Rervista Do Aço - Edição 02

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Ano I - edição 2 - 2012

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• Importação de aço dificulta mercado

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• Desindustrialização e gestão de negócios

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índice

sxc.hu

Notícias do Aço............................................................................................................................... 04 Orientação Serra fita 3 serra circular........................................................................................... 10 Equipamentos Máquinas agrícolas...................................................................................................... 14 Pesquisa Impactos da desindustrialização............................................................................. 18 Investimento Investir para crescer..................................................................................................... 22 Capa Aço na construção civil............................................................................................... 24 Tendência Fusões e aquisições..................................................................................................... 34 Produção Importação de aço dificulta mercado interno.................................................... 38 Perfil Tupy.................................................................................................................................. 43 Panorama Fusões na mineração................................................................................................... 46 Caderno de Classificados do Aço.......................................................................... 47

Revista do Aço – Ano I – Número 02 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço. Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br) Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) (redacao@revistadoaco.com.br) Projeto Editorial Revista do AÇO Projeto Gráfico Elbert Stein (artes@revistadoaco.com.br) Capa Elbert Stein Colaboradores desta edição Laura Calado (edição), Isabel Alencar (GO 01141JP) Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) Imagem de capa: sxc.hu e ilustração RA Cadastro: Marcia Corazzim (cadastro@revistadoaco.com.br) Publicidade e Comercial Luiz Cortez – (11) 9125-8489 (cortez@revistadoaco.com.br) Marcelo Lopes – (11) 7417-5433 Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda Tiragem 10.000 exemplares Redação, Publicidade, Administração e Correspondência: Rua Manuel Buchalla, 180 – São Paulo – Cep: 04230-030 – SP – Brasil Telefone: +55 (11) 2062-1231 A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO, objetivando os setores Metal-mecânicos e Siderúrgicos

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Cobre atinge valor mínimo

Divulgação

Os contratos futuros do cobre recuaram para seu menor patamar em quatro meses, à medida que os investidores reduziram suas apostas em ativos sensíveis ao crescimento em reação aos temores de que o impasse político na Grécia poderá levar o país para uma saída turbulenta da zona do euro. A crise financeira na Europa deverá limitar o apetite já fraco do continente para o cobre e reduzir a demanda ao redor do mundo por meio da interrupção do fluxo do comércio internacional. O cobre subiu inicialmente no comércio eletrônico durante a sessão asiática, um movimento que os traders atribuíram ao corte da taxa de depósito compulsório dos bancos em 0,5 ponto porcentual, anúncio do Banco do Povo da China (PBOC, em inglês) no fim de semana. No entanto, o metal apagou os ganhos antes da abertura dos mercados europeus.

Demissões na indústria Entre os 17 setores da indústria contemplados pela Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), 10 deles registraram redução do pessoal ocupado no primeiro trimestre deste ano, na comparação com igual período do ano passado. Desses, sete tinham registrado redução da produção física de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As demissões no setor têxtil representaram queda de 5,1% do pessoal ocupado no período e de 6,5% no setor de vestuário. Na mesma comparação, a produção física têx-

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til recuou 7,5%, enquanto que a do vestuário caiu 15,1%. O emprego também vai mal nos setores de calçados e couro (-7,0%), fumo (-5,7%), produtos de metal (-5,5%), borracha e plástico (4,2%) e metalurgia básica (-2,9%), sempre na comparação entre o primeiro trimestre deste ano frente a igual período de 2011. Indústria pagará 22% a mais pelo gás

A conta de gás natural ficará mais cara para a indústria paulista. Empresários do Estado de São Paulo foram surpreendidos com a notícia de que as tarifas da distribuidora Comgás serão reajustadas em até 22% a partir de 1º de junho. Este será o terceiro aumento desde maio do ano passado. Nas últimas duas elevações, o preço subiu 19%. Ou seja, em um ano, a tarifa subirá 45%. A notícia provocou um levante no setor industrial, que considera inadmissível um reajuste dessa magnitude num momento em que se discute retomada de competitividade. O secretário de Energia do Estado de São Paulo, José Aníbal, comprometeu-se a conversar com a Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) e com a Petrobras. Na média nacional, o Brasil tem a quarta maior tarifa industrial do mundo. Perde só para Alemanha, República Checa e Estônia. Também detém o maior preço entre os países do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China). Enquanto no Brasil o gás custa US$ 16,8 (por milhão de BTU), na Índia custa US$ 5,2; na China, US$ 13,5; e na Rússia, US$ 3.


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Mercedes-Benz inaugura nova fábrica em Juiz de Fora

ArcelorMittal confirma previsão maior de demanda

A Mercedes-Benz inaugurou oficialmente a sua nova fábrica de caminhões em Juiz de Fora (MG). Esta unidade, que antes montava automóveis, recebeu investimentos de R$ 450 milhões, num projeto que consumiu 18 meses para adaptar a linha à produção de veículos pesados. A previsão da montadora é que sejam produzidos inicialmente 15 mil veículos por ano dos modelos Accelo, caminhão leve, e o extrapesado Actros, que atualmente é importado da Alemanha. A meta da empresa é ampliar gradativamente o índice de nacionalização do Actros e chegar em 2014 com 72% de conteúdo de peças nacionais.

A ArcelorMittal confirmou sua expectativa para a demanda aparente por aço no mundo é de um crescimento entre 4% e 4,5% em 2012. A siderúrgica prevê aumento de 5% na demanda da China, de 6,5% a 7% na dos Estados Unidos, Canadá e México, e queda de 1% a 2% na demanda da União Europeia. A previsão da companhia para a demanda aparente por aço é mais otimista do que a Associação Mundial do Aço (World Steel) em relação à China e ao mundo, e levemente mais pessimista em relação à União Europeia. A World Steel, cujos membros respondem por quase 85% da produção global de aço, previu, no final do mês passado, uma alta de 3,6% na demanda global em 2012, e de 4% para a China. A entidade estima queda de 1,2% para a demanda da União Europeia.

A unidade de Juiz de Fora é considerada pela montadora como uma das mais modernas fábricas de caminhões do mundo. As inovações vão desde a pintura de paredes, vigas e iluminação, para tornar o ambiente agradável aos funcionários, até a linha de produção mais eficiente e flexível, com estoques reduzidos para melhor controle de gastos e uso adequado dos materiais.

Incêndio atinge alto-forno II da Usiminas de Cubatão Foram necessárias seis horas para controlar as chamas; causa ainda não foi identificada Um incêndio de grandes proporções atingiu o alto-forno da Usiminas, na rodovia Don Domenico Rangoni, no Jardim das Indústrias, em Cubatão, litoral de São Paulo, no mês de maio. De acordo com o Corpo de Bombeiros de Cubatão, foram necessárias seis horas para controlar as chamas e a causa do incêndio ainda não foi identificada. A Brigada Militar de própria empresa tentou controlar a situação até que ativaram os agentes dos bombeiros para auxiliar no combate às chamas. Não houve feridos. O alto-forno II da Usiminas de Cubatão, torre onde aconteceu o acidente, é um setor da empresa onde acontece o derretimento de metais com altas temperaturas e o auxilio de gases. Até o fechamento desta edição ainda não havia sido estimado o valor do prejuízo causado pelas chamas, mas, de acordo com o Corpo de Bombeiros, toda a parte superior da torre foi consumida. O alto-forno 2 voltou a operar dois dias depois do incidente e a área afetada foi preservada para a apuração das causas do incêndio. Os trabalhos da perícia técnica para descobrir as causas do grande incêndio que atingiu a chaminé do alto-forno 2 da Usiminas, em Cubatão, começaram dois dias depois. Técnicos da empresa iam avaliar os reais prejuízos e como vão fazer a reconstrução.

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Estímulo à produção de máquinas O governo oferecerá estímulos à indústria de bens de capital para produzir no Brasil máquinas e equipamentos que são importados atualmente. A lista dos produtos deve estar fechada em 60 dias. A seleção está sendo feita com base nos pedidos repetitivos dos chamados ex-tarifários, que concedem redução de Imposto de Importação a bens de capital sem produção nacional. Os incentivos ainda serão definidos, mas já está certa a participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como financiador dos projetos. O governo tem feito um esforço para reduzir importações em setores considerados chaves para a economia e para a geração de empregos no Brasil. Já foi anunciado, por exemplo, que o setor de autopeças também receberá estímulos para desenvolver a cadeia produtiva brasileira. Desde 2011, o Ministério do Desenvolvimento iniciou um processo de transição nas análises dos pedidos das empresas para redução de Imposto de Importação em máquinas e equipamentos sem similar nacional e ligados a investimentos no Brasil. As mudanças causaram alguns atrasos nas autorizações de ex-tarifários. No primeiro trimestre deste ano foram concedidos 233 ex-tarifários, com importações previstas de US$ 522 milhões. No mesmo período do ano passado, foram 670 liberações e importações de máquinas e equipamentos no valor de US$ 1,34 bilhão. Desde outubro de 2011, o BNDES passou a integrar o comitê de análise de ex-tarifários.

