Desdobrável do espetáculo em Vila Nova de Paiva em 26/07/2014

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criação

coprodução musical

parceria

© Fundação José Saramago

Ficha Artística e Técnica Texto criado a partir da adaptação livre do conto de José Saramago “A Viagem do Elefante” Adaptação dramatúrgica e encenação: José Rui Martins e Pompeu José Assistência de encenação: Ilda Teixeira e Sandra Santos Criação e direção musical: Luis Pastor Arranjos musicais: “A Cor da Língua ACERT” e Luis Pastor Cenografia e desenho gráfico: Zétavares Escultura de cena: Nico Nubiola Atores do Trigo Limpo Teatro ACERT: António Rebelo, Hugo Gonzalez, Ilda Teixeira, João Silva, José Rui Martins, Pedro Sousa, Pompeu José e Sandra Santos Músicos: Carlos Peninha ou André Cardoso, Lourdes Guerra, Luísa Vieira, Lydia Pinho, Miguel Cardoso ou Carlos Borges, Rui Lúcio ou Flávio Martins Direção de produção: Miguel Torres Mecanismos cénicos e técnico de som: Luís Viegas Desenho e operação de luz: Paulo Neto Condução de engenho cénico: Filipe de Jesus Engenharia mecânica: David Pinheiro com apoio do Departamento de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial do Instituto Politécnico de ViseuEscola Superior de Tecnologia Ajudantes de cenografia: Xus Góngora, Adriana Ventura e Cláudio Lima Figurinos: Rafaela Mapril Assistente de figurinos: José Abrantes Costureiras: Sandra Rodrigues, Pesponto Moderno, Alice Martins e Fernanda Abrantes Contra-regra: Adriana Ventura e António Gonçalves Serralharia: Jorge Almeida e Rui Ribeiro Carpintaria de cena: Carmoserra Equipamento de som e luz: Stageland

Agradecimentos na construção: Gialmar, Tojaltec, Alumetal Sanchez, IPV, Transportes Fernando Pinheiro, Bombeiros Voluntários de Tondela, Multifusivel, Promotujau, Tondagro, Engenheiros Ângela Neves e José Salgueiro Marques Laboratório de interpretação: Alberto Gonçalves, Alexandra Monteiro, Ana Galamba, Ana Margarida André, Daniel Nunes, Eva Marques, Gustavo Marques, Jorge Martins, Jorge Nascimento, Luís Henriques, Márcia Leite, Margarida Quintal, Margarida Carvalho, Margarida Oliveira, Maria Helena Figueiredo, Nelson Dias, Paulo Matos, Rosa Simão, Samuel de Almeida, Susana Alves, Tatiana Duarte, Vanessa Santos e Vera Ermida. … todos os voluntários que connosco construíram este espetáculo. Agradecimento especial: Câmara Municipal de Tondela, Grupo de Concertinas Terras do Demo, Junta de Freguesia de Pendilhe, Junta de Freguesia de Queiriga, Junta de Freguesia de Touro, Junta de Freguesia de Vila Cova à Coelheira e União de Freguesias Vila Nova de Paiva, Alhais e Fráguas;. participantes em Vila Nova de Paiva Um agradecimento afetuoso a todos os participantes que em Vila Nova de Paiva contribuíram com seu talento e generosidade para tornar o espetáculo um momento único e mágico: Adelaide Sebastião, Adelina Carvalho, Adelina Reis, Agueda Vougo, Alcídia Jesus, Ana Lages, Araújo Teles, Bárbara Ferreira, Beatriz Silva , Carmen Nunes, Cidália Lisboa, Clara Teles, Edite, Edna Afonso, Emília Alves, Ernestina Seixas, Fernanda Loureiro, Fernanda Sousa, Inês Lopes, Joana Teles, João Lopes, João Santos, João Silva, Jorge Sousa, Lucas Rebelo, Luis Silva, Manuel Ferreira, Maria Afonso, Maria Alcina Ferreira, Maria Andrade, Maria Basílio, Maria Freire, Maria José Ferreira, Maria Mota, Maria Odália Ferreira, Maria Ramos, Maria Sá, Maria Tupete, Marina Pinto, Miguel Almeida, Olinda Dias, Rosa Capela e Soraia Reis.

Estreado a 29 junho de 2013, em Figueira de Castelo Rodrigo

Promotor

Duração 90 minutos; Classif. M/6 anos

Pirotecnia: Pirotécnica do Dão Album gráfico ‘A Viagem do Elefante por Viseu Dão Lafões’: Carlos Teles, Ricardo Chaves, Ricardo Viel e Sara Figueiredo Costa

O Trigo Limpo é uma estrutura financiada poR

APOIO

Vídeo: Rui Sérgio Henriques Assistente de produção: Rui Coimbra Secretariado: Marta Costa e Rui Vale Produção: Trigo Limpo Teatro ACERT Trigo Limpo teatro ACERT R. Dr Ricardo Mota, 3460-613 Tondela / TeL 232 814 400

Em 2014 o Trigo Limpo teatro ACERT trilha Viseu Dão Lafões, celebrando os seus territórios e gentes. Pegadas sentimentais e literárias da vida de um criador de livros e de sonhos: José Saramago.


