Revista AC Digital #48

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Edição #48 Abril de 2017


EDITORIAL

Índice

4 ANOS

Estamos completando 4 anos de existência num mercado editorial em transformação. Não questiono se é bom ou ruim o que está acontecendo com a chegada da internet. Não tem volta. Temos que aprender e ver que coisas sairão de cena e outras entrarão. Mundo em transformação perante nossos olhos ávidos e saudosos. Sou jornalista há mais de 30 anos e passei por todas as transformações do segmento. A única coisa que não muda é a importância da notícia. A informação transforma uma população e educa. Hoje conseguimos saber, quase que em tempo real, o que está acontecendo no mundo. Analisar e emitir opiniões em nosso grupo e mídias sociais virou ato cotidiano. As trocas de pontos de vista podem gerar atritos, mas enriquecem o ser humano que busca conhecimento e reflexão de uma sociedade democrática de direito. Lembrando que a arma dos que não têm argumento é a agressão e por isso vivemos um momento tão violento no mundo virtual. A AC Digital não tem a pretensão de informar em primeira mão, mas multipli-

car a informação tornando mais viral. Contamos com a luxuosa colaboração de profissionais da comunicação integrada. Temas que ganham visibilidade ou que são de importância passam a ser assuntos que gostamos de propagar. O entretenimento também tem espaço já que o público do segmento é grande e se divertir também faz parte da natureza humana. Voltando ao assunto sobre o mercado editorial, temos certeza que ainda irá mudar muito e o que conhecemos hoje vai ter que encontrar um novo caminho. Os impressos só existem ainda para o público com faixa etária acima dos 40 anos. Claro que regras tem exceções, mas elas não conseguem segurar o avanço da modernidade que está batendo em nossas portas. 4 anos é nada perante a história da humanidade que utilizou a escrita como forma de expressão e comunicação, mas é um caminho perante as dificuldades que encontramos para elaborar um trabalho mensal. O Objetivo é antigo, mas atual: informar. – Augusto de Carvalho, editor-chefe

Twitter estuda cobrar por assinaturas

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O Direito e a Inteligência Artificial

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Empresas reforçam checagem de fatos

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Alemanha reforça o cerco em redes sociais

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Dia das Mentiras movimenta a Internet

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Expediente Editor-chefe Augusto de Carvalho Textos Augusto de Carvalho Luis Gurgel Diagramação Luis Gurgel


48 EDIÇÕES DE SUCESSO

4 anos. 48 edições. A AC Digital gostaria de agradecer a todos os seus leitores e colaboradores pelo contínuo apoio. 2016 foi um ano marcado por grandes eventos, tanto internos como externos. Na Europa, o Brexit tomou conta do noticiário. Nos Estados Unidos, as eleições que levaram Trump ao poder foram o grande destaque. No Brasil, o impeachment levou o país a um novo patamar. Em todos os casos, a AC Digital fez a sua parte, compartilhando informação e oferecendo conteúdo relacionado aos temas mais relevantes do nosso cotidiano. O objetivo, é claro, é seguir em frente, com o mesmo ímpeto. Que venham mais 12 edições de sucesso e, acima de tudo: obrigado!


TWITTER ESTUDA

ASSINATURAS Dificuldades em gerar receitas faz com que microblog considere cobrar por Tweetdeck Num mundo onde as redes sociais continuam registrando crescimento todos os meses, o Twitter parece con-

tinuar sua jornada de descobrimento prรณprio. Com sabidas e notรณrias dificuldades em atrair publicidade, e o rit-


mo de crescimento muito inferior aos seus rivais mais populares, como o Facebook, o microblog estuda, agora, pela primeira vez em mais de 10 anos de existência, implementar um serviço de assinatura. O plano é passar a cobrar de seus usuários profissionais, que utilizam o serviço Tweetdeck, uma taxa mensal, de forma a gerar valor para a empresa. No presente, o Tweetdeck pode ser usado por qualquer pessoa, e é uma versão mais robusta do website normal do Twitter, que conta com algumas funções extras. Ele permite ao usuário dispor várias colunas ao mesmo tempo, para menções, tweets, mensagens privadas etc. Além disso, ao utilizar o Tweetdeck, o usuário pode até mesmo deixar tweets programados para determinados horários. Recentemente, o Twitter anunciou que a empresa conta com 319 milhões

