Ano I - edição 3 - 2012
inox
cobre
alumínio
Invasão estrangeira
latão
• Compras públicas: como vender para o governo? • Boas vendas no setor automobilístico • Caderno de Classificados
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índice Notícias do Aço............................................................................................................................... 04 Licitação Compras públicas: como vender para o governo?............................................ 12 Técnica Corrosão de vergalhão................................................................................................ 18 Óleo & Gás Petrobras participa da Protection Offshore 2012................................................ 24 Evento 23º Congresso do Aço................................................................................................. 26 Siderurgia ArcelorMittal destina aço verde a obra sustentável.......................................... 32 Capa Invasão estrangeira...................................................................................................... 34 Gestão Vida digital facilita administração de empresas.................................................... 45 Perfil Naturaço: empresa voltada ao cliente................................................................... 46 Construção Civil Uso de Estruturas Tubulares...................................................................................... 48 Feira Mecânica 2012.............................................................................................................. 52 Máquinas & Equipamentos Andorinha....................................................................................................................... 58 Mercado Boas vendas no setor automobilístico................................................................... 60 Caderno de Classificados do Aço.......................................................................... 63 Revista do Aço – Ano I – Número 03 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.
Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br) Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) (redacao@revistadoaco.com.br) Projeto Editorial Revista do AÇO Projeto Gráfico Elbert Stein (artes@revistadoaco.com.br) Capa Elbert Stein Colaboradores desta edição Débora Patrícia Moreira, Gislaine Vicente, Laura Calado, Paulo Silva Sobrinho Imagem de capa sxc.hu e ilustração RA Cadastro Marcia Corazzim (cadastro@revistadoaco.com.br) Publicidade e Comercial Claudio Araújo – (11) 9 9943-4648 (claudio@revistadoaco.com.br) Luiz Cortez – (11) 9 9125-8489 (cortez@revistadoaco.com.br) Marcelo Lopes – (11) 9 7417-5433 Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda Tiragem 10.000 exemplares
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Bombas submersíveis Um dos players na área de bombas e sistemas de bombeamento, a Grundfos aproveitou a Fenasan que aconteceu em São Paulo, no começo de agosto, para apresentar ao mercado o rotor S-tube dotado de um novo conceito hidráulico. Recém-lançado no mercado mundial, o produto equipa as bombas submersíveis das linhas S e SL. Fechado e de canal único, o rotor S-tube é indicado para o bombeamento de efluentes e resíduos. Graças aos novos design de rotor e da voluta, a operação é feita suavemente desde a sucção ao recalque, sem obstruções de sólidos em suspensão. O índice de eficiência do rotor S-tube atinge 84% e não compromete a passagem livre de sólidos com diâmetros de até 160 mm. Domingos Alves, gerente nacional de vendas da Grundfos, afirma que no bombeamento de águas residuais o novo rotor S-tube proporciona aumento da eficiência, redução de gastos com perdas no processo, diminuição do consumo de energia elétrica, bem como dos níveis de ruído e da vibração, além da ausência de entupimentos. ¨São atributos que evitam a necessidade de intervenções na bomba¨, diz.
de reaquecimento de produtos longos, planos e tubos (viga móvel, soleira móvel, empurrador, túnel com soleira de rolos, Steckel, soleira rotativa, viga móvel para o aquecimento de tubos, fornos mandril bogie)
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Fusão A Danieli Centro Combustion S.p.A. adquiriu recentemente a Olivotto Ferré S.p.A., uma das maiores especialistas em instalações de tratamento térmico de metais ferrosos e não ferrosos. A expectativa é que a fusão de Danieli Centro Combustion e Ferrè Olivotto aument a gama de equipamentos e serviços oferecidos no mercado, entre eles: ■ Fornos
■ Tratamento
térmico e instalações para têmpera (viga móvel, soleira com rolos, tipo sino, soleira bogie, fornos poço)
Giulio Napoli, da Olivotto Ferrè e Stefano Deplano, da Danieli Combustion após assinarem o acordo
■ Fornos
de recozimento para linhas de processamento de tiras (horizontal/vertical para CGL/CAL, secagem/cura para CCL)
A Danieli Centro Combustion possui escritórios no mundo todo, incluindo a sede em Milão, e escritórios técnicos em Gênova, na Itália. A Centro Combustion Furnaces Pvt. Ltd., com sede em Pune, na Índia foi criada em 2007. A Danieli Centro Combustion também possui uma filial em Pittsburgh, Estados Unidos (Danieli Corporation). A Olivotto-Ferré continuará a operar a partir de seus escritórios em Torino, Itália e também com o escritório localizado na cidade de São Paulo, Brasil. A parceria com a Olivotto-Ferrè transforma as duas empresas em uma nova força agora capaz de fornecer soluções turnkey globais para a faixa de mercado mais ampla possível na produção contínua, semicontínua e em bateladas.
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Portal de integração A partir de 22 de agosto, empresas nacionais e internacionais, representantes comerciais e vendedores autônomos, trades, importadoras, distribuidores e atacadistas estarão todos conectados em uma rede profissional de desenvolvimento de novos negócios. É o Portarc (www.portaldaareacomercial.com.br) que será o principal polo de Integração da área comercial no Brasil. Constituído de uma equipe de profissionais com larga experiência no setor comercial, o portal disponibilizará um banco de dados atualizado com profissionais específicos para a área comercial, representantes comerciais, com registros no Sircesp e Corcesp, e vendedores autônomos devidamente legalizados. Possuindo modernos filtros de triagem que possibilitam a seleção de profissionais de forma focada, segura e sem desperdício de tempo, assegurando a contratação e reposição de profissionais quando necessária. Com um cadastro inicial atualizado de mais de 10.000 representantes comerciais e vendedores autônomos no Estado de São Paulo, divididos em regiões e cobrindo assim todas as cidades do estado, em um futuro breve disponibilizará cadastros de representantes comerciais em todo Brasil.
Alcoa investe em Santa Catarina Franklin L. Feder, presidente da Alcoa América Latina e Caribe, anunciou ao governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, que a companhia pretende fazer investimentos em curto e médio prazos da ordem de R$ 40 milhões. Em curto prazo será implementada uma nova prensa industrial, que permitirá um acréscimo mensal na produção de 800 toneladas e a criação de 60 postos de trabalho diretos e outros 220 indiretos. No médio prazo haverá instalação de mais uma prensa. A Alcoa aplicará ainda R$ 2 milhões para a criação do Centro de Educação e Preservação da Natureza (CECN), que além de preservar a biodiversidade em área de 37 hectares, será usado para a realização de visitas e atividades de educação ambiental da comunidade local. Além da unidade fabril em Tubarão, a empresa possui no Estado um centro administrativo, participação acionária em duas usinas hidrelétricas em operação, Machadinho e Barra Grande, que juntos geram cerca de 1,5 mil empregos diretos e indiretos . A companhia investe ainda em projetos comunitários na região, que beneficiaram cerca de 88 mil pessoas no ano passado. Informações: www.alcoa.com.br.
Perfis soldados A divisão de perfis soldados da empresa FAM Construções Metálicas Pesadas Ltda, fabrica os perfis H. e I – séries CS, CVS, VS - até 2.500 mm de altura x até 1000 mm de largura de aba. A empresa é certificada pela norma ISO 9001/2008 e também pela Petrobras através do CRCC. A fabricação pode ser sob desenho (P.S.) ou de acordo com a norma NBR 5884.
Vale mantém piso do minério No final do mês de junho, a companhia Vale avaliou que a China, o maior mercado para o seu principal produto, o minério de ferro, terá um crescimento sustentado. Com isso, a companhia reafirmou a previsão de piso para o preço da commodity a despeito da crise internacional. O preço do minério de ferro não será menor que 120 dólares a tonelada, segundo declaração do diretor financeiro da mineradora, Tito Martins. A Vale é a maior produtor global de minério de ferro, enquanto a China é a maior importadora mundial do produto.
Informações: www.perfilsoldado.com.br
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Tel.: (11) 4538-7848/4894-8033
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Indústria nacional do cobre cai 22,2% A balança comercial da indústria do cobre, condutores elétricos e produtos semimanufaturados apresenta sinais de recuperação nos primeiros quatro meses de 2012 e, mesmo fechando no vermelho, os resultados são positivos. De acordo com um levantamento realizado pelo Sindicato da Indústria de Condutores Elétricos, Trefilação e Laminação de Metais Não Ferrosos do Estado de São Paulo (Sindicel), de janeiro a abril, o déficit registrado é de US$ 137,4 milhões. O saldo negativo, no entanto, é 22,2% menor do que o registrado no mesmo período de 2011, quando chegou aos US$ 176,7 milhões. De acordo com o estudo, as exportações apresentaram um crescimento considerável e chegaram aos US$ 231,7 milhões. No mesmo período de 2011, o número era de US$ 199,4 milhões. Índice que representa um aumento de 16,1%. Já as importações, mantêm o ritmo dos quatro primeiros meses do ano passado ao atingirem US$ 369,1 milhões.
Assembleia Geral da Vallourec aprova nome de brasileiro no Conselho de Administração A Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária da Vallourec que aconteceu em maio aceitou as nomeações de Olivier Bazil e do brasileiro José Carlos Grubisich, como membros do Conselho de Administração por um período de quatro anos. Os dois são membros independentes, conforme definido pelo código francês de governança corporativa AFEP-MEDEF. Para Jean-Paul Parayre, presidente do Conselho de Administração da Vallourec, “Olivier Bazil e José Carlos Grubisich são profissionais com experiências profissionais internacionais e diversificadas que chegaram a um alto nível de responsabilidade nas empresas em que construíram suas carreiras. Seu profundo conhecimento do setor, experiência empresarial e perfis internacionais contribuirão para a qualidade do trabalho e da governança do Conselho de Administração da Vallourec”.
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Conversão de fornos industriais O Grupo Combustol & Metalpó fechou parceria com a Aperam para converter fornos para gás natural. Além dos benefícios ambientais como a redução da emissão de carbono, os novos fornos têm como objetivo tornar a produção mais simples e competitiva no mercado. Além do projeto de migração, o grupo implantou uma linha piloto de fornos de recozimento, descarbonetação e nitretação no centro de pesquisas da empresa para o desenvolvimento de novos processos de produção de aço elétrico de grão orientado - material que possui excelentes propriedades magnéticas, capazes de garantir maior eficiência dos equipamentos elétricos e economia de energia. Com capacidade para operar com temperaturas de 1000ºC-75kW, os fornos são utilizados para tratamento térmico de tiras de Aço Silício. Com a conversão da matriz energética, a produção torna-se mais simples e mais competitiva. “O Gás Natural é 34% mais barato que o GLP (gás liquefeito de Petróleo), o que proporciona uma economia anual de cerca de US$ 20 milhões. Os ganhos ambientais também são grandes, pois há uma diminuição da emissão de CO2 em 37 mil toneladas por ano”, comenta o diretor da Aperam, Marcos Antonio Araújo. www.combustol.com.br
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Siderurgia deve ter capacidade instalada de 55 mi de t O recém-empossado presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil (IABr), Albano Chagas Vieira, disse que a capacidade instalada do setor siderúrgico no Brasil deverá alcançar 55 milhões de toneladas em 2016, após investimentos que deverão somar US$ 16 bilhões. Atualmente a capacidade instalada brasileira é de 48 milhões de toneladas anuais. Segundo o executivo, a ociosidade da capacidade mundial, estimada em 20%, preocupa
Cerimônia de posse.
Ribeirão Pires receberá Rodada para Negócios em agosto Empresários interessados em participar do evento devem fazer pré-inscrição no site da Rodada até 30 de julho Ribeirão Pires receberá no mês de agosto importante ação para aquecer a economia da cidade. No dia 23 será realizada a Rodada para Negócios, evento que reunirá indústrias, comércios e serviços no Ribeirão Pires Futebol Clube para abrir o leque de contatos e criar entre os participantes novas oportunidades de negócios. Sete grandes empresas – chamadas de empresas-âncora – terão postos fixos durante a Rodada. As âncoras estarão divididas em sete mesas, por onde passarão outras 49 pequenas e médias empresas dos setores da indústria, comércio e serviços, também separadas em sete grupos. Em cada rodada, os pequenos e médios empresários apresentarão seus produtos e serviços para as empresas âncoras e aos outros participantes. Cada um terá um minuto para se apresentar em cada mesa. Ao final de todas as apresentações, os participantes trocam de mesa, conhecendo novas empresas a cada rodada – serão sete no total. O tempo será mediado por coordenadores – haverá um em cada mesa. Participante de Rodadas de Negócio em cidades como São Bernardo do Campo e Campinas, o empresário Ernesto Pacheco Moniz, sócio-proprietário da Indústria e Comércio Metalúrgica Moniz, considera a ação importante para que as empresas da cidade se conheçam. “Alguns empresários do município não conhecem nosso trabalho, na área de usinagem, e buscam empresas de fora. A troca de contato e informações é de extrema importância para os negócios na cidade”, opinou Moniz. “Esse é o primeiro passo que damos no sentido de formar uma rede de negócios e contribuir para que a cidade comece a se conhecer coorporativamente. Além disso, com a participação de empresas-âncora de fora da cidade, Ribeirão Pires se coloca no cenário regional com empresas que possuem estrutura e boas oportunidades”, afirmou o Secretário-adjunto de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Marcelo Liochi. Empresários interessados em participar da Rodada para Negócios devem fazer pré-inscrição até o dia 30 de julho pelo site www.ribeiraopires.portalparanegocios.com.br. Até o momento, já há 58 empresas pré-inscritas. A seleção dos participantes será feita através de cruzamento de oferta e necessidade de produtos e serviços no evento. De acordo com o Secretário de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Renda, Marcelo Dantas Fonseca, a Rodada de Negócios é mais uma ação para fomentar e fortalecer a economia local. “Somada a outras ações, como as orientações e apoio aos empreendedores e até mesmo a intermediação entre empregadores e moradores em busca de emprego, pretendemos manter a economia aquecida na cidade”, afirmou Dantas. A Rodada para Negócios de Ribeirão Pires será realizada pela Prefeitura e pela Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Ribeirão Pires, em parceria com a OBD Eventos. O SEBRAE São Paulo, a CIESP Santo André, Mastermind, Ribeirão Pires Futebol Clube e ACIARP TV apóiam o evento.
