVs Yamaha (Kodiak 450) para controlo da rega e pequenas reparações que sejam necessárias. Já imaginou o que seria fazer esta área toda a pé ou de trator? Isto de moto 4, que é leve e muito mais ágil, é uma beleza”.
Colheita com ATV continua a crescer Sendo, como o responsável do Monte da Sardinha salienta, a azeitona de conserva mais rentável do que a de azeite, seria de esperar que a aposta fosse na extensão da área plantada, mas com contingências como a falta de mão de obra, a tendência é passar para o super-intensivo. “Estamos a estudar a possibilidade de termos azeitona da variedade Maçanilha para conserva em regime super-intensivo. É que, para se ter uma ideia das diferenças na produtividade, na plantação tradicional temos 298 oliveiras por hectare, em super-intensivo temos 2050... E é só passar a máquina e está colhida”.
Da esq. p/ dir: António Machado, responsável do Monte da Sardinha, Bruno, prestador de serviços, Marco Pirralho, representante da Motévora, e António Veiga, da António Veiga Unipessoal (prestador de serviços)
“CADA VEZ MAIS ESTAS MOTOS SÃO VISTAS COMO FERRAMENTAS IMPRESCINDÍVEIS NUMA EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA”.
Para António Veiga, esta é uma tendência que veio para ficar, tal como o recurso a ATVs da Yamaha. “Cada vez mais estas motos são vistas como ferramentas imprescindíveis numa exploração agrícola. Como são pequenas, ágeis e muito económicas na utilização, são perfeitas numa multitude de tarefas. E porque é que trabalha apenas com a Yamaha? “A Yamaha impôs-se naturalmente pela sua fiabilidade. Estamos a falar de ATVs que acumulam quase 1000h/ano durante as campanhas da azeitona e da amêndoa. E toda a manutenção tem de ser feita atempadamente e num curto espaço de tempo. Por exemplo, estas Kodiak utilizam um variador que é muito mais resistente do que o da concorrência e, mesmo que parta a correia, numa hora substitui-se facilmente. O tempo de paragem é mínimo, o que faz com que o custo total de propriedade seja muito competitivo. O agricultor o que quer é ver as máquinas a operarem e a produzirem, não quer saber de avarias. Por isso, como prestadores de serviço, temos de ter máquinas em que possamos confiar plenamente.”
UM PNEU PARA A SUA MÁQUINA DE COLHEITA
CEAT SPECIALTY YIELDMAX
À medida que a época das colheitas se desenrola, os campos de toda a Europa testemunham, mais uma vez, o desempenho dos pneus CEAT Specialty Yieldmax. Concebidos especificamente para as rigorosas exigências do mercado das ceifeiras-debulhadoras, os Yieldmax são mais do que um simples pneu - são um pneu radial agrícola de nova geração em que os agricultores podem confiar para um desempenho e durabilidade superiores.
O design inovador garante maior tração e uma excelente aderência, mantendo uma carcaça resistente
OYieldmax destaca-se no mercado pela sua capacidade de suportar maquinaria de grandes dimensões, proporcionando uma maior capacidade de carga, tornando-o ideal para os equipamentos de colheita modernos. Numa época em que a saúde do solo se tornou uma preocupação primordial, especialmente entre os agricultores europeus, o Yieldmax foi concebido para minimizar o impacto no mesmo. O seu design inovador inclui um ângulo dos blocos mais baixo à volta dos flancos, garantindo uma maior tração e uma excelente aderência. O ângulo mais eleva do à volta da saliência central oferece, ao mesmo tempo, uma maior estabilidade lateral, proporcionando
O LEGADO DE QUALIDADE E INOVAÇÃO DA CEAT
Na CEAT, produzir pneus da mais alta qualidade não é apenas um objetivo - é uma obsessão. Este compromisso para com a excelência foi reconhecido a uma escala global, tal como evidenciado pelo facto de a empresa ter recebido o prestigiado Deming Grand Prize. Este prémio é uma das maiores conquistas atingíveis ao nível da Gestão da Qualidade Total (TQM) a nível mundial, e a CEAT é a primeira marca de pneus, e uma das únicas 33 empresas a nível mundial, a recebê-lo. O prémio Deming, atribuído pela
União de Cientistas e Engenheiros Japoneses, distingue as organizações que não só obtiveram o Prémio Deming, como também continuaram a manter e a elevar as suas práticas de TQM ao longo dos anos. A jornada TQM da CEAT começou há mais de quinze anos e, em 2017, a CEAT tornou-se a primeira empresa de pneus fora do Japão a ganhar o Prémio Deming. Esta conquista sublinha o compromisso inabalável da empresa com a qualidade, a inovação e a satisfação do cliente.
O YIELDMAX FOI CONCEBIDO PARA MINIMIZAR
O IMPACTO NO SOLO
um equilíbrio perfeito entre a força e a precisão de que os agricultores necessitam durante a colheita. Mas o Yieldmax não se limita à tração e à estabilidade. Este pneu radial agrícola de alta tecnologia possui uma carcaça resistente e uma cinta rígida que, em conjunto, proporcionam todas as vantagens da construção radial, suportando equipamento e cargas pesadas. Quer seja utilizado em ceifeiras-debulhadoras ou ensiladoras, o Yieldmax é suficientemente versátil para lidar com qualquer aplicação de colheita, o que o torna um ativo indispensável para os agricultores.
A herança da CEAT está profundamente enraizada na Europa, com as suas origens a remontarem a Itália, onde a empresa foi fundada. A sua missão, a de oferecer pneus de alta qualidade ao melhor preço aos agricultores europeus, está no centro das suas atividades. Quer se trate dos pneus radiais Yieldmax para máquinas de colheita, dos pneus radiais FARMAX para tratores ou de outros padrões de piso da gama CEAT Specialty, a CEAT dedica-se a satisfazer as necessidades da agricultura moderna com produtos em que os agricultores podem confiar.
Desenvolvido para minimizar o impacto no solo e maximizar a eficiência, o Yieldmax combina inovação e força para qualquer aplicação de colheita
O pneu Yieldmax é um testemunho da dedicação da CEAT à excelência. A sua conceção e construção
são o resultado de anos de investigação e desenvolvimento, orientados pelos princípios da TQM. Assim, este pneu oferece a fiabilidade e o desempenho necessários para otimizar o processo de colheita. À medida que os agricultores avançam na época das colheitas, podem fazê-lo com confiança, sabendo que o CEAT Yieldmax está pronto para atuar. Apoiado por um legado de qualidade e inovação enraizado em Itália, o Yieldmax é mais do que um simples pneu - é um parceiro no campo, ajudando os agricultores a obterem a melhor colheita de sempre.
SEMI-REBOQUES NA COLHEITA DE CULTURAS DE ALTO VALOR?
