Qual é seu linkpequenasobras

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Qual é seu link? pequenas obras

VG arte contemporânea I acesso arte contemporânea


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As curadoras, preocupadas com o poder da construção e da formação de público para arte contemporânea, promovem o encontro entre arte e história.

Qual é o seu link?

Foi adotado aqui o conceito de rizoma desenvolvido por Deleuze e Guattari para representar, metáforaricamente, a estrutura do conhecimento que propomos. Criamos um campo de construção de conhecimentos. Para isto é preciso a compreensão de que existem diversas formas de conhecimento, que dialogam entre si dentro de contextos históricos e sociais. Os conteúdos abordados criam conexões múltiplas, se comunicam entre si e estabelecem redes interligadas que favorecem esta construção. Para esta exposição os artistas foram convidados a estabelecer um link com outro artista de sua escolha. A definição da escolha foi por sua influência, importância ou admiração na construção de sua própria obra. As obras foram produzidas a partir destes encontros. Com isso, o público tem a oportunidade de entender o universo do expositor e conhecer um pouco mais do legado do artista escolhido.

Curadoria LÚCIA AVANCINI MARILOU WINOGRAD

A ideia é provocar questionamentos e reflexões pelo aprofundamento e estudo sobre História da Arte e seus protagonistas, além de estimular a democratização do conhecimento Afinal a obra de arte é muito mais do que a expressão da subjetividade de seu criador, ela está impregnada da relação que mantém com a cultura e com a história da arte anterior a ela. Acesso arte contemporânea Rio de Janeiro, 2016


JOHN BALDESSARI

americano,(1931/…) Pintor, fotógrafo, vídeomaker e arquiteto, Baldessari logo incorpora textos em suas obras e na série fotográfica apropria-se de fotografias. Produz vídeos instalaçōes. Sua obra enquadra-se na arte conceitual. Em 1970, queimou todas suas obras, Cremation Projec, uma forma de renascimento e de questionamento sobre a arte dominante na época. Usa círculos para tapar os rostos dos personagens, para acentuar o anonimato e obrigar o espectador a prestar atençāo e dar sentido à cena.

Atento ao q sou e vejo torno-me eles e não eu. Impressão fotográfica, acrílica, grafite, e verniz sobre canvas, 40x50 cm, 2015

A minha escolha se deu através do encontro entre minha obra e a de John Baldessari. Após realizar a exposição, “Cada um de nós também os outros,” com curadoria de Marcos Lontra na Galeria Paulo Darzé, ficou claro o diálogo entre o nosso trabalho ao me deparar com uma exposição do artista na Tate Gallery em Londres. O meu interesse foi discutir sobre questões da identidade e seus deslocamentos. A ambiguidade entre apagar e revelar que se faz presente no nosso trabalho.

GUSTAVO MORENO


EVA HESSE

(1936-1970) Nasceu, de família judia, em Hamburgo, Alemanha. Para fugir do nazismo, ela e sua irmã foram mandadas para Holanda, após o reencontro com os pais, viajaram a Londres e fixaram-se em Nova York, onde ela desenvolveu sua curta carreira. Após a separação dos pais, sua mãe suicidou-se. Graduou-se na School of Industrial Art e completou sua formação acadêmica no Pratt Institute, na Cooper Union e na Yale School of Art, onde foi aluna de Joseph Albers. Casou-se com o escultor Tom Doyle e passaram um ano na Alemanha, ocupando uma antiga fábrica abandonada. Eva Hesse utilizada sobras de materiais da fábrica para construir seus trabalhos. Ao retornar a Nova York, ela concentrou sua produção de trabalhos utilizando látex, fibra de vidro e plástico. Tornou-se professora de arte na School of Visual Art.

Esvaindo Emoções” Objeto escunadeira de cobre, lã de ovelha

EDA MIRANDA

O trabalho que irei apresentar nesta exposição, busca investigar questões referentes a substância material e concretude a partir do universo feminino. Nesse sentido, reconheço algumas similitudes com a obra de Eva Hesse que evoca, sobretudo em seus trabalhos tridimensionais, o corpo e aspectos subjetivos da natureza íntima da mulher. Me identifico com Hesse, na maneira em lidar com os materias quando esta leva em consideração as qualidades intrínssicas da matéria, sem levar em consideração sua permanência e privilegiando a experimentação, o prazer e o processo na feitura da obra.


TEHCHING HSIEH

MABEL SPINOLA Sem Título colagem de fotografias digitais atualizadas em Impressão lambda 21cm x 21cm

Tehching Hsieh foi escolhido como meu link entre outras coisas pela ênfase no comportamento disciplinar e documentação meticulosa em relação ao conteúdo de seu trabalho . Em uma de suas “One Year Performances” informalmente conhecida como Time Piece, Hsieh usa um relógio de ponto onde comparece de hora em hora durante 24 horas por dia. É experienciada ai a natureza do tempo, a própria passagem do tempo em si mesma. O tempo em sua própria duração. No meu trabalho, programei-me para fotografar durante 6 meses o nascer do sol desde o seu primeiro avermelhar no céu até sua aparição completa no horizonte. Utilizei-me de um fenômeno climático para, em isolamento e solidão, documentar diariamente 15 a 20 minutos de tempo . Durante 6 meses, nos dias de sol, esse intervalo dividiu minha vida entre o sono e o sonho e o clarear de um novo dia, renovando um ciclo que parece eterno .

1950 (65 anos), Taiwan Artista performático . Ele tem sido chamado de "mestre" por Marina Abramovic . Trabalha com a ideia de quebrar as barreiras da moldura entre a arte e a vida, fazendo performances de longa duração (1 ano). Em "Time Clock", ele bate ponto em cada hora cheia e se fotografa. "Trabalhos que examinam as fronteiras entre o corpo e o seu ambiente envolvente, entre o corpo individual e o corpo social ou coletivo, bem como o interior e o exterior do corpo. O que é infligido ao corpo do artista torna-se numa metáfora do que é infligido ao corpo social ou coletivo: o corpo do artista torna-se num símbolo. Levantam-se questões de poder, controlo e intimidade respeitantes às liberdades que podemos ou não podemos assumir com os nossos corpos. A própria fronteira entre a arte e o seu público - entre a arte e a vida - é reduzida ou abertamente desafiada."


GEOFFREY FARMER Canadense (1967/..) Trabalha com projetos muitimídias incluindo desenho, fotografia, vídeo, escultura, performance e instalação baseados em assuntos da cultura popular. Um dos trabalhos mais contundentes, é “Leaves of Grass”,uma escultura de 20 metros, apresentada na 13 ª Documenta Art Festival, montada com milhares de recortes da LIFE Magazine, que narra a história dos anos 1935 e 1985.

CLAUDIA HIRSZMAN A obra do artista canadense Geoffrey Farmer exposta na 13ª Documenta Art Festival na Alemanha em 2012 foi a inspiração para este trabalho em 3D. A pesquisa de portas e janelas que venho desenvolvendo, num fragmento, se aproxima da ideia expositiva, de acúmulo e tridimensionalidade de Geoffrey e contém em si embutida a ideia do processo e do vir a ser. Vários caminhos, várias moradas Fotografia e colagem sobre madeira 27,5 x 25 x 11cm


PIET MONDRIAN

MARILENA MORAES

“Gostaria de me aproximar o mais possível da verdade, e então abstrair o máximo, até chegar ao fundamental dos objetos.”, Placa imantada , 120 x 100 cm, 2016

Piet Mondrian (1872-1944), um dos fundadores do movimento moderno holandês De Stijl, se fez marcar pela pureza das abstrações, simplificando radicalmente os elementos de suas pinturas, com que criou uma linguagem estética clara e universal. Reduziu formas, linhas e paleta ao básico. Como os demais artistas do De Stijl, visava expressar um ideal utópico de harmonia universal em todas as artes. “Gostaria de me aproximar o mais possível da verdade, e então abstrair o máximo, até chegar ao fundamental dos objetos.” Razão da minha escolha: Mondrian me fascina e me intriga ─ chegou ao essencial sem reduzir a tensão dinâmica de suas telas.

