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UM ANO! Parece pouco, um ano de vida, mas é uma data importante para o entendimento do propósito inicial de escrever para um público segmentado. Público esse que depois de analisarmos é cada vez maior no Brasil com o crescimento da conectividade e o interesse pela comunicação integrada. Mesmo que se desconheça o significado de “Comunicação Integrada”, hoje faz parte do dia a dia da maioria e para onde olhamos estamos recebendo informações. Decodificá-las é um exercício diário que desenvolve o intelecto e possibilita a democratização da informação. Comemoramos 25 anos de internet e, de lá para cá, muita coisa mudou. O crescimento tecnológico foi o mais expressivo. As novidades acontecem a todo instante, tornando obsoleto o que antes era novidade. Nós, pobres mortais, somos bombardeados constantemente e temos de nos adaptar se quisermos nos manter no mercado de trabalho. A tecnologia democratizou a informação e hoje todos são fiscalizadores da sociedade com suas opiniões emitidas nas redes sociais. Os telefones celulares ganharam outras funcionalidades, como, por exemplo, a de câmera fotográfica e de filmagem.Vídeos e fotos de flagrantes passaram a ser postados a todo instante possibilitando a constatação de fatos bons ou ruins. A imprensa mudou muito com o advento da internet. Jornalistas tiveram de se adaptar e ver a notícia por outro ângulo. O factual ficou na mão cidadão que co-
meçou a ter opinião própria. Aos veículos de comunicação, coube correr atrás do prejuízo. Utilizar fotos e vídeos da internet para dar maior atratividade e realismo aos fatos. Ficou mais opinativo, no caso do telejornalismo. O diferencial é dar a notícia sem envolvimento emocional e ouvindo os dois lados. Com as empresas também não está sendo diferente. Hoje, qualquer desagrado ganha as mídias sociais, e é preciso estar apto a responder da melhor forma possível, evitando crises. Na AC Digital tentamos fazer um apanhado de fatos importantes para reflexão do nosso público leitor. Não temos a pretensão de dar em primeira mão a notícia, mas sim clarificá-la para que cada um tenha a sua opinião. O Linkedin, onde encontramos profissionais de todos os ramos, é fonte inesgotável de informação. Lá bebemos na fonte dos especialistas que trocam vivências. Quero agradecer a todos que estão presente como colaboradores, aos profissionais que disponibilizaram suas ideias e compartilharam em nossas páginas e, é claro, ao público leitor que entendeu nosso propósito. As matérias também podem ser acessadas no blog accomunicacao.wordpress.com. Obrigado,
Augusto de Carvalho Editor-chefe
25 anos de WWW
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Ressuuscitando Santiago
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Nokia 3310 Pureview
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A Internet das Coisas
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Ação vs Pensamento Digital
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16 Expediente 1 ano de AC Digital
Editor-chefe Augusto de Carvalho Textos Augusto de Carvalho Luis Gurgel Colaboradores Fabrício Rocha Rodrigo Carvalho Silveira Diagramação Luis Gurgel
25 ANOS DE
WWW A World Wide Web está completando 25 anos; veja o que mudou e as preocupações para o futuro Muitos não sabem, mas o dia 12 de março de 1989 foi um dos mais importantes para a história da Internet. Há 25 anos, Sir Tim Berners-Lee lançava o que seria, posteriormente, reconhecido como o pontapé inicial da Internet moderna, a World Wide Web, ou WWW. Na altura, a ideia era vista como visionária e encontrou resistência por parte da comunidade científica da época, mas, nos dias que correm, já se estabeleceu como a principal ferramenta de intercomunicação mundial. A ideia surgiu ao físico inglês, que na época trabalhava no CERN (Organização Europeia para Pesquisa Nuclear), enquanto buscava uma forma de como preservar e difundir a informação que era gerada pelos experimentos realizados. No seu entendimento, quanto mais rápido a informação pudesse ser encontrada e acessada pelos cientistas, melhor seriam os resultados das pesquisas. Embora seja normalmente associada a computadores e algo mais tangível, a Web, criada por Berners-Lee, não é mais do que