CHEGOU A ALTURA DE PENSAR NUM REBOQUE ELEVATÓRIO
Estivemos em Almeirim, e conversámos com Bruno
Casqueiro, que explora 140 hectares de vinha em parceria, e nos explicou os ganhos obtidos com a incorporação dos reboques elevatórios na sua operação de colheita. Abordamos também a mais recente opção da Herculano neste segmento de mercado.
Por Sebastião Marques
Fotografia Carlos Ferreira
Amecanização da colheita de culturas especializadas, como a vinha, o olival ou o amendoal, através da utilização de máquinas de colheita, quer rebocadas quer automotrizes, levou a um aumento exponencial da rapidez e da eficiência, permitindo otimizar custos e fazer face à escassez de recursos humanos. No entanto, a altura de inclinação máxima sob tegão das máquinas de colheita é, por regra, inferior à altura necessária (mais de três metros de altura), o que limita a dimensão dos reboques para os quais pode fazer a descarga. Reboques mais pequenos, e com menor capacidade de carga, exigem um maior número de voltas, tratores e operadores, aumentando os custos. Assim, o agricultor foi em busca de soluções que lhe permitissem utilizar reboques com maior capacidade. Começam, então, a chegar ao mercado os reboques elevatórios que permitem a descarga da máquina e conseguem depois carregar um semi-reboque graças à sua capacidade de elevação a mais de três metros de altura.
Um exemplo na vinha
Os reboques elevatórios permitem descarregar os tegões da máquina de colheita e, depois, carregar um semi-reboque graças à sua capacidade de elevação a mais de três metros de altura
Bruno Casqueiro, agricultor do distrito de Almeirim, e que explora em parceria com outras duas empresas 140 hectares de vinha, adquiriu nesta campanha um reboque elevatório, depois de ter tido experiência a trabalhar com um outro em campanhas anteriores.
“O nosso processo de colheita é feito com uma vindimadora, três semi-reboques para transportar uva, e temos ainda reboques de apoio. Para conseguir carregar os semi-reboques, que nos permitem ser muito mais eficientes, porque utilizamos menos recursos, precisávamos de um reboque elevatório que nos permitisse descarregar a, pelo menos, três metros de altura. A alternativa, que seria escavar uma zona de descarga para o semi-reboque, simplesmente, não seria viável”, começou por contextualizar.
Apesar do reboque elevatório apenas ter chegado para a campanha de 2024, a experiência de Bruno Casqueiro com este tipo de reboque já vinha de trás. “Tive o primeiro contacto na empresa do meu pai, que já utiliza esta solução há alguns anos. Por isso, sabia as suas vantagens, mas também as características essenciais. Um reboque deste tipo tem de ser fácil de operar e seguro, com bastante estabilidade.”
Herculano e Apolinários Irmãos são parceiros de longa data: “Trabalhamos com equipamentos Herculano há 30 anos e contamos com o suporte da Apolinários há tantos ou mais anos. São excelentes parceiros, referiu Bruno Casqueiro, na foto com João Apolinário (à esq.)
gem face aos equipamentos que trabalham com dois macacos, como aquele que utilizei no passado. Basta acionar o hidráulico e não temos de nos preocupar com mais nada.”
Pontos essenciais: rapidez de operação e estabilidade
Também por isso, no processo de escolha do reboque elevatório que queria adquirir, Bruno optou por uma solução diferente daquela que tinha utilizado (fabricado no estrangeiro), tendo a escolha recaído na versão mais recente do Herculano S1EB 8000 ELV. “Sabíamos o que queríamos: segurança e velocidade de operação. Por isso, valorizámos bastante o facto do modelo da Herculano subir em paralelogramo, porque simplifica e torna mais seguro o descarregamento, nomeadamente na fase de subida”, começou por explicar. “É uma grande vanta-
A versão em trabalho equipa com a caixa em inox, ideal para a vindima
Ainda que com apenas algumas semanas de trabalho, Bruno Casqueiro já é capaz de fazer uma apreciação à performance do equipamento. “O principal ponto que destacamos é a simplicidade da operação proporcionada pelo sistema de paralelogramo, e a segurança que o equipamento nos transmite, nomeadamente devido à sua largura. A velocidade da nossa operação aumentou. Números concretos ainda não sou capaz de apontar, pois dependem sempre do trator, da bomba, e do operador… No entanto, para um “operador médio” e tratores semelhantes, posso dizer que este reboque é claramente mais rápido do que o elevatório com que operava anteriormente”, avançou.
Sugestões de melhoria
Ainda assim, e tal como em todos os equipamentos, existem sempre melhorias ou inovações a introduzir. “Penso que seria positivo ter uma opção de central hidráulica independente, que permita operar com tratores com menos capacidade hidráulica, nomeadamente tratores vinhateiros. Outra melhoria seria uma porta traseira que abrisse quando o reboque bascula”, sugeriu Bruno Casqueiro. João Amaro, Gestor de Produto da Herculano, confirmou que estas são soluções nas quais a marca já se encontra a trabalhar.
Considerando o reboque elevatório “uma excelente opção para quem faça a vindima com semi-reboques ou reboques de três eixos”, o agricultor já considera adquirir mais um a curto prazo. “Deveremos aumentar a área para os 170 hectares e, nesse caso, é previsível que apenas um reboque não chegue. Quando precisamos de ter duas vindimadoras, por exemplo, um reboque elevatório apenas, torna-se curto”, explicou.
“VALORIZÁMOS BASTANTE O FACTO DO MODELO DA HERCULANO SUBIR EM PARALELOGRAMO, PORQUE SIMPLIFICA E TORNA MAIS SEGURO O DESCARREGAMENTO, NOMEADAMENTE NA FASE DE SUBIDA”
S1EB 8000 ELV: O REBOQUE ELEVATÓRIO MULTIFUNÇÕES HERCULANO
Apresentado pela primeira vez na edição de 2023 da Ovibeja, em 2024 - e após cooperação estreita com utilizadores do equipamento - foram introduzidas melhorias significativas, surgindo a versão 2.0. Projetado para a colheita de frutos secos e a vinha, o reboque também atende a outras necessidades agrícolas.
Uma das principais características é a plataforma intermédia que trabalha de forma independente do chassis inferior, permitindo uma grande amplitude de basculamento. Na nova versão, a capacidade passou a ser de 9 m³ (a anterior ficava-se pelos 7 m3), uma alteração feita para que as máquinas de colheita pudessem descarregar os dois tegões ao mesmo tempo. A versão standard equipa com caixa pintada, mas como opcional existe a versão com pintura alimentar no interior da caixa, e a caixa inox. O reboque, que está mais largo face ao seu antecessor, conta ainda com circuitos hidráulicos independentes.
