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EDITORIAL Jingle Bells Pois é... chegamos a mais um fim de ano. Momento, que acho, todos deixam para refletir e fazer pedidos para um próximo ano de prosper idade. Não sei se concordam, mas me parece que a cada ano, os 365 dias passam mais rápido. Tenho a impressão que foi ontem que desejei Boas Festas para vocês leitores da AC Dig ital. Ano difícil para uns, bons para outros e nem tanto para tantos, mas no somatór io acho que o saldo foi negativo. No Brasil a cor rupção tomou conta do noticiár io. Um dos maiores patr imônios do país, a Petrobrás, está sendo o centro das atenções onde políticos, diretores e empresár ios fazem a festa com o dinheiro do povo, promovendo desvios milionár ios. Os condenados do Mensalão, já estão em pr isão domiciliar. Enquanto isso, a carceragem está cheia de pobres mor tais que não podem pagar advogados. Muitos nem sabem quando irão sair por não terem infor mações sobre a pena. Inflação alta, crescimento pequeno, politicagem, politicagem e mais politicagem, é o cenár io do Brasil. Um país onde uma servidora pública, ao fazer o seu papel é condenada pela justiça a pagar 5 mil reais por danos morais, por dizer que juiz não é Deus, não pode ser sér io. Só para lembrar, este indivíduo estava sem habilitação e o veículo sem placa. No momento da abordagem ele era apenas um cidadão. A justiça é para
todos e paga pelo povo. São funcionár ios públicos. Tivemos eleições e mais uma vez o assistencialismo venceu nas urnas. A pobreza e ignorância não deixam que as pessoas pensem, reflitam, sonhem. Concordo com o sociólogo Betinho, “Quem tem fome tem pressa”, mas ele também disse, “A alma da fome é política”. Teremos mais quatro anos de governo Dilma. Nos resta agora acreditar que vai dar certo. Tenho certeza que todos sabem que os problemas do Brasil não são de um partido e nem e um governante. O problema está no própr io povo que se acostumou com o errado e tenta tirar proveito disso. Não temos bons exemplos. A palavra moral não existe no dicionár io. O que fazer? Nos resta acreditar no jovem que mostrou que quando quer se posiciona. As manifestações populares foram um exemplo bonito de cidadania. Foi emocionante ver o gigante acordar. Quando, pela televisão, vi a Av. Presidente Vargas, no Rio de Janeiro, tomada de pessoas, em sua maioria jovens, tive a certeza que ainda nem tudo estava perdido. Por isso vou novamente desejar Boas Festas e que 2015 seja de luta pelos direitos democráticos e iguais para todos.
Augusto de Carvalho Editor-chefe
Patreon
04
Cultura na web
08
Clientes móveis
14
A volta do Yahoo!
16
Valor das redes sociais
19
Expediente Editor-chefe Augusto de Carvalho Textos Augusto de Carvalho Luis Gurgel Colaboradores Caos Descrito Carlos Augusto Brum Fabrício Rocha Adriano Gilbert Diagramação Luis Gurgel
PATREON Novo site de financiamento coletivo aposta em formato diferente, com pequenas doações mensais em vez de grandes quantias A internet é uma ferramenta incrível, e, cada vez mais, possibilita que mais gente crie e divulgue o seu conteúdo de forma simples e eficaz. Nessa onda, o número de blogs, canais do YouTube e similares não param de crescer, muitas vezes atingindo números de acesso que
rivalizam – se não chegam a superar – páginas profissionais. Porém, existem alguns problemas que ainda não foram sanados, como a questão da monetização desse conteúdo. É aí que entra o Patreon. Criado em 2013 nos EUA, pelo músico Jack Conte e o desen-
