A aventura de Fossegrim
Tales from the Sea
“Tales from the Sea” é promovido pela Academia de Música de Lagos [PT] em parceria pela Haugesund Kulturskole [NOR] e pretende explorar o ideário marítimo como património imaterial comum entre a Noruega e Portugal. A Primeira Edição contou com o Apoio Institucional da Câmara Municipal de Lagoa e teve como Grupo-Alvo as 100 crianças dos 3-5 anos oriundas do Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira [Lagoa, Algarve, PT]. O projecto está inserido no programa Pegada Cultural – Primeiros Passos, gerido pela Direção-Geral das Artes em parceria com o Conselho das Artes da Noruega e co-financiado pelo Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (EEA Grants) e tem como objectivo proporcionar ao público-alvo (crianças 3-5 anos de idade), experiências que potenciem os benefícios de um contacto precoce com a arte, primordial no enriquecimento do processo educativo e criativo da pequena infância.
Tales from the Sea é promovido por: Academia de Música de Lagos [Portugal] Em parceria com: Haugesund Kulturskole [Noruega] Entidade de acolhimento: Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira [ESPAMOL] Mecenas: Câmara Municipal de Lagoa Projecto financiado por: EEA Grants [Islândia, Liechtenstein e Noruega] No âmbito do programa: Pegada Cultural Primeiros Passos Operador de programa: Direção-Geral das Artes Apoios: Conservatório de Música de Lagoa
A aventura de Fossegrim Texto: Nelda Magalhães Ilustrações: Nicolau Design: Musse Ecodesign Tiragem: 500 exemplares Impressão e acabamento: Loures Gráfica Maio 2016 Depósito Legal: 000000000 ISBN: 000000000000 Academia de Música de Lagos T.: 282 082 786 academiamusicalagos.pt
A aventura de Fossegrim
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Esta história começa numa terra que fica muito longe, chamada Noruega. Lá, às vezes é quase sempre de dia e outras vezes é quase sempre de noite. Os invernos são muito frios e cheios de neve e os verões são frescos e trazem vento e chuva. É uma terra com muita água, com rios e cascatas. Existem grandes florestas cheias de árvores, onde moram muitos animais e plantas. Esta é a história de um espírito bom da natureza que teve uma grande aventura para salvar o mundo. Aconteceu há muito, muito tempo, quando existiam deuses e criaturas mágicas, que eram capazes de fazer coisas fantásticas. Esta história aconteceu antes da terra Noruega se chamar Noruega.
Era uma vez um homem-espírito tocador de violino que morava numa cascata. Ele escorregava pelos caudais suaves dos rios e dormia no musgo fofo das suas margens. Dos finos fios de água que caíam da cascata ele tecia cordas para o seu violino, que se chamava hardanger fiddle. Melodias maravilhosas invadiam o murmúrio das árvores, o mistério dos arbustos e o suspiro das folhas. Chamavam-lhe Fossegrim, que quer dizer homem da cascata na língua do povo da Noruega. Músicos de todo o mundo procuravam-no para que lhes ensinasse a tocar como o trinado dos pássaros, o resmalhar das folhas ao vento e a corrida fresca da água dos rios. Fossegrim morava na terra média, que se chamava Midgard, onde moravam também os homens. E, muitas vezes, os deuses desciam da terra dos deuses, Asgard, para Midgard e vinham visitá-lo. Vinham disfarçados de falcões, com uma capa mágica que a deusa Freya lhes emprestava. E sabem quem era a deusa Freya? Ela era uma mulher mágica muito bela, que dava beleza e amor ao mundo. Costumava viajar numa carroça puxada por gatos, mas para ir a Midgard, era mais fácil voar.
Um dia, a deusa Freya disfarçou-se de falcão e foi visitar Fossegrim. Contou-lhe que Odin, o rei de todos os deuses, se tinha sentado no seu trono mágico, de onde se vê o mundo inteiro, e que tinha visto algo terrível: numa terra quente, nos mares do sul, havia uma enorme luta entre o Gigante da Terra e o Gigante do Mar. A grande razão dessa luta era o amor de uma bela sereia. Se a luta continuasse, grandes catástrofes iriam acontecer que poderiam destruir o mundo para sempre. Alguém tinha de lá ir! – O deus Odin pede que lá vás. – Eu? – disse Fossegrim - Sou apenas um músico das águas doces. Que posso eu fazer aos dois Gigantes em fúria? Freya pousou o seu terno olhar no rosto simples de Fossegrim. – Vais lá encantá-los com a música do teu violino. Fossegrim sorriu um sorriso nervoso. As palavras de Freya eram tão doces que acalmar os dois Gigantes parecia uma brincadeira. Ele nunca tinha tocado para Gigantes. E se eles não gostassem? E se os seus ouvidos fossem tão grandes que nem o ouvissem? Será que tinha de subir para os seus ombros para que o escutassem? E enquanto pensava em todas estas coisas, que todas as criaturas pensam antes do seu primeiro encontro com Gigantes, Freya vestiu a sua capa de falcão e voltou para Asgard.