de usuários em todo o mundo. Apesar do número elevado, e da grande popularidade da rede social no boca a boca, a empresa ainda assim tem encontrado dificuldade para atrair receita publicitária e gerar lucro. É uma situação curiosa, pois o conceito do Twitter empresta-se ao de ‘segunda tela’ para programas de televisão e de entretenimento muito bem, e várias atrações de canais contam com participações por meio de mensagens com hashtags. Além disso, figuras de peso como o presidente dos EUA, Donald Trump, e tantas outras personalidades estão no microblog. Mas, apesar de todos estes fatores, o site anualmente reporta lucros pequenos, aquém daquilo esperado pelo mercado. No que diz respeito ao TweetDeck, e provavelmente já de olho na monetização da ferramenta, o Twitter está, de momento, conduzindo uma pesquisa

Novo Tweetdeck não teria anúncios e contaria com ferramentas de análise para profissionais de social media


junto a profissionais com o propósito de descobrir se existe interesse em uma versão mais avançada do serviço. Em declaração publicada no Estado de S. Paulo, a porta voz do Twitter, Brielle Villablanca, afirma que a empresa regularmente conduz pesquisas com usuários de forma a melhor entender as suas experiências no site, para assim poderem melhor basear as decisões de investimento do produto. No momento, o foco é a valorização do TweetDeck para que este seja mais relevante para profissionais. De acordo com jornalista Andrew Tavani, na pesquisa conduzida com os jornalistas pelo Twitter, a intenção da empresa é cobrar uma taxa mensal de $19,90 pelo novo TweetDeck. Já nas funções, o programa promete conteúdo exclusivo para assinantes sobre as melhores práticas e estratégias de social media, além de apoio ao cliente exclusivo e prioritário. Outra das novidades será a possibilidade de, numa única assinatura, possuir diversas contas de Twitter associadas a ela, bom para empresas de assessoria, por exemplo, que precisam, hoje, trocar de aba ou abrir várias páginas do Tweetdeck ao mesmo tempo. No campo do publicador, a empresa também brinca com a ideia de incluir ferramentas avançadas de edição de texto. Entre os exemplos citados estão o já presente programador de tweets, mas também novas funcionalidades como ‘colaboração’ com outros usuários para a redação de posts e o armazenamento de rascunhos. O que também poderá marcar um regresso, com a atualização do Tweetdeck, são os temas customizáveis que anteriormente existiam. Hoje o usuário

POSSÍVEIS NOVIDADES DO TWEETDECK Customização de layouts e cores Importar contatos de outros websites Ferramentas de análise avançadas Ferramentas de análise avançadas pode apenas trocar o seu header e a cor do Twitter, mas, ao assinar, a empresa novamente parece interessada em saber se há demanda por layouts mais detalhados, que possam ser utilizados pelas empresas de forma a melhor aproveitar o espaço da sua página no Twitter. Por fim, e em mais uma empreitada com foco no lado profissional, a versão paga do Tweetdeck também poderá incluir listas já populadas com usuários e influenciadores, divididas por tópicos de interesse, de modo a facilitar a exposição de conteúdo para o público alvo. Nesse mesmo pacote também estariam inclusos informações extras sobre a própria conta assinante, como a avaliação do Twitter sobre ela, e a habilidade de descobrir quem está, no presente, a ver o nosso próprio perfil.Também seria possível importar contatos de outras fontes, externas, não especificadas, assim como ter acesso a dados analíticos detalhados sobre tweets postados pela conta. Por agora, parece que a empresa está estudando para fazer o seu dever de casa.Vale ressaltar, no entanto, que em nenhum documento publicado ou compartilhado existe a menção ao Twitter passar a ser pago para todos os seus usuários. Por ora, pelo menos, este luxo estaria apenas limitado à repaginação do Tweetdeck.


