Rervista Do Aço - Edição 05

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Ano I - edição 5 - 2012



índice Notícias do Aço ................................................................................................................. 04 Tubos Resistência e tecnologia de ponta ...................................................................................... 12

Capa Crescimento notável ou euforia demasiada .................................................................... 16

Portos Paranágua ganha produtividade ......................................................................................... 26

Especial Os 50 anos da Usiminas .......................................................................................................... 30

Feinox Feira de Aço Inoxidável ........................................................................................................... 46

Produção Cresce produção mundial de Aço ......................................................................................

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Caderno de Classificados do Aço .......................................................................... 55

Revista do Aço – Ano I – Número 05 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.

Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br) Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) (redacao@revistadoaco.com.br)

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publicadas poderão ser reproduzidas, desde que autorizadas e citadas a fonte. Os infratores ficam sujeitos às penalidades da lei.

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Trefilação A Engetref produz tubos trefilados em aço, com e sem costura e, por meio do processo de corte a laser, produz peças tubulares acabadas e semiacabadas desde 1997. A empresa segue rigorosamente as normas nacionais, internacionais e especificações dos clientes baseada em um consistente sistema de gestão de qualidade suportado pelo processo de ISO 9001 - 2008, e sempre investindo em pesquisas, novas tecnologias, treinamento de pessoal e principalmente em maquinários de última geração. Informações: www.tubometal.com.br Divulgação

Tecnologia para setor automotivo O Grupo Combustol & Metalpó que atua no segmento de fornos industriais, refratários, tratamento térmico e metalurgia do pó, desenvolveu e construiu ao longo de cinco meses, um forno semicontínuo tipo pusher modelo FEEM–61/732/61-1000ºC-500kg/h para a Zen Indústria Metalúrgica, que produz sistemas e componentes para o mercado automotivo nacional e internacional. O forno será utilizado para recozimento térmico das peças dos impulsores de partida e das rodas dentadas, denominadas de roda de pulso ou anel de pulso. A peça faz parte do sistema de freios ABS (anti blocking system) e tem como função enviar sinais a uma central eletrônica do automóvel impedindo o travamento das rodas em caso de acionamento do freio. “O equipamento proporciona excelente produtividade com baixo consumo de insumos e energia, o que o torna economicamente rentável,” afirma o gerente Comercial da divisão de equipamentos metalúrgicos da Combustol, Donizetti Ribeiro. Informações: www.combustol.com.br

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R$ 1,68 trilhão em obras até 2017 Os investimentos em infraestrutura cresceram 73,5% entre 2007 e 2011, e para 2012, a expectativa é que a alta seja de 17,6% em relação ao ano passado. Por outro lado, as obras do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC) concluídas até junho representam apenas 29,8% do total estimado para até 2014, que é de R$ 708 bilhões. Além disso, a relação entre o investimento em infraestrutura e o Produto Interno Bruto (PIB) está caindo desde 2009. Para este ano, a expectativa é obter um índice de apenas 2%, m .b r o l. c o o que leva o País a terwindicadores de qualidade de infraestrutura inferiores b u st .c o m .b r .c o m o ww e ta lp .m w w w o Chile e a Colômbia. Essa análise está inserida na a diversos países, como pesquisa “Principais Investimentos em Infraestrutura no Brasil até 2017”, que compilou informações de cerca de 1200 fontes primárias e secundárias para apresentar as perspectivas de oito setores da economia, suas principais obras e aportes financeiros. Encomendado pela Sobratema – Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção, o levantamento, que aponta 11.533 obras, cujo montante estimado é de R$ 1,68 trilhão. O segmento da economia que responde pela maior fatia desse investimento é o de óleo e gás, com 43%. A área de Exploração e Produção (E&P) representa 75% do montante geral para esse setor que é de R$ 724 bilhões. A representatividade da exploração e produção do petróleo em onshore vem caindo desde os anos 90 e, em 2010, chegou a 10,7%. A produção offshore responde por 89,3%.

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Resistência ao desgaste A SSAB, multinacional que atua na produção de aços de alta resistência, acaba de lançar novas espessuras para um de seus principais produtos, o Hardox - chapa antidesgaste utilizada na fabricação de equipamentos, peças e como revestimento. Ainda mais resistentes, as novas chapas Hardox de 0,7mm a 160mm garantem segurança dos equipamentos além de aumentar a vida útil e a produtividade das operações. Seguindo um padrão apuradíssimo de produção e controle de qualidade, as novas espessuras da linha de resistência ao desgaste e impacto já estão disponíveis no mercado brasileiro. As chapas grossas são indicadas para aplicações de bordas de grandes caçambas e as de menor espessura servem para setores que atendem às demandas do setor de mineração. ”Tanto em relação à chapa grossa, quanto a chapa fina, o mercado está em expansão e avançando em ritmo acima da expectativa no Brasil. Os desafios são grandes ainda, pois por mais que haja um enorme número de empresas e profissionais totalmente abertos para implementar melhorias através a introdução do Hardox em substituição a aços de menor resistência, não podemos esquecer que este mercado de mineração é um segmento com muitos anos de história e que traz um certo nível de conservadorismo”, destaca o diretor geral da SSAB no Brasil, Paulo Seabra.

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Arcelor

Novo cargo O executivo Benjamin Baptista Filho (CEO da ArcelorMittal Brasil e Aços Planos América do Sul) foi escolhido para assumir a presidência do Alacero – associação representativa da cadeia produtiva do aço na América Latina - para o ano de 2013. Na pauta de atuação de Benjamin estão temas atuais como sustentabilidade, desenvolvimento e perspectivas para o setor na região.

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Sem medidas antidumping O Brasil decidiu não impor medidas antidumping sobre os produtos de aço laminado da Coreia do Sul. Segundo o ministério sul-coreano, o governo brasileiro deu por encerrada uma investigação de 18 meses baseada em uma denúncia que alegava que os produtos de aço laminado da Coreia do Sul eram vendidos no Brasil por preços fixados abaixo do mercado. As siderúrgicas da Coreia do Sul, entre elas a gigante do aço Posco e a empresa local Hyundai Hysco, exportaram ao Brasil no ano passado um total de US$ 132 milhões em produtos de aço laminado. O comércio entre os dois países atingiu US$ 11,8 bilhões em 2011, o que torna a Coreia do Sul o sétimo maior parceiro comercial do Brasil. RA

Navio plataforma para óleo A Shell anunciou o corte de aço inicial para a construção do primeiro navio plataforma do mundo com tecnologia integrada para liquefação de gás natural. “Estamos cortando mais de 7 toneladas de aço para a fabricação do Prelude, mas no total serão utilizadas mais de 260 mil toneladas de aço para a construção do navio. Isso é cinco vezes a quantidade de aço utilizado na construção da ponte Harbour, em Sydney (Austrália)”, informou o diretor de tecnologia de projetos da companhia, Matthias Bichsel. Quando concluído, o Prelude FLNG terá 488 metros de comprimento, o que fará dele a maior instalação flutuante em alto mar já construída, além de pesar mais de 600 mil toneladas quando estiver totalmente equipado e com seus tanques de carga cheios. Terá ainda mais de 3 mil quilômetros de cabos elétricos, o que equivale à distância entre Barcelona e Moscou.

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Elipse apresenta a versão 2.0 do EPM A Elipse Software apresenta a versão 2.0 do Elipse Plant Manager (EPM) que possui um ambiente integrado com suporte a Python e uma ferramenta de análise de tendências com visualização de dados históricos e em tempo real. Com ela, o usuário pode armazenar resultados da avaliação de cálculos realizados pelo próprio EPM. A forma fácil e precisa como o EPM permite manipular dados, com a possibilidade de exibi-los em gráficos através de um simples clique, assim como sua interação com a linguagem Python, chamaram a atenção dos visitantes presentes no Brazil Automation ISA 2012. “Com poucos cliques, o software faz uma análise aprofundada de qualquer informação. As diferentes formas como consegue exibir os dados, com a possibilidade de dar um zoom e ampliar a escala das imagens é muito interessante”, disse João Luiz Ferri, do setor de manutenção da Braskem / Polo de Triunfo (RS). Informações: (51) 3346-4699, (11) 3061-2828 www.elipse.com.br


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TUPER ÓLEO & GÁS As portas do mercado americano de petróleo e gás foram abertas aos produtos da Tuper Óleo & Gás com o embarque de 3.000 toneladas de tubos de aço com o selo API (American Petroleum Institute) realizado no final do mês de outubro. A operação representa a entrada da empresa no maior e mais exigente mercado de equipamentos de petróleo e gás. Significa estar com a marca em evidência na principal vitrine desse segmento no mundo. Ingressar no mais competitivo mercado global também representa a certeza de que os produtos feitos na recém-inaugurada unidade da Tuper (matéria completa na edição 04) atendem as especificações do segmento. A venda foi realizada diretamente pela Tuper e a alta capacidade produtiva, aliada ao cumprimento de rigorosos padrões técnicos foi um dos fatores determinantes para o fechamento do contrato. Informações: www.tuper.com.br

Tubos de Aço Carbono e Inox. Com distribuição exclusiva da linha de tubulação de aço carbono e aço inox, a Neolider desenvolve soluções precisas e viáveis para projetos de diversos segmentos, como: siderurgia, mineração, engenharia, petróleo e gás, sucroalcooleiro, máquinas e equipamentos, bebidas e alimentos, químico, papel e celulose, entre outros. Com qualidade em seus produtos, a Neolider torna-se a melhor opção em tubos de aço carbono e aço inox com e sem costura para sua empresa.

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Produção de minério de ferro A produção brasileira de minério de ferro deve se recuperar em 2013 após fraco desempenho em 2012, com um crescimento de 6% na comparação anual, segundo estima a consultoria LCA. Para este ano, a estimativa é de uma retração de cerca de 1% devido à desaceleração da China, ao baixo crescimento dos Estados Unidos e à crise na Europa, que estão levando a cotação do produto a uma queda de 25% no ano a ano. Para o setor de siderurgia, as expectativas da consultoria para 2013 também são melhores, devido principalmente aos efeitos de medidas do governo. A estimativa é de alta de 5% no consumo aparente de aços planos e de 6% em aços longos em 2013. Para 2012, a projeção para o consumo aparente de aços planos permanece em 13,7 milhões de t, estável frente ao ano passado. Para os aços longos, a previsão é de um avanço de 5,7% do consumo aparente ante 2011.

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Serimax faz solda para Petrobras A Serimax, subsidiária do Grupo Vallourec, foi contratada pela Technip para fornecer a solução de solda para o campo marítimo de Ubarana e para o projeto UGG na costa de Fortaleza (CE). Ambos os campos são operados pela Petrobras que concedeu à Technip a instalação dos tubos. A Serimax fornecerá equipamentos e manutenção à embarcação DLB Iroquois, da Technip, que terá quatro estações de solda Saturnax (sistema de solda do tipo “bug and band» desenvolvido pela Serimax para tubos premium e tubos que oferecem produtividade e qualidade aprimoradas como resultado de seus múltiplos recursos de solda) e sete membros da equipe da Serimax a bordo durante a produção. O escopo do trabalho inclui a solda de 39,5 km de tubos em dois campos marítimos de águas rasas.