volvedor web Sam Yam, o Patreon é a mais recente novidade no mundo do financiamento coletivo. A ideia central do serviço é simples: promover maneiras de ajudar, financeiramente, pessoas que os internautas achem que merecem ser recompensadas pelo seu trabalho. Para tal, diferentemente do Kickstarter, em que um projeto estipula um valor para ser financiado, o Patreon opera como uma espécie de “salário” virtual. Ao lançar uma página no serviço, o criador pode (e deve) apresentar-se, e os seus projetos, de forma a convencer os usuários a doarem dinheiro, tornando-os “patronos”. Estas doações podem acontecer de diversas maneiras, mas a mais comum é a de um valor mensal que é depositado na conta do criador. Os patronos decidem quanto o trabalho daquele artista vale e passam a fazer doações mensais para o mesmo. O
valor médio é de cerca de 7 dólares, mas a grande sacada do serviço é a possibilidade de contar com a participação numerosa dos “fãs”. Assim, por exemplo, um YouTuber (produtor de vídeos) que tenha cerca de 20 mil inscritos tem grande possibilidade de ter centenas de patronos viabilizando o projeto. Exemplo: mil pessoas dispostas em dar um dólar, no fim do mês isso significa mil dólares. Vale lembrar, no entanto, que como todos os casos de financiamento coletivo, a doação é feita acreditando que o criador irá cumprir a sua parte da promessa. Assim, a credibilidade de quem cria o seu Patreon é importante para que as pessoas se sintam tentadas a participar. Caso o outro lado, porventura, se negue a entregar o que prometeu, o doador pode cancelar a qualquer momento a sua contribuição mensal. De acordo com a equipe do Pa-
treon, o serviço atualmente movimenta mais de 1 milhão de dólares vindos de doações por mês, e já conta com mais de 25 mil doadores. Artistas e personalidades da internet são os que mais fazem uso da ferramenta, uma vez que o dinheiro que conseguem arrecadar por aqui é bastante mais significativo do que aquele advindo da publicidade em seus vídeos. Lá, eles apenas recebem uma fatia muito reduzida do valor total e que dificilmente é relevante, a não ser em casos de sucesso monstruoso, como o canal Porta dos Fundos ou então o Parafernalha. Além disso, torna-se cada vez mais comum a utilização de programas para bloquear publicidade na internet, o que faz com que muita gente esteja oferecendo o seu conteúdo de forma completamente gratuita. Jim Sterling
Durante o mês de novembro, o Patreon foi um assunto muito falado, tudo por conta do jornalista de games Jim Sterling. Conhecido por possuir um estilo irreverente e que não poupa as
empresas de críticas, Sterling recentemente passou a encontrar alguns problemas com a linha editorial do site “The Escapist”, onde semanalmente lançava vídeos do seu programa “Jimquisition”. Ao que consta, as críticas repetidas a uma das maiores editoras de games fez com que a mesma exercesse pressão junto aos administradores do veículo para o qual ele trabalhava. Descontente com o rumo que as coisas haviam tomado, mas ciente de que o próprio Escapist sobrevivia à custa de anúncios, e estes vêm das mesmas editoras que ele criticava, Sterling decidiu experimentar recorrer ao Patreon para a criação de um site próprio, onde poderia continuar a fazer o seu trabalho, mas livre de qualquer vínculo com empresas. O sucesso foi estrondoso. Em menos de 24 horas mais de duas mil pessoas já haviam se tornado “patronos” de Sterling, e o valor mensal que ele conseguiu superava os 6 mil dólares. Alguns dias depois, a campanha estabilizou, e até ao fechamento desta edição o total de patronos era de <x> e o valor total de <y>.
Jim Sterling, em ilustração que abre o programa “Jimquisition”
CAOS DESCRITO O Caos Descrito é um projeto que junta o cotidiano e arte, por meio da fotografia e a literatura. Podem conferir mais do trabalho do grupo no blog http://caosdescrito.wordpress.com
FIGA por Gustavo Bonin
Foto: Bruno Duarte Sampaio
“Pode oferecer man, quanto tu quer na câmera, troca pela boina? Não não, fica aqui comigo, só mais uma partida, aposta mais, essa sorte não tive, você ta blefando, perdi, perdi, perdi de novo, pode levar a boina e a jaqueta também, os barbudinhos de terno, toma a mochila e minha pistola de recompensa. Seis nove doze!!