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Alstom vai fornecer equipamentos para parques eólicos no Brasil A Alstom fechou um contrato com a Odebrecht Energia para o fornecimento de equipamentos para quatro parques eólicos no Sul do Brasil. A Alstom vai fornecer, instalar e comissionar 40 aerogeradores do modelo ECO 122, que é apropriado para as condições de vento da região. O contrato foi assinado dentro do contexto do leilão de energia de reserva A-3. Os parques eólicos Corredor do Senandes II, III e IV, e Vento Aragano I, localizados no Estado do Rio Grande do Sul, atingirão uma capacidade total de 108 MW. Lançado em 2011, esse aerogerador de 2.7 MW tem o maior diâmetro de rotor dos diversos modelos de aerogeradores da plataforma ECO 100. Além dos aerogeradores, a Alstom será responsável pelo fornecimento e montagem dos sistemas elétricos e subestações de todo o complexo. Os aerogeradores serão montados na nova fábrica da Alstom no Estado da Bahia, inaugurada em novembro de 2011, que foi projetada para produzir os modelos mais modernos da nova linha. Os parques eólicos têm operação comercial programada para o final de 2013. Todos os aerogeradores da linha Alstom têm concepção técnica denominada Alstom Pure Torquer, um projeto mecânico que protege o multiplicador e demais componentes ativos de receber esforços excepcionais oriundos da estrutura do aerogerador. A Alstom está no Brasil há mais de 55 anos e instalou quase 40% dos equipamentos do mercado de geração de energia elétrica do País. Desde 2010, a Alstom foi escolhida para fornecer em torno de 400 MW em três projetos eólicos.

ThyssenKrupp estuda vender usinas no Brasil e nos EUA Notícia divulgada pela agência de notícia Reuters dão conta de que a ThyssenKrupp, maior produtora de aço da Alemanha, pode vender suas usinas no Rio de Janeiro e no Alabama, avaliadas em 7 bilhões de euros (9 bilhões de dólares), em decorrência de estouro de orçamentos de implantação e atrasos das unidades.

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Volkswagen comemora 20 mi de carros produzidos no Brasil Em maio, a Volkswagen atingiu a marca de 20 milhões de veículos produzidos no Brasil. A montadora alemã fabrica carros no País desde 1953 e exporta modelos desde 1970. Na época, aliás, a Volks acumulou 1 milhão de unidades fabricadas. As 10 milhões de unidades produzidas foram comemoradas em 1994. De acordo com dados da própria marca, 20 milhões de veículos equivalem a quase toda a frota de veículos somada da Holanda, Bélgica, Suíça e Suécia. Os 10 modelos mais produzidos no Brasil pela Volks foram o Gol, com 6,9 milhões, o Fusca, com 3,1 milhões, e a Kombi, com 1,520 milhão. No acumulado de vendas de 2012, segunda a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave) a fabricante emplacou 210.712 unidades de janeiro a abril. No quarto mês do ano foram 50.932 novas unidades comercializadas.


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orientação

Processo de corte de metais por serra fita e serra circular Qual a melhor máquina? Qual a diferença entre os cortes? É possível cortar qualquer material? Como escolher uma boa máquina?

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ara ajudar a esclarecer dúvidas sobre o uso de serras e máquinas de serrar, a Revista do Aço foi procurar a Sul Corte, empresa especializada no corte de metais e hoje fabrica lâminas de serra circular de aço rápido, metal duro e cermet e que fornece para diversos setores como metal mecânico, aeroespacial, agrícola gás e petróleo, entre outros. São três unidades: a matriz em Caxias do Sul (SC), Joinville (SC) e uma unidade em Valinhos, interior de São Paulo. Acompanhe as dúvidas respondidas pelo engenheiro Fernando Spanholi Teles, gerente técnico da empresa.

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1 - Quais são os principais tipos de serras e máquinas para serrar? Quais são as características de cada uma delas? Existem basicamente dois processos de corte com serras, um com serra de fita e outro que faz uso de serra circular, ambas com dentes em sua extremidade. O processo com serra fita é mais abrangente, enquanto o processo com serra circular é mais específico. As máquinas podem ser manuais, semiautomáticas ou automáticas.


orientação

2 - Quais são as aplicações mais frequentes de cada tipo de serra e máquina? Tanto o processo com serra de fita quanto o de serra circular não possuem restrição quanto a aplicação. Eles podem ser aplicados para material metálico, não metálico, polímeros, madeira, borracha etc., porém o que diferencia muitas vezes um processo do outro, é a dimensão do material cortado, a velocidade de corte e o acabamento superficial que se deseja. Normalmente o processo de serra fita é usado para grandes seções de corte, mas é um processo onde a velocidade e o acabamento superficial não são tão bons; enquanto o processo de serra circular geralmente é para seções pequenas e médias, porém a velocidade de corte e o acabamento superficial são melhores.

já as serras de fita de metal duro são aplicadas para estes mesmos materiais, porém com uma velocidade de corte muito superior, mas para isso é necessário ter um equipamento adequado para o uso deste tipo de serra. As serras circulares podem aparecer também de três formas: aço rápido, metal duro e cermet. A primeira é uma tecnologia mais antiga e é utilizada principalmente para cortes de tubos, mas também pode ser utilizado para seções maciças. Ultimamente as serras de metal duro e cermet ocupam este espaço por proporcionarem um corte mais rápido e possuírem uma vida mais alta.

4 - O que deve ser observado para se fazer uma escolha adequada da serra em função da operação que se deseja realizar ou material a ser cortado? Existem algumas perguntas básicas que precisam ser feitas ao usuário de serras para identificar qual o processo mais adequado. Deve-se perguntar, por exemplo: • Qual o tipo do material que será cortado? • Qual a dimensão deste material? • Qual a variação das seções de corte que deve ser seguida? • Qual a demanda diária, mensal ou anual de cortes?

3 - Quanto ao material utilizado na fabricação da serra (aço carbono, metal duro etc.) qual é a diferença entre eles? Em quais aplicações devemos utilizar serras de aço carbono e em quais devemos utilizar de metal duro, etc.? As serras de fita podem aparecer de três formas: serras fita de aço carbono, aço rápido e metal duro. A aplicação varia de acordo com a dificuldade de corte que o material a ser cortado apresenta, serras de aço carbono são aplicadas para materiais de fácil corte, por exemplo, plásticos, madeira etc. Serras de aço rápido são aplicadas para materiais não ferrosos e aços em geral, como alumínio, cobre, latão, aços carbono, aços ferramenta, etc., Revista do Aço •

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o limitante é a ferramenta e é difícil construir serras circular de grandes diâmetros. Para pequenas seções, até 150 mm o ideal é o processo com serras circulares onde estes são mais rápidos e econômicos.

• E xiste a necessidade de um bom acabamento superficial ou não? Com isso é possível identificar qual o melhor processo a ser utilizado e identificar o tipo de ferramenta a ser aplicada. Para grandes seções, o processo mais adequado é serra de fita, já que

5 - Como são diferenciadas as serras quanto à geometria dos dentes em função do material a ser cortado? A geometria de corte tanto no processo com serra de fita quanto na serra circular, variam de acordo com o material a ser cortado, ou seja, conforme sua usinabilidade, sua característica de formação de cavaco, formato etc. Para cada tipo ou família de materiais são construídas serras com geometrias específicas.

6 - O que deve ser observado na escolha dos parâmetros de corte de máquinas para serrar? Os parâmetros assim como a geometria, também variam de acordo com o material a ser cortado, normalmente quanto mais difícil de cortar é o material, mais lento é o corte e quanto mais fácil de cortar é o material, mais rápido é o processo de corte. 7 - Quais os principais ajustes a serem feitos quando se corta um material pastoso como o alumínio, duro como o aço ou abrasivo como a madeira? Materiais como o alumínio pedem ferramentas e parâmetros específicos, geralmente são usadas técnicas de quebra cavacos, parâmetros

COMPARATIVO SERRA CIRCULAR X SERRA FITA Segue abaixo comparativo entre serra circular X serra fita, para o corte de um material de Ø 38,1 SAE 1045.

SERRA CIRCULAR

P -100 B

SERRA FITA

Tempo de corte (s)

7

20

Vida estimada da lâmina (cm²)

~ 300000 a 350000

~ 45000 a 60000

Precisão comprim. (mm)

0,1

0,3

Dimensões da lâmina

Ø 360 mm x 80z

34 mm x 3,92 m

Custo médio da ferramenta

R$ 850,00

R$ 160,00

Custo médio por corte

R$ 0,03

R$ 0,03

Produtividade por hora (peca c/ 50 mm comp.)