Nova esmerilhadeira Divulgação

CSN quer BNDES como sócio A Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) quer atrair o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) como sócio na eventual compra da CSA, a siderúrgica construída pelo grupo alemão ThyssenKrupp, em sociedade com a Vale, no Rio de Janeiro. As informações são do jornal Valor Econômico. De acordo com o jornal, o BNDES não está acompanhando o processo de venda da CSA, mas é credor de 2,5 bilhões de reais da empresa. O banco também poderia abrir uma linha de crédito para a CSN, a fim de assegurar sua vitória. Uma forma de concretizar a operação seria oferecer as ações que a CSN detém da Usiminas como garantia de uma emissão de debêntures conversíveis em ações. Esse lote de papéis é avaliado em 2 bilhões de reais. A CSN já contratou o Bradesco BBI para assessorá-lo na operação.

A Dewalt colocou no mercado a esmerilhadeira 4 ½” DWE4020 com 800 W de potência para substituir o modelo D28090. Comparada ao modelo anterior, a DWE4020 é mais ergonômica, compacta e leve. Tem uma caixa de engrenagem menor, proteção contra pó no gatilho e motor, e com conta com maior vida do motor e dos carvões. Entre outras características, a nova esmerilhadeira é 100% rolamentada com rolamento de esferas, possui cabo elétrico emborrachado de 2,5 m e empunhadura lateral de duas posições. Informações: www.dewalt.com.br


ArcelorMittal fecha fornos na França O grupo siderúrgico ArcelorMittal, dirigido pelo empresário indiano Lakshmi Mittal, anunciou o fechamento dos altos fornos de Florange, na região de Lorena (nordeste da França), cujo aço era um dos símbolos da indústria francesa. A decisão envolve 629 empregados, que perderão seus empregos, mais os terceirizados. A empresa afirmou que quer “concentrar seus esforços nas atividades subsequentes” (acabamento em aço) da fábrica de Florange, que emprega mais de 2.000 pessoas. A decisão de encerramento não é uma surpresa, já que os dois altos-fornos não trabalham há 14 meses.

Canasul & Agrometal: R$ 25 milhões em negócios O 6º Congresso da Cana de Mato Grosso do Sul (Canasul) e a 2ª Feira do Agronegócio e do Setor Metalmecânico de MS (Feira Agrometal) dobraram de tamanho e geraram R$ 25 milhões em negócios. “Estamos muito felizes por saber que estávamos certos ao eleger o setor sucroenergético como uma das alavancas da economia de Dourados”, comemora o prefeito Murilo. “O Canasul & Agrometal mostra a força de Dourados e a sua liderança numa atividade que vai gerar muito emprego e renda e vai elevar Dourados e a região a um novo patamar econômico”, acrescenta o prefeito. Dos R$ 25 milhões em negócios, R$ 10 milhões foram gerados dentro da ‘Rodada de Negócios’, realizada pelo Sebrae/MS. A feira também dobrou de tamanho, já que no ano passado foram R$ 5,5 milhões em negócios. Muitos empresários saíram da rodada com muitos negócios a serem fechado posteriormente.

Gerdau confirma aciaria em Sapucaia O grupo Gerdau confirma implantação de uma nova aciaria no Rio Grande do Sul. O investimento, que ficará entre R$ 450 milhões e R$ 500 milhões, será feito em Sapucaia do Sul e é praticamente uma ampliação da unidade (Usina Riograndense) que a empresa possui no município. A expansão deve ser concretizada a partir de 2015. Informações: www.gerdau.com.br

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Abimaq incentiva exportação A Abimaq está promovendo em várias cidades a reunião de alinhamento estratégico para o Brazil Machinery Solutions (BMS), programa que tem por objetivo promover as exportações no setor e fortalecer a imagem do País como fabricante de bens de capital mecânico. Fruto da parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o projeto conta com diferentes ações no exterior que aproximam o empresariado brasileiro dos seus mercados alvo. “Nosso objetivo é provocar as empresas para que elas digam o que gostariam de fazer. Com isso, elas vão direcionar o planejamento estratégico dentro dos temas e mercados prioritários pré-estabelecidos desde 2010. Somos executores de projetos e ações que nascem do desejo dos associados”, ressaltou o diretor executivo de mercado externo da Associação, Curt Muller. Atualmente a Abimaq se relaciona com países da América do Sul (Argentina, Chile, Peru e Colômbia), América Central e do Norte (Estados Unidos e México), além da Angola, África do Sul, Índia e Rússia. Informações: www.abimaq.org.br

Cresce consumo de energia A demanda por energia elétrica no Sistema Interligado Nacional (SIN) cresceu 6% em outubro, na comparação com igual período do ano passado. Segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), a alta decorre da continuidade da recuperação gradual do ritmo da atividade industrial e do fato de o mês ter dois dias úteis a mais do que outubro do ano passado. Para comprovar a importância do setor industrial no aumento da demanda por energia, o ONS cita dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) que indicam que, de setembro para outubro, a parcela de empresas com estoques excessivos recuou caiu 6,1% para 5,6%. Já a proporção de empresas com estoques insuficientes aumentou de 2,1% para 4,1%. Para o Subsistema Sudeste/Centro-Oeste, que responde por mais de 60% da demanda do País, a variação positiva em outubro ficou em 7,1%, em relação aos valores do mesmo mês do ano anterior, portanto, 1,1 ponto percentual acima do crescimento global de 6%.

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Planos para 2013 A Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP) prevê investir US$ 230 milhões no próximo ano. O volume é mais que o dobro do valor previsto para 2012, de US$ 90 milhões. Nos primeiros nove meses do ano já foram desembolsados US$ 70 milhões. Os investimentos em 2013 vão se concentrar principalmente nos blocos BM-J-2, na Bacia do Jequitinhonha; BM-S-8, onde está a descoberta de Carcará, na Bacia de Santos; e no BM-CAL-12, na Bacia de Camamu; e BM-C-27, nova aquisição da empresa, na Bacia de Campos. Segundo a companhia, para 2014, a previsão de investimentos é de US$ 170 milhões. O orçamento engloba principalmente as atividades nos blocos BS-4, BM-S-8 e BM-CAL-5.

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Sinobras: produção em alta Fabricando aço desde maio de 2008 em Marabá, a Siderúrgica Norte Brasil S. A. (Sinobras) deve chegar, até o final de 2012, à sua produção nominal, que é de 300 milhões de toneladas de aço por ano. Este ano, porém, a indústria conseguiu bater alguns recordes na laminação e na aciaria, principalmente. Hoje a Sinobras está ampliando sua produção de oxigênio, o que vai garantir melhor qualidade ao aço fabricado ali; e a sinterização dos resíduos finos e carvão, minério de ferro e limpeza de gases, que são reaproveitados na alimentação dos fornos.


Pará reduz taxa de mineração O Pará reduziu a um terço a taxa sobre a produção da Vale. A ação é fruto de um acordo com a mineradora para receber o tributo que não estava sendo pago. No Pará está Carajás, a principal mina de minério de ferro da Vale. A cobrança para fiscalização dos recursos minerais, criada neste ano pelo Estado paraense, passou de 6,9 reais para 2,3 reais por tonelada de minério, disse a assessoria de imprensa do governo. Entre setembro e julho, a Vale produziu 27,6 milhões de toneladas de minério de ferro em Carajás. A mineradora, que contestou judicialmente a taxa da forma como ela foi criada, realizou provisões em seu balanço financeiro para pagamento, o que teve impacto nos resultados do terceiro trimestre. O acordo foi feito a partir de negociações com a Vale, mas a redução na cobrança valerá para outras mineradoras e inclui, além de minério de ferro, caulim, calcário calcítico, cobre, manganês e níquel. De acordo com o governo do Pará, os valores retroativos, de março a setembro, deverão ser pagos integralmente pela companhia.

Errata Na edição 4 há um erro em uma das imagens do artigo “Projeto Metálico para construção segura”. Os autores pedem para registrar que na foto da página 50, os trabalhadores não estão de acordo com a norma regulamentadora 18. Segundo a norma, a instalação de proteção contra queda de trabalhadores e projeção de materiais na periferia da edificação, quando constituída de anteparos rígidos, em sistema de guarda-corpo e rodapé, deve atender aos seguintes requisitos: a) ser construída com altura de 1,20m (um metro e vinte centímetros) para o travessão superior e 0,70m (setenta centímetros) para o travessão intermediário; b) ter rodapé com altura de 0,20m (vinte centímetros); c) ter vãos entre travessas preenchidos com tela ou outro dispositivo que garanta o fechamento seguro da abertura.

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Tubos

Resistência e tecnologia de ponta Wilson Rosa Cordeiro*

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Imagens: divulgação

ossos tubos são soldados por processo de indução de Alta Frequência, sem adição de materiais (HFIW), que garante à solda uma resistência mecânica superior à do próprio tubo. Os tubos ERW (Electric Resistance Welding), fabricados através do processo de soldagem por resistência elétrica com indução em alta frequência (HFIW – High Frequency Induction Welding), têm sido utilizados de forma crescente no setor de

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óleo e gás, em diversas aplicações de condução (Line Pipe), produção e exploração (OCTG) de petróleo e gás, inclusive em águas profundas para diferentes condições de temperatura e pressão e mesmo em ambientes altamente corrosivos, substituindo gradualmente aquelas fabricados por outros processos. Isto se deve ao grande avanço na qualidade dos aços laminados a quente e, principalmente, às novas tecnologias de soldagem de tubos,

como o sistema HFIW, que, quando combinados em processo contínuo de fabricação controlado com rigor, são capazes de proporcionar um produto de custos operacionais competitivos e performance que se equipara a de tubos fabricados por outros processos, inclusive no que concerne à resistência ao colapso e ruptura, bem como à suscetibilidade à corrosão. Os tubos fabricados por processo contínuo ERW/HFIW têm qualidade


Tubos

reconhecidamente mais eficiente e podem proporcionar aplicações mais econômicas que a dos tubos fabricados por outros processos. Os tubos ERW / HFIW apresentam excelente estabilidade dimensional, espessura de parede uniforme (excentricidade) e baixíssima ovalização, características estas particularmente importantes para determinação da resistência ao colapso plástico (revestimento ao tubos de aço) e garantia da integridade estrutural da instalação e, aplicações de águas profundas, como é o caso do pré-sal. A introdução no mercado brasileiro deste tipo de processo ao

produto final, aumentando características peculiares, tais como: alta resistência à corrosão, igual a do metal base, a estrutura metalúrgica homogênea em toda extensão de sua parede, igual a dos tubos fabricados por extrusão. Segundo relatório publicado em fevereiro de 2012 pelo Preston Pipe &

Tube Report [Vol. 30 Nº 02], em 2010, os tubos soldados atingiram uma participação de 48,1% do mercado de tubos de revestimento e produção nos EUA e Canadá frente a 51,9% dos tubos laminados por extrusão. Em 2011, esta relação passou a ser de 51,2% de tubos soldados versus 48,8% dos tubos laminados por ex-

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trusão, demonstrando a forte participação dos tubos soldados pelo processo ERW no exigente mercado de petróleo e gás norte-americano e canadense. No segmento de condução, a atuação dos tubos soldados é muito representativa, alcançando mais de 85% de participação frente a tubos fabricados por extrusão, em função da baixa ovalização e da possibilidade de oferta em comprimentos maiores, reduzindo de forma expressiva o número de soldas circunferenciais e aumentando a velocidade de montagem das linhas de campo. Esta é uma economia expressiva, que às vezes não é considerada em projetos de gasodutos. De acordo com as rigorosas exigências do mercado, os tubos ERW são submetidos a ensaios de corrosão normatizados pela NACE (National Association of Corrosion Engineers) tais como: corrosão sob

Apolo Tubulars A Apolo Tubulars foi criada a partir de uma joint venture entre a Apolo Tubos e Equipamentos, subsidiária do Grupo Peixoto de Castro, e a United States Steel. É uma empresa focada na produção de tubos de aço de alta qualidade, soldados por indução de alta frequência (HFIW), para a indústria de petróleo, gás e outros segmentos do setor de energia

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tensão em ambiente com H2S (NACE TM0177-2005; “Laboratory Testing of Metals for Resistence to Sulfide Stress Cracking and Stress Corrosion Craking in H2S Environments”); Fragilização por Hidrogênio (NACE TM0284-2003; “Evaluation of Pipeline and Pressure Vessel Steels for Re-

sistance to Hydrogen-Induced Cracking”), dentre outros, e apresentam desempenho igual aos dos demais tipos de tubos. As modernas práticas de fabricação de tubos ERW / HFIW contemplam a realização de ensaios não destrutivos ao longo da linha de pro-


Tubos

dução para detecção de eventuais defeitos e garantia de um produto perfeito. Face às características físico-mecânicas dos tubos ERW frente às dos demais, os engenheiros podem desenvolver projetos de exploração e produção com estruturas mais leves e econômicas, proporcionando também mais segurança ao pessoal de operação de campo. Para aplicações que exigem alta resistência mecânica, os tubos ERW / HFIW ainda são submetidos a tratamentos térmicos sofisticados, que normalizam o material, conferindo-lhe alto grau de uniformidade em sua microestrutura, propriedades físicas e químicas.

