Rervista Do Aço - Edição 04

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• Tuper Óleo e Gás

cobre

Aço na copa

alumínio

Ano I - edição4 - 2012

latão

• Caderno de Classificados

inox

• Implicações da Distribuição

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índice Notícias do Aço................................................................................................................. 04 Orientação Máquinas Operatrizes ................................................................................................ 12 Distribuição Mercado externo e o aço........................................................................................... 16 Software Data M faz 25 anos....................................................................................................... 20 Produção Tuper no setor de óleo e gás.................................................................................... 24 Capa O aço nos estádios da Copa...................................................................................... 28 Artigo Barras de aço-carbono pela composição química............................................ 36 Mercado Locação de máquinas................................................................................................. 43 Estrutura Segurança em construções metálicas................................................................... 46 Feira Construmetal................................................................................................................. 52 Fenasan Fornecedores da Sabesp reunidos.......................................................................... 54 Caderno de Classificados do Aço............................................................................55

Revista do Aço – Ano I – Número 04 – é uma publicação bimestral da Editora Revista do Aço.

Editor-chefe Marcelo Lopes (marcelo@revistadoaco.com.br) Edição Carlos Alberto Pacheco (Mtb 14.652-SP 2) (redacao@revistadoaco.com.br) Projeto Editorial Revista do AÇO Projeto Gráfico Elbert Stein (artes@revistadoaco.com.br) Capa Elbert Stein Colaboradores desta edição Aline Augusto Escobar, Antônio Cleber Gonçalves Tibiriçá, Djanira dos Santos Oliveira, Eduardo Sorrilha Spagnuolo, Fabiano da Costa Nascimento, Guilherme Sensato e Roberta Carvalho Machado, Luiz Antônio Alves, Túlio Braz Comitre, Mayza Batista Alves, Rafael Fernandes Bley, Rodrigo Bueno, Willy Ank de Morais Montagem de capa fotos da sxc.hu , divulgação e ilustração RA Cadastro Marcia Corazzim (cadastro@revistadoaco.com.br) Publicidade e Comercial Marcelo Lopes – (11) 9  7417-5433 Impressão e Acabamento Mundial Graff Ltda Tiragem 10.000 exemplares

Redação, Publicidade, Administração e Correspondência: Rua Manuel Buchalla, 180 – São Paulo Cep: 04230-030 – SP – Brasil – Telefone: +55 (11) 2062-1231

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A Revista do AÇO é uma publicação empresarial segmentada à Cadeia produtiva do AÇO, objetivando os setores Metal-mecânicos e Siderúrgicos As matérias assinadas são de inteira de responsabilidade dos autores e não expressam necessariamente a opinião da revista. As matérias publicadas poderão ser reproduzidas, desde que autorizadas e citadas a fonte. Os infratores ficam sujeitos às penalidades da lei.

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Cooperação no setor naval A Abimaq, por meio da Câmara Setorial de Equipamentos Navais e Offshore e a UK Shipbuilders & Shipreires Association (SSA), principal associação que reúne estaleiros e empresas britânicas de equipamentos marítimos, fecharam um acordo de cooperação. O documento, assinado durante a feira Navalshore 2012, prevê o trabalho conjunto dos dois organismos para promover investimentos, comércio e intercâmbio de tecnologias entre Brasil e Reino Unido nas áreas de construção naval e de fabricação de equipamentos marítimos.“Estamos muito otimistas com as possibilidades que este acordo vai trazer para nossos associados. Os mercados offshore brasileiro e marítimo militar estão com grande demanda e acreditamos que assim será por uns 15 anos ou mais”, afirmou o Presidente da CSEN, Cesar Prata. Informações: www.abimaq.com.br

Ferramenta para biselar Com mais de 50 anos de experiência em ferramentas para preparo de tubos para solda orbital os equipamentos 100% americanos da Escotool são distribuídos no Brasil pela Aramat. Ferramentas portáteis e precisas para biselar, facear e rebaixar simultaneamente são ideais para manutenção de tubulações de aço em campo que necessita de solda orbital produzindo biseis lisos, sem rebarbas e esquadrejados além de perfis diferenciados como o “tipo J” e remoção de inconel. Com uma gama que contempla ferramentas que vão desde 12 mm (1/2”) até 915 mm (36”), exclusivo sistema de fixação no tubo, acessórios para alta produção ( air clamp e HHB) , removedor de membrana, também contempla soluções para cortes precisos e esquadrejados de tubos alem de painéis com trilhos fixos e flexíveis. Projetados para serem aplicado a tubos em inox, com alto teor de cromo e aço comum podem ser usados em outros tipos de metais. Informações: www.aramat.com.br

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• Revista do Aço

Alcoa lança Rede Esquadria&Cia A Alcoa está apresentando ao mercado brasileiro a Esquadria & Cia, rede formada por fabricantes de esquadrias de alumínio credenciados pela empresa. A Rede é mais um passo na estratégia de crescimento do negócio de Extrudados no Brasil, que produz atualmente 54 mil toneladas anuais em três unidades estrategicamente localizadas em São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco. A Rede Esquadria&Cia inicia suas operações com sete representantes credenciados em Santa Catarina e Paraná e a expectativa da empresa é ter 20 parceiros até o final de 2012. O empresário que deseja ter seu negócio credenciado, passa por um período de capacitação oferecido pela Alcoa, que tem como objetivos certificar a qualidade em seus processos, otimizar a produção e garantir sensível melhoria no gerenciamento do negócio. O fabricante passa a produzir linhas de produtos que abrangem sistemas para construção civil comercial; projetos especiais de engenharia de fachadas e portas de acesso. “Um dos diferenciais da rede é o valor percebido pelas construtoras, já que os produtos seguem regulamentações, são sustentáveis e seguros. Com isso, tanto a Alcoa como indústrias e clientes ganham com a sinergia”, afirma José Carlos Cattel, diretor da Divisão de Extrudados da Alcoa América Latina e Caribe. Informações: www.alcoa.com.br

Dez anos do Laminador de tiras a quente da Arcelormittal O Laminador de Tiras a Quente (LTQ) da ArcelorMittal Tubarão completou dez anos de operação no mês de agosto. Desde o início da operação, em 2002, o LTQ acumulou uma produção de mais de 25 milhões de toneladas de bobinas laminadas a quente. Somente neste ano, foram produzidas 2 milhões de toneladas e a expectativa é de chegar a 3,6 milhões até o final de 2012. Informações: www.arcelormittal.com/br/


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Crédito de carbono da Arcelor Mittal A ArcelorMittal Aços Longos recebeu a aprovação pela Det Norske VeritasTM (DNV) do seu primeiro projeto de crédito de carbono. A iniciativa vai evitar a emissão de mais 3 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera entre 2013 e 2019. O projeto de crédito carbono da ArcelorMittal foi realizado na unidade de Juiz de Fora, onde, ainda em 2007, foram instalados dois novos altos fornos à base de carvão vegetal, com investimento de R$120 milhões. Com esta ação a empresa contribuiu para o primeiro projeto de crédito de carbono de uma siderúrgica semi-integrada no mundo, renovando seu compromisso na busca por soluções proativas para redução de emissões de gases de efeito estufa por meio da substituição de combustíveis fósseis por biomassa renovável. O carvão vegetal é fornecido pela ArcelorMittal BioFlorestas, a partir de florestas plantadas de eucaliptos. A etapa seguinte do processo de validação do projeto de crédito de carbono será a obtenção da aprovação do projeto junto ao Governo Brasileiro para posterior registro na ONU. Informações: www.arcelormittal.com/br/

ITAL no metrô de São Paulo A ITAL Indústria e Comércio de Isolamentos Térmicos e Acústicos foi contratada pela construtora EFACEC para a elaboração e execução do projeto de proteção passiva contra incêndio nas galerias de cabos e subestações das Estações Tamanduateí, Sacomã e Vila Prudente, da Linha Verde da Companhia do Metropolitano de São Paulo. Na obra, foi utilizado o KBS Panel Seal ABL, um composto de placa de lã de rocha com densidade nominal de 150 kg/m² com uma camada de pintura ablativa, que proporciona duas horas de proteção contra incêndio, fazendo com que se ganhe tempo até a sua extinção, minimizando as perdas que poderiam ser ocasionadas. Nos cabos ou leito de cabos de energia, controle, comunicação/telecomunicação, serão aplicados um revestimento de proteção para cabos (aplicação de coat KBS ABL), um coat ablativo de alta performance, com testes pela IEC utilizado com muita frequência em refinarias de petróleo e plataformas. A gama completa de produtos da ITAL inclui uma linha de acabados e semiacabados, como impermeabilizantes, produtos para cobertura, linha industrial, linha de ar condicionado e refrigeração. Informações: www.ital-acustico.com.br

Justifica o slogam “Pontualidade gera Produtividade” Superando todas as instabilidades existentes, no momento, do mercado nacional, a Moldalum justificando o seu slogam “Pontualidade gera Produtividade” entrega em todo território brasileiro com o tempo mais rápido, aplicando o SMR (Sistema Metal Rápido). Todas as encomendas em BRONZE, elaboradas em sua própria Fundição. • Linha completa de Bronze: Formatos: Buchas, Tarugos, Bobinas, Chapas, Blocos, Coroas, Placas, Peças Especiais e sob desenho. Nas mais diversas ligas: Fosforosas-Bronze, Alumínio-Bronze e Manganês-Ampico. • Produtos siderúrgicos Metalom, Perfis, Chapas, Corte e Dobra, Tubos em Geral • Aços Inoxidáveis Barras, Tubos, Chapas, Perfis • Ligas Especiais Nacionais e Importadas Informações: Telefone (11) 2036-9500 www.moldalum.com.br

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• Revista do Aço


Aço na Casa Cor Minas 2012 A ArcelorMittal Aços Longos, primeira produtora de aço brasileira a obter o rótulo ecológico da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), doou cerca de 20 toneladas de aço para a Casa Cor Minas 2012. Parte dos produtos foi usada na construção da Casa Sustentável, projeto assinado por Hosanna Rodrigues Silva que foi concebido com materiais recicláveis ou já reciclados. Após o término da Casa Cor Minas 2012, a estrutura da Casa Sustentável será desmontada e remontada em outro local. Toda a armação em aço será reaproveitada. Informações: www.arcelormittal.com/br/

Neolider foca em tubulações Diante do aquecimento de diversos setores do mercado nacional e baseado na imensa necessidade de produtos específicos, a Neolider focou seu atendimento e distribuição exclusivamente em tubos de aço carbono e aço inox com e sem costura. Seu portfólio de tubulação atende as exigências de diversos mercados como: usinas de açúcar e álcool, indústrias químicas, petroquímicas, alimentícias, papel e celulose, engenharias, entre outros. Situada em estados estratégicos do país, como São Paulo e Bahia, possui representações permanentes em diversos locais, buscando a máxima eficiência no atendimento regional. Informações: www.neolider.net.br

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Tradefer em Sorocaba

A Tradefer, empresa brasileira distribuidora de ferro e aço, anuncia mudança para Sorocaba, no interior de São Paulo. Fundada em 1989, a Tradefer é, atualmente, uma das mais representativas empresas no mercado nacional de distribuição e beneficiamento de ferro e aço. A empresa também é especializada em adequar tanto o aço quanto o ferro às medidas e necessidades do cliente. Para a nova sede, localizada no bairro Iporanga, a empresa investiu em novos equipamentos e na ampliação de sua frota, que leva seus produtos a todas as regiões do País com agilidade. Ainda, em cerca de quatro anos, a Tradefer estima estar em sua sede própria, em espaço já adquirido também na cidade. Informações: www.tradefer.com.br

