Vanda Mara Bueno Godoy
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Supere Seus Limites
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Vanda Mara Bueno Godoy
Supere seusLimites Aprenda a encarar os desafios da vida numa atitude de superação em busca do crescimento pessoal. 1ª edição Above Publicações Vila Velha - ES Outubro - 2010
Supere seusLimites Aprenda a encarar os desafios da vida numa atitude de superação em busca do crescimento pessoal.
Copyright © 2010 Above Publicações ISBN 978-85-63080-26-X 1ª edição - outubro - 2010 Editor Responsável Uziel de Jesus Capa Melissa Roncete Diagramação e Acabamento Above Publicações www.aboveonline.com.br 27.3033.8651
Todos os direitos reservados do autor. Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo em breve citações. Impresso na gráfica Viena
Dedico esta obra A Deus, O Todo-Poderoso Criador e Sustentador de todas as coisas, Senhor da minha vida, Razão da minha existência e com Quem eu viverei eternamente, Ao meu Marido, Edson Bueno Godoy, a quem amo e amarei por todos os meus dias, Aos meus Filhos Yohanan e Giovanna, incomparáveis presentes divinos, criados para a glória e louvor de Deus.
Minha sincera gratidão... A Deus, por me proporcionar as condições necessárias para escrever este livro, À minha Família, pelo incentivo e apoio sempre em tudo o que faço, À Igreja Presbiteriana Renovada de Alta Floresta, pela confiança em meu trabalho, Aos Amigos mais chegados que irmãos, por compartilharem comigo dessa realização.
Supere Seus Limites
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Prefácio
Sumário
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Parte I Águia - A Rainha das Aves
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Parte II Supere seus limites Capítulo 1 - O Início de Tudo 1 - O início de tudo
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Capítulo 2 - Alimentação e Desenvolvimento 2 - Alimentação e Desenvolvimento
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Capítulo 3 - Aulas de Voo 3 - Aulas de Voo 3.1 - Saindo do ninho 3.2 - Batendo as asas
41 42 42 52
Capítulo 4 - Visão de Superação 4 - Visão de Águia 4.1 - Uma visão clara
57 58 59
Capítulo 5 - Renovação, um processo necessário 5 - Renove-se
73 74 9
Supere Seus Limites 5.1 - Decisão pessoal 5.2 - Mudança de hábitos 5.3 - Fortalecimento e longevidade
74 75 81
Capítulo 6 - Superando os limites 6 - Superando os limites 6.1 - O poder da vontade 6.2 - Não temas! 6.3 - Encarando os desafios 6.4 - Resiliência 6.5 - Ousadia 6.6 - Autocontrole
83 84 84 86 87 95 101 102
Capítulo 7 - O Limite Final 7.1 - Preparando-se para o final 7.2 - O isolamento da última hora 7.3 - O legado 7.4 - Superando o Limite Final
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Capítulo 8 - Autoavaliação 8.1 - A importância da autoavaliação 8.2 - Quais são seus limites? 8.3 - Encare seus limites 8.4 - Motive-se a superar limites 8.5 - Declare sua vitória 8.6 - Superação 8.7 - Agradeça pelos resultados
131 132 132 145 148 149 151 152
Conclusão
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Bibliografia
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Sobre a autora
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Prefácio
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xiste atualmente um vasto acervo bibliográfico na categoria de autoajuda. Sei que há obras excelentes na área e não tenho a ilusão de competir com qualquer uma delas. Caso haja uma dimensão que eu, pessoalmente, possa adicionar, pode muito bem ser a da simplicidade, principalmente demonstrada na linguagem acessível, pela qual optei. O presente livro é fruto de meditação e estudos, bem como de experiências pessoais vivenciadas ao longo de minha carreira cristã. O principal intuito da mensagem é despertar o(a) Leitor(a) para uma reflexão crítica sobre sua forma de agir diante dos desafios que enfrenta, procurando desenvolver uma atitude de constante superação em busca do crescimento pessoal. Acredito realmente no potencial do ser humano como ser criado por Deus e capaz de muitas e grandes realizações, algumas jamais imaginadas. Por isso, desejo sinceramente que Você, ao ler este livro, seja motivado(a) a reavaliar sua vida, conceitos e atitudes à luz dos princípios eternos revelados por Deus. 11
Supere Seus Limites Penso que o crescimento acontece também através das críticas e sugestões, portanto, gostaria de receber a opinião daqueles que tiverem a oportunidade de prestigiar este trabalho. Oro confiante para que as colocações, inclusive com embasamento bíblico, sirvam para edificar sua vida ao apreciar esta obra. Esse é o meu profundo desejo. Boa leitura!