um “software”, em termos leigos. O sistema é responsável por organizar documentos em hipermídia, que estão interligados e são executados na Internet. Estes podem estar em forma de vídeos, sons, textos e imagens, e, de modo a visualizar a informação, é necessária a utilização de um software conhecido como navegador – os famosos Google Chrome, Firefox, Internet Explorer etc. Assim, os usuários podem utilizar links de forma a surfar e visitar, de maneira organizada, os vários sites alojados online. Festejos e aviso Porém, nem só de festa foi marcada esta data. Aproveitando a visibilidade, Berners-Lee veio a púbico chamar a atenção de que é necessária uma conscientização para que “retomemos as rédeas da Internet”. De acordo com o pioneiro, existe uma crescente influência de grandes corporações e governos que vem moldando a rede, ameaçando o fluxo de informações, a privacidade, e, além disso, o próprio caráter democrático que, em sua visão, deveria ser a principal ban-
deira do ambiente virtual compartilhado. Em carta aberta, Berners-Lee oferece uma solução, que seria a integração da Internet aos Direitos Humanos. Em suas palavras, isso seria um passo importante na representação da democracia. Além disso, em entrevista ao jornal britânico “The Guardian”, o inglês aproveitou para chamar os internautas a se juntarem em um movimento organizado: “Nossos direitos estão sendo violados mais e mais por todos os lados, e o per igo é que nos acostumemos com isso. Então, quero usar o aniversár io de 25 anos para que todos façamos isso; para que tomemos de volta as rédeas da web e definamos o que queremos para os próximos 25 anos”. Para tal, foi criada a hashtag #web25, a qual os internautas podem colocar em suas mensagens para declarar quais são as suas ideias e expectativas para o futuro, nas redes sociais. Espionagem e direitos Os receios de Berners vêm numa altura em que o mundo assiste a vários episódios que colocam a grande rede em evidência. Recentemente, a revelação de que o governo americano fazia uso da mesma para espionar movimentos de diversos países, entre os quais se encontrava o próprio governo
brasileiro, é um claro exemplo disso. Do lado das corporações, tivemos também, recentemente, o surgimento de projetos de leis em território americano como a SOPA (Stop Online Piracy Act – Pare com a pirataria online) e a PIPA (Protect IP Act) – Proteja a propriedade intelectual, impulsionadas pelas grandes editoras e gravadoras. Em ambos os casos, a intenção era introduzir a possibilidade de a justiça intervir diretamente contra qualquer site que facilitasse ou infringisse os direitos de autor. Porém, a ideia encontrou forte oposição de vários lados. Entre eles encontravam-se desenvolvedores de software que têm código aberto - como o Firefox, por exemplo -, assim como as grandes redes sociais – Twitter, Facebook, Reddit, LinkedIn etc.. No Brasil Em terras nacionais, um assunto relacionado à Internet que tem sido muito discutido recentemente é o Marco Civil da Internet. A iniciativa legislativa, que surgiu no fim de 2009, busca ajudar a regular a Internet no país, prevendo instituir garantias, direitos e deveres claros para quem usa a rede, sejam eles os provedores de serviços como os utilizadores. O projeto foi aprovado no último dia 25 de março na câmara dos deputados, e será submetido agora à votação no senado.