Aço para energia eólica A Gerdau, uma das principais fornecedoras de aços longos especiais para a indústria automobilística no mundo, deu mais um passo na diversificação de seu mercado ao desenvolver um novo produto para o setor de geração de energia eólica. Novidade no mercado nacional, o aço 42CrMo4 modificado foi criado especialmente para a produção de fixadores para torres de aero geradores. O aço desenvolvido traz competitividade à cadeia pois atende ao elevado grau de exigência de propriedades mecânicas a um menor custo. Desse modo, será possível substituir os componentes, até então importados, por fixadores produzidos no Brasil com matéria-prima nacional, contribuindo para a elevação do conteúdo local nos parques eólicos em construção. Atualmente, o Brasil conta com 63 projetos de parques eólicos em construção e mais 202 projetos outorgados ainda não construídos. Juntos, eles fornecerão 7.259 MW de acréscimo ao Sistema Interligado Nacional (fonte: Aneel – junho/2012). Informacoes: www.gerdau.com.br

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Treinamento sobre o uso de filmes de proteção A Nitto Denko América Latina, empresa de origem japonesa com subsidiária em São Paulo (SP) e especializada no fornecimento de filmes de proteção para aço inoxidável, alumínio e aço pintado, oferece um treinamento sobre o uso dos filmes, visando à identificação da proteção correta para a aplicação nas chapas metálicas o armazenamento, transporte ou processamento. Destinado tanto a empresas que processam chapas quanto centros de serviços, o treinamento é oferecido na modalidade inter-company, sem custo para a empresa solicitante e contando com o fornecimento de apostila. As visitas devem ser solicitadas pelo telefone (11) 37916065, Ramal 103, com Vitor José Duarte ou Daniel Moliterno, ou pelos respectivos e-mails: vitor.duarte@nitto.com e daniel.moliterno@nitto.com. Informações: www.nitto.com

Portal Obra24horas O compromisso do Portal Obra24horas é disponibilizar, além de informações sobre o segmento, soluções utilizadas diariamente pelos profissionais da construção civil, de maneira informatizada, agregando esses benefícios a mobilidade da Internet. O portal oferece aos profissionais um ambiente que reúna informações atualizadas, notícias e artigos qualificados, eventos do segmento, além de duas ferramentas essenciais para o desenvolvimento de seus trabalhos: Orçamento Online e Gerenciador de Obra e Projetos. Informações: www.obra24horas.com.br


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Contuflex faz 15 anos A empresa comemora em 2012 seus 15 anos e mostra que, embora já tenha conquistado seu espaço no mercado, segue em constante desenvolvimento. Certificada pelo ISO 90012008, a empresa produz mais de 15 mil itens entre tubos flexíveis metálicos, conexões e mangueiras hidráulicas de excelente qualidade. No parque industrial de mais de 5 mil metros quadrados, trabalham 200 funcionários que recebem treinamento para operarem máquinas de última geração capazes de produzir com rapidez e qualidade e aprimorarem técnicas de produção. “Acreditamos que esse é o melhor investimento que fazemos, nos nossos funcionários, pois são eles que constroem o sucesso da nossa empresa”, enfatiza José dos Santos, diretor comercial da Contuflex. Informações: www.contuflex.com.br

voestalpine Meincol na Concrete Show 2012 A voestalpine Meincol que pertence ao grupo austríaco voestalpine - líder europeu em tubos e perfis de aço – mostrou na Concrete Show 2012, feira internacional do setor da construção mundial, a reestruturação do seu mix de produtos. A empresa fornece ao mercado um completo mix de tubos – diâmetro de 12,70mm a 219,10mm e espessuras de 0,60 a 8,00mm, além de toda a linha de perfis estruturais, telhas e produtos com formatos especiais. Responsável por 8% do mercado nacional de tubos a empresa iniciou recentemente a instalação de uma nova unidade em Caxias do Sul - com área construída de 21 mil metros quadrados a nova unidade será a primeira empresa na América do Sul a utilizar a tecnologia européia Directform em sua nova fábrica com previsão de inauguração para o início de 2013. Esta é a mesma tecnologia já disponível em outras unidades do grupo e com forte aplicação no segmento da construção civil. Para o diretor Administrativo e Comercial da empresa, Manfred Wuble, “a estratégia é oferecer soluções customizadas ao mercado que tragam vantagens competitivas aos clientes em tubos e perfis de aço”. A empresa investiu em tecnologia e conta com equipamentos como teste hidrostático para tubos de condução até 10 polegadas, linha de corte em ângulo para tubos com espessura até 8 mm, lasertube para tubos e perfis, dobradeira CNC para tubos com diâmetro de até 150mm, calandra para tubos e perfis, além de perfiladeira com furação in line para a fabricação dos mais complexos perfis abertos do mercado. Informações: www.meincol.com.br

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Nota oficial Depois de matéria publicada no jornal “O Globo” sobre a venda e fechamento do alto-forno da CSA, no Rio de Janeiro, a forno TKCSA divulgou nota negando planos “para um temporário desligamento de um alto-forno na CSA”. Segundo nota da companhia enviada à redação da Revista do Aço, “Em 15 de maio de 2012, o Conselho de Administração da ThyssenKrupp AG anunciou a decisão de estudar opções estratégicas em todas as direções para as plantas de aço da Steel Americas, no Brasil e nos EUA. Isso pode envolver uma parceria ou venda a um proprietário cuja estratégia pode utilizar melhor a excelente qualidade e competitividade das plantas. Em 27 de junho de 2012, os bancos Goldman Sachs e Morgan Stanley foram escolhidos para dar o suporte necessário à análise das opções estratégicas. Paralelamente à revisão estratégica, está sendo realizada a otimização técnica e comercial das plantas. “A situação continua sendo um desafio na Steel Americas, tanto por conta da operação de ramp-up, como do clima econômico geral. Nós percebemos um forte interesse do mercado e estamos conversando com potenciais investidores”, diz o CEO da ThyssenKrupp, Heinrich Hiesinger.

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Revista do Aço •

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Orientação

Máquinas operatrizes

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(*) Luiz Antonio Alves

s máquinas operatrizes são usadas para substituir as operações manuais em trabalhos de produção de peças para os mais diversos setores produtivos da economia. Elas são usadas em várias etapas da cadeia produtiva. Cada etapa pede um equipamento específico como tornos, fresadoras, prensas, entre outras. Dentre estes vários modelos vamos abordar as máquinas de polimento: elas são destinadas ao acabamento de superfícies em que se consegue um visual diferenciado do produto, assim como ajuda a diferenciar a qualidade dos produtos ajudando a agregar valor e, dessa forma, a se consolidar no mercado. Existem vários tipos de máquinas de polimento que usam sistemas vibratórios, manuais e também as máquinas de polimento mecanizado que são na verdade, a automação do polimento manual.

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• Revista do Aço

O objetivo nesse caso é substituir o operador de maneira segura e repetitiva, mantendo assim a padronização da qualidade e produtividade. O mercado abriga amplas opções de máquinas para polimento, muitas delas projetadas para atender peças especiais e específicas como uma cuba para pia e ou lavatório, ou ainda, máquinas para polimento contínuo para atender perfis e tubos padronizados, com várias configurações de largura, espessura, chapas etc. No caso de peças redondas podemos utilizar politrizes com sistema centerless ou com perfis planos em que se usam politrizes planas. Existem diferenças entre polir de maneira manual e mecanizada. Manualmente são usadas máquinas politrizes de pedestais, que em muitas situações são insubstituíveis, pois atendem a pequenas demandas em que não se justifica um investimento em máquinas automáticas.

Com isso, as máquina politrizes de pedestrais têm sua aplicação para pequenos volumes e com a necessidade de um operador No caso das politrizes automáticas, que são para uma demanda maior, normalmente são desenvolvidas, segundo a necessidade do cliente e projetos específicos, isto é, sob medida. Uma vez desenvolvido o processo com rodas ou escovas e massas adequadas, o produto ganha padronização com mais produtividade com a mecanização ou automação. Muitos são os setores que precisam melhorar o acabamento de seus produtos. A cada dia que passa a indústria consumidora brasileira está mais exigente e isso obriga os fabricantes a serem cada vez mais competitivos ou eles correm o risco de perde espaço no mercado. Nesse sentido podemos destacar os setores moveleiro, automotivo, construção civil, marítimo, medicina, bem como


Orientação

indústrias primárias como fundições, estamparias, forjarias etc. Estas máquinas atendem diferentes áreas que fazem polimento em materiais diversificados como aço carbono, aço inoxidável, latão, alumínio, madeira, acrílico etc. Em alguns casos de polimento, utiliza-se alguma proteção para prolongar a vida útil do acabamento ou mesmo melhorá-lo, aplicando em alguns casos verniz ou tratamentos térmicos como cromo, anodização etc.

Produtividade A produtividade de um equipamento de polir varia muito em função da cada aplicação e do tipo

do equipamento utilizado. Por isso os produtores destes equipamentos vêm a necessidade de atender a cada caso isoladamente e indicar um equipamento em função do produto e da produtividade bem da disponibilidade de investimento. Para começar a polir pode-se iniciar com investimento a partir de

R$ 5 mil com politrizes de pedestais, e aos poucos, investindo conforme o aumento da demanda. Porém vale a pena destacar que com uma máquina de pedestal, será necessário o uso de mão de obra especializada. O que esta cada vez mais carente no mercado já que não existe nenhum curso ou ação profissionalizante nesta área.

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Controle remoto


Orientação

Por conta disso, as máquinas podem durar muito mais, com ações regulares de manutenção preventivas.

Durabilidade As máquinas de polir são fabricadas e projetadas com o objetivo de suportar uma carga muito grande de desgaste, pois estes equipamentos são usados de maneira muito agressiva, levando em conta o ambiente com grande teor de abrasividade.

Rentabilidade Quem já fez uma substituição brusca de polimento manual para polimento mecanizado poderá ver a diferença na produtividade, baixando de uma maneira notável o custo

de produção. Sem contar na rapidez e agilidade. Isso invariavelmente reflete na rentabilidade e lucratividade do setor. Vale a pena ressaltar que uma máquina sozinha não faz nada. É preciso insumos de boa qualidade, assistência de um bom técnico para desenvolver o processo de uma forma racional. Existe hoje no mercado uma infinidade de fabricante de insumos, mas falta o técnico em processo. Isso dificulta o bom desempenho de muitos equipamentos, o que pode gerar insatisfação em alguns compradores. (*) Luiz Antonio Alves é diretor da Metasil Sanding Machines, indústria e comércio de máquinas operatrizes para polimentos. www.metasil.com.br ou (19) 3955-8822.

Tabela de acessórios LATÃO BRONZE COBRE

ALUMÍNIO FUND. OU LAMIN.

