18º Festival Brasileiro de Cinema Universitário abre inscrições para Mostra Competitiva Por Eduardo Finkler 03/04/2013 Estão abertas as inscrições para a Mostra Competitiva Nacional de Curtas Metragens, no 18º Festival Brasileiro de Cinema Universitário, que acontece no Rio de Janeiro de 12 a 18 de agosto. Na Mostra, podem ser inscritos curtas realizados por estudantes ou escolas que ensinem técnicas e liguagens audiovisuais.
Os trabalhos devem ter até 30 minutos e ter sido finalizados a partir de 2011. A direção e pelo menos 3 titularidades de outras funções técnicas precisam ser ocupadas exclusivamente por universitários ou estudantes de escolas de cinema/audiovisual brasileiras. inscrições podem ser efetuadas através do site www.fbcu.com.br, até dia 26 de abril. Mais informações podem ser obtidas através do e-mail competitiva@fbcu.com.br ou pelos telefones (21) 9871 9221 e 2618 4755.
"A gente não pode viver de passado", diz Carlos Wagner Por Luiza Adorna 29/04/2013 Jornalista premiado e repórter especial da Zero Hora, Carlos Wagner palestrou hoje, 29, para os acadêmicos da disciplina de Técnicas de Reportagem, ministrada pela professora Cristiane Lindemann, na sala 101 da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). Em entrevista à A4, Wagner falou sobre sua formação profissional, checagem de informação e formas de ensino. Luiza Adorna: Qual a importância da Zero Hora na sua formação profissional, já que iniciou sua carreira lá, logo após formado? Carlos Wagner: Na Zero Hora, tive oportunidade de ter meu trabalho valorizado. Eu tive apoio e o meu salário sempre foi reajustado de acordo com meu avanço profissional, com base nos prêmios que eu ganhei e nos livros que escrevi. O importante é o seguinte: eu compreendi, dentro de uma grande empresa, que tu deves ser especialista em um assunto. Profissionalmente, precisa ser reconhecido por alguma coisa. Me especializei em questões de movimentos sociais e conflitos de fronteira. L.A: Muitos te consideram um "devorador de caminhos", por andar muito para confirmar dados. Na era da Internet, de que forma salienta a importância da checagem de opinião? C.W: A checagem da informação, mesmo na época do telégrafo, é importante. Toda época tecnológica traz seus benefícios e armadilhas, para exatidão da informação. Hoje, por exemplo, na era da Internet, a gente relaxou muito. Relaxamos no sentido de achar que toda informação da web é verdadeira. Vou contar um pequeno caso. Em 1989, teve uma ocupação de terra em Bagé. Na época, os jornais informaram que estava vindo um ônibus guerrilheiro da Nicarágua para Bagé. Eu disse para a Zero hora que não podíamos colocar isso no jornal, pois era informação falsa. Outros jornais colocaram. E assim vai. Um jornalista coloca, o outro copia. O que eu estou querendo dizer é que a implantação de notícias falsas é uma realidade. L.A: Com toda sua trajetória jornalística, qual reportagem mais te marcou? C.W: A próxima (risos). A gente não pode viver de passado. Eu, com 63 anos, mais de 30 de redação, não posso me prender. Fez a matéria, publicou, acabou. Tu tens a próxima matéria, essa é a mais importante da tua vida. L.A: Em termos acadêmicos, todos sabem que o importante é aliar teoria e prática, mas, pra ti, qual é a principal forma de ensino? C.W: Há uma questão básica quando tu decides fazer Jornalismo ou a ser engenheiro, médico, ou cozinheiro: tu tens que gostar. O resto são técnicas. Se tu gostas, tu vais correr atrás e usar bem a academia. O ingrediente básico é gostar do que se faz.