ALTERAÇÕES INTRODUZIDAS NA NOVA VERSÃO:
Aumento da largura do chassis para beneficiar a estabilidade do reboque
Aumento da caixa de 7m3 para 9m3, em construção monocoque e com novo design
Reformulação do chassis para construção soldada em perfil estrutural
Tesouras construídas a partir de tubo estrutural
Novo opcional de caixa em inox e pintura alimentar.
Caixa pintada de série
Para choques ajustável e removível
CARACTERÍSTICAS
Caixa metálica basculante à retaguarda Circuitos hidráulicos independentes (caixa e chassis inferior)
Subida da caixa em paralelogramo
DIMENSÕES
Comprimento (m) 3.73
Largura total (m) 2.1
Altura total (m) 2.2
Altura da plataforma 1.2
Altura de basculamento (m) 3.75
Altura de basculamento total (m) 7.23
Ângulo de basculamento (º) 57
Massa técnica total (t) 10
Capacidade (m3) 9
EIXO E RODAS
Tipo de eixo 1 eixo fixo Via (mm) 1700
Cubos (mm) 400 x 80
Rodas de série 385/65 R22.5
Medidas de roda (opcional) 425/65 R22.5, 445/65 R22.5, 550/60 R22.5 16 PR, 560/60 R22.5.
PVP (€) 14 490
UNIVERSO AJAP
Ser viços Técnicos
PROJETOS DE INSTALAÇÃO DE JOVEM AGRICULTOR
A AJAP detém uma equipa técnica com vasta experiência na elaboração de projetos de instalação de Jovens Agricultores, assegurando apoio pós-instalação
PROJETOS DE INVESTIMENTO
A AJAP possui know-how reconhecido na elaboração de projetos de investimento (Agricultores, Pequenos Investimentos, VITIS, Transformação e Comercialização e Outros)
A JUDAS AO RENDIMENTO E AO DESENVOLVIMENTO RURAL
SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO E REGISTO ANIMAL - SNIRA
DECLARAÇÕES DE EXISTÊNCIAS E DE COLHEITA E PRODUÇÃO - IVV
PARCELÁRIO
SERVIÇO DE ACONSELHAMENTO AGRÍCOLA E FLORESTAL - SAAF
REGIME DE EXERCÍCIO DE ATIVIDADE PECUÁRIA - REAP
FORMAÇÃO PROFISSIONAL
REGISTO CENTRAL VITÍCOLA - RCV
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> Agricultura Biológica
> GlobalGap
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O QUE PROCURAM OS AGRICULTORES NUM PNEU AGRÍCOLA?
A Continental compromeuteu-se com a utilização de 100% de materiais sustentáveis nos seus pneus até 2050, o mais tardar. A fábrica de Lousado faz parte deste esforço e é pioneira em termos de sustentabilidade Num evento exclusivo para a imprensa nas instalações de última geração da Continental em Lousado, Portugal, a marca alemã apresentou um estudo realizado junto de agricultores de todo o mundo onde apurou as suas principais necessidades. Depois, mostrou as soluções desenvolvidas para fazer face às mesmas e que são incorporadas nos pneus fabricados no Norte do nosso país.
De acordo com as conclusões do estudo “Agricultura em Transição”, conduzido pela Continental e pelo instituto de pesquisa de mercado Innofact AG (ver caixa), a agricultura enfrenta três grandes desafios: garantir a segurança alimentar a longo prazo, estabilizar economicamente as comunidades rurais e combater as alterações climáticas. Tais reptos colocam problemas práticos aos agricultores. Além destes, os agricultores enfrentam uma pressão crescente. O aumento dos custos operacionais, particularmente devido à subida dos preços dos produtos químicos agrícolas e dos combustíveis, coloca
um grande peso nos seus orçamentos. Ao mesmo tempo, os consumidores e os retalhistas exigem padrões mais elevados em termos de qualidade dos produtos, sustentabilidade e rastreabilidade, o que requer investimento adicional em tecnologias e processos. A necessidade de cultivar grandes áreas em períodos cada vez mais curtos também leva à pressão por maior eficiência. Assim, o estudo conclui que os agricultores dependem e desejam o apoio dos fabricantes de equipamento agrícola nesta área, e a Continental apresentou as suas soluções.
Um pneu que dure
A longevidade e a fiabilidade do equipamento são essenciais para lidar com os desafios diários e as condições imprevisíveis do trabalho agrícola. Segundo o estudo da Continental, e focando apenas no que à sua área de atuação diz respeito, a durabilidade dos pneus agrícolas é o fator mais importante para 62% dos agricultores. Além disso, 68% destacam a importância da qualidade e disponibilidade dos produtos, e 64% prestam especial atenção à qualidade das tecnologias ao fazer investimentos. Neste ponto, a fabricante alemã destacou as suas tecnologias “Bead”, em que o talão é constituído por uma única peça de fio de aço, e “d.fine” que, com mais cinco por cento de área de superfície de bloco em comparação com os pneus normais, oferece uma melhor aderência e uma vida útil mais
longa, tornando a utilização no terreno mais eficiente e económica.
O barato que sai caro
O estudo revela que 72% dos agricultores sentem a pressão dos custos crescentes, especialmente com energia, fertilizantes e pessoal. No entanto, a sustentabilidade (financeira ou ambiental) não se trata apenas de custos iniciais. O conceito de “custo total de propriedade” (TCO) considera também os custos operacionais e de manutenção. Neste ponto, os responsáveis da marca recordaram que, embora os pneus premium da Continental possam ter um preço inicial superior, a sua durabilidade e menor necessidade de reparação garantem economias significativas a longo prazo.
Tecnologias como a “N.flex”, que conferem maior flexibilidade aos pneus, ajudam a reduzir o tempo de inatividade, aumentar a vida útil e, consequentemente, melhorar a eficiência dos pneus agrícolas, compensando assim o maior investimento inicial.
Proteção do solo
A proteção do solo é um pilar da agricultura sustentável. Segundo o estudo, 69% dos agricultores consideram a qualidade do solo essencial, com muitos a darem prioridade a máquinas que minimizam a compactação do mesmo. A tecnologia VF da Continental permite uma redução de até 40% na pressão dos pneus, o que diminui significativa-
mente a compactação do solo e protege a qualidade das colheitas. Estas inovações estão presentes nos pneus VF TractorMaster, VF TractorMaster Hybrid e VF CombineMaster.
Fabricados em Portugal
Todas as soluções acima mencionadas são incorporadas nos pneus, muitos deles fabricados na fábrica de pneus em Lousado, que iniciou as suas operações em 1990. Em 2017, e após uma interrupção de 13 anos, a Continental voltou a entrar no negócio agrícola. Com um investimento de 49,9 milhões de euros em 2017, a nave industrial de produção de pneus agrícolas foi construída em menos de dois anos. Atualmente, a fábrica de Lousado produz pneus para automóveis ligeiros e veículos todo-o-terreno, incluindo pneus agrícolas, portuários e de terraplanagem. A fábrica contempla, ainda, um centro de investigação e desenvolvimento e um centro de avaliação dedicado a testes contínuos de qualidade.
