Adriano Silva alerta os alunos da Unisc: "Eficiência ou morte" 20/03/2008 “O passado morreu, mas o futuro ainda não nasceu”. Adriano Silva deu a boa e a má notícia para os estudantes de Comunicação da Unisc na noite da última segunda-feira. Em palestra que marcou o início das atividades de 2008, o jornalista garantiu que os padrões midiáticos que conhecemos já perderam forças, mas os novos não foram sequer inventados. O evento reuniu dezenas de alunos no Anfiteatro do Direito. Com uma carreira marcada por passagens pela Editora Abril e pela Tv Globo, o convidado apareceu vestindo uma camisa florida e usando, durante a noite, um tom descontraído, com espaço para gírias e até palavrões. Silva dedicou cerca de duas horas para convencer a platéia de jovens que as coisas estão mudando. Ele comprovou, com dados recentes, que enquanto a internet, os livros e a TV a cabo estão em ascensão, a TV aberta, o rádio e os impressos perdem público a cada ano. “Esses meios vão virar telégrafo”, assegurou. Um dos motores dessas mudanças são as novas estratégias publicitárias, entre elas o chamado brandcasting, por meio do qual a empresa se comunica diretamente com o consumidor final. “Ao invés da empresa patrocinar um filme, ela produz um”, exemplificou Silva. Ele falou também sobre a importância da convergência de mídias, possibilidade oferecida principalmente pela internet. “Essa convergência não vai se dar em uma folha de papel e sim em uma tela de computador”, explicou. No restante da noite, o jornalista respondeu questionamentos dos alunos e alertou a respeito da rapidez das alterações de padrões nos dias de hoje e como isso interfere na atividade de um comunicador. “Vocês correm o risco de chegar no mercado de trabalho superados”, avisou. Silva finalizou dando o lema de sobrevivência para os profissionais do futuro: “Eficiência ou morte”.