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Veolia Water Brasil na Fenasan 2012 Divisão de água da multinacional francesa Veolia Environnement, a Veolia Water Brasil participará da Feira Nacional de Saneamento e Meio Ambiente (Fenasan) soluções tecnológicas para tratamento de água, efluentes líquidos e reuso que acontece entre os dias 6 e 8 de agosto, no Expo Center Norte, em São Paulo. Dentre as tecnologias aplicadas ao tratamento de água, efluentes e reúso, a Veolia Water Brasil evidenciará os processos físico-químicos de alta-taxas Actiflo® e Multiflo®, com ampla aplicação em sistemas industriais e municipais. “Nossa expectativa é fortalecer a presença da Veolia Water no mercado brasileiro, sendo que a Fenasan é uma ótima oportunidade, uma vez que fornecemos soluções para instituições privadas e públicas. Esperamos estreitar relacionamento com nossos atuais clientes e expandir novos negócios”, afirma Joelcio Saturnino, gerente de Desenvolvimento de Negócios da Veolia Water Solutions & Technologies.
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Senai fecha acordo com MIT O Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) assinou um acordo de cooperação industrial com o Massachusetts Institute of Technology (MIT) para operação dos 23 institutos de novação que serão instalados até 2014. A instituição norte-americana, considerada uma das melhores do mundo em tecnologia, dará apoio ao Senai com intercâmbio, seminários e pesquisas conjuntas na elaboração dos projetos de implantação das unidades. Com este acordo, firmado pelo presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, e pelo representante do MIT para o Brasil, Anthony Knopp o Senai atuará como ponte na colaboração do MIT com a indústria brasileira. A instituição dos Estados Unidos dará suporte tanto na capacitação de professores e técnicos quanto no desenvolvimento de soluções para o setor produtivo nacional. O investimento na parceria será de US$ 180 mil anuais, recursos que serão utilizados, inclusive, no intercâmbio de profissionais. Os 23 Institutos Senai de inovação atuarão em pesquisas aplicadas com base nas necessidades da indústria em oito áreas estratégicas – produção, materiais e componentes, engenharia de superfícies, microeletrônica, tecnologia da comunicação e da informação, tecnologia da construção, energia e defesa. Além do apoio do MIT, o Senai fechou parceria com objetivo semelhante com a Sociedade Fraunhofer, da Alemanha.
Miguel Ângelo/CNI
AÇOBRIL em novo endereço A empresa AÇOBRIL acabou de se mudar para uma nova planta, com uma área fabril mais ampla, melhor estruturada e equipada. Com esta transferência de local a empresa ganhou mais agilidade em seus processos nos serviços de corte em oxicorte e plasma com sistemas modernos de cnc, além de cortes em serra de fita, além das já tradicionais linhas de distribuição de Chapas Grossas e Extragrossas, Perfis Laminados I, H e U e na fabricação de Perfis Soldados. A logística também foi um dos pontos principais para a escolha desta planta, pois agiliza e traz mais fluidez a logística de entrega e recebimento, por estar na Rodovia Fernão Dias e próxima da Dutra, Airton Senna. Para maiores informações: www.acobril.com.br Telefone (11) 2207 6700 Rodovia Fernão Dias, Km 86, nº 14.591 Cep 02283 000, São Paulo, SP
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lICITAÇãO
Compras públicas: como vender para o governo? Como a máquina pública adquire produtos e serviços para manutenção da ordem social? Por meio do processo de licitação (*)Débora Patrícia Moreira
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governo é formado por administração direta, fundos especiais, autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e demais entidades. Estes órgãos são controlados direta ou indiretamente pela União, Estados, Distrito Federal e Municípios que precisam comprar produtos e serviços para viabiizar a administração pública em todas as suas esferas. Por que o empresário teme vender para o governo brasileiro? Ocorre que antes da Lei Complementar 101/00 – Lei de Responsabilidade Fiscal e Lei nº 4.320/64, os fornecedores temiam vender para o governo devido a atrasos de pagamento e, muitas vezes, até do não pagamento, o que significava grandes perdas, pois não se podia ter a certeza do adimplemento da despesa pública. A boa notícia é que esta fase de venda de risco passou, haja vista que por força das leis anteriormente citadas, o governo tem por obrigatoriedade o pagamento ao fornecedor, através do empenho. “O empenho da despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição” (Art. 58
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da Lei 4.320/64), incorrendo inclusive
muita força nas vendas ao governo.
o administrador em responder penalmente pelo não adimplemento. O que é licitação? Licitação é a maneira pela qual a administração pública pode adquirir bens e serviços, visando selecionar a proposta mais vantajosa para o contrato de seu interesse. Para tanto, deve obedecer a uma sucessão ordenada de atos (artigo 3° da Lei Federal n° 8.666/93). Pode-se dizer que o governo compra e contrata serviços conforme as regras de lei, deste modo a licitação é um processo formal onde há a competição entre os interessados/ proponentes. Atualmente, qualquer empresa pode participar de uma licitação. Assim, é importante saber como funciona a licitação pública no Brasil. Quem participa? As empresas que fornecem ao governo em todas as esferas vêm aumentando significativamente, pois quanto maior o número de fornecedores, maior é a competição entre os proponentes e os valores fechados no contrato serão menores, o que gera economia ao erário público. Participação da micro e pequena empresa no mercado. Registra-se ainda que as pequenas empresas têm
Esse não é um filão de mercado destinado exclusivamente a fornecedores de grande porte. A Lei Geral para Micro e Pequenas Empresas trouxe uma série de vantagens, entre as facilidades, está a exclusividade de participação das micro e pequenas empresas em licitações de pequeno valor. A participação só tende a crescer nos próximos anos já que sua importância é cada vez mais reconhecida com o crescimento de modalidades de licitação. O pregão, por exemplo, que é um processo menos burocrático e mais rápido, fornece a participação de empresas menores, e é possível que elas conquistem um espaço maior nas licitações do poder público. Como se inicia uma licitação? Primeiramente deve haver uma necessidade da administração pública e, por isso, inicia o planejamento do que e como contratar e comprar, denominada fase interna. A fase externa inicia com a publicação da licitação em sites do próprio governo, nos sites especializados e no Diário Oficial, ou seja, dá-se o conhecimento ao público. E termina com o objetivo central, o contrato. Nessa fase cabe à contratada executar e à administração, fiscalizar essa execução.
licitação
Fases do Procedimento Abertura do processo administrativo Fase interna ao qual a área demandante do órgão faz pedido com da descrição do objeto que se pretende contratar
Pesquisa de mercado, denominada estimativa de preços, sendo realizada a média dos valores encontrados para definição do preço e, consequentemente, a reserva de recursos
Elaboração do edital Publicação do Edital
Escolha da modalidade de licitação: Eletrônico ou Presencial
Presencial:
Eletrônico:
Entrega dos documentos (Envelope 1) e propostas (Envelope 2)
Cadastramento da Proposta no site especificado no edital e efetiva particpação na fase de lances
Abertura dos envelopes
1ª FASE HABILITAÇÃO
• Análise dos documentos exigidos no edital (ato convocatório). • Na modalidade Carta Convite, os documentos e propostas podem ser entregues em um único envelope devidamente identificado com o nome da empresa, CNPJ, e dados do processo licitatório.
• Só participarão da 2ª fase as empresas habilitadas na fase documental. • Haverá o julgamento das propostas dos licitantes habilidados. 2ª FASE a modalidade pregão há inversão das fases. CLASSIFICAÇÃO • N Primeiramente são abertos os envelopes das propostas comerciais e depois de vencida a etapa de lances é aberto o envelope de habilitação.
Adjudicação Efetivação do licitante vencedor Homologação A autoridade superior ratifica (confirma) todo o processo licitarório.
Empenho e contratação
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O que assegura que todos os participantes de um processo licitatório estarão em pé de igualdade? Serão os princípios da Administração Pública:
Princípios
Legalidade
A administração somente pode fazer o que a lei determina ou permite
Impessoalidade
Tratamento igual aos fornecedores
Moralidade
A atuação da administração deve seguir os padrões éticos, com lealdade, honestidade, boa fé e probidade.
Publicidade
Ampla divulgação de TODOS os atos do processo licitatório
Eficiência
Otimização da atuação nas compras
Todov processo licitatório não poderá ser realizado aleatoriamente. A administração somente poderá fazer o que a lei determinar ou permitir, dentro das seguintes esferas:
Constituição Leis Federal Federais
Lei 8.666/93 Lei 10.520/02 Lei Geral 123 Decretos e Regulamentos
Quais as modalidades e tipos de licitação? O que define a escolha da modalidade e do tipo de licitação é a compra a ser realizada e o valor de bens a serem adquiridos. Alguns produtos ou serviços só podem ser adquiridos por uma modalidade específica, enquanto outros podem ser comparados por diferentes sistemas. Concorrência A Lei Nacional de Licitações estabeleceu cinco modalidades de licitação que podem ser utilizadas pelos Tomada de Preços órgãos públicos: a concorrência, a tomada de preços, o Concurso Lei 8.666/1993 convite, o concurso e o leilão (para venda a terceiros de Convite mercadorias que não servem mais). O pregão é uma Leilão nova modalidade de licitação, instituída em 2000 e a Pregão Lei 10.520/2002 única com legislação específica Lei 10.520/02.
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Modalidade de Licitação
Principais características
Obras e Serviços de Engenharia
Modalidade mais ampla, pois permite a participação de qualquer empresa interessada, desde que cumpra os requisitos do ato convocatório (edital). É utilizada para Acima de Concorrência comprar de maior valor, para obras e serviços, e para licitações internacionais. R$ 1.500.000,00 Prazo para publicação do edital, em regra, 30 dias
Compras e outros serviços Acima de R$ 650.000,00
Tomada de Preços
Utilizada para a compra de bens e serviços de empresas já cadastradas na administração pública. Até R$ Prazo para publicação do edital, quanto for tipo melhor técnica ou melhor técnica e 1.500.000,00 preço, 30 dias. Caso não seja estes tipo ou for leilão o prazo será de 15 dias.
Até R$ 1.500.000,00
Convite
É utilizado para compras de pequeno valor, mais destinadas às microempresas, em que os órgãos públicos convidam pelo menos três empresas forAté R$ necedoras a participar do processo licitatório. 150.000,00 Prazo para publicação do edital, que se dará via mural dos órgãos públicos, será de 5 dias úteis.
Até 80.000,00
Ocorre quando, embora viável a competição, sua realização mostra-se conAté R$ 15.000,00 trária ao interesse público, art. 24, Lei. 8.666/93
Até R$ 8.000,00
Dispensa de Licitação Concurso
É a modalidade destinada à contratação de trabalhos intelectuais, técnicos e artísticos. Prazo para publicação do edital, 45 dias.
Pregão
Criada em 2000, possui procedimentos ainda mais simples, usada para a compra de bens e serviços comuns no mercado. Seu procedimento é mais célere, na forma de pregão eletrônico e presencial. Prazo para publicação do edital 8 dias úteis.
Leilão
Quando a administração pública quer vender a participantes produtos que não lhe servem mais.
Os tipos de licitação são quatro: menor preço, melhor técnica, melhor técnica e preço e maior lance ou oferta (este último sendo utilizado apenas em leilões). O tipo de licitação mais usual é a do menor preço, que funciona como regra geral para as compras dos órgãos públicos. AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE OS TIPOS DE LICITAÇÃO Menor preço
Principal objetivo da administração pública é comprar pelo menor preço. O critério básico e mais adotado em qualquer licitação, inclusive o pregão. Vence quem apresentar o menor preço entre os proponentes.
Melhor técnica
É usado quando o bem ou serviço a ser adquirido pela administração pública é específico e não pode ser avaliado apenas pelo preço, como no caso de trabalhos intelectuais, por exemplo.
Técnica e Preço
É o critério que alia os dois tipos de licitação anteriores, levando em conta a técnica para pontuação do licitante.
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O que é um edital? O edital contém todos os requisitos para participar da licitação. Nele deverá conter o objeto da lictação, em descrição clara e sucinta, número de ordem, órgão ou repartição licitante, modalidade e tipo de licitação, local, dia e horário para entrega dos envelopes ou cadastramento das propostas nos casos de pregões eletrônicos. É de suma importância, que um dos primeiros passos é avaliar se objeto social de sua empresa está em consonância com o item a ser licitado. O segundo é avaliar se a empresa possui estoque ou estrutura para atender determinado objeto (produto ou serviço). E o terceiro passo é providenciar toda a documentação exigida no item habilitação do edital, para efetiva participação. Quais os documentos necessários para habilitação? • Habilitação Jurídica (artigo 28) • Regularidade Fiscal (artigo 29) • Qualificação Técnica (artigo 30) • Qualificação Econômico-Financeira (artigo 31) • Regularidade perante o Ministério do Trabalho (artigo 27 inciso V – Lei 9.854/99) Boa parte dos documentos pode ser obtida por download na internet. Como cadastrar-se? Para participar das licitações é preciso efetuar seu cadastro, nos casos de pregões eletrônicos ou apresentar os documentos no envelope de habilitação nos casos dos pregões presenciais.