Países Baixos, , 1872 / 1944 Pintor modernista. Criou o movimento artístico neoplasticismo Após entrar em contato com a teosofia, passa por um breve período simbolista. Além do pensamento espiritual calcado na busca de uma essência matemática e racional para a existência que caracteriza a teosofia, também exibiu um interesse quase obsessivo pelo jazz – cujo ritmo irregular possuía um fundamento matemático. A partir de 1917 desenvolve sua grande obra neoplástica. Sua obra se caracteriza por pinturas cujas estruturas são definidas por linhas pretas ortogonais, que se relacionam de diferentes modos com os limites da pintura, preenchidos ou nāo com uma cor primária, definindo pesos visuais diferentes para esses espaços.


Um dos maiores expoentes das artes visuais do século XX. Estudou artes plásticas e composição musical; possibilitando desenvolver trabalhos cinéticos e holográfico ; com a multiplicidades das cores, e, com o deslocamento do observador, temos a percepção da obra em movimento . Neste mesmo contexto, desenvolvo a maioria dos meus trabalhos; compostos com a interferência da luz, possibilitando assim, complexas imagens do objeto

YAACOV AGAM

israelense. (1928/..) Escultor e artista experimental, foi um dos mais importantes realizadores de obras cinéticas transformáveis, aquelas que requerem a movimentação do observador para perceber todas as suas variações Formado em arte em Jerusalém, Agam também estudou composição musical no conservatório de Zurique, o que iria se refletir em suas obras posteriores. Instalado em Paris, o artista expôs, em 1953, suas primeiras pinturas polifônicas de natureza eminentemente cinética. Já na década de 1960 se decidiu por um novo suporte, o alumínio de superfície irregular, que trabalhou em tons muito brilhantes e com um estudado efeito ótico. Uma de suas esculturas mais importantes, As 100 Portas, decora a residência presidencial de Israel.

BB SCHMITT

Série jogo de luz


ANNA MARIA MAIOLINO Italiana, (1942/..). Gravadora, pintora, escultora, artista multimídia e desenhista. Em 1960, transfere-se para o Brasil. Apesar da origem italiana, sua formação artística é latino-americana. A partir de 68, a artista volta-se para a poesia experimental, que rapidamente a leva ao desenho. Já na década de 70, experimenta outras formas de expressão. Realiza filmes e instalações.. Preocupa-se com a gestualidade e a relação com a matéria, presente nos objetos escultóricos de parede e relevos (em argila, gesso e cimento) do início dos anos 1990. Pouco a pouco, Maiolino concentra-se no aspecto manual do fazer artístico e passa a usar quase que exclusivamente a argila.

GRAZIELLA ANDREANI

" barro - nossa origem, nosso fim'" 3 peças de cerâmica amarradas com fio de sisal 13 x14 x 28 cm

Anna Maria Maiolino é uma das mais importante artista, na arte contemporânea nacional e internacional, conheço e admiro sua obra. Luiz Camilo Osório cita, no catálogo segmentos de 2004: “O gesto na obra de Anna Maria Maiolino é simples e nasce de um movimento repetitivo, quase ritualístico, atuando sobre o suporte que vai do papel ao cimento”.


Da Série OBJETO RELACIONAL, 2012 / 2015, Objeto em cerâmica aparente, alta temperatura Objeto1: ø>= 22cm; comp. variável de 20cm à 35cm Objeto2: ø>= 11cm; comp. variável de 15cm à 20cm

ANISH KAPOOR Bombaim, (1954) Artista plástico indiano-britânico. Venceu o Prêmio Turner. Começou a ganhar notoriedade internacional nos anos 80. As obras de Kapoor são freqüentemente simples, formas curvas, normalmente de só uma cor ou brilhantemente colorida. Em sua maioria, a intenção é prender a atenção do público, invocando um mistério através das cavidades escuras de seu trabalho, normalmente com seu tamanho e beleza simples. Ele usa pigmento em seus trabalhos e em torno deles. Essa prática foi inspirada pelos brilhantes e coloridos pigmentos nos mercados e templos índianos. Depois, seus trabalhos começaram a ser sólidos e muito deles possuíam aberturas cavadas e cavidades, e mexendo com opostos. (terra-céu, material-espírito, luz-escuridão, vísivel-invísivel, masculino-feminino e corpo-mente). Seus trabalhos mais recentes são baseados em espelhos, refletindo ou distorcendo o público.

CRIS CABUS Meu trabalho se aproxima do de Kapoor na medida em que crio cavidades, espaços negativos e escuros, que evocam mistério e sensualidade, embora em escala reduzida - a das mãos em sua maioria - exigindo uma maior aproximação na investigação de minúcias. Esses espaços indicam possibilidades de contemplação das "internalidades universalizantes" e experiências sensoriais e intelectuais que apontam para os meandros do corpo, da origem e do cosmo.


NAM JUNE PAIK sul-coreano.(1932/2006) Trabalhou em diversos meios de arte, sendo creditado a ele a criação da videoarte. Estudou piano clássico, histórias da arte e da música. Conviveu, na Alemanha, com artistas conceituais. Esse encontro levou Paik à arte eletrônica. Participou do movimento Fluxus. Sua obra, conhecida por "TV Magnet", deu origem à viedoarte. Em 1965, surgiu primeiro dispositivo portátil de gravação de vídeo. Com ele, pôde mover e gravar coisas, simultaneamente, e a partir de então, se tornou uma celebridade internacional.

MIRO P.S

Enter#2. Técnica colagem, tecla de computador e papel preto. série de 10, 20cm x 30cm., 2016

Escolhi Paik como meu link, pela relação dele com a eletrônica e a arte. Nam June Paik viveu entre 1932 a 2006, e é considerado o pai da vídeo-arte. Ele visualizou a potencialidade de TV´s, Vídeos e eletrônicos como novas possibilidades artísticas. Aprecio muito o trabalho de Nam June Paik na construção de esculturas utilizando equipamentos eletrônicos. Paik ficou conhecido pela declaração polêmica. "A arte é pura fraude", afirmou certa vez. "Você só precisa fazer algo que ninguém tenha feito antes".


NAM JUNE PAIK

COLETIVO PAPAIMAGEM Nam June Paik é o papa da videoarte. Fazer videoarte, a qualquer instante e em qualquer lugar, passa pela arte desse sul-coreano exigente, audacioso, criativo. Seus vídeos não tinham limites na imaginação e nem terminavam nas imagens/sons. A forma de apresentálos, ao espectador, fazia parte da obra. Contestador, representante do movimento de contracultura, dizia que a arte é uma fraude. Nós, do Coletivo, somos da linhagem de Paik, afinal como ele disse: "Você só precisa fazer algo que ninguém tenha feito antes". Paisagens Aprisionadas, vídeo instalação, 2015/2016


YVES KLEIN

" Mergulho“, Impressão digital s/acrílico,led, 23 x 7 x 30 cm, 2016

O trabalho que apresento fala sobre a natureza do "Vazio" e que resume um pouco a forma de pensar de Ives Klein, artista que propunha que a arte fosse livre de influências do mundo, uma zona neutra em que as pessoas são induzidas a concentrar-se em suas próprias sensações, e não na representação da realidade." "Saut dans le vide"

SANDRA PASSOS

França (1928 a 1962) Artista francês considerado uma figura importante da arte europeia após a Segunda Guerra Mundial. Ao final da década de 1950 seus trabalhos monocromáticos tornaram-se quase exclusivamente produzidos em um matiz azul intenso, que ele patenteou como International Klein Blue (IKB, =PB29, =CI 77007), embora a cor jamais tenha sido produzida comercialmente. Klein utilizou-se de modelos nuas cobertas com tinta azul moviam-se ou imprimiam-se sobre telas para formar a imagem, utilizando as modelos como “pincéis vivos”. Este tipo de trabalho ele denominou de “Antropometria”. Outras pinturas com este método de produção incluem “gravações” de chuva que Klein realizou dirigindo na chuva a mais de 100 km/h com uma tela atada no teto de seu carro, e telas com formas provocadas por sua queima com jatos de fogo.