~ 360 peças

~ 140 peças

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orientação

e lubrificantes para lidar com estas características. 8 - O que deve ser observado para se fazer uma escolha adequada de uma máquina para serrar? O que é mais importante: estabilidade, rotações por minuto (RPM) ou potência? Em ambos os casos, é importante ter uma máquina bem dimensionadas para o processo de corte, muitas vezes até superdimensionada dependendo do caso. A rigidez do equipamento é um dos pontos mais importantes, pois para a ferramenta, este ponto é fundamental para que esta seja aproveitada da melhor forma possível.

9 - Apesar de parecer uma operação relativamente simples, há alguns cuidados especiais que possam garantir uma boa operação de corte com serra? O processo de corte é uma arte, pois envolve muitas variáveis, como por exemplo, parâmetros de corte adequados, ferramenta adequada para o material a ser cortado, uma máquina bem construída e rígida, controle adequado dos parâmetros, lubrificação do corte etc.

11- Quais são as principais novidades neste mercado? E tendências? As novidades deste mercado tanto para ambas as serras, são equipamentos e serras que possibilitam um corte mais rápido, um exemplo em serras de fita é a fabricação de equipamentos específicos para a utilização de serras de metal duro, e nas serras circulares é também a utilização de ferramentas de metal duro e cermet. A tendência é que em um médio prazo, os processos atuais principalmente com 10 - Existem máquinas de serrar a ferramentas de aço rápido, migrem Comando Numérico Computa- para ferramentas mais produtivas, dorizado (CNC)? como ocorreu com as ferramentas Sim, nos dois processos. de usinagem.


equipamentos

Máquinas agrícolas: tecnologia e rentabilidade Setor apresenta recuperação, mas a expectativa é de que os resultados sejam melhores para

2012

Isabel Melo Imagens: sxc.hu e divulgação

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setor de máquinas agrícolas é muito importante na cadeia econômica nacional, afinal a agricultura ainda tem um peso importante na economia brasileira. São equipamentos modernos que facilitam a vida do agricultor tanto no plantio como na colheita dos produtos. Como não poderia deixar de ser, o segmento de maquinário agrícola acompanhou o setor e cresceu apresentando novas opções e estilos de equipamentos que buscam atender as necessidades dos produtores. O presidente da Câmara Setorial de Máquina e Implementos Agrícolas, da Abimaq, Celso Casale, acredita


equipamentos

minham a passos largos: no mesmo período, contabilizaram um aumento de 47%. Para Casale, a taxa atual do câmbio e o “custo Brasil” são os principais fatores que favorecem as vendas externas. “Acreditamos que a elevação da taxa de importação – da média atual (14%) para 35% para as máquinas e equipamentos agrícolas é importante para igualar a tributação entre produtos brasileiros e estrangeiros.”, afirma. Principal vitrine de tecnologia de máquinas agrícolas, a 19ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação, conhecida como

em aumento das vendas de até 15% para esse ano. “Os preços de commodities continuam a oferecer ótimo retorno ao produtor, assim ele se sente estimulado a manter o investimento. Segundo pesquisas oficiais, o uso de equipamentos contribuiu para a melhora da produtividade no campo”, ressalta. Ele reforça que o panorama é favorável ao produtor rural se forem mantidas as atuais linhas de crédito e também disponibilidade de recursos para a compra de máquinas e implementos agrícolas. Já com relação às exportações de 2011, estimadas em US$ 1 bilhão, o dirigente demonstra cautela. Enquanto as vendas externas avançam a passos mais lentos (estima-se um acréscimo de 21% com relação a 2010), as importações ca-

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equipamentos

Agrishow, aconteceu de 30 de abril a 4 de maio, em Ribeirão Preto (SP). Nos quatro dias do evento, os organizadores acreditam num volume de negócios de R$ 2 bilhões em razão de aumento nas empresas participantes (780, nesta edição), dentre outros fatores. O setor de máquinas agrícolas movimentou R$ 10 bilhões em 2011, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Isto representa um crescimento aproximado de 31%, em comparação ao ano anterior. Equipamentos O desenvolvimento dos equipamentos agrícolas ilustra a importância de um setor que apresentou acréscimo na oferta de empregos (de 47,6 mil vagas para 54,8 mil, em 2011) e do nível de capacidade ins-

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talada (aumento de 13%). É neste cenário que podemos situar exemplos como a Case Construction Equipment. Presente no Brasil há 90 anos, a empresa norte-americana apresentou, nesta Agrishow, a carregadeira 721E versão canavieira. Com o objetivo de reduzir o número de paradas e

facilitar a limpeza, a máquina possui pré-filtro de ar ciclônico para o motor e ar condicionado, tela protetora no alternador e ventilador reversível de ar. Assim, assegura o aumento da produtividade no carregamento de bagaço de cana. Segundo o diretor geral da Case para a América Latina,


equipamentos

Roque Reis, as vendas em 2011 foram cerca de 30% maiores no comparativo com 2010. “As máquinas de construção são usadas na infraestrutura das fazendas e usinas, em serviços gerais, carregamento de grãos, movimentação de bagaço de cana-de-açúcar, insumos e muitas outras aplicações”, ressalta. Também de olho na rentabilidade do produtor, a Agro Industrial Hennipman Ltd. divulgou sua plantadeira de batatas de quatro linhas para plantio após adubação. O modelo conta com um sistema de rodagem inovador que permite controle exato da profundidade da semente, mesmo com a carga total de sementes, sem precisar de torque elevado para sua tração, o que resulta em alto rendimento. Fabricantes importantes como Massey Ferguson já registram reação nas vendas no mercado interno: no primeiro bimestre de 2012, já comercializou no país 24 tratores acima de 200 cv, o dobro da quantidade vendida no mesmo período do ano passado. Outra empresa que esteve presente foi a fabricante de tratores e microtratores, Agritech que fez demonstrações de campo. Foram apresentadas máquinas estacionárias, para plantio, pulverização e colheita, além do uso específico na horticultura. Muitas empresas participaram da feira que aconteceu em Ribeirão Preto e que, tradicionalmente, é um termômetro para os negócios do setor, além de vitrine de lançamentos para máquinas agrícolas. Revista do Aço •

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Pesquisa

Os impactos da desindustrialização na estratégia das empresas Sondagem com executivos mostra que desindustrialização influencia na gestão dos negócios Redação Imagens: divulgação

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Instituto de Marketing Industrial fez uma pesquisa com líderes de empresas de 15 setores do B2B que participaram da Usina do Conhecimento, na sede da Escola de Marketing Industrial (EMI), foram 37 presidentes de empresas de diversos setores: fabricantes de máquinas agrícolas e pesadas para construção, do setor gráfico, de automação industrial, energia limpa, transfor-

mação de plástico, metalúrgica, celulose e papel, cerâmica, têxtil, TI para meios de pagamento, biotecnologia, alumínio, saúde e comunicação. A pesquisa apontou formas para lidar com as oportunidades e os desafios relacionados à perda de competitividade. A Usina do Conhecimento é promovida a cada dois meses pelo Instituto de Marketing Industrial. É um encontro em que lideranças empre-


pesquisa

sariais debatem oportunidades e desafios nas relações do mundo B2B e busca apontar coisas novas por meio de depoimentos e conversas entre líderes e gestores das companhias. A sondagem feita com executivos mostrou que o processo crescente de desindustrialização no Brasil vem se acentuando, com impacto na gestão dos negócios desses executivos, na atividade dos seus fornecedores e, principalmente, nas relações entre as empresas. Foram considerados três eixos relevantes para a competitividade da indústria brasileira: a liderança tecnológica, a

eficiência operacional e a intimidade com os clientes. Foram ouvidos líderes e gestores de fabricantes de máquinas agrícolas e pesadas para construção, do setor gráfico, de automação industrial, energia limpa, transformação de plástico, metalúrgica, celulose e papel, cerâmica, têxtil, TI para meios de pagamento, biotecnologia, alumínio, saúde e comunicação. As empresas brasileiras, segundo mostra a pesquisa realizada pelo Instituto de Marketing Industrial, consideram-se bem posicionadas em relação ao domínio tecnológi-

co e às relações com os clientes. Em contrapartida, estão perdendo em eficiência operacional, principalmente devido às questões internas do País. Entre os líderes presentes, 66% apontaram a diminuição da eficiência operacional como um entrave competitivo. Já o domínio da tecnologia é um ponto forte da indústria brasileira: apenas 14% das lideranças ouvidas creditam algum impacto da desindustrialização à falta de inovação e de conhecimento tecnológico. Outro aspecto positivo da indústria brasileira, para fazer frente à