Quando amanheceu e o sol chegou, a espreguiçar os seus raios de luz, Fossegrim guardou na sacola o seu violino, um novelo de fio de cascata, uma almofada de musgo e um punhado de pirilampos (não fosse o mar ser muito escuro). Deslizou pelas águas suaves do rio e deixou-se conduzir pelos salmões jovens, que desciam rápidos, curiosos para conhecerem o mundo. Rapidamente entrou numa espécie de rio largo, onde a água sabia a sal. Fossegrim boiava e as suas barbas brancas ondulavam na água e faziam cócegas. Encontrou um tronco de árvore oco e subiu para cima dele. Conseguia agora ver bem onde estava. Era um fiorde, um rio salgado. Um fiorde é filho do sol e da neve. A neve derrete com o calor do sol e transforma-se em fiorde. E tem sempre ligação ao mar. Foi flutuando devagar. Estava assim há algum tempo, quando olhou para o lado e viu pousada no tronco uma ave do mar muito bonita, parecia um pinguim com um bico colorido. A ave voou e voltou uns minutos depois com várias aves iguais a ela. Todas olhavam para ele com espanto. Algumas aves voaram à sua volta grasnando: – Crrip! Crrip! Crrip! Fossegrim abriu a sacola e tirou o seu violino. Uma melodia como o vento a soprar nas árvores saiu das suas cordas.
As aves começaram a abanar as asas devagar. Umas deslizavam as patas para um lado e para o outro. Outras levantaram voo e fizeram uma dança aérea muito bonita. Depois, uma delas mergulhou, apanhou um peixe e ofereceu-o ao músico. – Criip! Quem és tu e para onde vais? – Chamo-me Fossegrim e vou para os mares do sul acalmar os dois Gigantes, que estão a destruir o mundo. E vocês quem são? – Nós somos papagaios-do-mar. Gostamos muito da tua música. Vamos ajudar-te! Os papagaios-do-mar conduziram o tronco até saírem do fiorde e entrarem no mar. – Aqui estás mais perto. Agora tens de descer, descer, descer, até chegares aos mares do sul. Quando precisares de nós, chama-nos. – Obrigado, amigos papagaios-do-mar. Até breve!
E assim chegou Fossegrim ao mar do norte. O mar do norte era muito agitado e gelado. Fossegrim subiu um enorme rochedo e viu como o mar era grande. “Até onde irá o mar? E como irei atravessar toda esta água?”, Pensou. Sentiu uma picada nas costas. Voltou-se e viu um caranguejo enorme com as tenazes abertas e uma cara de poucos amigos. Tinha uma tenaz maior do que a outra. – Esta rocha é minha! O que fazes aqui? Apareceram, como por magia, vários caranguejos grandes, vindos de toda a parte. Rapidamente, Fossegrim estava rodeado por muitos caranguejos chateados, que discutiam entre si: – Esta rocha é minha! – É minha! – Não, a rocha é minha! Todos queriam ser os donos da rocha. Fossegrim estava confuso. – Mas afinal quem são vocês? – Somos Caranguejos-Rei! – Responderam todos ao mesmo tempo. – E a rocha é a vossa casa? Os Caranguejos-Rei voltaram a desentender-se: – Eu sou o rei, por isso a rocha é a minha casa. – Não, eu é que sou o rei, a rocha é minha! – O rei sou eu! – Não, sou eu o rei!