I&D a cargo de uma engenheira portuguesa Uma das mentes por detrás do desenvolvimento destas soluções é Marta Malainho, responsável pelo departamento de Investigação e Desenvolvimento de Pneus Especiais na sede da Continental em Lousado, Portugal, desde janeiro de 2018. Com formação em engenharia de polímeros e tecnologia da borracha e formação adicional em sustentabilidade e gestão de ativos, Marta Malainho traz para esta função mais de 26 anos de experiência na Continental. É responsável pela direção estratégica e gestão da investigação e desenvolvimento de pneus agrícolas. As suas principais tarefas incluem a formação da equipa e o desenvolvimento de produtos e tecnologias agrícolas.
ESTUDO “AGRICULTURA EM TRANSIÇÃO”
A Continental realizou em 2023 um estudo intitulado “Agricultura em Transição” em conjunto com o instituto de pesquisa de mercado Innofact AG. 503 agricultores de cinco países (Brasil (n=100), Alemanha (n=100), França (n=101), Japão (n=100) e EUA (n=102), que são utilizadores de equipamento agrícola e trabalham em explorações com mais de 30 hectares), foram inquiridos sobre o seu trabalho diário, as suas preocupações e desafios. Os primeiros resultados do estudo foram publicados na Agritechnica 2023.
Marta Malainho, responsável pelo departamento de Investigação e Desenvolvimento de Pneus Especiais na sede da Continental em Lousado, Portugal
PRINCIPAIS
CONCLUSÕES:
64 % dos agricultores pretendem que os seus parceiros tecnológicos ofereçam preços acessíveis para novas máquinas e equipamentos
50% considera importante a manutenção preditiva das máquinas utilizadas
43% querem tecnologias mais fáceis de utilizar
37 % gostariam de ter a opção de atualizar ou reequipar dispositivos e máquinas existentes em vez de fazer novas aquisições dispendiosas.
37% solicitam formação e aperfeiçoamento sobre a utilização correta das tecnologias utilizadas.
RPTU Kaiserslautern / DFKI
Inteligência artificial está a revolucionar a poda
A inteligência artificial (IA) está a emergir como uma ferramenta crucial na modernização da viticultura. A tecnologia agora desenvolvida pela Universidade Kaiserslautern-Landau (RPTU) em conjunto com o Centro de Pesquisa Alemão de Inteligência Artificial (DFKI) DFKI, tem como objetivo otimizar o processo de poda das videiras.
Toyota lança em Portugal a nova Hilux Hybrid 48V
AToyota apresentou em setembro no mercado português a nova Hilux Hybrid 48V, a primeira versão híbrida da icónica pick-up japonesa. O preço é de 68 690€ e as primeiras unidades devem chegar a Portugal no final deste ano.
O sistema Mild-Hybrid de 48V combina o motor turbodiesel de 2,8 litros, com um motor-gerador elétrico, uma bateria de iões de lítio e um conversor DC-DC, fornecendo até 12 kW de potência extra e 65 Nm de binário adicional. Assim, a potência combinada chega aos 204 cv e o binário máximo aos 500 Nm.
O sistema híbrido melhora a eficiência
Apoda das videiras é um procedimento que exige grande precisão e um conhecimento especializado, mas que agora pode ser realizado de forma mais eficiente e eficaz graças ao recurso à IA. A tecnologia funciona através da captura de imagens das videiras, que são analisadas por algoritmos de IA capazes de identificar e reconstruir em 3D a estrutura da planta. Este modelo tridimensional permite uma compreensão detalhada das vinhas, transmitindo orientações precisas para a poda. O modelo criado considera ainda fatores como o estado da planta, a sua idade e os padrões de crescimento, fornecendo recomendações de poda que garantam a vitalidade das videiras.
Outra das vantagens desta tecnologia é a sua capacidade de melhorar continuamente. Os investigadores recolhem dados de feedback dos processos de poda já realizados, ajustando os algoritmos para aumentar a eficiência e a qualidade do trabalho. Esta abordagem garante que o sistema se adapta a diferentes condições e necessidades, tornando-se mais preciso com o tempo.
Atualmente, a solução está disponível através de uma aplicação Android, onde parte do processamento é realizada em servidores devido à complexidade dos cálculos. No entanto, os investigadores estão a trabalhar para que tudo possa ser feito localmente, diretamente no dispositivo móvel, o que tornaria a tecnologia mais acessível para os viticultores.
Esta tecnologia tem ainda o potencial de automatizar processos complexos e, no futuro, ultrapassadas que estejam as limitações da integração da tecnologia em sistemas robóticos, até poderá permitir a poda de forma autónoma.
e suavidade na condução, reduzindo o ruído e as vibrações sem comprometer as capacidades todo-o-terreno, como a travessia de águas até 700 mm e a carga útil de 1.000 kg, além de uma capacidade de reboque de 3.000 kg.
A Hilux Hybrid 48V vem equipada com um sistema de travagem regenerativa e tecno-
logia stop-start para poupança de combustível. Além disso, o novo sistema Multi-Terrain Select ajusta automaticamente a tração para melhor desempenho em terrenos variados como areia, lama e neve. A nova Hilux híbrida mede 5.325 mm de comprimento, 1.865 mm de altura e apresenta uma caixa de carga com 1.555 mm.
Inovadora pinça robótica para colheita de maçãs
Uma pinça robótica desenvolvida por investigadores da Universidade do Estado de Washington é capaz de apanhar suavemente a maioria das maçãs de uma árvore sem danificar os frutos.
Investigadores da Universidade do Estado de Washington desenvolveram uma pinça robótica inovadora, capaz de colher maçãs sem danificá-las, aliviando a escassez de mão de obra na agricultura. Mostrada na 7ª Conferência Internacional do IEEE sobre Soft Robotics, a pinça usa três cabos para mover uma estrutura em plástico impresso em 3D e dedos com ponta de borracha de silicone.
Pinça robótica colhe maçãs, aliviando a falta de
Com um custo de produção de apenas 30 dólares, a pinça colhe com sucesso 87,5% das maçãs sem danos. A ideia será, no futuro, acoplar esta pinça a um robô de baixo custo que dispõe de um braço, também ele robótico.
Ainda no âmbito deste projeto, os investigadores estão a trabalhar para acrescentar ao seu sistema uma câmara que possa guiar o braço com acrescida precisão, bem como uma pinça que possa rodar, à semelhança da rotação de uma mão humana, para reduzir os danos no caule da maçã.
Financiado por diversas instituições, o projeto visa testar o sistema em pomares, ainda este ano.