Foto: Andressa Bandeira
Escolhidos patrono e escritor homenageado da Feira do Livro Por Mônica Leal 26/04/2013 De 6 a 15 de setembro será realizado uma das maiores feiras do interior do Rio Grande do Sul, a 26ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul. Em uma coletiva de imprensa, hoje, 25, a Gerente do Serviço Social do Comércio (SESC), Roberta Correa Pereira anunciou a temática escolhida para este ano que será "Ler apaixona". Ela diz que "o tema foi escolhido por que se acredita muito nisso,de que ler é apaixonante. E queremos trabalhar com quadrinhos, cinema , teatro, música, gastronomia, todos os elementos que tem a paixão."E salienta que o tema norteia a programação e a identidade visual do evento, identidade que está sendo feita pelo professor Rudinei Kopp. Um dos momentos mais esperado era a divulgação do Patrono escolhido para a 26ª Feira do Livro, que neste ano será o poeta Affonso Romano de Sant'Ana. Roberta destaca que essa participação tem um peso grande em termos de qualidade literária, e salienta que a escolha teve alguns critérios que não podem ser deixados de lado, como agenda e disponibilidade de quem é convidado e orçamento. "O Affonso recebeu nosso convite com muita alegria e honra. A escolha por ele foi unânime" diz Roberta. Affonso Romano de Sant'Ana, nasceu em Belo Horizonte e desde os anos 60 teve participação ativa nos movimentos que transformaram a poesia brasileira, interagindo com os grupos de vanguarda e construindo sua própria linguagem e trajetória. Tem mais de 40 livros publicados, e lançará mais um na Feira. Se destaca como teórico,poeta, cronista, professor, administrador cultural, jornalista e professor em diversas universidades brasileiras como, Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), PUC/RJ, UFRJ E UFF. No exterior lecionou nas Universidades da Califórinia (UCLA), Koln (Alemanha), Aixen-Provence (França). O poeta recebeu bolsas de estudo e pesquisa em diversos países, de fundações internacionais como: a Ford Foudation, Guggenhein, Gulbenkian e DAAD da Alemanha. Como poeta e cronista foi considerado pela revista "Imprensa", em 1990, um dos dez jornalistas que mais influenciam a opinião de seu país. Nos anos 70 dirigindo o departamento de Letras e Artes, PUC/RJ, estruturou a pós-graduação em literatura brasileira no Brasil, considerada uma das melhores no país. Durante sua gestão, pela primeira vez no país a literatura infanto-juvenil passou a ser estudada na universidade e a ser tema de teses de pós-graduação e foi autor de trabalhos pioneiros sobre a música popular. Como jornalista trabalhou nos principais jornais e revistas do país: Jornal do Brasil, Senhor, Veja, Isto É e foi colaborador do jornal O Estado de S. Paulo. Criou o Sistema Nacional de Bibliotecas, que reúne 3.000 instituições e o Programa de Promoção de Leitura (PROLER). Sua obra tem sido objeto de teses de mestrado e doutorado no Brasil e Exterior. Recebeu algumas das principais comendas brasileiras como Ordem Rio Branco, Medalha Tiradentes, Medalaha da Inconfidência e Medalha Santos Dummont. É casado com a escritora Marina Colassanti. Outro lançamento aguardado é de mais um livro do Escritor Homenagado da 26ª Feira do Livro de Santa Cruz do Sul, Mauro Klafke. Professor estadual, com graduação em
geografia e mestrado, é um grande nome da poesia no Vale do Rio Pardo. Tem publicados os seguintes livros: Baixo Relevo, Nordeste para salmos de viola, Fábula americana, O sino & o galo, Não é proibido pisar na grama, Invençao de Santa Cruz e Canções de um certo cotidiano. Roberta destaca que a Feira terá uma programação para toda a família e lembra que o evento terá um diferencial em sua edição de 2013, que é a realização de abertura em uma sexta-feira a noite, o que não aconteceu nas edições anteriores em que era realizado no sábado de manhã.