YVES KLEIN

SONIA WYSARD MERGULHO, Vídeo, 2013

... cada tela deveria sensibilizar o espectador... uma mistura que permitisse reproduzir uma intensidade luminosa... uma energia pura... para ele, as cores eram seres vivos, extremamente evoluídos que se assemelham a nós e a todo o resto...


Terra Gravura em Metal/ponta seca / papel artesanal 30cm x 30cm

LUCIO FONTANA

LÉA SOIBELMAN Olhando para certas obras de Lucio Fontana , encontrei algo que acontece em alguns trabalhos meus e que são os cortes. Penso que cortava a tela para transmitir uma tridimensionalidade. O motivo dos cortes no meu trabalho, no papel que eu mesma faço, se dá pelo fato de que quando trabalhava com um papel importado, o Hanemuller , às vezes imprimindo, este ficava totalmente inutilizado porque rasgava. Resolvi então fazer o meu papel com rasgões e gravuras!

argentino, italiano.. (1899/1968) Escultor, artista plástico, engenheiro civil, professor. Em 1947, funda o espacialismo e publica até 1951 três manifestos,que exprimem a base da sua filosofia e explicam as suas pesquisas e conceção de uma arte nova. Em 1949, começa a perfurar, com uma ferramenta aguçada, papel colado sobre tela, frequentemente monocromática e esticada sobre uma estrutura.. Em 1951, cria «ambientes espaciais», atmosferas de tubos de néon.. Multiplica as experimentações com vidro, cerâmica, placas de metal. Em 1958, realiza as primeiras lacerações. Em dez anos, Fontana rasga, perfura, rompe e lacera o espaço da tela. É a primeira vez que um artista assim se autoataca no próprio suporte da criação. O seu trabalho é conceitual, porque, segundo o artista, as ideias da obra são mais importantes do que a própria obra.


DIONÍSIO DEL SANTO

capixaba de Colatina. (1925/1999) Sua obra situa-se entre a geometria e a figuração. No começo da década de 1950, realiza xilogravuras figurativas, que remetem à sua origem rural.. Começa a apresentar mais simplificação formal e o interesse pela geometria em suas pinturas. No final dos anos 50, cria formas geométricas por meio de linhas que percorrem toda a superfície gravada, explorando a contraposição entre cheio e vazio ou positivo e negativo. Na década de 1970, insere cordas ou cordéis na superfície da composição. Dionísio del Santo explora a técnica da serigrafia com grande refinamento e utiliza-a como um campo experimental para suas produções. Na década de 1990, Del Santo começa a trabalhar com formas mais complexas e uso intenso da cor.

EVANY CARDOSO Dionísio del Santo desenhista, pintor, gravador, foi o artista que renovou a Serigrafia Brasileira, tirando-a de simples reprodução automática de imagens para uma expressão artística, como uma nova possibilidade de impressão através de sua obra gráfica, e de seus ensinamentos. Em 1976, convidado por Rubem Gershman, então diretor da Escola de Artes Visuais do Parque Lage , abriu a Oficina de Serigrafia, que funciona até hoje (2016). Dionísio também foi o inventor da Máscara de Grafite. Fui aluna, colaboradora nos cursos, workshops, e desde 1990, trabalho sempre com serigrafia sobre diferentes suportes: papel, acrílico, metal, madeira e vidro.

Pedras Empilhas 1, 2 e 3 Portal 1 2016, Técnica Serigrafia c/máscara de grafite, 36x24cm


ANDY WARHOL

SOLANGE PALATNIK “Liza” Acrílica sobre tela 0,30cm de diâmetro

Meu link é com um dos maiores artistas da pop art: Andy Warhol. Total surpresa quando estive em Moscou e me deparei com uma enorme retrospectiva de seu trabalho na Galeria Tretyakov. As filas eram imensas. Andy Warhol influenciou várias gerações de artistas no mundo inteiro. Me inspirei na sua série “Take a Peek at Liza Minelli’s”. Minha “Liza” é envolvida por flores vermelhas feitas com colheradas de tinta.

EUA ( 1928 a 1987) Empresário, pintor e cineasta norte-americano, bem como uma figura maior do movimento de pop art. Os anos 1960 marcam uma guinada na sua carreira e passa a se utilizar dos motivos e conceitos da publicidade em suas obras, com o uso de cores fortes e brilhantes e tintas acrílicas. Reinventa a pop art com a reprodução mecânica e seus múltiplos serigráficos são temas do cotidiano e artigos de consumo, como as reproduções das latas de sopas Campbell e a garrafa de Coca-Cola, além de rostos de figuras conhecidas como Marilyn Monroe, Liz Taylor, Michael Jackson, Elvis Presley, Pelé, Che Guevara, Brigitte Bardot e símbolos icônicos da história da arte, como Mona Lisa. Estes temas eram reproduzidos serialmente com variações de cores. Além das serigrafias Warhol também se utilizava de outras técnicas, como a colagem e o uso de materiais descartáveis, não usuais em obras de arte.


JEFF KOONS

EUA, 1955 Artista conceitual usa várias ideias e materiais para construir suas obras. Transforma o que é kitsch em obra de arte. Puppy - um cachorro formado por flores, medindo 16 metros de altura, construído num jardim de um palácio. Um protesto por não ter participado da Documenta de Kassel, em 1992. Ele comparou a cidade alemã à Disneylandia. Brancusi- um coelho feito de plástico espelhado, imitando aço inoxidável que reflete a personalidade do observador e se adequa ao ambiente como um camaleão. Na Série de Objetos de Porcelana fazia encomendas, a artesões, de pequenos objetos populares, se apropriando de elementos estéticos da cultura de massa, descontextualizando-as. Põe em questão: obra de arte ou objeto de cultura de massa?

MYRIAM GLATT Escolhi o ballon dog do escultor americano Jeff Koons para fazer um antilink com meu paper dog. Enquanto Jeff prima por uma obra brilhante de aço inoxidável, de apuradíssimo acabamento e eterna, meu paper dog feito de papelão reciclado, sem rigor de acabamento é transitório. Os contrastes sempre me interessaram. Em minha pesquisa venho trabalhando com o tema semente/flor. Da observação da natureza, extraio a contração/expansão e percebo onde há esse movimento há vida. Assim também como a inspiração/expiração, luz/escuridão, silencio/barulho, as ondas do mar que vem e vão e etc. “Medusa” pintura acrílica sobre papier maché, tela de metal e pedaços de tinta. 35cmx 25cm, 2015/16


CARO HÉLIO, QUERIDA LYGIA. dois displays, frente e verso com os telegramas enviados 22,50 X 31,00 cm cada

mineira (1920/1988) Pintora e escultora, Lygia se autointitula de nāo artista. Em 59, assina o Manifesto Neoconcreto,e propōe com sua obra sair do espaço da moldura.Em 60’ cria sua série Bichos, tornando-se uma das pioneiras na arte participativa mundial. Em vínculo com a vida, Lygia faz “A Casa é o Corpo”, uma instalaçao de 8 metros, que permite a passagem das pessoas por seu interior, para terem a sensaçao de ovulaçāo, germinaçāo e expulsāo do ser vivo. Sua trajetória faz dela uma artista atemporal.