É fã do Farming Simulator?
A Sabanto tem um emprego para si
ASabanto, pioneira em tecnologia agrícola, está a contratar operadores para gerir remotamente frotas de tratores autónomos nos EUA, marcando uma nova era na agricultura e no mercado laboral. Inspirando-se no universo dos simuladores de agricultura, como o “Farming Simulator”, a empresa procura candidatos com competências digitais e paixão por tecnologia. Estes operadores, a partir de um ecrã, serão
capazes de gerir até 10 tratores simultaneamente, cobrindo mais hectares num dia do que um tratorista tradicional num ano. A Sabanto enfatiza que a experiência de condução de tratores já não é relevante, sendo substituída por competências em gestão digital e monitorização remota. Com um horário flexível e salário competitivo, esta função não só oferece a possibilidade de trabalhar remotamente como também representa o futuro da agricultura. Craig Rupp, Diretor Executivo da Sabanto, acredita que o trabalho de campo será cada vez mais subcontratado e realizado autonomamente, exigindo menos investimento de capital por parte dos proprietários agrícolas.
TRION
740, a nova
ceifeira-debulhadora híbrida compacta da CLAAS
A CLAAS alargou a sua gama de ceifeiras-debulhadoras híbridas compactas de rotor único com a adição das novas TRION 740, TRION 740 TERRA TRAC e TRION 740 MONTANA.
ACLAAS expandiu a sua gama de ceifeiras-debulhadoras médias
TRION com a adição da família de modelos 740. Esta destaca-se pela potência do motor Cummins de seis cilindros e 435 cv, que inclui a gestão inteligente de potência DYNAMIC POWER, sistema que permite uma poupança de combustível de até 10% e é compatível com óleos vegetais
Hidrotratados (HVO). O desempenho também é otimizado pelo sistema de debulha APS HYBRID, combinado com o exclusivo rotor ROTO PLUS de 570 mm de diâmetro, que garante uma separação secundária eficiente, mesmo com palha húmida e longa. A TRION 740 está disponível em três versões: a tradicional com rodas, a TERRA TRAC com rastos de lagartas e a MONTA-
Pesos
ANA, que inclui um chassis com compensação de inclinação que a torna a solução ideal para terrenos acidentados. Em termos de largura, a Trion 740 é compacta, com 3,49 m usando pneus 800/70 R38, o que facilita a sua manobrabilidade.
Outro destaque é a capacidade de adaptação, graças ao design MULTICROP da unidade de debulha. A TRION 740 oferece ainda um depósito de grãos com capacidade até 12.000 litros e um tubo de descarga com diferentes comprimentos, permitindo a descarga eficiente com uma taxa de até 130 l/s, essencial para operações intensivas.
Em termos de tecnologia, o sistema CEMOS AUTOMATIC ajusta automaticamente parâmetros como a velocidade do rotor, o ventilador e a sensibilidade dos sensores de perdas. Adicionalmente, o CRUISE PILOT ajusta a velocidade de avanço com base na carga do motor, enquanto o AUTO SLOPE e o AUTO CROP FLOW ajudam a manter a eficiência em terrenos inclinados e a evitar sobrecargas. Por fim, o sistema GPS PILOT CEMIS 1200 oferece orientação automática e o mapeamento de desempenho, integrando-se com o CLAAS connect.
Fechar o balde “contra a parede”
AMAGSI lançou o novo balde com grifo “EasyShark” com sistema de fecho “virado” para as paredes. O grifo desce diretamente de frente para a parede, sem necessidade de recuar o balde antes. A adição de elos mecânicos permite fechar a pinça, enquanto a lâmina está em contacto direto com a parede. Trata-se de uma vantagem considerável para todos os utilizadores, que deixarão de ter de sair do trator, do elevador telescópico ou de outro veículo para recolher o material residual perdido por um grifo “normal”. De acordo com os estudos revelados pelo fabricante, os restos são reduzidos em 80%.
frontais com arrumação e depósito
Agriweld apresentou uma nova gama de pesos frontais que podem acomodar um depósito de gasóleo opcional de 210 litros para reabastecimentos no campo. A empresa inglesa oferece uma unidade “standard” de 1800 kg ou uma unidade “compacta” de 1100 kg, com a maior parte da massa colocada nos flancos. Para além de proporcionar uma capacidade de armazenamento adicional, a área central de 500 litros foi concebida para alojar um depósito
de combustível CEMO de 210 litros e uma bomba. A versão compacta custa cerca de £3.650 (4283€), enquanto o modelo maior fica em £4.295 (5040€). Já o kit de combustível acrescenta mais £595 (698€) a estes valores. Os preços referidos já incluem uma placa frontal cortada a laser e uma escolha de cores de pintura, para além de estribos laterais com LED, uma barra de marcação central, revestimento do piso e um suporte para a pistola de lubrificação.
Manipular, cortar e juntar os fios dos fardos sem sair do trator
Anova forquilha para fardos de palha da Gyrax, a PIC & CUT, está equipada com um dispositivo capaz de segurar os fios dos fardos e um segundo que os corta. Estes dispositivos retraem-se para poder manusear vários fardos de palha ao mesmo tempo. Isto permite ao utilizador manipular um fardo, desamarrá-lo e juntar os fios usados sem ter de sair do trator. Os fios são segurados por um sistema de pinças que os prende antes de serem cortados. Uma estaca fixada à estrutura da forquilha desliza sob os fios. A parte superior da pinça pressiona esta pilha com um macaco e aperta os fios. Este mesmo cilindro permite igualmente elevar o sistema de pinças para poder manipular vários fardos de palha ao mesmo tempo. Quando os fios são segurados, um braço cortante e articulado passa por baixo do fardo de palha para os cortar.
Solução para o transporte de bicicletas, motociclos e ATVs em tratores
ATract’Moi tem a solução ideal para transportar facilmente veículos ligeiros em tratores, reduzindo assim os custos de deslocação, como bicicletas, motociclos e ATVs. Fabricadas em França, a marca disponibiliza várias gamas, com destaque para a TM2, que pode transportar todos os tipos de veículos de duas rodas com um peso de até 1000 kg. Fáceis de utilizar, robustos e adequados ao ambiente agrícola, podem também ser personalizados com opções como pesos, compartimentos de arrumação, caixas de ferramentas, suportes de jerrican e baldes basculantes.
A FORMAR O FUTURO DA AGRICULTURA EM PORTUGAL
Entre 15 de julho e 6 de setembro, realizou-se a 42ª edição do Curso de Operadores de Máquinas Agrícolas (COMA2024), na Herdade da Mitra, Universidade de Évora. Desde 1982, esta formação tem capacitado cerca de 800 profissionais, destacando-se como um marco essencial para o desenvolvimento da mecanização agrícola em Portugal.