O DIREITO E A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL Tecnologia começa a cumprir funções dos profissionais da área e gera preocupação Uma matéria do New York Times, publicada no Brasil pelo Estadão, chama a atenção para um tópico que começa a ser discutido em terras norte-americanas: a tecnologia já está sendo utilizada no direito e, em muitos casos, começa

até a deixar profissionais da área preocupados com o que poderá acontecer no futuro, temendo uma gradativa substituição de parte de suas funções pelas máquinas. Ainda assim, pelo menos por enquanto, esse cenário ainda está longe


de acontecer, segundo os profissionais ouvidos. A adoção, embora existente, passará por um processo lento e gradativo. Certo é, no entanto, que uma técnica da inteligência artificial, conhecida como processamento de linguagem, tem sido bastante utilizada de forma a identificar que documentos podem ser importantes para determinada ação. Em grandes firmas, este é um trabalho dedicado a advogados mais jovens, que muitas vezes são incumbidos da missão de folhear milhares de arquivos em busca de ficheiros relevantes. Com a automatização do processo, é possível que estes sejam remanejados para funções mais úteis, e que de fato necessitam da presença de um ser humano, como o aconselhamento de clientes, redações de petições, ou até mesmo a atividade mais óbvia, como estar presente no tribunal para contribuir na defesa do seu cliente. Ainda assim, a expectativa é que a instalação desta tecnologia possa trazer benefícios aos profissionais do direito. É o que demonstra um estudo levado a cabo por Dana Remus, professor da faculdade de Direito da Universidade da Carolina do norte, e Frank Levy, do MIT, que estudaram a ‘ameaça’ da automação das funções dos advogados no ambiente dos escritórios. De acordo com a pesquisa, a conclusão é que, caso toda a tecnologia legal fosse implantada, de maneira imediata, ocorreria uma queda estimada de 13% nas horas de trabalho dos profissionais. Isto, no entanto, levando-se em consideração um cenário utópico e extremamente irrealista. No caso de uma aproximação mais credível, os pesquisadores afirmam que a redução nas horas trabalhadas ficaria por volta de 2,5% ao ano, durante

os próximos cinco anos. Isso porque, de acordo com eles, a análise básica de documentos, que já na atualidade é um dos maiores consumidores de tempo, tem sido automatizada em grande parte das grandes firmas de advocacia, o que faz com que apenas 4% do tempo dos advogados seja gasto nesta tarefa diariamente.

ADVOGADOS ROBÔS? Apesar do avanço da tecnologia, isso ainda está longe de acontecer. A entrada da tecnologia acontecerá de maneira gradativa nas próximas décadas.


Este estudo também incentivou que a consultoria McKinsey divulgasse outro documento, levando em conta uma pesquisa mais ampla sobre empregos e tecnologia. Desta feita, de acordo com os dados colhidos, apesar de mais de metade das tarefas dos advogados poderem ser automatizadas com a tecnologia atual, apenas 5% dos empregos seriam inteiramente automatizados. Assim, a McKinsey chega a um valor estimado de que 23% do trabalho de um advogado possa ser automatizado. Assim, especialistas afirmam que uma mudança de paradigma, com a tecnologia se tornando um verdadeiro pilar na área, ainda não está tão próxima – devendo acontecer apenas dentro dos próximos 10 a 20 anos. Com o avançar do tempo, no entanto, espera-se que advogados bem pagos sejam cada vez mais desginados para trabalhar em questões legais do mais alto nível, com os demais serviços sendo desempenhados com o auxílio da tecnologia, ou ainda por pes-