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Parte I
Águia - A Rainha das Aves “Mas os que esperam no Senhor, renovam as suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam.” Isaías 40: 31
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Supere Seus Limites m dos animais mais incríveis que conhecemos é a águia. Ela é considerada a Rainha das Aves. Sua força, beleza e capacidade de alçar altos voos são características marcantes de sua espécie, que encantam e trazem lições preciosas. Os aspectos de sua constituição física são determinantes para que ela seja essa ave tão forte e veloz. Existem aproximadamente 50 espécies de águias no mundo. A águia-real, ou águia-dourada (Aquila Crhysaetos), uma das mais conhecidas, por exemplo, pode chegar a 100 cm e a envergadura de suas asas a até 2,5 m de uma a outra extremidade, chegando a pesar 7 kg. No entanto, corta os céus no mais veloz dos voos com total domínio de altitude e equilíbrio. Para se manter no ar, ela aproveita as correntes térmicas, que lhe permitem planar sem muito esforço por algumas horas. Usa a sustentação que suas asas lhe proporcionam de maneira magnífica, batendo-as apenas para manter a altura desejada. Em especial essa espécie de águia pode ser encontrada desde a Europa Ocidental até a Ásia e ao norte da África, como também em grande parte da América do Norte. A Águia Real vive preferencialmente em terras altas e montanhosas, podendo ser vista em algumas serras de Portugal. Suas garras são grandes e afiadas. O bico, encurvado, proporciona-lhe uma aparência austera e de aspecto ameaçador. Sua imagem é utilizada no brasão de muitos exércitos, como símbolo de força, poder e soberania. Ao atingir a idade adulta, a águia constitui família, numa união estável e marcada pela fidelidade por toda a vida. Jamais troca de parceiro, provando que o juramento do “até que a morte os separe” é possível até entre os animais irracionais. 14
Vanda Mara Bueno Godoy Logo no início do relacionamento, o casal se preocupa em preparar o ninho para receber a prole. Escolhem o mais alto penhasco ou a copa mais alta de uma árvore e para lá transportam galhos e folhagens macias, na intenção de estabelecer seu lar bem longe dos predadores vorazes e perigosos, garantindo assim a proteção e perpetuação da espécie. Começam a chegar os primeiros ovinhos e a mãe águia acomoda-os com todo o cuidado no ninho, compartilhando com o pai a grande expectativa do aumento da família. A espera parece longa e ansiosa por demais, mas de repente, um barulho diferente, e o ciclo da vida mais uma vez se completa, anunciando a chegada de mais um ser, no início tão frágil, mas pronto para crescer e tornar-se uma das mais encantadoras criaturas. Na família, tanto o pai como a mãe têm a responsabilidade de nutrir o filhote. Mas a arte de ensinar está mais relacionada à mãe, até que ele se torne autônomo e independente para buscar sua própria sobrevivência. Quando ela percebe que o filhote atingiu determinada idade e seu desenvolvimento físico lhe permite aprender a voar, a mãe águia prepara as aulas cuidadosamente. Convida o filhote para sair do ninho e bater as asas em voo livre. Mas ele não quer, o ninho é confortável, seguro. É cômodo para ele aguardar a chegada diária do alimento trazido no bico da mãe, com todo o carinho. A mãe entende que é necessária outra didática. A psicologia do carinho é substituída por uma estratégia diferente, inusitada: ela o empurra para fora do ninho; ele se ajeita, se esquiva, tentando convencê-la a desistir. A sabedoria da águia lhe diz que faz-se necessária uma atitude drástica, ela então procura pedras pontiagudas, galhos secos, espinhos e traz para dentro do ninho. Espalha-os para que o filhote sinta-se incomodado. Aquelas pedras machucam, os espinhos ferem, o ninho, antes tão aconchegante torna-se insuportável. Então ele mesmo pula para fora. 15