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Revista do Aço •

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pesquisa

da concorrência chinesa, mas principalmente de outras causas profundas e complexas, como questões microeconômicas internas, sistema tributário, regras salariais e custos de logística. Teixeira Moreira ressalta que os resultados da pesquisa são muito relevantes pelo fato de ter sido realizada com quem dirige as companhias. Ele explica que a Usina do Conhecimento “fornece pistas sobre a atuação das empresas do B2B, e é palco de pesquisas que aliam eviJosé Carlos Teixeira Moreira, presidente do Instituto de Marketing Industrial

concorrência dominante da China e aos problemas relacionados à falta de infraestrutura e ao elevado custo Brasil, tem sido o fortalecimento das relações com os clientes. Segundo 86% dos líderes entrevistados, a intimidade com o cliente aparece como uma vantagem da indústria em um cenário de menor eficiência operacional. “A sondagem deixa claro que a maioria dos entrevistados considera a indústria brasileira moderna e eficaz, e o que precisa ser equacionado, para manter a competitividade com o cenário externo, são questões internas, como infraestrutura deficitária, alta carga tributária e burocracia”, observa José Carlos Teixeira Moreira, presidente do Instituto de Marketing Industrial e da Escola de Marketing Industrial. O processo de desindustrialização, portanto, não é visto como resultado apenas

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dências e constatações, sendo que as primeiras podem ser quantificadas, ao passo que as evidências regem o comportamento dos gestores de primeira linha”. Trata-se, portanto, de uma mostra de alta qualidade dos impactos no mundo dos negócios que exigem mudanças estratégicas. Em relação às estratégias que as empresas estão adotando nesse cenário, o presidente do Instituto e da Escola de Marketing Industrial observa que é preciso habilidade


pesquisa

para definir como se posicionar. Ele aponta duas possibilidades: o curto caminho longo, que é a habilidade de as empresas, diante de contingências, tratarem ações imediatas em busca de resultados preliminares, e o longo caminho curto, tratando das causas mais profundas dos desconfortos econômicos e sociais das empresas, buscando criar defesas que protejam a organização de choques futuros. “Conhecer as necessidades locais e dos clientes, ofertando não só componentes, mas soluções sob medida, por exemplo, é uma forma

Desindustrialização tem impacto nas relações entre as empresas

de neutralizar a concorrência externa sem entrar em disputa de preço”, acrescenta Teixeira Moreira. Empresas do setor de automação industrial e de máquinas para construção pesada estão entre as que optaram por esse caminho para assegurar seu diferencial competitivo. O consultor budista Phil Gold, que também participou da Usina do Conhecimento, observou que o caminho da habilidade, para alcançar o equilíbrio competitivo, requer atenção plena, concentração no foco das mudanças e energia para compartilhar.


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investimento

BNDES defende investimento para incentivar o crescimento Para Luciano Coutinho, empresas espanholas podem ser uma mola auxiliar na propulsão de investimentos estrangeiros nos próximos anos Imagens: divulgação

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m palestra promovida pela Cámara Oficial Española de Comercio en Brasil, em São Paulo, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que “o investimento será a alavanca de recuperação do crescimento do País” e que as empresas espanholas podem ser uma mola auxiliar na propulsão de investimentos estrangeiros nos próximos anos. Atualmente, segundo o presidente do BNDES, o País hoje tem grandes desafios e oportunidades extraordinárias. “É preciso aumentar

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• Revista do Aço

Luciano Coutinho (direita), presidente do BNDES


investimento

Ele destacou também a impor-

Investimento ajuda na recuperação do crescimento do

País

a produtividade geral da economia e criar capacidade produtiva sustentável”, disse. Ele destacou os setores de energia, petróleo e gás, de infraestrutura logística, construção e telecomunicações como áreas fundamentais para incentivar o investimento.

tância de aumentar a competitividade dos portos, da rede ferroviária e das estradas, por meio de mecanismos de atração do setor privado por meio de concessões ou com projetos do tipo greenfield. “Vejo a presença ativa de empresas espanholas em todos os segmentos que serão alavancados nos próximos anos: infraestrutura, energia, telecomunicações, habitação e construção”, afirmou Coutinho. Segundo ele, investimentos nestas áreas irão criar um segundo grande ciclo de investimentos espanhóis no país. O presidente da Cámara Oficial Española de Comercio en Brasil, Antonio Carlos Valente, afirmou só nos ultimo cinco anos o país recebeu mais de R$ 10 bilhões de investimentos espanhóis. “No ano de 2000, por exemplo, as empresas espanholas foram as maiores investidoras estrangeiras no País”, disse.

Antonio Carlos Valente (esquerda), Maria Luisa Castelo Marin (centro) e Luciano Coutinho (direita)

Revista do Aço •

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Aço   ganha espaço na construção civil Conheça a importância e as vantagens do material, principalmente em substituição a elementos convencionais como o concreto Carlos Alberto Pacheco Imagens: divulgação e sxc.hu

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m grande aliado na construção civil. Ou o principal deles. Enfim, ao longo das últimas décadas o aço vem provando porque é indispensável no projeto de empreendimentos industriais, sejam eles quais forem. Suas características físicas, químicas e mecânicas tornam o material peça-chave no processo construtivo. O aço de alta resistência possui algumas virtudes num canteiro de obras que precisam ser consideradas, entre as quais flexibilidade, compatibilidade com outros componentes e redução no custo das fundações. Há uma definição clássica para o uso aço na construção (embora existam muitas outras) de autoria do mestre e engenheiro metalurgista Willy Ank de Morais:

“O aço é o metal com maior histórico tecnológico de produção, sendo que o processo apresenta um alto desempenho e menor consumo de energia”. Só por essa definição já é possível imaginar as possibilidades que se abrem em casos de adaptações, ampliações, reformas e mudança de ocupação de edifícios, por exemplo. O uso do material, contudo, deve obedecer a determinados critérios técnicos sob pena de haver imprecisões em termos de engenharia. Há um consenso das inúmeras vantagens do aço e também porque, hoje, ele é plenamente reciclável e menos agressivo ao meio ambiente.

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sil ocupava o nono lugar, com pouco mais de 20 milhões de toneladas. Seis anos depois – 2011 – o consumo de produtos siderúrgicos bateu a casa dos 25 milhões de toneladas, 4,1% a menos que 2010 (algo em torno de 26 milhões). Na escala planetária, o País continua em nono lugar na produção, muito distante da Índia, que ocupa a quarta colocação, devendo chegar ao segundo posto em 2013. A China é o maior produtor do planeta, com o montante de 695,5 milhões de toneladas de aço bruto.

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Já se sabe inclusive que o segmento da construção civil é considerado o maior mercado para o aço e, segundo dados do Centro de Informação Metal Mecânica, a construção já perfaz um total de 30% de vendas ao redor do mundo, “um volume equivalente a 300 milhões de toneladas por ano”. Esse número deverá crescer nos próximos anos, pois os fabricantes enxergam no material uma excelente oportunidade para firmar negócios. Em 2005, entre os 17 maiores produtores de aço no mundo, o Bra-

Obra de Estrutura Metálica - Faculdade Universidade em Santo André.

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• Revista do Aço

No contexto do consumo setorial, as informações não são precisas e até divergentes. Contudo, estima-se que o segmento da construção civil deva ter crescido 15% no último ano. De acordo com levantamento do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA), a composição do consumo de aço em 2011 foi de 55% produtos de aços planos (chapas e bobinas) e 45% de produtos aços longos (vergalhões, perfis, barras, fio-máquina).


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Falta mão de obra Criada com o objetivo de promover e desenvolver o mercado da construção metálica no País, por meio de programas de qualidade, normalização e educação, a Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem) promove cursos de interesse dos fabricantes e profissionais da área. A entidade tem feito uma alerta constante nos diversos eventos que participa: falta mão de obra especializada nos projetos. Em outras palavras: os engenheiros entendem muito de concreto e pouco sobre es-

truturas metálicas. O presidente da Abcem, Luiz Carlos Caggiano Santos, chegou a afirmar para a revista Grandes Construções que a entidade tem procurado “levar a informação sobre a tecnologia para as universidades” e tentar suprir essa lacuna. Há um consenso de que empreendedores e construtoras desconhecem as vantagens do aço em obras civis. Há um fator histórico que pesa nesse desconhecimento. Até meados dos anos 80, os profissionais da área mal dominavam as técnicas de uso de estruturas metálicas.

Luiz Carlos Caggiano Santos, presidente da Abcem

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Arquitetos e engenheiros não concebiam a adoção de um novo processo construtivo em prédios, edifícios, pontes, viadutos ou mesmo em residências. Há uma tese corrente no setor que explica essa situação – a falta de produtos siderúrgicos na época aliada ao uso disseminado de mão de obra barata na construção civil brasileira teria propiciado ao concreto a hegemonia industrial durante anos a fio. A educação, de fato, pode ser a melhor opção para suprir a falta

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• Revista do Aço

de mão de obra especializada. A exemplo da Abcem, o CBCA, criado em 2002, também promove vários eventos com o objetivo de promover a construção do aço. “A entidade, como centro de estudos e tecnologia, promove a difusão das competências técnica e empresarial para a construção em aço assim como colabora com os trabalhos das entidades existentes”, ressalta a diretora do CBCA, Catia Mac Cord. Sob a forma de consórcio, o Centro tem o Instituto Aço Brasil como gestor.