soas que não necessariamente tenham estudado direito. De acordo com Michael Mills, advogado e diretor da Neota Logic, uma startup de tecnologia na área legal, no futuro os clientes corporativos não estarão dispostos a pagar honorários para escritórios onde advogados principiantes realizam as tarefas de rotina, pois já hoje em dia este tipo de função vem sendo automatizada. Assim, é possível que o “sócio” de um escritório no futuro seja o líder de toda uma equipe, e, de acordo com Mills, “mais de um dos seus empregados será uma máquina”. Segundo o Estadão, o mercado das startups de tecnologia voltadas para o Direito também não para de crescer. Os números certamente corroboram esta afirmação: um levantamento da empresa CB Insights estima que mais de 280 startups já levantaram mais de 757 milhões de dólares dentro desse nicho desde 2012, o que confere legitimidade à expansão da área.

@festivaldançacabofrio

CONHEÇA O CANAL DE YOUTUBE DO FESTIVAL: http://bit.ly/2oUAld5


EMPRESAS REFORÇAM

CHECAGEM DE FATOS O Globo lança blog visando ajudar na identificação de hoaxes e notícias falsas A proliferação de notícias falsas, trolls e hoaxes na Internet é um problema cada vez mais atual. Quem acompanha a AC Digital sabe disso, pois a própria revista tem publicado matérias sobre o assunto, como os esforços das principais redes sociais em tentar filtrar o seu conteúdo por meio de curadorias, vide Twitter e Facebook. Pois, bem, desta vez o assunto volta à ribalta, mas mais pertinho da nossa casa. Isto porque o jornal O Globo acabou de estrear, no fim do mês passado, um blog especializado justamente na checagem de fatos, chamado de “É isso mesmo?’ Segundo a coluna Meio e Mensagem, o objetivo do ‘É isso mesmo?’ é avaliar discursos e anúncios de autoridades, assim como boatos que se


espalham por redes sociais, de forma a evitar a proliferação destas notícias falsas. Para tal, a empresa investiu numa equipe especializada, que, num primeiro momento, conta com sete profissionais e é coordenada pelo jornalista Fábio Vasconcellos. Em declaração ao mesmo blog, o diretor de redação d’O Globo, Ascânio Seleme, afirmou que a iniciativa quer “ajudar o consumidor a tomar decisões corretas, informando o que é falso ou verdadeiro”. A iniciativa não é única d’O Globo, sendo que o grupo Infoglobo, responsável pela editoria do impresso, já possui outros grupos similares. É o caso do #Éverdade ou #Éboato, do jornal Extra. Na altura, o grupo foi criado por conta da ocupação do Complexo do Alemão, em 2010, quando as redes sociais foram inundadas por informações falsas e boatos que levavam desespero aos leitores,

pois normalmente estavam associadas a ataques de traficantes. O editor Fábio Gusmão, do Extra, foi o responsável por coordenar um grupo de outros cinco jornalistas durante cinco dias, no período, que trabalhou 24 horas para tentar apurar o que era verdade ou não. Também em declaração ao blog Meio e Mensagem, Octavio Guedes, que é diretor da redação do Extra, afirma que a grande diferença entre o episódio do Alemão e dos dias correntes é que, no presente, este tipo de problema deixou de ser pontual e se tornou um mero fato do cotidiano dos internautas. Facebook lança nova ferramenta Na mesma luta, o Facebook continua os seus esforços para impedir que notícias falsas sejam espalhadas em seus feeds. Desta vez a empresa acaba de lan-

Blog teve início cheio, sendo lançado em meio ao normalmente tumultuado Dia das Mentiras