Foto: Angelita Borges
Jornalista gaúcho conquista São Paulo Por Nicole Rieger 01/04/2013 Lucas Nobre, jornalista gaúcho formado na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) em 2008, trabalha numa startup chamada Kekanto ( br.kekanto.com ). Trata-se de uma rede social na qual as pessoas escrevem recomendações dos melhores restaurantes, hotéis, pousadas, bares e baladas de São Paulo. A rede criada no Brasil, espalhada por mais de 10 países, foi fundada por estudantes da USP que o convidaram para ser assessor de imprensa. “Eles me conheceram e ofereceram que eu me mudasse do Rio Grande do Sul para São Paulo trabalhar com eles. Comecei um trabalho sozinho como um simples assessor de imprensa e agora sou chefe da área de Relações Públicas do Kekanto, onde comando equipe e tenho poderes de diretoria”, conta o assessor. Para Lucas, a razão que o levou a derivar ao campo em que ele trabalha hoje é simples: “Nenhuma outra experiência que tive me despertou mais paixão, mais entusiasmo e mais sangue nos olhos do que a assessoria de imprensa, a comunicação corporativa, muito mais do que redação, televisão e, até mesmo, roteiros de telenovelas. Sabe aquele dia que você acorda sorrindo, pois está indo trabalhar? É nesse estado que eu estou”, diz ele. “Por muito tempo, era uma profissão considerada marginalizada na área do Jornalismo. Dizia-se até que era necessário ter tralhado em redação de jornal, revista, rádio ou jornal para ser um bom assessor. Hoje isso é passado. Já vejo gente saindo da universidade, focado em trabalhar direto nisso. Acho isso muito legal. É a profissão que mais emprega, mas ainda há falta de bons profissionais e que gostem de fazer essa atividade.” Coautor Aliado ao trabalho de assessor de imprensa, Lucas Nobre, recebeu outro convite. Desta vez foi para ser um dos coautores da biografia “Neusinha Brizola no País das Mintchuras”, em parceria com o escritor Fábio Fabrício Fabretti. A oportunidade foi resultado da participação dele no curso de roteiro Master Class, promovido pelo escritor e novelista da Globo, Aguinaldo Silva. Entre 1.136 candidatos de todo o Brasil, Lucas ficou entre os 15 selecionados. O livro preparado pelo escritor Fábio Fabretti é uma biografia da filha de Leonel Brizola. Lucas havia sido escalado para somente colaborar nas pesquisas, mas se envolveu tanto com a ideia que foi convidado a ser coautor do livro. O enredo promete histórias dos bastidores da década de 1980 no Rio de Janeiro e será lançado em abril deste ano. Oportunidades
Para chegar neste nível, durante sua vida acadêmica na Unisc entre 2002 e 2008, Lucas aproveitou diversas oportunidades que a instituição ofereceu. Na universidade foi descoberto pelo editor-chefe do caderno Magazine da Gazeta do Sul, Mauro Ulrich, com o qual assinou a coluna Horário Nobre por dois anos. Ao mesmo tempo, teve experiência na primeira iniciativa de pesquisa do Departamento de Comunicação Social, “Mídias e Memórias coletivas – o acionamento das referências de memória por meio da minissérie A casa das sete mulheres” por Ana Maria Stroeschoen, Mirela Hoelz, Hélio Afonso Etges e Yhevelin Guerin, em conjunto com alunos. Também fez estágios na Unisc TV / Futura, Setor de Áudio e Vídeo e no Mestrado em Sistemas e Processos Industriais. No meio dessa jornada, Lucas Nobre ficou em 5º lugar no Concurso Universitário de Jornalismo CNN, promovido pela Turner International do Brasil. Também fez parte da turma pioneira do Projeto Rondon-RS na Unisc e no intercâmbio que a Universidade proporciona para o Canadá. Ao voltar para o Brasil, Lucas não se indentificou com nenhuma organização que incentivava a liderança jovem em Santa Cruz do Sul. Por isso resolveu fundar na própria Unisc um escritório para organização internacional de jovens líderes da Aiesec, assim como se envolveu no time fundador do projeto Aprendizes do Tempo, que objetivava uma rádio voltada para a terceira idade. Ainda não satisfeito, resolveu ampliar seus horizontes e trabalhou com saúde pública por um ano em Rio Pardinho no Projeto Vivências na Realidade do Sistema Único de Saúde do Brasil (VER-SUS). Já na