LYGIA CLARK

QUANDO ACEITEI O CONVITE E VI A PROPOSTA, A ESCOLHA DE LYGIA NÃO DEIXOU DÚVIDA, FOI IMPOSITIVA. HÁ TODO UM MUNDO, QUE COMEÇA DEPOIS DE LYGIA. ELA É O TEMPO DO PRINCÍPIO. O CORTE, QUE ATIVA AMPLIANDO. A SINGULARIDADE DA SUA OBRA, SEU CONTINGENTE TRANSPOSITIVO UMAMETALINGUAGEMPOÉTICAVIVENCIAL. ESCREVI PARA ELA, UMA CARTA DE IMAGENS CIFRADAS (PARA O TEMPO) UM VARAL IMAGINÁRIO DE ORAÇÕES AFIRMATIVAS REVERENCIANDO A RESSONÂNCIA, ENTRE NÓS DUAS, COMO ARTISTAS.

DEBORA CARNEIRO DA CUNHA


LYGIA CLARK

CARLOS ALCANTARINO A incrível modernidade sensorial de Lygia nos leva até hoje a não se contentar em olhar, mas tocar e fazer parte do objeto . Moth Centro de mesa em espelho Guardian com 12 mm de espessura e diâmetro aproximado de 350 mm. Dividido em 2 partes, as peças são ligeiramente inclinadas e podem ser posicionadas de diversas maneiras, inspiradas nos “bichos “ de Ligia Clarck, onde a interatividade é o fundamento do projeto.


FRANS KRAJEBERG Polônia (1921 (95 anos) Pintor, escultor, gravador e fotógrafo, artista plástico nascido na Polônia e naturalizado brasileiro. Em 2008, recebeu o grande prêmio da APCA. Em 1964, executou as suas primeiras esculturas com madeiras de cedros mortas. Realizou diversas viagens à Amazônia e ao Pantanal Matogrossense, fotografando e documentando os desmatamentos, além de recolher materiais para as suas obras, como raízes e troncos calcinados. Na década de 1970 ganhou projeção internacional com as suas esculturas de madeira calcinada. A sua obra reflete a paisagem brasileira, em particular a floresta amazônica, e a sua constante preocupação com a preservação do meio-ambiente.

O trabalho debruça-se nas mesmas concepções do mestre quanto à valorização,preservação do meio ambiente.Através da gravura em metal,demostro nessa obra, a crença da superação,da retomada da vida,roubada pelas chamas mas perene nas raizes!

MARIA LUCIA MALUF 'Para Frans K.' folha recortada em metal q pende de um galho


MANGELOS

sérvio. (1921/1987) Dimitrije Basicevic Mangelos foi artista, crítico de arte e curador cuja produção artística incluiu livros artesanais, esculturas e pinturas. Criou obras de arte extremamente originais, sem comparação e semelhanças com outros artistas de seu tempo. Utiliza objetos como notebooks, mesas escolares e globos e neles escreve letras, palavras, frases, ensaios em alfabeto latino, ou letras cyrilic e glagolitic, cujo conteúdo é preenchido com significado enigmático. Sem o desejo de chamar esta atividade de arte, inventou o termo no-art.

Qual é a sua vingança? Objeto Caixa acrílica, globo terrestre, água 25x 25 x 25 cm 2016

GILDA SANTIAGO

Quando iniciei minha série Globo, me apresentaram a obra de Mangelos no MOMA. Fiquei logo envolvida por seus trabalhos e por sua atitude crítica perante à arte. Criativo e irriquieto, Mangelos navegava entre as artes visuais e as letras. Suas criações são baseadas no paradoxo: "escrevendo uma pintura, pintando literatura" ou "negando a pintura, criando-a a partir das palavras, negando a palavra, pintando-a". Um paradoxo sob uma estética refinada.


JOSEPH BEUYS alemāo (1921/1986) Artista plástico, escultor, artista performático, professor. Partindo das oposições razãointuição, frio-calor, ele trabalhou para o restabelecimento da unidade entre cultura, civilização e vida natural, revolucionando as idéias tradicionais sobre a escultura. O contato de Beuys com Fluxus, nos anos sessenta, estabeleu um marco no neodadaísmo e conceitualismo. Beuys se incorpora completamente em um mundo de materiais e às conexões psicológicas e alegóricas, que os mesmos sugerem, tornando-se parte do desenvolvimento da arte objeto do nosso século. Desenvolve, nessa época, as suas primeiras "Ações".

A NATUREZA DO OBJETO, caixa de madeira, terra, pá e óleo, 43 x 20 x 11 cm

O trabalho reflete o pensamento da escultura social como intervenção direta no meio ambiente – lugar dos corpos e das associações entre os seres. A operação técnica, sofisticada no planejamento participativo, na escolha de cada elemento do projeto, no estudo do espaço circundante, no envolvimento do público como substância e forma, núcleo real do trabalho da arte ampliada. As ferramentas desta ação são tocadas e regidas pelo estado da essencialidade, operação que se dá na dimensão física da construção material na natureza. E são essas as mesmas que produziram as primeiras paisagens humanizadas: a pá, o ancinho, o machado. A floresta, o campo, o canteiro, a natureza como obra, metáfora da totalidade orgânica para uma sociedade integrada. A terra, informe, caótica, fonte da vida, materia mater sobre a qual descansa a operosidade do artista.

ISABELA FRADE


MARCEL DUCHAMP Francês, naturalizado americano.(1887/1968) Duchamp iniciou sua carreira como pintor impressionista, expressionista e cubista – arte que abandonou aos 25 anos. Foi o responsável pelo conceito de ready made, que é o transporte de um elemento da vida cotidiana. Seu primeiro ready-made, de 1912, é uma roda de bicicleta montada sobre um banquinho (Roda de Bicicleta). O mais célebre, é o urinol invertido, assinado por R. Mutt, a que dá o título de Fonte, 1917. Os readymades de Duchamp constituem em manifestação cabal do espírito que caracteriza o dadaísmo. Ao transformar qualquer objeto em obra de arte, o artista realiza uma crítica radical ao sistema da arte.

LUCIA AVANCINI Duchamp me libertou. Rompi com as amarras do estabelecido e das coerências impostas. A obra de Duchamp me encorajou a ousadias. Das experimentações silenciosas no atelier – espaço de liberdade absoluta – ao espaço público. Abriu um caminho de infinitas possibilidades. Tudo é arte; Minha obra é a minha carta ao mundo.

Que peso a arte tem? Da série Instrumentos para medir arte Objeto, 2016


RICHARD CLIFFORD DIEBENKORN JR. amerciano. (1922/1993) Foi pintor e professor. Desde o 46, desenvolveu seu próprio estilo vigoroso do expressionismo abstrato como seu veículo de auto-expressão. Iniciou, em 1967, a série "Ocean Park"sua obra mais famosa, com cerca 135 pinturas, com base na paisagem aérea.Em 1990, Diebenkorn produziu uma série de seis gravuras para a edição Arion Press of "Poemas de WB Yeats ", com poemas selecionados.

ROBERTO TAVARES Série "quadrados campos de cor " 30 x 30 cm 2009/ 2016

O link que permeia minha produção estão elencados numa lista interminável. Nesta, meu link é o pintor americano Richard Diebenkorn. A cada proposta plástica, uma nova pesquisa, em links que se completam e que são determinantes para minha busca pessoal. No desafio apresentado “Qual é o seu link?”, estabeleci uma ordem em que a obra escolhida buscava proximidades com uma proposta pictórica que tivesse menos ênfase no gesto, nas pinceladas e na ação, em favor de uma coerência global da forma, do processo e dos campos de cor.


GERHARD RICHTER alemāo, 1932 Artista visual. Gerhard Richter é o artista plástico alemão em atividade mais conhecido da contemporaneidade, considerado um dos responsáveis pelo resgate da pintura no final do século XX. A arte de Richter é regida por uma ética artística de prática cotidiana. Utiliza motivos variados, estilos e citações da história da arte, porém, seu único e grande tema, em última análise, é a pintura. Suas peças ora são puras, sobre a tela, ora misturadas a fotografias e recortes de jornal. Gerhard Richter compreende a pintura como um ato; uma busca da realidade atual: “O que eu via como a minha grande fraqueza, ou seja, a incapacidade de criar uma imagem, não é de fato uma incapacidade, mas sim, uma instintiva busca de uma verdade mais moderna, que já estamos vivendo”.