çar uma nova função que conta com o apoio de agências de checagem de fatos para colocar avisos em notícias falsas, permitindo que estas empresas “disputem” o conteúdo, tornando claro para o leitor, por meio de uma barra vermelha e um aviso, de que o conteúdo que estão prestes a compartilhar não é unânime e pode conter informações erradas ou até mesmo falsas. No texto que anuncia a função, o Facebook afirma que, muitas vezes, estes compartilhamentos não são feitos por maldade, e sim por ignorância dos internautas, que não possuem o conhecimento para discernir o certo do errado. Assim, ao deixar links para os sites destas agências, o próprio usuário poderá fazer uma pesquisa, caso se interesse, e adquirir esclarecimento, evitando novas postagens errôneas. No último mês, pouco antes do feriado de St. Patrick’s, no dia 17 de março, muitas pessoas tentaram compartilhar uma história que afirmava que milhares de irlandeses haviam sido levados para os Estados Unidos como escravos. A Associated Press e a Snopes.com rapidamente marcaram a notícia como falsa, e para aqueles que decidiram ignorar o aviso de conteúdo disputado, os posts na timeline apareciam com um aviso de “disputado por Associated Press e Snopes.com”. A preocupação do Facebook com a checagem de fatos disparou após as eleições presidenciais dos Estados Unidos, isto porque a própria plataforma foi vítima de compartilhar notícias falsas na altura. Desde então, o impérdio de Mark Zuckerberg vem redobrando seus esforços nessa luta. O primeiro passo foi a instalação de um serviço que permitia que os próprios usuários denunciassem

histórias que considerarem como sendo falsas. Após um determinado número de denúncias, o próprio Facebook marcaria a história como dúbia. Agora, este sistema também está sendo aliado à força da checagem disponibilizada por empresas terceirizadas, como a própria Associated Press e a Snopes. O próprio Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, fez um post em sua página na rede social. Lá, Zuckerberg reconhecia a importância do Facebook como uma ‘nova plataforma para a retórica pública’, e que esta posição trazia junto consigo uma ‘enorme responsabilidade’. Segundo ele, é imprescindível que o Facebook ofereça um ambiente que permita às pessoas terem conversas significativas, e que o mesmo construa um espaço onde os internautas podem vir para se informarem’.

Notícias consideradas falsas ou de origem duvidosa agora exibem aviso de ‘contestada’ por empresas


NAS REDES SOCIAIS...

ALEMANHA APERTA O CERCO CONTRA DISCURSO DE ÓDIO País quer criar pesadas multas para redes sociais que não retirem mensagens com conteúdo ofensivo em menos de 24 horas A internet é uma plataforma que, quando bem usada, permite aos seus usuários encontrar praticamente de tudo. Aproxima pessoas, prolifera conhecimento e informação. Apesar de tudo, o anonimato da mesma também desperta, às vezes, o pior no ser humano. Um destes lados se manifesta por

constantes ofensas e ameaças, feitas sob a segurança da tela do computador, e que muitas vezes acabam passando batidas e sem represália. De olho nisso, a Alemanha avançou com um projeto de lei, proposto por Heiko Maas, ministro da Justiça do país, que quer ‘incentivar’ as redes sociais como o Facebook etc.


dos países com uma das posturas mais duras no que toca ao discurso de ódio, onde estão inseridos calúnias, difamação e incitação publica de violência. A medida, assim, é vista como uma tentativa do país para adaptar esta realidade aos novos tempos, onde a Internet é cada vez mais um ambiente propício à propagação deste tipo de abuso. A medida também é vista como mais urgente, nos últimos tempos, por conta da divulgação de notícias falsas, de cunho racista, em redes sociais, que muitas vezes êm direcionamento certo para os mais de 1 milhão de imigrantes que chegaram á Alemanha nos últimos dois anos, assim como boa parcela da população judaica do país. A divulgação do projeto de lei, inclusive, agradou ao conselho central dos Judeus na Alemanha, informa a Reuters. De acordo com o presidente, Josef Schuster, não se trata de ter uma “polícia da internet ou do pensamento”, mas sim um mecanismo de defesa contra o ódio. “Quando as normas legais da nossa democracia estão prestes a perder a sua relevância, é então que devemos intervir”, comentou. Desde 2015, a Alemanha já pressiona a agirem mais rápido na remoção de os sites como Facebook, Twitter e Youconteúdo calunioso ou que contenha Tube a agirem e removerem conteúdo ameaças. A pena para não o acatamento deste tipo com rapidez. Na ocasião, redesta determinação poderia chegar a até presentantes das três empresas assinaram 50 milhões de euros. um código de conduta, em que se comDe acordo com Haas, em informações prometiam a apagar discursos de ódio colhidas pela revista Exame, o projeto de seus sites em até 24 horas. de lei estabelece “normas vinculativas Caso o projeto seja aceito, este códipara o modo com o qual as operadoras go de conduta se transformaria em lei. de redes sociais lidam com queixas, e as Além disso, as empresas também precisaobriga a delatar conteúdo criminoso”, riam oferecer relatórios regulares no voexplicou o ministro do PSD, o Partido lume de queixas feitas por usuários, assim Social Democrata alemão. como facilitar aos próprios internautas A Alemanha, já na atualidade, é um denunciarem conteúdo impróprio.