E voltaram todos a bater as tenazes, chateados. Então Fossegrim pegou no seu violino e começou a tocar uma melodia calma. Os Caranguejos –Rei pararam de discutir e de bater as tenazes. Encostaram-se uns aos outros, ondulando ao sabor da melodia. Quando Fossegrim acabou, bateram palmas com as tenazes. – Desculpem se entrei na vossa casa sem permissão. Subi a este rochedo para ver o tamanho da minha viagem. – Nós é que agradecemos o teu concerto. Para onde vais? – Vou para os mares do sul, resolver o problema dos dois Gigantes. É muito longe? Os Caranguejos-Rei olharam para Fossegrim e para o seu tronco de árvore. Riram muito, batendo as tenazes. – É muito longe sim. Nós podemos ajudar-te – disse um dos CaranguejosRei - Dá-nos a tua capa. Fossegrim deu a sua capa aos Caranguejos-Rei. Estes costuraram-na em forma de vela, cantando uma canção que só os Caranguejos-Rei sabem cantar. Depois colocaram-na no tronco. – Obrigado, Caranguejos-Rei. Adeus e até breve! – Adeus! Se precisares de ajuda, chama por nós! E Fossegrim começou a descer o Oceano Atlântico.
Chegou a noite e Fossegrim flutuava sozinho no oceano. O céu estava estrelado e a lua muito brilhante. Tirou da sacola a sua almofada de musgo. Mas não conseguia dormir. Estava muito frio. Decidiu tocar violino para encantar a noite. Começou a tocar. As águas agitaram-se de repente. Por cima da sua cabeça, um bando de gaivotas voava em remoinho. “Gaivotas de noite? Que coisa estranha!”, Pensou. Da água começaram a surgir peixes esquisitos, com longos cabelos. Eram sereias! Fossegrim continuou a tocar, atento. As sereias rodearam o tronco e começaram a cantar, sorrindo. De repente, as gaivotas mergulharam na água e desapareceram. Fossegrim ficou muito espantado e parou de tocar. As sereias pararam também de cantar. Pegaram nele e puxaram-no para o fundo do mar, até ao castelo de Ran, a deusa do mar. Quando lá chegaram, as sereias deixaram de ser bonitas e transformaram-se em trolls muito feios. Fossegrim ficou cheio de medo. – Não tenhas medo. Somos as mesmas sereias que cantaram contigo. Lá em cima somos muito belas e encantamos os pescadores. No fundo do mar somos trolls e somos mais feias aos teus olhos. Mas, por dentro, continuamos a ser as mesmas. Vem, queremos que conheças a nossa mãe, a deusa Ran. Ela gosta muito de música.
Para grande espanto de Fossegrim, as gaivotas estavam no castelo do fundo do mar. Colocaram-se todas em fila, como guardas-reais, e grasnaram o seu grito de gaivota, como um anúncio. Lá do fundo, do escuro, apareceu uma grande sombra, com cabelos de algas. Fossegrim teve medo e escondeu a cara com as mãos. Se as sereias-troll eram assustadoras, a mãe delas devia ser dez vezes mais assustadora. – Abre os olhos, Fossegrim. – disse uma voz suave. Quando abriu os olhos, viu à sua frente uma deusa bela como nunca tinha visto. Era quase mais bonita do que a deusa Freya. A sua voz era doce e delicada como o movimento das anémonas e os seus olhos eram grandes e faziam lembrar peixes dos corais. Fossegrim pegou no seu violino e tocou uma música linda como o som de uma cascata. Quando terminou, a deusa Ran disse: – Tens uma missão muito importante, Fossegrim. Os dois Gigantes estão a lutar furiosamente e a Sereia por quem lutam é a minha filha mais nova. Ela está presa numa praia de areia branca. Vai lá, acalma os dois Gigantes e salva a minha pequena Sereia. Leva isto. A deusa Ran ofereceu a Fossegrim uma rede de pesca.
– Esta rede de pesca é mágica. Tudo o que a rede apanha vem ter comigo ao meu castelo. Coloca esta rede sobre a minha filha e ela ficará a salvo. Agora vai!
As Gaivotas pegaram em Fossegrim e levaram-no pelo mar afora. Quando chegaram à superfície, subiram para o ar, atravessando a noite. Quando amanheceu, Fossegrim chegou aos mares do sul, a um sítio onde a terra tremia e a água estava muito agitada, com ondas enormes. O céu estava cheio de nuvens negras e trovões. – Deve ser aqui! As Gaivotas pousaram Fossegrim numa rocha e foram-se embora. De repente, ao seu lado, subiu do mar um enorme e terrível Gigante, tão alto que Fossegrim mal lhe via a cabeça. O Gigante gritou e a sua voz era tão forte que as barbas de Fossegrim voaram. Aquele devia ser o Gigante do Mar. As ondas ficaram mais fortes. O Gigante do mar bateu com as mãos na água e provocou uma onda tsunami, que avançou em direção a terra. Fossegrim ouviu um novo grito de guerra e viu no alto de uma montanha o Gigante da Terra. Estava furioso e bateu com um pé no chão, provocando uma avalanche de pedras. Metade da montanha caiu dentro do mar, fazendo saltar animais e plantas.
