Revista Acibalc - Edição nº3

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• EDITORIAL | MÁGDA BEZ

| EXPEDIENTE |

Juntos driblamos qualquer crise Divulgação

“Apagão de mão de obra”, “apagão de talentos”, “falta de mão de obra qualificada”, “falta de profissional especializado no mercado”... Essas manchetes estão se tornando cada vez mais comuns no nosso dia-a-dia. A verdade é que a falta de políticas públicas efetivas voltadas à educação ao longo das últimas décadas vem afetando sobremaneira o ritmo – acelerado - de crescimento que o nosso país está vivenciando. E esse problema é generalizado. Não é um segmento, um setor da economia, uma esfera da organização. Está em todas as escalas: da mão de obra operacional a cargos de presidente nas empresas de serviços, passando por TI, petroquímica, naval, construção civil e por aí segue. Todas essas constatações nos trazem a dúvida: será que o Brasil está preparado para esse aquecimento acelerado na economia, para atender a demanda que o mercado exige e para manter a competitividade? Acredito e sei que você, leitor, também acredita no nosso país e, para estarmos na frente, este é um momento importante para nos unirmos cada vez mais. O que fazer? Diante desse cenário está uma grande oportunidade para o crescimento do associativismo. Somos sabedores dos altos investimentos na capacitação de funcionários, e também da “concorrência” por essa mão de obra. Dessa forma, buscar alternativas conjuntas para essa capacitação, junto às associações, sindicatos e governo pode ser um dos caminhos mais viáveis para evitar um colapso, especialmente, para as médias e pequenas empresas. A reportagem de capa deste mês mostra o panorama no Brasil que já está refletindo em Santa Catarina, através de opiniões e sugestões de especialistas e pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria que apresenta um dado preocupante: que 70% das empresas são atingidas no nosso país pela falta de profissionais capacitados. Além disso, a terceira edição da Revista Acibalc está repleta de matérias e artigos interessantes. Uma das novidades do mês é que fomos brindados com um artigo do renomado palestrante Professor Marins sobre “como reter talentos” – questão ligada diretamente ao cenário da mão de obra que enfrentamos. Agradecemos ainda a especial atenção do presidente do Sinduscon de Balneário Camboriú, Sr. Carlos Haacke que recebeu nossa equipe de jornalismo para passar a você dados importantes sobre a construção civil na cidade. Informações sobre a importância da ginástica laboral nas empresas; sobre a questão de treinamento em recursos humanos da especialista Stela Winters são mais alguns dos conteúdos desta edição. E tem ainda uma matéria muito especial sobre o livro lançado recentemente pelo editor e renomado colunista do The New York Times, Adam Bryant. Na publicação, ele fala dos 5 elementos que os mais altos executivos do mundo apreciam na hora de contratar um líder. Confira nas páginas a seguir. Boa leitura e até a próxima! Mágda Bez Presidente

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| Uma realização

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ASSOCIAÇÃO EMPRESARIAL DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ E CAMBORIÚ

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• ARTIGO | LUIZ MARINS

É possível reter talentos?

Gil Macedo

Por Luiz Marins

“Todos temos muitos concorrentes, com qualidade semelhante e preços similares. A nossa diferença só pode estar em gente talentosa que faça a diferença todos os dias, destacando nossa empresa, nossa marca”, Luiz Marins.

Marcelo acompanhava cada um de seus clientes. Saía da empresa e ia onde o cliente estava para satisfazer uma necessidade. Todos diziam que ele realmente era “surpreendente”. Desligou-se da empresa sem dizer os motivos. Júlio era o melhor vendedor. Vendia muito mesmo. Vendia mais que o dobro da média dos outros vendedores. Pediu demissão alegando motivos pessoais. Marcela era uma secretária exemplar. Bilíngue, ela atendia a todos com presteza e cortesia. Tinha excelente redação e dominava bem editores de texto e até planilhas de cálculo. Saiu da empresa sem explicar a razão. O que terá acontecido com essas três pessoas – reais, com nomes fictícios? Conversei separadamente com cada uma delas. Marcelo explicou que deixara a empresa porque o seu chefe se incomodava muito com seu sucesso junto aos clientes. Os clientes ligavam para a empresa e queriam falar com ele (Marcelo) e não com seu chefe. As pessoas da empresa também não entendiam porque Marcelo recebia tantos convites dos clientes e fornecedores para confraternizações e isso parecia gerar um certo ciúme interno. Seu chefe começou a não permitir que ele visitasse os clientes com a mesma freqüência. Isso tudo o deixou muito chateado e ele pediu a conta. Com Júlio o que aconteceu foi que ele vendia tanto que sua comissão de vendas era maior do que o salário do seu chefe e até do pró-labore de seu patrão. Eles queriam, então, renegociar sua comissão para baixo. Diziam: “Você não pode ganhar tanto!”. Esse foi o real motivo de sua saída. Marcela disse que cansou de “brigar para trabalhar”. Seu chefe a mandava mentir a todo instante. Marcava um compromisso, não ia e mandava Marcela dizer que ele não estava sabendo do compromisso agendado. Além disso o ambiente de trabalho era muito ruim. As pessoas eram mal educadas, pouco gentis, e não havia respeito entre

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• ARTIGO | LUIZ MARINS

as pessoas que confundiam a vida profissional com a vida pessoal. A esposa e a filha do patrão mandavam e desmandavam na empresa sem que pertencessem ao quadro funcional. Não agüentou mais. Pediu a conta.

com qualidade semelhante e preços similares. A nossa diferença só pode estar em gente talentosa que faça a diferença todos os dias, diferenciando nossa empresa, nossa marca.

Reter talentos não é fácil. Justamente por serem pessoas talentosas, elas exigem condições de trabalho especiais. Muitas delas não reclamam, não falam, não se justificam. Como sabem ser talentosas e confiam na sua empregabilidade, elas simplesmente saem do emprego alegando qualquer motivo banal como “estou querendo dar um tempo para mim.” Elas não dizem a verdade porque sabem que a verdade poderá ofender e não querem sequer ter essa preocupação a mais. Simplesmente partem para outro emprego, outro desafio.

Para reter talentos é preciso dar a eles condições para que exercitem seus talentos. Sem essas condições pessoas talentosas sentem-se mal e buscam sempre um lugar onde possam desenvolver seus talentos. E essa é a palavra-chave. Pessoas talentosas sentem necessidade de desenvolver seus talentos. Por isso sempre querem mais. Por isso querem sempre maiores desafios. Por isso são essenciais para o sucesso de uma empresa.

A discussão de retenção de talentos é fundamental nos dias de hoje, porque não há como sobreviver num mercado competitivo com pessoas sem talento em nossa empresa. Todos temos muitos concorrentes,

E sua empresa? Você e sua empresa criam as condições necessárias para que talentos se desenvolvam? Ou você prefere medíocres obedientes que farão sempre tudo o que o chefe mandar? Pense nisso. Sucesso!

Luiz Marins é antropólogo, palestrante, empresário e consultor de empresas e organizações nacionais e internacionais. Licenciado em História, estudou Direito, Ciência Política, Negociação, Planejamento e Marketing em cursos em universidades no Brasil e no exterior. É autor de 25 livros. Mais informações: www.anthropos.com.br

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• RESPONSABILIDADE SOCIAL | CÃO GUIA

Escola Helen Keller necessita de apoio para atender a grande demanda de deficientes visuais à espera por um cão guia

junto aos estudantes, empresas, associações e à comunidade da região. O objetivo é levar informações de especialistas da Helen Keller para que as pessoas entendam a fundamental importância do cão guia para a vida do deficiente visual e para a sociedade como um todo. Conforme a Lei Federal nº 11.126, de 27 de junho de 2005 e decreto 5.904 de 21 de setembro de 2006, em vigor, é assegurado ao portador de deficiência visual acompanhado de um cão guia - e de cão em fase de socialização ou treinamento em companhia de seu treinador, instrutor ou acompanhantes habilitados - o acesso em qualquer estabelecimento público e privado de uso coletivo, inclusive em meios de transporte interestadual e internacional com origem no território brasileiro. E a empresa que proibir o acesso, conforme os requisitos abordados na Lei e decreto, pode arcar com multa ou até ser interditada, e é considerado um ato sério de discriminação. “Mas ainda há pessoas que não têm conhecimento dessa lei. Os cães são os olhos dessas pessoas e é através desses guias que os deficientes visuais podem se locomover e viver com muito mais qualidade, por isso, é nosso dever permitir essa liberdade de acesso”, diz o presidente da Hellen Keller João Nirto Diel. •

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o próximo mês, graças ao trabalho, à paixão e ao empenho dos voluntários da Escola Helen Keller de Cães Guias, mais dois deficientes visuais ganharão uma nova vida, e terão a oportunidade de se integrarem definitivamente à sociedade para exercerem livremente a cidadania através do auxílio dos cães guias. Mas enquanto isso, mais de mil deficientes visuais aguarda na lista de espera da escola para conquistar essa mesma chance. Mesmo com as grandes conquistas da escola - a primeira da América Latina ligada à Federação Internacional de Cão Guia - os números ainda são muito pequenos perto da grande demanda de pessoas no Brasil que necessita desse apoio. “Atualmente, é possível fazer o trabalho, mas apenas com um número reduzido de cães e, para isso, eles contam com a ajuda de voluntários socializadores que, após orientações, cedem as suas próprias casas para a adaptação do cão ao meio. O treinamento de cada cão e a adaptação com o futuro dono tem duração de 2 anos”, explica o instrutor Fabiano Pereira um dos únicos 3 brasileiros formados por instituições profissionais de cães guias, que existem apenas no exterior – e todos eles formados através da escola Helen Keller.