(*) Wilson Rosa Cordeiro é vice-presidente de Manufatura da Apolo Tubulars. Engenheiro Mecânico com especialização em metalurgia e economia, com mais de 40 anos de experiências no mercado de tubos, tem sido responsável pelos aspectos técnicos de diversos projetos das áreas de óleo e gás; energia; automobilística; construção civil e industrial.

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Crescimento notável ou euforia demasiada? Dirigentes de empresas do ramo de gás e petróleo acreditam na evolução deste mercado, enquanto alguns analistas são cautelosos quanto à expansão da indústria Carlos Alberto Pacheco

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processo. São eles o financiamento público, uma política tributária adequada à realidade do País, qualificação de mão de obra e fomento à tecnologia. Há um mercado que despontou recentemente e tem muito ainda a crescer: o de óleo e gás. As várias descobertas de petróleo na ca-

mada do pré-sal na Bacia de Santos foram um sinal claro de que o desenvolvimento emerge de 7 mil metros de profundidade abaixo do nível do mar. Segundo estimativas, as recentes descobertas podem significar um ganho aproximado de 1,6 trilhão de metros cúbicos de gás e óleo.

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competitividade tornou-se a palavra-chave para a indústria brasileira. A expectativa de crescimento para o setor de produção de bens e serviços em 2013 é a melhor possível, embora seja necessário um equilíbrio de quatro componentes fundamentais nesse

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Agência Petrobras

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Localização do prospecto de Carcará, no pré-sal da Bacia de Santos

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Além do pré-sal, há um fato importante a ser considerado nesse processo. A segurança jurídica que o setor de petróleo e gás desfrutam, a partir do Decreto nº 7.382/10. Publicado em 3 de dezembro de 2010, o decreto regulamentou diversos

Redação TN/ Maria Fernanda Romero

Na sexta edição da Santos Offshore, que aconteceu na cidade de Santos, no litoral paulista, os executivos e diretores de empresas comemoraram o excelente desempenho do setor. O pré-sal na Bacia de Santos obrigará à adoção de uma política que descortine o novo cenário “energético” no Brasil. “As descobertas irão propiciar avanço em termos de infraestrutura que viabilize a exploração e produção offshore”, afirmou o superintendente da Organização Nacional de Indústria e Petróleo (Onip), Alfredo Renault. A Petrobras fez algumas exigências que se resumem em 55% de conteúdo nacional para fornecedoras de plataformas e equipamentos voltados à extração de petróleo e gás. Segundo Renault, as empresas esforçam-se nesse sentido e espera que o conteúdo nacional “não onere os investimentos”.

pontos da chamada Lei do Gás, esta promulgada em 4/3/99. Trata-se um avanço na legislação, pois estabelece de forma mais clara as condições de transporte e compartilhamento da infraestrutura, por exemplo. Tais condições, segundo análise feita pelos advogados Gustavo de Alvarenga Batista e Rafael Zinato Moreira, favorecem os investimentos. Em artigo publicado na imprensa, os advogados argumentaram que o decreto “cuidou de dar eficácia e validade às autorizações da ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para exploração de gasodutos conferidas antes de março de 2009”. Para os articulistas, a regulamentação estabelece “o marco inicial das licitações para concessão dos serviços, cujos projetos estão sob competência do Ministério das Minas e Energia e da ANP”.

6º Santos Offshore: empresários comemoraram o excelente desempenho do setor


Revista do Aรงo โ ข

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Antevendo um cenário positivo, a própria agência disponibilizou, meses atrás, aos estudiosos e pesquisadores o seu Anuário Estatístico Brasileiro do Petróleo e do Gás Natural 2011, que apresenta dados consolidados do setor de petróleo e gás natural no período 2001-2010. Recheado de arquivos com tabelas, quadros, gráficos e cartogramas, o anuário revela informações importantes. Por exemplo: no ano retrasado, houve aumento de 11,4% nas vendas dos principais combustíveis derivados de petróleo em relação a 2009. O País cresceu economicamente e o setor de óleo e gás pegou carona com esse boom. Um outro estudo desenvolvido pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip), intitulado “Agenda de Competitividade da Cadeia Produtiva de Óleo e Gás Offshore no Brasil”, de agosto de 2010, mostra projeções futuras em ritmo ascendente. Se em 2012, as projeções da demanda por bens e serviços exigirão US$ 86 bilhões – em termos de investimentos e gastos operacionais –, em 2020, Renault

esse número poderá saltar para US$ 400 bilhões, um acréscimo extraordinário de 465% em apenas oito anos.

Renault: Descobertas propiciam avanço

O resultado da pesquisa da Onip mostra que o segmento reúne condições de promover uma sólida cadeia produtiva de bens e serviços. E quem ainda permanece distante desse quadro, poderá

aproveitar a oportunidade e ser um fornecedor neste segmento industrial, cujos players investem maciçamente no Brasil. E São Paulo é considerada a bola da vez. “Aqui temos a bacia mais promissora do país com o mercado fornecedor mais forte do Brasil”, afirmou Renault, em meio à euforia da Santos Offshore. Revista do Aço •

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Agência Petrobras

Gás – Visão Atual e Futura da Cadeia de Valor”, realizado no auditório da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), em São Paulo, as autoridades da entidade foram cautelosas. A realidade parece ser bem outra. Tanto é que o objetivo do seminário foi o de debater o aumento da produtividade e a participação das empresas nacionais no fornecimento de bens e serviços na cadeia produtiva de petróleo, gás e naval. “A indústria está trabalhando com 75% de sua capacidade. Fatores como a alta carga tributária, câmbio desfavorável, Custo Brasil, além da desindustrialização e desnacionalização, são motivos para a desaceleração da economia”, apontou o presidente do Conselho de Óleo e Gás da Abimaq, Walter Lapietra. Nessa linha de raciocínio, o diretor executivo da área de Petróleo, Gás, Bioenergia e Petroquímica da associação, Alberto Machado Neto, lembrou que fatores favoráveis e desfavoráveis nesse contexto. E pediu aos empresas analisar três aspectos preocupantes: a exigência de Conteúdo Local (espécie de auditoria dos bens

Petrocenter

Euforia e cautela Curiosamente, os eventos realizados em 2012 servem de confirmação da pujança do setor. É o caso da Rio Oil & Gas, que aconteceu no Rio de Janeiro, em setembro. Um adjetivo ilustrou bem o acontecimento: para o presidente do Instituto Brasileiro do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), João Carlos de Luca, a Rio Oil foi “histórica”. Na verdade, houve uma coincidência feliz: um dia antes do encerramento do encontro quando o governo federal anunciou o lançamento de novas rodadas de licitação

De Luca: indústria brasileira de petróleo e gás “está pronta para decolar”

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• Revista do Aço

em 2013. A vibração foi total no encerramento da ‘Rio’. “A indústria está pronta para decolar”, ressaltou o entusiasmado de Luca. O Ministério das Minas e Energia anunciou há três meses a 11ª rodada da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) para em maio do próximo ano, com a oferta de 174 blocos metade em terra e metade offshore -, baseado no regime de concessões, além do pré-sal. Na ocasião, o ministro Edison Lobão disse ainda que, em novembro de 2013, haverá estudos sobre a viabilidade do primeiro leilão em áreas do pré-sal, sob o regime de partilha da produção. Contudo, Lobão advertiu que a 11ª rodada dependerá da aprovação da Câmara Federal projeto de lei que trata da redistribuição dos royalties. Por enquanto, o tema não encontra consenso junto aos parlamentares. Por outro lado, em julho último, no seminário “O Setor do Petróleo e

Abimaq

Mapa de descoberta no Pré-Sal da Bacia de Santos

Lapietra: indústria trabalha com 75% de sua capacidade


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e serviços de origem nacional nos custos dos investimentos), atraso nos investimentos e entrada de produtos estrangeiros. “A perda do poder de compra da Petrobras é grande”, alertou. O chefe da Coordenadoria de Conteúdo Local, Marcelo Mafra Borges de Macedo, da ANP, saiu em defesa da auditoria dos bens e serviços. Segundo ele, a certificação de Conteúdo Local foi criada com o objetivo de “aumentar a participação da indústria nacional nos projetos de exploração de petróleo e gás natural no Brasil”. Mas o diretor geral da

Pré-sal na Bacia de Santos: competitividade tornou-se a palavra chave para a indústria brasileira

Onip, Elói Fernandez y Fernandez, narrou um cenário crítico, porém típico da indústria nacional, argumentando que a maioria dos fornecedores internacionais não está instalada no País. “Válvulas da China que chegam ao Brasil, a preço inferior ao de nossa matéria-prima, entram no ciclo de fatores críticos de competitividade”, afirmou Fernandez. De um modo geral, existente certa unanimidade quanto a 2013, um ano estratégico em que os avanços precisam ser implementados e os gargalos devidamente superados.