Um peixe gelatinoso foi contra o rosto de Fossegrim. – Não me faças mal – Pediu o estranho peixe. – O Gigante pisou-te? – Perguntou Fossegrim, tentando concertá-lo – Estás muito espalmado. – Calma, não me apertes. Eu sou mesmo assim. Sou uma Raia-Anã. E as raias são todas como eu, fininhas, largas e escorregadias. E tu, porque tens algas brancas na cara? – Não são algas, são barbas. São cabelos grandes que crescem no meu corpo. Eu sou assim. – E eu sou assim. Costumo morar no fundo do mar, mas com esta confusão não consigo lá estar. – Pois eu estou aqui para acalmar os dois Gigantes. Chamo-me Fossegrim. – Então faz qualquer coisa rápido! Grandes pedregulhos rolaram para a água. Fossegrim caiu ao mar e a raia mergulhou. Ficou muito aflito. Nadava com dificuldade. Quando mergulhava, não via nada. Abraçou o seu violino e pensou que aquele iria ser o seu fim. De repente, sentiu que subia até à superfície. Parecia que estava sobre um tapete viscoso e peganhento. Olhou para baixo e viu dezenas de Raias-Anãs, que, muito juntinhas, o levavam para longe dos gigantes. – E agora? – Perguntou a raia amiga de Fossegrim. – Levem-me por favor até à praia onde está presa a Sereia.
As raias nadavam rápido e Fossegrim, em poucos minutos, tinha atravessado as grandes ondas e as enormes pedras e pisava a areia fina da praia. A Sereia estava escondida atrás de uma duna pequenina, a chorar. – Sereia? – chamou - Oh, pequena Sereia, não chores. Estou aqui para te ajudar. Os gigantes lutam porque gostam de ti, mas não compreendem que estás aqui presa e assustada. Tenho de ajudá-los a perceber isso. – Quem és tu? – Sou Fossegrim, o espírito tocador de violino. Fui enviado pelos deuses para acabar com esta luta de Gigantes. A tua mãe, a deusa Ran, enviou esta rede de pesca para te salvar. Quando viu a rede, a Sereia sorriu. Saiu detrás da duna. – E como vais parar os dois Gigantes? Estava muito escuro, por causa das nuvens negras. Fossegrim tirou os pirilampos da sacola e libertou-os no ar. Uma luz iluminou a praia. Com os finos fios de cascata, colocou novas cordas no violino e começou a tocar. Mas a luta era tão barulhenta que os gigantes não o ouviam. Desesperado, Fossegrim pediu: – Amigos ajudem-me!
As Raias-Anãs mergulharam, deslizaram debaixo dos pés do Gigante do Mar, fazendo-o cair sentado. Entretanto, as Gaivotas da deusa Ran apareceram e rodearam a cabeça do Gigante da Terra, fazendo-o também sentar-se. E foi então que aconteceu uma coisa extraordinária: apareceram no céu muitos Papagaios-do-Mar, que pousaram no areal da praia e nas rochas. Do mar surgiram as Sereias, com os Caranguejos-Rei nas mãos e nas costas. Todos olharam confiantes para Fossegrim. Então ele começou de novo a tocar. E, todos juntos, criaram uma grande orquestra do mar, com o canto das Sereias, o grasnar dos Papagaios-do-Mar e das Gaivotas, o bater das tenazes dos Caranguejos-Rei e o abanar das Raias-Anãs. Pela primeira vez, os dois Gigantes pararam e escutaram uma linda música de amizade. E lembraram-se que antes eram amigos, conversavam e riam juntos. Ficaram envergonhados e comovidos. Quando a música acabou, os dois Gigantes olharam para a Sereia e esta disse-lhes: – Não posso amar nenhum de vós. Só sabeis lutar. E o amor não se constrói com guerras. Vou voltar para o meu reino. E, dizendo estas palavras, cobriu-se com a rede mágica e desapareceu.