APADRINHE UMA CRIANÇA
MUDE
UMA VIDA
Perdi! Não tenho mais roupa nenhuma bixo, você me depenou, esse vício tá foda!! Cê me empresta teu olho pra voltar pra casa!?”
mudeumavida.org.br
BRASIL QUE O BRASIL NÃO CONHECE Produção cultural ganha espaço na internet, mas ainda é para poucos
“Um dia eu ouvi um canto e sonhei: quem sabe um dia eu canto... daí eu cantei... Outro dia eu ouvi o tocar da caixa de madeira com cordas, também conhecida como violão, e passei a sonhar: quem sabe um dia serei eu a tocar... daí eu toquei... Hoje eu olho para frente e vejo outros alvos, outros focos, coisas “mais difíceis” do que antes. Todavia, continuo com o mesmo sentimento que um dia me fez alcançar coisas como cantar e tocar, aquilo que faz o coração bater mais forte, o núcleo do sujeito, o substantivo abstrato que nos faz sermos concretos: o SONHO! “Tudo o que um sonho precisa para ser realizado é alguém que acredite que ele possa ser realizado.” (Roberto Shinyashiki) Acredito que vou chegar, na luta, na garra, mas vou chegar!
Ao ler o texto a cima no facebook do artista Ivo Vargas, texto escrito pelo produtor Philipe Marques, constata-se os anseios, crescimento e amadurecimento do artista brasileiro perante as dificuldades encontradas no país na área cultural. A AC Digital inquieta com relação ao fato mandou mensagem na rede social do músico. Prontamente foi atendida. O objetivo era e é manter viva a discussão sobre o assunto. No decorrer de 19 edições da revista constatamos as dificuldades encon-
tradas e que a internet está sendo o principal meio de democratização de uma cultura que ficou às margens dos grandes veículos de massa. “No meu ponto de vista, o mercado independente (a contramão) da música é o caminho do artista moderno. A facilidade de se gravar um disco em casa, com as ferramentas que temos, num computador e a internet, que é o meio de divulgação mais democrático, fez com que esse mercado evoluísse. Com a decadência das gravadoras, esse mercado
se abriu como saída para os artistas, principalmente os que não se encaixam no padrão da grande mídia, que vive de uma cultura de massa, sem abrir as portas para arte verdadeira, inteligente e poética, capaz de fomentar as mentes, assim evoluindo o pensamento. Viver na contramão é viver em nichos, ou seja, não atinge a grande massa, não estabelece (com certas exceções) a fama, porém tem seu lugar marcado, sua casa onde os próprios artistas e público interagem e fazem intercâmbios se ajudando na divulgação do trabalho” desabafa Ivo Vargas.
Ivo Vargas Nascido em Cabo Frio- RJ, Ivo Vargas é compositor, instrumentista e cantor. Formado em canto po-
pular pela Escola Técnica Estadual Villa lobos - RJ, estudou arranjo e violão na Escola de Choro (EPM-RJ) e é graduado em música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio). Há 13 anos na estrada conclui: “Eu vejo que a internet é a tendência e a grande independência do artista, assim sendo a derrota da mídia unicamente manipuladora, que se enfraquece cada vez mais com o seu conteúdo geralmente descartável e apelativo”. Na edição 15 tivemos uma entrevista exclusiva com Thiago Pethit, cantor e compositor, e que tem pensamento similar ao do Ivo Vargas: “ Como um grande gigante em coma, respirando por aparelhos. O mercado fonográfico ainda detém a maior fatia do dinheiro do mercado, embora sejam poucas as gravadoras grandes. Para existirem, elas precisam cada vez mais de artistas de ‘massa’ que em geral, sendo bons ou ruins, por maior sucesso que façam só existem e lucram por um tempo determinado. São sucessos da temporada e logo desaparecem. Não creio que isso possa durar muito mais tempo. Na contramão, existe o que a gente pode entender como os artistas menores, mas que veem crescendo a medida que esse grande mercado esmorece. O mundo virtual possibilitou essa coexistência. E eu acredito que isso está avançando e alterando não apenas a parte comercial da indústria cultural, mas também a parte artística. Vem surgindo pelo mundo uma geração de artistas que cada vez mais entendem que além da capacidade de exercer suas criatividades, precisam também
assumir os rumos do próprio negócio e gerenciar as carreiras com criatividade. Se até os anos 2.000 um bom artista era aquele que fazia suas próprias composições, cantava bem, tinha bom desempenho ao vivo e era carismático, agora ele também será um melhor artista e com mais destaque se souber fazer seus próprios vídeos, suas próprias produções, e se souber negociar e pensar seus passos e rumos”.
