2 minute read
CARTAS À DIRETORA
segunda-feira, 11 de abril de 2023
'Xora diretora, hoje dirijo-me com uma nova perspectiva para nós jovens, na esperança de um futuro melhor.
Advertisement
Permita-me escrever-lhe uns versos.
A utopia do amanhã...
Amanhã, gostaria de acordar de um sonho profundo.
Gostaria de acordar num mundo verde, com um céu azul, onde os Homens, pudessem viver sem limites...
onde pudesse encontrar paz.
Gostaria de sair de casa, ir até uma esplanada, beber um bom vinho, e conversar sobre a união das nações e não sobre a guerra.
Gostaria de acordar e perceber que o mundo onde hoje sonho, mudara, onde as nações fossem respeitadas e compreendidas, onde as armas fossem nada mais do que a sabedoria.
Gostaria de acordar num mundo em que a história não fosse cíclica, onde a guerra e a fome, já não existiria. Num mundo que não fosse igual a um de ontem e como vai estar de certo depois de amanhã.
Mas para já, contento-me em tentar mudar o pequeno meio onde hoje vivo.
Post scriptum: Lutemos pela paz, e não nor - malizemos velhos hábitos de soberania, vivamos com a esperança de dias melhores e com a certeza de que tudo fizemos para isso. Os Jovens de hoje, serão os responsáveis do amanhã.
Rafael J. Xavier-Paulo
domingo, 10 de abril de 2023
'Xora Diretora, e os "estudantes-viajantes", que é deles? Nem vê-los?
Atenção que escrevo isto do assento do comboio, portanto tenho, a meu ver, qualificações para falar sobre estas matérias. Ora, a contar desde o início do ano, quantas greves terá a Comboios de Portugal (C.P) feito? Umas três, a contar com a que se iniciou em abril. A quantos dias úteis de aulas é que isso corresponderá? Difícil contagem. Pois lhe digo que corresponderá a cerca de trinta e um dias findo este mês, mais coisa menos coisa. Assim que sinto que viajo em regime de luxo, do quão imprevisível é a realização (ou não) destes transportes. Atenção que não colocamos em causa de modo algum os direitos destes trabalhadores a exigir o seu direito de greve, longe disso. O que mais nos custa nesta situação é sentirmos que raramente nos vemos representados no seio da academia, que se esquece por vezes que nem todo o estudante pode residir na localida- de onde estuda. Somos (a nosso ver) membros tão valiosos como os nossos conterrâneos universitários que aqui temporariamente residem para a AAC e para o corpo da Universidade de Coimbra. Não temos de dar qualquer tipo de justificações perante os porquês de escolhermos o transporte sobre a opção da habitação estudantil, embora seja de nosso credo que o leitor consiga magicar algumas possibilidades. Custa-me saber que poderemos estar em risco de chumbar a unidades curriculares por faltas, as quais não escolhemos nem tivemos alternativa em dar. Junto dos docentes, bem intencionados, dizem-nos que a secretaria não lhes permite tomar qualquer tipo de medidas relativamente a este problema. Sentimos que não reconhecem que necessitamos de medidas que nos ajudem a não "perder o fio à meada";, por assim dizer. Há dezenas, senão centenas de alunos "infiltrados"; que têm de percorrer dezenas de quilómetros todos os dias para chegar a casa com recurso a estes serviços. À dificuldade de termos de realizar horas de viagens para chegar a casa, e do mais diminuído tempo que temos para dedicar ao nosso estudo a outro tipo de atividades extracurriculares, acresce-se o facto de nos vermos limitados em poder comparecer às aulas e de decretarem que não há nada a poder ser feito por nós. Pedimos alguma representação nestas matérias, e sensibilização para esta situação. Temos o direito de usufruir da nossa educação com a melhor qualidade possível, pois nela investimos e sobre ela nos esforçamos arduamente. Os tempos do agora têm-se revelado particularmente difíceis e desafiantes para a comunidade estudantil no geral, mas não afetando a generalidade dos estudantes, sentimos que estas situações ficam por se revelar.
Não se esqueça de nós, Xora Diretora!
Por Mariana Gonçalves