Índice A Era dos E-Books
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Nova Classe Média
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Windows 9
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Do Virtual para as Ruas
A imprensa brasileira sempre foi canalha. Uma das grandes culpadas da condição do país, mais do que as forças que o dominam politicamente, é nossa imprensa. Nossa imprensa é lamentavelmente ruim. E não quero falar da televisão, que já nasceu covarde. - Millôr Fernandes A reflexão de Millôr Fernandes dada em entrevista, e que consta do livro “A Entrevista”, da L&PM Editores, mostra uma visão radical, mas verdadeira do intelectual carioca falecido em 2012. O texto foi publicado recentemente no twitter do escritor, mantido ainda não sei por quem, mas refleti, li, reli e retweetei . Sou jornalista há mais de 30 anos e não vejo a profissão também com bons olhos. Que quarto poder é esse que não cobra das instituições o que tem que ser cobrado? Fatos atuais deixam claro o que o Millôr fala, como os de ano de eleição. A presidente Dilma Rousseff começa mexer no seu ministério para satisfazer os partidos e não perder o apoio na reeleição. Isso tudo é visto pela imprensa como normal e é discutido amplamente por seus analistas políticos. Onde fica o interesse da população que paga o salário e mordomia de todos eles?
Sei que o problema é complexo e que temos uma classe extremamente mau remunerada e sem condições de cobraças perante o poder econômico que mantém os veículos de comunicação. Mas se tivéssemos um sindicato, como os dos metalúrgicos e bancários por exemplo, manteríamos a dignidade que a profissão requer, os olhos da sociedade. Falo apenas de um dos muitos problemas do país. Se fosse relatar todos não teriam fim. Com relação as concessões de canais de comunicação dadas pelo governo, seria um outro capítulo de discussão que a sociedade deveria intervir. A maioria deles está nas mãos de políticos. A realidade é essa, nua e crua. A imprensa vai continuar “ruim”!
Playstation Now
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O mundo é mobile?
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Expediente Editor-chefe Augusto de Carvalho Textos Augusto de Carvalho Jônatas Willemen Luis Gurgel Colaboradores Fabrício Rocha Yuri Nunes Diagramação
Augusto de Carvalho Editor-chefe
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Luis Gurgel Jônatas Willemen
PROMOÇÃO HORA CERTA A AC Comunicação lançou em maio de 2013 a revista AC Digital, veículo apenas disponível na web e hospedado na plataforma Issuu. A revista fala sobre tecnologia, jornalismo, publicidade, marketing e mídias sociais. De lá para cá já teve mais de 11 mil visualizações e o número vem crescendo. A ideia surgiu de um interesse de falar sobre o mundo da comunicação integrada junto ao fenômeno das mídias sociais. Como o assunto é muito específico, mas de interesse de muitos, principalmente do corporativo, o trabalho vem crescendo de maneira moderada, mas sólido e ganhando respeito de empresas de grande porte no mundo das assessorias de imprensa e similares. Hoje a AC Digital já conta com a participação de colaboradores jornalistas de Brasília e São Paulo: Teresa Cristina Machado - ATF Comunicação Empresarial, e Maira Manesco Race Comunicação. Agora, precisamente em janeiro, a AC Digital expandiu os seus horizontes e lançou o blog da AC Comunicação. Para acessá-lo, basta visitar o link http://accomunicacao.wordpress.com. A ferramenta, que é alimentada frequentemente
com matérias da própria revista, também tem o intuito de servir como uma área de discussão para os leitores, já que a seção de comentários dos blogs é ideal para tal. E para presentear os leitores e novos amigos a AC Digital buscou parcerias para comemorar com o público leitor . A primeira firmada é com o empresário Fábio Matos da Casa do Ouro: - A revista AC Digital é um sucesso! E nós, da Casa do Ouro, não poderíamos ficar fora dela. Acreditamos no potencial desse mundo virtual, em virtude disso, criamos nosso comércio eletrônico http://www.casadoourooficial.com.br. Um site completo, cheio de novidades do mundo da moda em joias e relógios, levando assim, mais comodidade aos nossos clientes, que podem comprar sem sair de casa. Além do site, temos também nosso FanPage no Facebook /casadoourooficial com muitas dicas, promoções e sorteios. A Revista AC digital é uma parceira de sucesso que veio para ficar! – Fabio Matos. Fique de olho na revista e no blog e participe das promoções que estaremos desenvolvendo a partir de hoje.