Catia Mac Cord, CBCA


capa

O aço e suas inúmeras possibilidades Nos sistemas de construção em aço, técnicos empregam perfis laminados em diferentes seções e tubos de seção circular ou quadrada. “Há grande variedade de alternativas oferecidas pelos perfis soldados e os formados a frio obtidos a partir de produtos planos”, observa Cátia, da CBCA. Nos sistemas de construção convencional são empregados vergalhões, barras, telas e treliças. Segundo a diretora, novas possibilidades construtivas estão sendo instaladas no Brasil. As opções vão desde estrutura moldada in loco,

metálica, pré-moldada em concreto, metálica com pilar misto e com pilar pré-moldado, até o light steel framing. Para o futuro há desafios considerados “promissores”: o uso de aços com limite de escoamento de 460 MPa, ligações semirrígidas

(aço, mistas e combinadas), vigas, treliças e vigas alveolares do tipo híbridas, construção mista com aço e elastômero. “A construção em aço pode ser utilizada em qualquer tipo de imóvel, desde um projeto simples até o

Aços estruturais O aço é a mais versátil é a mais importante das ligas metálicas. Produzido em uma grande variedade de tipos e formas para atender as mais diversas aplicações. Esta variedade mostra a contínua adequação do produto às exigências de aplicações específicas que vão surgindo no mercado, seja pelo controle da composição química, seja pela garantia de propriedades específicas ou, ainda, na forma final (chapas, perfis, tubos, barras etc.). São mais de 3.500 tipos diferentes de aços e cerca de 75% deles foram desenvolvidos nos últimos 20 anos. Isso mostra a grande evolução que o setor tem experimentado. Os aços-carbono possuem em sua composição apenas quantidades limitadas dos elementos químicos carbono, silício, manganês, enxofre e fósforo. Outros elementos químicos existem apenas em quantidades residuais. A quantidade de carbono presente no aço define sua classificação. Os aços de baixo carbono possuem um máximo de 0,3% deste elemento e apresentam grande ductilidade. São bons para o trabalho mecânico e soldagem, não sendo temperáveis, utilizados na construção de edifícios, pontes, navios, automóveis, dentre outros usos. Os aços de médio carbono possuem de 0,3% a 0,6% de carbono e são utilizados em engrenagens, bielas e outros componentes mecânicos. São aços que, temperados e revenidos, atingem boa tenacidade e resistência. Aços de alto carbono possuem mais do que 0,6% de carbono e apresentam elevada dureza e resistência após têmpera. São comumente utilizados em trilhos, molas, engrenagens, componentes agrícolas sujeitos ao desgaste, pequenas ferramentas etc. Na construção civil, o interesse maior recai sobre os chamados aços estruturais de média e alta resistência mecânica, termo designativo de todos os aços que, devido à sua resistência, ductilidade e outras propriedades, são adequados para a utilização em elementos da construção sujeitos a carregamento. Os principais requisitos para os aços destinados à aplicação estrutural são: elevada tensão de escoamento, elevada tenacidade, boa soldabilidade, homogeneidade microestrutural, susceptibilidade de corte por chama sem endurecimento e boa trabalhabilidade em operações tais como corte, furação e dobramento, sem que se originem fissuras ou outros defeitos. Fonte: Centro Brasileiro de Construção em Aço

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mais elaborado”, esclarece a diretora. Ela explica que o sistema em estrutura metálica é mais rápido e tem menor impacto no canteiro comparado à construção tradicional, pois seus componentes saem da fábrica para a obra onde a montagem é feita. “Em função da maior velocidade de execução da obra, haverá ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no retorno do capital investido”, destaca. Há outras vantagens também. “O

tempo economizado permite a redução de custos de financiamento e despesas relacionadas a reparos e reclamações que poderiam vir a ser considerados quando do cálculo do custo total da operação”. Além disso, de acordo com a análise de Cátia, o aço garante precisão de medidas, propiciando uma obra aprumada e nivelada, o que facilita a inserção dos demais componentes da construção. Dependendo do sistema adotado, o metal pode

atender aos vários tipos de terrenos com desníveis. O que evitaria gastos com grandes movimentos de terra e aterros, “portanto com pouca intervenção na natureza”. Já nos grandes centros urbanos onde os moradores encontram que ajuda a reduzir a altos índices de congestionamento e dificuldade de mobilidade, a diretora lembra que a movimentação de carga é menor, o que ajuda a reduzir a emissão de gás carbônico.

Produto indispensável no canteiro Veja quais são as vantagens e os benefícios do uso do aço na construção civil: Oferece reabilitação e utilização para construção de áreas anteriormente consideradas ruins ou inadequadas para suportar edificações convencionais. É 100% reciclável e ecoeficiente em seu processo produtivo. A rapidez no processo de montagem e na execução da obra torna menores os prazos de entrega. Mais leves, as estruturas em aço podem reduzir em até 30% o custo das fundações e ainda tornar viável o uso de solos com baixa capacidade de carga. Agilidade de execução e facilidade de montagem. Facilidade na instalação e manutenção dos sistemas prediais. Sistema aberto que aceita vários tipos de acabamentos. Ótimo desempenho termo-acústico. Em função da maior velocidade de execução da obra, haverá um ganho adicional pela ocupação antecipada do imóvel e pela rapidez no retorno do capital investido. As seções dos pilares e vigas de aço são substancialmente mais esbeltas do que as equivalentes em concreto, resultando em melhor aproveitamento do espaço interno e aumento da área útil, fator muito importante principalmente em garagens.

Produção siderúrgica brasileira Unid.: 103 t

PRODUÇÃO SIDERÚRGICA BRASILEIRA PRODUTOS AÇO BRUTO LAMINADOS PLANOS LONGOS SEMI-ACABADOS P/VENDAS PLACAS LINGOTES, BLOCOS E TARUGOS FERRO-GUSA (Usinas Integradas) Dados Preliminares. *(*) Dados Preliminares Fonte: AçoAço Brasil Fonte: Brasil

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JAN/MAR 2012(*)

2011

8.694,1 6.500,3 3.809,8 2.690,5 1.852,6 1.523,4 329,2 6.750,7

8.488,9 6.308,2 3.662,7 2.645,5 1.711,3 1.407,3 304,0 6.673,5

12/11 (%)

2,4 3,0 4,0 1,7 8,3 8,2 8,3 1,2

JAN

FEV

MARÇO

12/11

Unid.: 10 3 t ÚLTIMOS

2012

2012

2012(*)

2011

(%)

12 MESES

2.811,1 2.042,8 1.176,5 866,3 659,6 556,3 103,3 2.215,2

2.778,1 2.092,0 1.210,1 881,9 513,7 407,2 106,5 2.127,1

3.104,9 2.365,5 1.423,2 942,3 679,3 559,9 119,4 2.408,4

3.037,9 2.287,2 1.319,1 968,1 678,9 579,8 99,1 2.358,9

2,2 3,4 7,9 ( 2,7) 0,1 ( 3,4) 20,5 2,1

35.425,3 25.432,0 14.412,0 11.020,0 8.179,1 6.861,3 1.317,8 27.668,0


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Ganho ambiental Obras feitas em aço têm menor impacto sobre o meio ambiente em termos de uso de energia, consumo de matérias-primas, geração de detritos e de impactos no canteiro de obras – resíduos, emissão de poeira, tráfico e ruídos sonoros. “O material economiza água, justamente no momento em que este recurso vem se tornando mais escasso”, reitera Catia Mac Cord. E mais: estruturas em aço consomem apenas 6,3% do ciclo de vida total da energia de uma residência, o restante sendo

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consumido para climatização e iluminação. “Além disso, por exemplo, 200 metros quadrados de uma casa com estrutura em aço podem gerar apenas um metro cúbico de resíduos recicláveis durante a construção”. Na organização do canteiro, a organização é facilitada devido à inexistência de grandes depósitos de areia, brita, cimento, madeiras e ferragens. E como consequência, o desperdício sofre uma redução sensível. A diretora enfatiza um detalhe importante. Evitar a geração de resíduos é mais importante do que a sua reutilização, pois seu processamento exigirá transporte de saída e um transporte de entrada plenamente evitável e demanda energia de transformação. Dessa forma, o ambiente limpo oferece melhores condições de segurança ao trabalhador contribuindo para a redução dos acidentes de trabalho.