Proposta partiu de Heiko Maas, Ministro da Justiça da Alemanha


De acordo com uma pesquisa divulgada pela agência de proteção aos jovens do Ministério da Justiça alemão, divulgada no último mês, o YouTube tem sido o site que mais colabora com a causa, sendo capaz de remover cerca de 90% das postagens ilegais... dentro de uma semana. Em seguida aparece o Facebook, com apenas 39%, e o Twitter, com apenas 1% das mensagens tendo sido removidas. Segundo um porta-voz do YouTube, o projeto acabou de ser anunciado, e, no momento, o site está analisando os detalhes. Ainda assim, a empresa se compromete, como sempre, a continuar melhorando os seus sistemas para garantir que discursos de ódio sejam contidos e eliminados o mais rapidamente possível. Já o Twitter, informa a Reuters, recusou-se a comentar a proposta. Ainda assim, nos últimos meses, o site tem respondido com ferramentas auomatizadas para identificar perfis que estejam envolvidos com comportamentos abusivos, além de filtros que permitem que o usuário esconda usuários anônimos e bloqueie conteúdo ofensivo. O Facebook, por sua vez, já contactoua agência alemã de checagem de fatos ‘Correctiv’, e espera poder contar com a ajuda da mesma para, dentro de semanas, reduzir a disseminação deste tipo de conteúdo.

Josef Schuster, presidente do Conselho Central dos Judeus na Alemanha, considera que medida não é uma polícia do pensamento, e sim um mecanismo de defesa

EM NÚMEROS...

90% das postagens ilegais são removidas dentro do prazo de uma semana

No Facebook, 39% das mensagens removidas dentro do mesmo prazo

Twitter aparece em situação crítica, com apenas 1%


DIA DAS MENTIRAS

Como de praxe, empresas se divertem e usam data para interagir com clientes ao anunciarem produtos e ideias fictícias durante o dia 1º de abril O dia da Mentira sempre foi uma data um pouco estranha. Antigamente, aquele seu bom amigo te ligava, contava uma mentira óbvia, depois revelava que era uma pegadinha e, se tudo corresse bem, os dois ririam da situação e teriam uma boa história pra contar. Com a Internet, fazer isso ficou ainda mais fácil, e, de há uns anos para cá, quem também descobriu que é possí-

vel utilizar este evento como uma jogada de marketing foram as empresas. De há uns anos para cá, primeiro de abril é sinônimo de muitas postagens bem humoradas, produtos fictícios e alguns anúncios verdadeiros escondidos por trás de brincadeiras. A AC Digital, como sempre, separou alguns dos mais interessantes de 2017 e traz para você, leitor, se divertir. Confira!


MICRO MAC O McDonalds foi um dos primeiros a aderir com a brincadeira. A marca disponibilizou no YouTube um vídeo do seu novo sanduíche, o Micro Mac. O barato é que o vídeo, que começa sem o nome visível e com a câmera muito próxima ao hamburger, faz parecer que o sanduíche é enorme, quando, na realidade, trata-se de uma miniatura de algumas alguns milímetros. No fim, a empresa se congratula: “aposto que fizemos você querer um”.