A ERA DOS
E-BOOKS Dos pergaminhos aos celulares Para os amantes da leitura, os e-books não são mais novidade para ninguém. Com o avanço da tecnologia, o companheiro de cabeceira, adaptou-se as tendências de mercado. Apesar do otimismo, analistas ainda questionam se será sucesso o livro digital no Brasil, e levantam pontos positivos e negativos sobre o novo conceito de leitura nos aparelhos celulares e tablets. Apesar dos contra tempos, os otimistas traçam pontos positivos para o novo conceito de leitura. Entre eles estão: a facilidade de compra, a disponibilidade quase imediata do livro digital nos mais diversos dispositivos de leitura, a economia de cerca de um terço do preço do livro em papel, além da inexistência de taxas de envio e de agendamento ou espera de entrega. Em 2012 a Amazon, Google e Kobo lançaram suas plataformas online no Brasil. Nove meses depois, o relatório indica que nenhuma delas, mas sim a Apple, com sua iBookStore – loja virtual de livros, encabeça as vendas de e-books no país – são 18 mil títulos disponíveis, contra 15,8 mil da Amazon. De novembro a dezembro deste mesmo ano, as vendas haviam crescido 110%. O catálogo de e-book brasileiro está crescendo constantemente. Em maio do ano passado, depois de analisar os títulos dos principais varejistas do país, o site Revolução eBook divulgou que cerca de 25 mil e-books em português estavam disponíveis. De acordo com uma matéria publicada
no site Cultura e Mercado, Amazon, Kobo, Apple e Google reclamam do sistema tributário brasileiro e essa foi a desculpa para atrasos nos lançamentos locais. Segundo eles, apesar dos livros impressos e virtuais serem isentos de impostos no Brasil, nos e-readers – leitores dos e-books ou tablets, há os impostos de importação, que podem chegar a 60%, dependendo de como ele é classificado. O que consequentemente refletiria na compra dos livros digitais. A universidade Estácio de Sá, com cerca de 260 mil alunos, já oferece livros digitais para os acadêmicos, como exemplo de iniciativa privada no incentivo ao livro digital no Brasil. As empresas de telecomunicações como Vivo, Claro e Oi, também estão começando a oferecer e-books por taxas semanais para seus clientes móveis, e várias revistas estão se tornando digitais. A AC Digital é um exemplo disso. Acompanhando as tendências de mercado, o diretor executivo Augusto de Carvalho, entende que este seja o caminho. “Cada vez mais o mundo é mobile, como revela a matéria publicada nesta edição. Não temos como voltar no tempo. Acompanhar a tendência é inteligente. Pesquisas revelam que as mídias impressas estão com seus dias contados e mesmo as tvs abertas. A Globo saiu na frente e já lançou mais um endereço na web: gshow.com”. O estudo pode ser visto na íntegra em inglês no site: global-ebook.com
Fonte: Cultura e Mercado
Marcelo Theobald / Agência O Globo / Jornal Extra
NOVA CLASSE
média domina a REDE
O fenômeno tem ditado comportamentos nas mídias sociais e também a demanda por interação entre empresas e públicos. Você pode até não perceber, mas na última década o perfil socioeconômico do país mudou. Pare de ler um pouquinho e dê uma olhada no seu celular. Reparou que ele dá de dez a zero no antigo “tijolão”? Isso, na verdade, não explica nada. Informação mais interessante é a da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE/PR), cujo site afirma que “entre 2004 e 2010, 32 milhões de pessoas ascenderam à categoria de classes médias (A, B e C) e 19,3 milhões saíram da pobreza.”. A página menciona que “os 94,9 milhões de brasileiros que compõem a nova classe média correspondem a 50,5% da população”, uma parcela dominante do ponto de vista econômico que detêm “46,24% do poder de compra (dados 2009) e supera as classes A e B (44,12%) e D e E (9,65%). (Neri)”. Um levantamento divulgado pelo Ibope Media, no ano passado, percebeu o crescimento no total de pessoas com acesso à internet no Brasil. A pesquisa levou em consideração o uso da web em casa, no trabalho, em escolas e lan houses. Dessa forma o acesso à internet alcançou 102,3 milhões de brasileiros. Este dado relacionado ao número de conterrâneos no Facebook – participação que está em 3º lugar no ranking mundial – pode nos levar a entender quem é que dita as regras do jogo nas mídias sociais. Internet como item básico de consumo O acesso à internet já está dentro da cesta de necessidades básicas da maioria. Você vive sem? Para a socióloga Priscila Riscado, que é doutora em Ciência Política e professora da Universidade Federal Fluminense,