Aço também ajuda na redução de resíduos da obra

Quando se opta pelo aço em empreendimentos civis, há redução de até 40% no tempo da obra em relação aos processos convencionais, já que a montagem da estrutura é feita em paralelo às fundações, “permi-

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tendência

Consultoria aponta fusões e aquisições em mineração terão crescimento em 2012 Relatório aponta crescimento das empresas de mineração e metais, mesmo diante das incertezas e volatilidade dos mercados Por Redação

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ma demanda robusta, balanços financeiros fortes e um apetite por crescimento serão os responsáveis por um aumento do número de fusões e aquisições no setor global de mineração e metais em 2012, segundo avaliação do líder global de Transações em Mineração e Metais da Ernst & Young, Lee Downham. Para ele, o rela-

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tório anual Recognizing value in volatility, elaborado pela multinacional de auditoria e consultoria, demonstra que as empresas do setor estão aprendendo a viver com a incerteza e posicionados para aproveitar as oportunidades. “A incerteza e a volatilidade global provavelmente continuarão durante o ano de 2012, mas as companhias de mineração

e metais têm um apetite para crescer e estão cada vez mais relutantes em paralisar seus planos de crescimento. Por isso, é provável que voltem a fazer negócios em 2012”, afirma. “Aquelas que conseguem trabalhar com volatilidade serão as grandes negociadoras em 2012, e poderão encontrar verdadeiras oportunidades de compras.”


tendência

O relatório da Ernst & Young mostra que o total do valor de negócios globais em 2011 cresceu 43%, chegando a US$ 162,4 bilhões (comparado aos US$ 113,7 bilhões verificados em 2010), com transações de US$ 1 bilhão ou mais respondendo por dois terços do total do negociado, impulsionados principalmente pela estratégia de consolidação doméstica diante de sinergias identificadas. Mas se o valor das negociações cresceu, o número de negócios em 2011 caiu 10%, para 1.008 (comparado a 1.123 negócios realizados em 2010), com reduzida disponibilidade de capital diminuindo a capacidade de negócios por parte de menores players. Em relação ao valor de negócios, as operações de fusões e aquisições em 2011 foram dominadas pelos países com o mercado de mineração desenvolvidos, especialmente EUA, Canadá e Austrália, com a consolidação de carvão e ouro como commodities principais. Em 2012, é provável que aconteçam movimentos de consolidação doméstica. No entanto, Lee Downham afirma que os números escondem a tendência de retorno dos países emergentes e de países que fazem fronteira com as regiões de mineração bem desenvolvida, principalmente partes da África, América do Sul e Ásia, por meio de acordos offtake ou participações minoritárias em empresas listadas nas bolsas do Canadá e da Austrália com ativos nestas regiões. “Esperamos que o número de negócios nos países vizinhos e nos emergentes que possuem recursos de alta

qualidade e regras de investimento estrangeiro amigáveis evoluam neste ano junto com o aumento do apetite ao risco”, diz. “Esta mudança deve acontecer principalmente devido à disponibilidade cada vez menor de depósitos minerais de qualidade a preços razoáveis em países com mercado de mineração já desenvolvido.” Financiamento e captação de recursos As maiores mineradoras e as companhias intermediárias agarraram-se ao mercado de títulos corporativos no ano passado, com um recorde de US$ 84 bilhões emitidos, 16% acima do verificado em 2010. Em 2010, os títulos corporativos emitidos pelas companhias de mineração e metais foram dominados por diversas captações de grande porte por parte das grandes empresas, retraindo a dívida bancária e estendendo o prazo da dívida. Mas em 2011, foram emitidos mais títulos para montantes relativamente pequenos pelas companhias intermediárias, destacando que estes títulos tornaram-se a principal fonte de financiamento para o setor. “O foco do capital levantado em 2011 não foi o refinanciamento agressivo, mas o refinanciamento inteligente. As companhias estão entrando em 2012 com classificação de risco de crédito fortalecido e capacidade para acelerar o ritmo de crescimento futuro”, afirma Lee Downham. Ele explica que as “companhias de mineração e metais continuarão explorando o mercado de títulos corporativos em 2012 e também esperamos ver um incremento adicioRevista do Aço •

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tendência

nal no uso de fontes alternativas de financiamento como fundos soberanos, riqueza privada e parcerias estratégicas para acordos de longo prazo”. “Existe uma crescente preparação para fazer negócios, mas é improvável que os grandes negócios sejam inteiramente financiados por dívida bancária de curto prazo. As mineradoras podem voltar a fazer negócios, mas isso não significa que os bancos se voltarão às mega operações de fusões e aquisições em 2012.” Lee Downham diz que as companhias de mineração e metais estão, cada vez mais, procurando múltiplas opções de financiamento. Quando estão avaliando os valores, os gestores procuram capturar o valor de fluxo de caixa de longo prazo e aplicar risco em uma base muito mais sofisticada. “As empresas mais preparadas estarão em uma melhor posição para maximizar as oportunidades de crescimento em 2012”, afirma.

Comprar, construir ou retornar O líder global da Ernst & Young afirma que os mercados de ações continuam muito sensíveis a notícias macroeconômicas e, para muitas empresas, os valores de mercado não parecem corresponder “ao patamar que deveriam estar”. “No geral, os preços das commodities cresceram em 2011 em relação a 2010, gerando uma melhoria nos resultados e posições de caixa. Muitas empresas estão encarando como um desafio, porém favorável, de como usar seus capitais – o dilema de comprar, construir ou retornar está de volta a muitas mesas de reunião.” Sem surpresa, o número global de IPOs caiu em 2011 com a volatilidade e incerteza puxando os mercados acionários globais para baixo. No total, aconteceram 145 listagens em 2011, 18% abaixo das 177 em 2010. O total de recursos levantados

com aberturas de capital chegou a US$ 17,4 bilhões, contudo, o valor cai para US$ 7,4 bilhões (59% abaixo do valor em 2010) quando excluídos os US$ 10 bilhões do IPO da Glencore. “Houve um grande número de IPOs de pequeno porte na Austrália e Canadá, e isso deve continuar em 2012. As pequenas empresas estão frequentemente preparadas para comprometer mais em precificação para conseguir a listagem, e usar isso como uma plataforma para adicionar capital, elevando o retorno.” Além das listagens de pequeno porte, Lee Downham afirma que o número recorde de IPOs foi adiado em 2011 e existe uma robusta lista de companhias prontas para ir a mercado quando houver um período sustentável de confiança e estabilidade nos mercados de capitais. “Se o mercado estabilizar, isso pode acontecer no segundo semestre de 2012”, conclui.

Revista do Aço •

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Produção

Importação de aço dificulta mercado interno Empresários reclamam da excessiva presença de produtos estrangeiros no mercado interno Redação Imagens: divulgação

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• Revista do Aço

A

pesar da previsão de recorde de produção em 2011, 35,3 milhões de toneladas - impactado fundamentalmente pela operação da CSA -, este está sendo considerado um ano difícil para a indústria do aço brasileira. O Instituto Aço Brasil reviu para baixo suas previsões para 2011. O excedente de capacidade de produção de aço em relação à demanda no mundo continua alto (cerca de 500 milhões de toneladas) e também no Brasil (20,2 milhões de toneladas). O país vive, assim como outros da América Latina, o aprofundamento da desindustrialização provocada pelo aumento das importações diretas e indiretas de aço. A cadeia metal mecânica está sendo fortemente impactada. A participação da indústria manufatureira no valor agregado passou de 18,1%, em 2005,


produção

para 15,8%, em 2010. Além disso, mais de 60% das exportações da China para o Brasil são de produtos metal-mecânicos. “Diante desse cenário, tivemos que revisar nossas previsões para baixo em 3% na produção de aço bruto para 2011”, disse o presidente do Conselho Diretor do Aço Brasil, André B. Gerdau Johannpeter.

André Gerdau, Aço Brasil

As importações no ano em curso estão estimadas em 3,7 milhões de toneladas, queda de 37,9% na comparação com o ano passado,

mas ainda significativamente acima dos níveis históricos. O consumo aparente deve ser de 25 milhões de toneladas este ano, 4,3 % a menos do que em 2010. As vendas internas devem apresentar crescimento de 3,8 % em relação a 2010, chegando a 21,5 milhões de toneladas, volume ainda abaixo do patamar alcançado pré-crise 2008. As exportações de produtos de aço no período devem totalizar 10,7 milhões de toneladas e 8,3 bilhões de dólares, representando aumento 19,4% em volume e 43,1% em valor, quando comparado com 2010. Cenário de incerteza Frente às projeções macroeconômicas do País para 2012, o Aço Brasil estima o consumo aparente de produtos siderúrgicos em 26,7 milhões de toneladas, aumento de 7,1%. “Entendemos que o mundo pós-crise é muito mais complexo e competitivo, o que torna ainda mais importante

Instituto Aço Brasil estima consumo de produtos siderúrgicos em

26,7 milhões de toneladas

Revista do Aço •

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produção

em termos de prazos de implementação. No período pós-privatização foram investidos US$ 34,1 bilhões (1994 a 2010). O setor prevê investimentos superiores a US$ 5 bilhões por ano, mas para o efetivo início da implantação de novos projetos deve levar em conta as condições competitivas do mercado brasileiro.