Sempre chegamos ao sítio aonde nos esperam José Saramago, A Viagem do Elefante

José Saramago contou-nos a viagem de um elefante que, após a remota expedição que o trouxe, no século XVI, da Índia quando reinava D. João III, partiu de Lisboa numa longa caminhada até à sua triste morte na Áustria. O elefante Salomão entranhou-se nos nossos sonhos e deu-nos carícias de uma humanidade singular. José Saramago semeava em nós o prazer duma aventura imaginosa e arrojada na adaptação teatral da sua penúltima obra literária. Limitámonos a seguir um seu desejo: “As pessoas não escolhem os sonhos que têm, São, pois, os sonhos que escolhem as pessoas”. Foi assim que o Trigo Limpo teatro ACERT fez renascer Salomão em Tondela, mais de 500 anos depois. Agigantar tão distinto paquiderme foi um justo merecimento. O grupo aventurou-se a dar vida teatral a uma bela metáfora sobre a vida humana, concebendo um espetáculo distintivo no seu historial de 38 anos. Impunha-se percorrer as localidades portuguesas do último percurso sonhado por José Saramago. “A 18 de Junho de 2009, precisamente um ano antes do dia em que ia morrer, José Saramago estava em Figueira de Castelo Rodrigo, o ponto final de um roteiro cultural [O Caminho de Salomão] que acabava de inaugurar para conhecer por outras perspetivas o país que trazia no coração”.1 Continuá-lo foi um imperativo. O Trigo Limpo teatro ACERT iniciou, em 2013, uma digressão por várias localidades portuguesas e de Espanha. Habitou mais de 60 dias nos destinos onde ocorreram os espetáculos. Andarilhou por um roteiro que privilegiou o interior do país, tendo por companhia cerca de vinte mil espectadores. Nos vários portos onde o espetáculo ancorou, partilhou paixões

1 www.ocaminhodesalomao.com

e energias contagiantes de cerca de mil intervenientes locais (atores, músicos, organizadores e população), numa viagem de celebrações teatrais comunitárias.

Em 2014, um novo roteiro será palmilhado, tendo como promotora a Comunidade Intermunicipal Viseu Dão Lafões que aceitou este desafio de braços abertos,enquadrando a digressão no projeto ‘Melhorar e integrar a oferta cultural e calendário de eventos’. De malas aviadas, os ACERTinos irão continuar a viver esta segunda expedição duma aventura comunitária emocionante e criativamente encantadora. Um círculo de afinidades partilhadas em que as populações irão continuar a ser protagonistas e não só espectadores. Viventes além de videntes. Entre 24 de Maio e 27 de Setembro, são cerca de quatro meses de partilha humana com as populações, onde este projeto teatral comunitário valorizará as pessoas, enfatizando as suas identidades e a sua forma de bem receber. Um projeto que através da circulação de um objeto artístico — verdadeiro ‘cidadão de Viseu Dão Lafões’ — se propõe valorizar a identidade de um território. Uma identidade única e diversa, de um território tão rico de gente boa e bonita. ‘A Viagem do Elefante’ retribuirá, em cada localidade, a matriz dum caminho de lembranças onde o nosso escritor “se emocionou vendo o caminhar da história e não a sua decadência, (…) os nomes das pessoas que as habitam, os sonhos que os motivam a viver humanamente num lugar feito à medida humana”.

com as gentes de Vila Nova de Paiva, o elefante Salomão compartilha artisticamente a sua história e disfruta do paraíso ecológico. Ao longo de uma semana, os ensaios ganharam as ruas, as praças e os edifícios dos moradores. Cada noite foi motivo de encontro para a preparação entusiasta e rigorosa. O espetáculo transbordará da entrega generosa, da interajuda e das paixões de um coletivo. Deu-se vida ao pensamento tão gentilmente transmitido por José Saramago:

NO INTERIOR DE CADA PAÍS ESTÁ O SEU DESTINO2 Guiados por sonhos, abraçamos as afeições expressas por Pilar del Río para este espetáculo: “É preciso recomeçar a viagem. Sempre. O viajante volta já». Assim o prometeu José Saramago quando terminou Viagem a Portugal, um livro, uma opção de vida e um levantamento monumental do país que o viu nascer e que, como a um corpo amado, percorreu uma e mil vezes, até pouco antes de morrer, quando sonhou o Caminho de Salomão.
 E estamos na rota. Com um elefante tão grande como os sonhos de Saramago, com o mesmo ânimo e a mesma paixão porque para suster o mundo são necessários projetos que nos mostrem humanos e criadores, artífices de uma vida diferente daquela a que nos querem prender como se fosse uma condenação.
 O elefante, a sua gente, os seus fazedores e amigos salvar-nos-ão do tédio da desumanidade e fá-lo-ão com os melhores instrumentos: abrindo caminho com música e literatura, com palavras, com a imprescindível colaboração e a necessária amizade. (…)

FISICAMENTE, HABITAMOS UM ESPAÇO, MAS, SENTIMENTALMENTE, SOMOS HABITADOS POR UMA MEMÓRIA… 3 TRIGO LIMPO teatro ACERT Vila Nova de Paiva, Julho 2014

2 José Saramago nas Suas Palavras, “Saramago: ‘Los políticos no saben Historia”, in ABC, Madrid, 13 de Maio de 1995 3 José Saramago, Palavras para uma cidade

Fotografias de Ricardo Chaves no espetáculo ‘A Viagem do Elefante’ no Caramulo a 12 de julho de 2014


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