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Hospital Universitário investe em serviços de urgência mais práticos
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- POR ANDREÍNA DE FREITAS -
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OCentro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) está a realizar a ampliação dos serviços de urgência do pólo principal. As obras vão custar sete milhões e quinhentos mil euros, as quais foram adjudicadas a uma empresa espanhola. Prevêse que os trabalhos estejam concluídos em junho de 2024.
A ampliação é uma “requalificação e remobilização, sobretudo, do aspeto funcional dos serviços de urgência” comunicou o diretor clínico do CHUC, Nuno Deveza. Segundo este, “a urgência está antiga e mal dimensionada” face ao grande número de pacientes que recorrem aos serviços, na sua maioria pessoas idosas com problemas de mobilidade. Além disso, aponta para a “falta de distanciamento necessário entre pessoas para evitar que haja infeções e outro tipo de complicações”.
Durante a requalificação, os serviços de ur - gência vão continuar funcionais, o que representa, para o diretor clínico, o maior desafio , pois requer “soluções dinâmicas e proativas”, como reaeslocar espaços do serviço. Nuno Deveza clarificou ainda que as obras vão decorrer em sete fases, em que cada uma supõe a conclusão da anterior e, à medida que elas avançam, os espaços vão ser disponibilizados. Em termos funcionais, o médico explicou que os serviços de urgência funcionam em “setores por especialidade”. Isto significa que, se o doente precisar, deve deslocar-se pelos diversos espaços para ser observado. Porém, com a requalificação, os pacientes vão passar a estar localizados “em áreas de acordo com a sua complexidade clínica”, onde os diferentes especialistas vão assisti-los. Este novo circuito vai ser, nas palavras de Nuno Deveza, “mais confortável, seguro e rápido para os utentes”. Entre outras alterações previstas com esta reforma, está planeada a ampliação da sala de emergência e a adição de um quarto de isolamento, que, com a pandemia, “revelou-se uma necessidade”.
Para o diretor clínico, esta remodelação não é representativa da situação precária do Sistema Nacional de Saúde (SNS), visto que o “problema tem a ver com as urgências serem a porta de acesso dos doentes”. Segundo Nuno Deveza, em 2022 entraram por volta de 182 mil pessoas na urgência geral dos CHUC, o que corresponde a uma média de 500 pacientes por dia.
Esta afluência causa o mau funcionamento dos serviços, “que não proporcionaram o atendimento correto”, e a sobrecarga dos profissionais de saúde, destacou o diretor. Todavia, o médico sublinhou que pode haver por parte dos lares e unidades de cuidados continuados uma melhor capacidade de resposta interna, porque “há cuidados de saúde que podem ser dados por eles aos doentes”.