área de cultura, fez estágio no extinto Memorial das Artes de Santa Cruz do Sul (Masc). E na etapa final de sua formação na faculdade, passou um mês na revista de celebridades “Isto É Gente”, em São Paulo, experiência que relatou na sua monografia. Sua primeira experiência pós-formado foi de Assistente de Comunicação da Associação Comercial e Industrial (ACI) de Santa Cruz do Sul e, ao mesmo tempo, coordenou o Marketing do Comitê Local do Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade (PGQP), onde foi vencedor do Prêmio Destaque em Comunicação pela Qualidade no Estado do Rio Grande do Sul 2010. A partir daí, resolveu procurar novas oportunidades profissionais que só encontrou em São Paulo, onde considera o mercado melhor para a área. Foi lá que começou a trabalhar no setor de Assessoria de Imprensa da startup Kekanto. Formação Lucas defende que as formações universitárias no sul têm boa reputação no resto do país. Ele avalia a influência que a Unisc proporcionou na sua carreira. “Particulamente, na área de Comunicação, fui chamado para várias entrevistas de trabalho em Porto Alegre por causa da Unisc. Isso é fato. Hoje procuro dar o melhor no
meu trabalho para que me perguntem onde fiz a minha faculdade e eu possa responder: Unisc. É com esse boca a boca que eu colaboro para valorizar minha experiência acadêmica.” Entretanto, para o ex-estudante da Universidade, o curso de jornalismo não oferece dados suficientes para trabalhar na área de Relações Públicas. “Isso é assim em todo o Brasil e não em uma universidade em específico. Tanto que fui procurar em experiências extracurriculares todo o conhecimento que eu tenho hoje na área de assessoria de imprensa. Não estava disposto a fazer uma segunda faculdade. Por isso, optei por fazer uma pós-graduação em Comunicação Empresarial na Universidade Metodista de São Paulo”, afirma o jornalista. Para chegar onde está, o assessor garante que os anos de estudo no ensino superior fizeram uma grande diferença. Ter consciência dos seus atos e a oportunidade de refletir e estudar os pormenores de sua profissão dão ao profissional, segundo Lucas, a tábua de salvação no mundo competitivo de hoje: o diferencial. “Meu conselho para qualquer universitário é experimentar de tudo: pesquisa acadêmica, estágios em diversos veículos e empresas. É nesse tempo de vida que você tem a chance de errar e ser perdoado. Depois de formado e já com nome no mercado, qualquer equívoco pode ser fatal. Sempre digo: faça” aconselha o jornalista.
Para encontrar mais sobre o currículo de Lucas Nobre, acesse: http://br.linkedin.com/in/lucasnobre
Jornalista movido a desafios Por Ingrid Jank e Guilherme Graeff 06/04/2013
Mauro Graeff Junior, de Cachoeira do Sul, queria ser militar. Estudou dois anos para a prova da Escola de Sargentos das Armas (ESA), porém não conseguiu aprovação. Em 1999, enquanto assistia ao programa Frente a Frente, da TVE de Porto Alegre, Pedro Bial era o entrevistado e falava dos bastidores da profissão de jornalista, das viagens, das pessoas que conheceu. Foi quando surgiu a vontade de ser jornalista. Fez o vestibular na Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC) e passou. Sobre o início da faculdade, comenta que “foi empolgante como qualquer nova etapa da nossa vida. Eu morei em Cachoeira por dois anos e viajava todos os dias para a aula. Ao mesmo tempo, era bastante cansativo porque eu estudava de manhã, trabalhava na oficina com o pai à tarde e fazia entregas à noite até cerca de meia-noite. Com isso, dormia da 1h da manhã até 5h30. Resultado: vivia pregado de sono. E, por ter dois empregos, não tinha nem um dia de folga. O começo foi bem cansativo”. Com relação ao seu comportamento na faculdade, ele confessa que “durante o curso sempre fui um aluno mediano, eu acho. Como eu trabalhava sempre em dois empregos, nem sempre tinha tempo de fazer os trabalhos das cadeiras mais teóricas e, muitas vezes, fui salvo pela ajuda de colegas”. Porém, Mauro sempre procurava aproveitar ao máximo as disciplinas práticas. Por estar em jornal, a que mais gostava eram as matérias ligadas à redação em jornalismo.