Os artistas, produtores e empresár io visando o lucro na frente da mensagem que a arte transmite, eles visam o car ro que podem conseguir, visam a casa, as viagens e tudo mais que o ser famoso, o ter dinheiro representa” - declarou Philipe Marques.
Thiago Pethit “Hoje eu vejo os artistas perdendo a essência da arte e assumindo como apenas negócio e pela fama. Os produtores musicais são contratados a fim de fazerem algo comercial, algo que supostamente dará cer to. Digo supostamente porque já transitei como músico nesses caminhos e percebi o quanto a palavra comercial aparece mais do que a palavra musical e, no entanto não foi pra frente, não teve o fim esperado.
Philipe Marques Philipe Marques é empresário artístico, graduando em economia pela universidade Candido Mendes, com especialização em indústria da música pela University of Virginia. Atuou no mercado musical como professor e músico, acompanhando artistas como Sandra de Sá, Baby Consuelo, Claudio Zoli, D’Black, além de tocar na banda do baixis-
ta Arthur Maia. Ele finaliza: “ Ir ao contrário não significa não querer carro, casa e dinheiro. Apenas significa colocar a arte em primeiro lugar. Nesse caso a palavra comercial não entra em estúdio, no estúdio é só musical e artístico”. Se vou ganhar muito dinheiro com a minha arte, ótimo. O artista não pode perder a essência de suas ideias e identidades afim de supostamente atender a massa, ou porque não será comercial”.
Ian Ramil Na revista de número 18, o cantor e compositor Ian Ramil, quando perguntado sobre o que achava da produção artística atual ser tão vigorosa quanto as das décadas de 60 e 70 e a internet como principal responsável, responde: “Muita gente não tem mais saco pra essa babaquice de subcelebridades construídas, de entretenimento raso, mas de
qualquer maneira esse “muita gente” ainda é muito pouco. A grande maioria da população é massacrada diariamente por uma rotina doentia de superlotações e engarrafamentos e chega em casa cansada demais pra procurar musiquinha na internet. Ligam a tv e recebem o que a tv oferece: anestesia. Lá nos 60/70 a televisão não estava tão mercantilizada e gente como o Caetano podia ir lá transgredir costumes e paradigmas à vontade. Não vivi aquilo, mas tenho a impressão de que a arte chegava na massa e os questionamentos e a reflexão coletiva ainda aconteciam, hoje tenho a sensação de que tudo que se leva pra massa leva a não pensar. Vivemos numa época de fuga. Então, por mais que a produção cultural seja similar e o espaço que a internet abre seja salvador, o alcance que conseguimos não se compara ao que aquela geração teve com os canais de tv. E isso nos coloca muito distantes deles. O colunista da AC Digital, o escritor Carlos Augusto Pessoa de Brum, analisa as mídias sociais e fala que o dinamismo da rede dominou o mundo: “ Quando eu
Em última análise esse dinamismo da internet dominou o mundo e mudou todas as indústrias
escrevi meu primeiro livro a gente já tinha Orkut, mas ninguém acreditava muito que ele fosse ajudar a divulgação da produção artística. Lembro de ficar feliz quando um amigo meu criou uma comunidade do meu primeiro livro, e achei o máximo quando fechamos gloriosos 15 membros, mas foi só isso. Hoje em dia, porém, redes sociais mais dinâmicas e globais ajudam em muito a divulgação de seu trabalho, e acho que para o jovem artista elas são essenciais”- declara. “Em última análise esse dinamismo da internet dominou o mundo e mudou todas as indústrias. Se você perguntasse para um produtor de livros, música ou teatro dez anos atrás como o mercado estaria em uma década, ele responde-
ria de imediato, dizendo que estaria praticamente igual... Mas hoje em dia ninguém ousa prever o que vai acontecer daqui a dois ou três anos. Coisas como Napster, iTunes, Amazon e eBay tornaram essas previsões impossíveis. Isso é péssimo para as grandes empresas, mas é a melhor oportunidade da história da humanidade para os criadores de conteúdo criativo, porque agora o limite não é ditado pela tua editora ou pela tua gravadora, mas sim pelo alcance do teu talento e da tua dedicação” finaliza o escritor. A discussão sobre o tema não tem fim. A internet está aí e prova que basta olhar e constatar que existe uma produção cultural rica, produzida num pais continental chamado Brasil.