Por Professor Anacleto Pinheiro e Engenheiro Simão Abelho
42ª edição do Curso de Operadores de Máquinas Agrícolas, capacitando futuros profissionais na Herdade da Mitra
Uma tradição de sucesso
OCOMA2024, organizado pela Universidade de Évora em colaboração com o Centro de Emprego e Formação Profissional (CEFP) de Évora, contou com 25 formandos. A formação, com uma duração de 275 horas, foi conduzida pelos engenheiros Simão Abelho e João Ramos (CEFP Évora) e pelo engenheiro Rafael Carreras (Universidade de Évora). O curso incluiu módulos práticos e teóricos, proporcionando aos participantes competências fundamentais no manuseio e manutenção de tratores e máquinas agrícolas, bem como em áreas especializadas como a aplicação de produtos fitofarmacêuticos e o transporte de animais.
Formação prática e inovação tecnológica
A formação prática teve lugar tanto na Herdade da Mitra como na Quinta das Glicínias, onde os formandos operaram diversas máquinas agrícolas, adquirindo também a Carta de Condução Categoria 3. Destaque ainda para a introdução de tecnologias inovadoras, como o trator New Holland T5 120 Dynamic Command, gentilmente cedido pela CNH Industrial, que esteve à disposição dos formandos para demonstrações e prática.
O módulo sobre “Proteção de Ruminantes e Equinos em Transporte de Longa Duração”, conduzido pela Engenheira Palmira Chaveiro, garantiu aos formandos a certificação para o transporte destas espécies. Outro ponto alto foi a abordagem à Agricultura de Conservação, liderada pelo Professor Ricardo Freixial, que permitiu a aplicação de conceitos em campo, demonstrando a interação entre o solo e a maquinaria.
Apoio de empresas e especialistas
Além dos formadores, o COMA2024 beneficiou da presença de especialistas e ex-alunos da Universidade de Évora,
como o Engenheiro João Pedro Rego (CNH Industrial) e o Professor Luís Alcino Conceição (Escola Superior Agrária de Elvas), que partilharam conhecimentos adquiridos em projetos como o InovTechAgro, reforçando a importância da inovação e das boas práticas no uso da maquinaria agrícola. Outro momento importante foi a visita à Herdade do Gavião, explorada pela empresa Manuel Edmundo Lda. Durante esta visita, o Engenheiro Marco Palaio, ex-aluno da Universidade de Évora e antigo formador do COMA, acompanhou o grupo e partilhou o seu vasto conhecimento sobre a colheita mecânica da amêndoa, explicando a logística associada e o funcionamento dos equipamentos em trabalho.
Encerramento e Reconhecimento
A cerimónia de encerramento contou com a presença de diversas personalidades, incluindo a Reitora da Universidade de Évora e a Diretora do CEFP de Évora. Todos os 25 formandos foram aprovados e receberam certificados, reconhecendo a sua qualificação nas diversas áreas abordadas durante o curso.
A preparar profissionais para o futuro
O COMA2024 continua a afirmar-se como uma referência na formação de operadores de máquinas agrícolas em Portugal, respondendo às necessidades crescentes de modernização e inovação no setor. Com o apoio de empresas, especialistas e uma sólida estrutura formativa, o curso mantém o seu compromisso de preparar profissionais qualificados para enfrentar os desafios do futuro da agricultura.
CLAAS ARION 660
EQUILIBRADO E INTUITIVO
Como júri do concurso Tractor of the Year ® , na nova categoria TOTY MidPower, testámos o CLAAS ARION 660. As funcionalidades da transmissão CMATIC e os sistemas de apoio ao operador são pontos fortes do trator construído em Le Mans.
Por Sebastião Marques
MOTOR
O CLAAS ARION 660 está equipado com um motor DPS PowerTech de 6788 cm³, seis cilindros, e Turbo VGT com quatro válvulas por cilindro. A potência nominal é de 175 cv, alcançando um máximo de 185 cv, com um boost de até 205 cv. O motor opera a uma velocidade máxima de 2200 rpm, oferecendo um binário máximo de 849 Nm às 1500 rpm. É compatível com HVO (Óleo Vegetal Hidrotratado), e conta com um depósito de combustível de 281 litros, expansível opcionalmente para os 367 litros, e um depósito de AdBlue de 16 litros. O intervalo de manutenção é de 500 horas, e o motor cumpre os requisitos de emissões Stage V, com um sistema de tratamento de gases EGR+DPF+DOC+SCR.
TRANSMISSÃO
E TDF
A transmissão CLAAS CIT de variação contínua, com inversor hidráulico, permite uma operação suave e uma velocidade mínima de
O ARION 660 mostrou-se bastante competente nos trabalhos com carregador
O “modo carregador” facilita o trabalho no silo
0,05 km/h e máxima de 50 km/h (às 1500 rpm). Na operação com carregador pudemos experienciar o modo “carregador”, que adapta o comportamento do trator, tornando-o mais apto para este tipo de trabalho, nomeadamente no que à travagem diz respeito. Relativamente à transmissão CMATIC, destaca-se também o CLAAS Power Management / Auto Strecht Brakes (sistema automático de travagem do reboque). Este permite diferentes formas de adaptar a travagem ao trabalho em questão. Para aumentar o efeito de travagem do motor, quando o pedal do acelerador é libertado e a alavanca de controlo multifunções é puxada para trás, a relação de transmissão é reduzida, fazendo com que o regime do motor aumente. Assim, a travagem é bastante mais suave e reduz o desgaste dos travões.
O CLAAS ARION 660 tem um travão de estacionamento elétrico e travões de reboque com duas linhas hidráulicas e pneumático.
CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS
MOTOR
Fabricante DPS PowerTech
Nº de cilindros / cilindrada (cm3) 6 / 6788
Potência máxima (cv) 185
Binário máximo (Nm) 849
Nível de emissões / Sistema de tratamento de gases
TRANSMISSÃO
Stage V / EGR + DPF + DOC + SCR
Configuração Variação contínua
Velocidade máxima (km/h) 50 (às 1500 rpm)
HIDRÁULICO
Capacidade de elevação (kg) Traseira: 8000; Dianteira: 4000
Fluxo da bomba (L/min) 110 (150 opcional)
DIMENSÕES
Distância entre eixos (mm) 2820
Carga máxima admissível (kg)
12.500
COMO PONTOS FORTES DESTACAMOS A CAPACIDADE EM TRANSPORTE, O MODO
CARREGADOR E O SISTEMA DE TRAVAGEM AUTOMÁTICO DO REBOQUE
A tomada de força (TDF) é ativada hidraulicamente, com velocidades de 540/1000 rpm, e como opção, 540/540 ECO/1000/1000 ECO, além de uma TDF frontal de 1000 rpm.
