Diz aí 46

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Podem surgir por diversos motivos: como forma de demonstrar carinho ou apenas para irritar. Todo mundo tem um apelido, porém alguns são mais que o diminutivo do nome de batismo e, nem sempre, faz sentido na primeira vez que é dito. Por exemplo: tem o Sério que é extrovertido, o Japa que não é oriental, a Gorda que é magra, o Anão que mede 1 metro e 80 centímetros, e tantos outros. Apelido é uma coisa que não falta, ainda mais entre os jovens do curso de Comunicação Social da Universi-

dade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Alguns deles surgiram nos primeiros dias de faculdade, outros já existem há mais tempo. Há quem tenha mais de um e outros que quase esquecem seu próprio nome. Mas todos eles têm histórias engraçadas e um tanto curiosas, que merecem ser contadas. É isso que o DizAí procurou abordar nesta edição. Alguns destes muitos apelidos estão aqui, com um pouco da história de como surgiram e o porquê de agora fazer parte da identidade destes acadêmicos.

Criatividade

comunicador

de

começa pelo

Apelido Sério

O apelido Sério surgiu no trote da faculdade quando fui me apresentar e dizer o nome da cidade de onde vim, Sério, aqui no Rio Grande do Sul. Os veteranos e calouros que participaram da recepção adotaram o apelido, e até hoje ainda me chamam assim. É bem raro as pessoas me conhecerem pelo nome e acho que o apelido pegou bem mais por eu não ser nada sério.

Gabriel Henrique Sartori

21 anos, 5º semestre de Produção em Mídia Audiovisual

Jesus

No dia do trote quando fui me apresentar, logo de cara me apelidaram de Jesus pela minha aparência, cabelo e barba compridos. No início as pessoas faziam piadinhas do tipo: “Quando vai fazer a água do bebedouro virar vinho?”, “Multiplica os sanduíches”, e por aí vai.

Robson Vladimir Ebert

Japa

Na escola, há um tempo, levei o CD do CPM22 para a aula e uma colega disse que eu era parecido com o baterista da banda, o Japinha. Como todos meus amigos na época tinham apelidos e eu não, acabei adotando o meu como Japinha e logo depois Japa. Hoje só me chamam pelo nome os amigos antigos e bem próximos.

Maikel Linhares de Oliveira 25 anos, 3º semestre de Publicidade e Propaganda

Muttley

Ganhei o apelido de Muttley na aula de Leitura e Produção de Textos I no 1º semestre, da minha ex-colega. Sempre que eu ria colocava a mão na frente e o riso saía abafado, igual ao Muttley do desenho, então acabou se encaixando. Aceitei o apelido numa boa e até coloquei como “nome” no Twitter, mas são raras as pessoas que me chamam assim. Se eu não tivesse gostado, talvez o pessoal me chamasse muito mais pelo apelido.

Mateus Camargo de Souza 21 anos, 3º semestre de Jornalismo

Nescal

A história do meu apelido é meio confusa, mas o recebi no 1º semestre da faculdade. Eu mudava meu nome no Facebook e Twitter e colocava apelidos de cunho racista para brincar com os colegas de trabalho. Só que em certo momento esqueci de tirar do Facebook – que tinha ficado como Nescal (é assim mesmo a grafia) e, então, o Alisson Hentges viu e me chamou no meio da aula assim. Sou conhecido por esse apelido só na faculdade e por poucos amigos.

Whellinton Rocha

19 anos, 3º semestre de Publicidade e Propaganda

Gorda

Desde pequena eu sempre fui boa de garfo e “rechonchudinha”, mas nada que justificasse o apelido de Gorda. Este adjetivo carinhoso surgiu graças à minha irmã, que se aproveitou do fato de ser magra e esbelta para tirar sarro da minha cara. Mas o apelido ganhou vida mesmo quando minhas amigas me ligavam e era minha irmã quem atendia, ela me chamava gritando: Oh sua Gorda! É pra você. Eu pegava o fone e já escutava os risos do outro lado da linha. O que eu acho estranho é que o apelido “pegou”, mesmo eu não me importando de ser chamada de Gorda, eu até gosto, pois meu apelido virou minha marca registrada.

Simoni Helfer

26 anos, 8º semestre Produção em Mídia Audiovisual

Expediente: Texto: Eduarda Pavanatto, Andressa Bandeira, Eduarda Silveira e Mônica Cruz. Editoração: Viviane Moura. Coordenador: Hélio Etges

21 anos, 5º semestre de Produção em Mídia Audiovisual


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