Supere Seus Limites A mãe águia sabe que o filhote está pronto para superar seus próprios limites. Mas o penhasco é alto, é íngreme, o filhote desce numa queda livre rápida e fatal. No entanto, bem ali está a mãe águia voando lentamente e observando a aflição do pequenino filhote. Quando ele percebe que está caindo, sabe que precisa equilibrar-se, mas como? O solo se aproxima, rápido demais, não vai ter jeito, o tombo é certo... Um enorme desespero toma conta da pequena ave, será o fim? Nesse exato momento, como se soubesse cronometrar o tempo, a mãe águia voa por debaixo do filhote e segura-o sobre si mesma, sobre suas asas, subindo novamente para o ninho. Que alívio! Como é bom ter uma protetora tão presente sempre por perto. De novo no ninho, outra aula se inicia, quando o filhote não suporta mais ser ferido pelos espinhos e se joga das maiores alturas. Mais uma vez, outra queda livre. E lá vem ele, as asas ainda pequenas, frágeis... Ele tenta desajeitadamente batê-las, mas é todo desengonçado, sem força, sem equilíbrio. Vai caindo, caindo, e quando está prestes a tocar o solo, a mãe águia o carrega novamente para o penhasco. O processo se repete por muitas vezes, até que o filhote começa a controlar suas asas, adquirir equilíbrio e coordenar os movimentos, tornando-se capaz de alçar seus próprios voos, traçando seus próprios rumos, independente da mãe águia. Durante esse aprendizado, muitos sustos, muitas surpresas, muito medo, mas as asas se desenvolvem, crescem, ganham força e tornam-se aptas aos mais altos, velozes, rasantes e distantes voos. Assim, a águia adulta torna-se predadora voraz e feroz. Alimenta-se de carne, consegue ver a presa a uma distância exorbitante, que parece impossível. Tem uma visão capaz de enxergar a longuíssimas distâncias com extrema nitidez. Quando visualiza sua pre16
Vanda Mara Bueno Godoy sa, pode estar voando muito alto, mas desce, projetando-se certeiramente sobre ela. Nesse momento, suas enormes garras seguram firme o pobre animal, que, sem chance de sobrevivência, é levado para servir de banquete num dos penhascos. Há uma lenda muito antiga que diz que quando a águia atinge em torno de 40 anos, sua resistência física vai diminuindo ela parece que vai sucumbir. Suas garras, por estarem tão grandes, ficam flexíveis, o que dificulta agarrar a presa para se alimentar. O peso das enormes asas faz com que se torne lenta e cansada em voos mais altos. Chega a um estágio que sente que é hora de parar, dar um tempo a si mesma e buscar renovação. Ela precisa tomar uma decisão importantíssima. Sabe que precisa renovar-se, mas também sabe que o processo será lento e doloroso. Dessa decisão dependerá seu futuro. Poderá decidir esperar e ir aos poucos definhando até a morte, ou poderá dispor-se ao processo renovador, o que implica em atravessar um longo período de dor e sofrimento, mas que lhe garantirá mais alguns anos de vida renovada. Em geral, seu instinto de preservação faz com que ela decida renovar-se. É quando instintivamente ela junta as poucas forças que lhe restam e sobe ao mais alto e longínquo penhasco e ali se dispõe ao período de regeneração. Sozinha, longe de tudo e de todos, a águia começa a lixar as grandes garras na rocha, gastando-as todas. Logo em seguida, arranca as próprias penas com o bico, ficando totalmente nua, depenada e horrível. Então, roça o bico na penha, desgastando-o até o fim, num processo de automutilação e despojamento. São vários dias ali, sem alimento, sem água, onde parece que tudo vai terminar. Mas logo se inicia o longo processo de renovação. Uma fina penugem começa a surgir, cobrindo seu corpo esquelético e enrugado; novas garras surgem e um novo bico começa a 17