MATERIAL

AÇO FERRO INOX

FERRO FUNDIDO

TIPO DO ABRASIVO

OX. ALUMÍNIO GRÃO CERÂMICO

OX. ALUMÍNIO CARB. SILÍCIO

OX. ALUMÍNIO GRÃO CERÂMICO

OX. ALUMÍNIO ZIRCÔNIO

GRANA

24 a 50

36 a 60

36 a 60

36 a 80

VEL. CORTE m/seg

22 a 32

22 a 27

27 a 35

27 a 35

TIPO DA RODA

FACE DENTADA

FACE DENTADA

FACE DENTADA

FACE DENTADA

DUREZA DA RODA

70 a 90

70 a 90

70 a 90

70 a 90

REBARBAÇÃO OU DESBASTE

AFINAÇÃO OU PRÉ-ACABAMENTO TIPO DO ABRASIVO

OX. ALUMÍNIO GRÃO CERÂMICO

OX. ALUMÍNIO CARB. SILÍCIO

OX. ALUMÍNIO GRÃO CERÂMICO

OX. ALUMÍNIO ZIRCÔNIO

GRANA

60 a 180

60 a 150

80 a 180

100 a 220

VEL. CORTE m/seg

22 a 32

22 a 27

27 a 35

27 a 35

TIPO DA RODA

FACE LISA

FACE LISA

FACE LISA

FACE LISA

DUREZA DA RODA

45 a 50

45 a 50

45 a 50

45 a 50

POLIMENTO OU ACABAMENTO

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TIPO DO ABRASIVO

OX. ALUMÍNIO ZIRCÔNIO

OX. ALUMÍNIO CARB. SILÍCIO

OX. ALUMÍNIO

OX. ALUMÍNIO ZIRCÔNIO

GRANA

240 a 320

220 a 500

180 a 320

220 a 320

VEL. CORTE m/seg

25 a 35

25 a 35

25 a 35

25 a 35

TIPO DA RODA

FACE LISA

FACE LISA

FACE LISA

FACE LISA

DUREZA DA RODA

15 a 45

15 a 45

15 a 45

15 a 45

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distribuição

O mercado externo e suas implicações no setor do aço A indústria siderúrgica busca um equilíbrio entre a oferta e a demanda, não só no Brasil, mas em todo mundo Por Gislaine Vicente Imagens: Divulgação

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pesar do crescimento da indústria em diversos setores alavancado por vários fatores entre eles o ‘boom’ de grandes obras, o mercado do aço vive um momento dúbio, em relação à sua distribuição. Existe um excesso do produto em estoque: o escoamento torna-se difícil, porém, a indústria siderúrgica busca um equilíbrio, a todo custo, entre a oferta e a demanda, não só no Brasil, mas em todo mundo. Em 2012, o setor convive com um excedente de 526 milhões de toneladas de aço e não há perspec-

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• Revista do Aço

tiva de redução significativa deste índice, mesmo com a recuperação do consumo aos patamares pré-crise. Dessa forma, as usinas brasileiras apostam no mercado interno para impulsionar os negócios. Dados da World Steel Association, entidade que representa o setor no mundo, apontam que, em 2011, o excedente era de 501 milhões de toneladas de aço, o que representa incremento de 4,9% no período. O índice mais positivo é o de distribuição de aços planos: no Brasil, ele vislumbra um cenário crescente para os próximos meses, mas

há uma oscilação natural. As medidas de estímulo à economia implementadas pelo Governo Federal e o câmbio favorável contribuíram, em parte, para a queda nas importações e consequente aumento nas vendas do produto. O presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (Inda) Carlos Loureiro diz que o primeiro semestre de 2012 foi o melhor momento positivo vivido pelo segmento por causa das medidas de estímulo à indústria. “Alguns fatores podem influenciar o mercado, entre eles a redução na entrada de aço no País, mo-


Distribuição

tivada pela equalização da cobrança de ICMS nos portos nacionais, e o aumento na competitividade do preço do produto brasileiro”, salientou Loureiro. Porém, as expectativas mais otimistas são apenas para 2013. O crescimento do setor projetado para 2012 é de cerca de 5%, mas Loureiro acredita que, no ano que vem, haverá uma ampla recuperação e um avanço significativo, da ordem de 9% a 10%. Segundo o Instituto Aço Brasil (IABr) existem projeções da organização internacional que, para 2013, haverá uma pequena redução para 525 milhões de toneladas no excesso de capacidade mundial de produção de aço. O motivo é a retração nos principais mercados consumidores, afetados pelas crises europeia e financeira, que acabaram por se alastrar por boa parte do mundo. A super oferta vem provocando queda nos preços internacionais, além de potencializar o risco de invasão de aço importado no Brasil, uma vez que os produtores internacionais passaram a direcionar esses produtos aos mercados emergentes. A diretora de Mercado e Economia do IABr, Catia MacCord Simões Coelho, explicou que “não há projeções para uma redução significativa deste excedente de aço”. A executiva disse que um dos efeitos negativos é a perda de mercado por parte das usinas brasileiras, que não conseguem exportar o aço produzido no País. Voz corrente entre os executivos do aço, a menor demanda

Cátia MacCord, do IABr

externa em um cenário de economias em retração ao redor do mundo, devido à crise na Europa provocou uma nova forma de pensar em relação à infraestrutura, distribuição e armazenamento do aço. Mas isso não dá margens a todas as respostas necessárias à cadeia metal-mecânica. O Brasil passa por um processo de desindustrialização, em função do aumento das importações diretas e indiretas de aço - mais de 60% das exportações da China para o Brasil são de produtos metal-mecânicos. Problema que também preocupa o presidente da Associação do Aço do Rio Grande do Sul (AARS), José Antonio Fernandes Martins. “O Brasil caminha a passos rápidos para a desindustrialização”, alerta. “As consequências desse processo são nefastas, com destaque para o desemprego”. Ele cita como exemplo o que está ocorrendo nos Estados Unidos, onde o índice de desemprego chega a 9,5%. “Em grande parte, isso se deve ao fato de que a quase totalidade dos produtos industrializados consumidos pelos americanos (micro-ondas, televisão, rádio, toca fita, geladeira, máquina de lavar roupa, Revista do Aço •

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Distribuição

José Fernandes, da AARS

máquina de secar roupa, camisas) são produzidos na China”, explica. “E isso começa a acontecer aqui. A China hoje já é o principal exportador para o Brasil”, alerta.

Importações que são fruto de fatores geográficos, como ocorrem nos portos da Zona Franca de Manaus e do Nordeste, por exemplo, devem se manter. Nessas regiões, o custo do frete é muito elevado e menos vantajoso financeiramente frente ao frete internacional – mesmo com a equalização. Deve haver ainda a continuidade na importação de algumas chapas especiais, que não são produzidas no Brasil. Porém, de forma geral, a tendência é que com essa medida as importações caiam no ano que vem. As importações indiretas ainda pontuam como o principal desafio enfrentado pelo mercado. Além do câmbio, os gastos com logística também são problemáticos. Atualmente, o frete nacional para o Nordeste é 60% mais caro do que o envio do produto diretamente da China. Para o setor é importante trabalhar com estoques ajus-

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tados, evitando assim a pressão de caixa que leva os distribuidores a concretizar negócios desfavoráveis, com baixa remuneração. Outro fator relevante é investir para agregar valor ao produto, permitindo ao distribuidor oferecer vantagens adicionais ao cliente. Segundo especialistas, a China consumirá muito aço (e matéria-prima) para a continuidade de sua urbanização, com expectativa de crescimento de 80% até 2030. Para Loureiro, em termos de consumo per capita o Brasil não tem como ser comparado com a China. “É infinitamente menor. Ou seja, existe muito espaço para crescermos. Acredito que o principal fator de entrave é o baixo investimento em construção civil, ou em obras ligadas a aeroportos, por exemplo”, afirmou. De acordo com o último balanço divulgado pelo IABr, as exportações das siderúrgicas brasileiras acumulam uma queda de 12,4% entre janeiro e agosto na comparação com o mesmo intervalo do ano passado. Os embarques passaram de 7,583 milhões de toneladas para 6,640 milhões de toneladas. O aumento do consumo doméstico po-

Carlos Loureiro, do Inda

derá reduzir a sobra de capacidade das usinas no país, que deverá chegar a 19,7 milhões de toneladas neste ano. Enquanto a capacidade brasileira é de produzir 48,4 milhões de toneladas, a demanda interna prevista é de 28,7 milhões de toneladas no atual exercício. Em janeiro, as usinas russas haviam produzido 5,927 milhões de toneladas e em dezembro atingiram a marca de 5,886 milhões de toneladas. Ao longo do ano, fabricaram 68,743 milhões de toneladas, o que representa um acréscimo de 2,69% em relação a 2010. Os ucranianos, por sua vez, produziram 2,918 milhões de toneladas em janeiro e 2,804 milhões de toneladas em dezembro. No ano, eles fabricaram 35,332 milhões de toneladas de aço bruto ou 5,68% a mais do que o ano passado. No outro lado do Atlântico, a América do Norte manteve o padrão mundial: seu auge de produção foi em março, com a marca de 10,243 milhões de toneladas. Em janeiro, a região havia fabricado 9,859 milhões de toneladas e, no último mês do ano, chegou a 10,134 milhões de toneladas. De todo aço a ser consumido no mundo em 2012, os países emergentes e em desenvolvimento vão responder por 73% da demanda, um crescimento de 12 pontos percentuais em relação a 2007, quando eles foram responsáveis por 61% do consumo. E o país desse grupo que terá o maior crescimento de demanda é o Brasil, com um aumento de 9,8% em comparação com 2011. Caso a previsão se confirme, o país


Distribuição

baterá novo recorde de consumo, chegando a 52,4 milhões de toneladas, cerca de 28% acima do registrado em 2007, ano anterior ao impacto da crise global. A Índia, vista como a nova fronteira de crescimento da siderurgia no mundo, é outro integrante dos Brics que terá um crescimento expressivo da demanda de aço em 2012. Segundo a WSA, o crescimento será de 7,9% em relação a 2011. Atualmente, o país consome por volta de 70 milhões de toneladas por ano, a expectativa é de que

esse número atinja a 200 milhões de toneladas em 2020. No caso da América Latina, o maior desafio enfrentado será o de impedir a desindustrialização, que ameaça a maioria dos seus países. O alerta, feito recentemente, é do mexicano Raul Gutiérrez Muguerza, diretor-geral do grupo siderúrgico do México Deacero SA e recém-eleito presidente da Asociación Latinoamericana del Acero (Alacero) – o antigo Instituto Latino-americano de Ferro e Aço (Ilafa). O segundo desafio é a busca pela

integração latino--americana para enfrentar a ameaça da China, “que responde atualmente por 71% das importações de manufaturados das quatro maiores economias da região: México, Brasil, Colômbia e Argentina”. Ainda de acordo com Gutierrez, este percentual é 30 vezes o que esses países exportam em bens manufaturados para o mercado chinês. “Podemos nos complementar muito bem e criar uma força maior para produzir manufaturas capazes de competir melhor globalmente”, declarou o executivo.

Revista do Aço •

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Software

Data M tem tradição no mercado Há 25 anos empresa soluciona problemas da indústria de conformação por rolos

E

mpresa é a criadora do software COPRA, voltado para o mercado de engenharia para perfilamento. A data M também é uma empresa conhecida por fornecer serviços de engenharia e em pesquisa e desenvolvimento nesta área industrial específica. Na exposição EuroBlech 2012 em Hannover/Alemanha, empresa mostrou como sua tecnologia em software está é utilizada em várias indústrias em todo mundo e como ela ajuda as empresas a melhorar o know-how, não apenas como uma fornecedora de software mas como uma empresa de engenharia e consultoria de confiança. Há 25 anos a data M está envolvida na área de perfilamento e nos problemas que podem surgir na indústria do processamento de chapa. Desde o início sendo uma fornecedora de software e engenharia, a empresa também surgiu como uma fornecedora de serviço no desenvolvimento de programas de análises. Agora a data M está desenvolvendo perfis em 3D (seções variáveis) em um novo departamento (Divisão

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• Revista do Aço

Automação). Como criadores no mercado de software da solução para os fabricantes de tubos e perfis (COPRA® RF) e para produtores de peças em chapa dobrada (COPRA® MetalBender), os especialistas da data M desenvolvem e distribuem máquinas para controle de qualidade e inspeção de rolos, revisão e engenharia reversa (COPRA RollScanner). O software da data M está sendo desenvolvido, também, por engenheiros dos departamentos de tecnologia de produção e engenharia mecânica que usam as mais recentes ferramentas e tem a prática e know-how necessários para isso.