Os dois Gigantes ficaram muito arrependidos. Olharam um para o outro e deram um grande abraço de amizade. – Nunca mais nos vamos zangar! – Nunca mais! Os dois Gigantes partiram, conversando ruidosamente. Um forte bater de asas silenciou todos os animais. A Deusa Freya pousou sobre a areia fina da praia com delicadeza. – Fossegrim, o deus Odin sabia que não o irias desiludir. A tua missão foi cumprida. Agora é hora de voltares para casa. – Primeiro tenho de despedir-me dos meus novos amigos. Fossegrim olhou para os seus amigos e disse: – Sabem, eu moro sozinho numa cascata há muitos anos. Nunca tinha saído de lá. Mas agora, com esta missão, percebo como a amizade é importante na nossa vida. Ficamos mais alegres e mais completos. E não importa se somos diferentes ou parecidos. O que importa é que, nos bons e nos maus momentos, os amigos estão sempre lá para nos apoiar. Obrigado a todos pela vossa ajuda e pela vossa amizade. – Obrigado, Fossegrim! – Responderam todos os seus amigos. E foi assim que Fossegrim um dia salvou o mundo.
O Projeto
1) Abril 2015-Setembro 2015 | Encomendas Artísticas:
“A Aventura de Fossegrim” é um espectáculo infantil sobre o conto original homónimo de Nelda Magalhães ora publicado neste Livro e está integrado no projecto artes-educação “Tales from the Sea”. Estreou a 18 e 19 de Fevereiro de 2016 no Auditório Municipal de Lagoa com direcção artística de Daniela Tomaz, adaptação para cena de Filipe Miguel Telmo e composições originais de Jorge Salgueiro inspiradas em temas musicais do património oral Norueguês e Português. O espectáculo narra a aventura marítima de um virtuoso tocador de Hardanger Fiddle e colocou em palco as 100 crianças do ensino préescolar do Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira do Município de Lagoa, juntamente com as respectivas Educadoras de Infância e Formadores Artísticos do projecto, que, ao longo de 6 meses, trabalharam com as crianças diversas disciplinas artísticas do mundo da performance: narração de conto, música, movimento, encenação e artes plásticas. O presente DVD contém a gravação do espectáculo ao vivo e extractos dos vários workshops, sob registo e edição multimédia de Nelson Nunes.
Conto “A Aventura de Fossegrim”: Nelda Magalhães Canção “Gigantes Amigos”: Jorge Salgueiro
Coordenador geral: José Viegas Gonçalves Coordenador parceria: Jon Egil Henriksen Direcção Artística e Coordenação: Daniela Tomaz Candidatura Projecto: Daniela Tomaz / Frederico Barroso / Jon Egil Henriksen Documentação/Edição Multimédia: Nelson Nunes
Cronograma Projecto:
2) Setembro 2015-Fevereiro 2016 | Workshops “Tales from the Sea” : I Tales From The Sea | Narração do Conto: Nelda Magalhães / Joana Godinho II Sounds From The Sea| Primeiros Sons: Pedro Coutinho / Sónia Rodrigues / Tiago Fialho / Tiago Sequeira III Movements From The Sea | Expressão Corporal: Albina Petrolati / Carla Lopes / Susanne Helgeland IV Images From The Sea | Expressão Plástica: Ana Baleia / Neuza Diniz / Daniela Tomaz / Synnøve Gallis Anfinsen 3) 18 e 19 de Fevereiro 2016 | Auditório Municipal de Lagoa | Estreia Espectáculo Infantil “A Aventura de Fossegrim” O espectáculo baseado no conto homónimo, colocou em palco as 100 crianças do ensino pré-escolar do Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira de Lagoa, que ao longo de 6 meses trabalharam diversas disciplinas artísticas do mundo da performance: narração de conto, música, movimento, encenação e artes plásticas. Foram acompanhadas dentro e fora de palco pelos formadores artísticos do projecto, as educadoras de infância, a Orquestra de Câmara da Academia de Música de Lagos e a Classe Cenas de Ópera e Representação.