Marco Polo, presidente do IAB

preservar o mercado interno com a correção das assimetrias competitiva e tributárias”, disse o presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, ressaltando a importância estratégica do setor para a economia do país. Dados preliminares do estudo contratado pelo Aço Brasil à Fundação Getúlio Vargas (FGV) para avaliar a importância do aço na economia brasileira indicam que a participação do setor produtor de aço no PIB do País é de 4%. Embora o setor não seja intensivo em pessoal, gera impacto em setores que o são. Para cada emprego criado na indústria do aço são gerados 23 outros na cadeia. Se o volume de importação direta de 5,9 milhões de toneladas de aço, em 2010, tivesse sido produzido no Brasil, teriam sido gerados 582 mil empregos. Nesse cenário de incertezas, os investimentos estão sendo revistos

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• Revista do Aço

Queda De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (INDA), as importações de aço em 2011 foram 47,5% menores do que no ano anterior. O recuo

“Usinas adotaram postura agressiva ”

Carlos Loureiro, presidente do INDA

foi ocasionado principalmente devido à queda do preço do produto nas siderúrgicas nacionais. “As usinas brasileiras adotaram uma postura mais agressiva no ano passado, com margens de lucro mais apertadas. A diminuição do preço do aço comum contribuiu diretamente para a redução da entrada de material siderúrgico estrangeiro no país”, afirma Carlos Loureiro, presidente da entidade. Mesmo com o resultado negativo na importação, o consumo aparente de aço no Brasil permanece estável nos últimos quatro anos. Dados levantados pelo Inda apontam que as usinas nacionais deixaram de entregar, em 2011, cinco milhões de toneladas de aço, e entre 2007 e o ano passado, a importação indireta de aço cresceu 113,6%. De acordo com o presidente, os setores de máquinas e equipamentos e automotivo (autopeças/automobilístico) são os que mais utilizam o aço indireto. Em dezembro, foram vendidas 324,8 mil toneladas de aço plano, montante 9,6% menor do que o registrado em novembro e 15,8% superior ao total de aço vendido em dezembro do ano passado. Em 2011, houve um aumento de 11,7% nas vendas quando comparado ao mesmo período do ano anterior. As compras das usinas siderúrgicas registraram queda de 11,7% frente a novembro, totalizando 317,7 mil toneladas. Quando comparadas a dezembro do ano passado, as compras aumentaram 18,5%. No acumulado de 2011, houve baixa de 4% em relação ao mesmo período do ano passado.


Abitam

produção

Os estoques registraram queda de 0,7% em relação a novembro, totalizando 1.000,7 mil toneladas. Na comparação com dezembro do ano passado, houve retração de 16,8% no montante de aço armazenado nos distribuidores. Em dezembro, a retração da venda do material provocou o aumento no giro de estoques para 3,1 meses. 2012, novas expectativas O desempenho das vendas de aço esse ano tiveram alterações Segundo dados divulgados pelo Instituto Aço Brasil, as importações de

aço pelo Brasil subiram 27,5% em março na comparação com o mesmo mês de 2011, motivadas por preços mais baixos no mercado internacional, para 338,4 mil toneladas. A importação de aços longos, utilizados principalmente na construção civil, foram as que mais cresceram, passando de 67,9 mil toneladas em março de 2011 para 105,5 mil toneladas em março de 2012. Com esse incremento, os gastos com importação de aço no mês passado totalizaram US$ 397,8 milhões, contra US$ 322 milhões há um ano. Revista do Aço •

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produção

No acumulado em 2012, a importação de aço registrou alta de 15%, para 996,2 mil toneladas. Em valores, a alta foi de 20,1%, para US$ 1,2 bilhão. Produção nacional A produção brasileira de aço bruto em abril de 2012 foi de 3 milhões de toneladas, representando queda de 1,2% quando comparada com o mesmo mês em 2011. Em relação aos laminados, a produção de abril, de 2,2 milhões de toneladas, apresentou crescimento de 0,1% quando comparada com abril do ano passado. Com esses resultados, a produção acumulada em 2012 totalizou 11,8 milhões de toneladas de aço bruto e 8,7 milhões de toneladas de laminados, o que significou aumento de 1,7% e de 2,2%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2011.

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• Revista do Aço

Quanto às vendas internas, o resultado de abril de 2012 foi de 1,8 milhão de toneladas de produtos, queda de 2,1% em relação a abril de 2011. As vendas acumuladas em 2012, de 7,2 milhões de toneladas, mostraram crescimento de 0,4% com relação ao mesmo período do ano anterior.

As exportações de produtos siderúrgicos em abril de 2012 atingiram 826 mil toneladas no valor de 612 milhões de dólares. Com esse resultado, as exportações em 2012 totalizaram 3,4 milhões de toneladas e 2,4 bilhões de dólares, representando declínio de 7,3% em volume e de 9,0% em valor, quando comparados ao mesmo período do ano anterior. No que se refere às importações, registrou-se em abril volume de 317 mil toneladas (US$ 362 milhões) totalizando, desse modo, 1,3 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos importados no ano, 16,5% acima do mesmo período do ano anterior. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em abril foi de 2,1 milhões de toneladas, totalizando 8,4 milhões de toneladas em 2012. Esses valores representaram queda de 0,8 e aumento de 2,0%, respectivamente, em relação a igual período do ano anterior. sxC.hu


Perfil

Tupy amplia fronteiras Depois de comprar duas fundições no M éxico, empresa passou a ser a mais nova multinacional brasileira Redação

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Imagens: divulgação

s produtos da Tupy, empresa produtora de conexões de ferro maleável e oferece uma série de soluções em conexões, granalhas e perfis, que fica localizada em Santa Catarina, têm certificado de conformidade da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). As peças também são certificadas pelo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H) e também internacionalmente além de serem exportadas para cerca de 30 países. Recentemente, a empresa adquiriu duas fundições no México e, dessa forma, passou a ser a mais nova multinacional brasileira. A partir desta operação, a companhia − fundada em 1938 em Joinville (SC), e com uma unidade fabril também em Mauá (SP) −, amplia sua capacidade produtiva, que atualmente é de 540 mil toneladas por ano, para 852 mil toneladas anuais, e se torna a maior fabricante de blocos e cabeçotes de ferro para a indústria automotiva mundial. “Essa aquisição atende ao propósito de diversificar a atuação da companhia e fortalecer nossa presença global. Porém, é preciso esclarecer

que a Tupy adquiriu somente as operações de fundição de blocos e cabeçotes de motor do Grupo Industrial Saltillo. O GIS mantém suas outras operações”, diz Fernando Cestari de Rizzo, vice-presidente gestor da Business Unit Automotivo. Segundo ele, a diversificação que a empresa obteve com essa aquisição é dentro do próprio mercado em que já atua. “As plantas adquiridas aumentam nossa participação na fabricação de blocos e cabeçotes para motores de máquinas agrícolas, de construção e mineração, sendo que nossa atuação vinha sendo mais forte no fornecimento de componentes para motores de veículos de passeio e comerciais”, explica. Com isso, a empresa tem uma carteira mais diversificada e também consegue reforçar a proximidade com a América do Norte, onde se concentra grande parte da carteira de clientes da Tupy. “Este é um passo fundamental na estratégia de crescimento da empresa, depois de 15 anos expandindo a atuação no exterior por meio das exportações, que hoje significam cerca de 50% do volume de vendas da companhia, com picos próximos a 60%”, afirma.

A divisão de conexões da Tupy produz e comercializa conexões de ferro maleável, granalhas de aço e perfis contínuos de ferro, que atendem à indústria da construção, de mármores e granitos e segmentos diversos da engenharia industrial. O faturamento líquido da Tupy, em 2011, foi de R$ 2,18 bilhões e o lucro líquido de R$ 203,4 milhões. A empresa exporta aproximadamente metade de sua produção para cerca de 40 países. De acordo com Jorge Henrique Silva, coordenador de Marketing da área de Vendas Produtos Industriais, “mesmo com o cenário industrial nacional apresentando um crescimento menor em alguns setores, estamos otimistas quanto ao desempenho no segundo semestre de 2012. Além disso, o Brasil está passando por grandes investimentos em infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e para atender a demanda gerada pela Copa do Mundo (2014) e pelas Olimpíadas (Rio 2016). Nossas soluções estão em estádios em construção, como os de Brasília e Salvador, aeroportos e redes de hotéis”, diz Revista do Aço •