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Recorrentemente estes cadastros são denominados como CRC – Certificado de Registro Cadastral, CRF – Certificado de Registro de Fornecedores, CR Certificado de Registro e CRCC para o caso da Petrobrás. Já o Governo Federal criou o Sistema Integrado de Cadastro de Fornecedores (Sicaf ) para unificar um único cadastro para todas as suas unidades licitantes no País. O Sicaf constitui o registro cadastral do Poder Executivo Federal e é mantido pelos órgãos e entidades que compõem o Sistema de Serviços Gerais (SISG), Decretos nº 1.094, de 23 de março de 1994 e nº 4.485, de 25 de novembro de 2002. O cadastramento no Sicaf é realizado sem ônus, em qualquer Unidade Cadastradora (UASG) localizada nas diversas unidades da Federação. O acesso a todas as informações estão disponíveis no portal ComprasNet, no sítio eletrônico www.comprasnet.gov.br. O cadastro efetuado em uma das unidades de sua região tem validade de um ano e passa a ser consultado on-line para confirmar se sua empresa está com o Sicaf atualizado. Apenas as certidões negativas devem sempre ser atualizadas conforme sua validade. Outro cadastro unificado muito importante é o do governo do estado de São Paulo, o Cadastro Unificado de Fornecedores do Estado de São Paulo (Caufesp). O acesso é feito pelo portal www.bec.sp.gov. br – opção Caufesp e sua utilização
é obrigatória para a administração pública do estado de São Paulo. Ainda tem o cadastro perante o site do Banco do Brasil. Pelo portal, os entes compradores já contrataram mais de R$ 84 bilhões, nos 330 mil processos licitatórios concluídos. Diariamente, centenas de novas licitações são abertas e disputadas, numa estrutura pautada pela transparência, lisura e igualdade de condições para todos. Para esse cadastro existe uma taxa que poderá ser aferida no link: http://www.licitacoes-e. com.br/aop/index.jsp Por fim não podemos deixar de citar o cadastro da Petrobras que mantém um sistema de cadastro de fornecedores de bens e serviços cuja finalidade é permitir a avaliação prévia das empresas que pretendem participar dos processos de aquisição. O primeiro passo para negociar com a Petrobras é cadastrar-se. Assim, sua empresa poderá comprovar aptidão para participar de licitações e processos de contratação. As empresas interessadas podem inscrever-se no cadastro de fornecedores de bens e serviços da Petrobras de acordo com a atuação e porte da empresa, compreendendo as etapas de avaliação nos critérios definidos pela Petrobras. A escolha dos itens de fornecimento, sendo estes bens ou serviços, completos ou simplificados, define se a empresa fará parte do Cadastro Corporativo e/ou Registro Simplificado. http://www.petronect.com.br
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Quais os benefícios? A atual gestão federal incentiva a participação dessas entidades, fazendo surgir um mercado promissor para elas. Por outro lado, grandes empresas que até então não participava das licitações – ou por problemas fiscais ou por julgarem que licitação não vale a pena – estão mudando de ideia. Com os programas de parcelamento de débitos fiscais criados pelo governo federal nos últimos anos, várias empresas que até então não estavam aptas a vender ao governo, agora podem participar legalmente. A demanda do governo é enorme e ele é o maior comprador do País. Estima-se mais de 700 bilhões de reais por ano. O governo compra e contrata de tudo, de uma obra a materiais, de papel a alimentos, de limpeza a ferroviários, de saúde a transportes, de confecções a móveis, de veterinários a navios, de informática a eventos, de químicos a consultoria, de segurança a paisagismo… Como o ramo da metalurgia e siderurgia pode atuar nas vendas do segmento? Primordialmente focando nos cadastros, eles serão a sua porta de entrada para os negócios dentro do governo. Não é novidade que um dos maiores compradores atualmente é a Petrobras, então invista no cadastro corporativo é uma base de dados que contém o registro de empresas habilitadas e interessadas na prestação de serviços ou fornecimento de bens à
Petrobras, sendo tal cadastro disponibilizado com fonte de consulta a todos os órgão e unidades da Petrobras e afiliadas (Transpetro). Por fim, vale a iniciativa de cadastre-se em um dos diversos sites de busca de negócios, que oferecem serviços completos conforme cada tipo de fornecimento em licitações públicas, desta forma, otimizando tempo e oportunizando acompanhamento das oportunidades negociais disponíveis no mercado. Cadastre-se no site http://www. conlicitacao.com.br/cadastro/ e receba gratuitamente por 15 dias as licitações de seu segmento, bem como no http://licitacao.uol.com. br/faleconosco.asp recebendo os avisos por 10 dias. Case de sucesso
A Usiminas foi vencedora em uma licitação internacional para fornecimento de 7,7 mil toneladas para o estaleiro Mauá Petro Um (RJ). O aço será utilizado na construção de navios para transporte de produtos através da Transpetro, subsidiária da Petrobras.
(*) Débora Patrícia Moreira é consultora independente na área de licitação e vendas governamentais, formada em direito e especialização na área empresarial. debora_moreira@ig.com.br (11) 97311-5267. Revista do Aço •
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Corrosão de vergalhão Problema ocasiona mais de 60% das patologias do concreto armado (*) Paulo Silva Sobrinho
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e uma forma geral, a corrosão dos vergalhões é responsável por cerca de 62% das patologias do concreto armado. Pior ainda quando se trata de lajes de cobertura de tanques de armazenagem de água clorada, cujo vapor concentrado em cloro ataca impiedosamente as armaduras do concreto. Por mais de 50 anos, de modo econômico e eficaz, os revestimentos de zinco obtidos por meio de galvanização por imersão a quente têm sido usados ao redor do mundo para proteger os vergalhões da corrosão. O concreto é um material poroso constituído de pequenos poros e capilares, por meio dos quais os elementos corrosivos como a água, os íons cloretos, o oxigênio, o dióxido de carbono e outros gases infiltram-se na matriz de concreto, eventualmente atingindo os vergalhões. Para cada mistura de concreto, em alguns níveis críticos de elementos corrosivos, o aço despassiva-se e a corrosão começa. O concre-
técnica
to por si só exibe boa resistência à compressão, mas possui pouca resistência à tração, geralmente cerca de um décimo da resistência à compressão. Quando o ferro enferruja, os produtos resultantes da corrosão são 2-10 vezes mais volumosos do que o aço original, o que gera tensão que excede a capacidade de tração do concreto ao seu redor, fazendo-o rachar e fragmentar-se. Após a rachadura ter ocorrido, a capacidade estrutural do elemento pode ser comprometida, podendo ser necessários reparos caros para ampliar sua vida útil.
■■ A velocidade de corrosão do zinco no concreto é menor que
a do aço, e os produtos de corrosão que o zinco forma não provocam tensões internas tão prejudiciais como as que o aço produz, quando sofre corrosão dentro do concreto. ■■ Os revestimentos de zinco proporcionam uma proteção
de sacrifício ao aço, o que significa que se ocorrer alguma imperfeição ou rachadura no revestimento expondo o aço, a corrosão se concentrará preferencialmente na camada e zinco circundante, proporcionando assim uma proteção eletroquímica ao aço exposto. Desta forma, o revestimento galvanizado não pode ser debilitado pelos produtos resultantes da corrosão do ferro, como ocorre no caso de outros revesti-
Como prevenir a corrosão dos vergalhões Uma linha de defesa importante é proteger o próprio vergalhão por galvanização por imersão a quente. Os revestimentos obtidos através de galvanização por imersão a quente formam uma barreira constituída de camadas intermediárias de zinco-ferro e zinco metálico ao redor do aço, que isola a superfície do aço do concreto ao redor. Os vergalhões galvanizados oferecem muitas vantagens sobre os vergalhões convencionais sem proteção, incluindo: ■■ O zinco possui limite de concentração de cloreto mais alto
para corrosão que o aço descoberto. Isso retarda significativamente o início da corrosão, a partir da infiltração de cloretos, na superfície dos vergalhões galvanizados.
mentos tipo barreira, como por exemplo, o epóxi. ■■ A maior resistência à corrosão dos vergalhões galvanizados
permite uma maior tolerância à diversidade e aplicações do concreto. ■■ O revestimento de zinco fornece proteção contra a corrosão
dos vergalhões antes de serem embutidos no concreto.
Essas características dos vergalhões galvanizados reduzem sensivelmente o risco de que sejam afetados pela corrosão, que é a responsável pelo aparecimento de manchas de óxido, de rachaduras e de fragmentação do concreto. O uso de vergalhões galvanizados prolonga os intervalos de manutenção das estruturas de concreto e reduz substancialmente o custo de manutenção como um todo.
Fotos: divulgação
Fotos com efeitos da corrosão nas armaduras de aço em lajes e estruturas de reservatórios de água, devido a ação dos vapores de cloro
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técnica
Vergalhões galvanizados por imersão a quente A ABNT NBR 6118 – Projeto de estruturas de concreto – Procedimento – prevê, no item 7.7, a galvanização como uma das medidas especiais de proteção e conservação do vergalhão. De uma forma geral, os vergalhões galvanizados podem ser tratados do mesmo modo que os vergalhões sem revestimento e não exigem precauções especiais para proteger o revestimento durante o manuseio, transporte e instalação na obra. Assim mesmo, a aderência dos vergalhões galvanizados ao concreto não é menor do que a dos vergalhões sem revestimento; e em muitos casos é ainda melhor. Isso permite utilizar as mesmas especificações de projeto no concreto armado (tamanho das barras, comprimentos das sobreposições etc.), que se aplicam no caso dos vergalhões sem proteção. Aplicações do vergalhão galvanizado O uso dos vergalhões galvanizados e outros acessórios (incluindo parafusos, amarras, âncoras, barras de segurança e tubulações) está am-
plamente generalizado em diversas estruturas e elementos de concreto reforçado. Além das infraestruturas para saneamento básico, outras aplicações em que a galvanização das estruturas leva a uma decisão de engenharia rentável são as seguintes:
concreto reforçado. Alguns exemplos de países que possuem estruturas importantes utilizando o vergalhão galvanizado são: Alemanha, Austrália, Nova Zelândia, Índia, Japão, Estados Unidos, Chile, Canadá, Londres, Itália, Holanda, Bermudas.
■■ infraestrutura de transporte, incluindo
Como o zinco protege o vergalhão no concreto A proteção contra corrosão oferecida pela galvanização aos vergalhões do concreto armado deve-se a uma combinação de vários efeitos benéficos. De primordial importância é o limite de cloretos que determina o início da corrosão, que é substancialmente mais alto (2-4 vezes) no caso do aço galvanizado, em comparação ao aço sem revestimento. Além disso, o zinco tem um limite de pH de passivação muito maior do que o aço, o que faz com que o vergalhão galvanizado resista melhor aos efeitos da redução do pH produzidos pela carbonatação, à medida que o concreto envelhece. Mesmo quando se inicia a corrosão do revestimento de zinco, sua velocidade de corrosão é consideravelmente menor do que a do aço não revestido.
pisos de pontes, pavimentos de estradas e barreiras de segurança; ■■ os elementos de proteção pré-molda-
dos leves para fachadas e outros elementos arquitetônicos de construção; ■■ vigas e pilares exteriores e forjados, ex-
postos às intempéries; ■■ construções pré-fabricadas incluindo
elementos tais como módulos de cozinhas e banheiros e barracões móveis; ■■ elementos submersos ou enterrados
sujeitos aos efeitos da água subterrânea e às flutuações das marés; ■■ estruturas costeiras e marítimas; ■■ estruturas de alto risco instaladas em
ambientes agressivos.
Existem muitos exemplos ao redor do mundo onde os vergalhões galvanizados têm sido usados com sucesso em diversos tipos de edificações, estruturas e construções de
Fotos: divulgação
Foto vergalhões galvanizados no canteiro de obras e na galvanizadora
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Porque o vergalhão galvanizado mantém a integridade do concreto Os produtos resultantes da corrosão do zinco são compostos minerais mais pulverulentos e menos volumosos do que os produtos resultantes da corrosão do ferro e são capazes de migrar da superfície do vergalhão galvanizado para a matriz do concreto adjacente. Como resultado, a corrosão do revestimento de zinco provoca muito poucas rupturas físicas no concreto ao seu redor.
Também há evidências que sugerem que a difusão dos produtos resultantes da corrosão do zinco ajuda a preencher os espaços porosos na interface concreto/vergalhão, tornando essa área menos permeável e ajudando a reduzir o transporte de substâncias agressivas (como os cloretos) através desta interface, que dá acesso ao revestimento de zinco. As reações entre o zinco e o concreto e a difusão dos produtos de corrosão resultantes também explicam por que os vergalhões galvanizados têm uma aderência tão boa ao concreto.
Reação inicial do zinco no concreto fresco Quando o zinco reage com o concreto úmido ocorre a formação de hidroxizincato de cálcio, acompanhado pela evolução do hidrogênio. Este produto da corrosão é insolúvel e protege a camada de zinco subjacente (sempre e quando o pH da mistura de concreto circundante esteja abaixo de 13,3). As pesquisas têm demonstrado que durante este período de reação inicial e até que a passivação do revestimento e o endurecimento do
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nio, o que pode, em casos mais extremos, reduzir a força de aderência dos vergalhões. Quando o concreto se encontra em condições normais, as pesquisas têm demonstrado que não existe nenhuma diferença estatística na força de aderência do vergalhão galvanizado, tanto no caso de ter sido passivado como no caso de não ter sido.
Foto da construção com vergalhão galvanizado da estação de tratamento de água de Bermudas
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divulgação
concreto ocorram, parte da camada de zinco puro do revestimento é dissolvida. Entretanto, esta reação inicial cessa quando ocorre o endurecimento do concreto e há a formação da camada de hidroxizincato. As análises dos vergalhões galvanizados, recolhidos de estruturas em campo, indicam que o revestimento permanece neste estado de passivação por períodos de tempo mais longos, mesmo estando expostos aos altos níveis de cloreto do concreto circundante. No caso de concreto com pH elevado ou quando se espera a presença de uma certa concentração residual de cloretos, a superfície do zinco pode ser passivada, usando-se vários pós-tratamentos comerciais, com o intuito de protegê-Ia contra a evolução excessiva de hidrogê-
Aspectos econômicos dos vergalhões galvanizados A galvanização por imersão a quente é um investimento pequeno, mas muito importante. É usada exaustivamente em todo o mundo, todos os anos, para proteger milhões de toneladas de aço contra a corrosão. A galvanização por imersão a quente é, portanto, um serviço amplamente disponível, com um custo muito competitivo em relação a outros sistemas de proteção dos vergalhões de aço. Quando comparado ao custo total da construção ou da edificação, e aos enormes custos potenciais associados à manutenção prematura do concreto danificado ou falhas da estrutura, o custo adicional pago pelo vergalhão qalvanizado é muito pequeno e plenamente justificado.