Dentre as dificuldades que encontrou durante a faculdade, uma delas era o cansaço, pois tinha dois trabalhos mesmo quando já trabalhava com jornalismo. Mas, a maior era dinheiro. “Nunca consegui pagar uma mensalidade em dia. Paguei só a matrícula em dia e depois eu ia só parcelando a dívida no fim de cada semestre. Mesmo com Fies, foi um perrengue para pagar. E a falta de dinheiro me desgastava muito”. Algumas pessoas o julgavam por escolher jornalismo como carreira, mas da parte familiar sempre teve muito apoio. Seu primeiro trabalho como jornalista foi no jornal O Correio, de Cachoeira do Sul, enquanto cursava o terceiro semestre da faculdade. “Fiquei apenas um ano, mas foi uma
aprendizagem pesada. Evoluí muito em um ano porque quando comecei a trabalhar eu era muito verde. Meu texto era terrível. Lembro-me de muitas matérias que fiz.” Graeff começou trabalhando com Política e, às vezes, fazia Geral. Certa vez foi fazer uma matéria sobre uma mulher que teve trigêmeos sem nunca ter feito ultrassonografia. Ela foi ao hospital, pensando que teria um filho e teve três meninas. A família era muito pobre, de Três Vendas, distrito de Cachoeira do Sul. A matéria deu bastante repercussão e a mulher recebeu muitas doações. Mauro Graeff trabalhou no jornal O Correio, de 2000 a 2001; no Jornal de Candelária, de 2001 a 2003; neste mesmo período, na Unisc TV. Já formado, de 2003 a 2005 no jornal NH. De 2005 a 2009 em Zero Hora. E de 2009 até fevereiro de 2013 esteve no jornal Lance!, do Rio de Janeiro, onde esteve em coberturas como Copa América e Olimpíadas de 2012. Querendo sair de Porto Alegre, pediu demissão na Zero Hora e foi para o Rio. Lá, foi contratado pelo jornal Lance!. Graeff conta que uma das matérias que mais deu repercussão foi com o Neymar. Tratou-se de uma confusão em um hotel em Porto Alegre, que resultou na briga entre ele e Dorival Junior. Contudo, o mais gratificante foram as duas grandes coberturas que fez. Passou um mês na Argentina em 2009, fazendo Copa América e três meses em Londres no ano de 2012, cobrindo Olimpíadas. “A matéria que mais gostei de fazer na vida foi uma série especial para Zero Hora, em 2009, sobre as últimas famílias que viviam sem energia elétrica no Rio Grande do Sul. Viajei todo o Estado para mostrar essas histórias. Histórias de pessoas comuns, que eu gosto muito.” Quanto à exigência do diploma, Mauro Graeff diz que não consegue avaliar bem, mas todos os lugares que trabalhou era requisito. “Não consigo avaliar se o diploma em si foi diferencial. Acho que o diferencial foram às coisas que aprendi na faculdade, mas não o canudo em si. Defendo sempre que a faculdade é mais importante do que o diploma. Tive muito colegas que saíram com o diploma, mas não conseguiram entrar no mercado porque não aproveitaram a faculdade.”