O escritor Carlos Augusto Brum em uma das suas oficinas
SEU CLIENTE É MÓVEL, SUA EMPRESA NÃO É? Com a crescente importância dos smartphones, ter a sua marca preparada para o ambiente mobile torna-se imprescindível A mudança para móvel foi proclamada muitas vezes ao longo dos últimos anos e poucos atenderam ao chamado. Na prática, há dois fatores que contribuem para o aumento significativo do uso de aparelhos móveis pelo consumidor: avanço tecnológico e usabilidade. Dê uma olhada em qualquer metrô, no aeroporto, ou mesmo em torno da mesa de reuniões no trabalho e você com certeza encontrará indivíduos colados aos smartphones. Conforme os provedores de internet melhoram as
redes e os gigantes de hardware continuam lançando novos dispositivos, cada vez mais os clientes poderão navegar na web através de smartphones e tablets em vez de computadores tradicionais. A tecnologia móvel está transformando os “esforços de marketing” de negócios, dando a oportunidade de interagir com os clientes em um nível mais pessoal. Sendo assim, grandes e pequenas empresas devem perceber a importância de ter um site móvel compatível. Hoje, muito mais pessoas
tores de busca, esse tipo de site atrai mais visitantes e com isso um melhor desempenho SEO (Search Engine Optimization), que nada mais é do que a otimização da página para ser melhor compreendida pelas ferramentas de busca. Notável vantagem Benefícios dos sites móveis Sites móveis compatíveis (ou res- tendo em vista o grande número de ponsivos) são projetados para melhorar sites disponíveis no mercado. Se você a experiência do usuário, ou seja, o site tem uma página responsiva sua emé fácil de ver e tem melhor desempe- presa está comunicando profissionanho em telefones e tablets compara- lismo ao público. Ganhando vantados com os normais. Visitantes móveis gem competitiva, pois os clientes vão são, geralmente, muito impacientes. Se obter informações com mais facilium site parece não trabalhar bem, eles dade que nos sites da concorrência. saem na hora. No projeto de um site Além do mais, você aproveita a opormobile-friendly (amigável para apare- tunidade para aumentar o alcance da lhos móveis) visitantes são incentivados sua marca, o que no marketing é chaa ficar e navegar. A partir desse ponto, mado de Branding Se você ainda não navega na Internet fica mais fácil convencer o internauta a comprar um produto ou utilizar um através de um tablete ou smartphoserviço oferecido pela empresa. Sites ne, em breve vai ficar para trás. Em um móveis tem melhor desempenho em futuro próximo, a maioria das pessoas buscadores, sinônimo de melhor atua- usará um telefone celular para navegar e isso já é realidade em alguns países. No ção contra a concorrência. Brasil os investimentos em publicidade móvel praticamente quadruplicaram os Site móvel. Por quê? Visando uma melhor experiência valores em dois anos, passando de 1,2% para o usuário, pois sites responsivos em 2012 para 4,1% em 2014. Significa são feitos para serem vistos também em que qualquer empresa que tenha pretelas menores – não necessariamente sença na internet agora deve fazer as de celulares, mas também de tablets – alterações necessárias para tornar o site e se adaptam aos dispositivos sem que amigável a qualquer plataforma. Se seu site ainda não ingressou na o usuário precise mexer na tela. Com esse conforto a mais as visitas se tor- nova era, os atuais visitantes podem nam mais longas. Afinal, qual a reação estar chegando a uma página que mais comum quando acessamos sites não aparece cor retamente. Isso que não carregam corretamente? Nós tor na difícil visualizar um número os deixamos. O carregamento rápido de telefone, um menu ou lista de das páginas é outra vantagem. Com o serviços deixando você para trás projeto mobile-friendly, você incenti- na cor r ida. va os visitantes a ficar e “consumir” o conteúdo disponível. Fonte: http://www.wsilocalmarketing. Com melhor performance nos mo- com.br/nossos-servicos/mobile/ acessam a internet de celulares e por isso é importante – ou imprescindível – que os sites ofereçam melhor experiência móvel que realmente atraia e retenha os clientes.