Ressuscitando
SANTIAGO Manter a memória viva para que a roda não gire para um mesmo e trágico lugar. Erros corrigidos para que não sejam repetidos. As ciências biológicas não vão ressuscitar o cinegrafista Santiago Andrade, da Band, e devolver o conforto dessa presença física do profissional à família, aos amigos... mas as ciências humanas podem manter o assunto desenterrado, para que na memória coletiva Santiago continue vivo, servindo de alimento ao raciocínio de uma sociedade que precisa civilizar-se. Exemplo para discussões sobre os direitos humanos e o papel da imprensa na manutenção da integridade dos seres – vivos ou não. Afinal, memória demanda integridade preservada para que erros não se repitam e o destino se torne uma
roda gigante. Um assunto que se eternizou na história do país, um marco, e por isso nunca vai envelhecer. O atentado que levou Santiago à morte completa dois meses no dia 6 de abril. No vértice dos acontecimentos que cercaram o fato alguns jovens foram linchados moralmente, policiais militares crucificados, políticos envolvidos no crime. Se posso meter aqui minha humilde opinião: tudo parecia um rompante desesperado por achar culpados para um fenômeno que, mais do que culpados, precisava de compreensão e res-
pectivamente uma solução. A ativista Elisa Quadros, apelidada de Sininho, ficou mais famosa que a personagem do inglês James Matthew Barrie – criador da fadinha salpicada de purpurina que colore a história do Peter Pan. Ela teria denunciado uma ligação entre o deputado estadual Marcelo Freixo, um dos principais opositores do governo Cabral, e os culpados pela morte de Santiago. Será que era ela no telefone ou a personagem da Disney? Como saber? Essa informação provavelmente está presa na Terra do Nunca, em posse de pessoas que não fazem questão de crescer. Enquanto isso Fábio Raposo Barbosa (23) e Caio Silva de Souza (22) estão presos e são acusados de homicídio triplamente qualificado e crime de explosão. Segundo o Ministério Público, eles acenderam um rojão durante a fatídica manifestação contra o aumento da passagem de ônibus que acontecia no centro do Rio de Janeiro. Os advogados pleitearam defesa sustentando que os acusados estariam sofrendo constrangimento ilegal, porque não haveria fundamentação para as prisões cautelares. Não somos juízes, não vamos julgar. E o papel da imprensa nesse conto de fadas? A forma como tudo isso foi divulgado.A humanização do processo de noticiar envolve ou não o sentimento de quem está noticiando? Para propor soluções para essa questão levantamos opiniões de profissionais gabaritados nessa história de fazer notícia e contamos com a participação de uma antropóloga que, assim como Elisa Quadros, é ativista dos direitos humanos. Os depoimentos seguem na íntegra, como os recebi e da melhor forma que pude introduzi-los.
Para Isabele Benito, Que é apresentadora do Jornal do SBT
Rio, e acompanhou de perto a o desenrolar dos fatos, “a cobertura sobre a morte do colega Santiago foi intensa como deveria ser. O Santiago era acima de tudo um trabalhador. A imagem dele ali indefeso segundos antes de explodirem a sua cabeça é o retrato da covardia por parte de bandidos que destruíram o momento importante da história deste país. Sim! Reportamos com mais emoção, com mais alma a morte do colega? Pode ser. Mas é assim que deveria ser. Numa sociedade hipócrita, corrupta a imprensa é o ÚNICO meio acessível de manutenção da democracia. Em relação a Sininho, não vejo nessa pessoa algo muito diferente do que ela tenta representar...Quando há uma massa que só quer viver de moda e sem idealismo, como essa meia dúzia que ela “tenta” comandar sempre aparecem os oportunistas. Para mim ela não passa disso como tantos outros que já existiram e ainda vão existir. Em relação à tentativa de ligar Freixo ao acontecimento, sempre achei as provas muito fracas. Mas quem tá na chuva já espera se molhar. Como disse uma colega que respeito muito: por um mundo onde advogados ‘suspeitos’ não sejam fontes para jornalistas.”
Humberto Nascimento Está no mercado desde 1989. Foi repórter dos jornais O Fluminense, O Dia, rádio JB AM e Rádio Continental. Do rádio, migrou para televisão. Começou na antiga rede OM de Televisão