Recursos no desenvolvimento “Durante todos esses anos, muitas coisas aconteceram e consequentemente houve crescimento. No decorrer deste tempo, expandimos nossos negócios saindo de meros desenvolvedores líderes no mercado de software para solução no processamento de chapa, para

hoje, oferecer além de soluções em software CAD/CAM e CAE, mas particularmente em assessoria técnica e serviços tais como desenvolvimento de software para dobra de chapa de metal e para a indústria de conformação por rolos, consultoria e serviços de projeto, desenho e fabricação de ferramentais, sistemas de integração e redes heterogêneas, sistemas de processamento de imagens para controle de qualidade, processos de produção, além de nossa última criação COPRA RF 2013”, resume em poucas palavras o fundador da empresa Albert Sedlmaier.

Algumas características do COPRA RF 2013 MÓDULO: COPRA® RF & Inventor® Paramétrico FUNCIONALIDADE: Modelo e desenhos de fabricação O projeto completo no COPRA pode ser criado em simples aperto de um botão. Todos os rolos serão fabricados como peças paramétricas e posicionados no local correto durante a montagem final.


Software

Com o COPRA RF 2013, os projetos de fabricação em 2D são automaticamente gerados. O tempo gasto no processo de criação destes projetos feitos manualmente, não é mais necessário. As legendas no desenho para os rolos podem ser ajustadas aos padrões da empresa e as dimensões necessárias também. Cada tipo de rolo deve ser dimensionado somente uma vez. Até hoje, em cada projeto, todo tipo de rolo tinha de ser dimensionado individualmente. Em todos os projetos, usando este tipo de rolo, o tempo e esforço ficam reduzidos para controlar os desenhos de fabricação automaticamente criados. Na montagem, cada rolo e cada desenho são completamente paramétricos. As mudanças necessárias no desenho do COPRA (mudança de dados do rolo, distância entre estações,…) serão atualizadas automaticamente sem a necessidade de recriar os desenhos de fabricação. As adaptações no desenho já feitas não são perdidas e sim preservadas.

Para tornar um projeto eficiente, há ferramentas adicionais disponíveis: · Montagens geradas automaticamente · Rolos paramétricos como peças em 3D · Desenho de fabricação em 2D automaticamente dimensionado com legendas configuráveis · COPRA® atributos de furação como funções paramétricas · Amostra de perfil, rolamentos e anéis de retenção · Função liga/desliga para perfil, rolamentos e anéis de retenção · Mudança no alinhamento do desenho no sistema CAD · Mudanças de direção e no sentido de perfilamento · Visibilidade do perfil, rolamentos e anéis de retenção · Detecção de colisões com múltiplas possibilidades

Banco de dados Módulo: COPRA® RLM Gerenciamento da vida útil do rolo

“Automatic Manufacturing Drawing”

“Roll Tooling in Inventor®”

FUNCIONALIDADE: Base de dados para controle e gerenciamento do rolo Assim como em outras indústrias, as empresas que produzem peças perfiladas têm de encontrar caminhos para reduzir custos a fim de assegurar preços competitivos em seus produtos.


Software

Assim, a data M oferece um “kit de ferramentas” para ser usado nos projetos do software COPRA, possibilitando economia para as empresas de conformação por rolos no custo de ferramentas e flexibilizando a reutilização de rolos. O banco de dados do COPRA RLM possibilita aos projetistas da indústria de conformação por rolos armazenarem seus ferramentais completos em um banco de dados, permitindo que o mesmo seja encontrado com facilidade, podendo ser reutilizado em ferramentais para outros projetos também. A funcionalidade do banco de dados do RLM tem sido integrada por completo no fluxo de trabalho do COPRA e pode, portanto, ser usado com um mínimo de esforço extra. O banco de dados do COPRA RLM fornece ferramentas para busca de rolos existentes baseados em critérios de pré-definidos para que com facilidade se encontre e se reutilize rolos em projetos futuros também. Mais funções foram implementadas para criar uma lista rolos para pedido (ou rolos para produzir), baseados no estoque atual de rolos. Isto assegura que somente os rolos extras necessários aos rolos já em estoque serão pedidos ou produzidos. Além disso, há funcionalidades para controlar o estoque de rolos da empresa, como por exemplo, verificar rolos com defeito, liberar rolos para revisão etc. Integrando os dados de medição do COPRA RollScanner, é possível monitorar o desgaste dos rolos durante um certo período específico de tempo, ou avaliar a implementabilidade geral de ferramentais específicos. Mais uma aplicação neste contexto, é o módulo de “reciclagem” dentro da base de dados do COPRA RLM: os rolos podem ser marcados como rejeitados, sendo assim estarão, portanto, disponíveis para revisão em futuro projeto, mas não mais para produção de perfil. Ao invés de fabricar rolos totalmente novos, aqueles rolos rejeitados podem ser utilizados para produzir as novas geometrias dos rolos a partir deles mesmos. O sistema irá buscar rolos adequados para reciclagem em novos projetos no simples aperto de um botão.

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• Revista do Aço

“Remesh” Automático – Material adaptado durante a simulação Os resultados existentes são interpretados e mapeados na nova “malha“(“mesh”). Se necessário os elementos serão subdivididos somente em direção transversa, por exemplo, quando a formação de uma nova dobra se inicia. A criação de “malha” (“mesh”) mais fina é feita somente quando for necessária a descrição de dobras adicionais. Isto economiza muitas entidades no início do cálculo. Não há mais a necessidade de arrastar estes elementos por todas as estações.

“Remesh” Automático – Qualidade de resultados e tempo de cálculo reduzido Além do ganho em tempo de cálculo (30-40% para aplicações em perfilamento típico) o “remesh” oferece um aumento em qualidade. A posição dos novos refinamentos do elemento para a descrição das dobras é adaptada na ocorrência real de deformação da chapa. Consequentemente é garantido que as dobras possam ser precisamente descritas através de todas as estações de formação com um número mínimo de elementos sem a intervenção do usuário, normalmente baseada em tentativa e erro.

A nova característica no COPRA FEA RF 2013: “Automatic Remesh”

„ Sem Remesh“

„Com Remesh“


Software

Automatic Remesh – A capacidade do multiprocessador Uma tarefa final no desenvolvimento da solução do “remesh” foi torná-lo compatível com a tecnologia de simulação de multi-processamento. O tempo de cálculo pode ser reduzido em até 65% em casos de processamento com 4 núcleos e em até 80% se 8 núcleos forem usados. Ganhos de 79% podem ser alcançados se 4 núcleos forem usados e de 89% em que 8 núcleos forem usados. Estes são números realistas e podem ser provados por respectivos testes.

Propriedade correta do material com o COPRA® FEA BendTester A “Simulação por Elementos Finitos” exige o conhecimento detalhado dos parâmetros do material. O “Teste de Tração Padrão” não é mais suficiente para determinar as propriedades de materiais de alta sofisticação. Devido à carga uniaxial da amostra, as inclinações variações das propriedades do material na direção da espessura são ignoradas. Estas variações ao longo da espessura da chapa se elevam, por exemplo, durante os tratamentos especiais termais ou o perfilamento final. Levando-se em consideração que as partes externas da chapa se comportam de modo diferente se comparadas ao núcleo do material, o COPRA FEA BendTester é o teste mais adequado para identificar estas diferenças de comportamento. Com a dobra

da amostra, a carga varia na direção da espessura da chapa, permitindo assim a correta definição das propriedades mecânicas do material. Esta “Configuração de Teste” é particularmente vantajosa para determinar os parâmetros do material como base para uma simulação de perfil no FEA porque também aqui, a carga principal é a dobra. Para a investigação dos parâmetros do material, os resultados de um teste com o COPRA FEA BendTester são importados para um “software” de otimização que faz os cálculos dos parâmetros adequados para o COPRA FEA RF. Assim, o teste de dobra permite uma melhoria nos resultados de simulação devido aos dados de materiais adaptados. O teste pode ser realizado em metais com baixa resistência assim como em UHS Steels (aços de alta e ultrarresistência). A geometria da amostra é um retângulo simples e qualquer espessura de chapa pode ser usada.

Benefícios do COPRA® FEA BendTester: • Melhoria na modelagem do material • Software para determinar com rapidez e facilidade os parâmetros do material • Integração completa no COPRA® FEA RF • Melhores resultados em simulações, principalmente em materiais de alta resistência mecânica • Uso para quase todo tipo de material • Fácil preparação de amostras e procedimentos de teste Informações: www.datam.com.br

Revista do Aço •

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Produção

Nova unidade da Tuper fornece tubos para o setor de óleo e gás Expectativa é que nova fábrica processará até

180 mil toneladas de aço por ano Da redação (*) Imagens: divulgação

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• Revista do Aço

A

Tuper inaugurou mais uma unidade industrial. Localizada na cidade catarinense de São Bento do Sul, a oitava unidade industrial da empresa recebeu investimentos de R$ 198 milhões, a Tuper Óleo e Gás produzirá tubos de aço American Petroleum Institute (API) que atendem especificações técnicas internacionais. Dessa forma, a companhia passa a ser a única empresa de capital 100% nacional dentre as grandes fabricantes instaladas no Brasil a produzir tubos de aço API, reconhecidos pela indústria de

petróleo internacional com as especificações técnicas necessárias para suas atividades produtivas. A nova unidade produzirá tubos de aço carbono para aplicações estruturais e de condução, com diâmetros de até 13 3/8 polegadas e espessuras variando de 3 mm até 16 mm, utilizados no transporte de óleo, minerais, gases, combustíveis e outros. Também serão fabricados tubos casing, usados para revestimento de poços de petróleo. A produção de tubos estruturais da nova planta também atenderá a in-


Produção

dústria naval, construção civil em geral, além dos setores rodoferroviário, sucroenergético, telecomunicações e de grandes construções de infraestrutura. Cerca de 70% da produção da Tuper Óleo e Gás será destinada ao segmento de petróleo, gás, químico, petroquímico e mineração; enquanto 30% será destinado para os demais setores. A Tuper fornece itens para a construção e reforma dos que serão usados na Copa de 2014, como Maracanã, Mineirão, Itaquerão e Castelão. Durante a entrevista coletiva, dirigentes da empresa anunciaram investimentos de R$ 133 milhões nas áreas de geração de energia e também na produção de andaimes tubulares para o segmento da construção civil. O presidente da empresa, Frank Bollmann, revelou que a companhia está finalizando um plano para abrir uma subsidiária da Tuper Comercial nos Estados Unidos. O objetivo é atender o mercado americano e, futuramente, ingressar também em outros mercados.

Diretoria da Tuper durante entrevista coletiva sobre nova instalação

Estratégia e investimento A unidade de óleo e gás terá papel preponderante na estratégia de crescimento da Tuper. A empresa sediada em São Bento do Sul (SC) quer atingir faturamento bruto superior a R$ 2,6 bilhões até 2017, alta na média anual de 2% a 3% a partir de 2014, cabendo de 30% a 35% do valor à nova unidade, a oitava do grupo.