A VOLTA DE UM
GIGANTE Yahoo! firma novas parcerias e completa aquisições buscando retomar seu espaço Um dos nomes mais populares da história da Internet, o Yahoo, tem aparecido com frequência nos noticiários durante os últimos meses. Após ter “desaparecido” do mapa durante um período, a empresa norte-america-
na parece estar apostando forte, sob o comando da CEO Marissa Meyer, de forma a voltar a ocupar uma posição de destaque na web. A tacada da vez fica por conta de uma nova parceria firmada com o grupo Mozilla, criadores do
Firefox, um dos browsers mais utilizados do mundo. No último dia 20 de novembro representantes de ambas as empresas assinaram um contrato, válido pelos próximos cinco anos, que torna o Yahoo o “buscador” oficial do Firefox, substituindo assim o Google. Na prática, isto significa que tanto a barra de pesquisa, localizada no canto superior direito, como as pesquisas feitas diretamente pela barra de endereço do programa irão dar destaque ao Yahoo, redirecionando consultas feitas para o buscador da empresa. O acordo terá a validade de cinco anos e não teve os seus valores financeiros divulgados, mas se encaixa dentro de uma nova tendência seguida pela Mozilla, que até ao último ano tinha
o Google como buscador padrão em todo o mundo, mas em 2014 passou a explorar parcerias locais, como o Yandex, na Rússia, e o Baidu, na China. Segundo dados divulgados pelo comScore, oYahoo, presentemente, possui apenas 10% do mercado de buscas nos Estados Unidos, um número muito reduzido
“Esta é a mais importante parceria firmada pelo Yahoo! nos últimos 5 anos”
quando comparado aos seus competidores diretos. O Bing, da Microsoft, conta com 20%, e o Google, todo poderoso do segmento, abocanha uma fatia de 67% do mercado. Para a visão de Marissa Mayer, este acordo irá ajudar o Yahoo a aumentar a sua participação no mercado, sendo, nas palavras da própria CEO em um comunicado emitido, “uma das melhores oportunidades, e a mais importante parceria firmada pelo Yahoo nos últimos 5 anos”. Para se ter uma ideia do que isto significa, estima-se que usuários do Firefox efetuem mais de 100 bilhões de pesquisas por ano. Boa parte destas é feita da maneira mais rápida, sem acessar uma página particular de um buscador como o Google. Aquisições
Desde que assumiu o controle da empresa, em julho de 2012, Mayer completou diversas outras compras. A mais relevante de todas foi certamente o serviço de blogs “Tumblr”, que cus-
tou aos cofres da empresa o montante de 1,1 bilhões de dólares. Na altura, o que tem sido praxe na face de compras como estas, os fãs do Tumblr utilizaram as redes sociais para protestar, por estarem descontentes e temerosos com o rumo que o serviço iria seguir. Para tal, foi até mesmo criada uma petição com mais de 170 mil assinaturas. Porém, a compra foi finalizada e, traindo as piores previsões de muitos, o Tumblr mantém, aos olhos do público, o seu serviço bastante independente, tendo até mesmo continuado com o CEO David Karp a comandar as operações. Também no início de novembro, o Yahoo fechou um negócio avaliado em 640 milhões para adquirir a empresa de vídeos publicitários “BrightRoll”. Este movimento, aliado a algumas informações de que a empresa estaria tentando lançar um serviço que batesse de frente com o YouTube, parece indicar que a empresa também quer investir no mercado de vídeos, um dos mais importantes no cenário atual da web.
OPINIÃO ESPECIALISTA Wander Fernandes - Consultor MKT da empresa Logan Web O Yahoo está, aos poucos, adotando a linha “tudo-em-um” de serviços - estratégia abordada há anos pelo Google, e já vem sendo seguida pela Microsoft, com os serviços Windows 8 + Office + OneDrive, seja o desktop ou dispositivos móveis. A ideia central desta estratégia é cercar o usuário com a maior gama de ofertas possíveis, para que ele possa ter suas necessidades atendidas por um mesmo fornecedor. Para exemplificar, se você possui um desktop com Windows 8 e acaba de adquirir um celular com o mesmo sistema, é muito provável que usará o OneDrive para armazenar seus arquivos. Se utiliza o Gmail, o Google Drive será sua escolha certa. Se utiliza o firefox, as chances de utilizar o Yahoo aumentarão consideravelmente. Vale lembrar que a relevância maior atualmente oferecida pelo Yahoo está no conteúdo, e as principais aquisições recentes refletem este foco. Sem dúvidas, esta nova investida aumenta o tráfego atraindo novos usuários e aumentando a possibilidade de permanência daqueles que já utilizavam o Yahoo.