Empreendimento No mercado, contudo, as oportunidades de trabalho não estão só como empregado em meios de comunicação ou assessorias. Há pouco tempo, Mauro Graeff aceitou um novo desafio: trabalhar em empreendimento próprio. Sua empresa, Canarinho Press, é uma agência de jornalismo com sede no Rio de Janeiro que atende clientes brasileiros e estrangeiros.
A ideia surgiu quando sua mulher, jornalista e ex-colega de Zero Hora, Dionara Melo, trabalhava na agência espanhola de notícias EFE e, percebendo que muitos jornalistas estrangeiros buscavam jornalistas brasileiros para fazer trabalhos no Brasil, criou a empresa com o propósito de organizar e fazer a produção de matérias no Brasil. Mauro é sócio no papel desde 2012, porém só entrou como sócio em janeiro passado devido ao aumento da demanda de trabalho, tornando-se sócio de fato somente em fevereiro.
Na empresa, Graeff está focado em atender os clientes brasileiros, enquanto sua mulher e sócia está encarregada de cuidar dos veículos internacionais. Apesar de nova, a empresa já conta em sua lista de clientes, em termos de Brasil, o Portal de Notícias Terra, Carta Capital e Viaje Mais. E no exterior, a Canarinho Press atende Swr, da Alemanha; El Espectador, da Colômbia; Arte, da França; e Pravda.ru, da Rússia, além de empresas e instituições como Olimpikus e Universidade de Birmingham, no Reino Unido.
Independente das dificuldades e da correria, Mauro Graeff diz que valeu a pena todo o esforço até o momento e, se fosse preciso, faria tudo de novo. Sobre a empresa, acredita ser difícil falar, pois está nela apenas há dois meses. Sempre arriscou em seu emprego desde o primeiro trabalho. Agora, arriscou mais uma vez ao deixar um bom trabalho de editor de Copa do Mundo do maior veículo esportivo do Brasil para tocar este projeto da empresa. E não se arrepende.
Quem quer conhecer a empresa pode entrar no www.canarinhopress.com
Paixão pelos livros faz professor ter quase 300 exemplares em casa Por Angelita Borges 24/04/2013 No dia 23 de abril comemora-se o dia do livro. O prazer pela leitura é compartilhado por muitos, incluindo o professor de literatura e português Dilso José dos Santos, 34, que passou a ler como estratégia para fugir da realidade. O hábito surgiu aos 18 anos e acabou sendo o fator decisivo para a escolha da profissão. “É um caminho que não tem volta”, conta. Atualmente Santos tem uma biblioteca particular com quase 300 títulos, muitos dos quais já foram relidos várias vezes. Santos não consegue descrever a paixão que nutre pela literatura. Uma parte desse gosto se deve à influência dos professores da época de faculdade. "Ângela Fronckowiak, Norberto Perkoski, Elenor Schneider, Sérgio Schaefer, Eunice Gai e Demétrio de Azeredo Soster são alguns dos mestres que conseguiram me transmitir o amor pela leitura", conta. Santos ainda cita o professor de filosofia Irineu Di Mario, seu colega na escola onde leciona, em Santa Cruz do Sul. Entusiasta do hábito de ler, Santos cita seus autores preferidos: Mia Couto, Guimarães Rosa, Manoel de Barros, Machado de Assis, Moacyr Scliar, Albert Camus, Jean-Paul Sartre. Na visão dele, um grande autor “escreve somente o necessário”, deixando assim espaço para que o leitor preencha as “lacunas”. Mia Couto, moçambicano, é um dos maiores autores da língua portuguesa, sendo responsável por 16 títulos na estante de Santos, que lembra com entusiasmo o dia em que conheceu o autor, em palestra na Unisc, em 2012: “Fiquei a noite toda pensando naquilo. Não consegui dormir”. Santos acredita que os livros são do mundo e que precisam ser compartilhados. Possuía um exemplar de Dom Quixote em espanhol, de Miguel de Cervantes. Acabou dando-o para uma aluna sua que se formou no ensino médio, quando esta comentou que iria estudar Letras. “O que importa