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Usar aço galvanizado também em reparos, em construções com porcentagens elevadas de anomalias com corrosão de armaduras, é benéfico e vantajoso financeiramente. Custo Final - considerando durabilidade mínima do aço galvanizado três vezes a durabilidade do aço normal, é possível prever uma redução de custo da ordem de 50%, se considerarmos o custo inicial mais o custo de manutenção (custo total) (nunca se esquecer dos custos indiretos sociais com a diminuição de paralisações) ao longo da vida útil de uma nova laje de reservatório de água por exemplo. Usar aço galvanizado também em reparos, em construções com porcentagens elevadas de anomalias com corrosão de armaduras, é benéfico e vantajoso financeiramente. FONTE: Vergalhão galvanizado por imersão a quente – um investimento concreto. International Zinc Association IZA (*) Paulo Silva Sobrinho é coordenador técnico do Instituto de Metais não Ferrosos (ICZ) Revista do Aço •
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óleo & gás
Petrobras participa da Protection Offshore 2012 Evento reúne especialistas do mercado para discutir novas tecnologias para o setor de segurança offshore Fotos: Divulgação
“A Petrobras segue normas e padrões internacionais em suas operações e utiliza, em suas unidades, recursos de primeira linha. A natureza de nossas operações exige constante evolução neste sentido e fóruns que propõem debates sobre a questão da segurança estarão sempre na lista de interesses da companhia. Para
Joelson Falcão Mendes, gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Campos (UO-BC)
nós, participar deste evento é uma grande oportunidade de alinhar os esforços”. Essas foram as palavras de Joelson Falcão Mendes, gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Campos (UO-BC), durante a abertura do Protection Offshore 2012, conferência voltada para a discussão da segurança nas operações offshore no Brasil. Com a expansão do setor petroleiro nos últimos anos, em especial com a descoberta e o início das atividades de exploração e produção do pré-sal, os olhos do segmento no Brasil se voltaram para as questões ligadas à operação, segurança, meio ambiente e saúde
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(SMS). do setor. Os procedimentos adotados pela companhia também atendem integralmente às exigências feitas pelos órgãos reguladores. Essa política se aplica a todos os segmentos e áreas de atuação e faz parte da cultura da companhia, que trabalha preventivamente e investe em treinamento intensivo, integridade das instalações e segurança de processo, e exige o mesmo das empresas fornecedoras. Além dos constantes investimentos, a companhia também promove o desenvolvimento técnico dos profissionais voltados para a área de SMS. Também realiza periodicamente, simulados ambientais e de segurança, com o objetivo de testar as estruturas de resposta à disposição da empresa. “A necessidade de atualização é constante, tanto dentro quanto fora das empresas. Os debates sobre as questões de segurança ultrapassaram os muros da indústria e estão presentes na sociedade, que passou a se envolver mais e cobrar uma resposta aos riscos da atividade”, disse Joelson Falcão Mendes. Em sua quinta edição, a Protection Offshore traz como temas de foco: prevenção, segurança, gestão de
Abertura do evento contou com a participação de representantes de órgãos regulamentadores, do Poder Público e da Marinha do Brasil, além da Petrobras
óleo & gás
riscos, respostas a emergência e integridade de ativos do setor offshore. A abertura do evento, realizado pela Reed Exhibitions Alcantara Machado e o Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), contou com a participação de representantes de órgãos regulamentadores, do Poder Público e da Marinha do Brasil, além da Petrobras. A Protection Offshore ainda teve rodada de negócios organizada pela Organização Nacional da Indústria do Petróleo (Onip) com o objetivo de fomentar parcerias e viabilizar novos projetos neste segmento. As reuniões aconteceram entre os fornecedores de serviços e tecnologia do segmento com os seus principais compradores. No último dia do evento, representantes da Petrobras apresentaram as experiências da Companhia em controle de poços e o Projeto de Ordenamento Costeiro do Arquipélago de Santana, área de fundeio localizada na costa de Macaé, onde também está presente a atividade pesqueira. Compromisso Durante os três dias da Protection Offshore, a Petrobras reafirmou seu compromisso com os investimentos em Segurança, Meio Ambiente e Saúde (SMS). A estatal também reforçou suas práticas de procedimentos, que atendem integralmente às exigências feitas pelos órgãos reguladores. Essa política se aplica à todos os segmentos e áreas de atuação da estatal, além de fazerem parte da cultura da Companhia, que trabalha preventivamente e investe em treinamento intensivo, para alcançar integridade nas instalações de segurança dos processos, exigindo sempre o mesmo das empresas fornecedoras. “A Petrobras segue normas e padrões internacionais em suas operações e utiliza, em suas unidades, recursos de primeira linha. A natureza de nossas operações exige constante evolução neste sentido e fóruns que propõem debates sobre a questão da segurança estarão sempre na lista de interesses
Estande da Petrobras na Offshore 2012
da Companhia”, disse Joelson Falcão Mendes, gerente geral da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Campos (UO-BC).
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Maiores Informações: (11) 3763-6270 / 3763-6271 treinasolda@infosolda.com.br Revista do Aço •
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Abertura do ExpoAco 2012: Jorge Gerdau Johannpeter , ministro Fernando Pimentel, Albano Chagas Vieira, Marco Polo de Mello Lopes e Andre B. Gerdau Johannpeter
EVENTO
Desindustrialização e competividade foram temas no 23º Congresso do Aço Surge um novo termo que preocupa os empresários do setor: a desnacionalização Gislaine Vicente imagens: Divulgação - Adri Felden/Argosfoto
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ermo difícil de pronunciar, mas de entendimento um pouco mais fácil, a desindustrialização continua a fazer parte das rodas de conversa e de negócios no Brasil. Na verdade, o tema vai ganhando cada vez mais espaço. Tanto que ele foi tema de um dos painéis do 23º Congresso Brasileiro do Aço e ExpoAço 2012, que ocorreu em São Paulo, entre os dias 26 e 28 de junho de 2012. Responsável pelo evento, o Instituto Aço
Brasil (IABr) reuniu, no Transamérica Expo Center, destaques da indústria, ministros e especialistas brasileiros e do Exterior. Participaram dos debates a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira; o economista de renome mundial Raghuram Rajan e o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, que abriu o evento com uma palestra, entre outros nomes de destaque.
evento
O presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, ressaltou que para o setor industrial e para os trabalhadores, a desindustrialização é uma realidade e revertê-la é prioridade absoluta. “O volume de importação de aço supera a capacidade de produção de nossas maiores empresas”, alertou Lopes.
Público lotou o auditório para acompanhar as palestras
O aço no cenário mundial foi debatido pelos principais representantes do setor. O painel “Desindustrialização no Brasil: como reverter o processo” teve no presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) Luiz Aubert Neto, um dos mais combativos debatedores. Aubert levantou o surgimento de um novo problema no setor da indústria: a desnacionalização. Segundo ele, o posicionamento da presidenta Dilma Roussef, ao discursar que é preciso “eliminar as amarras” que tiram a competitividade do Brasil vai totalmente ao encontro do pensamento da Abimaq. “Existe a necessidade de resolver o que passamos a denominar de “tripé do mal”, ou seja, câmbio, juros e tributos. Inclusive, esses foram os temas tratados no movimento “Grito de Alerta”, realizado recentemente. Acreditamos ter contribuído para sensibilizar o governo”, disse. Em breve, o tema estará em discussão no Congresso. Aubert Neto também pediu atenção à desnaciona-
lização das empresas. “Estão levando nossos insumos e trazendo produtos mais baratos de qualidade inferior, além de desvalorizarem nossas máquinas e equipamentos. A culpa é da China, principalmente”, resumiu. Além de Aubert Neto, também participaram do painel que teve a coordenação do presidente executivo do Instituto Aço Brasil, Marco Polo de Mello Lopes, o deputado federal, Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), do diretor-executivo do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI), Júlio Sérgio Gomes de Almeida.
Aubert Neto falou dos efeitos da desindustrialização
Marco Polo: preocupação com volume de importações
Já o debate comandado por André Gerdau Johannpeter, presidente do Conselho Diretor do Instituto Aço Brasil, contou com as presenças de Edwin Basson, diretor geral da World Steel Association, Raúl Gutiérrez Muguerza, presidente da Alacero (antigo Ilafa), Thomas A. Danjczek, presidente da Steel Manufacturers Association e A. Sun, sócio da McKinsey & Co Shanghai. Gerdau destacou ser importante investir no crescimento econômico do País. “Para se ter uma ideia, o consumo per capita do brasileiro é de 140 quilos por habitante, enquanto na China chega a 400 quilos. Aumentar o consumo de aço brasileiro: esse é nosso desafio”, asseverou. Para ele, excesso de aço é uma das causas da crise. “É um dos fatoRevista do Aço •
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evento
res que afetam a competitividade. A importação indireta de aço também causa a desindustrialização no Brasil”, destacou Gerdau. “É necessário o combate à assimetria comercial, como com a China”, concluiu.
Ministro Pimentel discursa durante abertura
Andre B. Gerdau Johannpeter comandou debate durante evento
O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Fernando Pimentel, também participou da ExpoAço 2012, a feira de negócios que aconteceu junto à 23ª edição do Congresso Brasileiro do Aço, organizado pelo Instituto Aço Brasil. “Quero saudar esse congresso. É um evento extremamente importante não para o setor mas para o Brasil. Esse é um dos maiores eventos da área siderúrgica no mundo”, destacou o ministro. Segundo Pimentel, a indústria siderúrgica é objeto de atenção do governo. “Temos diálogo constante com o setor. Sabemos todos os sacrifícios que a conjuntura econômica mais recente têm imposto à nossa indústria. Hoje o nosso desafio é retornarmos todos a competitividade que já tivemos”, completou.
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Para estimular a indústria do aço, e o setor industrial brasileiro como um todo, o ministro enumerou algumas iniciativas que o governo tem tomado: “O cenário mais recente é animador, com redução da taxa de juros, viabilizando o crescimento da economia industrial. A redução do IPI de linha branca, e o impulso efetivo à construção civil – grande compradora dos produtos da cadeia siderúrgica – são outras iniciativas. Há um esforço do país como um todo na direção do crescimento econômico”, afirmou. Debates “Economia Verde, desafios e oportunidades” foi o tema do debate que reuniu a ministra do Meio
Ministra discursa no painel “Economia Verde: desafios e oportunidades”
Ambiente Isabela Teixeira, o economista e ex-ministro da Fazenda Delfim Neto e o diretor geral da V&M do Brasil Alexandre Lyra. Para a ministra, o foco está voltado para o consumo sustentável em todos os níveis. “A palavra é essa mesmo: consumo. A questão da sustentabilidade não é mais restrita à área ambiental. É necessário pensar de forma geopolítica, com outro olhar, que deve virar um novo tipo de engajamento. É preciso inovar na maneira de debater esse assunto”, sustentou. Antonio Delfim Neto, economista e ex-ministro da Fazenda, deu sua visão sobre a questão ambiental: “o aumento do PIB produzido é associado e indissolúvel do crescimento de CO2. Ou seja, não há possibilidade de se enfrentar a questão ambiental com redução de consumo, com uma volta ao Neolítico”, disse. “A questão é: há limitação de recursos e não é possível impedir o crescimento. É uma ingenuidade se achar que o mercado pode ser substituído por um novo modelo. A solução é desenvolver tecnologias que reduzam as unidades de CO 2”, concluiu. O economista e professor de finanças na Booth School of Business, da Universidade de Chicago, Raghuram Rajan foi um dos convidados internacionais do evento. Ex-economista-chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI), Rajan é autor do livro “Fault Lines: Como fraturas ocultas ainda ameaçam a economia mundial”, consi-
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Congresso Latinoamericano da Construção Metálica
Construindo o Futuro em Aço 14 a 16 de agosto de 2012 das 9h às 20h Frei Caneca Shopping & Convention Center Exposição de Serviços e Produtos Conferências Internacionais Palestras Plenárias Nacionais Palestras Técnicas Público de 3500 visitantes: Participantes internacionais, Arquitetos e Engenheiros. Construtores, Projetistas,Fabricantes e Produtores. Profissionais e Prestadores de Serviço. Investidores e Formadores de opinião. Estudantes universitários.
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Informações e inscrições www.construmetal.com.br
SANSEI
CONSTRUMETAL2012
evento
Raghuram Rajam falou sobre situação econômica mundial
derado pelo Financial Times o livro do ano de 2010. Conhecido como um dos primeiros economistas a antecipar a crise financeira de 2008, Rajan debateu a situação da economia mundial e perspectivas com o presidente da Confederação Nacional das Indústrias (CNI), Robson Andrade, com o coordenador geral da Ação Empresarial, Josué Cristiano Gomes da Silva e
com o economista-chefe do Bradesco, Octavio de Barros. Eles participaram do painel “Indústria do Aço: fatores limitativos à competitividade e situação da economia mundial e perspectivas” foram os temas de debate. Durante sua participação, Rajan falou sobre a atual situação dos Estados Unidos, da Europa, da China e das economias emer-
líticas internas. O Brasil e a Índia precisam fazer o inverso: focar agora o investimento em infraestrutura e capital humano, em detrimento do consumo”, analisou. Entre os palestrantes estiveram o diretor geral da World Steel Association, Edwin Basson, o presidente da Steel Manufacturers Association, Thomas A. Danjczek, o presidente da Associação Latino-
gentes, com foco no Brasil. Os países emergentes também estão em plena transição de crescimento, segundo Rajan. “Os mercados emergentes estão vendo que suas fórmulas, como a dependência da exportação, estão no fim. A China está passando por uma transição entre o crescimento por meio do investimento para o crescimento por meio do consumo, mas deve enfrentar questões culturais e po-
americana do Aço (Alacero), Raúl Gutiérrez Muguerza, o presidente da Vale, Murilo Ferreira , o diretor comercial da MMX, Chequer Hanna Bou Habib, o presidente da Usiminas/Musa, Julián Eguren, o representante da Força Sindical Paulo Pereira da Silva, o consultor do IEDI —Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial, Julio Gomes de Almeida e o deputado federal Arnaldo Jardim.
Vila do Aço Promovida pelo Instituto Aço Brasil, mais uma vez a Vila do Aço foi apresentada durante o 23º Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2012. Os visitantes puderam conhecer as aplicações do aço no dia a dia, atendendo às aspirações humanas. Através da apresentação de protótipos em tamanho real, os visitantes poderão visualizar como o aço transforma e colabora para a melhoria dos espaços urbanos e rurais. Serão mostrados exemplos de estruturas de aço e de concreto em hotéis, estações, pontes, passarelas e infraestrutura, além das aplicações na construção seca como o light steel framing. A Vila mostrou também as aplicações do aço em coberturas e fachadas assim como no mobiliário urbano. O visitante teve a oportunidade de ver o andamento da aplicação do aço nas obras dos estádios brasileiros para a Copa de 2014. Na “Escola” da Vila foi possível conferir a
importância estratégica do aço para a economia brasileira. O enfoque dessa edição foi a sustentabilidade ambiental: o aço pode ser infinitamente reciclado sem perder nenhuma de suas qualidades e ainda permite o aproveitamento dos materiais gerados em seu processo produtivo. A utilização dos “coprodutos” economiza recursos naturais não renováveis e sua aplicação se dá na indústria da construção, pavimentação, setor cerâmico, agricultura e fabricação de cimento. Em sua oitava montagem e englobando, a cada nova edição, novas aplicações, a Vila do Aço já teve mais de 31 mil visitantes. A primeira montagem ocorreu em paralelo ao 21º Congresso Brasileiro do Aço & ExpoAço 2010, em São Paulo, e depois seguiu para Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, e Rio de Janeiro. A última edição aconteceu na Construction Expo 2011, em São Paulo.