Elenco
(por ordem de entrada) Orquestra do Fossegrim Concertino: João Pedro Cunha | Violino II: José Nuno Matias | Viola de Arco: Pedro Sá | Violoncelo: Bruna Melia | Contrabaixo: Fabiana Vicente | Clarinete: Tiago Fialho | Trompete: Pedro Coutinho | Flauta: Luana Gundersen | Sintetizador: Tiago Sequeira | Piano Digital: Elena Tsouranova | Percussão: André Nascimento e Bruno Domingos Narrador: Nelda Magalhães Fossegrim: Susanne Helgeland Freya: Luana Gundersen Odin: Pedro Nunes
Árvores: Estela Martins, Carla Lopes, Afonso Vilela, Elisa Yan Lan, Gabriel Pires, Gabriela Jucan, Gustavo Bravo, Leonardo Barroso, Leonor Da Camara, Maria Furtado, Mariana Costa, Mariana Guerreiro, Rafael Ribeiro, Viviane Santana, Marlene Fernandes
Papagaios-do-Mar: Ana Ramos, Vera Zeferino, Carlos Monteiro, Francisco Velhinho, Gabriel Domingues, Giovanni Ruivinho, Guilherme Bárbara, Helena Santos, Kyara Capitão, Lara Barreto, Leonor Pires, Lucas Cruz, Maria Abreu, Mariana Martins, Nicole Simão, Rodrigo Dos Santos
Papagaios-do-Mar: Ana Ramos, Vera Zeferino, Carlos Monteiro, Francisco Velhinho, Gabriel Domingues, Giovanni Ruivinho, Guilherme Bárbara, Helena Santos, Kyara Capitão, Lara Barreto, Leonor Pires, Lucas Cruz, Maria Abreu, Mariana Martins, Nicole Simão, Rodrigo Dos Santos
Caranguejos-Rei: Tiago Fialho, Ivan Maria, Rafaela Martins, António Barreira, Renée Silva, Lara Gonçalves, Lucy Rodrigues, Eveline Mimoso, Salvador Balicevic, Vivien Sousa, Letícia Silva, Tiago Varela, Alice Moreira, Pedro Felício, Maria Nascimento, Cecília Silva, Nicolae Ghengureanu, Constança Azevedo, Janine Andrez, Leonardo Ferreira, Lara Calado
Raias-Anãs: Bela Encarnação, Carolina Furtado, Diogo Correia, Érica Dias, Fabiana Pacheco, Fátima Trindade, Gabriel Krushvski, Isaac Correia, Lara Barradas, Leandro Coorreia, Leonor Pereira, Mariana Correia, Martim Lobo, Mateus Ruas, Pedro Novo, Renato Tavares, Santiago Leal, Simão Santos Pequena Sereia: Índia Rebelo
Gaivotas: Agostinha Marques, Camila Vieira, Celso Dinis Antunes, Gabriela Louzeiro, Luana Morgado, Luciana Correia, Margarida Oliveira, Maria Ghengureanu, Maria Pina, Miguel Dias, Nadia Hutsulvak, Pedro Simões, Ricardo Mendes, Rodrigo Heliodoro, Tiago Luís, Vitória Martins Gaivota-Pagem: Pedro Nunes Coro das Sereias: Beatriz Rodrigues, Beatriz Gonçalves, Carlota Ferreira, Emília Anacleto, Joana Bastos, Joana Pires, Inês Rodrigues, Lucie Belgard, Maria Fernandes, Maria Santos, Marta Alves, Pedro Nunes, Sara Pissarro Deusa Ran: Sofia Duarte
Gigantes: Ana Paula Direito, Cláudia Viegas, David Duarte, Maria Lamy, Afonso Cristóvão, Emilievan De Wouw, Felicia Badia, Rita Sequeira, Leonor Boto, Marcelo Silvestre, Renata Marreiros, Sofia Marques, Georgiana Restall, Isabellla Benou, Ester Oliveira, Leonardo Assunção, Keiran Wilson, Mariana Maló, Simão Santos, Afonso Julio, Suri Rodrigues, Bernardo Melo, Carolina Ribeiro Caranguejo-Rei Maestro: Tiago Fialho Educadoras de Infância Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira - Espamol [Portugal]: Árvores / Estela Martins (JI Lagoa), Papagaios-do-Mar / Ana Ramos (JI Porches), Caranguejos/ Conceição Neves (JI Lagoa), Gaivotas / Agostinha Marques (JI Lagoa), Raias-Anãs / Luisa Lima (JI Lagoa), Gigantes / Ana Paula Direito (JI Carvoeiro)
Ficha Artística e Técnica:
Adereços: Neuza Diniz, Museu Histórico de Avaldsnes, TEL Teatro Experimental de Lagos
Direcção Artística: Daniela Tomaz
Direcção Técnica e Multimédia: Nelson Nunes
Conto Original: Nelda Magalhães
Sonoplastia: Frederico Barroso
Guião e Direcção Cénica: Filipe Miguel Telmo
Técnico de Luz: Aníbal Bernardo