é a ideia do livro”, afirma. Santos explica que o livro só é seu quando você consegue sentir a literatura, para então fazer uma leitura de si mesmo e conseguir “preencher as lacunas” que existem nas obras. O prazer que encontrou nesse “novo mundo” o levou a escolher Letras como graduação. Na docência há um ano e meio, Santos acredita que cada pessoa é única, e uma turma é uma reunião de pessoas únicas, o que dificulta um pouco o fato de trazer algo que consiga ser interessante a todos. O professor lembra ainda que gostar de números não é impedimento para gostar de literatura. Como exemplo disso, cita a autora Simone de Beauvoir, formada primeiramente em matemática. Santos ainda aprecia os autores gregos clássicos, além de filosofia e história. Inspirado em seus próprios professores, ele acredita que ensinar literatura é um ato de paixão. Para quem quer se aventurar por esse mundo, mas ainda não sabe como, Santos dá algumas dicas. A preferência pode ser por autores atuais, ou que tenham uma linguagem mais simplificada. Entre as sugestões, estão dois livros de Moacyr Scliar, O ciclo das
águas e Max e os leopardos; Ulisses, de James Joyce; Os ratos, de Dionélio Machado; Quem faz gemer a terra, de Charles Kiefer; e Tempos horizontais, de Demétrio de Azeredo Soster.
Presidente da Fenaj aborda regulamentação da mídia Por Mônica A. da Cruz 25/04/2013 O Frente a Frente, transmitido pela rádio FM Cultura, pela frequência 107,7 ou pela internet acessando o site www.fmcultura.com.br, desta quinta-feira (25), às 22h, debate a regulamentação da mídia. Para esclarecer esse tema, que ecoou nos últimos Fóruns da Igualdade e da Liberdade realizados em Porto Alegre, o programa recebe o presidente da Federação Nacional dos Jornalistas, Celso Schröder. Presidente da Federação de Jornalistas da América Latina e Caribe (Fepalc) e diretor do Comitê Executivo da Federação Internacional dos Jornalistas (FIJ), Celso Schröder é professor do curso de Jornalismo da PUC-RS desde 1986. Exerceu a presidência do Sindicato dos Jornalistas do Rio Grande do Sul por três mandatos. O programa está em uma nova fase que estreou no dia 21 de março e tem a apresentação de Leandro Olegário, também é transmitido pela rádio FM Cultura, pela frequência 107,7 ou pela internet acessando o site www.fmcultura.com.br.
Sabrina Schneider participa do Conversas sobre Leituras Por Caroline Fagundes e Ingrid Jank 26/04/2013 Jornalista e Doutora em Letras, Sabrina Schneider participou hoje, 25, do Conversas sobre Leituras, evento organizado mensalmente pelo Mestrado em Letras. O tema foi sua tese “Ficções Sujas: por uma poética do romance-reportagem" em que discute os limites do real e da ficção no romance-reportagem, bem como seu estatuto enquanto arte literária. O evento contou com a participação de alunos e professores do Mestrado em Letras e do curso de Comunicação Social. Segundo Sabrina, o livro-reportagem surge quando uma reportagem de jornal é transposta para um livro, com certo aprofundamento das informações.“O jornal traz uma série de informações sobre o fato. Já o livro-reportagem traz a verdade sobre a atividade humana, com fatos e histórias que comprovam”, disse Sabrina. A tese da jornalista foi baseada em autores brasileiros, entre eles Caco Barcellos e José Louzeiro.
Foto: Viviane Fetzer
Tradução de obras brasileiras tem estimulado mercado editorial internacional Por Stephanie Silva 23/04/2013 A tradução de livros nacionais tem se tornado um negócio rentável. Os ganhos com vendas de direitos autorais mais do que dobraram nos últimos dois anos. Até 2020, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), vinculada ao Ministério da Cultura, irá investir US$ 35 milhões no programa para estimular a presença da literatura brasileira no mercado editorial internacional.