O VALOR DAS
RE DE S S OC I A IS Pesquisa efetuada pelo grupo Forrester questiona valor das redes sociais para marcas Um estudo elaborado pela consultoria Forrester Research, divulgado no último mês pelo Estadão, traz alguns pontos muito interessantes para donos de negócios. De acordo com o mesmo, redes sociais como o Facebook podem não ser os lugares ideais para as marcas interagirem com seus clientes, uma vez que, cada vez mais, existe uma tendência de redução do alcance dos posts promocionais, visando forçar as companhias a investirem dinheiro em pu-
blicações patrocinadas. O relatório, intitulado de “Estratégias de Relações Sociais que Funcionam”, foi disponibilizado no seguimento de novo anúncio do Facebook, que avisa que estará diminuindo a visibilidade de posts “promocionais”. A razão apresentada pela empresa é que os seus usuários querem que o seu feed de notícias seja um espaço para troca de experiências com os seus amigos, e não com marcas e produtos.
Em números publicados anteriormente, o Forrester já havia divulgado que, na média, menos de 1% dos fãs de grandes marcas interagem com as mesmas no Facebook. No blog de um dos autores, Nate Elliot, o mesmo chegou a afirmar categoricamente que era ‘evidente que o Facebook e o Twitter não ofereciam relações de marketing que os executivos precisam’. Ainda de acordo com Nate, no último mês de fevereiro a agência Ogilvy havia relatado que posts de grandes marcas no Facebook atingiam apenas um total de 2% dos seus fãs, e este dado vem caindo cerca de 0,5% ao mês. Como alternativa, a solução proposta seria uma retomada da comunicação por e-mail, o popular e-mail marketing, que, segundo Elliot, possui uma taxa de entrega superior a 90% dos destinatários. Um outro exemplo dado pelo estudo sugere que as empresas busquem investir em seus sites promocionais, também. Para tal, foi explanado o site “Greatness Awaits”, da Sony, que foi criado para agregar postagens feitas por
fãs sobre o novo videogame da marca, o Playstation 4. Esta medida, aliada a uma comunicação efetiva que por diversas vezes falou diretamente ao consumidor acabou por fazer com que o PS4 obtesse a liderança no segmento em 2013, com a página totalizando mais de 4,5 milhões de acessos. Porém, nem tudo é desesperador. O ForresterResearch pondera, também, que nem todas as redes sociais são uma perda de tempo. O relatório tinha uma visão mais positiva sobre o Instagram e o Pinterest, afirmando que o engajamento com as marcas nessas plataformas é bastante maior, chegando a atingir números 58 vezes superiores aos do Facebook. No Twitter, então, o engajamento pode chegar a ser até 120 vezes maior. Questionado sobre este posicionamento, o diretor da agência “PorQueNão?” , Vinícius Porto, disse ao Estadão que acha que a colocação talvez seja exagerada: “O que os gestores de marca não entendem é que estar no mundo digital exige uma nova postura. O consumidor quer uma marca que seja parceira e não que só fale sobre si mesma”.
#CURTAS Madrugames Para quem é fã de games, uma boa notícia: a Rede Globo passa a exibir o programa “Madrugames”. A atração só conta com 15 minutos de duração, mas é a primeira tentativa da Globo de mergulhar nesse mercado que vem crescendo a um ritmo acelerado. Visite a página do programa em http://g1.globo.com/ tecnologia/games/madrugames/index.html
PSY bate novo recorde no YouTube O blog oficial do YouTube encheu a bola do cantor sul-coreano PSY.Após alcançar a incrível marca de 2,147,483,647 visualizações na sua música “Gangnam Style”, oYouTube precisou rever o código da sua página. O motivo é que esse era o número máximo permitido pelo sistema 32-bit, e o contador simplesmente parou de registrar novos views. Na postagem, o site de vídeos congratula PSY, dizendo nunca ter imaginado que algum vídeo atingiria essa distinção.