Dramaturgia: Albina Petrolati, Daniela Tomaz, Carla Lopes, Joana Godinho, Luana Gundersen, Nelda Magalhães, Susanne Helgeland, Synnøve Gallis Anfinsen;
Técnico de Som: Ivo Perpétuo
Encomendas Musicais Originais “Abertura” / “Coro das Sereias” / “ Dança Mágica de Fossegrim” / “Gigantes Amigos” : Jorge Salgueiro Restantes Composições: Egil Hovland, Música Tradicional Norueguesa e Música Tradicional Portuguesa Direcção Orquestral: João Pedro Cunha Direcção Coro das Sereias: Joana Godinho Coreografias: Albina Petrolati e Carla Lopes Figurinos: Ana Baleia Instalação Têxtil: Curso de Produção Artística 12º Especialização Têxteis Escola Artística Soares dos Reis do Porto, com Direcção de Rita Carvalhas e Paula Manhente Maquilhagem e Montagem Cenográfica: Rita Carvalhas, Paula Manhente, Joana Cruz, Maria Rosa, Sara Iglésias, Susana Andrade, Neuza Diniz
Assistentes de Cena: Conceição Neves, Joana Godinho, Luisa Lima, Sónia Rodrigues
Maio-Junho 2016 Disseminação de Resultados 5 de Maio de 2016, 17h00 | Biblioteca Auditório Municipal de Lagoa | Lançamento oficial do Livro-DVD “Tales from the Sea | “A Aventura de Fossegrim” 5 de Julho 2016, 16h00 | Centro de Congresso do Arade | Concerto de Encerramento Tales from the Sea / A Aventura de Fossegrim , Versão Orquestra e Narrador com Compositor/Maestro Jorge Salgueiro e Autora/Narradora Nelda Magalhães | Participação Especial: Classe Cenas de Ópera e Coro Infantil AEC’s no Coro das Sereias e Canção “Gigantes Amigos”.
A Câmara Municipal de Lagoa – dando seguimento ao seu programa de apoio a iniciativas de índole educativa e cultural – colaborou institucionalmente com o Projeto “Tales from the Sea | A Aventura de Fossegrim” promovido pela Academia de Música de Lagos, em parceria com a Haugesund Kulturskole (Noruega) e o Agrupamento de Escolas Padre António Martins de Oliveira de Lagoa. Este Projeto que envolveu cerca de 100 crianças entre os 3-5 anos, de todos os jardins de Infância de um dos dois Agrupamentos de Escolas do concelho, permitiu sem dúvida concretizar os objetivos que lhe estavam imbuídos aquando da solicitação da colaboração logística e financeira a esta Câmara Municipal. Conseguiu-se de facto, através do ideário marítimo como património imaterial comum entre a Noruega e Portugal, facilitar em contexto de sala de aula e nos espaços culturais de excelência existentes no concelho, como o Auditório Municipal e o Centro de Congressos do Arade, potenciar os benefícios de um contato precoce com a arte, de primordial importância para o enriquecimento do processo educativo e criativo da pequena infância. A meu ver, a educação artística é de fundamental relevância para a inovação e para a participação cultural da comunidade, facilitando o desenvolvimento das capacidades individuais, quer físicas, quer intelectuais e criativas. É promovendo a expressão da diversidade que se obtém a melhoria da qualidade da educação no seu todo, de tal forma que importa disseminar esta boa prática replicando-a num território educativo mais alargado através da edição deste Livro-DVD, para que seja dada continuidade a este intercâmbio de conhecimento. Aos mentores e a todos os artistas, educadores, crianças, pais e restantes colaboradores envolvidos um agradecimento especial pelos excelentes resultados obtidos, que auguram um trabalho de forma continuada que promova duplamente a educação artística e a formação de público como estratégia cultural.
Francisco José Malveiro Martins Presidente da Câmara Municipal de Lagoa
Promotor
Em parceria com
Projecto financiado por
Operador de Programa
Mecenas