SISTEMA HIDRÁULICO
O sistema hidráulico CCLS (Centro Fechado Load Sensing) oferece um caudal da bomba principal de 110 litros por minuto na versão standard, e 150 litros como opcional. As válvulas remotas são eletrónicas, com três na parte traseira na versão standard e até quatro atrás mais duas à frente, como opcional. A capacidade máxima de elevação é de 8000 kg no hidráulico traseiro e 4000 kg no dianteiro.
ANÁLISE DO OPERADOR
Apesar de não apresentar inovações “saltem à vista”, após os testes realizados na Alemanha, em trabalho com gadanheira, transporte e carregador frontal, o CLAAS ARION 660 mostrou-se um candidato sólido na categoria TOTY MidPower. Como pontes fortes destacamos a capacidade em transporte, o modo carregador e o sistema de travagem automático do reboque, que garantem uma operação fácil e confortável. Este é um trator que oferece equilíbrio entre potência, eficiência e tecnologia, destacando-se como uma opção robusta para operações agrícolas mistas.
CONFORTO E CONECTIVIDADE
A cabine do CLAAS ARION 660 oferece suspensão mecânica nos quatro pontos, e o trator conta ainda com suspensão hidráulica no eixo dianteiro, e suspensão pneumática semi-ativa no banco do operador. Está equipada com ar condicionado e rádio mãos livres para maior conforto do operador.
Em termos de conectividade, o CLAAS ARION 660 inclui o sistema CLAAS Connect para telemetria e documentação automática dos dados de campo. O sistema de guiamento automático GPS Pilot CEMIS 1200 oferece funcionalidades ISOBUS para controlo de secções automático, aplicação a taxa variável e mapeamento geo-referenciado dos dados.
O sistema automático de travagem do reboque foi testado com a enfardadeira na imagem, no caminho para as parcelas onde foi feita a enfarda
DIMENSÕES
O comprimento total é de 4818 mm, a largura de 2306 mm e a altura de 3050 mm, com uma distância entre eixos de 2820 mm. A largura da via pode ir dos 1730 mm aos 2170 mm, com um ângulo de viragem de 50º e um raio de viragem de 7,30 m. O peso vazio varia entre 7860 kg e 8335 kg, com um peso máximo de operação de 12500 kg. Com pneus dianteiros de 540/65 R30 ou 600/60 R30, e pneus traseiros de 650/65 R42 (standard ou VF) ou 710/60 R42 VF, este trator pode também equipar com o sistema CTIC CLAAS, de controlo de enchimento dos pneus a partir da cabine.
PT550 é o novo topo de gama da FAE
A FAE lançou o novo PT550, um automotriz de rastos com 21 toneladas e 536 cv que passa a assumir o papel de topo de gama da marca italiana.
Oconhecido fabricante italiano de maquinaria florestal e agrícola apresentou o seu novo topo de gama PT550, modelo que se vai posicionar entre o já existente PT475 e o descontinuado PT600. O PT550 é impulsionado por um motor CAT C13B Stage V de 12,5 litros com 536 cv de potência. O sistema hidráulico, alimentado por quatro bombas Danfoss, conta com duas bombas dedicadas à movimentação da máquina e duas ao sistema hidráulico de trabalho, permitindo assim a execução de tarefas pesadas com altas pressões e caudais elevados. O PT550 é, assim, a solução ideal para a gestão de grandes áreas florestais, manutenção de oleodutos e gasodutos e criação de corta-fogos em vastas extensões de terreno.
Compatível com várias cabeças da FAE, como a 300/U/ Sonic/PT550, 500/U/Sonic/PT550 e SFH/PT550, o PT550 é capaz de realizar trabalhos exigentes, com profundidades de até 50 cm, inclusive em terrenos rochosos. Estas cabeças, que variam entre os 4.145 kg e os 5.600 kg, são ideais para
triturar cepos, pedras e mobilizar o solo, tornando o PT550 uma máquina especialmente adaptada para operações florestais complexas.
Outro destaque do PT550 é a cabine que foi totalmente renovada, apresentando agora dois monitores digitais rotativos que permitem uma visão completa de 360° da máquina através de câmaras. Esta está ainda equipada com joysticks multifuncionais e conta com certificação ROPS e OPS.
Alliance lança 644 Forestar III
OAlliance 644 Forestar III apresenta um desenho especial que incorpora blocos de duplo ângulo para proporcionar uma maior aderência e tração. Graças a uma carcaça em nylon melhorada, às cintas de aço mais pesadas e à tecnologia de talão hexagonal reforçado, o pneu oferece uma excelente proteção contra os furos e uma elevada capacidade de carga. A grande largura garante uma melhor distribuição do peso e, por conseguinte, uma menor pressão sobre o solo.
Agora, com a medida 710/45-26,5 do pneu Alliance 644 Forestar III, estes já podem ser utilizados sem problemas com as esteiras da Olofsfors. O mesmo se aplica aos clientes do Alliance 643 Forestar III. A Y-ATG recebeu a aprovação oficial de dois outros fabricantes (Clarks e Pewag) para que as suas esteiras possam ser montados e utilizados nos pneus 644 Forestar III.
A gama de pneus 644 Forestar III está disponível nos tamanhos 710/45-26.5 (TT e TL), 750-55-26.5 (TT e TL), 710/55 28.5, 600/50-22.5, 600/50 26.5 e 780/50-28.5 (TT e TL). O versátil tamanho 710/45-26,5 está disponível com um índice de carga de 20 PR para pneus com câmara (TT) e 24 PR para pneus sem câmara (TL).
AFAE anunciou a introdução do triturador de martelos móveis PMM/RCU75, um implemento dedicado ao transportador de rastos compacto e rádio controlado RCU75. De acordo com o construtor sedeado em Trento, Itália, o PMM/RCU75 deverá ser a solução ideal para tratar eficazmente erva, silvas, ramos e pequenos arbustos de até 8 cm de diâmetro. As caraterísticas incluem um capot hidráulico para um melhor controlo da saída de material, um rolo de apoio com patins integrados, transmissão por correia em V e correntes de proteção intercambiáveis. A gama PMM/RCU pode ser equipada com martelos PMM ou facas Y/3. O RCU75 de 74 cv pode trabalhar em declives acentuados até 55°. Os rastos de borracha ou aço de alto perfil, combinados com o sistema de rolos múltiplos do chassis, incrementam a capacidade de tração. A transmissão hidrostática dupla facilita a gestão da tração e do implemento.
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Novidades Ponsse na FinnMETKO 2024
APonsse apresentou novas soluções na exposição FinnMETKO 2024, em Jämsä, Finlândia. Os destaques incluem os novos forwarders Elk e Wisent, projetados para otimizar o transporte de troncos em diferentes condições. O Elk combina eficiência e agilidade, com grande capacidade de carga, enquanto o Wisent oferece excelente distribuição de peso para locais de desbaste densos. Ambos os modelos apresentam cabines espaçosas e visibilidade melhorada, além do sistema PONSSE Active Cabin, que melhora o conforto do operador.