A FBN pretende investir US$ 35 milhões em uma ampla política pública de longo prazo que visa ampliar a presença do livro brasileiro no exterior. Esses valores serão empregados tanto para financiar a tradução de obras como para divulgar os autores e a literatura nacional fora do país por meio de participação em eventos de prestígio, programas de residência e apoio a viagens, palestras e encontros. Um número crescente de editoras tem sido atraído pela perspectiva de estabilidade e pela eficiência na execução do programa de internacionalização. Um dos principais pilares dessa política é o Programa de Apoio à Tradução e à Publicação de Autores Brasileiros no Exterior, que foi remodelado e ampliado no ano passado, visando atender todas as propostas que cumpram as exigências do edital, e não apenas apenas as melhores, como antes. O programa oferece até US$ 8 mil para tradução e também prevê apoio à reedição de obras esgotadas no exterior, tanto para edições impressas como no formato e-book. Desde julho de 2011, quando foi anunciada a nova política de internacionalização do livro brasileiro, o programa aprovou o equivalente a quase 80% do que havia sido feito nos 20 anos anteriores. Entre 1991 e 2010, haviam sido concedidas 178 bolsas às editoras estrangeiras para financiar a tradução. Nos últimos 14 meses, foram aprovadas 141 bolsas, além de outras 70 traduções (concedidas em 2009/2010) que estão em andamento, bem como dezenas de outras feitas sem o dinheiro do governo. Em 2013 o Brasil será, pela segunda vez, o convidado de honra da Feira do Livro de Frankfurt, na Alemanha, o maior evento editorial no mundo. Com o slogan Brazil in Every Word (Brasil em cada palavra), terá como objetivo mostrar que a realidade do país não cabe em estereótipos, especialmente quando o assunto é literatura. O comitê brasileiro, formado por dirigentes do governo federal e entidades da área, dividiu a participação do Brasil em três eixos principais: a produção literária nacional, a cultura brasileira em suas várias linguagens e a dimensão econômica do negócio do livro. No evento, que ocorrerá de 10 a 14 de outubro, cerca de 280 mil visitantes poderão conferir uma prévia do mercado editorial brasileiro. “Este é um momento especial para o Brasil, que desperta a atenção do mundo porque conquistou a estabilidade democrática e econômica e está enfrentando e vencendo seus grandes desafios sociais”, disse o presidente do Comitê Organizador, Galeno Amorim. As homenagens ao Brasil na Feira do Livro de Frankfurt em 2013 já serviram para despertar maior interesse das editoras do mundo e, particularmente, das alemãs em relação à literatura brasileira. Nos últimos 14 meses, a Alemanha recebeu 21 bolsas do projeto para traduzir obras de escritores brasileiros. No histórico do Programa de Apoio à Tradução, a Alemanha aparece em quinto lugar, com 25 bolsas, e a França em primeiro, com 40.
VPR Sul visita Agência A4 Por Projeto VPR Sul 05/04/2013 O projeto VPR Sul (Visão, Planejamento e Realização), visitou a Agência A4 na tarde desta sexta-feira, 5 de abril, na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc), e participaram de uma oficina de jornalismo, organizada pelo professor Hélio Etges.
Segundo os alunos que trabalham voluntariamente na Agência A4, o jornalismo é o meio de levar a informação ao mundo, esclarecer fatos e mostrar a realidade local dando aos leitores oportunidade de opinião. Foram debatidos assuntos sobre a Agência e como a mesma influenciou em suas escolhas. "Descobri que queria o jornalismo depois de entrar na agência", afirma Nicole Rieger, 1° semestre de Jornalismo. No decorrer da oficina foram também realizadas entrevistas, cujo objetivo principal foi a apresentação da habilitação do curso e o objetivo de cada integrante para o futuro.