(atual CNT), onde foi editor de vários programas: Editor-chefe do CNT Opinião e CNT Estado. Foi roteirista da TV Manchete, editor especial do Jornal da Record, editor-chefe do Balanço Geral, editor-chefe do Tudo a Ver Rio, editor do Domingo Espetacular, editor do RJTV 2ª edição (TV GLOBO), editor-chefe do programa Cidinha Livre (TV Bandeirantes), editor do extinto TJ Brasil, com Boris Casoy (SBT). Atualmente é editor-chefe do SBT Rio e trabalha com Isabele Benito. Depois de ler a detalhada e vasta experiência já podemos nos aposentar. Quanto à cobertura das manifestações em geral, ele opina: “A chamada grande imprensa mudou o enfoque da cobertura das manifestações em função da escalada da violência nos protestos. O destaque natural passou a ser o quebra-quebra, o confronto com a polícia, a falta de unidade nas reivindicações. Quando digo natural, não estou minimizando o justo pleito por transporte mais barato e de qualidade; nem o brado retumbante contra corrupção e muito menos a farra com o dinheiro público que virou esta Copa do Mundo. Mas quem fabrica a notícia da manifestação é o próprio manifestante. Se tem tiro, porrada e bomba, é isso que vai ser destaque. Não é a violência como espetáculo, mas como fato, às vezes oriunda da polícia, as vezes fruto da radicalização dos ativistas. Não me cabe julgar, como jornalista, se é ou não uma estratégia válida. Quem tem que responder isso é a população. Jornalistas apenas relatam fatos, ao menos deveriam.” O jornalista segue comentando sobre o destaque dado ao Caso Santiago: “Trabalhei com Santiago na Band, não tinha intimidade, mas era uma pessoa querida de todos pelo seu jeito simples. Mesmo assim, achei que a exposição foi acima da nossa média em grandes coberturas. Resumindo: a imprensa toda pesou a mão porque era um dos nossos. Fomos passionais nesta cobertura. Não que o pobre Santiago não merecesse. Mas ultrapassamos o limite e abrimos caminho para o jogo de interesses políticos em cima de um cadáver. A matéria do Fantástico obrigou toda a imprensa a entrar mais pesado no caso e buscar culpados. Quem acendeu o rojão, quem comprou, quem financiou... Seria leviano dizer
que houve intenção de prejudicar a oposição ou criminalizar os ativistas. Duas pessoas eram responsáveis, isso é fato. A partir daí, especulou-se muito e não se provou absolutamente nada. Em época eleitoral, isso soa muito suspeito. Permite inclusive que, de forma legítima, parte da imprensa especule se teria havido manipulação ou, no mínimo, uma “forçada de barra” na matéria do Fantástico para incluir o Marcelo Freixo, um dos principais líderes da oposição, no rol da baderna e do vandalismo. Isso, se for verdade, é tão criminoso quanto soltar o rojão que matou o Santiago.”
E Pedro Mota? Pedrão, cinegrafista velho de guerra acompanhou de pertinho o desenvolvimento profissional de Santiago. O processo de catarse foi mais intenso. Poderia ser ele segurando aquela câmera. Sem dramatizar como faço, Pedro defende: - Como profissional sou terminantemente contra cobrir esse teatro de horrores que são essas manifestações, pois é o quê tenho dito desde o início! O objetivo é um só: a baderna. Os manifestantes de verdade são aqueles que se concentraram na candelária com os rostos pintados, onde haviam crianças, idosos ou seja a população de uma forma geral. Agora... Esses que promovem o quebra-quebra são pessoas ligadas a grupos políticos e a facções criminosas com o intuito de promover a desordem. De exemplo fui protestante, só que na minha época e como não sou bandido pintei as cores do meu pais no rosto, pois nunca tive nada a esconder. Os bandidos escondem os rostos, pois só querem a balbúrdia. Nós da imprensa somos tratados como inimigos, pois caso eles venham a se descuidar podem ter suas
identidades reveladas, além de registrarmos o seu rastro de destruição... Por isso, invariavelmente somos hostilizados e agredidos por eles. Eu mesmo devo ter sido o primeiro a ser agredido. Isso ocorreu na desocupação do museu do índio, enquanto eu estava ao vivo veio um desses Black Bloc’s e desferiu um pesada nas minhas costelas, o que causou uma fissura nas mesmas. Bom, sou cinegrafista há 20 anos, conhecia o Santiago desde 1999 quando ele fez uma oficina da Rede Globo e depois veio fazer sombra (um tipo de estágio) com a minha equipe. Quanto a presenciar esse tipo de coisa, como faço diariamente coberturas policias, posso assegurar que já vi de tudo um pouco, mas o ataque ao Santiago com certeza foi o pior dos casos, fato que pensei que nunca iria presenciar tamanha foi a maldade e covardia empregada no mesmo.”