Outro lançamento é a cabeça
processadora H7, que se destaca pela sua potente alimentação e geometria otimizada para processar troncos de grandes dimensões. A função Active Speed ajusta automaticamente a velocidade da máquina conforme a espécie da árvore e as dimensões, melhorando a produtividade. Entre as novas soluções digitais, o
sistema de balança sem fios PONSSE Scale permite a medição automática de carga, e o PONSSE Manager 2.0, plataforma de gestão de máquinas, ajuda a monitorizar produtividade, consumo de combustível e localização das máquinas em tempo real, otimizando a operação das frotas.
Caterpillar lança oito novas carregadoras compactas
ACaterpillar lançou no mercado oito novos modelos de carregadoras compactas, incluindo versões com rodas ou com rastos. Os novos modelos incluem as Caterpillar 250, 260, 270, 270 XE, além dos modelos de rastos 275, 275 XE, 285 e 285 XE, reforçando a oferta de soluções inovadoras para diferentes necessidades de trabalho.
Entre as principais melhorias agora apresentadas pela Caterpillar, destacam-se a redução do centro de gravidade e a otimização das geometrias da lança, o que aumenta a estabilidade e a capacidade operacional das máquinas. O novo sistema hidráulico de centro fechado facilita a utilização dos “Cat Smart Attachments”, permitindo a ativação remota do caudal elevado quando necessário. Além disso, o caudal hidráulico foi aumentado para 113 L/ min no modelo 250 e 129 L/min nos modelos 260, 270, 275 e 285. Finalmente, a escolha da opção High Flow para as carregadoras 270 XE, 275 XE e 285 XE aumenta a pressão em 310 bar para um caudal de 150 L/min.
Os modelos 285 e 285 XE são as maiores carregadoras compactas de rastos da Caterpillar e oferecem ainda mais potência, altura de elevação e força de desagregação. Equipadas com os motores Caterpillar C3.6T e C2.8T, ambas mantêm um elevado desempenho graças ao aumento considerável de binário. Este ganho começa com +13% para os modelos 250 e 260, passa para +35% para o 270 e atinge mesmo mais de 50% para os 275 e 285. Por fim, as cabines também foram redesenhadas, sendo 22% maiores. A CAT é representada em Portugal pela STET.
CORRIDA SOLIDÁRIA
Com intuito de reunir verbas para a aquisição de um pequeno barco de apoio para a corporação, os Bombeiros Voluntários de Ílhavo, levaram a cabo a 3ª Edição do TRB – Tractor Racing. O evento, que se realizou nos passados dias 20 e 21 de julho, reuniu mais de 80 concorrentes e uma verdadeira legião de milhares de espectadores.
Por Rui Reis
Fotografia Américo Rodrigues
Graças à persistência de Pedro Nunes, (quadro dos Bombeiros Voluntários de Ílhavo) e ao apoio de toda a corporação, com destaque para o Comandante Pedro Barreirinha e para o Presidente da Direção, Pedro Rosa Novo, realizou-se nos dias 20 e 21 de julho a 3ª Edição do TRB, Tractor Racing dos Bombeiros de Ílhavo.
O evento, que teve o apoio de empresas como a Herculano, a AMS Ferreira, a SEAC e a Afonso Costa & Filhos, contou ainda com a presença e a cobertura mediática da revista abolsamia. Considerado um verdadeiro sucesso por todos os intervenientes e pelo público presente, o 3º
TRB começou no sábado (dia 20) com uma prova de perícias com tratores. Mas a competição que todos esperavam decorreu no domingo e alinhou à partida 80 participantes (e respetivas máquinas) que foram divididos em 10 categorias, de acordo com a potência dos tratores utilizados. O patamar de acesso englobava os tratores até aos 50 cv de potência e, entre os topos de gama, pontuavam máquinas com 300 cv.
Pontuação de acordo com o tempo médio
Os participantes alinhavam dois a dois e partiam ao mesmo tempo para o percurso pré-definido. O tempo de cada um era registado à partida e à chegada de cada uma das duas vol-
O evento reuniu mais de 80 concorrentes e milhares de espectadores
tas. Terminada a primeira passagem, os concorrentes trocavam de linha de partida e voltavam a percorrer o trajeto com o respetivo atrelado. Vencia quem obtivesse o melhor tempo médio nas duas passagens. A lista de vencedores de cada uma das categorias está publicada no Facebook da organização (3º TRBTrator Racing Bombeiros Voluntários de Ílhavo).
3º PASSEIO DE TRATORES DE MAIORCA
No passado dia 1 de setembro realizou-se o 3º Passeio de Tratores de Maiorca, Figueira da Foz. O evento reuniu meia centena de tratores e quase 150 participantes que tiveram oportunidade de percorrer a Rota dos Arrozais e diversas freguesias da região.
Os 150 participantes, à boleia de meia centena tratores, tiveram a oportunidade de desfrutar do Parque do Lago, onde realizaram piqueniques e partilharam refeições. O programa incluiu o “Tractor Wash”, uma prova de esforço entre tratores, e animação musical a cargo de Luís Rock. A Piscina Municipal esteve aberta gratuitamente durante todo o dia, atraindo ainda mais visitantes.
O evento, organizado pela empresa Trevos & Castelos em colaboração com vários agricultores locais e apoiado pela Junta de Freguesia de Maiorca, também teve um concurso de decoração de tratores. O “Barco Pirata”, de Manuel Ramalho e família Lapão, conquistou o primeiro lugar, seguido pelo “Arraial dos Casais” de Amílcar Silva e o “Trator Gandarês” de Luís Correia. Na prova de esforço, Martinho Vieira venceu na classe “Tração Simples”, enquanto Nuno Lopes foi o melhor na classe “Tratores com Tração”.
Rui Ferreira, presidente da Junta de Freguesia, revelou que o 4º Passeio de Tratores, previsto para 2025, trará novidades e um maior enfoque no Arroz Carolino do Baixo Mondego, destacando a importância da promoção da agricultura local.
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Usados: New Holland (12): TS110 DT Cab., T4020V, T4030V Cab., T3.80F, TN75A, TN75V, TN95F, T4.95N Cab., T4.110LP (2), TK65F, TK80MA • Fendt 260ST/S • Ford (2) 4100, 2910 • Fiat (3) 45-66DT, L75 e L95 • Kubota M6040 • Lamborghini R1.45 • MF (2) 253, 240 • Same (3) Silver 95, Solar 50, Solar 60 rastos • Shibaura SP2540 • Enfard. NH 640 fard. red. • Retroescavadora JCB 3XC
Usados: • Lamborghini R3 100T
• Pulverizador Tomix 600L
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