ECILA HUSTE Meu link para a exposição da Acesso é o pintor Gerhard Richter (Dresden, Alemanha, 1932). Sua produção artística pode ser inserida em três categorias: Figurativa, Construtivista e Abstrata. O que me encanta em sua obra é a exuberância da cor em sua fase abstrata e a liberdade com que transita entre as três categorias citadas acima.

PAZ - T'ai, Hexagrama no.11 do I CHING "A paz precisa ser cultivada diariamente e as leis​ do ​Universo respeitadas. Quando as influências do​ Céu​ e ​da Terra se combinam, todas as coisas são possíveis". Caixa 0.32 x 0.37 x 0.10 / Tela / Tubos de PVC


KASIMIR MALEVICH

MARCIAH ROMMES Objeto 27cmx 0,8cm x 26cm

Ao entrar em contato com as obras "Quadrado negro sobre fundo branco" (1915) e " Composição suprematista: branco sobre branco" (1918) do artista Kasimir Malevich, percebi às relações do abstracionismo geométrico e do monocratismo com o trabalho que apresento nesta coletiva. Nele o expectador é convidado a passear seu olhar pela tela negra onde encontrará nuances produzidas nas texturas que compõem a poética da obra.

russo (1878/1935) Fez parte da vanguarda russa e foi o mentor do movimento conhecido como Suprematismo. Ao lado de Kandinsky e Mondrian, é um dos inventores e teóricos da arte não figurativa. Como fundador do Suprematismo, levou o abstracionismo geométrico à sua forma mais simples, sendo o primeiro artista a usar elementos geométricos abstratos. O Quadrado negro sobre fundo branco, pintado entre 1913 e 1915, constituiu uma ruptura radical com a arte existente na época. Em 1929, foi acusado pelo governo soviético de “subjetivismo" e nos anos que se seguiram foi continuamente atacado pela imprensa. Perdeu suas funções oficiais e chegou a ser preso e torturado. Morreu abandonado e na pobreza, em São Petersburgo, em 1935. Apesar de ter recebido funerais oficiais, a condenação de sua obra e do suprematismo foi seguida de um esquecimento de décadas. O reconhecimento do artista só ocorreu a partir dos anos 1970. Desde então, numerosas retrospectivas pelo mundo consagraram Kasimir Malevitch com um mestre da arte abstrata.


ANNIE LEIBOVITZ americana, 1949. Fotógrafa, notabilizou –se por fazer retratos de celebridades. Leibovitz tem uma trajetória de sucesso. Ainda jovem revolucionou o mercado de moda e de comportamento, fotografando para a revista Rolling Stones e Vogue. Seus retratos são elaborados com esmerada técnica, rica produção e, principalmente, com olhar movido pela contestação social, como parte do movimento da contracultura, dominante entre os intelectuais da década 60. Eles representavam um novo comportamento social, uma atitude mais libertária, menos convencional.

Da peça Chica da Silva atriz Ana Paula Black, Fotografia em papel algodão sob PVC, 2016

CHRISTINA AMARAL

Com olhar único e criativo, Leibovitz acredita na colaboraçao íntima entre o retratista e o retratado. Essa relação, a que chamo de “encontro das almas”, quando o fotógrafo e o modelo se unem, quase em simbiose, transforma a ação em um momento único, mágico. Renascem os dois, diretor/modelo, nessa relaçao e a partir desse encontro tudo é possível. Descortinamos o que está escondido em nós. Para Annie é assim. Neste ponto nós duas nos encontramos.


ANN HAMILTON americana.(1956/...) Artista visual, internacionalmente conhecida pela atmosfera sensorial que cria em suas grandes instalações de multimídias. O uso de materiais densos contrasta com a efemeridade de suas instalações, provocando uma sensação intimista em relação à arquitetura e história do local. Embora sejam enormes, esses trabalhos são criados com o intuito de se tornar íntimos para o publico. Hamilton explora a relação entre luz, sombra, tecidos e linguagem escrita, mexendo com nossa imaginação, razão e memória

Série O Fio de Ariadne ,Fotografia, papel fotográfico, 26x26cm, 2016

Minha admiração por Ann Hamilton cuja obra oscila entre o ver e nomear, nasceu quando vi sua instalação "Myein"no Pavilhão dos Estados Unidos na 48ª Bienal de Veneza em 1999. O têxtil, o desfiar, o fio nos trabalhos dela, suscita a idéia de disciplina e virtude que são questões que meu trabalho também atravessa. Com esse trabalho onde procuro representar meu universo cultural religioso, proponho que o espectador usufrua desse espaço para uma reflexão sobre virtudes e interdições.

MARIA CHERMAN


MIRA SCHENDEL

1919, Suíça 1988, São Paulo Considerada um dos expoentes da arte contemporânea brasileira. Haroldo de Campos, próximo a ela, disse, que Mira “se sentia meio exilada”. Participa da 1ª Bienal Internacional de São Paulo (1951) que lhe permite contatos internacionais e a inserção na cena nacional. Muda-se para São Paulo, conhece o livreiro alemão Knut Schendel, com quem casa e adota seu sobrenome. Na década de 1960 produz mais de quatro mil desenhos com a técnica da monotipia em papel-arroz. Em 1966, apresenta em Londres sua série Droguinhas, elaborada com papel-arroz retorcido. Entre 1970 e 1971 realiza um conjunto de 150 cadernos, desdobrados em várias séries. Na década de 1980, produz as têmperas brancas e negras, os Sarrafos, e inicia uma série de quadros com pó de tijolo. Após sua morte, muitas exposições apresentam sua obra dentro e fora do Brasil. Em 1994, a 22ª Bienal Internacional de São Paulo dedica-lhe uma sala especial.

MARILOU WINOGRAD ¨O que importa na minha obra é o vazio, ativamente o vazio silêncio, vazio.¨ Mira Schendel Gestos pequenos e delicados, esculturas efêmeras, droguinhas, transparências, a arte da simplicidade, desmistificar e desnudar a realidade, dar visibilidade ao invisível silêncio visual, a sutileza da impermanência. Eis o que me encanta e desafia na obra de Mira Schendel.

Série Equilibrium # Fio de Ariadne. 4 cxs de acrílico, agulhas de dentista, fios de cobre, dedais.


afro-americano. (1935/2005) Pintor e expressionista abstrato. Seu trabalho é conhecido por abstração hard-edge (com contornos marcados),construções em tecidos e grandes colagens de papel, explorando todas as relações de cores. Cedo, Loving começou a trabalhar em um estilo que ele denominava abstração material. Este estilo era marcado pelo uso de papel salpicado ou pulverizado com tinta, cortado em pedaços, formando elementos geométricos abstratos. Em meados de 79, passou a usar todo o espaço da galeria pintando nas paredes, amarrando correias e utilizando drapeados por toda sala. Uma ideia radical naquela época.

AL LOVING

Alvin Loving , pintor americano , nasceu em 1935 e viveu até 2005. Tive oportunidade de ver seus trabalhos no MOMA , no Whitney em Nova York e no Beaubourg em Paris. Me despertou muito interesse , seus trabalhos pela coragem em trabalhar com tiras de telas , construindo composições arrojadas e uma fusão de cores, que prendeu meu olhar. Como já trabalhava com tiras de telas em pequenos formatos , Al Loving me deu coragem para ousar em telas grandes.

MARIO CAMARGO Técnica mista 35x35x35x48 cm


GORDON MATTA-CLARK (1943/1978), Nova Iorque, Nova Iorque, EUA artista estado-unidense mais conhecido por seus trabalhos de arte em locais específicos que fez na década de 1970. É famoso por seu "building cuts," uma série de trabalhos em edifícios abandonados nos quais ele removia partes do piso, teto e paredes dos andares.