A meta principal da escola é construir um Centro de Treinamento devidamente estruturado e, dessa forma, multiplicar instrutores capacitados para atenderem os deficientes visuais não só em Santa Catarina, mas em todo o Brasil. Neste ano, a prefeitura de Balneário Camboriú fez a doação de um terreno, concessão por 20 anos, para a construção de um Centro Profissional de Treinamento da Escola Helen Keller. “O primeiro passo foi dado, agora fazemos um apelo às pessoas de nossa região e demais partes do país que nos ajudem a fazer a construção e, dessa forma, ampliar a assistência aos deficientes visuais”, anuncia.

iliz cia: 1489-3. C/ A escola disponib o do Brasil, Agên for o valor: Banc al qu ja se o, eir nh 9796370001-60 30459-X. CNPJ: 03

r a escola tras ou em ajuda ssados em pales ne: (47) ere efo int tel os lo ári pe es to pr Em m entrar em conta de po m bé tam la. s com doaçõe esidente da esco João Nirto Diel, Pr 9977-1858 – com

Empresas

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O objetivo é construir um Centro para atender todo o Brasil

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Conscientizar a população

Brisa é um dos cães guias da Helen Keller em fase de socialização

Outro destaque é o trabalho de conscientização

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• ESPECIAL | CAPA istockphoto.com

O Brasil precisa investir seriamente em educação, caso contrário pode ficar para trás de outros países emergentes que já investem de forma significativa, informou o vice-presidente da Fiesc durante o Fórum de Estágio de Santa Catarina.

FALTA DE MÃO DE OBRA PREOCUPA EMPRESAS NO BRASIL Vestuário, móveis, tecnologia da informação e construção civil são os setores mais críticos em Santa Catarina

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om o aquecimento econômico, a escassez da mão de obra qualificada no Brasil pode ser um dos entraves ao desenvolvimento e esse quadro já se reflete em Santa Catarina. Os cursos profissionalizantes, de graduação e especialização existentes parecem não ser suficientes para suprir as exigências do mercado em determinadas áreas, principalmente em um momento bastante competitivo em que vivem as empresas catarinenses. Segundo o vice-presidente da Fiesc, Glauco José Corte, durante o Fórum de Estágio de Santa Catarina, promovido pelo Instituto Euvaldo Lodi (IEL/SC), no mês passado, os setores críticos com a falta de profissionais qualificados são os de vestuário, móveis, tecnologia da informação e construção civil, e na sua maioria são empresas de pequeno e médio porte. O presidente do Sinduscon de Balneário Camboriú, Carlos Haacke (entrevistado do mês da Revista ACIBALC),

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diz que o setor da construção civil é um dos mais afetados com esse problema de qualificação, porque não existem escolas suficientes para formação de mão de obra para a construção civil no estado. Mas além desses setores que são os mais preocupantes, outros como: transportes, logística, alimentação, naval e náutica também têm enfrentado dificuldades nas contratações de pessoas capacitadas, inclusive nas grandes empresas. É o caso do Grupo Italiano Azimut-Benetti – maior fabricante de iates de luxo do mundo - que instalou em agosto do ano passado a fábrica na cidade de Itajaí. A meta é que nos próximos anos, sejam gerados mil empregos diretos. Contudo, apesar dos inúmeros benefícios oferecidos pela empresa, hoje existem muitas vagas de trabalho disponíveis e não são preenchidas pela dificuldade de encontrar pessoas com alguma experiência no setor

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• ESPECIAL | CAPA

náutico, na produção de iates. “O mercado náutico está deficitário de mão de obra qualificada e temos dificuldade de encontrar pessoas capacitadas para atuarem nos setores de produção e montagem”, diz o CEO da Azimut no Brasil Luca Morando. Além de promoverem treinamentos internos, a empresa está firmando parcerias com instituições de ensino para capacitar – através de cursos profissionalizantes - as pessoas para atuarem nesse mercado que cresce de forma significativa em Santa Catarina.

Má qualidade na educação?

O vice-presidente da Fiesc, durante o Fórum, destacou a qualidade do ensino básico e médio que não supre a demanda das indústrias no atual momento em que atravessam. Segundo ele, a baixa qualidade dos investimentos feitos em educação no País, a dificuldade de reter o trabalhador qualificado e o próprio desinteresse são as principais causas do cenário atual. Já o diretor da Acibalc, empresário e professor universitário José Santos Pereira destaca que além da baixa qualidade do ensino fundamental público outras causas de destaque são: a desvalorização da sociedade para os

“Ao perguntar para um zelador da NASA, na década de 60, o que ele estava fazendo, ele respondeu: ­- “Estou contribuindo para colocar o primeiro americano na Lua”. Esse tipo de compromisso faz falta no Brasil, principalmente entre governos, empresas e pessoas”, diz o Coach Empresarial Sizenando Carvalho.

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aspectos da cultura de qualidade (música, teatro, cinema, filosofia...) e principalmente, o pouco hábito para a leitura. “Esta situação é fruto da falta de planejamento de médio e longo prazo e do baixo, ou quase nenhum alinhamento entre a política educacional com a demanda gerada pelos projetos de desenvolvimento econômico. Isto está claro no “boom” da construção civil. Em Santa Catarina não estamos fora do que aponta o cenário nacional. Porém, é um pouco amenizada pelo interesse e pela tradição da nossa indústria na formação das pessoas”, explica Sizenando Carvalho, Coach Empresarial e Coordenador do Núcleo de Soluções Empresariais da ACIF, em Florianópolis – SC. Segundo Sizanando, são feitos projetos sem pensar no todo. Ele avalia que nos casos de instalação de empresas de maior porte, se contempla a formação básica das pessoas e se importa a mãode-obra mais especializada. Nas pequenas e médias

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• ESPECIAL | CAPA

empresas, ele diz que a questão da mão-de-obra é um dos itens pouco valorizados. “E a maioria dos empresários pensa que a formação profissional é dever do estado e dos candidatos a emprego”, afirma.

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Soluções analisadas por especialistas

Para minimizar esse atual cenário, o Coach Empresarial Sizanando Carvalho sugere que as empresas deveriam se organizar em Núcleos e ou Câmaras Setoriais, de forma associativa, com a ajuda do sistema “S”, e ainda, investir na qualificação e formação das pessoas, segundo as suas necessidades. “Na Alemanha, as principais forças de qualificação profissional são as próprias empresas, e elas utilizam esse recurso com êxito desde a primeira metade do século XVIII”, exemplifica. O especialista diz que é possível reverter esse quadro para atender a demanda, mesmo estando às vésperas de eventos mundiais como Copa do Mundo e Olimpíadas em que a mão de obra especializada é fundamental. “Acredito que este é o maior e mais empolgante desafio do nosso país dos últimos tempos mas, para isso, todos devem compartilhar da mesma visão”, sugere. “Ao perguntar para um zelador da NASA, na década de 60, o que ele estava fazendo, ele respondeu: ¬- “Estou contribuindo para colocar o primeiro americano na Lua”. Esse tipo de compromisso faz falta no Brasil, principalmente entre governos, empresas e pessoas. É mais fácil achar um culpado pelo que não foi feito ou feito de forma errada do que contribuir para realizar ou evitar que seja mal feito. Enfim, somando governo, iniciativa privada e pessoas, será possível atender com excelência o mercado e os megaeventos”, complementa. O diretor da Acibalc José Santos Pereira acrescenta o desenvolvimento, principalmente nas crianças e jovens, do gosto pela leitura. Além disso, ele cita a importância de implementar sistema de gestão da qualidade no ensino público, nas escolas privadas e nas empresas. Já o vice-presidente da Fiesc, durante o Fórum de Estágio de SC, destacou como uma das soluções a importância em aproveitar a grande quantidade de jovens que aguardam uma oportunidade do mercado de trabalho e só não ingressam por falta de qualificação. “As empresas devem investir mais em capacitação para reter a força de trabalho e aumentar a produtividade e a competitividade da indústria”, concluiu. Além disso, ele alertou a necessidade emergencial de investimentos por parte do governo em educação, já que o Brasil pode ficar para trás se for comparado a outros países que investem significativamente em educação.