ALTA PRECISÃO E QUALIDADE TECNOLÓGICA EM TREFILADOS

TUBOS TREFILADOS QUALIFICADOS ALUMÍNIO • COBRE • LATÃO • TUBOS em todos os formatos e medidas • PEÇAS tubulares acabadas ou semi-acabadas, cortadas e usinadas • PERFIS personalizados e formatos irregulares SERVIÇOS DE MÃO DE OBRA: • Diâmetros especiais conforme especificações • Qualidade presente em todos os segmentos do mercado • Trefilação em barras e em rolos • Corte sob medida • Competitividade e versatilidade na prestação dos serviços • Usinagem de precisão • Recozimento e endireitamento ALTO PADRÃO EM TREFILAÇÃO DE METAIS NÃO FERROSOS

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Revista do Aço •

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Capa

Aço conquista “nova fronteira da produção”

sxc.hu

A utilização do aço na indústria petrolífera deu um salto fantástico no que a Associação Brasileira do Aço Inoxidável (Abinox) chama “de nova fronteira tecnológica de produção”, ou seja, o pré-sal. Bom para os fornecedores que aceleram a fabricação de itens, tais como tubos, válvulas, compressores, bombas, trocadores de calor, entre outros. De acordo com a Abinox, “na indústria química e petroquímica, no Brasil e no mundo, os investimentos nas refinarias de petróleo ganharam muita força ao longo dos anos, pois tem a importante missão de abastecer a indústria química e petroquímica com tecnologias inovadas e alto grau de exigência”. Diversos equipamentos fundamentais para a exploração de petróleo e gás utilizam ligas de aço inoxidável. A associação lembra o caso da “Árvore de Natal Molhada” (ANM). Trata-se de um conjunto de grandes válvulas que permitem o fluxo de produção de petróleo e gás, do poço para a superfície, assim como a injeção de líquido e gás da superfície para o poço. Além do inox, grandes empresas do setor de

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• Revista do Aço

aço produzem tubos sem costura para extração de petróleo e revestimento de poços conforme especificações técnicas. E também fabricam tubos especiais, com extraordinária resistência a altas temperaturas e pressões para extração em ambientes hostis. De fato, o trabalho no mar exige materiais altamente resistentes e duráveis. Especialistas consideram o uso de cabos de aço de alta performance fabricados com camada de zinco de grande consistência, imunes à corrosão. Tais cabos devem atender às determinações das normas e reunir quatro diferenciais: alta performance, segurança, durabilidade e maior relação custo-benefício. Ainda em relação aos cabos, as especificações que aplicam são as seguintes: 6x41WS + AACI, 6x71WS + AACI, 6x47WS + AACI, Ergoflex PLUS ® e Ergoflex ®. Cursos Com essa “nova fronteira da produção”, evidentemente que entidades já estão promovendo cursos específicos aos profissionais. É o caso da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração (ABC) que, em 2012,

realizou o curso “Metalurgia Aplicada às Conexões Forjadas e Tubulares para a Indústria de Petróleo e Gás” em São Paulo. Dividido em quatro módulos, o curso visou promover a uniformização dos conceitos fundamentais e aprimorar a competência técnica no mercado de fabricação de flanges forjados, conexões forjadas, conexões tubulares com e sem costura e niples para o segmento de óleo e gás. O público-alvo do curso é formado por engenheiros e técnicos que atuem ou pretendem atuar na fabricação, compra, venda, manutenção e inspeção de equipamentos e que necessitam se atualizar e/ou adquirir e aprofundar conhecimentos sobre a área. A coordenação está a cargo do professor e doutor Gustavo Donato. Um grupo de nove docentes ministra aulas sobre introdução à metalurgia, revestimentos e tratamento superficial, conformação mecânica, ensaios destrutivos e não destrutivos, entre outras disciplinas. Os quatro módulos foram realizados nos meses de agosto, setembro, outubro, novembro e terminou em 6 de dezembro.



porto

Terminal de Contêineres de Paranaguá ganha produtividade e adiciona nova linha Serviços de cabotagem ampliam abrangência do porto paranaense no

Mercosul

sxc.hu

Da Redação – redacao@revistadoaco.com.br Imagens: divulgação

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• Revista do Aço

O

Terminal de Contêineres de Paranaguá, um dos maiores terminais portuários de contêineres do Brasil – receberá uma nova linha de serviços de cabotagem, isso deve ampliar sua abrangência no Mercosul. O novo serviço, que será operado pela Aliança, empresa do grupo Hamburg Sud, tem como foco a Argentina (portos de Buenos Aires e Zarate) e o Uruguai (Montevidéu). A nova linha oferece mais uma alternativa para importadores e transportadores que utilizam o Porto de Paranaguá como base para o comércio internacional. Além disso, o incremento das rotas e serviços também está relacionado ao ganho de produtividade que o Terminal vem obtendo desde o início de 2012. Em setembro o TCP bateu

mais um recorde de produtividade, atingindo 74 mph (movimentos por hora), o que representa um desempenho 150% superior ao obtido no primeiro semestre do ano passado, quando a média foi de 30 mph. O diretor do TCP, Juarez Moraes e Silva, destaca que o ganho de produtividade é resultado nos grandes investimentos que o terminal vem fazendo em novos equipamentos, além dos programas de Recursos Humanos bem estruturados. “O TCP vem implantando um projeto de ampliação e modernização que envolve todas as suas áreas e que o tornará um dos mais modernos terminais de contêineres da América Latina”, diz, lembrando o recente início das obras de extensão do cais leste de Paranaguá,


que ampliará a capacidade do Terminal dos atuais 1,2 milhão de TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) para 1,5 milhão de TEUs/ ano até o final de 2013, permitindo o recebimento de navios ainda maiores e mais largos, de acordo com novas tendências do trade internacional. O TCP é o terceiro maior terminal portuário de contêineres do Brasil, e, desde 1998, opera sob regime de concessão no Porto de Paranaguá. Com capacidade atual de aproximadamente 1,2 milhão de TEUs por ano (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), o TCP ampliará sua capacidade de movimentação para 1,5 milhão de TEUs/ano após a construção de seu terceiro berço de atracação, que deve ser concluído em 2013. Este ano, mais de 5,2 mil vagões com soja, milho e farelo do Paraguai descarregaram no Corredor de Exportação do Porto de Paranaguá. Comparado à quantidade liberada no ano passado - 1,2 mil vagões -, este núme-

Divulgação

Porto

Paranágua é o terceiro terminal de contêineres do Brasil

ro é mais de quatro vezes maior. Pelo modal ferroviário, o País descarregou, de janeiro a setembro, mais de 312 mil toneladas de grãos 390% a mais que em 2011, com pouco mais de 63 mil toneladas. O principal produto que o Paraguai exporta, pelo Porto de Paranaguá, é a soja. Este ano, de janeiro a setembro, foram quase quatro mil vagões carregados com mais de 234 mil toneladas do produto. No ano passado, foram apenas 394 vagões e 21 mil toneladas do grão. O aumento na exportação de grãos do Paraguai vem de encontro à expectativa da Appa que, em 2011, retomou o embarque dos produtos do país vizinho. Durante pelo menos oito anos,

o Porto que era quase que exclusivamente a alternativa de escoamento de safra - ficou sem escoar a produção paraguaia devido às dificuldades impostas aos exportadores paraguaios e políticas públicas que inviabilizavam os negócios. Outros grãos de milho, em 2012, já foram 933 vagões carregados com 60,5 mil toneladas a descarregar em Paranaguá. Em 2011, foram apenas 174 vagões e 10 mil toneladas do produto vindo do Paraguai. Este ano, porém, o Paraguai descarregou menos farelo de soja, em Paranaguá. Foram apenas 309 vagões, pouco mais de 17 mil toneladas. Em 2011, foram 677 vagões carregados com 32,4 mil toneladas do produto.

Revista do Aço •

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Parabéns s o n a 0 5

A indústria brasileira do AÇO, aqui representada por estas grandes empresas nacionais e internacionais, é a porta-voz em levar os mais sinceros cumprimentos a Usiminas, diretores e colaboradores, pelos 50 anos de produção de aços planos.


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especial

A história de um gigante

Técnicos japoneses inspecionam o local de construção da usina

Presidente da república Juscelino Kubitschek crava a estaca inicial de construção da Usina de Ipatinga, em 1958

Foto da construção da usina

Foto da construção da usina

Presidente da república João Goulart acende o alto-forno 1 da Usina de Ipatinga, em 26 outubro de 1962, marcando a inauguração da Usiminas

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• Revista do Aço

Primeira corrida de gusa da Usina de Ipatinga, em 26 outubro de 1962, marcando a inauguração da Usiminas


Usiminas comemora 50 anos reconhecendo as conquistas do passado e de olho na construção do futuro Fotos: Divulgação

P

ara comemorar o cinquentenário de início de operações da Usiminas, a companhia realizou no final de outubro, em Ipatinga, Minas Gerais, a solenidade “50 +”, que traduz o espírito de inovação e desenvolvimento que acompanha a trajetória e os desafios que a empresa tem pela frente. O evento teve a presença de autoridades como o go-

vernador de Minas Gerais, Antonio Anastasia, o presidente da Usiminas, Julián Eguren, o presidente do Conselho de Administração da Usiminas, Paulo Penido, além dos acionistas, representados pelo presidente da Nippon Steel & Sumitomo Metal Corporation, Shoji Muneoka, e pelo presidente da Organização Techint, Paolo Rocca. A cerimônia, que aconRevista do Aço •

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1957 1958

Cravação solene da estaca inicial da Usina Intendente Câmara pelo Presidente JK.

1959

Criação da Associação Esportiva e Recreativa (USIPA). Escritura de compra do terreno da Usina Início das obras de construção dos altos-fornos e da coqueria. Criação da Associação dos Empregados da Usiminas.

1960

Início da construção das obras civis de Laminação. Chegada dos primeiros equipamentos japoneses para a Usiminas (Porto do Rio).

1961

Início da montagem dos altos-fornos 1 e 2. Assinatura de contratos de montagem da Coqueria, da Aciaria, da Sinterização, da Laminação de Placas, da Laminação de Chapas e da construção de Fábricas de Oxigênio.

1962

Inauguração do Colégio São Francisco Xavier. Início da produção de coque metalúrgico. Inauguração solene da Usina Intendente Câmara pelo presidente da República, João Goulart.

1963

Início do funcionamento da Sinterização. Inauguração solene da Aciaria e da Laminação de Placas Inauguração da Laminação de Chapas Grossas.

1964

Início da exportação de aço com o embarque a bordo do navio “San Miguel”, no Porto de Vitória, do primeiro carregamento de chapas grossas para a Argentina.

1965

Inauguração da Laminação de Tiras a Quente e do Hospital Márcio Cunha, da Linha de Acabamento de Tiras a Quente, da produção de coque na segunda bateria da Coqueria, do Alto-forno nº 2 e da Laminação de Tiras a Frio. Inauguração da escola profissionalizante Gil Guatimosim.

1966

Assinatura do Acordo de Assistência Técnica com a Yawata Iron & Steel Co., assegurando a produção pela Usiminas dos chamados aços de alta qualidade.

1967

Visita dos príncipes herdeiros do Japão a Ipatinga.

1968

Inaugurado o Centro Eletrônico de Processamento de Dados e é criado o Grupo de Expansão da Usina Intendente Câmara. Inauguração do escritório da Usiminas em São Paulo. Início da expansão da usina, com o lançamento do primeiro concreto das bases de três novos fornos de recozimento da Laminação de Tiras a Frio.

scx.hu

Convênio para a fundação da Usiminas (Acordo Lanari-Horikoshi).