Revista do Aço •
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siderurgia
ArcelorMittal destina aço verde a obra sustentável Empreendimento da Forluz será a primeira edificação no conceito green building em M inas G erais Informações fornecidas pela assessoria de imprensa da Arcelor Mittal Fotos: divulgação
A
ArcelorMittal Aços Longos está presente na primeira construção com selo green building de Minas Gerais. A empresa é a responsável pelo fornecimento de 2,5 mil toneladas de aço para o prédio da Fundação Forluminas de Seguridade Social (Forluz), em Belo Horizonte. A obra, que tem previsão de ficar pronta em 2013, tem um conjunto de produtos e soluções em aço que proporcionam maior produtividade e economia para a edificação: belgo pronto, pré-armação, recozido, vergalhão, prego, cordoalha e tela soldada. Como o aço é um dos itens mais consumidos em uma construção, quando ele chega cortado, dobrado e pré-armado, como é o caso, é possível eliminar etapas que antes seriam realizadas na obra reduzindo o tempo e o número de profissionais envolvidos. Além disso, com a utilização do concreto protendido (concreto, aço e cordoalha engraxada da ArcelorMittal) nas lajes e vigas dos pavimentos tipos, será possível antecipar a finalização da estrutura.
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A empresa é fornecedora de 100% do aço empregado no prédio da Forluz e com isso contribui para que a obra seja considerada verde. Isso porque a empresa tem o rótulo ecológico da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), que permite aos clientes identificar os
Forluz é a primeira a usar armaduras prontas
produtos que atendem às necessidades da construção civil sustentável, e o selo ecológico do Instituto Falcão Bauer de Qualidade. Além disso, a obra da Forluz é considerada sustentável por possuir o selo Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), certificação
siderurgia
internacional que reconhece um edifício como verde, ou seja, que utiliza de forma racional os recursos como água, energia e outros. No caso desse prédio, as posturas sustentáveis vão desde a concepção do projeto até o dia a dia, quando estiver em uso. Na fase da construção, a água é reutilizada, os resíduos destinados à reciclagem e a energia é usada de forma racional. Nesse estágio, a ArcelorMittal Aços Longos também tem um papel importante, a empresa recolhe as pontas das cordoalhas que contém graxa e restos de pead (polietileno de alta densidade). Essas sobras retornam à fábrica da empresa, onde são reciclados ou reutilizados. No caso do aço, a perda é zero com a utilização do sistema Belgo Pronto. Rótulo Ecológico ABNT A ArcelorMittal Aços Longos é a primeira produtora de aço brasileira a receber o rótulo ecológico da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A certificação permite que os clientes identifiquem os produtos ambientalmente corretos que atendem às necessidades da construção civil, comprovando a importância dos investimentos feitos nas plantas da ArcelorMittal para garantir o respeito ao meio ambiente durante todas as etapas de produção. O Rótulo Ecológico ABNT, obtido no final de 2011, foi conferido após auditorias e análises técnicas nas unidades da ArcelorMittal de Juiz
Aço chega dobrado, cortado e pré-armado
de Fora, ArcelorMittal Piracicaba, ArcelorMittal Cariacica, ArcelorMittal Itaúna e ArcelorMittal São Paulo. Com validade de três anos, o certificado contempla vergalhões, telas soldadas, treliças, pregos, arames para amarração, perfis leves e fios e barras laminadas para uso na construção civil. O programa de rotulagem ambiental (ecolabelling) é uma metodologia voluntária de certificação de desempenho ambiental de produto, concedido por uma entidade independente, de forma imparcial. A utilização de material com essas certificações colabora para que as chamadas construções verdes (green building), que buscam alta ecoeficiência e baixo impacto socioambiental, possam ser reconhecidas por organizações da área, como o Green Building Council Brasil. Revista do Aço •
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A invasão estrangeira
Produtos importados dominam mercado de máquinas e governo decide reagir para dar novo fôlego à economia Carlos Alberto Pacheco
34
• Revista do Aço
“Há tempos que não consigo investir o mesmo recurso como cinco anos atrás. Minha única opção é firmar parceria com algum importador de peças de alta precisão para manter a produção dentro de um limite aceitável. Caso contrário, vou fechar”. Esse é um desabafo de um pequeno
empresário do ramo de metalurgia, instalado na região do ABC. O cenário que vive esse empresário (ele prefere o anonimato, por vergonha, talvez) é um exemplo fidedigno do processo de desindustrialização que afeta o País. Os empreendedores nacionais, sejam eles quais forem, não
reúnem condições de fabricar todos os equipamentos para atender às necessidades de crescimento do setor. Exatamente por isso, a importação é fundamental no ato de suprir a demanda por máquinas. Como prova à sociedade brasileira que a importação “não é um mal
Revista do Aço •
35
capa
competitivos no mercado internacional, reformas estruturais (a melhoria da logística é condição sine qua non), compensações tributárias e geração de empregos. Em comunicado oficial, a Abimei reconhece que o empresário brasileiro não tem acesso às máquinas de alta tecnologia de dispõe de poucos recursos para fabricar equipamentos convencionais. Segundo o presidente da associação, Ennio Crispino, o País consegue produzir apenas maquinário de “média tecnologia” e ainda exporta parte dessa produção. “Estou convicto de que a importação impede o Brasil de viver um pesadelo. A associação funciona como agente regulador, impedindo a paralisação da indústria ao manter empregos e gerar riqueza”, preconiza Crispino. De acordo com dados recentes divulgados pela Abimei, as importações das chamadas máquinas-ferramenta e equipamentos
Fotos: divulgação
necessário” – como poderiam pensar alguns nacionalistas exacerbados -, e sim uma ação imprescindível no atual contexto, a Associação Brasileira dos Importadores de Máquinas e Equipamentos Industriais (Abimei) e a Associação de Comércio Exterior do Brasil (Abracex) delinearam as bases de uma parceria que objetiva traçar medidas em defesa da modernização e aumento da competitividade industrial. “Existem empresas fechando as portas porque estão perdendo mercado. Nossa política industrial precisa ser revista”, já havia alertado o diretor da Abracex, Antônio Carlos Ramalho, autor da proposta da parceria. O governo federal já recebeu as propostas integrantes do plano das duas entidades. Ainda não se manifestou. Em suma, Abimei e Abracex propõem a adoção de incentivos como atrativo ao industrial brasileiro investir na fabricação de produtos
Crispino: “maquinário de ‘média tecnologia’”
industriais movimentaram cerca de US$ 2,4 bilhões em 2011, 10% a menos que 1010. O percentual ficou abaixo da previsão da entidade, ou seja, o prognóstico de até 20% para o setor. O montante continua abaixo dos negócios firmados no período de janeiro a setembro de 2008, quando o volume chegou a US$ 2,6 bilhões.
CAPACIDADE OCIOSA X IMPORTAÇÕES 50%
1,8
Importações (bilhões de US$ FOB)
1,6
Média móvel trimestral da capacidade ociosa (%)
40%
1,4 1,2
30%
1,0 0,8
20%
0,6 0,4
10%
0,2 0,0
Fonte: MDIC/SECEX. Elaboração: Sindipeças.
36
• Revista do Aço
abr-12
fev-12
dez-11
out-11
ago-11
jun-11
abr-11
fev-11
dez-10
out-10
ago-10
jun-10
abr-10
0%
Importação Capacidade Ociosa
capa
O impacto na crise na Europa, provocada por uma gigantesca onde de desconfiança do sistema financeiro, trouxe apreensão ao mercado industrial doméstico. Como consequência, foi inevitável a desaceleração nas linhas de montagem e nos galpões. Apesar disso, a Abimei aponta o setor de máquinas para corte e o de chapas metálicas como os melhores desempenhos de 2011, com alta superior a 10%. Os demais setores não acompanharam esse crescimento, mantendo, porém, certa estabilidade, a exemplo dos processos de transformação de plástico e o de usinas.
Corte de chapas metálicas digitalizada: desempenho superior a 10% em 2011
Ainda segundo esses dados, a desvalorização do dólar não trouxe prejuízos aos fabricantes nacionais de bens de capital. Definem-se bens de capital as fábricas, máqui-
nas, ferramentas, equipamentos e diversas construções voltadas à produção de consumo. A Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) possui dados
Revista do Aço •
37
capa
Aumento do IPI Na indústria automobilística, o setor de autopeças depende da importação de componentes, embora o governo federal tenha adotado medidas de incentivo, como o Plano Brasil Maior. De qualquer forma, economistas entendem que duas variáveis – aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre carros importados e a exigência de 65% de nacionalização das peças em carros nacionais irão trazer reflexos positivos ou não aos bens de capital até o final de 2012. É preciso esperar até lá. A Abimei é contra o reajuste no IPI e defende abertamente a desoneração de impostos nos investimentos em máquinas e equipamentos nacionais e estrangeiros. O quadro, de fato, não é dos melhores, segundo o último Relatório de Pesquisa Conjuntural do Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças) e da Associação Brasileira da Indústria de Autopeças (Abipeças). O faturamento do setor no primeiro quadrimestre deste ano foi
BALANÇA COMERCIAL DE BENS DE CAPITAL Saldo da Balança Comercial
Exportação
Importação
40.000 29.780 30.000
20.000 11 .901 901 10.000 7.121 3.081 0
-4.040 -17.879
-10.000
-20.000
2000
2001
2002
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Fonte: SECEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
IMPORTAÇÃO DE BENS INDUSTRIAIS
200 180 160
Var. % Var. % 2011/2000 2011/2004 / +298% +279% Ou Ou +13%a.a. +21% a.a.
140 US$ bilhõ ões
semelhantes aos da Abimei. Nos oito primeiros meses de 2011, teria havido crescimento de 9,7% na receita bruta da indústria de bens de capital mecânicos, mas ainda abaixo 3% do ano de “ouro”, ou seja, 2008. Dirigentes das duas entidades, contudo, reiteram que o Brasil precisa investir na produção interna e externa se quiserem fazer frente ao aumento do PIB.
120 100
Var. %PIB Var. %PIB 2011/2000 2011/2004 +31,7 +46,5 Ou Ou +3,5% a.a. +4% a.a.
80 60 40 20 0
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 Fonte: FUNCEX; Elaboração: DCEE/ABIMAQ.
CUSTO BRASIL 2010 Componentes do Custo Brasil Custo Brasil
Aumento de custos em ponto percentual da RL Ind. IBKM Transformação 36,27 43,85 2,98
1 Impostos não recuperáveis na cadeia produtiva
2,98
2 Encargos sociais e trabalhistas
3,99
2,84
3 Custos dos insumos básicos (2)
24,01
18,57
4 Custos de energia (2)
0,00
0,51
5 Logística (1)
1 , 90
1 , 90
6 Burocracia e custos de regulamentação
0,40
0,36
7 Impacto dos juros sobre capital de giro
9,41
8 Custos de investimento 1,16 (1) Comparativo com Estados Unidos; (2) Comparativo com Alemanha. EXEMPLO: Produção e venda do PRODUTO X Receita líquida de venda na Alemanha = 100,0 Receitalíquida de venda no Brasil = 143,8 RESULTADO: O “custo Brasil” encarece em 43,8% o preço do PRODUTO X no Brasil
7,95 1,16
Revista do Aço •
39
capa
12% inferior ao registrado no mesmo período do ano passado. Houve recuo nas vendas para montadoras, da ordem de 15,5%. O mercado de reposição perdeu 9,1% e no segmento intrassetorial, o recuo bateu 16%. O alento ficou para a área das exportações, que apresentou variação positiva de 1,4%. As entidades realizam essa pesquisa mensalmente com 67
empresas associadas, representando 31,5% do faturamento da indústria de autopeças. Os dados negativos não param por aí. Informações do Relatório da Balança Comercial de Autopeças de maio último apontam que persiste o déficit comercial do setor. O acumulado de janeiro a abril atingiu US$ 1,85 bilhão, valor 22,9% superior a
igual período de 2011. Se, por um lado, as exportações para 164 países somaram US$ 3,42 bilhões e cresceram 4,7%, as importações aumentaram 10,5%, totalizando US$ 5,27 bilhões, vindas de 122 países. Os embarques para a Argentina, que continua sendo o principal destino da indústria local, caíram 2,3% no período.
IMPORTAÇÃO DE AUTOPEÇAS POR PAÍS EM US$ FOB Ordem
País
2011 Jan-Abr
Var. (%) 2012/2011 Jan-Abr
Part. (%) 2012 Jan-Abr
1
ALEMANHA
660.895.552
570.070.508
15,93
12,53
2
ESTADOS UNIDOS
647.688.700
612.026.268
5,83
12,28
3
JAPÃO
577.258.964
611.643.800
-5,62
10,95
4
CHINA
449.869.589
329.457.467
36,55
8,53
5
FRANÇA
386.368.988
338.749.236
14,06
7,33
6
ARGENTINA
380.778.436
416.584.636
-8,60
7,22
7
ITÁLIA
299.034.803
293.597.686
1,85
5,67
8
TAILÂNDIA
294.950.421
275.214.944
7,17
5,59
9
COREIA DO SUL
273.765.981
170.828.281
60,26
5,19
10
SUÉCIA
189.841.698
222.007.041
-14,49
3,60
11
ESPANHA
167.737.758
96.686.217
73,49
3,18
12
MÉXICO
152.175.266
117.595.002
29,41
2,89
13
ÍNDIA
78.982.713
66.109.090
19,47
1,50
14
REINO UNIDO
74.096.309
70.214.602
5,53
1,41
15
ROMÊNIA
64.207.011
24.621.830
160,77
1,22
16
TURQUIA
57.092.531
51.895.664
10,01
1,08
17
REPÚBLICA TCHECA
49.554.767
74.576.799
-33,55
0,94
18
INDONÉSIA
37.315.521
37.330.933
-0,04
0,71
19
ÁUSTRIA
37.172.860
31.133.078
19,40
0,71
20
SUÍÇA
36.998.585
36.592.499
1,11
0,70
4.915.786.453
4.446.935.581
10,54
93,23
20 principais países Outros 102 países
356.909.262
326.390.656
9,35
6,77
Total de 122 países
5.272.695.715
4.773.326.237
10,46
100,00
Fonte: MDIC/SECEX/DEPLA. Elaboração: Sindipeças.