“o uso dos telefones celulares para acessar a rede parece se constituir em uma importante fonte para viabilizar este acesso – sobretudo porque este ainda é relativamente baixo quando comparamos com outros países do mundo. O número de residências no Brasil com acesso a internet aumentou muito, segundo o último censo, mas ainda é baixo frente a outros países”. A participação em sites de relacionamento e mídias sociais está diretamente ligada ao avanço. Para o especialista em políticas públicas Felipe Brasil é difícil definir um padrão de comportamento do grupo na rede. Ele defende a ideia de que o espaço virtual conquistado se torna uma livre arena para o compartilhar de informações e conhecimentos, o que podemos julgar como uma boa saída pela tangente para um país ainda tão debilitado no quesito acesso à educação: – O que me parece mais claro é que a web, e em especial as redes sociais, permitem um espaço de participação, de posicionamento, sem filtros e sem limites também. Por um bom tempo esse espaço esteve restrito a classes específicas, em veículos de comunicação específicos, selecionados. Nem todas as pessoas podem se pronunciar em jornais e revistas, mas qualquer pessoa com uma conta ativa e com acesso à internet (que não precisa ser banda larga, com altos gastos mensais) tem capacidade de se posicionar, com a garantia de ser “ouvido”, nem que seja pelos seus pares, seus seguidores ou amigos. É difícil dizer, porque partimos do pressuposto que o público é um bloco uniforme e que tem os mesmos interesses – sempre. O fato de poder se posicionar nem sempre é feito sobre o mesmo objeto/tema. Há quem encontre na rede um
espaço para se tornar visível sobre os mais diversos assuntos. Me parece voltar ao estereótipo acreditar na relação existente entre classe C e um tipo específico de postagem. – explica o especialista. Felipe é bacharel em Gestão de Políticas Públicas pela USP, mestre e doutorando em Ciência Política pela Universidade Federal de São Carlos, em São Paulo. Ele propõe um olhar cuidadoso quanto a velocidade e a diversidade de informações disponibilizadas na rede. Qualquer assunto disponível para qualquer pessoa, independente de grupos ou classes sociais, acaba fomentando discussões e democratizando o acesso à informação. Mercado acompanhando a evolução x problemas gerados Se até a Xuxa, que é rainha, já reclamou de operadoras de celular nas redes sociais, imagine só a quantidade de plebeus que aderem à prática. Que mais serve como uma “quebra de pratos”, à Grega, para espantar o mau espírito do estresse que de fato para prover solução. E as empresas tem que saber dançar, pra não acabar bailando em descompasso. A nova classe média, ascendida em glória, é exigente e demanda
interação intensa nas mídias sociais. Quem confirma a ideia é a publicitária Amanda Ferreira, que tem experiência com marketing digital e trabalha como analista de redes sociais e desenvolvimento de conteúdo web para empresas. – Essa classe, além de ter poder de compra, quer ser ouvida e principalmente vista. As redes sociais são o lugar ideal para tudo isso. Muitas vezes vemos páginas de empresas que têm milhares de “curtir”, mas se você observar as postagens vai notar que a quantidade de interação entre público e marca é baixíssima! Esse é um dos principais erros das empresas, pois se você faz uma publicação, um fã participa, seja curtindo, compartilhando e comentando, você precisa incentivar essa troca. Não é um canal de mão única. As pessoas querem falar e querem respostas. Responder um “bom dia” em uma página dá um retorno incrível e as pessoas ficam cativadas. Você observa que a presença delas se torna mais constante, que elas se sentem importantes de verdade para aquela marca. Essa é a opinião de Amanda, que conclui dizendo que “essa troca, o saber ouvir e responder, é uma das chaves para o sucesso nas redes sociais. Essencial para qualquer empresa ou pessoa pública”.