1969

Especial

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• Revista do Aço

teceu no auditório do Centro de Desenvolvimento de Pessoal (CDP) da Usina de Ipatinga, teve também a participação dos colaboradores da siderúrgica e contou com uma homenagem ao grupo de engenheiros conhecido como Samurais, que foram os primeiros a viajar ao Japão para um intercâmbio tecnológico na época da implantação da usina. Segundo o presidente da Usiminas, Julián Eguren, a comemoração é um momento importante de reflexão do que já foi conquistado e, ao mesmo tempo, é um convite a planejar o futuro da empresa. “A Usiminas nasceu como uma usina com capacidade para produzir 500 mil toneladas por ano. Hoje, é o maior complexo de aços planos da América Latina, com capacidade para produzir 9,5 milhões de toneladas, além de desenvolver atividades de mineração e serviços. Precisamos extrair o que essa evolução nos proporcionou e, com espírito inovador, construir a Usiminas dos próximos 50 anos, sempre em sinergia com nossos acionistas, parceiros de negócio, colaboradores e com a comunidade”, afirmou. Para marcar os 50 anos da empresa que é referência em seu segmento, a Revista do Aço preparou uma matéria especial contando um pouco da história da Usiminas. A empresa nasceu durante a “euforia” desenvolvimentista, depois do governo JK. Na segunda metade do século 20, um grupo de industriais e políticos mineiros lideram uma campanha para que seja criada uma usina siderúrgica em Minas Gerais, a fim de agregar valor à riqueza mineral do estado. O então presidente da República, Juscelino Kubitschek, apoiou o projeto, tendo em vista o seu Plano de Metas, que previa a necessidade de aumentar a capacidade produtiva de aço como suporte à crescente industrialização do País. O projeto da usina mineira ganha corpo com o interesse do governo e de empresas do Japão, focados em aumentar suas fronteiras tecnológicas e internacionalizar seu capital. Amaro Lanari Júnior, engenheiro civil implantou a empresa e implementou programas voltados à melhoria da qualidade de vida da população de abrangência da siderúrgica. Em 1957, o Acordo Lanari-Horikoshi oficializa a sociedade Nippon-Usiminas. Com a empresa já constituída, no ano seguinte tem início a construção da usina, com a cooperação técnica da Nippon Steel que passou a responder


Especial

pelos projetos tecnológicos e pela fabricação de componentes em unidades que necessitavam de apoio tecnológico. O local escolhido para implantação da empresa foi um distrito de Coronel Fabriciano, emancipado alguns anos depois, como Ipatinga. Em 1962, a Usiminas entra em operação, com o acendimento do alto-forno 1, pelo então presidente da República, João Goulart. Paralelamente, a Usiminas investe na criação de infraestrutura social e laboral na cidade de Ipatinga – é criada a Fundação São Francisco Xavier. Como consequência da política desenvolvimentista e da instabilidade política, a economia desaquece e a Usiminas

O presidente da Usiminas, Julián Eguren, em encontro com os empregados

passa também a exportar. O primeiro contrato foi para a Argentina, para projetos industriais da Organização Techint, que viria a se tornar, em 2012, acionista da Usiminas. Anos 70: a década do “Milagre brasileiro”. A Usiminas tem dois investimentos estratégicos: o Centro

de Pesquisas, com foco em qualidade, e a Usiminas Mecânica, para produção de bens de capital. A companhia volta-se novamente para o mercado interno. Para gerenciar o desenvolvimento da siderurgia nacional, o governo federal cria a holding Siderbrás e assume o controle

Revista do Aço •

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scx.hu

1971

Inaugurados o Centro de Pesquisas da usina e a Usiminas Mecânica

1974

Entram em operação o Laminador Contínuo de Tiras a Frio (Tandem Mill), dez novos Fornos de Recozimento e a Linha de Rebobinamento nº 1. Inauguração do Alto-forno nº 3.

1975

Inauguração da Aciaria nº 2. Inauguração da Linha de Tesouras nº 2 da Laminação a Frio.

1976

Assinado acordo de Assistência Técnica entre Usiminas e Açominas. Inauguração do novo Laminador de Chapas Grossas Lançamento da pedra fundamental da ampliação e reforma do Hospital Márcio Cunha.

1977

Usiminas é admitida como membro efetivo do International Iron and Steel Institute (IISI).

1978

Entrada em operação do Alto-forno nº 1, depois de reformado. Entrada em operação, depois de reformado, do Altoforno nº 1.

1979

Entram em operação a Coqueria nº 4, Lingotamento Contínuo nº 3, Pátios de Armazenamento de Placas, nova Usina de Recuperação de Benzol, 38 Fornos de Recozimento Tiras a Frio, ampliação do Pátio de Matérias-Primas, ampliação do Pátio de Carvão, sistema de distribuição de gás e Sinterização nº 3.

1980

Mudança do escritório central para o novo edifício sede na região da Pampulha.

1981

Assinatura do contrato Usiminas e Consórcio Fuji Eletric e Fuji Nordeste S/A para implantação do Centro de Energia. Entrada em operação da Linha de Decapagem nº 3.

1982

Obtenção do menor índice de acidentes de trabalho entre as siderúrgicas localizadas nas Américas do Norte, Central e do Sul. Os acionistas da Usiminas aprovam a convenção constitutiva do Grupo Siderbrás e a participação da Empresa neste grupo. Desenvolvido e fabricado, em escala industrial, o Aço SAC(soldável, de alta resistência e melhor desempenho à corrosão) para a indústria de construção civil, e entra em operação o Controle Dinâmico da Aciaria 2.

1984

Criação do Projeto Xerimbabo, de educação ambiental

1985

Especial

Inaugurado o Centro de Energia da Usiminas, a termelétrica da usina

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• Revista do Aço

acionário das empresas nacionais, entre elas, a Usiminas. Um grande plano de expansão na Usina é empreendido: a capacidade de produção passa de 500 mil toneladas/ ano para 3,5 milhões de toneladas/ano de aço. Entram em operação diversas linhas de operação e a Usiminas delineia aquele que seria um de seus principais diferenciais competitivos: o foco em produtos de maior valor agregado. Porém, a grande crise do petróleo encerra os anos 70 impondo desafios para a economia do País. Importante para o fornecimento de insumo básico para a reativação da indústria pesada (naval, automobilística e construção civil), em 1970 foi criada a Usiminas Mecânica que alcançou capacidade de produção de 1 milhão de toneladas de aço/aço em 1971. Em 1974 foram instalados mais altos-fornos e iniciaram-se as obras do forno contínuo de reaquecimento de placas número 2, duplicando a capacidade de produção da laminação de tiras a quente da usina. Anos 80: o Brasil mergulha em recessão. Na Usiminas, a ordem é otimizar custos, porém sem deixar de investir em atualizações tecnológicas necessárias à competitividade da produção. O mercado externo é, novamente, uma alternativa diante da estagnação da demanda interna. Não obstante, a Usiminas chega ao final da década com índices recordes de produtividade, resultados do processo de racionalização de recursos, manutenção da qualidade e aumento do padrão tecnológico. É criado o projeto Xerimbabo, pioneiro em educação ambiental para a comunidade.

Centro de Tecnologia Usiminas, na Usina de Ipatinga-MG, destinado à P&D. O maior da América Latina


Revista do Aรงo โ ข

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scx.hu

1987

Morre em Tóquio o signatário do histórico acordo Lanari-Horikoschi, Teizo Horikoschi.

1991 1988

Especial

Instalado o novo sistema “on line” de emissão e controle de notas fiscais.

1992

Realizado o plano de atualização organizacional, que visa adaptar a empresa à nova realidade. Tem início um investimento na atualização tecnológica dos laboratórios do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento. É a primeira siderúrgica do Brasil a ser certificada pela ISO 9001. Em parceria com a Techint, adquire participação acionária na siderúrgica argentina, Siderar.

1993

Cria o Instituto Cultural Usiminas. Adquire parte do controle acionário da Cosipa, com 49,8% do capital votante. Inaugura a Galvanização Eletrolítica Adquire participação acionária na Rio Negro e Fasal.

1994

Inaugura, em Ipatinga, o Teatro Zélia Olguim.

1995

Anuncia o Programa de Atualização Tecnológica e Otimização da Produção e de Melhoria do Meio Ambiente. Assina convênio para a recuperação de 1,8 milhão de metros quadrados da Mata Ciliar dos rios Doce e Piracicaba.

1996

Primeira usina siderúrgica do Brasil a obter a certificação QS 9000. Primeira usina siderúrgica do Brasil e a Segunda do mundo a obter a certificação ISO 14001. Primeira empresa brasileira a deter os três principais certificados: ISO 9001, ISO 14001 e QS 9000. Cria a Usiparts, em Pouso Alegre-MG, posteriormente chamada Automotiva Usiminas

1997

Substitui, na usina, o uso do gás CFC por gases ecológicos, antecipando em nove anos a meta estabelecida pela Organização Mundial de Saúde. Participa do Consórcio Amazônia, em parceria com a Techint, que assume o controle acionário da Siderúrgica Del Orinoco – Sidor, na Venezuela.

1998

A Usiminas é privatizada.

Passa a operar com 100% de lingotamento contínuo. Inaugura o Usicort, centro de serviço para atender à Fiat Automóveis no fornecimento de peças estampadas e blanks. Constrói o Centro Cultural Usiminas, em Ipatinga.

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• Revista do Aço

Anos 90: em 1991, a Usiminas é a primeira empresa brasileira a ser privatizada, dentro do Programa Nacional de Desestatização. Como estratégia, diversifica seus negócios, passando a atuar também no controle de empresas de logística, distribuição e beneficiamento do aço. Também adquire participações acionárias na argentina Siderar e na venezuelana Sidor, em parcerias com a Techint. Em 1993, adquire o controle da Cosipa e empreende na empresa paulista uma ampla reestruturação financeira e organizacional. Somadas Usina de Ipatinga e Usina de Cubatão possuem capacidade instalada para produzir cerca de 9,5 milhões de t/ano, tornando a Usiminas o maior produtor de aços planos da América Latina. Novos investimentos são feitos, destacando a criação da Unigal, joint venture com a Nippon Steel para produção de aços galvanizados, e a criação da Usiparts (futura Automotiva Usiminas), para produção de peças estampadas. A Usina passa a operar com 100% de lingotamento contínuo. Torna-se a primeira empresa brasileira a deter os três principais certificados: ISO 9001, ISO 14001 e QS 9000. É criado o Instituto Cultural Usiminas. Anos 2000: um novo ciclo de investimento. A Usiminas moderniza suas unidades e projeta ampliar a capacidade de geração de produtos de maior valor agregado, principalmente galvanizados, chapas grossas e laminados a quente. Em associação com o grupo Techint, a Usiminas cria a Ternium, empresa destinada a controlar plantas siderúrgicas na América Latina. É fechado o capital da Cosipa, que é integralmente incorporada à Usiminas. As ações da empresa passam a ser negociadas, também, na Latibex – bolsa de valores de Madri. São adquiridas jazidas de minério de ferro na região do quadrilátero ferrífero mineiro. Os ativos de logística, distribuição e beneficiamento de aço são reunidos em uma só empresa: Soluções Usiminas, em parceria com a Metal one e a família Sleumer. A Usiminas inaugura o Centro Integrado de Operação, um dos mais moderno do mundo, na Usina de Ipatinga. A crise no setor financeiro mundial e o excesso de capacidade de aço no mundo fazem com que os planos de construção de uma nova usina de placas seja revisto. A Fundação São Francisco Xavier, braço social da Usiminas, amplia as atividades: o Hospital Márcio Cunha ganha uma nova unidade, o Colégio São Francisco Xavier institui um programa


Especial

de bolsas de estudo, entre outros projetos. O Centro Cultural Usiminas, um dos mais modernos do País, é inaugurado. A vocação para a responsabilidade social estende-se também patra outras localidades onde a Usiminas detém plantas, tais como Cubatão-SP. Anos 2010: apesar do cenário desafiador da economia, a Usiminas mantém e concretiza o ciclo de investimentos iniciados na década anterior. São colocados em operação uma nova coqueria, uma nova

linha de galvanização, tecnologia CLC para chapas grossas especiais (Usina de Ipatinga), novo laminador de tiras a quente (Usina de Cubatão, em São Paulo), entre outros projetos. Em parceria com o grupo Sumitomo, é constituída a Mineração Usiminas, empresa destinada a desenvolver a capacidade de produção e comercialização de minério. Lançado o programa Garimpando Oportunidades, de valorização dos fornecedores locais, em Ipatinga (MG). Por meio de

um novo acordo acionistas, o grupo Techint passa a integrar o bloco de controle da empresa, em parceria com o grupo Nippon e a Caixa dos Empregados da Usiminas. Diante de um mercado ainda afetado pela crise econômica, a busca pela excelência industrial e o foco no cliente são os grandes direcionadores estratégicos na construção do futuro da empresa e de sua consolidação como protagonista do desenvolvimento industrial brasileiro.