Supere Seus Limites crescer, até se tornar grande e imponente, muito mais forte. Algum tempo se passa e uma nova águia aparece, com forças revigoradas, novo visual, novo ânimo e novos desafios pela frente. Quando ela sente que está finalmente pronta, desce do penhasco, soberana, num voo triunfal, vitorioso, provando a todos como pôde ser alvo da providência do Criador na renovação da vida. Após esse voo rasante, sua próxima refeição torna-se o banquete comemorativo de mais uma etapa vencida. Sua coragem de despir-se da velha natureza é impressionante, pois evidencia uma confiança incondicional no Criador, por ter plena convicção do Seu cuidado na sustentação e proteção necessárias. Todo esse processo faz da águia um animal ainda mais forte, destacando-a dos demais seres das florestas selvagens. Muitas comparações entre a águia e outros animais são feitas, mas há uma em especial que é, no mínimo, intrigante: entre a águia e a galinha. Gostaria de destacar apenas uma situação em que fica evidente a disparidade de comportamento entre as duas aves. Como é comum acontecer, no momento da tempestade os céus se enegrecem, o tempo fecha, as nuvens espessas prometem um tremendo aguaceiro, relâmpagos iluminam o firmamento ofuscando o brilho da luz natural do dia, enquanto raios são despachados de alto a baixo ao som de terríveis trovões. O vento começa a zunir e nesse momento as galinhas saem todas apavoradas, cacarejando sem parar, totalmente desorientadas, sem rumo, buscando abrigo. Escondem-se em qualquer lugar onde conseguem entrar, debaixo das casas, dos carros, etc. Enquanto isso, a águia, instintivamente solitária e silenciosa aguarda o melhor momento para realizar seu 18
intento.
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Decidida, ela observa, estuda, analisa, e com toda a autoconfiança que lhe é própria, sem nenhum temor e sem mais perda de tempo, alça um voo íngreme, direto de encontro às espessas e carregadas nuvens. Sobe, sobe, até que alcança as nuvens, passa por elas e continua subindo, onde o sol brilha e não há sinal de tempestade. Ela pode voar a até três mil metros de altura. Nessa subida, sente dor, pode até machucar-se, devido ao peso das asas molhadas pela chuva torrencial, num esforço extremo, corre risco de descargas elétricas dos raios perigosos... Mas ao atingir o espaço acima das nuvens, consegue visualizar outras paragens, lugares onde a tempestade já passou. Ali, acima da tempestade está segura, não há raios, relâmpagos ou trovões. Ali não sente a fúria do vento, está seca e aquecida, pode buscar novos rumos, novas paisagens. Assim, de desafio em desafio, a águia vai vivendo. Há registros de que sua idade pode chegar a 70 anos. Cumpre sua missão contribuindo com a perpetuação da espécie, ensina seus filhotes a serem fortes e independentes e também a dar prosseguimento ao ciclo da vida. Então envelhece, sabe que não haverá outro processo de renovação. É hora de entregar-se. Seu estágio final é também marcado por uma característica intrigante. Quando sente que seu fim chegou, mais uma vez, agora a última, a águia alça o mais vitorioso de todos os voos, para o mais alto de todos os penhascos, o mais remoto e longínquo possível. Para lá ela segue, solitária, sabendo que é um caminho sem volta. É a viagem final, mas a águia cumpre o percurso confiante, sem medo. Procura uma fenda na rocha onde possa ocultar-se dos predadores. Esconde-se ali e espera, no aguardo da aniqui19
Supere Seus Limites lação final. Sem água, sem alimento, suas forças vão, aos poucos, se esvaindo. Totalmente sozinha, começa a morrer. A aparência vivaz, a força, o vigor vão lentamente dando lugar à fraqueza, à feiúra, ao aspecto esquelético e desfigurado até ao último suspiro. Seus restos mortais jamais serão encontrados. Foi-se sua história, sua vida, sua memória para sempre. É muito interessante analisar cada fase da vida da águia e tentar uma comparação com a nossa própria vida. A Bíblia Sagrada, o mais encantador dos livros, que trata de todos os aspectos da vida humana, faz várias referências à águia. O sábio Pregador, o rei Salomão, em Provérbios 30: 18, 19, diz: “Há três cousas que são maravilhosas demais para mim, sim, há quatro que não entendo: o caminho da águia no céu, o caminho da cobra na penha, o caminho do navio no meio do mar e o caminho do homem com uma donzela.” Realmente existe vasto e interessante material a ser investigado: a águia, a cobra, o navio, o homem e a mulher. No entanto, vou ater-me apenas à águia, por considerar possível tirar lições enriquecedoras de sua vida, se mantivermos a mente aberta.