O cenário da falta de mão de obra no país

Quando este panorama é ampliado para o país, os dados são ainda mais preocupantes. Segundo sondagem realizada pela Confederação Nacional da Indústria apresentada no mês passado, a falta de mão de obra qualificada já atinge 70% das empresas. A pesquisa da CNI divulgada pela Agência Sebrae de Notícias diz que o impacto maior da falta da mão-de-

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Construção civil é um dos setores mais afetados em Santa Catarina

obra capacitada dentro da empresa é na produção. Quase a totalidade das empresas no Brasil (94%) registra dificuldades para encontrar operadores. E 82% encontram problemas para contratar técnicos. As indústrias também informaram ter dificuldades para contratar funcionários qualificados em vendas/marketing (71%), para a área administrativa (66%), gerentes e profissionais de pesquisa e desenvolvimento (62%) e engenheiros (61%). A busca de eficiência ou redução de desperdício, como consequente aumento da produtividade, é a atividade mais prejudicada nas empresas, de acordo com 70% dos pesquisados. A garantia e melhoria da qualidade dos produtos foi a segunda atividade prejudicada mais apontada, com 63% de respostas. A expansão da produção foi citada por 40% dos empresários e o gerenciamento da produção teve 28% de assinalações. No Brasil, os setores mais afetados pelo problema são os segmentos de vestuário (84% das empresas), outros equipamentos de transporte (83%), limpeza e perfumaria (82%) e móveis (80%), apesar desta situação ser disseminada também para outros segmentos. Nos setores: farmacêutico, alimentos e bebidas, de indústrias diversas e calçados, no entanto, as dificuldades são maiores, conforme as empresas. Elas informaram não ter mecanismos para lidar com o problema. No farmacêutico e em indústrias diversas, 17% das empresas disseram não possuir qualquer forma de lidar internamente com a falta de trabalhador qualificado, enquanto que em alimentos e bebidas o percentual foi de 20% e em calçados, 21%. A sondagem foi realizada entre os dias 3 e 26 de janeiro, com 1.616 empresas. Foram consultadas 931 empresas de pequeno porte, 464 de médio porte e 221 grandes. •

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Serviço: www.cni.org.br www.agenciasebrae.com.br www.ielsc.org.br www.fiesc.com.br www.acibalc.com.br



• ARTIGO | RECURSOS HUMANOS

TREINAMENTO É CARO? Por Stela Winters Steil

“Um treinamento X deverá levar a um resultado Y e se você não souber medir isso, estará brincando de jogar dardos no escuro”, Stela Winters Steil.

Certa vez li a seguinte frase “- Se você acha que treinamento é caro, experimente a ignorância.”i É uma frase agressiva, mas interessante dentro de uma certa perspectiva. Você acha que treinamento é caro? Quanto custa a hora de um instrutor ou palestrante? Ou melhor quanto vale? Certamente todos sabem que, na era do conhecimento, já não vale mais aquela antiga máxima “Em terra de cego quem tem um olho é Rei”. É preciso ter uma excelente formação acadêmica aliada a uma sólida experiência profissional e isso custa caro e não é só estar formado, ter uma pós ou um mestrado e pronto! A formação de um bom profissional não acaba nunca, ele continuará tendo que ir a congressos, seminários, terá que ler pelo menos 3 livros por mês, gastar horas em pesquisas e atualização diária para poder estar sempre antenado e fazer comentários coerentes em suas palestras e cursos, terá que ler jornais diários, entender de política, economia global, terá que ter um site, um blog, um twitter e terá que atualizá-los não mais diariamente mas hora a hora, minuto a minuto. O que faz um treinamento ser caro definitivamente não é a hora paga ao instrutor. O que faz um treinamento ser caro é o seu mal dimensionamento, a falta de uma boa avaliação de desempenho que detecte exatamente quais as competências estão faltando no profissional. Caro é não saber mensurar o que se espera do profissional depois de treinado e não ter ferramentas adequadas para fazer essa medição. Caro é treinar e depois não dar acompanhamento ou condições de aplicabilidade do que se aprendeu. Caro é quando o profissional diz que gostaria que seu chefe estivesse ouvindo aquilo porque provavelmente o problema está na liderança e não nos liderados. Caro é não mapear competências, é não deixar claro para o profissional o que se espera dele. “- Se você não sabe para onde quer ir, qualquer lugar serve.” ii Quando uma empresa quer investir em treinamento a primeira coisa que deve fazer é identificar quais são as suas necessidades de capacitação, quem precisa ser treinado? No que precisa ser treinado? O quanto ele precisa ser treinado, ou seja, qual a sua competência real x desejada? Como posso medir isso? Como posso medir o resultado do treinamento? Como vou comprometer o profissional na busca desse resultado após capacitá-lo? De quanto em quanto tempo devo reciclar este conhecimento? Agora que sabemos que treinamento não é caro quando bem apli-

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• ARTIGO | RECURSOS HUMANOS

cado, quando efetivamente dá resultados, a questão passa a ser como contratar o profissional certo para as minhas necessidades de capacitação? Hoje felizmente contamos com inúmeros profissionais muito qualificados para treinar nossas equipes, em qualquer assunto, em qualquer área você poderá encontrar excelentes profissionais. E como em toda profissão existem os “não tão bons” assim, confira algumas dicas na hora da contratação: - Tome cuidado quando contratar um profissional, cheque sua experiência, suas credenciais, ligue para empresas onde ele já ministrou treinamento, fale com as pessoas, pergunte como foi, que resultados obteve, dê preferência às indicações... Afinal ninguém faz propaganda boca a boca quando não gosta. - Se você ainda tiver dúvidas, peça a ele que faça uma

prévia, uma pequena apresentação para um grupo de diretores ou gestores para testar suas habilidades. - Peça a ele uma avaliação pós treinamento, talvez o ponto de vista dele seja importante nas suas decisões futuras frente à equipe, e ele poderá lhe dar ótimas sugestões! - Certifique-se de que ele usará uma linguagem adequada ao grupo, deixe que ele conheça o máximo de sua empresa, tanto as coisas boas como as ruins. - Participe, sempre que possível, dos treinamentos, desde que isso não iniba a turma. Se não for participar do curso todo esteja pelo menos na abertura e no encerramento da atividade. Lembre-se que um treinamento X deverá levar a um resultado Y e se você não souber medir isso, estará brincando de jogar dardos no escuro.

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i Autor: Derek Bok Autor: Lewis Carrol

Stela Winters Steil é formada em Ciências Sociais e tem especialização em Empreendedorismo e Relações com o Mercado. Atua como consultora há 17 anos e é diretora da Essencial Talentos Humanos Consultoria Ltda.

Daniel Jevaux e Gian Micheleto são especialistas no ramo financeiro e diretores da empresa Sin Saber Investir.

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• ENTREVISTA | CONSTRUÇÃO CIVIL

Carlos Haacke, presidente do Sinduscon.

SEGUE ALTA A PROCURA POR IMÓVEIS EM BALNEÁRIO CAMBORIÚ Por Fábio Oliveira e Larissa Andrade

Os apartamentos em frente ao mar estão entre os mais desejados e como a orla está praticamente toda vendida, os preços tendem a subir ainda mais. É a lei da oferta e da procura. É o que diz na entrevista o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de Balneário Camboriú.