Usiminas e responsabilidade social - Lançado em 2011, o projeto Garimpando Oportunidades promove o relacionamento entre a Usiminas e as empresas do pólo metalmecânico da região do Vale do Aço-MG, visando à criação de oportunidades de negócio e estímulo à economia local. Neste trabalho, a Usiminas avalia e habilita as empresas como fornecedoras que, por sua vez, podem conhecer melhor onde e como podem ser aplicadas as peças nos equipamentos. Já foram identificadas mais de 550 oportunidades de negócio, que já começaram a se materializar. Com o projeto, as empresas locais são estimuladas a se capacitar em tecnologia e gestão, possibilitando-as, inclusive, viabilizar novos mercados no Brasil. Ao mesmo tempo, para a Usiminas, a proximidade com os fornecedores contribui para tornar seus negócios mais competitivos. No projeto Garimpando Oportunidades, a empresa que em um primeiro momento não foi habilitada para fornecer um determinado item recebe suporte para se fortalecer e estão tendo a oportunidade de implantar a certificação ISO 9001, com o apoio do SEBRAE-MG. Outras entidades, como a FIEMG, Sindicato Intermunicipal das Indústrias do Vale do Aço (Sindimiva) e Agência de Desenvolvimento de Ipatinga (ADI) também apoiam a iniciativa. - A Usiminas acredita que o estímulo à educação é uma das formas mais sustentáveis de contribuir para o desenvolvimento das localidades onde atua direta ou indiretamente. Em Cubatão, por exemplo, a empresa realiza programas permanentes que valorizam a qualificação profissional e a formação escolar na comunidade. Os projetos Mantiqueira e Escola Formare, por exemplo, são realizados nas dependências internas da Usina de Cubatão e atendem a mais de 100 crianças e jovens da região. No Mantiqueira, destaque para a formação, com aulas de reforço escolar, esporte e artes. Já no Formare, depois de um ano de estudos, os adolescentes saem com o diploma do curso profissionalizante de Operador de Processos de Produção Siderúrgica. Outros exemplos na comunidade são o Usiminas na Escola, realizado há 13 anos em escolas de Santos, São Vicente e Cubatão, com reforço escolar para cerca de 3 mil jovens, e o Centro de Qualificação Profissional da Mulher, que já formou 70 moradoras da cidade em atividades profissionalizantes. - O Centro de Biodiversidade Usiminas (Cebus) se dedica à reprodução e perpetuação das espécies da fauna e flora ao lazer consciente e à educação ambiental na região do Vale do Aço. No Cebus, animais silvestres apreendidos por entidades oficiais ou mesmo doados por particulares recebem tratamento de saúde. Sua área de 247 hectares é ocupada por florestas plantadas com espécies nativas e remanescentes exóticos. São cultivadas, a partir de um viveiro próprio, mais de 100 mil mudas por ano, que contribuem para fazer de Ipatinga uma cidade com oito vezes superior ao recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Também no CEBUS, a Usiminas promove o projeto Xerimbabo – “animal de estimação”, em linguagem indígena –, o mais antigo projeto de educação ambiental do Brasil. Desde que foi criado há 28 anos, o projeto já contemplou mais de 2 milhões de participantes. O foco é apresentar, por meio de uma grande exposição lúdica, conceitos de preservação ambiental voltados para crianças e jovens da rede pública de ensino. Desde 2010, o Xerimbabo é desenvolvido também na região mineradora de Serra Azul-MG.

Revista do Aço •

37


scx.hu

1999

Formaliza com a Nippon Steel Corporation a joint venture Unigal. Realiza a reestruturação financeira, patrimonial e operacional da Cosipa. Inaugura a Laminação a Frio 2, com capacidade para produzir um milhão de toneladas/ano Lança o Programa Usiteto para construção de casas populares com uso do aço

2000

Inaugura a Unigal, joint venture com a Nippon Steel Corporation, concluindo um dos maiores ciclos de investimentos da siderurgia brasileira e mundial.

2001

A Usiminas completa dez anos de privatização.

2004

Concluídas as obras da unidade II do Hospital Márcio Cunha

2005

Usiminas ultrapassa marca de 400 patentes Usiminas fecha o capital da Cosipa Ações da Usiminas começam a ser negociadas na Latibex Techint e Usiminas criam a Ternium

2006

Vence concorrência da Confab para fornecimento de aço à segunda etapa do projeto Gasene Ternium inicia a negociação de suas ações na Bolsa de Nova Iorque Novo acordo de acionistas estabelece os grupos Nippon, Votorantim/Camargo Corrêa, Cia. Vale do Rio Doce e Caixa dos Empregados como novos acionistas controladores

2007

Usiminas Mecânica abre uma fábrica para produção de blanks, em Cubatão-SP Usiminas tem produtos certificados com as normas europeias ELV e RoHS, de produção ecologicamente correta. É relacionada na lista do Índice Dow Jones de Sustentabilidade Consórcio Nippon-Usiminas completa 50 anos

2008

Especial

Contrato com a Mitsubishi Corporation para o fornecimento do novo Laminador de Tiras a Quente, na usina de Cubatão-SP Aquisição da mineradora J. Mendes, na região de Serra Azul-MG Usiminas adquire terreno na Baía de Sepetiba-RJ, para futuro uso portuário Anuncia a construção de uma nova usina, no Vale do Aço mineiro Estreia, no Brasil, o sistema de escrituração contábil digital Apoia as comemorações do Centenário da Imigração Japonesa no Brasil

38

• Revista do Aço

Altos-fornos da Usina de Ipatinga-MG

Uma parceria Fiemg/Usiminas cria maior unidade do Senai de Minas Gerais, em Ipatinga (MG).

Novos acionistas O novo acordo de acionistas da Usiminas foi oficializado no início do ano, em janeiro. Com ele, o bloco de controle passa a ser formado pelo Grupo Nippon, com 29,44% do total de ações ordinárias da empresa, pelas empresas Tenaris e Ternium do Grupo Techint, com 27,66% e pela Caixa dos Empregados da Usiminas, com 6,75%. O acordo é válido até 2031. Para a Usiminas, o fortalecimento de sua estrutura de governança potencializa oportunidades de desenvolvimento e aumento de competitividade. A empresa passa a ter entre seus acionistas grupos focados no “negócio aço”. Esse diferencial, somado ao conhecimento já acumulado por sua própria equipe, abre caminhos para a consolidação de sua liderança do mercado brasileiro de laminados planos. Para aumentar sua participação de 27,76% para 29,44% do total de ações ordinárias da Usiminas, o grupo Nippon adquiriu 1,69% das ações ordinárias da Caixa dos Empregados. Já a participação de 27,66% da Ternium - junto com sua subsidiária argentina Siderar e com a Confab Industrial S.A, subsidiária da Tenaris no Brasil - é composta também por uma participação da Caixa dos Empregados e pela participação total anteriormente detida pelo grupo Camargo Corrêa/ Votorantim que, com isso, não mais integra oficialmente a composição acionária da Usiminas. Os acionistas do bloco de controle também indicaram o executivo


Especial

Julián Eguren como o novo diretor-presidente da Usiminas, no lugar de Wilson Brumer. Segundo Eguren, ter acionistas com visão do negócio é um diferencial competitivo para a Usiminas. “É um enorme orgulho ser nomeado presidente da Usiminas. Iremos trabalhar em equipe na melhoria da eficiência operacional, oportunidades de mercado e melhoria de competitividade”, afirma.

Exemplos de investimentos recentes em agregação de valor, que acompanham a dinâmica dos mercados consumidores: • Implantação da tecnologia CLC: Atualmente, vários tipos de aço produzidos a partir dessa tecnologia já se encontram homologados e em comercialização. Implantada em novembro de 2010, na Usina de Ipatinga, a tecnologia CLC permite a produção de chapas grossas com alta resistência mecânica, elevada tenacidade e desempenho superior de soldabilidade – características técnicas ideais para melhor performance do aço em grandes profundidades marítimas, como, por exemplo, a camada pré-sal. • Nova linha de galvanização: no ano passado, na Usina de Ipatinga, a Usiminas duplicou a oferta de aços galvanizados para o setor automotivo, de linha branca, construção

Futuro Atualmente, dois focos estão sendo trabalhados no horizonte da empresa: a melhoria de serviço ao cliente e a busca pela excelência industrial. Nos últimos cinco anos, a Usiminas empreendeu um ousado ciclo de investimentos de mais de R$ 11 bilhões, voltado para a modernização das unidades fabris e para o aumento da produção de produtos de alto valor agregado. Apenas no Vale do Aço, foram concretizados recentemente projetos fundamen-

civil e distribuição. No mercado automotivo, em especial, além do aumento na capacidade de produção, o investimento proporciona à empresa maior expertise no processo de produção de bobinas e chapas ultra-resistentes, mas com espessura reduzida, utilizadas na construção de peças de reforço de veículos. Esta especificação atende, sobretudo, a uma crescente demanda do setor automobilístico, que vem buscando soluções de aços galvanizados mais leves, através da diminuição de sua espessura, e com maior resistência que permitam o desenvolvimento de veículos também mais leves e, consequentemente, com menor consumo de combustível. • Novo LTQ: o novo laminador de tiras a quente (LTQ), na Usina de Cubatão, terá capacidade de produção inicial de 2,3 milhões de toneladas/ano. O equipamento permitirá à empresa expandir seu portfólio de produtos mais nobres para o segmento industrial, em mercados como o de tubos de grande diâmetro, autopeças, máquinas e equipamentos industriais e construção civil. Atualmente, está produzindo em escala experimental e deverá consolidar-se em escala comercial ainda em 2012.