Com atuação em 22 segmentos industriais, a Tuper investiu R$ 198 milhões na construção desta fábrica, valor que elevou para R$ 357 milhões o aporte feito nos últimos dois anos em ampliação e modernização das unidades industriais, onde são produzidos tubos e perfis de aço. Os recursos foram gerados por meio de financiamentos com instituições financeiras públicas e privadas, caixa próprio e de acionistas.

Revista do Aço •

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Produção

História A Tuper foi fundada em 1971. Inicialmente, a empresa produzia escapamentos automotivos para o mercado de reposição. Hoje, são mais de 1300 itens para veículos da frota nacional. A empresa tem participação de 38% nesse mercado. Em 1981 foi inaugurada a unidade de negócios Tubos. Inicialmente para atender à demanda interna de matéria-prima para os escapamentos. A produção de Tubos levou a Tuper a figurar entre as maiores fabricantes de tubos de aço carbono com solda do País. Oito anos depois, em 1989, entrou em funcionamento a unidade Telhas e Perfis, denominada Sistemas construtivos. A empresa continuou com sua trajetória de sucesso e, no ano 2000, expandiu sua atuação para o segmento de exaustão para o mercado original – OEM. A unidade fornece para as maiores montadoras do País e teve significativa participação na introdução dos moderno sistemas de pós-tratamento de gases de exaustão para veículos comerciais para o atendimento das normas do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotes (Proconve P-7) que entrou em vigor em 2012. Em 2006 a Tuper inaugurou a unidade Tubos Especiais e Componentes voltada à fabricação de peças e componentes para a indústria automotiva. Para consolidar o segmento de escapamentos para reposição, em 2008 a Tuper adquiriu sua concorrente Vanzin Automotive, unificando as marcas Sicap e Vanzin em Tuper Escapamentos. Em 2010, a Tuper começou a produzir tubos galvanizados. A empresa inaugurou uma fábrica de galvanização. Agora , em 2012, a Tuper criou uma nova unidade de negócios e a empresa passa a produzir tubos estruturais para atender o mercado de óleo e gás.

1971

1981

1989

2000

2006

2008

2010

2012

Tubos Tuper

Tuper

Tuper Tubos

Tuper

Galvanizados

Tuper

Exhaust

especiais e

Vanzin e

e Tuper

Óleo

Systems componentes

Vanfix

Comercial

e Gás

Tuper

Tuper

telhas

Escapamentos

Tubos

e perfis

26

• Revista do Aço


Produção

A unidade de 34,5 mil metros quadrados de área construída começou a ser erguida em junho de 2010, tem capacidade para processar até 180 mil toneladas de aço, volume que elevou para 480 mil toneladas o total do grupo. O mercado externo deverá responder por 40% a 50% dos negócios que a empresa pretende fechar nos segmentos de petróleo, gás, químico, petroquímico e mineração. As vendas se concentrarão basicamente nos países da América Latina e do Norte e na África. A primeira exportação foi confirmada com empresa dos Estados Unidos. Atualmente a Tuper comercializa não mais de 3% de sua produção no exterior, atingindo cinco países. Com a nova unidade a expectativa é de 8% a 9% no prazo de quatro a cinco anos. O presidente e CEO da Tuper, Frank Bollmann, destacou aos jor-

nalistas que visitaram a nova unidade que a empresa deverá crescer 31% em 2012, superando faturamento bruto de R$ 1,3 bilhão. Para 2013, já com a nova unidade em plena operação, o valor deverá chegar a R$ 1,8 bilhão. Bollmann espera para o final do mês a visita de auditores da Petrobras para a certificação da unidade e, assim, iniciar o fornecimento de produtos. Em 2012 a previsão é de que a Tuper consiga processar 400 mil toneladas, das quais em torno de 50 mil na nova fábrica, pouco mais da metade inicialmente estimada em função do atraso na instalação de equipamentos vindos da Itália. No ano passado, a empresa processou 274 mil toneladas e faturou R$ 1,033 milhão. (*) O editor Marcelo Lopes viajou a São Bento do Sul a convite da Tuper Revista do Aço •

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Visão Carioca

Capa

O maior aliado da Copa do Mundo

Imagem do que poderá ser o novo Maracanã, palco da final da Copa: assentos retráteis e numerados, com as primeiras filas da arquibancada inferior a apenas 12 metros do gramado

O Brasil sediará grandes eventos esportivos. O bras de infraestutura , sobretudo em estádios,

ganham realce com elementos construtivos do aço Carlos Alberto Pacheco

A

imagens: divulgação

Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas no Rio de Janeiro (2016) podem representar um divisor de águas para a indústria brasileira do aço. E também significam um desafio em matéria de inovação e criatividade. A maioria dos estádios e praças de esporte – de concepção antiga e ultrapassada – exigem readaptação de suas estruturas obsoletas. E há alguns estádios, contudo, que foram demolidos, tal o comprometimento da arquitetura construtiva. Um exemplo

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• Revista do Aço

clássico é o estádio da Fonte Nova, em Salvador (BA), com sérios riscos de desabamento. Os meses de agosto e setembro foram particularmente interessantes no calendário de eventos técnicos, que mostraram ao público o trabalho desenvolvido pelas empresas responsáveis por fornecer componentes às praças esportivas. Inovações em ferro permeável, vagalhões, estruturas tubulares, entre outros, mereceram lugar de destaque nos estandes montados na Fei-

ra Construsul, em Porto Alegre (RS), e no Congresso Latino-Americano da Construção Metálica – Construmetal 2012, em São Paulo. As empresas aproveitaram a feira para mostrar o que estão fazendo na esfera da infraestrutura, com obras em aeroportos e rede hoteleira. “O know how brasileiro no aproveitamento do aço e suas variáveis em grandes empreendimentos não deve nada aos concorrentes estrangeiros”, comenta o arquiteto paulista Nilson Mota Ramos Marques.


Capa

A Revista do Aço esteve presente na Feira Construsul e verificou in loco os produtos oferecidos pelas empresas. Foram mais de 500 expositores que mostraram seu mix que reúne componentes industriais, metal para construção civil e estruturas voltadas a empreendimentos varejistas. A reportagem visitou o estande da catarinense Tupy, uma das líderes nacionais em conexões de ferro maleável. A fabricante emprega seu know how na construção de dois estádios: a Arena Fonte Nova e o Nacional Mané Garrincha (Brasília), de acordo com o coordenador de marketing da área de Vendas de Produtos Industriais, Jorge Henrique Silva. “Oferecemos segurança e qualidade para esses projetos”, afirmou aos jornalistas. A Tupy aplica nas obras dos estádios soluções em conexões para tubos de aço e polietileno, com o diferencial de ponta lisa e encaixe perfeito estanque. Isso dispensa o uso de rosca e proporciona, segundo uma fonte da empresa, uma instalação rápida e simples, sem a necessidade de ferramentas especiais. Os produtos Tupy possuem certificado da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) e também pelo Programa Brasileiro de Qualidade e Produtividade no Habitat (PBQP-H). Em relação aos estádios, 65% das obras do Arena Fonte Nova estão concluídas, enquanto no Mané Garrincha os trabalhos também estão adiantados: quase 70% da estrutura está pronta (leia matéria nessa edição). Revista do Aço •

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Rio Mech

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โ ข Revista do Aรงo


Evidentemente que um gigante do setor não iria ficar de fora do desafio de preparar essas praças de esporte. Enfim, considerado um dos maiores produtores de aço do Brasil, o grupo Gerdau fornece material às empresas responsáveis para a construção e reforma de nada menos que 12 estádios de futebol que vão sediar a Copa. Alvo de críticas da Fifa pelo atraso nas obras, o Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão), em Belo Horizonte, teria recebido, até o final de agosto, 50% do aço que precisa para a conclusão da fase estrutural. Em nota oficial, o grupo informa que fornece “vergalhões e perfis in-

dustriais, telas, treliças, pregos, arame recozido e aço cortado e dobrado”. Segundo ainda o comunicado, o sistema industrial de corte e dobra de aço “aumenta a agilidade e reduz custos”, o que propicia ganho de produtividade de até 70% na elaboração das armaduras. Há, ainda, diminuição de até 15% no gasto nos componentes feitos em aço. Segundo a Gerdau, assim, é possível eliminar o desperdício e acelerar o processo construtivo.

Perfis tubulares Em agosto último, alguns dos mais importantes fornecedores de

Foto: Divulgação/Secopa-CE

Capa

Novo Castelão: estruturas metálicas estão sendo montadas na área do gramado

aço mostraram seus produtos no Congresso Latino-Americano da Construção Metálica – Construmetal 2012, em São Paulo. Um deles, a V & M do Brasil, fabrica tubos para os mais variados projetos. A especialidade da empresa é idealizar estruturas destinadas a áreas com grandes vãos livres, de até 80 metros.

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Capa

“Os tubos atendem de forma econômica o objetivo da construção, além propiciarem benefício estético”, comenta o gerente de Aplicações de Estruturas Tubulares da V & M, Rodrigo Cyrino Monteiro. Além da economia, os perfis tubulares, segundo Monteiro, são menos expostos a intempéries e a área que ocupa é Rodrigo Cyrino Monteiro menor do que outros elementos. A empresa dá uma forte contribuição para as obras do novo estádio do Mineirão, fornecendo cerca de 1.500 toneladas de tubos sem costura que deverão cobrir o setor de arquibancada, algo pró-

ximo a 13 mil metros quadrados de área. Os tubos da V & M também são utilizados em outros estádios, como os da Arena Palestra (Palmeiras), “Itaquerão” (Corinthians), Maracanã (RJ), Arena Independência (MG) e Olímpico (Grêmio). Essas estruturas reúnem leveza e estética e alta durabilidade. Elas são grandes aliados em reforma de aeroportos (exigem coberturas especiais), passarelas e prédios comerciais. “Eu lembro ainda que os tubos de aço proporcionam isolamento termo-acústico, pois impedem a saída do ar e melhoram a performance do ar-condicionado”, acrescenta o gerente. Na opinião de Rodrigo Monteiro, as estruturas tubulares deverão ser uma tendência nos empreendimentos nas grandes cidades por permitirem montagem rápida, são ágeis e se adequam melhor aos espaços, além de garantirem retorno do investimento.