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construção civil – uma das principais atividades econômicas de Balneário Camboriú - continua com excelente desempenho e em crescimento. Pesquisa realizada pelo Sinduscon em 2010 revelou que de maio a novembro do ano passado, cerca de 1,3 milhão de metros quadrados em edifícios estava em construção no município e grande parte com áreas de lazer completas, com piscina, salão de festas e de jogos, playground, sauna, academia e cinema. Se por um lado existe a preocupação das empresas do segmento com dificuldade de encontrar de mão-de-obra qualificada, pelo outro a

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procura por imóveis – especialmente os de alto padrão - continua alta. São pessoas das mais diversas partes do país, principalmente, paranaenses, catarinenses, gaúchos e paulistas que querem viver em uma das praias mais “cobiçadas” do sul do país. E nem mesmo os “milhões de reais” cobrados na Avenida Atlântica assustam os compradores que buscam total conforto e qualidade em frente ao mar. Além disso, parece que estamos prestes a viver o segundo “boom” imobiliário. Confira na entrevista com o empresário e presidente do Sinduscon de Balneário Camboriú, Carlos Haacke à Revista ACIBALC.

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• ENTREVISTA | CONSTRUÇÃO CIVIL

REVISTA ACIBALC – Como o senhor avalia o crescimento rápido de Balneário Camboriú na construção civil? Acredita que foi desordenado? Carlos Haacke - Eu não considero esse crescimento desordenado. O que considero é que houve uma fluência de muitas construtoras e pessoas físicas de outras regiões que vieram construir em Balneário Camboriú que tinham certa quantidade de dinheiro. Então essas pessoas e essas construtoras é que não tiveram o cuidado de estudar bem a cidade, o seu potencial e deram uma “atrapalhada” no mercado. Porque as construtoras que são da cidade, aquelas que estão construindo aqui, essas não fazem nada sem antes ter um levantamento, uma pesquisa para saber que tipo de mercadoria usar, o que pode construir e onde construir da melhor forma. È claro que as pessoas e empresas que vieram tentar se estabelecer aqui também têm a sua contribuição para a cidade, só que esqueceram de fazer o primeiro passo: um planejamento melhor, uma análise melhor. REVISTA ACIBALC - E o senhor acha que prefeitura poderia intervir mais nesse processo de construção ou instalação das empresas, ou orientar de alguma forma? Carlos Haacke - Não, o mercado é livre pra todo mundo, ninguém pode obstruir ou tentar obstruir a entrada de novas empresas no mercado. REVISTA ACIBALC - Falta de Mão de obra qualificada em Balneário Camboriú. Carlos Haacke - Tem e muito, e acho que o setor da construção civil é um dos mais afetados com esse problema de qualificação, porque não existem escolas para formação de obra para a construção civil. A construção civil tradicionalmente tinha a política de que pai ensinava o filho a profissão: um pai carpinteiro ensinava seu filho, o pai “Se você vai a pedreiro ensinava seu filho a ser pedreium espetáculo ro e assim sucessivamente. Essa era a escola, a formação era de pai para filho, e quer ficar na e esse processo terminou com o passar primeira fila do tempo e não houve uma preocupação paga mais caro, em formar escolas. Aqui em Santa Catarina nós fomos pioneiros e o Sinduscerto? Aqui con construiu uma escola em Balneário não é diferente, Camboriú para o SENAI administrar. Ela se quer morar já está com 3 anos em funcionamento na Avenida formando profissionais para a construção civil, formando carpinteiros, pedreiAtlântica, em ros, eletricistas, pintores, encanadores frente para o e toda a gama de funcionários necessámar, vai pagar rios nesse segmento. REVISTA ACIBALC - Onde fica a mais caro” escola? Como se chama?

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Carlos Haacke - Fica no bairro dos Municípios depois do hospital Santa Inês, na Av. Angelina, no final dela. Chama-se Escola de Formação da Mão de Obra da Construção Civil ou SENAI. Hoje no estado todo, parece que já tem mais uma em Blumenau, e existe uma preocupação do SENAI em abrir outras em várias cidades. A intenção é construir 5 escolas fixas em locais pré-determinados e 3 escolas volantes, ou seja, em um ônibus ou caminhão. Ele vai até Itapema, por exemplo, fica estacionado durante um determinado tempo e vai formar profissionais, uma escola itinerante.

“Nós temos uma demanda muito grande de pessoas que querem vir morar em Balneário Camboriú, pessoas que tem um sonho, e sonho, claro, é pra ser realizado”

REVISTA ACIBALC - Balneário Camboriú tem projetos e tem espaço para um crescimento ainda maior? Carlos Haacke - Nós temos uma demanda muito grande de pessoas que querem vir morar em Balneário Camboriú, pessoas que tem um sonho, e sonho, claro, é pra ser realizado. Eu fiz uma viajem há pouco e quando eu dizia que morava em Balneário as pessoas reagiam dizendo que eu morava em um paraíso. Todos falam bem desta cidade, dificilmente você encontra alguém falando mal. REVISTA ACIBALC - Por ter essa grande procura, é que há uma supervalorização de preços na região? Por exemplo, os imóveis da Av. Atlântica?

Carlos Haacke - Sim, mas isso é sintomático. Nós não construímos terreno, nós construímos prédios, edifícios, casas. Se você vai a um espetáculo e quer ficar na primeira fila - paga mais caro, certo? Aqui não é diferente, se quer morar na Avenida Atlântica, em frente para o mar, vai pagar mais caro. Isso é aqui, é na Bahia, no Rio, enfim, em qualquer lugar que se tem uma visão privilegiada se gasta mais. Claro que a situação de Balneário Camboriú é mais delicada, porque nossa orla está praticamente toda vendida. E quando acabar, aqueles que pagaram preços altos vão vender aos que querem comprar por um preço ainda maior. É a tal lei da oferta e da procura. REVISTA ACIBALC - Quanto custa hoje o metro quadrado na Avenida Atlântica? Carlos Haacke - Eu não posso informar assertivamente, mas ele custa entre 6 e 10 mil reais. Existe uma variação muito grande: se o prédio tem uma estrutura boa, área de lazer, o tamanho do apartamento, a configuração do prédio a arquitetura e uma série de outros fatores. Em

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• ENTREVISTA | CONSTRUÇÃO CIVIL

Como Balneário Camboriú é o xodó dos gaúchos, então esta e outras como Itapema, que têm uma estrutura melhor serão as mais procuradas. Eu acredito que será o segundo “boom” imobiliário.

um apartamento a pessoa pode escolher ter o básico, mas também pode optar por ter uma série de comodidades e isso custa mais e influencia no preço do metro quadrado. REVISTA ACIBALC - Quanto aos imóveis de luxo, existe muita procura? Carlos Haacke - Com certeza são os mais procurados. Proporcionalmente, se você analisar a quantidade de apartamentos em frente ao mar que são construídos em relação ao resto da cidade, eles são os mais procurados. Quanto ao perfil do público, está melhorando o nível das pessoas que procura morar em BC. Elas têm o poder aquisitivo cada vez maior. Se compararmos a cidade hoje com a Balneário de 10 a 15 anos atrás, o nível do morador melhorou muito.

REVISTA ACIBALC – Qual é perfil desse comprador? Carlos Haacke - São dois perfis que a cidade atende. Nós estamos falando de um público que deseja morar aqui e um outro que deseja passar férias. As pessoas que hoje compram imóveis em Balneário Camboriú não querem mais alugar, eles querem para uso próprio. Já o que vem para visitar a cidade quer o hotel, ou até um apartamento para alugar. Mas nós temos uma deficiência em nossa rede hoteleira porque ela foi construída há 20 ou 30 anos. Em sua maioria são hotéis familiares e poucos se preocuparam em reformar, modernizar, ampliar... Esses hotéis não acompanharam a necessidade de evolução. É como em cidades antigas como em Buenos Aires, Montevidéu, Madri, Barcelona... Você vê os dois tipos: hotéis bem antigos com suas estruturas defasadas em relação aos novos hotéis, novos padrões. Tanto lá como cá a situação é a mesma. REVISTA ACIBALC - No aspecto dos serviços o senhor acha que Balneário Camboriú está preparada para atender esse público “AAA”? Carlos Haacke - Em relação aos serviços, em minha opinião, Balneário é uma das cidades que melhor atende. Se você visitar algumas dessas cidades que eu citei, é tudo muito longe, difícil, complicado, em qualquer coisa que necessitar. Já aqui não: é tudo muito perto, muito mais fácil. REVISTA ACIBALC - Quantos edifícios há em construção em BC e quantos apartamentos? Carlos Haacke - Nós fizemos um levantamento no início do ano e na oportunidade havia 170 edifícios em construção. E entregamos aproximadamente 70 edifícios por ano. E isso representa em torno de 1500 apartamentos por ano. É um numero significativo, mas se você for procurar já está tudo praticamente vendido. REVISTA ACIBALC - O senhor acredita que no futuro