Sandra Mara Ortegosa, Não é jor nalista. For mada em Ciências Sociais, Arquitetura e Urbanismo, pela USP, tem mestrado e doutorado em Antropologia pela PUC-SP. Mãe de 3 filhas, é arquiteta, professora universitár ia e ativista pelas causas ambientais e direitos humanos. Com coerência de quem acompanha de perto, mas de outra perspectiva, ela afir ma: - Com relação à cobertura da imprensa no caso da morte do cinegrafista da Band, podemos ver ificar que a mídia conservadora, encabeçada pela Revista
Veja, aproveitou-se do episódio para incrementar os ataques ao gover no do PT, à esquerda em geral e, particular mente ao Marcelo Freixo (um dos pr incipais opositores ao gover no Cabral). A liberdade de manifestação deve ser respeitada desde que não faça vítimas inocentes. Muito desse comportamento agressivo desses jovens que aderem ao vandalismo é fruto do incitamento constante que a mídia conservadora vem fazendo contra o gover no Dilma. De qualquer forma, independente de quem seja o responsável pelo ocorrido, seja a PM ou os manifestantes, o que fica evidente é a falta de preparo do poder público para lidar com os protestos de uma forma que não seja através do uso da violência, criando um clima de guerra que inevitavelmente gera vítimas. Sem mencionar o fato de que essas empresas deveriam oferecer equipamentos de segurança aos jornalistas, em conformidade com a legislação trabalhista, tais como, colete, máscara e capacete, além de treinamento para situações como aquela. A Sininho foi transformada pela revista Veja na líder dos Black Blocs, o deputado Marcelo Freixo foi acusado pelo jornal O Globo de envolvimento com o rapaz que disparou o rojão que atingiu Santiago, e a tragédia virou um grande circo. Tanto a ativista Sininho como o deputado Freixo foram vítimas de linchamento moral por parte da imprensa. De qualquer forma, não concordo com a tática de atuação dos Black Blocs ou do emprego de qualquer tipo de violência, seja por parte dos PMs ou dos manifestantes. As mudanças que o país precisa enfrentar têm que acontecer pela via democrática e, nesse sentido, a desmilitarização das polícias é urgente. Se as manifestações sociais de junho de 2013 tivessem seguido de forma pacífica, essa eclosão poderia ter sido o início da Primavera Brasileira, de forma pacífica e democrática. A militarização das PMs no Brasil é um dos piores resquícios da ditadura militar e precisa ser eliminada, o mais rápido possível, para que o processo de democratização possa se aprofundar.” Fim de Papo
NOKIA 3310
PUREVIEW
Aproveitando o espírito do primeiro de abril, popularmente conhecido como o “dia das mentiras” em vários países do mundo, a finlandesa Nokia fez uma brincadeira que apanhou muita gente de surpresa. Em seu site, a empresa divulgou aquele que seria o seu novo celular, uma versão atualizada do popular 3310, que no início de 2000 era um dos objetos mais cultuados por fãs de tecnologia. A nova versão, chamada de Nokia 3310 PureView, teria como carro-chefe uma câmera fotográfica de 41 megapixels na parte traseira do aparelho, assim como uma lente Carl Zeiss e um flash Xenon. Correria com o sistema operativo Windows 8, da Microsoft, que no ano passado adquiriu a empresa, e contaria com uma tela de 3 polegadas. A descrição do aparelho chamava a atenção para o fato de ser, em todos os sentidos, um smartphone no corpo de um celular antigo. Como tal, apesar da tela ser sensível ao toque, os três botões principais que estavam na versão original seriam mantidos. Também inspirado pelo modelo original,
o 3310 PureView estaria disponível no tradicional tom azul com detalhes metalizados. Porém, para quem estivesse à procura de alguma novidade, as cores utilizadas nos Lumia mais recentes – amarelo, vermelho e verde – também estariam disponíveis. Completando a brincadeira, a Nokia ainda destacou aquele que seria o retorno de jogos clássicos e que são sinônimo de 3310, como o Snake (popularmente chamado de “jogo da cobrinha”) e o Space Impact. No fim, tudo não passava de uma ideia bem humorada da empresa, que admitiu se tratar de uma pegadinha de primeiro de abril. Por outro lado, de acordo com a sabedoria popular, toda mentira tem um fundo de verdade. Será? Com um fator nostalgia muito grande, um revival do 3310 poderia ser uma jogada interessante para a empresa. Afinal de contas, de acordo com números do site Tecmundo, o 3310 original é o sexto celular mais vendido de todos os tempos, com impressionantes 125 milhões de unidades comercializadas. Quem sabe?