Revista do Aço •

39


scx.hu

2009

Criado um programa de bolsas de estudo no Colégio São Francisco Xavier Segunda termelétrica entra em operação na usina de Ipatinga-MG Projeto da nova linha de galvanização recebe as primeiras colunas Usiminas incorpora a Cosipa, cujo nome deixa de existir Inaugura o Centro Integrado de Operação, um dos mais moderno do mundo Criação da Soluções Usiminas

2010

Em parceria com o grupo Sumitomo Corporation, é criada a Mineração Usiminas Contrato para construção dos primeiros prédios com estrutura de aço do programa “Minha Casa, Minha Vida”, do Governo Federal Criação da Rede Usiminas Entra em operação a Coqueria 3, em Ipatinga-MG Início das obras de expansão e modernização do Hospital Márcio Cunha Inicia a produção de chapas grossas com a tecnologia CLC, transferida da Nippon Steel Inicia o uso de gás natural na operação Apontada pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual como a empresa privada com maior número de registro de patentes Acordo Mineração Usiminas / MMX Projetos para construção de nova usina são cancelados

2011

A nova linha de galvanização é inaugurada na usina de Ipatinga-MG Inaugura Centro de Qualificação Profissional da Mulher, em Cubatão-SP Mineração Usiminas firma parcerias com mineradoras vizinhas para ampliação da produtividade Lançado o programa Garimpando Oportunidades, de valorização dos fornecedores locais Uma nova linha de fundição, da Usiminas Mecânica, entra em operação

2012

Especial

É oficializado o novo acordo de acionistas da Usiminas, cujo controle passa a ser exercido pelos grupos Nippon, Ternium/Techint e pela Caixa dos Empregados da Usiminas Parceria Fiemg/Usiminas cria maior unidade do Senai em Minas Gerais

tais para o aumento da competitividade e liderança de mercado na Usiminas, tais como a Coqueria 3, a instalação tecnologia CLC para chapas grossas, a nova Linha de Galvanização, a nova Linha de Fundição, o novo Desgaseificador a Vácuo, além da reforma da Coqueria 2, ainda em curso. “Temos, portanto, um portfólio de produtos e serviços compatível com o que há de mais moderno no mundo. Nenhuma outra empresa em nosso mercado empreendeu tanto, a fim de poder participar do crescimento econômico do Brasil. Nosso desafio agora é colher os frutos destes investimentos. Isso significa estarmos mais integrados aos nossos clientes e conhecer suas realidades em detalhe para fazermos uma gestão mais eficiente. Isso significa também definir padrões e avaliação da produtividade de cada linha de produção, reduzir o capital de giro e atuar com um intenso programa de controle de custos de produção”, afirma o presidente Julián. Além dos desafios internos, o cenário econômico impõe uma nova realidade para o setor siderúrgico mundial. Segundo dados do World Steel Association, há no mundo um excesso de capacidade de mais de 500 milhões de t de aço. No Brasil, o consumo per capita de aço mantém-se no mesmo patamar desde a década de 80. E as importações diretas e indiretas (aço contido em produtos) já somam, no 1º semestre de 2012, o equivalente à capacidade de produção da Usina de Ipatinga em um ano. “Sabemos dos desafios econômicos. Porém, a Usiminas está fazendo a sua parte, preparando-se para ser mais competitiva, desenvolvendo a melhoria do atendimento ao cliente e fortalecendo a eficiência industrial. Acreditamos que os resultados são consequências da melhoria dos processos, algo que vem com o tempo. E é nisso que estamos focados. Estamos plantando sementes, que já começam a ser cultivadas por nossa talentosa força de trabalho, sempre com espírito inovador e respeito às vocações históricas da empresa”, afirmou o presidente Julián Eguren.

Planos • Diante do cenário atual da siderurgia, a Usiminas está acelerando seu planejamento com o objetivo de tornar suas operações referências de excelência industrial no

40

• Revista do Aço


Especial

Brasil. Entre as medidas consideradas, está a definição de padrões e avaliação da produtividade de cada linha, redução do capital de giro e um intenso programa de controle de custos operacionais. Do ponto de vista mercadológico, foi criada neste ano uma área de Supply Chain, que é responsável por acompanhar de forma minuciosa todo o processo de atendimento ao cliente, do pedido à entrega, minimizando o custo logístico e trazendo mais agilidade ao processo. A Usiminas quer trabalhar de forma mais integrada ao cliente. • O ano de 2012 marca, também, a conclusão de um forte ciclo de investimentos da Usiminas focado na modernização de suas linhas de produção e no aumento do valor agregado de seus produtos. Isso permitirá à empresa ofertar um portfólio de classe mundial e com alto conteúdo tecnológico. São diferenciais que tornam o produto mais competitivo e capaz de agregar valor ao mercado. A Usiminas quer apoiar ainda mais o desenvolvimento e o crescimento do sistema industrial brasileiro e das empresas que atuam nos setores metal-mecânico, de energia, automotivo, naval, além da contribuição para a infraestrutura e construções. Transcrição da fala do presidente da Usiminas, Julián Eguren, em conferência com analistas de mercado por ocasião da divulgação dos resultados do 2T12: “Desde o início compartilhamos com vocês nossa estratégia de fortalecer a competitividade da empresa mediante os esforços focados nas áreas-chave e estratégicas de nosso negócio: a área comercial e a área industrial. Os esforços para nos aproximarmos mais de nossos clientes e melhorar o nível de atendimento começam gradativamente a dar resultados. A retomada de alguns mercados de exportação, em sinergia com a Ternium, nos permitiu operar a um nível produtivo superior ainda que em um momento de contração da demanda interna de aço no Brasil. Nossas análises internas indicam que o consumo aparente de aços planos no país permaneceu estável no 2T12, em comparação com o trimestre ante-

Usiminas em dados • Um dos maiores complexos siderúrgicos da América Latina, com capacidade anual para produzir 9,5 milhões de aço • Líder no mercado brasileiro de aços planos • 50 anos de operação • Presente em sete estados brasileiros • Cerca de 27 mil colaboradores • Atuação em toda a cadeia produtiva do aço, do minério à entrega o produto acabado • Maior e mais moderno Centro de Tecnologia em aço da América Latina • Cerca de R$12 bilhões investidos nos últimos dez anos, com foco em

modernização tecnológica e geração de produtos com alto valor agregado • 2ª siderúrgica integrada do mundo com certificação ISO 14001, pela excelência da gestão ambiental • Apoio a mais de 1.700 projetos culturais em 18 anos

Usiminas em números* • Produção de aço bruto: 6,7 milhões de toneladas • Vendas totais: 5,9 milhões de toneladas • Vendas para o mercado interno: 4,9 milhões de toneladas (82% do total) • Vendas para o mercado externo: 1 milhão de toneladas (18% do total) (*) Dados referentes ao ano de 2011

Revista do Aço •

41


42

โ ข Revista do Aรงo


Especial

Vista área da usina de Ipatinga-MG

rior. Contudo, a Usiminas conseguiu avançar nesse cenário: nossas vendas internas cresceram 7%, ocupando o espaço do material importado. O volume de vendas total cresceu 25% em relação ao 1T12, maior volume desde o 3T08. No mix vendido para o mercado interno, destaca-se, por exemplo, o aumento na comercialização de aços galvanizados a quente durante o 2T12. Esse crescimento em relação ao trimestre passado deu-se em função da nova linha de galvanização. Ou seja, estamos participando desse mercado com mais valor agregado. Seguiremos trabalhando para melhorar nosso nível de serviço aos clientes e desta maneira continuar ganhando espaço de mercado contra os produtos importados. Na área industrial continuamos desenvolvendo uma configuração de planta mais eficiente, acabamos de desativar o lingotamento contínuo 1 da usina de Cubatão e estamos em processo de desativar outros equipamentos

de baixa utilização, o que representará uma economia anual da ordem de R$ 50 milhões e trará maior eficiência à linha produtiva. Também durante o trimestre tivemos recordes de produção em várias linhas, fruto do compromisso do nosso pessoal em obter a melhoria contínua dos índices de produtividade. Estamos concluindo um ciclo de investimentos na siderurgia e prosseguindo com os investimentos na mineração por meio do projeto friáveis, com o objetivo de elevar a capacidade de produção do minério de 8 milhões t atuais para 12 milhões de t até o fim de 2013. Uma administração mais eficiente do capital de giro como importante fonte de recursos para a empresa principalmente através da diminuição de estoques de produtos acabados e semi acabados. No acumulado do ano, esta redução de capital de giro já atinge 938 milhões de reais. Ao mesmo tempo em que avançamos na redução dos custos de produção e despesas em geral, temos Revista do Aço •

43


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44

• Revista do Aço


Especial

Usiminas é Empresa Destaque do Troféu Transparência 2012 A Usiminas acaba de ser reconhecida, pela primeira vez, como Empresa Destaque entre as 20 vencedoras do Troféu Transparência 2012, promovido pela Anefac - Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Entre os critérios de seleção, estão a qualidade, a consistência e a transparência das demonstrações contábeis publicadas pela empresa. Para o vice-presidente de Finanças e Relações com Investidores da Usiminas, Ronald Seckelmann, a presença da Usiminas como destaque em transparência afirma o comprometimento da empresa na qualidade de suas demonstrações contábeis, por meio de um reconhecimento nacional. “Acreditamos que figurar entre as companhias selecionadas favorece ainda mais a imagem de confiabilidade da Usiminas perante seus acionistas, investidores potenciais, clientes, instituições financeiras, empregados, governos e sociedade em geral. A transparência não é uma qualidade, é uma necessidade principal da governança corporativa”, afirma. O Troféu Transparência foi instituído pela Anefac, em 1997, para reconhecer as melhores práticas de governança corporativa no campo financeiro. Para a edição de 2012, a entidade avaliou 2 mil balanços financeiros de empresas brasileiras de capital aberto e fechado.

priorizado um rígido controle do caixa, que permaneceu estável em relação ao 1T12. Por último queria compartilhar com vocês a criação na Usiminas do programa Avançar, pelo qual cerca de 150 jovens profissionais, depois de um rigoroso processo de seleção interna, serão capacitados em diversas áreas da empresa. O mercado está em uma situação difícil e complexa, tanto no Brasil como no mundo, mas temos a convicção de que com o apoio dos acionistas e o compromisso dos empregados somos capazes de superar o momento e continuar a trajetória de melhoria de nossa performance”.

Vista área da usina de Cubatão-SP

Revista do Aço •

45


Feinox atende a cadeia produtiva do aço

Feinox

V Feira de Tecnologia de Transformação do Aço Inoxidável Considerada o maior evento da cadeia produtiva do aço inoxidável da

América Latina,

Feinox tem a missão de expandir o consumo do aço inox no

Brasil

Redação – redação@revistadoaco.com.br Fotos: divulgação/Osíris Bernardino

46

• Revista do Aço

P

ersonalidades do mercado de

com o ano em que se comemora o

aço inoxidável participaram

centenário do aço inoxidável, desco-

da abertura da V Feira de Aço Ino-

berto em 1912. “O tema do centená-

xidável (Feinox). Organizada pelo

rio foi desenvolvido pela associação

Grupo Cipa Fiera Milano em parceria

dos produtores mundiais, realizando

com a Associação Brasileira Inoxidá-

uma exposição temática com pai-

vel (Abinox), a feira reuniu por três

néis fotográficos, que mostram a

dias cerca de quatro mil profissionais

evolução do aço inoxidável desde

e 35 expositores. O diretor executivo

seu início, com suas matérias primas

da Abinox, Arturo Chao Maceiras

como níquel e cromo, até as primei-

lembrou que a V Feinox coincidiu

ras fundições de materiais de aço


Feinox

inoxidável até os dias atuais, fazendo uma projeção do futuro”, explicou. A grade de programação da V Feinox incluiu o 11º Seminário Brasileiro do Aço Inoxidável, 5º Coninox – Congresso do Aço Inox e também, o Inoxshow – seminário dos expositores com palestras técnicas. Durante o 5º Coninox, especialistas e executivos de diversos segmentos abordaram a situação atual e futura do consumo do aço inox no mercado brasileiro; desafios e oportunidades para o aumento da demanda em projetos de infraestrutura dos eventos esportivos sediados no Brasil, a Copa de 2014 e as Olimpíadas de 2016, assim