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esses preços tendem a cair? Carlos Haacke - Eu acho o contrário. O primeiro “boom” de Balneário Camboriú foi quando foi concluída a BR 101 sentido norte, ou seja, nós temos todo o final de semana um volume de pessoas que vem de Curitiba e região, porque para eles é muito mais fácil vir à cidade do que ir às praias do litoral paranaense. Para vir a BC eles gastam 2 ou 3 horas, e já para ir ao litoral do PR eles gastam cerca de 5 horas. Então esse tempo favorece muito. Sem falar também que as praias deles são mais deficitárias e já as nossas são mais estruturadas em todos os aspectos. Então, é claro que isso gerou uma procura grande por imóveis e contribuiu para elevar os preços. REVISTA ACIBALC – E quanto ao público do Rio Grande do Sul? Carlos Haacke - Nós estamos prestes a concluir a BR 101 sentido sul, e existe uma demanda reprimida no Rio Grande do Sul. Nós sabemos que se você for viajar para Porto Alegre, pela Estrada do Sol, na margem esquerda no sentido capital, existe uma série de condomínios construídos para atender essa demanda e toda a macroregião, são mais de 2 milhões de pessoas. Só que essas casas de veraneio ficam distantes 5 quilômetros do mar. Ou seja, criaram condomínios grandes para que a pessoa saia de Porto Alegre e vá para uma casa relativamente próxima da praia. E esse pessoal já está começando a procurar imóveis por aqui. Inclusive, já temos uma boa clientela do norte, da serra e oeste do Rio Grande do Sul. Assim que ficar pronta a BR sentido Sul - dentro de 2 ou 3 anos como promete a nossa Presidente - vai vir um número grande de gaúchos comprar imóveis. Porque vindo do sul, a primeira praia de águas quentes em SC de acordo com a corrente marítima começa na região de Florianópolis (Praia do Sonho, Praia da Pinheira e outras) e elas fazem parte do Parque Ambiental da Serra do Tabuleiro. Portanto, todos aqueles imóveis estão em cima dessa área ambiental e, para comprar, existe a dificuldade em razão da documentação. Em Florianópolis nós sabemos que a ilha está com a parte norte com águas quentes e a parte oeste, que é a do mar, com águas frias. Portanto, passando toda essa região, as próximas praias de águas quentes do Estado (sentido sul-norte) iniciam em Governador Celso Ramos. Como Balneário Camboriú é o xodó dos gaúchos, então esta e outras como Itapema, que têm uma estrutura melhor, serão as mais procuradas. Eu acredito que será o segundo “boom” imobiliário. REVISTA ACIBALC – Mas com um número menor de terrenos, os espaços para construção diminuirão. Carlos Haacke - O número de obras futuramente vai diminuir, os terrenos ficarão escassos. Se hoje temos 170 edifícios por ano, daqui a alguns anos serão 150, 140, e na medida em que o tempo vai passando os terrenos vão ficando mais escassos e reduzirá a oferta de imóveis. Mas como conseqüência você acha que os preços vão cair? Os preços não irão cair, não tem como cair.

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• ENTREVISTA | CONSTRUÇÃO CIVIL

REVISTA ACIBALC - O turismo de “massa”, que Balneário Camboriú ainda recebe toda temporada, com grande número de ônibus circulando pela cidade, isso atrapalha na venda dos imóveis para quem quer residir aqui na região? Carlos Haacke - Eu acho que isso não atrapalha, mas aos poucos isso vai mudar. Se nós olharmos a quantidade de casas de excursões que tinha em Balneário Camboriú e analisar o número hoje, é drasticamente menor. A tendência é que o turismo vá se qualificando até pelas exigências que o município faz em relação a essas casas. Esse “turismo de excursão” vai diminuir cada vez mais de forma bem acentuada.

para comprar um imóvel é melhor buscar uma empresa da região que será mais seguro. Quanto às empresas que se instalam no estado, é importante frisar que tudo vem para somar, vem para contribuir de forma significativa para a cidade e para o estado. •

REVISTA ACIBALC - Como o senhor analisa a chegada de novas empresas deste segmento e de outros ao mercado de Santa Catarina? Carlos Haacke - As empresas de Balneário Camboriú possuem uma tradição de prestarem suporte aos imóveis vendidos de até 5 anos, em qualquer manutenção, desde uma fissura na parede. Imóvel é muito delicado, é um produto artesanal. Não tem como ficar sem assistência direta, e as empresas de Balneário Camboriú fazem isso com orgulho, o orgulho de ver o cliente satisfeito. Porque a venda do imóvel é feita boca a boca, através do poder da informação e da indicação. Pode-se entender sim que

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• ENFOQUE | EMPRESAS E NEGÓCIOS

DIVULGAÇÃO

O autor do livro Adam Bryant é diretor nacional adjunto do New York Times e escreve para a coluna semanal “Corner Office”

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QUALIDADES PARA O SUCESSO

Conheça os pontos essenciais que a maioria dos C.E.O´s procura nas pessoas que eles contratam * Por Larissa Andrade (baseado no artigo de Adam Bryant ao The New York Times)

O

jornal norte-americano The New York Times divulgou no mês passado o lançamento do livro “The Corner Office: Lições indispensáveis e inesperadas dos C.E.O´s sobre como liderar e ter sucesso”. O autor do

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livro é Adam Bryant e a publicação foi feita com base nas suas entrevistas com mais de 70 grandes líderes de diversas partes do mundo para a sua coluna semanal “Corner Office” no NYT.

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• ENFOQUE | EMPRESAS E NEGÓCIOS

Em resumo, o que é necessário para dirigir uma organização - seja uma equipe de trabalho, uma associação ou fundação, uma pequena empresa ou uma corporação multinacional? Bryant disse que a maioria dos C.E.O´s procura 5 elementos essenciais nos profissionais (gerentes, executivos, líderes de setores, etc) que eles contratam. E o mais interessante: todas essas qualidades são desenvolvidas através do hábito, da atitude e da disciplina, ou seja, cada pessoa pode controlar (não é genético). São características buscadas por altos executivos que fazem determinada pessoa se destacar, se tornar um funcionário melhor, um gerente melhor ou um líder melhor. Os C.E.O´s entrevistados compartilham 5 qualidades divulgadas em artigo do próprio autor sobre o livro recém lançado.

Conheça cada uma delas: 1º - “Curiosidade apaixonada” Por trás da seriedade que se percebe nos C.E.O´s, existe a “curiosidade apaixonada”. Eles sabem como “desvendar o código”. A todo o momento, eles questionam sobre por que as coisas funcionam de uma determinada maneira e como é possível melhorá-las. Eles buscam as histórias de pessoas, de seus funcionários... E isso faz com que eles identifiquem novas oportunidades e formas de desenvolver o trabalho junto aos seus colaboradores. “Você aprende com todo mundo”, disse Alan R. Mulally, presidente-executivo da Ford Motor Company. “Eu sempre quis apenas saber de tudo, compreender alguém que estava por perto”, complementa. O autor explica ainda que “curiosidade apaixonada” é um conjunto, a soma de características que não teriam a mesma eficácia se desenvolvidas separadamente. “Existem muitas pessoas que são apaixonadas, mas muitas de suas paixões são focadas em apenas uma área”, destaca. Essa “curiosidade apaixonada” foi extraída de uma frase utilizada por Nell Minow, o co-fundador da Corporate Library que, segundo ele, capta melhor o sentido do fascínio que algumas pessoas têm com tudo ao seu redor. “É indispensável, não importa qual é a profissão”, disse Minow. Sabe-se que executivos são pagos para ter respostas, mas as melhores contribuições para as organizações podem estar na importância de fazer as perguntas certas. Bryant explica que os C.E.O´s reconhecem que executivos não podem ter a resposta para tudo, mas eles podem levar a empresa para novas direções e impulsionar a energia coletiva de seus funcionários por fazerem as perguntas certas. 2º - Confiança em lidar com batalhas Bryant diz que a capacidade para lidar com adversidade não é uma qualidade tão simples de definir. “Algumas pessoas aceitam a adversidade, até mesmo a saboreiam, e elas têm um histórico de superação. Portanto, têm a confiança em superar difíceis batalhas”. As empresas re-