A INTERNET
DAS COISAS A tecnologia avança, e cada vez mais objetos diferentes estão se “conectando” Quem acompanha a evolução da tecnologia sabe que, cada vez mais, estamos nos aproximando de um conceito que até há pouco tempo estava limitado às mentes dos criadores de filmes de ficção científica. Antes, um relógio de pulso cumpria a função de informar as horas ao seu portador, mas, hoje, vão “além”. As pulseiras, que já possuem uma conexão com a Internet, podem
servir como uma extensão dos smartphones, mostrando todo o tipo de informações para auxiliar o quotidiano. Enfim a conectividade é a ferramenta do futuro no presente e veio para ficar. Esta nova forma de interação entre pessoas e objetos tem um nome: a Internet das Coisas (IdC), ou, em inglês, Internet of Things. Como diz o próprio nome, o con-
ceito se baseia em cada vez mais a presença da Internet nas “coisas”, e como isso tem influência direta na vida das pessoas. Seja o relógio que se conecta à internet, o pedágio que transmite a cobrança de forma digital, ou até mesmo os celulares e seus apps de saúde que foram mostrados na última edição da AC Digital, todos acabam por se encaixar dentro desta definição, e, no futuro, a tendência é que a IdC continue a crescer. De acordo com um estudo publicado pela Associação Brasileira de Empresas da Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom), até 2018 estima-se que já existam cerca de 60 milhões de veículos integralmente conectados à Internet em circulação – num mercado que já estará avaliado em aproximadamente 51 bilhões de dólares. Ainda não está convencido? Então saiba que a mesma associação diz que, a partir de 2016, a presença ou não de funções da IdC já deverá ser um dos fatores que terão impacto na hora de se decidir pela compra de um automóvel. A americana Cisco, especializada em sistemas de rede, é outra que divulgou números animadores: até 2015, deverão existir até 25 bilhões de dispositivos com conexão, podendo atingir a marca de 50 bi em 2020. Em termos de mercado, a consultoria IDC prevê que a IdC alcance valores de 8,9 trilhões de dólares até 2020. Os números, que impressionam, são simplesmente um reflexo do que deverá ser um constante aumento nas possibilidades da IdC. Os exemplos dados inicialmente eram pequenos, e, de certa forma, inseridos numa realidade “tangível” para utilizadores comuns, mas é claro que algo tão grande já começa a se expandir para outros tipos
de mercado. É o caso do setor de energias, onde o controle de produção, distribuição e consumo em grandes usinas hidroelétricas já começam a ser controlados por meio da tecnologia. Isto, além de melhorar a qualidade do serviço, ainda permite às empresas contarem com índices de medição cada vez mais precisos, o que é visto com bons olhos dentro da questão da sustentabilidade, também. No Brasil, empresas já começaram a colher os frutos de serem pioneiras neste tipo de serviço. Em entrevista ao site Yahoo, Gustavo Melo, que é diretor de marketing da Whirpool Latin America, que detém as marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, conta que em 2013, cerca de 24% do faturamento veio desses produtos inovadores. A empresa foi a responsável por criar a primeira geladeira com conectividade wi-fi, chamada de Brastemp Side Inverse. Ela ajuda o consumidor a gerenciar as suas compras, assim como o armazenamento e preparo de alimentos. O refrigerador consegue identificar quando alguns itens estão próximos de expirar a sua data de validade, criar uma lista de compras que segue os hábitos de consumo das famílias, e ainda contém uma base de dados de receitas, que sugere as melhores para serem feitas de acordo com os ingredientes contidos dentro da geladeira. Quase um cenário de filme, mas que tem uma pequena grande diferença: hoje, ainda, por mais “inteligentes” que os aparelhos sejam, a participação humana é necessária. Junto à máquina existe sempre o ser humano que faz uso das novas possibilidades para criar soluções pontuais para problemas que afligem as mais variadas culturas.