Estádio Governador Magalhães Pinto (Mineirão) teria recebido, até o final de agosto, 50% do aço que precisa para término da fase estrutural. Foto: Divulgação/Secopa

Foto: Divulgação

Palco da abertura da Copa do Mundo de 2014, Itaquerão já tem 50% de suas obras concluídas

Arena Pantanal: estruturas foram instaladas para arquibancadas

Revista do Aço •

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Capa

Modernidade do aço embeleza os estádios

A

s obras para o término dos principais estádios correm contra o relógio. Desde o início de setembro, o novo Arena Castelão, em Fortaleza, começou a receber as primeiras tesouras em forma de treliça que compõem a estrutura metálica da nova cobertura do estádio. Já foram erguidos 60 pilares de sustentação e os operários iniciam a instalação de 30 jogos da nova estrutura. Segundo os responsáveis pela obra, as peças encaixam-se em um vão de balanço

de 50 metros e cada uma chega a pesar 28 toneladas. Após a montagem da estrutura metálica, a coberta ganhará telhas metálicas do tipo sanduíche, compostas por duas faces de metal e enchimento de espuma isolante. Além disso, segundo informações do Consórcio Construtor, cerca de 20% da cobertura receberá policarbonato, permitindo um degradê de sombreamento. Segundo ainda o consórcio, haverá melhora da qualidade de transmissão dos jo-

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gos e insolação do gramado. Todos acreditam que o novo Castelão fique pronto até dezembro próximo. Cerca de 80% do projeto já está concluído. A mesma dinâmica e ritmo acelerado são aplicados na Arena Pantanal, em Cuiabá. Apesar de um pequeno atraso, os operários concluíram, em setembro, as montagens das quatro mil toneladas de estruturas metálicas dos últimos pavimentos dos setores norte e sul da arena. As estruturas que reforçaram as arquibancadas serão desmontáveis, ou seja, de um total de 26 mil lugares, a arena pode ser “ampliada” para 43 mil. Mas o sentido inverso faz-se necessário, pois, ao final da Copa do Mundo, o estádio voltará a atender a demanda real estimada para eventos esportivos. De acordo com dados dos organizadores, quase 50% dos trabalhos da Arena estão finalizados. Até novembro, ser terminar a instalação das arquibancadas superiores situadas no setor oeste do campo. Próximos da conclusão também estão os quatro pórticos que devem dar sustentação à cobertura. A expectativa é que o estádio fique pronto no primeiro quadrimestre de 2013 – até abril, no máximo. Outra praça de esporte que está próxima de seu termino é o novo Estádio Nacional Mané Garrincha, em Brasília, com 72% das obras concluídas. A previsão de entrega é para abril de 2013. A capital federal será a cidade-sede da Copa e, provavelmente, o palco da cerimônia de aber-


Capa

Novo Estádio Mané Garrincha: 72% das obras estão prontas e finalização dos trabalhos da arena prevista para abril de 2013. O ‘Mané’ será palco da cerimônia de abertura do evento.

tura do evento. Com a peculiaridade de ser uma arena multiuso, o ‘Mané’ será coberto por uma estrutura em aço tensionado projetada por um escritório alemão. Retrátil na área central, a parte fixa da cobertura terá apoio mediante sistema de cabos de aço imóveis e deslizantes. Uma indústria italiana, localizada próxima de Milão, é responsável pela produção dos cabos de aço da cobertura do estádio. A cobertura da arena é uma das inovações tecnológicas da obra. Com propriedades especiais, a estrutura dispõe de uma membrana

autolimpante, de tecido revestido de politetrafluoretileno com TiO2 (dióxido de titânio) – combinação de fibra de vidro revestido de PTFE com tratamento fotocatalítico sobre a superfície. Em suma, quando a membrana entra em contato com o sol, ocorre o deslocamento da sujeira. De acordo com os engenheiros, por hora, cada metro quadrado da cobertura retira da atmosfera gases poluentes do ar, o equivalente ao produzido por 88 veículos. Cerca de 4 mil funcionários trabalham na construção da chamada “ecoarena”, divididos em três turnos.

Revista do Aço •

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Artigo

Estimativa das propriedades mecânicas de barras de aço-carbono pela composição química A previsão das propriedades mecânicas dos aços é uma possibilidade atraente , tanto para produtores quanto para os usuários (*)Túlio Braz Comitre, Rafael Fernandes Bley, Rodrigo Bueno, Eduardo Sorrilha Spagnuolo, Aline Augusto Escobar, Fabiano da Costa Nascimento, Mayza Batista Alves, Djanira dos Santos Oliveira, Willy Ank de Morais

A

norma SAE J1397 é intencionada a prover um guia das características mecânicas de resistência de barras de aços abrangidas pelas normas de aço mais conhecidas e empregadas no mundo: as SAE J403 e SAE J404. As características estimadas na SAE J1397 não poderem ser utilizadas como requisitos para especificações, porém estas estimativas são úteis para auxiliar na aplicação e seleção dos aços. Neste trabalho, alunos de graduação em Engenharia Mecânica da Unisanta empregaram conhecimentos adquiridos nas disciplinas pertencentes à linha de concentração em Engenharia de Materiais do curso para criar um equacionamento e montar uma planilha eletrônica que converte a composição química de aços-carbono nas propriedades mecânicas previstas pela norma SAE J1397. A previsão das propriedades mecânicas dos aços é uma possibilidade muito atraente, tanto para produtores quanto para os usuários deste material. Neste sentido diversos modelos de previsão das propriedades mecânicas dos aços têm sido apresentados ao longo do tempo: alguns mais gerais e outros mais específicos. Em sua revisão, Pickering resume estes modelos na equação geral: SLE = σi + σs + σp + σd + σss + σt + kyd-½

36

• Revista do Aço

(1)

Esta equação ilustra que o limite de escoamento (SLE) é formado por uma combinação da participação das seguintes parcelas: σi tensão de oposição à movimentação de discordâncias; σs endurecimento por solução sólida; σp endurecimento por precipitação; σd endurecimento pela geração de discordâncias; σss é a inteiração entre as discordâncias, σt é a textura cristalográfica, σd o tamanho de grão e ky uma constante associada ao efeito do tamanho de grão. Cada efeito pode ser considerado de uma forma diferente e por um modelo em particular. Adicionalmente, cada família de aços apresentará um determinado tipo de microestrutura, podendo ser, por exemplo: ferrítica, austenítica, ferrita-perlita, bainítica, martensítica, ferrita-martensita etc. A forma e a precisão do modelo dependem da correta interpretação do tipo e da morfologia da microestrutura presente e das demais variáveis do aço a ser modelado. Portanto, na criação e aplicação de um modelo deve-se estabelecer o tipo de material a ser analisado através de suas características microestruturais e dos parâmetros disponíveis, informações estas que serão utilizadas na alimentação do modelo. Existem modelos existentes e aplicáveis para os aços, traduzidos na forma de equações que descrevem


Artigo

as propriedades destes metais em função de sua estrutura cristalina, composição química e tamanho dos grãos. Como exemplos, têm-se as equações (2) e (3), que são devidas a Grozier e Bucher conforme apresentadas por Bodnar et. Al., a equação (4) conforme Irvine e Pickering e a equação (5) devido a Bofors, apresentada por Theling(5). Nestas equações o aço é considerado na condição normalizado. SLE = 91,7 + 40,7(%Mn)+70,4(%Si)+1,5(%Perlita)+522(1/√d)

(2)

SLR = 223,2 + 56,7(%Mn)+102(%Si)+4,3(%Perlita)+373(1/√d)

(3)

SLE = 91,7 + 32,4(%Mn)+84,1(%Si)+84,1(%Cu)+13,7(%Mo) -31(%Cr)+4,345(%Nfree)1,5(%Perlita)+521,776(1/√d) SLR = 265+549(Cp) / Cp = f(%C, %Mn, %P, %Si, %Cr, %Ni)

(4) (5)

Onde d é o tamanho de grão em mícrons (µm) e %Perlita é a fração volumétrica percentual deste agregado cristalino, considerado mecanicamente como se fosse uma 2a fase. SLE e SLR são o limite de Escoamento e Resistência de engenharia, respectivamente, os demais valores representam a composição química dos aços. Os tratamentos térmicos bem como o trabalho mecânico empregado na produção do aço modificam em maior ou menor intensidade suas características estruturais (por exemplo: arranjo, dimensões e formato dos grãos). A composição química interfere diretamente nestas operações, pois além do efeito sobre a resistência do aço, os diversos elementos de liga que podem estar presentes no aço influenciam suas temperaturas de transformação. Bodnar et. al. apresentam, por exemplo, o efeito da composição química nas temperaturas de transformação em resfriamento, Ac1 e Ac3, através das seguintes equações (6) e (7): Ac3(°C) = 910 - 203√%C - 15,2%Ni + 44,7%Si + 104%V + 31,5%Mo + 13,1%W

(6)

Ac1(°C) = 723 – 10,7%Mn – 16,9%Ni + 29,1%Si + 16,9%Cr + 290%As + 6,4%W

(7)

Revista do Aço •

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Artigo

O correto processamento e beneficiamento do material leva a obter as combinações de composição química e estruturais mais favoráveis para uma determinada aplicação. Porém, nem sempre será possível relacionar todas as características mecânicas em um só aço, pois uma adição em excesso de certo elemento químico poderá afetar diretamente não só em uma propriedade, mas sim outras características ligadas ao desempenho e ao custo. A Tabela 1 ilustra, comparativamente, o custo na adição de alguns elementos de liga com base na efetividade de sua ação dentro dos aços, considerando-se como referência o custo da adição de 0,01%C no aço. Tabela 1. Custo relativo na adição mínima eficaz de determinados elementos de liga a um aço (base 0,01%C = custo unitário). Elemento

Custo relativo

C

1

Al

19

B

6

Ca

52

Cr

58

Cu

95

Mn

8

Mo

842

Nb

39

Ni

1125

P

4

Si

19

Ti

30

V

254 Fonte: MORAIS, W.A. Desenvolvimento de Produtos (Metalúrgicos). Curso ABM. 7o ENEMET. Guaraparí, Junho 2007(9).

Assim sendo, a relação entre o custo e o benefício faz como que os principais e mais empregados elementos de liga do aço, sejam os três descritos a seguir:

38

• Revista do Aço

Carbono (C) – é o elemento essencial que compõe a liga do aço. Conforme o seu teor aumenta consideravelmente, o limite de resistência e a dureza do aço se elevam enquanto a tenacidade e a soldabilidade diminuem. Manganês (Mn) – O Manganês aumenta a temperabilidade, a soldabilidade e o limite de resistência à tração, com diminuição insignificante da tenacidade. Em grandes quantidades e em presença de Carbono, cresce muito a resistência à abrasão. O Manganês causa um aumento de aproximadamente 100MPa no limite de resistência à tração para cada adição de 1% Silício (Si) – O Silício aumenta o limite de resistência à tração e o limite de escoamento dos aços, com pequena diminuição da tenacidade, Diminui também a condutividade térmica e a usinabilidade. Especialmente nos aços fundidos, o Silício aumenta a densidade. Haverá um aumento de 150MPa no limite de resistência à tração para cada 1% de Silício adicionado. Desta forma, os aços mais produzidos e empregados no mundo hoje, são aços carbono nos quais os principais elementos de liga são o Carbono, Manganês e Silício. Assim sendo, dados que permitam uma análise para seleção destes tipos mais comuns de aços ou mesmo uma metodologia para prever o seu desempenho serão de grande utilidade prática no trabalho de engenharia do dia a dia.

OBJETIVOS FINAIS Dentro do que foi apresentado, o objetivo deste trabalho é empregar normas conhecidas e bastante empregadas para criar uma planilha eletrônica que ofereça as principais propriedades mecânicas dos aços, com base na sua composição química. Para tal serão empregados conhecimentos básicos da relação estrutura-propriedades, disponíveis na literatura e apresentados em sala de aula, para analisar e interpretar as informações disponibilizadas nas normas citadas. Como resultado desta análise será criado um equacionamento que associe as composições químicas de aços-carbono comuns, somente com adições de C, Si e Mn com suas principais propriedades mecânicas.


Artigo

• cálculo das temperaturas de transformação do aço, Ac1 e Ac3, com base na composição química média dos aços estudados, desconsiderando-se elementos não tipicamente adicionáveis (isto é: V, Mo, W, Cr e As » 0%).

METODOLOGIA Empregaram-se como referência para as análises e cálculos efetuados as informações contidas em três normas técnicas internacionais, de conhecimento e uso bastante difundido, descritas a seguir:

DESENVOLVIMENTO

SAE J1397 “Estimated mechanical properties and machinability of steel bars”

Norma que apresenta um guia das características mecânicas de alguns graus de aço em barras em algumas condições, inclusive laminado a quente.