WINDOWS A Microsoft prepara-se para abrir uma nova janela na história do sistema operativo mais famoso do mundo Altos e baixos. Uma expressão que pode ser aplicada à vida em geral, mas que a Microsoft, mais do que ninguém, tem experimentado com muita frequência quando o assunto é o seu sistema operacional para PCs, o Windows. Rumores publicados esta
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semana em vários sites dão como certo a chegada do Windows 9 em abril de 2015, pouco mais de 3 anos após o lançamento da versão atual, Windows 8. A pressa para o lançamento pode ser explicada pelos fracos números alcançados
pelo Windows 8 em seus quase dois anos de existência. De acordo com os dados publicados pelo site InformationWeek,, apenas 10% do mercado utiliza o sistema operacional, valor muito abaixo dos 44% correspondentes ao Windows 7 e aos 35% do vovô Windows XP, que continua forte apesar da falta de atualizações. Ainda mais preocupante, no entanto, é que até mesmo o Windows Vista, considerado por muitos o maior desastre da história da Microsoft, conseguiu alcançar a marca de 20% de share do mercado no seu auge. De acordo com Paul Thurrott, editor do “Supersite for Windows”, o “Threshold”, codinome dado pela Microsoft para o Windows 9, tem lançamento previsto para abril de 2015. Porém, antes disso, a empresa de Redmond - EUA, fará uso da sua anual conferência entre desenvolvedores, a BUILD, para introduzir ao mundo a sua visão com relação ao OS, tal como havia feito em 2003 com o Longhorn, que posteriormente se tornaria no Windows Vista. Uma das principais preocupações da equipe de design deverá ser o Metro 2.0, nova versão do polêmico sistema voltado para os smartphones e touchscreens que foi introduzida com o Windows 8. Um “sistema operacional de um sistema operacional”, a organização por pequenos quadradinhos e “aplicativos” foi muito
criticada pelos utilizadores que não têm interesse em touchscreens e utilizam seus computadores desktop. Da mesma forma, é dado como praticamente certo o retorno da famosa barra “Iniciar”. A remoção da funcionalidade foi uma das principais críticas feitas pelos clientes acerca do Windows 8, já que, em conjunto com o Metro, foi vista como uma mudança demasiado brusca e que “traiu” as expectativas daqueles que acumulam quase duas décadas de experiência com o Windows. Este, aliás, deverá ser o maior desafio da própria Microsoft. Numa era em que a Apple e a Google dominam o mercado com o iOS e Android, respectivamente, a empresa de Bill Gates precisa reinventar-se e fornecer uma experiência que agrade a gregos e troianos, juntando a tradição do Windows e aquilo que se espera de um bom OS para desktops à nova realidade dos “aplicativos” e aparelhos com touchscreen. O Windows 8 foi o primeiro passo, e embora o resultado não tenha sido o esperado, a própria companhia já provou ser capaz de dar a volta a uma situação similar em 2008, quando rapidamente substituiu o Vista pelo 7. A principal diferença, talvez, seja o fato de que no mercado atual, a Microsoft não mais desfruta de uma posição de líder tão solidificada como a de outrora. O “Metro” foi alvo de muitas críticas no Windows 8