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velam que, a certeza de como as pessoas lidam com as adversidades, só vem quando elas são confrontadas com falhas potenciais ou reais. Por isso, muitos chefes e executivos de corporações, ao realizarem entrevistas com candidatos a novos empregos, procuram investigar o passado e saber como eles já lidaram com alguma falha. Na verdade, a intenção é saber se o candidato é do tipo de pessoa que assume desafios ou procura por desculpas para maquiar as falhas. “Eu gosto de contratar pessoas que superaram adversidades porque já constatei que a perseverança é realmente importante”, disse Nancy McKinstry, o executivo-chefe da Wolters Kluwer, editora holandesa. “As pessoas que já contratei tiveram a capacidade de descrever uma situação adversa porque eles são capazes de identificar, cair, sacudir a poeira e continuar a lutar no dia seguinte. “ As histórias dos executivos, expostas no livro de Bryant, ajudam a trazer a tona o conceito conhecido como “lócus de controle”, que se refere aos perfis e crenças de pessoas, sobre o que as leva ao sucesso e aos obstáculos em suas vidas. “Eles apenas criam desculpas pelas falhas ou fatores que não podem controlar ou eles acreditam que têm a habilidade de formar eventos e circunstâncias fazendo o melhor dentro do que eles podem controlar? Essa é uma atitude positiva misturada com um senso de propósito e determinação. Pessoas que têm essa característica assumirão qualquer atividade em suas vidas. E eles vão dizer àquelas palavras que soam como “música” nos ouvidos dos dirigentes: “Entendido, estou dentro!”. 3º - Times inteligentes Em passagem do livro, Bryant fala que os executivos mais eficazes são muito mais do que jogadores de um time. “Eles entendem como as equipes funcionam e como tirar o máximo de proveito do grupo. Assim como alguns são inteligentes e espertos, outros têm times inteligentes”, destaca. Mark Pincus, C.E.O do Zynga Game Network, uma empresa de jogos on-line, diz no livro que aprendeu lições sobre trabalho em equipe jogando futebol na escola. Até hoje, em futebol com amigos, ele diz que pode identificar pessoas que seriam boas contratações só por saber como elas jogam. “Formar times inteligentes tem a ver com boa visão periférica para sentir como uma pessoa reage com outra e não apenas como ela age.”, constata o autor. E isso se refere à capacidade de reconhecer os jogadores que o time precisa e como trazê-los em torno de um objetivo comum. “No início, eu me impressionava com o fator: talento, e estava disposto a anular a ideia de que aquela pessoa pode não ser um jogador de equipe”, disse Susan Lyne, presidente do Grupo Gilt. “Agora, preciso de alguém que seja capaz de trabalhar com pessoas - que é o número 1 na lista. Preciso de pessoas que construam uma equipe, que estejam aptas a gerenciar uma equipe, recrutar bem e trabalhar bem com seus pares. As pessoas que realmente têm sucesso nos negócios são aqueles que descobriram

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• ENFOQUE | EMPRESAS E NEGÓCIOS

como mobilizar as pessoas, inclusive, que não são seus subordinados diretos”, complementa. 4º - Uma simples ideia pré-concebida Grande parte dos executivos são muito claros no que querem: chegar direto ao ponto. Ao invés disso, existem pessoas que acreditam impressionar seus chefes com longas apresentações em “PowerPoint”. E de acordo com as entrevistas feitas por Bryant, poucas coisas irritam mais os executivos do que extensos trabalhos em “PowerPoint”. “Não é o software que eles não gostam, isso é apenas uma ferramenta. O que irrita é o pensamento desfocado de colaboradores que leva a apresentações muito longas. Existe um amplo consenso entre os grandes líderes que entrevistei de que: “morto por PowerPoint” se tornou um clichê”, diz o autor Antigamente, ter informações já garantia uma vantagem competitiva. Hoje, na Era da Internet, é fácil ter acesso a inúmeros dados e, por isso, se destaca àquela pessoa com maior capacidade de simplificar, de conectar pontos de maneiras novas, com perguntas simples e inteligentes que levam a oportunidades inexploradas. Bryant afirma que existem ainda muitas pessoas que têm DIVULGAÇÃO

Corner-office - A obra original revela as chaves para o sucesso, incluindo os cinco elementos essenciais para o alto desempenho dos executivos - qualidades que os presidentes (C.E.O´s) mais valorizam.

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problemas em ser concisas, em reunir as informações em principais pontos como: “Aqui está o que é importante...” ou “A ideia central é...”. O C.E.O da Microsoft Steven A. Ballmer revela que compreendia o impulso das pessoas em compartilhar detalhes de pesquisas que os levaram a uma determinada conclusão. Mas ele fala como mudou a forma de executar as reuniões para chegar à primeira conclusão. “Eu decidi que essas apresentações longas não são eficientes. Na maioria das reuniões de hoje, a pessoa me manda os materiais e eu leio antecipadamente. E, enquanto isso, eu posso fazer questionamentos se achar necessário e, principalmente, solicitar que não apresente o extenso projeto. E isso nos dá um foco bem melhor”. 5ª - Destemor Assumir riscos é uma qualidade que geralmente está associada a empresários ou empreendedores, que é associado a perfis de pessoas que fazem apostas em novas ideias (com embasamentos, pesquisas, etc). Mas “saber assumir riscos” não captura por completo a essência que muitos CEO´s encarnam, procuram e incentivam outros. Bryant através de suas entrevistas concluiu que a manutenção do “status quo” - mesmo com as coisas funcionando bem - só coloca os executivos atrás da concorrência. Por outro lado, “quando chefes de executivos falam sobre a coragem, o destemor de executivos subordinados e suas equipes, existe uma reverência em suas vozes. Eles gostariam de poder “engarrafar” isso e passar para todos os outros funcionários. Eles não estão apenas procurando pessoas que assumem riscos bem calculados, mas mais do que isso, eles querem pessoas que ajam - e não apenas que façam o que eles mandam”, explica Bryant. “Especificamente, nesta cultura, tenho que ter pessoas que não só sejam capazes de gerir a mudança, mas que tenham um apetite para isso”, disse Mindy F. Grossman, diretor executivo de HSN, a empresa-mãe da Home Shopping Network. “Eles tendem a ser mais intelectualmente curiosos, e então não têm apenas escaladas verticais. Peço as histórias. Adoro ouvi-los e isso me dá um sentido real da pessoa”. O autor do livro diz ainda que presidentes-executivos aconselham que haverá recompensa às pessoas que vivem com coragem, com destemor, porque tão poucas vivem dessa maneira e levar esta atitude para o trabalho é arriscado. “Você pode desestabilizar as pessoas por sacudir o status quo. Mas se você tem os melhores interesses para a organização em mente, pode desbloquear novas oportunidades para a empresa e para si mesmo”, reforça o autor. •

Informações e passagens do livro extraídas do artigo de Adam Bryant publicado no The New York Times. Bryant é autor do The Corner Office: Lições indispensáveis e inesperadas dos CEO´s sobre como liderar e ter sucesso”. O livro foi lançado nos E.U.A no dia 14 de abril (Times Books; Hardcover Edition). Infos.: www.nytimes.com ou www.adambryantbooks.com

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• PUBLIEDITORIAL

Marambaia é Concessionária Padrão A pela sétima vez A concessionária Marambaia recebeu no dia 14 de abril, pela sétima vez, o prêmio “CONCESSIONÁRIA PADRÃO A CHEVROLET”, que lhe confere os mais elevados índices e padrões operacionais definidos pela GM. O evento aconteceu nas dependências da concessionária e reuniu toda equipe Marambaia. Para a cerimônia de entrega do troféu, estiveram presentes o Diretor de Vendas e Marketing da GM, Ronaldo Znidarsis e o Gerente Regional de Operações, Eduardo Pires. Para o Diretor de Vendas da GM, Ronaldo Znidarsis, os sete títulos “Padrão A”, entregues à

concessionária ao longo de seus 16 anos, falam por si só e evidenciam a excelência no atendimento e serviços prestados pela Marambaia. “Ao entrar na Marambaia é visível a integração de toda equipe; o ambiente é alegre, a energia é muito positiva. Com certeza, tudo isso reflete nos altos índices de satisfação da concessionária”, afirma Znidarsis. O diretor da Marambaia, Osmar de Souza Nunes Filho, o Mazoca, agradeceu toda a equipe de profissionais da concessionária. “O trabalho exemplar executado por cada funcionário durante o dia-a-dia nos possibilita receber essa premiação, destacando a Marambaia Veículos como líder de vendas na região”,

afirma Mazoca durante a cerimônia. A premiação “Padrão A” é resultado de um processo anual de avaliação, realizado pela GM em toda rede de Concessionárias Chevrolet. Para ser uma Concessionária Padrão A, é necessário atender a critérios internacionais que compreendem: satisfação dos clientes, crescimento em vendas, posição financeira da empresa, treinamento dos funcionários, instalações, entre outros. •

ia Equipe Maramba

Diretores GM e Marambaia Veículos

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• BALANÇO | ACIBALC

WORKSHOP PARA

EXECUTIVOS DE ACIS João Souza

A Facisc e a Acibalc realizaram nos dias 7 e 8 de abril, em Balneário Camboriú, o Workshop para Executivos de ACIs (Associações Empresariais do Estado) com o tema “Pensar 2011: Rumo a Excelência”. Entre as atividade, aconteceram palestras, dinâmicas e painéis, assuntos voltados aos fundamentos da excelência em gestão que compreende os critérios: liderança, informações/ conhecimento, clientes, sociedade, pessoas, processos, estratégias/planos e resultados. Na ocasião, a presidente da Acibalc Magda Bez e sua diretoria apresentaram aos participantes a segunda edição da Revista Acibalc que teve aprovação unânime dos executivos. •