Estudo sobre espaços acrílico e encáustica sobre tela, 30 X 30 cm, 2016

LAURA BONFÁ BURNIER

Meu trabalho se baseia na pesquisa e observação das linhas nas construções que nos rodeiam, tanto na cidade como no campo. Crio os desenhos que dão ilusão de espaços. lugares de existência O espaço familiar e habitável, com seus limites, aberturas e fechamentos, cria um lugar na espacialidade do mundo.


ANTONI TAPIES

DENIZE TORBES Queimada, Objeto, 23 x 15 x23 cm , 2016

Desenvolvo, há dois anos, trabalhos a partir das queimadas. No início, apesar da presença constante de um elemento central, possuíam, na composição espacial final, um conjunto onde, apesar da representação em expansão, havia a busca pela força da concisão. Encontrei em Tàpies fluxos sólidos em uma poética imanente que se comportam como núcleos enigmáticos capazes de emanar as tensões das formas no quadro. Assim, a partir das observações sobre o seu trabalho, repito a busca infinitas vezes.

espanhol, (1923/ 2012). Pintor, escultor e teórico da arte. No início de sua carreira participou, junto com outros artistas e intelectuais catalāes, do grupo «Dau al Set», com interesse pelo surrealismo. . A partir de 1949, abandona as colagens, as pinturas de terra e pinta uma série de quadros em que predominam os tons de cinza. Em 1954, retorna ao uso da matéria: trabalha com argamassa, inspirado na cor esmaecida do mundo fossilizado. Depois de 65, sua obra pertence a neofiguraçāo e a arte matérica (arte pobre), incorporando os objetos rústicos e objetos do quotidiano. Na década de 70, suas “esculturas no espaço” imobiliza o objeto (madeiras, cadeiras, roupas, livros queimados) no espaço, com qrande carga emocional.


ANTONI TAPIES

ANA BIOLCHINI Meu link escolhido é o artista Catalão Antoni Tàpies. Me identifico com seus momentos de introspeção existencialista, o interesse em todas as coisas do mundo, e no significado da natureza. Na Obra apresentada desenvolvo imagens enigmáticas dispostas em conexões com eixos verticais, que remetem ao sagrado, e eixos horizontais do cotidiano da vida, com potencial de alterar a percepção da realidade. Assim como eu, o artista era inspirado pelos conceitos fundadores do Budismo, que através de uma multiplicidade de objetos evidencia leituras paradoxais. V.O.C.E. (Verbo Onde Cruza Estrutura) Colagem e edição digital a partir de fotografias de instalação de pintura costurada com fios e bordado em tecido de algodão, com posterior impressão em papel fotográfico, 30cm x 24cm, 2015/2016.


NELSON LEIRNER

SANDRA SCHECHTMAN “Nelson Leirner meu LINK” Meu primeiro contato com Nelson foi em 2001 em cursos por ele orientado na Gávea. Seu humor sarcástico sobre o comportamento humano, a utilização de objetos comuns mas ícones de sociedades e a conexão com artistas do passado provocaram em mim novos desafios na elaboração de meus trabalhos Estão todos convidados para a exposição “Nelson Leirner, uma viagem...” Objeto de parede Boneca de pelúcia com adereços, reprodução do convite da exposição “Nelson Leirner, uma viagem...” Centro Cultural Light, Rio de Janeiro, 1997. 33 X 33 X 35 cm


MARCOS CHAVES Nasceu no Rio de Janeiro em 1961, e iniciou sua atividade artística na segunda metade dos anos 1980. Trabalhando sobre os parâmetros da apropriação e da intervenção, sua obra é caracterizada pela utilização de diversas mídias, transitando livremente entre a produção de objetos, fotografias, vídeos, desenhos, palavras e sons.

MARCELO REZENDE

Clóvis Acrílica sobre tela, 44×33 cm , 2016


CLAUDIA ANDUJAR suiça. (1931/…). Fotógrafa. Em 57 transfere-se para Sāo Paulo.n a década de 1970, Claudia Andujar vai estudar os índios yanomani, permanecendo entre eles durante cinco anos. A observação do modo de vida e das tradições yanomani tem sido o fio condutor de sua atividade como fotógrafa desde então.

"Deixa que eu te levo." Técnica mista sobre papel, 26,5 x 24 cm.

FABIO KERR

Minha pesquisa atual fala da perda de identidade, dignidade, cultura, espaço físico, conceito, crença religiosa, posição dentro da sociedade na qual um grupo minoritário como os índios brasileiros sofrem diante ao avanço das civilizações com as quais mistura-se. Não que o mesmo deixe de acontecer com os outros, mas a escolha se dá por afinidades e possibilidades de foro íntimo. Para tal, apropriando-me de imagens feitas por grandes fotógrafos que registraram este universo, e Claudia Andujar o fez de maneira brilhante e apaixonada, fazendo com que eu a escolhe-se meu principal link para desenvolver o trabalho da pesquisa.


americano (1928/2011) Pintor, escultor , desenhista e fotógrafo. Em 1957 mudou-se para Itália. A partir dos anos 50, Twombly introduz giz e lápis assumindo um caráter mais gráfico de sua obra .Ao se mudar para Roma, explora a pincelada como forma de escrita, inspirada em paisagens e literatura clássicas. Na década seguinte, utiliza signos eróticos e cores mais intensas e densas. Em meados de 70, pintou paisagens em cores marrom, verde e azul claro, com inscrições e colagens, distribuídas em ângulos retos que enfatiza a legitimidade da imagem e seu caráter narrativo.

CY TWMOBLY

CLAUDIA LYRIO ANADIÔMENA mista sobre madeira 30 x 30 cm, 2016

Ao longo de minha trajetória artística, fui influenciada por diversos outros artistas. Porque os admirava, porque os entendia, porque me identificava com suas linhas de trabalho, às vezes com um traço. Em meu trabalho sempre busquei a experimentação com diversos meios e técnicas até me fixar mais significativamente na gravura e especialmente na pintura que , hoje, considero o meu principal meio de expressão. Foram várias fases e isso talvez ainda não tenha terminado, o que me parece bom pois revela a inquietação necessária para a produção criativa. Tenho duas linhas básicas de pesquisa em pintura e gravura, uma, mais abstrata, e outra mais figurativa. Ambas, entretanto, procuram trabalhar narrativa e cor. A primeira, explorando o grafismo; a segunda, explorando a imagem. Sou o resultado de uma mistura de dicções externas que são devoradas pelas minhas próprias idéias e inquietações. Tenho a minha assinatura na minha pincelada. Posso listar , assim , diversos links importantes para minha formação, como Cy Twombly, Gerhard Richter, Leonilson, Ad Reinhardt, William Kentritge, Adriana Varejão, Neo Rauch, Eduardo Berliner e muitos outros. O trabalho que desenvolvo, em si, pode não apresentar a lembrança deste ou daquele, pois o link pode ser apenas o desejo de fazer tão bem como aquele artista. O link nem sempre é explícito. Para esta exposição optei por deixar à mostra a ligação com Cy Twobly , uma das minhas paixões visuais que faz o elogio do rabisco, explora narrativa, cor e grafismos com uma delicadeza ímpar e uma sensibilidade excepcional.


ANSELM KIEFER

alemāo (1945/...)

SANDRA FELZEN ÁRVORE DA VIDA II Técnica mista s/ papel Panamá colado em madeira 30 x 30 cm 2016

Escolhi Anselm Kiefer como link, por considerá-lo um artista visionário cuja obra sempre teve um grande impacto sobre mim. Keifer se utiliza de imagens e citações colhidas em diversas narrativas. Forças da Natureza, mitologias, cosmologias, referências históricas, signos de guerra e destruição, símbolos de regeneração que se interpõem e remetem o expectador a intensas experiências. Em meu trabalho, procurei me conectar com essas forças da Natureza, suas profundezas, seus desequilíbrios e potencial restauração. A Árvore da Vida é uma simbologia da mística judaica de conexão e reequilíbrio. Como Kiefer, procurei utilizar vários materiais, entre eles uma folha de árvore (que se contrapõe à folha representada), papel impresso, fios de metal, além de tintas, carvão e grafites.