AÇÃO DIGITAL
VS DIGITAL
PENSAMENTO
Uma boa estratégia de comunicação é aquela que não apenas atualiza suas plataformas, mas que entende a fundo o comportamento do seu público Estamos completamente imersos na cultura digital do século vinte e um, uma esfera de inovações tecnológicas capaz de transformar o comportamento de consumo e, consequentemente, a relação do público com as organizações. No entanto, a corrida desenfreada pela ocupação do ambiente digital tem levado grande parte das organizações a perder o foco e a eficiência de suas
ações de marketing, sobretudo no mercado B2B. Entenda o porquê: Antes de criar uma página da empresa no Facebook e esperar que os leads transbordem pelo seu monitor, entenda que uma boa estratégia de comunicação é aquela que não apenas atualiza suas plataformas, mas que entende a fundo o comportamento do seu público, fazendo uma leitura de suas
expectativas e antecipando a oferta de informações que possam influenciar sua decisão de compra. As mídias sociais, por exemplo, são alvo do interesse de 93% dos marketers, segundo um estudo apresentado pelo portal Business Insider (“10 Social Media Statistics That Should Shape Your Social Strategy”, 19/07/2013). Para algumas empresas, a apropriação da plataforma rendeu boas iniciativas e sólidos retornos de branding, relacionamento e até negócios fechados. Como é o caso da companhia aérea holandesa KLM, e seu case premiado (“KLM Surprise”, 2011) que fez interagir menções da marca no twitter e experiências reais com o usuário ainda no aeroporto. Outras empresas, no entanto, ag iram precipitadamente e transfor maram uma opor tunidade de impactar positivamente os seguidores de sua marca em um contexto embaraçoso e um tanto prejudicial à sua reputação. Como no caso da empresa de alimentos Nestlé, cuja postura controladora e antipática rendeu uma sequência de quedas e ar ranhões. Nesse sentido, entender o pensamento digital é mais importante (e vem antes) do que promover ações voltadas às mídias digitais. Isso porque, esse pensamento irá balizar não só ações pontuais no ambiente digital, mas sim toda a estratégia de marketing da organização, criando um complexo de ações integradas que extrapolam a escolha da plataforma. E o que diz esse pensamento digital de que estamos falando? Reconhecer as características dessa nova dinâmica social, que inclui o uso intensivo de dispositivos tecnológicos e cria não
só o pensamento, mas o comportamento da Era Digital, demonstra que as pessoas estão buscando: > Informação de valor, em primeiro lugar; > Conteúdo segmentado/especializado; > Formatos interativos; > Fontes seguras e variadas; > Aprendizagem colaborativa; > Tratamento pessoal; > Comprovação de valor; Em síntese, procuram por especialistas que indiquem e comprovem os benefícios de determinado produto/serviço, se possível, de forma customizada. Como você pode perceber esse quadro não determina o uso exclusivo de plataformas digitais. Sustentar o tradicional aperto de mãos como símbolo da tangibilização do negócio ainda é um posicionamento das grandes marcas do mercado B2B. É evidente que as investidas de comunicação e marketing voltadas às plataformas web são prioridade no quadro de tendências e práticas da atualidade. Porém, é necessário entender as implicações dessa migração de audiência – dos meios tradicionais para os meios digitais -, e redesenhar o discurso de marca das organizações. Novos formatos e táticas são imprescindíveis para prosperar na internet, não adianta reproduzir peças com o pensamento analógico, ou off-line. É preciso integrar, fundir, reinventar. Essa proposta de reflexão - sobre a importância do pensamento digital - vem acompanhada de uma recomendação: procure pelo conceito emergente do Inbound Marketing, que representa categoricamente a expressão e o uso da inteligência digital.
Texto do colaborador Rodrigo Carvalho Silveira, que atua no planejamento e implementação de estratégias digitais e marketing de conteúdo. E-mail: rodrigocsilveira@gmail.com
1 ANO
AC
DIGITAL
Há um ano, a AC Comunicação dava o pontapé inicial para uma nova aventura: criar uma revista online, para um público segmentado, e que conseguisse trazer informações sobre a área da comunicação tanto a profissionais já experientes como aos simplesmente curiosos. Hoje, após doze edições, o balanço deste primeiro ano é muito positivo, com a revista a alcançar números de visualizações bastante animadores, assim como a constante presença de colaboradores que, ao acreditarem na seriedade do trabalho realizado, contribuíram com a sua própria experiência. Assim sendo, não existe melhor maneira de comemorar a data do que ler o que os leitores e colaboradores têm a dizer.
”Eu estou convicta que ninguém está surpreso com o sucesso deste importante veículo de comunicação. Isso porque eu sei que sucesso só se alcança com suor, esforço e muito trabalho e quem faz assim merece cada vitória. Parabéns!”
Mônica Marins - Jornalista Parabenizo a toda equipe da Revista AC Digital por esse um ano de muito trabalho e a excelência do jornalismo que faz. Conteúdo leve, dinâmico, que enriquece o leitor. As matérias em pauta sempre com um ‘olhar’ diferenciado. Acredito que tenha sido um ano de muitas lutas, obstáculos, muitas reuniões demoradas de pauta... sempre com esse objetivo de fazer um material de qualidade e, acima de tudo, inovador. Fico feliz da revista também abrir espaço para os profissionais de comunicação. Parabéns a toda equipe... espero poder comemorar os 2 anos com todos... festejando ainda mais sucesso!!!