SAE J403 “Chemical compositions of SAE carbon steel”

Norma com as composições químicas dos aços é a norma mais conhecida do mundo.

DIN 50150 “Conversion of hardness values”

Utilizada para converter valores de dureza em escalas diferentes, também relaciona Limite de Resistência com dureza. Substituiu a DIN 50150.

Os dados destas normas foram analisados empregando-se um conjunto de equações para: • estimativa do Limite de Escoamento (SLE) e Limite de Resistência (SLR) de engenharia representadas por equações conhecidas da literatura, válidas para aços na situação normalizado.

Utilizaram-se os valores das composições químicas disponíveis na Norma SAE J403 para estimar as quantidades relativas de Perlita. Para isso emprega-se a regra da alavanca aplicada na respectiva região do diagrama ferro-carbono. O posicionamento das curvas do diagrama Fe-C foi corrigido pelas temperaturas obtidas pelas equações (6) e (7). Para viabilizar o uso das equações de determinação do limite de escoamento (SLE) e de resistência (SLR) é necessário conhecer o tamanho de grão do aço. Os valores do tamanho de grão dos aços tabelados na norma SAE J1397 podem ser determinados pela aplicação reversiva das equações (2) e (3) empregando-se os valores de composição química da norma SAE J403, o porcentual de perlita calculado e as propriedades mecânicas listadas na SAE J1397 para os aços na situação ‘laminado a quente’. A Tabela 2 apresenta alguns resultados deste cálculo. Os dois valores de tamanho de grão mostrados nesta tabela (dLE e dLR), foram obtidos das equações (2) e (3), respectivamente empregadas para o SLE e SLR. Para equacionar o tamanho de grão obtido regressivamente das equações (2) e (3) adotou-se correlacio-

Tabela 2. Exemplos de determinação do tamanho de grão (d, em mm). AÇO

%CMéd.

%MnMéd.

%SiMéd.

Ceq

CPerlita

%Perlita

SLE (MPa) SLR (MPa)

dLE (mm)

dLR (mm)

1010

0,105

0,45

0,25

0,243

0,712

11,7%

180

320

0,0476

0,0282

1020

0,21

0,45

0,25

0,343

0,769

23,8%

210

380

0,0244

0,0103

1045

0,47

0,75

0,25

0,653

0,864

51,3%

310

570

0,0070

0,0016

1060

0,60

0,75

0,25

0,788

0,900

64,2%

370

680

0,0049

0,0009

Revista do Aço •

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Artigo

nar os valores de dLE e dLR com o carbono equivalente (%Ceq), conforme uma forma alterada da equação de carbono equivalente originalmente oferecida pelo International Institute of Welding (IIW): %Ceq = %C + %Si/4 + %Mn/6 + (%Mo + %Cr + %V)/5 + (%Ni + %Cu)/15

(8)

A razão para adotar esta relação foi a experiência bem sucedida com este tipo de correlação em trabalhos anteriores. Esta escolha também foi validada pelos elevados valores do coeficiente de determinação (R2) obtidos após a análise dos dados (d x Ceq) por meio de uma equação exponencial do seguinte tipo: dLX = A×(%Ceq)B

(9)

Onde: dLX é o tamanho de grão obtido pela análise dos dados feito pela equação (2) LX=LE) ou equação (3) (LX=LR), %Ceq calculado conforme a equação (8) , A e B são os parâmetros da correlação. Uma vez equacionados os valores da quantidade de Perlita e do tamanho de grão em função da composição química, torna-se possível fazer a previsão das propriedades dos aços para qualquer combinação de composição química.

RESULTADOS O gráfico da Figura 2 ilustra a correlação entre os tamanhos de grão dLE e dLR em função do carbono equivalente calculado pela Equação (8). Neste caso, os valores dos coeficientes de determinação obtidos foram R2=0,96 para a relação entre dLE x SLE e R2=0,98 para a relação entre dLR x SLR.

Figura 2. Correlação entre o tamanho de grão e o carbono equivalente dos aços SAE, conforme descritos nas normas SAE J403(11) e SAE J1397(10).

A Figura 3 mostra os aspectos do cálculo, já na forma de uma planilha eletrônica, atualmente disponível na página do Instituto Nacional dos Distribuidores do Aço (INDA). Nesta planilha, podem ser digitados os valores de carbono, silício e manganês do aço e, após o cálculo do carbono equivalente, ponto eutetóide (C Perlita), %Perlita e tamanho de grão, são apresentados as propriedades de resistência do aço considerado. As faixas de validade do modelamento estão descritas nesta figura. DADOS DE ENTRADA

DADOS CALCULADOS

Faixas de validade

LEMín =

193

MPa

Along. Máx. (L0=50mm) =

27,0 %

MPa

Along. Méd. (L0=50mm) =

28,0%

Mín.

Máx.

LRMéd =

330

%C:

0,12

0,04

1,03

HBMéd =

95,1

%Si:

0,21

0,15

0,35

HVMéd =

100,0

%Mn:

0,35

0,25

1,65

HRbMéd =

56,2

Redução de Área Máx =

50,7 %

Redução de Área Mín =

51,7 %

Figura 3. Exemplo de estimativa das propriedades mecânicas de um aço a partir da sua composição química. Digita-se a composição química (%C, %Si e %Mn) e são calculados os valores do Limite de Escoamento (SLE), Limite de Resistência (SLR), Durezas, Alongamento e Redução de Área(4).

40

• Revista do Aço


Artigo

Uma das formas de se empregar este cálculo é através da criação de ábacos para consulta prática. Nestes ábacos pode-se facilmente consultar os valores esperados das propriedades mecânicas dos aços. A Figura 4 ilustra resultados obtidos para o Limite de Escoamento mínimo (SLE), a Figura 5 ilustra os valores para o Limite de Resistência médio (SLR), a Figura 6 ilustra os resultados para o Alongamento mínimo, para CP´s com L0=50mm e diâmetro de ½”, e a Figura 7 ilustra os valores de Redução de área média. Em todos os casos, considerou-se um teor de silício de 0,15%.

Figura 5. Exemplo de ábaco para determinação dos valores do limite de resistência (SLR) em aços abrangidos pelas normas SAE J403 e J1397

Figura 4. Exemplo de ábaco para determinação dos valores do limite de escoamento (SLE) em aços abrangidos pelas normas SAE J403 e J1397

Figura 6. Exemplo de ábaco para determinação dos valores do alongamento mínimo em aços abrangidos pelas normas SAE J403 e J1397

Revista do Aço •

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Artigo

Figura 7. Exemplo de ábaco para determinação dos valores de redução de área (RA) em aços abrangidos pelas normas SAE J403 e J1397

A validação do trabalho aqui apresentado foi verificada correlacionando-se os valores previstos pela planilha e os valores tabelados na norma SAE J1397. Os maiores valores do coeficiente de determinação (R2>0,90) indicam uma boa correlação dos dados obtidos pelo modelamento. A figura 8 ilustra os valores obtidos

O procedimento pode ser difundido como forma de substituir a tabela da norma SAE J1397. Importante salientar que os dados se restringem a barras de aço (formas não planas), já que a norma abrange este tipo de geometria. Além disso, o modelamento foi constituído, considerando-se a condição ‘laminado a quente’ como sendo próxima à normalização, que é relativamente válida, se o material não tiver sofrido um processo de resfriamento brusco.

(*)Túlio Braz Comitre é Perito de Engenharia, Gerência de Serviços e Oficinas. Usiminas-Cubatão. Aluno de graduação em Engenharia Mecânica – UNISANTA. E-mail: tuliocomitre@hotmail.com Rodrigo Bueno é Estágiário da Usiminas-Cubatão. Aluno de graduação em Engenharia Mecânica – UNISANTA. E-mail: rodrigo.bueno@usiminas.com Rafael Ferandes Bley é Técnico em Manutenção da EMAC. Aluno de graduação em Engenharia Mecânica – UNISANTA. E-mail: eduardo.spagnuolo7@gmail.com Aline Augusto Escobar é Instrumentista LM Sistema de Automação Industrial - Estudante de Engenharia Industrial Mecânica – UNISANTA. E-mail: aline.augusto. escobar@gmail.com

Figura 8. Validação dos valores previstos para o Limite de Escoamento Mínimo modelado neste trabalho com os listados pela norma SAE J1397

CONSIDERAÇÕES Com base nas análises feitas e nas regressões obtidas, é possível concluir que: Composição química e o tipo de estrutura, representada pelo tamanho de grão e fração volumétrica de perlita, podem ser utilizados para analisar o seu desempenho mecânico. É possível, a partir de uma análise rápida, criar uma planilha compatível com a norma SAE J1397 para aços carbono-manganês.

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• Revista do Aço

Fabiano da Costa Nascimento é Estudante de Engenharia Industrial Mecânica – UNISANTA. E-mail: fabiano_ costa007@yahoo.com.br. Maysa Batista Alves é Estudante de Engenharia Industrial Mecânica – UNISANTA. E-mail: alves.mayza@yahoo. com.br. Djanira dos Santos oliveira Técnica de Planejamento AJS Engenharia - Estudante de Engenharia Industrial Mecânica – UNISANTA. E-mail: djur12@ig.com.br. Willy Ank de Morais é Doutorando, MSc., Engo Metalurgista, Téc. em Metalurgia. Especialista em Produto da Usiminas-Cubatão, Prof. Faculdade de Engenharia da UNISANTA, Consultor Técnico da Inspebras e Diretor da divisão técnica “Aplicações de Materiais” da ABM. E-mail: willyank@unisanta.br; willy.morais@usiminas.com e willyank@inspebras.com.


mercado

Locação de máquinas para construção cresce e exige cuidados na gestão Resultado é reflexo da expansão que o segmento teve nos últimos anos Por Redação – redação@revistadoaco.com.br Imagens: divulgação

O

mercado nacional de locação de máquinas e equipamentos para construção passa por algumas mudanças e tem uma significativa evolução. Atualmente as grandes empresas do segmento procuram ter foco não apenas na compra das máquinas, mas também aprimoram a gestão fiscal e legal do negócio, cuidam de maneira mais pormenorizada da formação e motivação de suas equipes e também têm redobrado a atenção com a logística. Estimativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), mostra que do total de equipamentos de linha amarela vendidos no Brasil, hoje 30% são destinados ao mercado de locação. Atualmente, o segmento movimenta um volume de R$ 3,5 bilhões por ano. No caso das empresas que atuam com locação de equipamentos de menor porte e ferramentas, a expansão dos negócios foi tão expressiva

que atraiu diversos empreendedores para o ramo. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Empresas Locadoras de Bens Móveis para Construção Civil (ALEC), o número de empresas locadoras catalogadas pela entidade passou de 1.850, em 2008, para 2.400 filiadas em 2010. Outro dado que confirma a forte expansão desse segmento é o total de funcionário que mais que dobrou nesse período: passou de 20 mil para 42 mil. Contribui ainda para o bom momento vivido pelo segmento, a construção ou reforma dos estádios de futebol que serão utilizados durante a Copa de 2014. Dois movimentos distintos marcam atualmente o mercado de locação de máquinas e equipamentos para construção no País. Ele vive algumas mudanças e uma significativa evolução. Entre as mudanças inclui um sólido processo de interiorização das locadoras, motivado por uma série de obras de infraestrutura espalhadas por várias regiões do País. Já a evolução envolve uma maior preocupação com a gestão dos vários aspectos das organizações. Hoje em dia, as grandes empresas do segmento procuram ter foco não apenas na compra das máquinas, mas também

aprimoram a gestão fiscal e legal do negócio, cuidam de maneira mais pormenorizada da formação e motivação de suas equipes e também têm redobrado a atenção com a logística.