Durante os anos 70, estudou com Joseph Beuys. Utiliza materiais como palha, cinza, argila, chumbo e selador para madeira. Seus trabalhos são caracterizados por um estilo maçante, quase depressivo e destrutivo, em grandes formatos. O uso da fotografia como suporte prevalece, e terra e outros materiais da natureza são incorporados. Também é característico o uso de escritos, personagens lendários ou lugares históricos. O trabalho de Anselm Kiefer é denso, rico em simbologias e múltiplos significados. Com o objetivo de criar tensões entre planos de existências e mexer em áreas de sombra do humano, Keifer se utiliza de imagens e citações colhidas em diversas narrativas.


CARLOS VERGARA

gaúcho, (1941/...) Inicialmente dedicou-se ao artesanato de joias, trabalhos com que participou pela primeira vez da Bienal de São Paulo (1963). A partir de 1964 passou a se dedicar ao desenho e à pintura. Foi ativo participante da vanguarda dos anos 60 e 70. Obteve certificado de isenção de júri em 1966 no Salão Nacional de Arte Moderna e aquisição na Bienal de São Paulo de 1967. Esteve presente na Bienal de Veneza em 1980. Dedicou-se ,também, à cenografia e à arte gráfica. Ronaldo Brito escreveu, em 1983, sobre Vergara: "A premência e a urgência da pintura, da vontade de pintura, se tornam flagrantes pela falta de qualquer mediação entre o próprio ato de pintar e a coisa pintada. A trama é exatamente o que se trama, tudo o que se trama. (...) A tela pronta se busca ainda, pulsa inquieta e escapa a seu método."

ERIKA SOTHER Ao visitar a exposição de Carlos Vergara( Sagrado Coração) em 2008, no Paço Imperial, RJ, na saída, este cartaz estava sedo distribuído, eu peguei e tempos depois, no atelier, me deu uma imensa vontade de em cima do Sagrado coração dele, trabalhar o meu Sagrado Coração. E foi aí, que no final, percebi que havia profanado o que ele já havia profanado. Daí o título: "Profanando o profanado" '' O coração é meu, mas o sagrado é nosso. Meu, de Carlos Vegara e teu.'' Acrílica sobre tela e outros materiais, 35x 35cm, 2016


ARTEMISIA GENTILESCHI (1593 - 1656), Itália Artemisia Gentileschi, romana nascida em 1593, foi a primeira mulher aceita como membro na Academia de Arte del Disegno em Florença. Sua história de vida foi marcada pelo estupro sofrido e torturas no julgamento do acusado. Como técnica, faz uso do chiaroscuro, detalhes dourados e cores fortes nas roupas que são sempre cheias de dobraduras, amassados e ondulações. Nos tempos modernos ganhou nova fama como heroína feminista.

"A mulher que pintava“, Bordado em papel e acrílica, Medida variável, 2016

Quando conheci as pinturas de Artemísia, fiquei fascinada pela delicadeza de suas pinceladas em contraste com seus personagens femininos fortes. Essa ousadia e a audácia em ser artista em época ingrata às mulheres, me fizeram pesquisar a fundo a vida e obra da artista. Ao escolher um link para este projeto, imediatamente, desejei homenagear Artemísia. Com o bordado sobre papel, realçado pelo dourado, num objeto tridimensional, faço uma releitura contemporânea do barroco Italiano e do meu link: Artemísia Gentileschi.

SILVIA SANTIAGO


CINDY SHERMAN 1954 (62 anos), EUA Fotógrafa e diretora de cinema norteamericana, mais conhecida por seus autoretratos conceituais. Ela atualmente reside e trabalha em Nova Iorque. Através de um número diversos de trabalhos, Sherman levantou questões importantes e desafiadoras sobre o papel e a representação das mulheres na sociedade, a mídia e a natureza da criação de arte.

MARGARET DE CASTRO s/ título acrílica s/tela 30X30cm 2016

A artista americana Cindy Sherman através de fotografias que tira de si mesma levanta questões importantes e desafiadoras sobre a representação das mulheres na sociedade, onde desempenham diferentes papéis. No meu trabalho a figura humana é sempre presente. O link para essa expo se faz pois apresento uma tela - que não chamaria de auto retrato pois é uma ficção – onde coloco minha imagem em um cenário artificial, vestindo roupas que não são minhas, representando um papel e atuando como modelo de uma situação não real, assim com Sherman, que brinca com os estereótipos dos papéis que assumimos na construção da nossa identidade.


AMILCAR DE CASTRO

Mineiro de Paraisópolis (1920/2002) Amilcar foi escultor, gravador, desenhista, diagramador, cenógrafo, professor. Participou da 1a Exposiçao Nacional de Arte Concreta e assinou o Manifesto Neoconcreto, em 1959. Em sua escultura, parte do plano que é cortado e dobrado, formando um objeto tridimensional. Em suas últimas esculturas nao realiza dobras, mas apenas cortes em espessas paredes de ferro que deixam passar a luz.

Geométricos, Arte digital, 30x30cm, 2016

Em sua obra ele brinca com as formas geométricas, dobrando, cortando e torcendo, assim criando novas formas. Esta brincadeira sempre me atraiu, talvez por exercer a mesma profissão que ele, diagramação.

ANA ROSA D'ALEGRIA


YOSUKE GODA

japonês.(1985/...) Artista japonês Yosuke Goda cria instalações que envolvam o espectador fisicamente e mentalmente e que parecem ser capazes de engolir os seres humanos. Com talento e uma caneta preta na mão, Yosuke Goda transformou paredes em uma tela gigante. O trabalho do artista impressiona pelo detalhismo e pela grande quantidade de traços, que se emaranham nas paredes, no teto e no piso. De perto, é possível ver que partes do corpo humano fazem parte dos desenhos, como se fossem membros dos monstros e criaturas fantásticas. A impressão é que todos os seres entrelaçados fazem parte de uma única entidade, que vai se espalhando pela sala branca.

DANIELE BLORIS

As linhas que se entrelaçam formam a trama de um sonho. Um mundo onírico. Sonhos como realização de desejo. Esse é o link com o trabalho do artista Yosuke Goda. Linhas infinitas, emaranhadas, indecifráveis.


CHRISTO AND JEANNE CLAUDE Christo (Gabrovo, 1935, búlgaro) e JeanneClaude (Casablanca, Marrocos 1935). O casal ficou conhecido pelas instalações de arte ambiental, entre outros, pelo seu trabalho no Reichstag, o Parlamento alemão, em Berlim e na Pont Neuf, ponte em Paris, e mais recentemente The Gates no Central Park de Nova Iorque. A efemeridade de suas obras simboliza o amor das pessoas por aquilo que nāo dura, por exemplo, vida, infância, arco-iris. Patrocinadores e contribuições de fundos públicos foram negados por ambos os artistas, que financiaram sua arte só com a venda dos esboços.

Entreatos, 20 x 30cm, Imagem fotográfica sb acetato

haveria espaço para o silêncio?, 20cx30cm,Imagem fotográfica sb acetato

O trabalho de Christo e Jeanne Claude, insere-se no contexto de uma obra monumental e efêmera: um processo de embalagem de grandes áreas; estrutura e percepção de um lugar. A minha conexão é o uso deste mesmo processo de empacotamento, embora numa situação contrária ao monumental. São submersos objetos, de lembranças e memórias. Imersos em água, em constante estado de silencio e solidão. Registro de um tempo interno. Embalado. Embalsamado. Prega do tempo. Água da solidão.