Juliano Medeiros - Jornalista
No momento em que profissionais de comunicação questionam-se sobre as tendências deste mercado, às vezes até desanimam frente aos desafios que não são poucos, a AC realiza. Edita uma revista focada em comunicação e sua diversidade crescente, levando à discussão o rumo desta área com visões e argumentos que sempre enriquecem o debate para o leitor. Chegar à 12ª edição é confirmação de maturidade, planejamento, respeito e comprometimento com os objetivos traçados. Parabéns ao Augusto Carvalho e a toda a equipe da AC Comunicação pela iniciativa e, sobretudo, pelo conteúdo com que nos presenteiam a cada edição. Sucesso contínuo à revista AC Digital!
Teresa Cristina, Diretora ATF Comunicação Empresarial Um ano de notícias sobre Internet e conectividade! Quando leio a revista AC Digital, fico impressionada com a atualidade dos assuntos e informações.Tudo é elaborado de forma simples, do texto à apresentação visual das matérias. Parabéns a todos os envolvidos na elaboração desse trabalho. A meu ver, único, leve e muito informativo. Que a gente possa comemorar muitos e muitos anos de AC Digital!
Viviane Albuquerque - Jornalista
#CURTAS Igreja digital O Vaticano, que recentemente começou a utilizar-se das redes sociais, como o Twitter, de forma a comunicar-se com os fiéis, prepara agora outra novidade digital. Trata-se de uma ampla e articulada plataforma online, com o intuito de manter todos os peregrinos atualizados com as notícias sobre o grande evento da canonização dos papas João Paulo II e João XXIII, previsto para acontecer no próximo dia 27 de abril. Para tal, foi criado o site 2papisanti.org, que já está disponível em cinco idiomas - italiano, francês, inglês, espanhol e polonês. Lá, é possível encontrar, além das notícias, informações sobre as vidas dos dois pontífices.
App ReclameAqui O site ReclameAqui, sucesso na Internet que permite aos internautas fazerem reclamações de produtos ou serviços adquiridos que não tenham apresentado resultados satisfatórios, lançou no início do mês o seu aplicativo para celulares. Funcional tanto em iOS como Android, a app alcançou números expressivos muito rapidamente: em 15 dias, foram 70 mil downloads, e mais de 18 mil reclamações. A facilidade de poder fazer uma reclamação de qualquer lugar, assim como a possibilidade de anexar fotos tiradas pelo próprio celular são alguns dos grandes atratitivos da novidade. Quem está lamentando são os restaurantes, alvo da grande maioria de reclamações feitas pelo serviço.
Rolou no O LinkedIn é uma rede social onde profissionais de várias áreas podem se encontrar e trocar ideias. Aqui, você encontra um pouco do que aconteceu por lá.
A importância do Google e como destacar seu site
Revolução Industrial?
Também no “Assessoria de Imprensa”, rola um interessante de No grupo “Assessoria de Imprensa”, alguns utilizadores trouxeram à bate sobre os algoritmos que, cada vez mais, vêm conseguindo estona a importância de estar antenado com o Google e, é claro, garantir que o crever pequenos resumos de jogos de várias modalidades. Será que, seu site faça parte dos resultados mais no futuro, jornalistas poderão escomuns para determinados assuntos tar ameaçados, ou há espaços que que você aborda. Organizar as coisas de modo a facilitar que o Google faça nunca poderão ser ocupados por máquinas? o seu trabalho e, por conseguinte, o seu site obtenha uma classificação boa pode poupar muito dinheiro em publicidade e é uma preocupação real dos profissionais de comunicação. O artigo explica que uma das melhores formas de conseguir isso é tentar criar relações com outros blogs e sites, de forma a conseguir criar novos “backlinks”, nome que se dá quando outra página na web coloca algum link para o seu site. Outras dicas incluem palavras-chave relevantes, assim como atualizar sempre. Vale a pena conferir.
Basicamente você assiste TV pra desligar seu cérebro, e usa o COMPUTADOR quando você o quer de volta!
Steve Jobs
AC Digital acende o seu cérebro