Presidente da Acibalc apresenta a Revista AciBalc aos executivos de ACIs

SEMINÁRIO PROMOVIDO PELO

NÚCLEO JOVEM REÚNE 400 PESSOAS DIVULGAÇÃO

A presidente da Acibalc ao lado do palestrante André Gaidzinski e dos membros do Núcleo Jovem

Agenda Acibalc

Cerca de 400 pessoas participaram de palestra ministrada pelo presidente do Movimento Catarinense para Excelência (MCE) André Gaidzinski, realizada na Univali em Balneário Camboriú no mês passado. O seminário foi mais uma ação promovida pelo Núcleo Jovem Empreendedor da Acibalc com o apoio da Univali (Universidade do Vale do Itajaí) e do Cejesc, Conselho do Jovem Empreendedor de SC. Estiveram presentes estudantes e professores universitários do curso de administração, associados e executivos do Núcleo Jovem da Acibalc e a diretoria da associação, representada pela presidente Mágda Bez. A palestra teve o tema “Governança Corporativa e Sucessão Familiar”. Na ocasião, Gaidzinski contou sobre sua ampla experiência em renomadas empresas familiares, trazendo dicas de gestão, de empreendedorismo e de como obter sucesso em uma corporação desse gênero. •

Confira os encontros, seminários e eventos empresariais do mês de maio e junho. Acesse o site: www.acibalc.com.br no link: Agenda.

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• BALANÇO | ACIBALC

DIVULGAÇÃO

NÚCLEO AUTOMOTIVO REALIZA PALESTRA MOTIVACIONAL

Empresas apresentaram produtos e soluções durante o encontro

DIVULGAÇÃO

SUCESSO ABSOLUTO NO 6º ENCONTRO DE NEGÓCIOS ACIBALC

Cerca de 90 pessoas do setor automotivo e de autopeças da região participaram de palestra motivacional

Todas as vagas para o 6º Encontro de Negócios da Acibalc e do Núcleo de Informática – que aconteceu no dia 28 de abril - foram preenchidas. O objetivo do encontro, que acontece mensalmente, é aproximar empresas, realizar contatos e negócios, e apresentar produtos, serviços e soluções ao mercado corporativo de Balneário Camboriú e Camboriú. A sexta edição do evento aconteceu na sede da Sicredi de Balneário Camboriú (Sistema de Crédito Corporativo), empresa apoiadora. A programação contou com atividades como: palestra sobre “Mídias Sociais” promovida pela especialista na área Bianca Rossi; apresentação da diretoria da Acibalc e das empresas presentes, entrega de certificados aos novos associados Acibalc, rodada de negócios, sorteio de brindes e coquetel de confraternização. O próximo encontro de negócios acontecerá no dia 23 de maio com a participação do Núcleo Automotivo. Garanta a participação através do e-mail acibalc@acibalc.com.br ou pelo tel: (47) 3363-0700. •

Aconteceu na sede da Acibalc no mês passado, palestra motivacional ministrada pelo especialista e professor universitário Célio Hoegen. O encontro foi organizado pelo Núcleo Automotivo da Acibalc e reuniu cerca de 90 pessoas entre empresários do setor automotivo e de autopeças, além de colaboradores da área. Através da apresentação de dicas e soluções práticas tanto no setor profissional quanto no pessoal, o palestrante abordou temas como: a importância do conhecimento e profissionalismo; dicas para ser mais feliz no trabalho; marketing pessoal, e ética relacionada ao trabalho e dinheiro.•

DIVULGAÇÃO

SEMINÁRIO SOBRE PERSPECTIVAS PARA A CONSTRUÇÃO CIVIL

A Acibalc com apoio do Sinduscon (Sindicato da Indústria da Construção Civil de Balneário Camboriú) e da empresa Sin Saber Investir, realizou no final de março seminário focado no mercado corporativo com o tema “Construção Civil: perspectivas e cenários para o setor no Brasil”. O evento foi realizado na sede da Acibalc e reuniu empresários, gerentes, assessores e pessoal da área de vendas e de finanças do mercado da construção civil. A palestra foi ministrada pelo especialista em análise de investimentos Marco Antônio Ozeki Saravalle. De acordo com a presidente da Acibalc, Mágda Bez, o principal objetivo da associação foi traçar um panorama do setor, um dos principais na economia da região, disponibilizando informações úteis para o desenvolvimento cada vez maior das empresas. “Além disso, pretendemos fortalecer o intercâmbio entre a Acibalc e o Sinduscon e de seus membros, e a importância do associativismo”, explica Mágda. •

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Diretoria Acibalc e Núcleo de Informática fazem entrega de certificados aos novos associados

iado Acibalc

c Seja um asso

sociação na sede da as Faça uma visita la 24 em sa 5, 71 Rua 1.542, nº na a ad liz ca lo eferir, solicite boriú ou, se pr Balneário Cam esa. Entre em to na sua empr uma visita dire .0700 ou 63 33 l.: (47) contato pelo te com.br. c. al ib ac e-mail acibalc@

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• ATUALIDADE | GINÁSTICA LABORAL

GINÁSTICA LABORAL AUMENTA PRODUTIVIDADE NAS EMPRESAS Programa é eficaz na prevenção da LER/DORT e proporciona diminuição significativa do nível de estresse no trabalho Por Larissa Andrade

A

Divulgação

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Foto: Itabom

cada nas Disfunções Osteos Lesões por Esforços Repetitivos musculares, Raquel P. Jung (LER) e os Distúrbios Osteomusprofessora de Ginástica Laboral culares Relacionados ao Trabalho e Ergonomia em diversas em(DORT), além do estresse - que interfere presas de Balneário Camboriú e também no aparecimento das síndromes Camboriú, diz que os gastos do -, têm sido alvo de preocupação dos emgoverno por afastamento do trapresários com seus funcionários. No Brabalho estão no topo do ranking. sil, registra-se um aumento progressivo “O Governo tem orientado de casos do gênero nos últimos 20 anos. as empresas a investirem em Quando se manifesta, esse conjunto de programas que melhorem a quadoenças ataca os nervos, músculos e tenlidade de vida de seus funcionádões (juntos ou separadamente) e reflete rios”, explica. A fisioterapeuta diretamente e de forma significativa na destaca ainda que, segundo a produtividade dentro das corporações. Organização Mundial da Saúde De acordo com estudo realizado por (OMS), 83,6% dos brasileiros pesquisadores dinamarqueses e publisão sedentários. “Esse número cado no Journal Occupational Medicine, “Estamos cada vez excede o índice mundial de 70%. os programas de ginástica laboral são mais sedentários e, Essas pessoas estão sujeitas a soluções eficazes para a prevenção das desenvolver doenças cardíacas doenças. O investimento nessa atividade infelizmente, algumas e obesidade, além de pressão é revertido em curto prazo já que proporpessoas só vão dar o alta e níveis de estresse. Esses ciona a redução do nível do estresse (40% devido valor a esses percentuais explicam porque a segundo a pesquisa), auxilia na melhora inatividade física é considerada da postura e na mobilidade das articulaprogramas após sofrerem a doença do século”, alerta. ções, sem falar na melhora da integração alguma disfunção (dor), social. O estudo revelou ainda uma dimiou lesão” Raquel Jung As causas nuição de custos com assistência médica (fisioterapeuta) e a redução nos acidentes de trabalho. da LER/DORT Ainda relacionado às empresas avaA LER/DORT é causada por liadas na pesquisa, houve uma diminuição de 22% nas uma sobrecarga excessiva de grupos musculares através faltas ao trabalho e aumento em 38% na motivação para de movimentos repetitivos, como é o caso da digitação exercer as atividades. – tão frequente nos dias de hoje. Postura incorreta ou fiEm matéria publicada em maio de 2.008 no extinto car em uma mesma posição – através de determinados Gazeta Mercantil, o Brasil gastou cerca de 1 (um) bilhão segmentos do corpo - por um tempo prolongado são mais de reais em um período de 5 (cinco) anos com o pagamen- alguns dos fatores e, se somado a questões emocionais, to de auxílio doença a funcionários do setor bancário em pode ocasionar com mais rapidez o aparecimento. • conseqüência da LER/DORT. A fisioterapeuta e especialista em Fisioterapia Apli-