MESA A NADO

GOOGLE PACMAP

Outro item popular nas redes sociais foi a “mesa a nado”. Ficar sentado é coisa do passado -- curta uma piscina enquanto está no trabalho do escritório.

Já o Google aproveitou a ocasião para transformar o Google Maps num jogo de Pac-Man!


BMW PARA CACHORRO Cachorros adoram andar à janela nos carros. A sensação do vento em suas caras é muito agradável. Isso é o que diz a BMW. Mas, então, por que limitar a diversão dos bichanos ao ar livre? Com essa ideia em mente a BMW apresenta o seu novo produto: o dDog Basket. Um cesto equipado com ventiladores de alta tecnologia e desenho aerodinâmico capaz de agradar qualquer canino. O vídeo, genial, pode ser conferido aqui: https://www.youtube.com/ watch?v=4RqkhD6va4M.

BRONZEADOR CHEETOS Você provavelmente já comeu um salgadinho Cheetos em sua vida. Se não comeu, alguém já comeu próximo a você. No primeiro de abril, a empresa decidiu investir num novo produto. Um spray de bronzeamento. Você usa e adquire uma cor laranja, próxima às dos famosos salgadinhos. Recomendado, segundo a empresa, para quem busca “se destacar”. Muito.


#CURTAS

Rolou no

Maior rigor para obtenção do visto americano deve chegar também ao Brasil

Confira alguns dos assuntos em voga na rede social

Quem está pensando em viajar para os Estados Unidos da América pode, em breve, ter algumas complicações extras. Consulados norte-americanos de todo o mundo estão recebendo novas orientações para a emissão dos vistos, e, em alguns países, a ordem é fazer uma pesquisa profunda, que deverá envolver um histórico de viagens dos últimos 15 anos, além de de números de telefones e identidades que foram adotadas nas redes sociais nos últimos 5 anos. Ainda não é certo que o Brasil faça parte desta lista, mas, de acordo com a Rádio Montes Claros, é possível que o país seja afetado. As medidas, é claro, estão sendo repassadas como sendo mais um passo na constante luta dos Estados Unidos contra o terrorismo, que tem levantado diversas polêmicas nos últimos anos.

No grupo “O Melhor do Marketing” uma discussão sobre a função e finalidade das midias sociais. Um dos membros diz que, nos tempos atuais, muitos têm a ideia de que as mídias sociais são a solução para todo e qualquer problema de comunicação. “Para quem tem martelo, tudo é prego”.

Grandes anunciantes abandonam o YouTube O maior site de vídeos do planeta, o YouTube, está passando por um período de dificuldades. Grandes empresas, responsáveis por boa parte dos anúncios no site, estão efetuando boicotes à plataforma após uma série de matérias publicadas no Wall Street Journal e outros veículos que acusava criadores de conteúdo do site de replicarem conteúdo ofensivo. A polêmica estourou após PewDiePie, o usuário com o maior número de inscritos do site, com mais de 50 milhões de fãs, ter feito um vídeo com referências nazistas e uma “piada” antissemita, o que foi mal recebido por jornalistas e espectadores. Num primeiro momento, a repercussão partiu da própria Maker, que é subsidiária da Disney, que cancelou o contrato de PewDiePie. Porém, a história não parou por aí, e YouTubers e empresas começaram uma guerra pela “liberdade de expressão”. Fato é que, desde então, muitos criadores de conteúdo no YouTube queixam-se da queda de receita, e o site parece estar passando pelo início de uma crise.

Prato Pronto

Dicas para Marketing No grupo “Digital Marketing”, um artigo traz seis dicas valiosas para tocar um negócio de marketing com sucesso. A primeira delas, é claro, é primar por apresentar-se como algo pessoal, que realmente dê origem a laços com os seus clientes. Nessa mesma veia, o artigo também recomenda a criação de conteúdo que promova conversa e interação constante com seus seguidores, de forma a que estes se sintam valorizados. Para aproveitar esta recém criada fidelidade, crie programas de lealdade, que recompensem seus clientes.


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