VERA PAMPLONA


Inglaterra (1898 /1986) escultor e desenhista britânico que desenvolveu uma obra tridimensional predominantemente figurativa, com breves incursões pela abstração. Considerado um dos maiores escultores contemporâneos, recebeu o Prêmio Internacional de Escultura na XXIV Bienal de Veneza (1948), na II Bienal de São Paulo (1953) e na V Bienal de Tóquio (1959). Em 1983, o Metropolitan Museum de Nova Iorque apresentou a retrospectiva "Henry Moore: 60 anos de arte" em homenagem aos seus 85 anos de vida.

HENRY MOORE

''Desencontro'‘, Madeira acetato linha e manta26x23x18cm , 2016

OSVALDO GAIA

Henry Moore, a identificação com esse brilhante artista se deu através de um amigo crítico e professo da UFPA, onde comentou que o meu trabalho tinha uma relação com o dele eu não o conhecia. Comecei a pesquisar e dar mais atenção em suas obras especificamente na sua fase abstrata onde há pontas, tensões de linhas, e, suas soluções para resolver e finalizar as esculturas, e é isso que me fascina.


LENDAS GREGAS Um guerreiro e a arte das guerras

RICARDO C. SIMÕES Não tem um artista específico. Tem a arte de lendas Gregas como um todo, a arte das guerras! E a letra do funk, que são os meus links, que eu peguei um viés: em vez de pegar um artista peguei o meio todo, dentro de critérios como por exemplo, ter trabalhado junto... cerâmica, 60 cm


LOUISE BOURGEOIS 1911, França a 2010, Nova Iorque, EUA Fortemente influenciada pelo surrealismo, pelo primitivismo e por escultores modernistas como Alberto Giacometti e Constantin Brancusi. Seus trabalhos tendem a ser abstratos e altamente simbólicos, e estão presentes em vários espetáculos e coleções permanentes em museus ou galerias pelo mundo fora. A artista se notabilizou pela abordagem agressiva e explícita do sexo em suas obras, centradas no estudo do corpo humano e na necessidade de proteção diante de um mundo assustador. Ela costumava se inspirar em episódios de sua infância para fazer suas obras, marcadamente a relação entre seus pais, que mantinham um relacionamento infiel. A série de aranhas desenvolvida a partir dos anos 90, inclusive, representa estas inquietações familiares.

LÍGIA TEIXEIRA Escolhi Louise Bourgeois como meu link, pois em seu trabalho ela lida com o corpo como lugar dos mesmos questionamentos da minha obra “Zona de Conflito” . “Zona de Conflito” fala do corpo, do desejo e suas pulsões. O corpo como território de embate e conflito e não de apaziguamento . O corpo como lugar de contradições e diferenças. Fala do feminino, do estar no mundo e de identidade. O corpo como fetiche e transformação. Pulsão de vida e de morte, dor e prazer, sujeito e objeto. Lugar do real e do simbólico, de poder e submissão. O corpo como liberdade e afirmação.

"ZONA DE CONFLITO“


PINA BAUSCH alemā. (1940/2009) Foi coreógrafa, dançarina, pedagoga e diretora da Tanztheater Wuppertal. Pina Bausch, que combinou poesia e cotidiano em suas coreografias, desenvolveu técnicas de expressão criativa livre influenciadas por outras formas de arte, o que se refletiu numa abordagem aberta em seu trabalho. Ao inovar em seu método de trabalho, Pina Bausch encontrou a forma na poética das imagens e na linguagem corporal partindo das emoções humanas essenciais. Ao mesmo tempo que tem um olhar inflexível na realidade, Pina nos convida a sonhar.

Ela foi levada, pela mão, até a dor vídeo, 2016

Pina lidava com a emoção, com as questões básicas do ser humano. A dor, representada em nossa performance, nos trouxe Pina. Os movimentos repetidos, dramáticos e cruéis da dor sentida, em contraponto aos movimentos quase mecânicos do cotidiano, causam estranheza por romperem com o esperado. Esta é a escrita de Pina, romper com o comum, surpreender com o real. Pina quebrou fronteiras entre arte e dança, entre arte e vida. Podíamos ser Pina sem ser dança, sem ser teatro. Podíamos tudo.

coletivoZ


JOSEPH BEUYS “ Lieberknecht: O senhor conhece as fábulas em que as levres aparecem? Na Irlanda, há fábulas desse tipo que remontam ao século VIII. E a lebre na maioria das vezes surge como uma figura espiritual que trabalha de um modo estranho, tanto a favor quanto contra os seres humanos. Uma outra história fala de uma mulher que queria ter filhos e não conseguia, até encontrar no brejo uma lebre que lhe providenciou então um filho. Beauys: A lebre tem algumas coisas em comum com o veado, mas tem uma especialização muito diferente com relação as forças do sangue. Não está ligada, como no caso dos veados, à parte superior do corpo, da cintura até a cabeça, mas remete mais para baixo. Então a lebre tem uma relação forte com a mulher, com o nascimento, e também com a menstruação, e de um modo geral como conjunto das transformações químicas do sangue. É disso que se tratava aqui de maneira alusiva, do que a lebre torna visível para nós todos quando ela faz a sua toca. Ela se enterra. Assim temos novamente o movimento da encarnação. É isso que faz a lebre: encarnar-se fortemente dentro da terra, coisa que o homem só poder realizar radicalmente por meio de seu pensamentoesfregar, bater, cavar na matéria ( terra ); por fim, penetra ( a lebre ) nas leis da terra. Nesse trabalho seu pensamento é aguçado e então transformado, tornandose revolucionário. “ Conversa entre Joseph Beuys e o Hagen Lieberknecht, escrita por Joseph Beuys.

RAQUEL ROMERO-FAZ A obra de J. Beuys se inscreve no espirito romântico das suas ações e de sua visão da arte como regeneradora da sociedade contemporânea. A lebre, elemento presente no seu trabalho, representa o renascimento e reencarnação. Meu trabalho artístico explora a relação entre o sofrer, a dor, e o drama desse sentimento, a natureza e a beleza como parte da riqueza ousada e descarnada desse estado. É dessas chagas coletivas e pessoais que conversa meu trabalho de um modo geral com o de Beuys, me situando próxima do seu pensamento, onde sempre existe uma transformação inevitável após termos vicenciado uma perda, um sofrimento físico, mental ou espiritual e consequentemente uma inevitável busca pela cura e libertação do mal-estar. A beleza, o silêncio, a dor, o medo, a incomunicação, conduzem minha obra, num diálogo profundo com essa lebre beuysiana, que simbolicamente feminina, enterra-se, encarna-se dentro da terra mãe, penetrando-a e tornando seu pensamento revolucionário.

" A lebre", autoretrato Rosto escaneado e impresso sobre tecido de algodão, 35×30 cm


RAQUEL ROMERO-FAZ

Performance 2016


FUNK Remete remete remete remete ... Vai ficando sem vergonha! E vem a concepção Que questiona a libido A olho em pica decadência Viva a beleza lírica que por certo é quem ganha Artista tem de prostituto e a arte de piranha

RICARDO C. SIMÕES Performance 2016


Curadoria

Agradecimentos

LÚCIA AVANCINI MARILOU WINOGRAD

ALINE TOLEDO CHRISTINA AMARAL CLAUDIANA COTRIM CRIS CABUS GILDA SANTIAGO ELISA DE CASTRO LIMA JORGE CALFO LUCIA MARIA ATALIBA LUCAS CHAVES MARIA ELISA CHURRO MARIANA STARLING MARILENA MORAES MIGUEL WINOGRAD PAULO JORGE GONÇALVES

Pesquisa

GILDA SANTIAGO LÚCIA AVANCINI

Agradecimentos especiais

A TODA EQUIPE DE MONTAGEM E AOS ARTISTAS PARTICIPANTES


REALIZAÇÃO

www.acessoartecontemporanea.com

http://vgarte.com.br/


www.acessoartecontemporanea.com


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