CRÔNICA
CARLOS AUGUSTO BRUM
Dialética
Rolou no Confira alguns dos assuntos em voga na rede social
Chaves
Protágoras foi um filósofo grego que pensava, como todo bom filósofo (e como todo bom grego, imagino). A tradição da filosofia grega que sobreviveu foi a de Sócrates, Platão e Aristóteles, fazendo Protágoras & Companhia Limitada serem lembrados como “Sofistas” que praticaram “sofismas”, ou seja: mentiras, falsidades e distorções baseadas em um discurso retórico de convencimento vazio sem a menor base na realidade (favor não confundir “sofistas” com “políticos”). O grande divisor de águas era que os “bons” filósofos ensinavam de graça, enquanto os sofistas ousavam cobrar pelo seu trabalho. Talvez os sofistas não fossem tão ruins assim, talvez eles só fossem adversários de quem contaria a história depois, mas, de qualquer maneira, Protágoras nos deixou uma frase contundente: “o homem é a medida de todas as coisas, das coisas que são, enquanto são, e das coisas que não são, enquanto não são”. Com o passar dos anos, porém, a frase mostrou-se explicitamente falsa: o homem não é a medida de todas as coisas. O homem é uma classe muito confusa e cheia de conflitos, e é difícil usá-lo para medir alguma coisa. A versão correta da frase, descoberta e confirmada recentemente, é: Eu sou a medida de todas as coisas. Como a humanidade bem sabe, todas as minhas escolhas são absolutamente perfeitas. Eu não preciso saber da opinião de mais ninguém, porque meu individualismo já me justifica e me valida. Quem trabalha menos do que eu é vagabundo e preguiçoso; quem trabalha mais é workaholic e não se importa com a família. Quem faz mais festa do que eu é boêmio e esbanjador; quem faz menos é monótono e carrancudo. Quem é mais libertário do que eu está seguindo moda; quem é mais conservador é coxinha. Quem espera mais políticas sociais do governo do que eu é um comunista ingênuo que não entende as leis de mercado; quem deseja maior liberdade econômica é um porco capitalista desprovido de empatia e compaixão. Quem está mais satisfeito do que eu com a sociedade é conivente e conformado; quem está mais insatisfeito é revolucionário de mentirinha que só fala e não faz nada. E, por último, quem entende ironia menos do que provavelmente está estranhando o texto até aqui. A questão exposta, claro, é que aplicar as próprias crenças como paradigma exclusivo das opiniões é o refúgio da intolerância e a morte do diálogo. A retórica defendida pelos sofistas é empregada em grande escala hoje em dia, sem nenhum Sócrates, Platão ou Aristóteles para nos defender. Os discursos de ostentação da mentira nos cercam, guiados pela ausência de argumentação e abrigados nas ofensas pessoais e na difamação. A alternativa proposta pelos bons filósofos gregos, a saudosa dialética, encontra-se dormente e moribunda, sem grande uso nos dias de afirmações enlatadas em uma manchete simples e maniqueísta. Um brinde à esperança: a dialética está morta, longa vida à dialética.
Contatos: carlosaugusto52@gmail.com | facebook.com/br1editores
A morte do diretor e ator Roberto Bolaños, mais conhecido por seus papéis como o Chapolim Colorado e Chaves, também foi assunto no LinkedIn. No grupo “O Melhor do Marketing”, um post discute uma iniciativa tomada do SBT no seguimento da morte de Bolaños. A emissora de Silvio Santos montou uma réplica do cenário da “vila do Chaves”, onde as histórias da série se passavam, e está realizando uma exposição gratuita em São Paulo.. A atração está no Memorial da América Latina, onde irá permanecer até ao dia 7 de dezembro. Vale a pena conferir!
Webinar Também no “O Melhor do marketing”, divulgação de um seminário na web gratuito. O tema da aula será “5 motivos pelos quais sua empresa não está produzindo bom conteúdo”. A inscrição para o seminário pode ser feita em: http://www.omelhordomarketing.com.br/ webinar-gratuito-5-motivos-que-a-sua-empresa-nao-esta-produzindoum-bom-conteudo/
Só conheço uma liberdade, e essa é a liberdade do pensamento. - Antoine de Saint-Exupéry
BOAS FESTAS
Foto: Graça Matos