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2012 Jan-Abr
• Revista do Aço
Na próxima edição teremos aqui
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capa
Resposta oficial à desindustrialização O governo federal resolveu reagir frente às derrotas que a indústria nacional vem sofrendo pelo know-how estrangeiro nos últimos anos. Em anúncio recente, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, lançou o PAC Equipamentos, programa de compras governamentais para estimular a economia brasileira, visando minimizar os impactos da piora da crise europeia. A união promete investir R$ 8,43 bilhões neste segundo semestre. Os setores beneficiados se-
medidas governamentais farão com que o PAC 2012 avance para
Fotos: divulgação
R$ 51 bilhões
42
• Revista do Aço
rão os de máquinas agrícolas e equipamentos para a saúde e educação, entre outros. Um montante de R$ 6,6 bilhões serão viabilizados por meio de medida provisória autorizada pela presidente Dilma Roussef. No trimestre julho-setembro, o ministro anunciou, ainda, a redução de 6% para 5,5% ao ano da Taxa de Juro de Longo Prazo (TJLP). Mantega está otimista: “Gostaria de lembrar que, com essas medidas, o PAC 2012 sobe de R$ 42,6 bilhões para R$ 51 bilhões”. Após o anúncio, o presidente da Abimaq, Luiz Aubert Neto, afirmou aos jornalistas que o PAC Equipamentos deverá mesmo conter as demissões do setor até o final de 2012. E elogiou a queda da TJLP – “É excelente para os investimentos”. O “freio” imposto pelo governo justifica-se: até agora, a indústria demitiu 6 mil funcionários. A iniciativa do governo também se justifica numa tentativa de minimizar a quase total dependência do empresário brasileiro das importações, situação agravada pela diminuição do consumo. Segundo cálculos da Abimaq, a maior entrada dos importados é identificada no setor de bens duráveis. O crescimento das compras nesse segmento chegou a 167% entre 2008 e 2011. Há perda visível de competitividade, pois a indústria não acompanha as exigências da demanda. Há uma corrente de opinião que aponta um cenário real e dramático
PAC Equipamentos deverá mesmo conter as demissões do setor até o final de 2012
ao mesmo tempo. Quando os importados ganharam impulso (leia-se China), o setor apresentava capacidade ociosa e abria mão dos investimentos para aumentar a produção. Contudo, houve um revés – a crise europeia acabou por se intensificar, o dólar despencou. O investimento ficou só no plano dos sonhos. Segundo essa análise, o cenário exibe a desindustrialização como consequência natural. E o governo Dilma acordou para o problema e busca agora reverter esse panorama perverso.
capa
‘Brasil Maior’ será a tábua de salvação? Definida como política industrial, tecnológica e de comércio exterior do governo Dilma, o Plano Brasil Maior é das cartadas mais ousadas do Executivo. Ele se sustenta em dois pilares: a) sustentar o crescimento econômico em um cenário de baixo investimento e b) sair da crise internacional, redirecionando o foco para as mudanças estruturais, sobretudo no “renascimento” do parque industrial brasileiro. “A estabilidade monetária, a retomada do investimento e crescimento, a recuperação do emprego, os ganhos reais dos salários e a drástica redução da pobreza criaram condições favoráveis para o país dar passos mais ousados em sua trajetória rumo a um estágio superior de desenvolvimento”. Esse talvez seja uma definição clássica do plano. O governo deverá cumprir dez metas básicas
até 2014, entre as quais a ampliação do investimento fixo do PIB para 22,4%, elevar o percentual da indústria intensiva em conhecimento para 31,5% e diversificar as exportações brasileiras, ampliando a participação do País no comércio internacional, de 1,36% (2010) para 1,60% daqui a dois anos. “Brasil Maior” é uma continuidade da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP), lançada em 2008. O governo considera o primeiro mais abrangente e, além da indústria, “engloba ações e medidas para o incentivo ao comércio exterior e ao setor de comércio e serviços”. O plano pretende utilizar as compras governamentais como incentivo à empresa nacional. A referência é a Lei nº 12.349/2010, que institui margem de preferência de até 25% nos processos de licitação para produtos ma-
nufaturados e serviços nacionais que atendam às normas técnicas brasileiras conforme critérios de geração de emprego e renda e de desenvolvimento e inovação tecnológica. O governo promete endurecer contra a onda dos importados, ao preparar alguns cortes na lista de produtos ex-tarifários. O regime ex-tarifário serve de estímulo aos investimentos produtivos por meio da redução temporária do imposto de importação de bens de capital, informática e telecomunicação não produzidos no Brasil. Na lista, aparecem reatores para refinaria de petróleo, turbinas (geração de energia), locomotivas de alta potência e linhas de produção da indústria automobilística. O objetivo é oferecer condições em pé de igualdade ou isonomia entre os produtos brasileiros e os internacionais.
Revista do Aço •
43
GESTÃO
Vida digital facilita administração de empresas
Sistemas de gestão ajudam a comparar números em tempo real, controlar compras e até número de funcionários Imagens: divulgação (*) Carlos Alberto Comitre da Cruz
Q
uando os computadores foram inventados, todos pensavam que sua única utilidade seria fazer contas. Ninguém imaginava, na metade do século passado, que eles poderiam controlar uma mineração de ferro, uma cadeia de distribuição de aço ou exibir os limites da resistência de uma viga. Para uma época em que as poucas ferramentas da matemática se limitavam a fórmulas, tábuas de logaritmos e réguas de cálculo, fazer contas já era uma enorme vantagem. Mas não demorou muito para que se pudesse também fazer outras coisas com os computadores, tais como escrever, gravar informações para uso posterior, conectar dois ou mais computadores em rede e assim por diante. O resultado todo mundo sabe qual foi. Para as empresas, uma das melhores utilidades trazidas por essas máquinas foi justamente a possibilidade de registrar e guardar informações - razão pelas quais bancos do mundo inteiro se tornaram pioneiros na utilização de computadores. Pouco a pouco, no entanto, outras utilidades foram sendo encontradas, entre elas algumas muito simples como, por exemplo, comparar dois números. Comparações são essenciais na administração de qualquer negócio: comparamos vendas e suas metas, compras e caixa, número de funcionários hoje e em outras épocas, assim como quaisquer outras grandezas que possam ser expressas com números. Foi a possibilidade de obter essas comparações instantaneamente, em tempo real, que transformou os computadores em aliados de gerentes, diretores, presidentes e tantos outros executivos interessados em saber se suas empresas estão ganhando ou perdendo. Setores como a indústria, com problemas dife-
44
• Revista do Aço
rentes daqueles trazidos pelos bancos, logo tornaram-se também clientes dos fabricantes de computadores e dos produtores de software, para resolver seus problemas de administração de estoques, planejamento e controle de produção, custos, logística, tudo. A solução apareceu sob a forma dos sistemas de ERP (enterprise resource planning) que ofereciam aos executivos dados consolidados sobre todos os aspectos e atividades de uma empresa. Ao mesmo tempo em que isso acontecia, é claro que os governos também foram se equipando e automatizando as tarefas de arrecadar impostos, fiscalizar a arrecadação, distribuir receitas e organizar a prestação de serviços aos cidadãos. Nos últimos anos, com a implantação das notas fiscais eletrônicas, o público percebeu que as empresas enviavam ao governo informações em tempo real. E que estava cada vez mais próximo o mo-
gestão
mento em que todas as informações sobre as transações seriam de conhecimento do governo. De um lado, isso inquietou empresários e cidadãos, já que até o que compramos nos supermercados faz parte dos registros - de modo geral, o governo consegue saber até que marca de arroz temos em nossa cozinha. Em outras palavras, era o fim da possibilidade de sonegação ou da manipulação dos dados. Por outro lado, no entanto, essa integração trouxe vantagens para empresários.
A integração foi coordenada pelo próprio governo, que exigiu das empresas, pouco a pouco, a entrega de suas informações em formato eletrônico: antigamente, elas eram registradas em livros fiscais ou enviadas em formulários. Depois passaram a ser entregues em fitas magnéticas e disquetes, mas agora são transmitidas em tempo real. Até o final deste ano, graças a essa integração, todas as empresas estarão utilizando o SPED, o Sistema Público de Escrituração Digital. Na prática, balanços e declarações deixarão de ser um problema, porque todos os dados necessários à sua elaboração ficarão disponíveis automaticamente - o próprio ERP das empresas coleta e envia esses dados à Receita Federal, economizando muito trabalho. A seis meses do prazo final, certamente são raras as empresas de médio porte ou maiores que ainda não tenham se adequado e implantado ERPs aderentes às exigências do SPED. Muitas, no entanto, adotaram ERPs inadequados, quer pelo porte quer pelas características. Para essas, o prazo está chegando ao fim.
(*) Carlos Alberto Comitre da Cruz é presidente da Khan Consultoria
Revista do Aço •
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Perfil
Naturaço: empresa voltada ao cliente
Atenta às necessidades do mercado, companhia busca oferecer ampla estrutura e boas opções
F
Imagens: Divulgação
undada há mais de uma década, a Naturaço, empresa com experiência profissional e know-how na fabricação de vigas soldadas e estruturas metálicas, complexas e especiais, está cada vez mais atenta às necessidades do mercado e, principalmente, de seus clientes. Com uma ampla gama de produtos e serviços a empresa consolida e finca sua bandeira, ampliando sua participação nos mercados em que atua, bem diferente da empresa na época da fundação quando o principal negócio era a distribuição de produtos siderúrgicos, oriundo das principais usinas brasileiras.
46
• Revista do Aço
Após um breve período houve a necessidade de se diferenciar e iniciou-se a implantação de sua planta fabril para perfis soldados. Hoje considerada uma das maiores na fabricação de perfis soldados, estruturas metálicas, a empresa dispõe de uma estrutura completa para oferecer soluções completas aos seus clientes. A empresa tem duas unidades. Uma em Rio Grande da Serra, onde fica a divisão de fabricação; a 8 quilômetros de distância, já na cidade de Ribeirão Pires, a sede geral, administrativa, financeira e de engenharia. No mesmo local fica o Centro de Ser-
viços, de corte e dobra em aço nas mais diversas medidas e tolerâncias. O Centro de Serviços conta com equipamentos de alta tecnologia e precisão que pode atender a rigorosos clientes industriais e aos próprios Controles de Qualidade Internos ISO 9001:2008. São máquinas de corte transversal para o desbobinamento de chapas com espessura de corte de 0,40 mm a 6,35 mm e largura de 500 mm até 1.600 mm; Também corte em slitter, para rolos, com espessura de corte de 0,40 mm a 3,00 mm e nas larguras de 20 mm até 1.600 mm; além de corte e dobra a frio por meio de
perfil
guilhotinas e dobradeiras que vão de 0,40 mm a 6,35 mm com até 3 metros de comprimento, com capacidade de manuseio de até 20 toneladas e de produção de 5 mil toneladas por mês. Além de sua especialidade, que é a fabricação de estruturas metálicas para construção metálica, vigas e perfis soldados para as mais variadas aplicações, a Naturaço também tem vigas especiais e caixão para equipamentos diversos e principalmente de movimentação de cargas e pontes rolantes. Além disso, a empresa oferece ao mercado da construção serviços, que vão do projeto, fabricação, pintura, pré-montagem, montagem, acabamento final e se for o caso inclusive o fornecimento de equipamentos para projeto completo de pontes rolantes. Toda parte fabril trabalha conforme norma ABNT NBR 5884, num rígido processo de qualidade com especificações e sob tolerâncias restritas. Devido a esta abrangência e variados núcleos de negócios a empresa atende, os setores da construção civil, automobilística, máquinas e equipamentos, autopeças, indústria metal-mecânica, hidrelétricas, eletrodomésticos e usinas de açúcar e álcool, dentre
Viga soldada
outras. A empresa também produz estruturas metálicas industriais tanto para criação de galpões como para manutenção dos já em uso. Além da linha de perfis soldados e centro de serviços, a Naturaço ampliou a linha de produtos como perfis laminados, perfis dobrados, blanks, caldeiraria leve e pesada, oxicorte em geral e outros. Mercado O mercado brasileiro sempre foi e continuará sendo um desafio constante. E nesse momento o cenário não é diferente, com o mercado mundial retraído, uma demanda alta de produtos siderúrgicos, não somente do Brasil, mas de todos os pa-
íses produtores no mundo querendo fazer negócios. Os clientes acabam tendo opções por fornecimento. É aí que a Naturaço se diferencia, pois pode oferecer uma solução aos clientes já que a empresa tem a capacidade de fornecer o material e também atender no serviço e/ou na fabricação da estrutura ou projeto especial. O mercado é dinâmico e a empresa acompanha este dinamismo sempre procurando fazer investimentos para atender a demanda com agilidade e qualidade. Por isso, atualmente tem sido feito um trabalho para ampliar e facilitar os negócios dos clientes e parceiros comerciais por meio de linhas de crédito junto ao BNDES.