DO VIRTUAL PARA AS RUAS Mais uma vez as mídias sócias mostram a força do público jovem que opina e se manifesta politicamente no mundo virtual. Primeiro tivemos as manifestações populares, rolezinhos e agora a preocupação é a Copa. Para Maria do Socorro Souza Braga, professora de ciências políticas da Universidade de São Paulo (USP), entrevista dada a BBC, os governos têm agido com cuidado para não repetir os erros cometidos em junho, quando a dura repressão policial às primeiras manifestações deram força ao movimento. “Não é por conta de rolezinhos ou manifestações que o governo deve agir, o governo tem que construir uma agenda de políticas para a juventude e para a ampliação de oportunidades para esses jovens. As respostas dos governantes, diz ela, devem abarcar a melhoria dos serviços públicos e a criação de áreas de lazer nas cidades”. Eduardo Oyakawa, professor de filosofia
da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), diz que as ruas vão voltar a receber manifestantes, principalmente, perto da Copa do Mundo.“Esse poder de aglutinação encanta os jovens. Eles querem as ruas, querem participar da coisa pública de alguma maneira e querem ser vistos e admirados.” No entanto, ele afirma que os rolês não têm demandas sociais embutidas e os movimentos sociais estão tentando se apropriar dessa repercussão. “Os rolezinhos não são manifestações sociais. Esses jovens querem se divertir. Mas os movimentos sociais querem cooptar essa espontaneidade para politizar o movimento de fora para dentro”- comenta o professor em entrevista dada ao Primeira Edição. O estudante de engenharia de produção da USP e militante político,Yuri Nunes, escreveu para AC Digital, dando sua opinião sobre o ocorrido:
Os rolezinhos e seu legado Os rolezinhos, apesar de não serem deliberadamente contestadores em seus aspectos políticos, são fenômenos culturais e sociais ocorridos em shoppings de várias cidades do Brasil, que se tornaram grandes e geraram tumulto, medo, repressão e muita discussão. Olhando a partir da ótica da cultura e do consumo, este fenômeno nos templos do capitalismo não são novidades, visto que os shoppings oferecem um espaço de convívio e lazer, tornando-se ponto de encontro dos jovens. Desde junho de 2013, no Brasil, as redes sociais se mostraram como uma grande ferramenta de mobilização popular. E não foi diferente com o os rolezinhos, reunindo jovens da periferia (a maioria negros), para fazer novas amizades, paquerar, consumir e se divertir. Nada diferente do que boa parte dos jovens faz quando vai a um shopping. No entanto, ao tentarem proibir os rolezinhos, o que vimos foram atitudes de preconceito e segregação racial mascaradas
de “medo” juntamente com a negação da “igualdade pelo consumo”. “Não, nem todos são iguais só por que podem consumir.” Dessa forma, os jovens desejando acesso à sociedade de consumo acabam denunciando que esse poder de compra que promete igualar a todos, ironicamente vê cor, classe social e local de origem ao barrar a entrada desses jovens nos shoppings. Mas é o poder de mobilização desses jovens que tem se tornado uma preocupação inquietante para o governo, os empresários e a FIFA, que com a proximidade da Copa, mobilizações como as das jornadas de junho de 2013 se repitam, momento em que a visibilidade internacional estará voltada para o Brasil. Sem dúvidas, o legado dos rolezinhos, trouxe à tona o debate sobre inserção cultural e o direito à cidade. E em uma sociedade em que o status está associado ao consumo e aos seus espaços, esta é a maneira que a periferia encontrou de chamar atenção, mesmo que involuntariamente, e dizer que veio pra ficar.