Evento lembrou os 100 anos do aço inoxidável

como o aumento no fornecimento

lente relação custo- benefício. O

indústrias em geral, óleo e gás, pa-

brasileiro na indústria de extração e

aço inoxidável é um dos principais

pel e celulose e agronegócio.

processamento de petróleo e gás.

insumos para os setores de eletro-

Atendendo a este grande mer-

originalmente

domésticos, utensílios (cutelaria,

cado, o evento tem como meta ser

para a proteção à corrosão, o inox

baixelas), automotivo (escapamen-

um ponto de encontro da cadeia

tem hoje uma multiplicidade de

tos), construção civil (fachadas,

produtiva do setor, que abrange

usos, devido à sua grande versatili-

elevadores, escadas-rolantes, mo-

fabricantes, distribuidores, empre-

dade, aspecto estético, capacidade

biliário urbano), cozinhas indus-

sas de reciclagem, máquinas de

de conformação, assepsia e exce-

triais, equipamentos hospitalares,

corte e conformação, equipamen-

Desenvolvido


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Feinox

tos industriais, mobiliário urbano e

Mercado Mundial

matéria-prima. Participam da feira

Dados divulgados pelo Fórum

profissionais dos setores alimentí-

Internacional de Aço Inox (ISSF: In-

cio, agronegócio, sucroalcooleiro,

ternational Stainless Steel Forum),

automotivo, arquitetura, utensílios

em 2011, a produção mundial de

domésticos, bebidas, cozinhas in-

aço inoxidável foi de 32,1 milhões

dustriais, cutelaria, farmacêutico,

de toneladas, o que representa um

químico e saúde, entre outros.

crescimento de 3,3% em relação

A retomada do crescimento

a 2010. A Ásia (excluindo a China)

econômico está levando a indús-

registrou queda de 2,7% da produ-

tria do aço inox de volta aos níveis

ção de inox, equivalente a 8,8 mi-

pré-crise. Segundo dados da Asso-

lhões de toneladas em 2011 e os

ciação Brasileira do Aço Inoxidável,

países que registraram aumento

em 2011, a produção brasileira de

foram a Coréia (+ 5,3%) e a Índia

inox plano registrou 345 mil tone-

(+7,0%). A China teve uma produ-

ladas, enquanto que o consumo

ção de 12,6 milhões de toneladas,

aparente do produto (vendas in-

um aumento de 11,9% em relação

ternas + mais importações) foi de

a 2010. Na Europa Ocidental e Áfri-

305 mil toneladas. A retomada da

ca, a produção permaneceu está-

produção demonstra a importân-

vel, com 7,9 milhões de toneladas.

cia e o potencial do setor nacional,

Por outro lado, a Europa Central

impulsionado por grandes setores

e Oriental, apesar do aumento de

com previsão de desenvolvimento

14,1%, registrou uma produção

como a construção civil, agrone-

de 387 mil toneladas, quantidade

gócio, petróleo e gás.

pouco expressiva a nível mundial.

Consumo Aparente de Aço Inoxidável Brasil (t mil)

Fonte: ABINOX | Associação Brasileira do Aço Inoxidável

Revista do Aço •

49


Feinox

Nas Américas, houve alta de 4,7% em relação a 2010, com 2,5 milhões de toneladas.

Produção brasileira de Aço Inoxidável (Unid.: t mil)

Alguns produtos expostos na feira Al-Strip Com um complexo industrial de 5 mil metros quadrados, instalado no Estado de São Paulo, a Al-Strip desenvolve soluções tecnológicas em corte e laminação de aços e

Fonte: ABINOX | Associação Brasileira do Aço Inoxidável

metais. Dentre os serviços oferecidos estão: corte longitudinal, corte transversal, blanks, laminação (a frio), correção de empeno lateral,

Amapari e Santana; Níquel, com

japonesa líder em equipamentos

aplainamento de tiras, aplicação

operações nos municípios de Barro

eletrônicos. Um dos destaques são

em pvc, polimento e escovamento,

Alto e Niquelândia, em Goiás; Fos-

as máquinas de solda orbital que

entre outros.

fato (Copebrás), com as operações

oferecem soluções customizadas

nos municípios de Ouvidor (GO),

para tubo-tubo e tubo-espelho em

Anglo American

Catalão (GO) e Cubatão (SP) e Ni-

trocadores, indicadas para indústrias

Uma das maiores companhias

óbio, presente nos municípios de

farmacêutica, alimentícia, bebidas,

de mineração do mundo, com sede

Catalão e Ouvidor, em Goiás. Apre-

sanitária, higiene, instrumentação,

no Reino Unido, seu portfólio de

sentou na feira aplicações de aço

trocadores e aquecedores, com ga-

negócios abrange commodities

inoxidável nos projetos de infra-

rantia de solda perfeita em tubos,

de alto volume – minério de ferro

estrutura dos eventos Copa 2014 e

interna e externamente.

e manganês; carvão metalúrgico

Olimpíada 2016.

e carvão mineral; metais básicos –

Nitto Denko

cobre e níquel; metais e minerais

Energyarc Industrial

preciosos, nos quais é líder glo-

Atua na importação e exporta-

empresa global de origem japo-

bal em platina e diamantes. Atua

ção de maquinário de solda, acessó-

nesa e especialista em produtos

no Brasil desde 1973 e hoje está

rios e consumíveis com diferencia-

adesivos, com sede em São Paulo,

presente no País com quatro com-

ção e qualidade reconhecida pelas

levou para a Feinox 2012 a linha de

modities: Minério de Ferro, com o

maiores indústrias do país, como

Filmes de Proteção para o aço inox.

Minas-Rio, o maior projeto de ex-

fundições, caldeirarias, estaleiros etc.

São produtos desenvolvidos para

ploração de minério de ferro em

Na Feinox representou a Orbita-

processos de proteção de chapas

desenvolvimento no mundo e o

lum, empresa alemã conhecida pe-

e bobinas de aço inox durante o

Sistema Amapá, em operação nos

los equipamentos especiais para sol-

transporte, processos mecânicos

municípios de Pedra Branca do

dagem Orbital e Panasonic, empresa

leves e pesados e filmes para pro-

50

• Revista do Aço

A Nitto Denko América Latina,


Feinox

teção de chapas de aço para cor-

ser, Plasma, Ponto e Mig (tecnolo-

cos, papel e celulose, finanças, ener-

te a laser (tecnologia de CO ). Na

gia com soldas pulsadas). Utiliza a

gia e novos negócios.

ocasião, a Nitto Denko fará o lan-

tecnologia de limpeza e passivação

çamento do filme FIberguard™, o

da superfície soldada do aço inox

Selta Metais

novo filme para proteção do aço no

em um único processo, não man-

corte a laser Fibra Ótica, desenvol-

cha e garante a conservação do

Fundada em 1992, a Selta Me-

vido especialmente para essa nova

aço inox, protegendo as peças de

tecnologia.

corrosões posteriores.

2

tais é uma empresa especializada na distribuição de metais ferrosos e não ferrosos. A empresa figura entre as maiores distribuidoras de

Surfox

Votorantim

O sistema de limpeza Surfox é

O Grupo Votorantim é um dos

uma solução de alto desempenho,

maiores conglomerados empresa-

áreas de construção civil e indus-

segura e ecologicamente correta

riais privados da América Latina.

trial, oferece uma logística eficien-

para limpeza da solda em aço ino-

Concentra suas operações em: me-

te e amplo estoque das principais

xidável, limpando a solda TIG, La-

tais, cimento, agronegócio, quími-

linhas e produtos.

alumínio do país. Com atuação nas


Não há conquistas fáceis. São as estradas sinuosas que levam

ao caminho certo.


Ficamos felizes com nossos parceiros comerciais que estiveram ao nosso lado em 2012. Começamos uma caminhada de grandes conquistas que só foi possível porque vocês estiveram conosco.

Nós da Revista do AÇO, agradecemos aos amigos que nos apoiaram durante 2012. Que, em 2013, nossos caminhos continuem juntos a trilhar uma estrada de bons negócios.


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Produção mundial de aço cresce

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Redação – redação@revistadoaco.com.br

produção mundial de aço bruto cresceu 6,2% em outubro, na comparação com o mesmo mês do ano passado, para 124 milhões de toneladas métricas, de acordo com dados divulgados pela World Steel Association (WSA). Contudo, os números da WSA mostram que a taxa média de ocupação nas siderúrgicas recuou para 76,5% no mês passado, no nível mais baixo verificado em 2011. Frente a setembro, a queda foi de 2,2 pontos percentuais. Na comparação com outubro do ano passado, houve alta de 1 ponto percentual. Na China, conforme a entidade, o volume produzido de aço mostrou alta de 9,7% frente a outubro de 2010, para 54,7 milhões de toneladas métricas. Já no Brasil, as siderúrgicas produziram 2,7% menos no mês passado, para 2,9 milhões de toneladas métricas. No Japão, conforme a associação, a produção de aço bruto no mês caiu 0,3% ante o registrado um ano antes. Na Coreia do Sul, houve alta de 17,8%, para 6,1 milhões de toneladas. A WSA informa ainda que, na Alemanha, a queda na produção mensal de aço foi de 4,2%, para 3,7 milhões de toneladas métricas. Nos Estados Unidos, o volume de aço produzido cresceu 11,5% em outubro, em relação ao apurado no mesmo mês de 2010, para 7,3 milhões de toneladas. No Brasil Até o fechamento dessa edição, os números de outubro do mercado brasileiro não estavam fechados. Em setembro, de acordo com o Instituto Aço Brasil a produção brasileira de aço bruto foi de 2,8 milhões de toneladas, uma queda de 0,4% em relação ao mesmo mês em 2011. Em relação aos laminados, a produção de setembro, de

2,2 milhões de toneladas, teve crescimento de 4,4% quando comparada com setembro do ano passado. Segundo o instituto, a produção de janeiro a setembro somou 26 milhões de toneladas de aço bruto e 19,9 milhões de toneladas de laminados, com redução de 3,0% e aumento de 3,3%, respectivamente, sobre o mesmo período de 2011. Quanto às vendas internas, o resultado de setembro de 2012 foi de 1,8 milhão de toneladas de produtos, representando queda de 1,5% em relação a setembro de 2011, informou o Instituto Aço Brasil. As vendas acumuladas em 2012, de 16,5 milhões de toneladas, cresceram 1,1% em comparação ao mesmo período do ano anterior. De acordo com o instituto, as exportações de produtos siderúrgicos em setembro somaram 772,4 mil toneladas no valor de US$ 582 milhões. Já de janeiro a setembro as exportações foram de 7,4 milhões de toneladas e de US$ 5,4 bilhões, representando uma queda de 11,3 % em volume e de 15,5 % em valor, quando comparados ao mesmo período de 2011. Já em relação às importações, o volume de setembro foi de 341,1 mil toneladas, representando US$ 368 milhões. De janeiro a setembro, foram 3 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos importados, 4,9% acima do mesmo período do ano anterior, informou o instituto. O consumo aparente nacional de produtos siderúrgicos em setembro foi de 2,1 milhões de toneladas, e de 19,3 milhões de toneladas no período de janeiro a setembro. Esses valores representaram, segundo o instituto, um aumento de 0,5% e 1,6%, respectivamente, em relação a igual período do ano anterior.

Produção siderúrgica brasileira (Unid.: 103 t)

* Dados Preliminares Fonte: Aço Brasil

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