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• ATUALIDADE | GINÁSTICA LABORAL

Empresas catarinenses ainda resistem na implantação do programa Segundo a fisioterapeuta, em Santa Catarina e, especificamente em Balneário Camboriú, Camboriú e região, ainda há um índice alto de empresas que não pensam em investir na saúde do trabalhador mas Raquel avalia que o quadro está mudando a passos lentos. “Está ocorrendo uma mudança cultural nesse sentido, mesmo porque, além de favorecer os funcionários, favorece o empregador na prevenção da DORT”, informa. “Existem alguns projetos de Lei em avaliação que requerem a obrigatoriedade da Ginástica Laboral para determinadas atividades mas, no entanto, não é obrigatório ainda”, complementa. Na região de Balneário Camboriú e Camboriú, há ainda muita resistência na implantação de programas que visam promover qualidade de vida aos funcionários por puro desconhecimento – informa Raquel. “Além disso, muitos desmerecem a prática da ginástica laboral já que se trata de exercícios simples”. “Estamos cada vez mais sedentários e, infelizmente, algumas pessoas só vão dar o devido valor a esses programas após sofrerem alguma disfunção (dor), ou lesão. Geralmente é assim que ocorre, passamos a nos cuidar mais após momentos de alguma dor ou desconforto, e não por amor ao próprio corpo”, avalia.

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Entenda o programa regular de ginástica laboral

As aulas de Ginástica Laboral têm duração de 10 a 15 minutos e são realizadas em média 3 vezes por semana. Devem ser durante o expediente em horário que menos interfira nas atividades da empresa. De acordo com a especialista, a análise para identificar as principais musculaturas utilizadas pelo trabalhador é muito importante para direcionar os exercícios aplicados em cada aula. Dessa forma, o programa é estruturado partir dessa análise, seja através de exercícios de alongamentos, relaxamentos, fortalecimentos, atividades lúdicas, dinâmicas de grupo, massagens em dupla, exercícios proprioceptivos (para auxiliar na correção de posturas inadequadas), podendo ser utilizado instrumentos como: massageadores, bastões, bolinhas, balões, colchonetes, entre outros. As empresas podem optar ainda pelas avaliações ergonômicas, essas, feitas individualmente e em qualquer horário (de acordo com a necessidade da corporação). “Durante essa avaliação o trabalhador é orientado sobre vários aspectos ergonômicos e posturais e caso seja necessário a adequação do seu posto de trabalho, essa informação é passada via relatório escrito para a direção da empresa”, explica. “A saúde é um patrimônio pessoal de extrema importância, já que dela dependemos para desfrutar do verdadeiro bem-estar geral. Aderir a um programa de fisioterapia em uma empresa visa estimular as pessoas a tomarem uma atitude positiva para uma vida saudável. É uma forma de proteção para as empresas, e um investimento em promoção de saúde”, reforça a fisioterapeuta. •

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• UTILIDADE | AGENDA

e Feiras s Evento :: Saúde

Hospitalar – 13ª Feira Internacional de Produtos, Equipamentos, Serviços e Tecnologia para Hospitais, Laboratórios, Farmácias, Clínicas e Consultórios. Data: 24 a 27 de maio Local: Expo Center Norte, São Paulo, SP Características: expõe produtos, equipamentos, serviços e tecnologia para análises clínicas e patologia. Realização: São Paulo Feiras Comerciais Informações: www.hospitalar.com

:: Turismo

BNT Mercosul 2011 - Bolsa de Negócios Turísticos do Mercosul Data: 27 e 28 de maio de 2011 Local: Beto Carrero World, em Penha, e Balneário Camboriú, SC. Características: apresenta novidades, tendências, destinos, produtos e serviços turísticos do Brasil a profissionais do setor de todo o Mercosul. Realização: BNT Mercosul Feiras e Congressos Informações: www.bntmercosul.com.br

:: Gestão empresarial

Expogestão - Feira Nacional de Produtos e Serviços para Gestão Data: 7 a 10 de junho

Local: Centreventos Cau Hansen, Joinville, SC Características: palestras, workshops, produtos, tecnologias e serviços voltados ao mercado corporativo Realização: Messe Brasil/ Facisc e ACIJ Informações: www.expogestao.com.br

:: Finanças

Expo Money Data: 8 e 9 de junho Local: Centro Sul, Florianópolis, SC Características: palestras e exposição voltadas ao mercado financeiro e de investimentos Realização: TradeNetwork Informações: www.expomoney.com.br

:: Alimentos e Bebidas

Fispal Food Service – Feira Internacional de Produtos e Serviços para Alimentação Fora do Lar Data: 6 a 9 de junho Local: EXPO Center Norte, São Paulo, SP Características: produtos, equipamentos e serviços para profissionais de restaurantes, bares, pizzarias, cafeterias, catering, buffets, hotéis, além de distribuidores e lojistas de todos os segmentos food service. Realização: Brazil Trade Shows Informações: www.fispalfoodservce.com.br

:: Calçados e Acessórios

Francal – 43ª Feira Internacional da Moda em Calçados e Acessórios Data: 27 a 30 de junho Local: Anhembi, São Paulo, SP Características: feira de produtos e acessórios , além de máquinas e matérias primas para o setor de calçados. Realização: Francal Feiras e Empreendimentos Informações: www.feirafrancal.com.br

:: Governo de Santa Catarina www.sc.gov.br

Sites úteis

:: Facisc – Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina www.facisc.com.br :: Badesc – Agência de Fomento do Estado de SC www.badesc.gov.br

:: Governo Brasileiro www.redegoverno.gov.br

:: Ciasc - Centro de Informática e Automação do Estado de Santa Catarina www.ciasc.gov.br

:: Receita Federal www.receita.fazenda.gov.br

:: Jucesc – Junta Comercial do Estado de Santa Catarina www.jusesc.sc.gov.br

:: Ministério da Justiça www.mj.gov.br :: Cacb – Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil www.cacb.org.br/site

:: Prefeitura de Balneário Camboriú www.balneariocamboriu.sc.gov.br

:: Sebrae - Apoio às micros e pequenas empresas www.sebrae.com.br

:: Prefeitura de Camboriú www.cidadedecamboriu.sc.gov.br

:: Conaje – Confederação Nacional de Jovens Empresários www.conaje.com.br

:: Acibalc – Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú www.acibalc.com.br

ACIBALC - Associação Empresarial de Balneário Camboriú e Camboriú

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• PUBLIEDITORIAL | SEGURANÇA

PROJETO E VALORIZAÇÃO DO SERVIDOR PIONEIRISMO e RECONHECIMENTO Valorizar o servidor, esse é o desafio que a DELTA LUX decidiu enfrentar, através de seu grupo de colaboradores. O projeto é uma iniciativa fundamental para o nosso segmento porque atuamos em três linhas mestras. 1)- A necessidade de valorizar os trabalho dos nossos servidores. 2)- Fazer com que eles sintam orgulho de sua atividade. 3)- Mostrar ao mercado contratante e sociedade em geral a importância destes profissionais. A motivação em estar neste projeto é a possibili-

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dade de mostrar o lado positivo das suas atividades, é focar na sensibilização de todos os envolvidos, chamando-os a exercitar o olhar correto ao servidor, mostrando o seu cotidiano, seus sonhos, seu empenho no trabalho. Participar deste projeto é acima de tudo valorizar e acreditar em nossos profissionais, e que vale a pena e merecem todo o nosso respeito. Capacitar as pessoas, dotando-as de instrumentos para serem usados no seu dia-a-dia, e com isto torná-las profissionais à altura de suas responsabilidades é uma gratificante oportunidade. O mais importante é a conscientização de cada um, tanto para a empresa, como para o colaborador que as suas atividades são importantes não só para quem as exerce, como para nossos tomadores de serviço. É uma atividade econômica profissional, capacitada e que faz a diferença no contexto social, devendo ser respeitada e reconhecida pela sociedade.

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