PLAYSTATION
NOW
Primeiro foram as vídeos locadoras que ganharam a web, agora é a vez dos jogos eletrônicos conquistarem o espaço. Durante a última edição da CES (Consumer Electronic Show), a maior feira de tecnologia do mundo, a Sony marcou presença ao anunciar um ambicioso serviço de streaming intitulado de “Playstation NOW”. Como uma espécie de Netflix, mas para jogos. O idealizador promete oferecer soluções de streaming em várias plataformas Sony. O anúncio se configura como o primeiro resultado da compra do “Gaikai”, empresa
especializada na tecnologia de streaming de jogos, efetuada em 2012 por 380 milhões de dólares. A aposta, pioneira no mercado, promete permitir aos consumidores jogarem vários jogos a partir da nuvem, o que eliminaria a necessidade de ir às lojas. O serviço, que inicialmente só estará disponível através do Playstation 3 e Playstation 4, será expandido para outros aparelhos da Sony ao longo de 2014. De acordo com a empresa, até ao fim do ano existe a
expectativa de tê-lo funcional também no Playstation Vita, além dos modelos de 2014 dos televisores Sony Bravia. Se tal acontecer, a Sony estará abrindo caminho para que pessoas que não possuam um videogame possam, também, usufruir dos seus jogos por meio desta novidade. Além disso, durante a conferência também foram citados planos para levar o Playstation NOW até mesmo para smartphones. Uma das vantagens do serviço é que, ao permitir jogar através da nuvem, não existe a necessidade de ter um aparelho de videogame, já que o processamento das imagens e do próprio jogo é feito noutro local, onde estarão alojados os servidores da Sony. Assim, os que não conseguiriam ser rodados em celulares, por exemplo, poderão ser manuseado em qualquer lugar, já que o principal requisito passa a ser uma conexão à internet para o streaming, de modo a enviar as informações do controle e receber o vídeo do produto adquirido. Por outro lado, este detalhe poderá ser um empecilho para alguns, tanto pela velocidade – é recomendada uma ligação de no mínimo 5mbps – como pelos famosos limites de tráfego impostos pelos provedores. Até agora ainda não foram anunciados que jogos estarão disponíveis no lançamento, mas a intenção da Sony é juntar jogos de todos os sistemas Playstation anteriores (1, 2 e 3) e disponibilizá-los por meio do serviço. Bom para o público casual, que não tem
muito interesse em videogames, mas igualmente interessante para aqueles que seguem a indústria e já compraram o seu Playstation 4. A razão para tal é que, para diminuir o preço do console, a Sony não incluiu retro compatibilidade com o PS3 no seu novo aparelho, tornando assim um grande número de jogos indisponíveis no PS4. Por meio da nuvem, a empresa tem, agora, uma chance de remediar essa situação. Como vai funcionar? De acordo com a Sony, o consumidor terá duas hipóteses para usufruir do serviço de duas maneiras diferentes. A primeira, através de uma assinatura mensal, onde o jogador terá acesso a uma biblioteca de títulos integral (ou parte dela). A segunda, por sua vez, irá reviver os tempos áureos das locadoras, onde o cliente pode simplesmente escolher o jogo que quer jogar e desembolsar uma taxa relativa à locação. Até agora ainda não há informações quanto aos preços que serão praticados, nem se os assinantes do “Playstation Plus”, serviço que já oferece vantagens a gamers pagantes, terá alguma relação ao Now. Inicialmente o Playstation Now estará apenas disponível nos Estados Unidos, por conta das dificuldades de logística envolvidas no processo de lançamento. A fase de testes inicial está prevista para o primeiro semestre de 2014. Contudo, novos mercados, como o brasileiro e o europeu, deverão receber o serviço no futuro.