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perfil

História Fundada em 1938, em Joinville, Santa Catarina, a Tupy tem capacidade para produzir 500 mil toneladas anuais de peças em ferro fundido, em dois parques fabris: um em Joinville e, outro, em Mauá, no Estado de São Paulo. Certificada pelas normas ISO/TS 16949, ISO 9001 e ISO 14001, a TUPY emprega cerca de nove mil pessoas e exporta metade de sua produção, para aproximadamente 40 países. Para comercialização de seus produtos e atendimento a clientes, a empresa dispõe de escritórios estabelecidos na cidade de São Paulo, nos Estados Unidos, México, Alemanha, Inglaterra, Itália e Japão. A história da empresa segue de perto os passos da industrialização do Brasil e da cidade de Joinville, colonizada a partir da segunda metade do século 19 por imigrantes europeus, a maioria de origem germânica. Albano Schmidt, Hermann Metz e Arno Schwarz, que fundaram a empresa em março de 1938, descendiam desses imigrantes. Albano era um homem de negócios e os sócios, pessoas que já se dedicavam a fabricar artefatos de ferro, utilizando conhecimentos rudimentares de fundição. Enquanto as conexões ganhavam mercado em todo o país e se tornavam líderes em vendas, Albano Schmidt planejava a construção do que viria a ser o parque industrial do Boa Vista, para onde a Tupy começou a se transferir em 1954. A mudança acabou dando início ao próprio bairro, hoje um dos mais populosos de Joinville, e a primeira unidade de fundição, com capacidade para três mil toneladas ao ano, logo transformou a Tupy na maior empresa do Estado de Santa Catarina. Albano Schmidt morreu em 1958 e a Presidência da empresa foi ocupada pelo filho Hans Dieter Schmidt, então com 26 anos, mas já visto pelo pai como sucessor natural. Homem de ideias arrojadas e visão empreendedora, Dieter criou em 1959 a Escola Técnica Tupy, com o objetivo de qualificar mão de obra para fazer frente aos desafios que, acreditava ele, a indústria automobilística traria. O primeiro contrato para produção de peças automotivas havia sido firmado em 1958: tambores de freio para a Volkswagen, recém-chegada ao Brasil. Em 1963 a segunda unidade de fundição foi instalada, exclusivamente para produzir peças automotivas, e em 1972 foi criado o primeiro Centro de Pesquisa, em parceria com a Escola Politécnica da Universidade de São Paulo. Em 1975, uma terceira frente materializava a vocação da empresa para atuar no setor automotivo: a unidade de fundição de blocos e cabeçotes de motor, segmento que hoje responde por mais de 60% dos negócios da empresa. A década de 1970 marca também o início do processo de internacionalização da Tupy. Já exportando conexões para países da América do Sul e da Europa, a empresa se estabelece em 1976 nos Estados Unidos e, no ano seguinte, na Alemanha, com escritórios de negócios. Em 1981, quando ocupava o cargo de Secretário de Estado da Indústria de Santa Catarina, Hans Dieter Schmidt faleceu em acidente aéreo. Sua morte prematura, a estagnação econômica pela qual passava o Brasil na época e a excessiva diversificação dos negócios da Organização, que além de fundição também incluíam os ramos químico e plástico, vão se refletir nessa década e na próxima. Na década de 90 a empresa começou uma gestão profissionalizada. No ano de 1995, outro marco: a Tupy deixa de ser um empreendimento familiar e seu controle acionário é entregue a um grupo de fundos de pensão e bancos, solução de capital encontrada para fazer frente ao excessivo endividamento. Nesse mesmo ano, a empresa fez a aquisição da Sofunge, fundição cativa da Mercedes-Benz do Brasil. Já então focada em seu core-business, fundição, a empresa passa a concentrar todos os seus esforços na ampliação das exportações, consolidando-se no mercado externo como competidora global junto ao setor automotivo. Em 1996, além de produtos brutos, a Tupy começa a oferecer a seus clientes os serviços de usinagem. Em 1998 adquire uma unidade de fundição em Mauá, no Estado de São Paulo, ao mesmo tempo em que moderniza e expande o parque fabril de Joinville. Os anos 2000 começam com a implantação do Sistema de Gestão Ambiental (SGA), que exigirá investimentos em várias frentes, de forma a gerenciar o impacto sobre o meio ambiente dos processos produtivos da empresa, em conformidade com a legislação correspondente. A primeira certificação pela ISO 14001 é obtida já em 2001. No mesmo ano a Tupy domina o processo de utilização do ferro fundido vermicular (CGI – Compacted Graphite Iron) para produção em larga escala de blocos de motor e assina o primeiro contrato para fornecimento desses produtos à Ford, no Reino Unido. Em 2003, os acionistas controladores decidem mudar a liderança da Companhia. A nova administração estabelece como prioridades a reestruturação da dívida e a reorganização da estrutura, condições essenciais para suportar o crescimento que viria nos anos seguintes. Em 2004 a empresa é destacada com o Prêmio Finep de Inovação Tecnológica, pelo domínio do processo de fabricação de componentes em ferro fundido vermicular. No triênio seguinte a Tupy beneficiou-se do forte crescimento da economia mundial e, mesmo diante de limitações decorrentes da reestruturação da dívida, concluída ao final de 2003, alcançou resultados que lhe conferiram posição de destaque na indústria de fundição. Esta circunstância motivou acionistas controladores a dar novo voto de confiança à Companhia, sob a forma da conversão, em ações, de debêntures no valor de R$ 304,6 milhões ao final de 2007. Ao completar 70 anos, em 2008, a Tupy – com sua saúde financeira totalmente recuperada – anuncia investimentos de R$ 420 milhões, destinados à modernização de suas unidades produtivas, ao aumento da capacidade de produção, à ampliação dos serviços de usinagem e melhorias ambientais. O ano da comemoração do septuagésimo aniversário passa para a História como o melhor ano da empresa, em vendas e geração de caixa. Com representação comercial na China, grande parte da produção da Tupy é constituída de componentes desenvolvidos sob encomenda para o setor automotivo, que engloba caminhões, ônibus, máquinas agrícolas e de construção, carros de passeio, motores industriais e marítimos, entre outros. São blocos e cabeçotes de motor e peças para sistemas de freio, transmissão, direção, eixo e suspensão.

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• Revista do Aço


perfil

Fernando Cestari Rizzo

Rizzo. A Tupy tem, entre os principais clientes do mercado automotivo, empresas como a Cummins, Ford, Mercedes-Benz, Perkins, Audi, Iveco, MAN, John Deere, Komatsu, Kubota e Peugeot. No Brasil, a em-

presa tem a Volkswagen e a MWM International entre seus grandes clientes, além de ocupar posição de liderança no segmento de conexões de ferro maleável. A empresa também já foi destaque em inovação tecnológica. De acordo com Rizzo o enfoque está sempre na necessidade do mercado e na detecção de tendências para o futuro. “Temos cerca de 350 profissionais atuando nas áreas de desenvolvimento de produtos e processos. Além disso, a empresa dispõe de uma vasta rede de conhecimento. São universidades e centros de pesquisa, no Brasil e no exterior, com os quais mantém parcerias”, conta o vice-presidente.

Projetos sociais Como muitas grandes empresas, a Tupy também desenvolve projetos sociais. A empresa dá suporte a ações direcionadas para as áreas de educação, esporte, meio ambiente e cultura prioritariamente para crianças e jovens. São privilegiados os projetos de educação e esporte que complementem a formação recebida em escolas públicas. Segundo Rizzo, os projetos ambientais apoiados pela empresa devem estar alinhados aos temas: conservação de manguezais, recursos hídricos e estimulo à reciclagem. Para a área cultural, os recursos serão direcionados aos projetos que se enquadrem no que permitem as leis de incentivo fiscal.


panorama

Fusões e aquisições ficam estáveis no primeiro trimestre Pesquisa da KPMG aponta tendência de investimentos internacionais no B rasil Imagens: divulgação

A

s operações de fusão e aquisição realizadas pelas empresas de Mineração no Brasil se mantiveram estáveis nos três primeiros meses de 2012. Neste período, foram realizadas três transações, mesmo número registrado no último trimestre do ano passado. Já no primeiro trimestre de 2011 em comparação com o mesmo período de 2012, foi fechado um negócio a mais, totalizando quatro. Os números fazem parte da Pesquisa de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil realizada trimestralmente.

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Das três operações realizadas este ano, duas foram feitas com empresas de capital majoritário estrangeiro adquirindo, de brasileiros, capital de empresa estabelecida no Brasil; e a terceira envolvia companhia de capital estrangeiro adquirindo, de estrangeiros, capital de empresa estabelecida no Brasil. Com essas transações concretizadas, o setor de Mineração ficou em 12° lugar no ranking feito pela KPMG, e que inclui ainda outros 41 segmentos, que juntos totalizaram 204 operações no 1° trimestre de 2012, total recorde para este período do ano.

Para o sócio da KPMG no Brasil e líder da área de Mineração, André Castello Branco, esses números indicam que ainda é forte o interesse dos investidores estrangeiros pela mineração no Brasil. “Podemos conferir isso na movimentação de compra e venda das empresas. O movimento de investimentos internacionais é uma tendência que prevalecerá nos próximos anos”. De acordo com o sócio, esse interesse é fruto das boas previsões para o setor que está em uma fase de consolidação. “A indústria foi tomada por uma onda de investimentos bilionários e esse maior interesse pelo setor tem como pano de fundo o cenário de demanda aquecida que vem sendo puxada por alguns fatores: aumento da população mundial, crescimento da economia dos países que fazem parte do bloco dos BRICS, o apetite chinês pelo minério de ferro brasileiro e a demanda em alta por investimentos em infraestrutura e grandes projetos ligados, principalmente, a realização no Brasil da Copa do Mundo de Futebol e das Olimpíadas”, conclui.


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