Obra com viga soldada raiada
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Construção civil
Uso de Estruturas Tubulares V oestalpine Meincol oferece vasta linha de “tubos com costura” para o segmento
A
Imagens: Divulgação
utilização de aço na construção civil é imprescindível no segmento e tem na voestalpine Meincol um de seus importantes fornecedores no mercado brasileiro. Tradicional indústria gaúcha com sede em Caxias do Sul (RS), a empresa pertence ao grupo austríaco voestalpine – líder europeu em tubos e perfis especiais de aço – e transcende a simples produção e fornecimento de aço, firmando-se cada vez mais no mercado nacional como provedora de soluções. Nos últimos dois anos, a voestalpine Meincol consolidou a reestruturação do seu mix de produtos e visa tornar-se o primeiro endereço quando se pensar em tubos e perfis de aço. A voestalpine Meincol oferece uma vasta linha de produtos em aço que prima pela tecnologia, direcionada para os mais diversos projetos e segmentos. São tubos, perfis e telhas, além de projetos com formatos especiais, produtos com processos agregados como cortes em ângulo, chanfros, furações, dobras e acabamentos em laser que podem ser desenvolvidos para atender as mais variadas demandas, além é claro, de tubos “com costura” para o segmento da construção civil que podem ser empregados em qualquer construção
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industrial e comercial, entre elas aeroportos, shopping, pontes, estádios, ginásios, etc. A utilização do produto é cada vez mais aplicada em obras de infraestrutura pela durabilidade, praticidade e rapidez de instalação, além da finalização de projetos arrojados por ser um elemento fundamental na estética do design moderno. Com capacidade para processar 160 mil toneladas de aço anuais, a voestalpine Meincol produz tubos industriais e estruturais, com costura, de diâmetros até 10 polegadas e espessura até 9,30 milímetros, para as mais variadas aplicações em sistemas de alta complexidade que necessitam de resistência e leveza. Os tubos em aço utilizados na construção civil podem ser “com” ou “sem costura”. Por costura, entenda-se a aplicação de um processo de soldagem para unir as bordas. A ilimitada capacidade de produção de formatos tubos “com costura” é prova incontestável da modernização da tecnologia empregada nos processos atuais de conformação e soldagem. A chamada solda longitudinal (ERW) utilizada no processo de fabricação de tubos, após sucessivos estudos e avanços tecnológicos, desfruta de total aprovação no mercado.
Entre as principais vantagens está o chamado custo-benefício. Os tubos “com costura”têm menor preço e tempo de fabricação, maior variedade de produtos e melhor acabamento superficial. Não por acaso o consumo deste tipo de tubo está crescendo rapidamente em grande parte das obras ao redor do mundo. Estudos comprovam que a presença deste “cordão longitudinal” não apresenta nenhuma desvantagem ou risco com relação aos tubos sem costura desde que utilizadas nas propriedades mecânicas conforme normas pertinentes. A influência dos tubos de aço no custo final de empreendimentos deve ser mensurada tirando-se proveito das qualidades estruturais próprias do produto. Entre as inúmeras vantagens de sua utilização está a velocidade da construção, redução de pilares e o ganho de espaço através de grandes vãos livres, além de facilitar a administração devido a um sistema de montagem industrial de alta precisão. Entre alguns exemplos que utilizam tubos voestalpine Meincol podemos citar inúmeras obras em todo o país, com destaque para o pórtico dos Pavilhões da Festa da Uva em Caxias do Sul, aeroporto de Natal, shopping centers, além da
construção civil
mais importante obra da engenharia dos últimos anos no país, o Estádio Panamericano João Havelange – Engenhão. As estruturas tubulares incrementam o portfólio da voestalpine Meincol sempre agregando valor ao produto. Tendência mundial, os tubos com costura estão presentes na maioria das obras de infraestrutura distinguindo-se pela agilidade e conseqüente diminuição de custos. As principais características técnicas que devem ser consideradas na análise dos tubos com ou sem costura são as propriedades mecânicas do produto, no caso do aço utilizado para a fabricação dos mesmos. Ambos os processos atendem as normais nacionais e internacionais do setor como NBR 8261 e ASTM A500, nos seus diversos graus, com limites de escoamento podendo chegar a 500MPa. Desta forma o uso dos tubos com costura cresce significativamente na construção civil brasileira, devido a sua simplicidade de produção e redução de custos, inclusive atendendo todos os requisitos das obras de grande apelo arquitetônico. As necessidades do mercado exigem atualmente, além de profissionais cada vez mais especializados como engenheiros, arquitetos, projetistas, fabricantes de estruturas espaciais e fabricantes de tubos que consigam atender as crescentes exigências do mercado. Neste sentido poucas empresas estão tão preparadas como a voestalpine Meincol. Investindo constantemente em tecnologia e inovação, cabe destacar a revolucionária tecnologia Di-
Estádio Olímpico João Havelange (Engenhão) Rio de Janeiro, RJ
rectform que a voestalpine Meincol passará a utilizar na sua nova fábrica com previsão de inauguração para o início de 2013. Com área construída de 21 mil m² a nova unidade estará localizada em Caxias do Sul (RS) e será a primeira empresa a utilizar esta tecnologia na América do Sul, oferecendo ao mercado local a mesma tecnologia já disponível em outras plantas do grupo e com forte aplicação no segmento da construção civil. Para o diretor Administrativo e Comercia da empresa, Manfred Wuble, “a estratégia é oferecer soluções customizadas ao mercado que tragam vantagens competitivas aos clientes em tubos e perfis de aço”. Wuble destaca a tendência de crescimento do uso do aço na construção civil. “Nos próximos anos o Brasil, seguindo os passos dos países desenvolvidos que já vivenciaram esta fase há algumas décadas, importantes eventos como a Copa do Mundo de Futebol em 2014 e as Olimpíadas 2016, no Rio de Janeiro” irão impulsionar o consumo do aço na construção civil”. Neste sentido destaca-se a participação da voestalpine Meincol no Estádio olímpico Municipal João Havelange – Engenhão. Ressalta também que no empreendimento carioca, sede principal dos Jogos Pan-Americanos
2007, a empresa foi responsável pelo fornecimento dos tubos com costura utilizados na cobertura do estádio que resultou no fornecimento de aproximadamente mil toneladas de tubos estruturais. A construção do estádio reuniu inovação tecnológica, criatividade e as mais modernas técnicas de engenharia, representando uma das mais modernas e grandiosas estruturas já projetadas no Brasil. Seu grande destaque é a cobertura metálica circular, sustentada por quatro grandes arcos tubulares de aço carbono com 2 metros de diâmetro. A estrutura fabricada com os produtos voestalpine Meincol compõe-se de tubos de aço carbono de 3 a 8 polegadas e espessuras até 8 milímetros, produzidos em aço patinável de alta resistência, seguindo os mais altos níveis de exigência. O Engenhão é um exemplo da utilização que os produtos fornecidos pela voestalpine Meincol terão nos próximos anos. Os investimentos em infraestrutura, nos seus mais diversos aspectos como esportes, saúde, habitação, estradas, aeroportos e hotelaria, terão no aço - literalmente - um de seus mais sólidos alicerces. E os estádios de futebol, além de concentrar grande parte do público e os olhares Revista do Aço •
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construção civil
do mundo, simbolizam em sua complexidade, a realização do sonho de sediar eventos dessa grandeza. Aliando o aspecto visual e a grande eficácia, os tubos de aço “com costura” sintetizam soluções leves e muito econômicas graças a alta resistência e baixo peso. Permitindo planejamento de obras e orçamentos mais precisos, a execução dessa modalidade construtiva passa a ser de alta precisão evitando desperdícios variados e ganhando no quesito estético. Sobre a voestalpine Meincol: Com 67 anos de mercado, a Meincol tem suas operações no Brasil e na América do Sul controladas pelo grupo austríaco voestalpine, através da Divisão Metal Forming, o maior fabricante europeu no setor de tubos e perfis especiais. A transferência das operações para uma corporação globalizada, referência mundial no segmento do aço, agregou know-how, tecnologia e qualidade de ponta à
companhia gaúcha, que possui unidade produtiva e matriz administrativa instaladas em Caxias do Sul (RS). A voestalpine Meincol disponibiliza ao mercado um completo mix de produtos de aço e o mais completo mix de tubos (de 5/8” a 10”) e perfis a partir de aços laminados a quente, a frio e galvanizados, produzidos de acordo com normas vigentes ou especificações do cliente.
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Com capacidade instalada para processar aproximadamente 160 mil toneladas de aço anuais, a empresa oferece soluções para os segmentos automotivo, linhas leve e pesada, autopeças, agrícola, sucroalcooleiro, moveleiro, construção civil, metal mecânico, sistemas de armazenagem, olé o de gás, entre outros. Mais informações: www.meincol. com.br
Com distribuição exclusiva da linha de tubulação de aço carbono e aço inox, a Neolider desenvolve soluções precisas e viáveis para projetos de diversos segmentos, como: siderurgia, mineração, engenharia, petróleo e gás, sucroalcooleiro, máquinas e equipamentos, bebidas e alimentos, químico, papel e celulose, entre outros. Com qualidade em seus produtos, a Neolider torna-se a melhor opção em tubos de aço carbono e aço inox com e sem costura para sua empresa.
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FEIRA
Mecânica 2012 foi palco de negócios Recorde de público e forte presença internacional confirmam importância do evento para o setor industrial Laura Calado
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Imagens: Divulgação
o mês de maio aconteceu a 29ª Feira Internacional da Mecânica. A feira confirmou o papel de palco de negócios, troca de conhecimento e descoberta de inovações para o setor industrial. O anúncio de medidas governamentais de incentivo à indústria um dia antes da feira deu o toque que faltava. O sinal de redução na taxa de juros, automaticamente incorporada pelos bancos representados na feira, máquinas e
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equipamentos de última geração, distribuídas pelos 85 mil metros quadrados da feira, assim como centenas de curiosidades inovadoras, se encarregaram de fechar o cenário positivo. Em clima de comemoração pelos bons resultados, vários expositores confirmaram o fechamento de negócios e a perspectiva de incrementar ainda mais as vendas nos próximos meses graças à presença na feira.
A feira cobriu aproximadamente 25 setores da indústria, entre eles automação e controle de processos, equipamentos para tratamento ambiental e refrigeração, solda e tratamento de superfícies, máquinas-ferramenta, entre outros. Muitos expositores confirmaram o fechamento de negócios e a perspectiva de incrementar ainda mais as vendas nos próximos meses graças à presença no evento.
feira
um amplo relacionamento entre o expositor e os compradores do setor. Além dos negócios fechados no evento, são esses contatos iniciados na Mecânica que continuam gerando negócios na indústria, no mínimo até o fim do ano” explica Liliane Bortoluci, diretora do evento. A Index aproveitou a Mecânica 2012 para fazer o lançamento mundial do torno CNC INDEX IT600, em Muitas vendas foram concretizadas durante a feira
“Hoje a Mecânica representa a principal ferramenta de marketing e vendas para a indústria brasileira. Todo nosso empenho na organização desse evento é para construir
duas versões: com cabeçote inferior Multifuncional e na versão com contraponta programável. Fabricada no Brasil, a máquina apresenta um conceito inovador em torneamento universal, unindo a renomada tecnologia alemã com a flexibilidade brasileira.
Index fez lançamento mundial da IT600
A máquina possui dois cabeçotes revólver para usinagem simultânea; o cabeçote superior possui 14 estações de ferramentas, sendo 7 acionadas. O cabeçote inferior multifuncional possui 7 estações VDI30 e 3 estações Uniflex para usinagem com ferramentas longas (até 330 mm de profundidade). O cabeçote multifuncional realiza operações como usinagem interna, função contraponta e manipulação
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feira
de peças. O torno conta ainda com um eixo Y Inteligente, gerado através do sincronismo dos eixos, que pode executar operações como: furação excêntrica profunda, fresamento de superfícies e rasgo de chaveta. A Atlas Copco apresentou tecnologias que ajudam o futuro do planeta e que também trazem resultados imediatos para a indústria. Entre eles, sopradores com tecnologia de parafuso. Segundo a empresa, a economia de até 40% de energia, aliada a uma maior vida útil, tamanho compacto e instalação simplificada são fatores que tornam esta nova geração de sopradores incomparável em termos de produtividade. No estande da Atlas Copco, foi apresentado o compressor de parafuso isento de óleo ZR 90, como representante de sua linha com certificação ISO 8573-1 Classe Zero.
Máquina da Atlas Copco que esteve na Mecânica 2012
A Rayflex mostrou aos visitantes do seu estande na feira uma solução operacional para aplicação em docas de carga e descarga na indústria: o Conjunto para Docas = Porta Seccional + Abrigo Retrátil e Plataforma niveladora. Disponíveis nas versões manual e motorizada; fabricadas com painéis metálicos isolantes, pintados, formando um sanduíche de 40 mm,
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Rayflex apresentou solução para docas
preenchido com poliuretano; abertura tipo vertical, high lift ou standard, que podem variar de acordo com a altura do galpão; automatizadas ou não; dimensões sob encomenda (2,50 m altura e 2,60 m largura são as mais usuais) para operação ágil e segura. Os abrigos retráteis, fabricados em PVC na espessura de 3 mm e com malha de poliéster de reforço interno, isolam as docas, reduzem perdas de refrigeração e evitam a entrada de insetos, chuva e partículas em suspensão no processo de carga e descarga e, assim, danos e contaminações dos produtos. Possui sistema de abertura retrátil que se adapta à carroceria do caminhão. As plataformas niveladoras, eletro-hidráulicas, tem parada de emergência, relevo antiderrapante superior, suportam cargas dinâmicas estáticas até 10 toneladas, destinadas a compensar a distância entre a doca e os veículos que fazem a operação de carga/descarga e nivelam a diferença de altura entre a carroceria do caminhão e a doca. Durante a feira, a Wafios apresentou a máquina SBM 12 que tem como base o modelo Wafios B10, máquina 100% elétrica que curva à direita e à esquerda. O tempo de
setup é reduzido devido ao conjunto de ferramentas específicas. A máquina versátil e flexível possui várias opções de ser adaptada e equipada com acessórios e dispositivos através de interfaces , garantindo dessa forma um sistema completamente automatizado. Os eixos CNC interpolados garantem produtividade, enquanto que a estrutura rígida da máquina favorece o aumento da repetibilidade e precisão.