O mundo é mobile? Em 2014, haverá mais celulares que pessoas no mundo – algo em torno de 7,3 bilhões de unidades. No segundo trimestre do ano de 2013, pela primeira vez, smartphones venderam mais do que celulares comuns, numa clara demonstração de que o futuro é mobile. A consultoria IDC, estima que vai se fechar o ano com vendas mundiais de 1,8 bilhão de celulares, dos quais 1 bilhão de smartphones. As informações foram publicadas na Exame.com e também no próprio site da consultoria IDC. A venda de tablets também vai dobrar entre 2012 e 2014, pulando de 120 milhões para 263 milhões, segundo a consultoria Gartner. Mais do que nunca, conectividade e mobilidade são palavras de ordem, O e-commerce, focará em dispositivos móveis, pois as pessoas querem consumo local, sob medida e em tempo real, para satisfazer a necessidade imediata e específica. Sofisticados recursos de geolocalização, especialmente em aplicativos, serão cada vez mais demandados. Na esteira dessa demanda, responsive design ganhará força e websites deverão ser otimizados para as três telas: desktop/laptop,
tablet e celular, permitindo ao usuário navegar com conforto independente do dispositivo que utilizar. A febre dos apps vai aumentar, com soluções voltadas à praticidade, ao entretenimento e à rapidez. As plataformas de mídias sociais vão caprichar na mescla entre o lúdico e a publicidade, a informação e a oferta do produto certo na hora certa. O consumidor sempre plugado espera que as empresas entendam quem ele é, do que gosta e precisa e como consome, para receber conteúdo segmentado. Novos recursos de microtargeting ajudarão a identificar perfis de usuários e oferecer-lhes experiências digitais de consumo contextualizadas e customizadas, agregando mais valor e aumentando a conversão. Por fim, a liberdade de acessar tudo o que é seu a partir de qualquer aparelho e em qualquer lugar exigirá novos investimentos em cloud computing, para aumentar a capacidade de armazenamento e compartilhamento de dados na nuvem. Em 2014, qualquer plataforma de mídias sociais (inclusive as em uso atualmente, como Facebook e Instagram) precisa ter em
mente que as novas gerações – e, portanto, futuros usuários – terão novas demandas por rapidez, estímulos e possibilidade de fazer várias coisas ao mesmo tempo em um só lugar. E que isso já começa agora. O relatório divulgado pela IDC, 26 de dezembro de 2013, aponta as regiões com melhor desempenho nas vendas. A liderança
fica com Ásia, que deve fechar o ano com 528 milhões de smartphones vendidos e uma fatia de mercado de 52,3%. Na sequência aparece a Europa, com 182 milhões e 18% do mercado, seguida pela América do Norte (152 milhões, 15%), América Latina (91 milhões, 9%), África e Oriente Médio (57,6 milhões, 5,7%).
#CURTAS Polaroid apresenta mini-câmera em cubo A última CES (Consumers Electronic Show) trouxe várias novidades. Uma das mais surpreendentes, no entanto, foi esta mini-câmera apresentada pela Polaroid. Com apenas 35mm, o objeto é recomendado para fotos de aventura, e possui várias funcionalidades que ajudam a melhorar a captura de imagens em locais abertos e/ou debaixo d’água.
Samsung mostra UHD curva com 105 polegadas A Samsung também marcou presença n a feira, desta feita com mais uma novidade no mercado de televisões. A sul-coreana mostrou o seu primeiro televisor com tela curva com resolução UHD, o equivalente a 5120 x 2160 pixeis.. De acordo com o fabricante, trata-se da TV com maior curvatura do mercado, o que ajudaria a mostrar imagens com maior sensação de profundidade, além de permitir visualização perfeita a partir de qualquer ângulo. Ainda não há previsão de preço.
Rolou no O LinkedIn é uma rede social onde profissionais de várias áreas podem se encontrar e trocar ideias. Aqui, você encontra um pouco do que aconteceu por lá.
Atenção aos alunos EAD
Bancos no Face
O grupo “Midias Sociais” traz um artigo acerca dos profissionais formados através do ensino à distância. O texto, muito interessante, diz que em algumas áreas do saber a distãncia não tem um efeito tão prejudicial quanto muitos imaginam, e, além disso, vai além: recomenda àqueles que estão em dispusta de vagas com colegas do ensino à distância a abrirem os olhos. Afinal, completar um curso desses requer certas características, como organização, disciplina, foco em resultados, autonomia, além de grande capacidade de gestão do seu próprio trabalho. Sem um professor para dar o feedback, e com provas presenciais onde as questão são sorteadas de um banco de dados, é provável que aqueles que cheguem ao fim de um curso desses tenham algumas experiências de valor e que não devem ser, em nenhuma hipótese, subestimadas. Fica a dica.
No grupo “Melhor do Marketing”, uma matéria publicada na revista EXAME mostra que as instituições financeiras têm apostado cada vez mais na utilização das redes sociais para interagir com seus clientes mais jovens, possuidores de “contas universitárias”.
“O que somos é um presente que a vida nos dá. O que nós seremos é um presente que daremos à vida.” Herbert de Souza