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Parte II
Supere seus limites “... esquecendo-me das coisas que para trás ficam e avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo...” Filipenses 3:13b e 14a
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Capítulo 1
O Início de Tudo “E assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura: as coisas antigas já passaram, eis que se fizeram novas.” II Coríntios 5:17
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1 - O início de tudo
ssim como o filhote de águia, todos nascem numa família. Alguns em famílias mais tradicionais, melhor estruturadas, com boas condições financeiras, outros, nem tanto. Alguns tiveram seu nascimento planejado e ansiosamente esperado pelos pais, outros como resultados de “acidentes de percurso”, nasceram contra a vontade dos pais ao ponto de serem considerados como peso para eles. Apesar de todas essas diferenças, o que sabemos é que para cada ser humano nascido desde a criação deste mundo Deus tem um propósito especial e particular. Um dos meus textos prediletos na Bíblia está nos Salmos 139. Esse Salmo trata de como Deus nos conhece e nos vê em todo lugar onde estivermos desde o momento em que fomos gerados até o último dia de nossa vida. Veja alguns versículos: “Senhor, tu me sondas e me conheces. Sabes quando me assento e quando me levanto; de longe penetras os meus pensamentos. Esquadrinhas o meu andar e o meu deitar e conheces todos os meus caminhos. Ainda a palavra me não chegou à língua, e tu, Senhor, já a conheces toda. Tu me cercas por trás e por diante e sobre mim pões a mão. Tal conhecimento é maravilhoso demais para mim: é sobremodo elevado, não o posso atingir. Para onde me ausentarei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face? Se subo aos céus, lá estás, se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua mão, e a tua destra me susterá. Se eu digo: as trevas, com efeito me encobrirão, e a luz ao redor de mim se fará noite, até as próprias trevas não te serão escuras: as trevas e a luz são a mesma coisa. Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te 24
Vanda Mara Bueno Godoy dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste; as tuas obras são admiráveis, e a minha alma o sabe muito bem; os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe, e no teu livro foram escritos todos os meus dias, cada um deles escrito e determinado, quando nem um deles havia ainda.” Salmos 139:1-16 É maravilhoso pensar, enquanto lemos esse texto, em como Deus nos ama. Pensar que o Soberano Senhor, TodoPoderoso, Criador e Sustentador do universo está Atento a cada detalhe de nossa vida, desde a nossa concepção. Prova disso é que não há ninguém igual nesse mundo, nunca houve e jamais haverá. Cada ser humano é uma obra-prima e peculiar da criação de Deus. Até as digitais, a íris, o timbre da voz, Ele formou de maneira única e especial. Somos seres únicos no universo. Nosso nascimento e crescimento, nossos projetos e realizações pessoais, tudo está diante Dele, cada dia de nossa vida. Mas gostaria de me referir aqui a outro tipo de nascimento: o nascimento espiritual. Temos dois tipos de nasci-
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