Máquina da Wafios curva à direita e à esquerda
A Messer do Brasil, empresa do grupo alemão líder mundial na venda de máquinas de corte térmico, irá expor seu mais importante modelo de equipamento de corte térmico. Trata-se da OmniMat, primeira máquina de corte em chanfro a plasma com giro infinito fabricada no País. Indicada para empresas de médio e grande porte dos setores de caldeiraria, estaleiros, offshore, açúcar e álcool, implementos, estruturas metálicas, prestadores de serviço e todos os outros que precisam de cortes em
Messer fez lançamento mundial de equipamento
feira
chanfro. A velocidade de posicionamento da OmniMat é de até 35 metros por minuto. Já a capacidade de controle é de até 32 eixos e quantas ferramentas couberam, de acordo com o tamanho da máquina. A Unival Válvulas e Conexões que atende companhias siderúrgicas, metalúrgicas, químicas, petroquímicas, refinarias, usinas, empresas alimentícias e etc. e representante exclusiva da BTL Valve Group no Brasil, mostrou na feira a linha de CPVC Industrial fabricada em dimensões schedule 80, e destinada principalmente às industrias em instalações de adução de líquidos corrosivos. A linha, com elevada re-
Unival mostrou a linha CPVC industrial
sistência química e mecânica, possui maior resistência à corrosão e menor perda de carga e baixa condutividade térmica devido à matéria-prima CPVC. O padrão das roscas é NPT conforme ASTM 1498 e o padrão de furação das flanges é ANSI B165. Outro estande bem visitado foi o da Micro Automação que levou o
Micro Motion, um produto voltado a movimentações de alta precisão e dinamismo. A empresa também mostrou a Linha de Tratamento de Ar Comprimido Micro, através de secadores, separadores de condensado e filtros especiais.
Micro Motion esteve na Mecânica 2012
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feira
Para comemorar quatro décadas de pesquisa e desenvolvimento na tecnologia que transformou o mundo, a Trumpf, companhia líder mundial no campo do laser industrial e sistemas de laser, preparou um estande temático na Feira da Mecânica com 240 metros quadrados onde foram expostas as quatro famílias de máquinas Trumpf - corte a laser TruLaser 5030 Fiber, dobradeira TruBend 3066, marcação TruMark 5000 e o grande lançamento nacional da puncionadeira TruPunch 3000 (S11). “Muitas vezes, a TRUMPF não é a primeira a trazer uma nova tecnologia no mercado, mas somos quase sempre os primeiros a desenvolver as no-
Os visitantes da feira que passaram pelo estande da Vastec puderam conhecer a nova linha de talhas elétricas de cabo de aço, as talhas N5. Sua capacidade se estende de 2t a 63t no grupo de serviço 3M (ISO M6). Dentre as características elétricas possui o fim de curso por chave rotativa, que garante a segurança e a facilidade no ajuste. Painel de controle acoplado à talha para proteção do motor e freio, é construído respeitando os requisitos da NR 10, proporcionando um sistema operacional suave e seguro de elevada vida útil superior a 1.000.000 de manobras. A Reitz Ferramentas Pneumáticas, de Porto Alegre,
vas tecnologias para aplicações industriais. Esta é a nossa missão e queremos que o caminho que começou no início dos anos 70 em lasers de estado sólido e no início dos anos 80 com lasers de CO2, continue em outros tipos de laser“, ressaltou João Carlos Visetti, diretor da empresa.
atende o mercado de usinagem com esmerilhadeiras, lixadeiras, Politrizes e marteletes pneumáticos, dos mais variados tamanhos e rotações. A empresa trouxe para o Anhembi a esmerilhadeira ER-140/2” que apresenta alto desempenho e resistência nos processos de acabamento. A ferramenta possui carcaça em alumínio com tratamento de anodização que traz mais durabilidade a ferramenta. Seu escape de ar é frontal e o acionamento é feito por alavanca, o que controla a entrada de ar na ferramenta e possibilita maior controle da operação. A Golin também esteve presente na Mecânica 2012. A empresa que atua no mercado de trefilados, perfilados e peças e conjuntos tubulares é hoje considerada uma referência na indústria brasileira. Investindo em expansão industrial e tecnológica, a empresa mostrou na feira sua nova planta industrial, em São João da Boa Vista, interior de São Paulo, que será dedicada a fabricação de tubos de aço carbono com costura, que deverá ser inaugurada ainda neste ano.
Trumpf lançou a puncionadeira TruPunch 3000 (S11) na feira
A Alcoa foi outra grande empresa que esteve presente na 29ª edição da Feira da Mecânica. O destaque da companhia foi a Rede Alumínio & Cia., maior revendedora de alumínio do Brasil e fornecedora de soluções para mercados industrial e de construção civil. No estande da empresa foi exposto todo o portifólio de produtos da empresa: variedade de perfis extrudados, chapas, folhas de alumínio, alumínio primário, fixadores, além da amostra de aplicações do uso do alumínio, tais como cilindro de roda usinado, bloco hidráulico, componentes de automação, perfis para luminárias, módulos de potências e máquinas industriais.
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Produtos da Golin que hoje é referência na indústria
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máquinas e equipamentos
Andorinha aposta no mercado de estruturas metálicas Empresa é destaque no segmento de corte com nova tendência do mercado Imagens: divulgação
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ada vez mais o setor de construção tem usado estruturas metálicas. Elas estão presentes em construções de vários portes como torres, pontes e edifícios devido a sua versatilidade, economia e até preocupação ambiental, fator que atualmente recebe atenção de vários setores. Com a proximidade da realização de grandes eventos esportivos no Brasil e também da necessidade social e de infraestrutura, a demanda por novas tecnologias e ganho de produção são imprescindíveis. Pensando nesta nova oportunidade a empresa Andorinha que é especialista em soluções para corte de metais com máquinas e serras de tecnologia e desempenho incomparáveis e que reúne atributos que a posiciona como um dos principais players do mercado metal-mecânico, prepara-se, por meio de pesquisa e desenvolvimento de novos produtos. Para acompanhar a tendência atual do mercado e o aumento da demanda, a Andorinha passou a focar seus trabalhos em máquinas e lâminas de serra fita feitas especialmente para corte de estruturas metálicas. Na linha de corte estrutural, o destaque é a Cosen, com máquinas que foram desenvolvidas para corte de material estrutural reto ou em ângulo. Esta linha possui cabeçote giratório e inclinado que possibilita executar o trabalho sem deslocar a base da máquina. A capacidade de corte destas máquinas vai de 460 a 1500 mm, suficiente para todas as necessidades do mercado. Quando o assunto é lâmina de serra fita, a Andorinha se destaca com a Amada - linha Protector. São lâminas especialmente desenvolvidas para corte de perfis, telhas e tubos, e produzidas exclusivamente para aço
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estrutural com recurso de prevenção de quebra ou arranque dos dentes. Quando se corta material maciço, o impacto do dente se dá uma única vez – ao iniciar o corte. Porém quando se corta materiais estruturais, tubos ou perfis, o impacto ocorre toda vez que a lâmina “entra” no metal. Para estas aplicações especiais, a Andorinha por meio de resultados de testes, garante um desempenho pelo menos, 30% superior com a Protector que qualquer outra lâmina do mercado. O sistema Protector é uma patente da Amada e uma exclusividade da Andorinha para o Brasil. Centro de Solda Mesmo dispondo de um moderno centro de solda de serra fita, a Andorinha está ampliando sua produção. Com a aquisição de mais duas máquinas Ideal - BAS120 e BAS65, modelos de alta tecnologia e desempenho, a empresa aumentou consideravelmente sua capacidade de solda. A inauguração do centro de solda na cidade de Caxias do Sul (RS) também é uma mostra do potencial da empresa. Este centro de solda foi estrategicamente montado para dar agilidade ao atendimento, mantendo a mesma qualidade dos produtos Andorinha aos clientes da região sul. As duas unidades da Andorinha são capazes de produzir, conforme a medida específica de cada cliente, serras de até 3”. O processo de solda é de extrema confiança, tanto que a Andorinha fornece Garantia Eterna na solda. Caso haja quebra da solda, independente da vida útil da lâmina, o serviço é reparado sem qualquer custo ao cliente. Informações: F: (19) 3027-7000 / 0800 771 4447 www.andorinhabr.com
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mercado
Boas vendas no setor automobilístico Redução do IPI, do IOF, das margens da indústria e distribuição automotiva, dos compulsórios e spreads bancários e melhor aprovação de crédito para financiamentos resultam ajudam na melhora do desempenho Redação*
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Fotos: divulgação
Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entidade que representa cerca de 7 mil concessionários de veículos no Brasil, apresentou o desempenho do setor no mês de junho/2012 e os dados do primeiro semestre do ano. O presidente da entidade, Flávio Meneghetti, os resultados mostram o reflexo das medidas adotadas pelo governo para o setor automotivo. “Houve reflexos positivos sobre as desonerações criadas pelo governo para estimular o setor, que contribuíram para o aumento da demanda de automóveis novos. Apuramos um expressivo aumento da média de vendas diárias,
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que passou de 13 mil unidades em maio para 16 mil em junho, mas vale considerar que parte das vendas de automóveis realizadas em maio foram licenciadas em junho, impactando mais fortemente no resultado deste mês”, explicou Flávio Meneghetti, presidente da Fenabrave. Outro fator que evidencia a retomada do mercado de automóveis está relacionado à aprovação cadastral dos consumidores pelos bancos. “O crédito melhorou. A aprovação cadastral passou de 35% para 55% após as medidas anunciadas pelo governo”, comenta Meneghetti. De acordo com o presidente da Fenabrave, o aumento das vendas reduziu, também,
os níveis de estoque das concessionárias, que caiu de 39 dias, na média de maio, para 27 dias em junho. De acordo com o levantamento feito pela entidade, o setor de distribuição de veículos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos, implementos rodoviários e outros veículos, como as carretinhas de transporte) registrou crescimento de 8,46% no mês de junho na comparação com maio (foram emplacados 493.512 unidades no mês passado contra 455.007 em maio). Também houve crescimento de 2,21% na comparação entre os meses de junho 2011(482.850 unidades) e no mesmo período de 2012.
mercado
Já no acumulado, o desempenho do primeiro semestre de 2012, em todo o setor, apresentou queda de 3,11%. Foram emplacados, nos primeiros meses do ano, 2.663.114 unidades, contra 2.748.554 no mesmo período de 2011. “O resultado positivo atingiu apenas os segmentos de automóveis e comerciais leves. Os demais segmentos apresentaram queda, tanto em junho de 2012 como no acumulado”, declara Meneghetti. Novas Projeções Apesar do crescimento de emplacamentos de automóveis e comer-
ciais leves em junho, a revisão do PIB, admitida pelo mercado, que passou de 3,5% para os atuais 2%, impactou nas perspectivas do setor da distribuição automotiva. Diante da atual conjuntura da economia, a Fenabrave revisou suas projeções e espera queda de 1,47% em todo o setor para este ano. Nos segmentos de automóveis e comerciais leves, a previsão é de ligeira queda, de 0,40%, totalizando 3.411.784 unidades (a previsão anterior era de 3,50%). “Sem as medidas de estímulo, certamente, as projeções seriam mais negativas. E, mesmo com esta recuperação, não podemos garantir que alcançaremos
Flávio Meneghetti: aumento nas vendas é reflexo de medidas do governo
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mercado
os mesmos resultados obtidos em 2011. Para se ter uma ideia, para isso, seria necessário crescer 10% linearmente, todos os meses do segundo semestre”, avalia o presidente da Fenabrave. O setor de caminhões deverá contabilizar 160.702 mil unidades, com retração de 6,93% (2,6% era a previsão no início do ano), enquanto o segmento de ônibus deverá crescer 16,87% - estimando vender 40.611 mil unidades (previsão anterior era de 13,50%). “Com os incentivos do Prócaminhoneiro e PSI e com
a normalização do abastecimento de combustível para o EURO5, há tendência de recuperação para este setor que, no entanto, depende, diretamente, do crescimento econômico. Assim, o que falta agora é frete”, declara Alarico Assumpção Júnior, presidente executivo da Fenabrave. Para ele, a situação do segmento de motos é diferente, e continua baseada no crédito. Segundo as novas projeções da Fenabrave o setor de duas rodas deve encerrar 2012 com queda de 3,2%, com 1.878.520
Confira, abaixo, o desempenho do setor em cada segmento: Automóveis e Comerciais Leves: O volume de vendas de automóveis e comerciais leves somou 340.706 unidades em junho. Os segmentos registraram crescimento de 24,18% se comparados aos 274.368 veículos comercializados em maio. Na comparação com junho/2011 (286.912 unidades), os segmentos registraram 18,75%. Caminhões e Ônibus: Os emplacamentos de caminhões apresentaram pequena queda de 0,95% na comparação com maio. Foram licenciados 10.689 unidades em junho, contra 10.792 caminhões no mês anterior. Na comparação com junho de 2011, quando foram negociadas 14.769 unidades, o setor registrou retração de 27,63%. O segmento de ônibus também apresentou queda no mês de junho. Foram emplacadas 1.806 unidades, contra 2.311 em maio, numa retração de 21,85%. Na comparação com o mesmo período de 2011 (2.638
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unidades), o segmento registrou queda de 31,54%. Os setores de caminhões e ônibus, juntos, apresentaram retração de 4,64%, no comparativo entre maio e junho, e retração de 28,22% na comparação com o mesmo período do ano passado. Motos: O segmento de duas rodas registrou queda de 17,29% em junho no comparativo com maio. Foram emplacadas 123.966 unidades contra 149.885 motos, respectivamente. Em relação a junho de 2011, este setor apresentou retração de 23,38%. Implementos Rodoviários: Foram vendidas 4.059 unidades em junho contra 4.720 em maio. Este setor apresentou queda de 14%. Outros Veículos: Outros veículos, como carretinhas de transporte, motos, etc, registraram retração de 9,51% em junho. Foram comercializadas 7.280 unidades no mês passado, contra 8.045 em maio.
Alarico Assumpção também acredito emmelhora o setor de caminhões
unidades comercializadas. A projeção anterior para o segmento era de crescimento de 3,1%. “Para este setor, o problema continua sendo a falta de crédito. Atualmente, apenas 17% das fichas cadastrais são aprovadas neste segmento”, sinaliza Alarico. No geral, o endividamento das famílias ainda é um fator preocupante para o resultado de todo o setor este ano. Segundo dados divulgados pela MB Associados, as Classes D e E usam 88% de sua renda para seus gastos fixos e, como a maioria compromete mais de 30% da renda na parcela de um carro, a situação leva à inadimplência do setor que, em maio, chegou a 6,1%. “Porém, um fato novo e positivo é que a curva da inadimplência já sinalizou uma reversão em junho, que deverá se acentuar a partir de julho”, explicou Meneghetti. (*) com informações da assessoria de imprensa da Fenabrave
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