Perspectivas A maior preocupação com a gestão eficiente dos negócios e a especial atenção em relação a aspectos legais, fiscais e documentais estão cada vez mais presentes na rotina das locadoras. Isso é reflexo e exigência do período de forte expansão que o segmento teve nos últimos anos. Segundo estimativa da Associação Brasileira de Tecnologia para Equipamentos e Manutenção (Sobratema), do total de equipamentos de linha amarela vendidos no Brasil, 30% se destinam hoje ao mercado de locação. Há dez anos, esse mercado representava apenas 15% da produção brasileira de má-

Eurimilson Daniel, vice-presidente da Sobratema

Revista do Aço •

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โ ข Revista do Aรงo


Mercado

quinas. E a tendência é de aumento dessa participação, apesar de uma momentânea desaceleração ocorrida no primeiro semestre. Atualmente, o segmento movimenta um volume de R$ 3,5 bilhões por ano. No caso das empresas que atuam com locação de equipamentos de menor porte e ferramentas a expansão dos negócios foi tão expressiva que atraiu diversos empreendedores para o ramo. Segundo estimativas da Associação Brasileira de Empresas Locadoras de Bens Móveis para Construção Civil (ALEC), o número de empresas locadoras catalogadas pela entidade passou de 1.850, em 2008, para 2.400 filiadas em 2010. Outro dado que confirma a forte expansão desse segmento é o total de funcionário que mais que dobrou nesse período, saltando de 20 mil para 42 mil. Em termos de mercados regionais que mais crescem, diversos empresários que atuam na área destacam que os negócios no Norte e Nordeste são os que apresentam as melhores perspectivas de crescimento, alavancados por grandes projetos de infraestrutura previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), principalmente aqueles relacionados a rodovias, ferrovias, barragens e refinarias de petróleo. Contribui ainda para o bom momento vivido pelo segmento, a construção ou reforma dos estádios de futebol que serão utilizados durante a Copa de 2014.

Construction Expo 2013 Por sua importância no segmento da construção, a área de locação será um dos destaques da Construction

Expo 2013 – 2ª Feira Internacional de Edificações e Obras de Infraestrutura, a ser realizada de 5 a 8 de junho do próximo ano, no Centro de Exposições Imigrantes/SP, e do Sobratema Congresso – Edificações e Obras de Infraestrutura, que ocorre simultaneamente à exposição. A exposição, que está integrando toda a cadeia do setor e unindo as principais construtoras e entidades do País, mostrará uma diversidade de materiais, equipamentos, produtos e serviços diferenciados que as empresas de locação oferecem ao mercado de edificações e obras de infraestrutura, sendo uma ótima oportunidade para o visitante conhecer a magnitude desse segmento. A Construction Expo 2013 também apresentará novidades de métodos construtivos, fornecedores de serviços e fabricantes de produtos, matérias-primas, insumos para construção de edifícios residenciais, comerciais, industriais, shopping centers e hospitais e para a execução de obras em rodovias, ferrovias, metrôs, pontes, acessos, terminais de cargas e estaleiros, hidrelétricas, termoelétricas, eólicas, oleodutos e gasodutos, estruturas metálicas, saneamento, entre outros. Já o Congresso debaterá temas atuais e relevantes para superar os desafios enfrentados pelas companhias de rental nos últimos tempos, sendo um palco de difusão de informações e troca de experiências entre profissionais, representantes e empresas desse segmento. Informações: www.constructionexpo.com.br www.sobratema.org.br Revista do Aço •

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estrutura

Projeto para construção metálica segura Antônio Cleber Gonçalves Tibiriçá, Guilherme Sensato e Roberta Carvalho Machado

N

o Brasil, o crescimento no ritmo das construções tem causado uma elevação na quantidade de acidentes. Segundo dados da Previdência Social, em 2009 foram aproximadamente 19 mil acidentes no item Construção de Edifício da Classificação Nacional de Atividade Econômica, um número 40% maior que o registrado em 2007. Essas estatísticas levaram o setor a ocupar a quinta colocação no ranking de setores com maior número de registro de acidentes do trabalho. Mesmo com o advento da norma regulamentadora NR18- Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção em 1992, e suas constantes atualizações, os

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• Revista do Aço

canteiros de obra frequentemente carecem de ações preventivas relacionadas à saúde e segurança do trabalho (SST). A construção civil nacional possui características singulares que podem dificultar a aplicabilidade de técnicas de gerenciamento de riscos, pois há uma predominância do uso de concreto armado e alvenaria, com um grau de precisão do trabalho em geral muito menor do que em outras indústrias, o que torna a atividade mais passível de erros e improvisações. Na medida em que o setor se moderniza, com frequência cada vez maior são incorporadas ao cenário brasileiro construções que empregam estruturas metálicas, que

possuem vantagens como: menor prazo de execução, alto grau de precisão, vida útil longa, possibilidade de desmontagem e reciclagem ou reaproveitamento etc. Alia-se a essas vantagens o aumento na oferta de produtos complementares pré-fabricados compatíveis com esse sistema, contribuindo para fortalecer e consolidar a industrialização das construções. A introdução de novas tecnologias no processo de edificação, apesar de retirar do canteiro uma série de atividades lentas e improvisadas, pode elevar o potencial de riscos de acidentes se medidas adequadas de SST não forem adotadas. Em uma edificação, as fases de instalação da


Estrutura

estrutura metálica abrangem atividades específicas, que implicam o surgimento de riscos peculiares, muitas vezes não conhecidos pelos responsáveis pela construção e pelos trabalhadores. Por apresentar riscos peculiares, muitas vezes não é possível a simples adaptação das medidas normalmente adotadas durante a execução de obras estruturadas em concreto armado. Ao tratar de edificações em estrutura metálica, a NR18 inclui apenas algumas exigências específicas, sem considerações suficientes para garantir a segurança e a saúde do trabalhador no canteiro de obras. A norma apresenta lacunas, principalmente em relação à necessidade de previsão das medidas de segurança ainda na etapa de projeto, pois o nível de precisão da montagem é milimétrico e o material, por sua própria constituição e dureza, não admite improvisos. De acordo com a British Constructional Steelwork Association, os acidentes mais graves que ocorrem durante a montagem de estruturas são geralmente causados por quedas de altura, a partir de posições de trabalho ou durante o acesso a elas. Outros acidentes ocorrem devido à instabilidade estrutural durante o içamento e durante o manuseio e transporte de materiais.

Por isso, a determinação do ponto de equilíbrio do sólido, o centro de gravidade (CG), é de suma importância para o sucesso do levantamento de cargas. O cálculo do CG geralmente não é realizado no canteiro. Por isso recomenda-se a identificação do pesos e ou do CG em peças grandes ou de forma irregular6 e a indicação dos pontos de içamento nas próprias peças, de acordo com o equipamento e a quantidade de cabos a serem utilizados na operação.

Plano de montagem e rigging A sequência de montagem deve seguir certas premissas para assegurar a estabilidade da estrutura e evitar seu colapso progressivo e erros de montagem. Outro fator a ser considerado na ordem de ligação das peças é a possível obstrução de acessos para monta-

Medidas de segurança Alguns países já adotam o conceito design for construction safety (DfCS) - projeto para construção segura -, quando se incorpora aspectos de SST na etapa de projeto. A indústria da construção em aço nesses países parece estar entrando em uma nova era em que a SST é adicionada como um dos principais critérios do projeto. De uma atenta análise das práticas de SST incorporadas no projeto de estruturas metálicas, a seguir apresentam-se algumas orientações.

Pontos de içamento Todo içamento deve ser o mais estável possível, evitando-se choques e movimentos bruscos, lateralmente e verticalmente. Revista do Aço •

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Estrutura

riscos associados ao acesso temporário; entretanto, nem sempre é possível alcançar os pontos necessários por meio de escadas. Para evitar restrições de acesso, sistemas de acessos temporários, como andaimes, podem ser instalados no limite da estrutura do edifício. O acesso seguro pode ser conseguido a partir de pisos metálicos ou pranchas pré-moldadas instaladas no andar inferior ou a partir de plataformas modulares desmontáveis, desde que previstos no projeto os meios para a sua instalação.

Proteção contra quedas

gens seguintes. Diferentemente do diagrama de montagens, que objetiva mostrar a localização das peças na estrutura, o plano de montagem deve conter os seguintes pontos: núcleo de contraventamento a ser montado primeiro (caso não seja possível, criar estruturas provisórias de contraventamento na primeira parte da estrutura a ser montada); sequência de montagem a partir do núcleo inicial; dimensionamento, posicionamento e tipo das estruturas provisórias de estabilização, se existirem, e plano de rigging. O plano de rigging é elaborado na forma de procedimentos e representações gráficas com o intuito de garantir a segurança da operação por meio do detalhamento da movimentação vertical das peças, desde o local da armazenagem até a sua posição final na estrutura. A NR18 não faz referências ao plano de montagem, nem ao plano de rigging, prevendo somente um documento denominado “plano de cargas para gruas”, que, pela nomenclatura, dá indícios de que é específico para gruas e não há recomendações quanto ao uso de outros equipamentos.

Um dos riscos mais críticos na construção em estruturas metálicas é o de queda que ocorre durante a realização de trabalho em altura, acima de dois metros do nível inferior. Os sistemas de proteção contra quedas podem ser: a) sistema de prevenção de quedas, que impede o trabalhador de ficar numa posição de onde poderia cair; b) sistema de retenção ou contenção, que restringe a pessoa de atingir os locais onde uma queda possa vir a ocorrer; c) sistema de limitação de queda, que consiste em dispositivos que limitam a extensão da queda, de modo que a pessoa permaneça presa. São exemplos de sistemas de prevenção de quedas: guarda-corpos; barreiras; sistemas de proteção de pe-

Segurança nas posições de trabalho A instalação dos sistemas de escada permanente ou temporária, logo que possível, ajuda a eliminar alguns

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• Revista do Aço

Ponto de ancoragem para fixação de cinto de segurança.


Estrutura

riferia, previstos na NR18, geralmente constituídos de guarda-corpo, rodapé e vãos preenchidos com tela. Devem-se disponibilizar pontos para a fixação desse sistema de prevenção e, sempre que possível, instalar a proteção na estrutura de aço ainda ao nível do solo (vide figura 1), reduzindo o risco de trabalhos em altura para a instalação do sistema. Mesmo que a sequência de trabalho limite a instalação completa de tais itens ainda no solo, a disponibilização de pontos de fixação adequados facilita e torna mais ágil a instalação em altura. É importante também o projeto de guarda-corpo de periferia e plataformas de proteção em perfis tubulares de aço, com dimensões ajustáveis, de forma a permitir o reaproveitamento em diversas obras. Os sistemas de retenção consistem em pontos de ancoragem ou cabos-guia onde são fixadas as ligações dos cintos de segurança tipo abdominal, utilizado como limitador de movimentação. É recomendável a previsão, ainda na fase de projeto, de pontos de ancoragem estratégicos nas lajes inferiores (vide figura 2) ou superiores, ou em pilares. Cabos de aço passando por orifícios ou ganchos previamente executados nos pilares também podem ser utilizados como cabos-guia para a fixação de cintos de segurança. A capacidade dos orifícios e ganchos de servirem como dispositivos de fixação do cinto ou de cabos-guia será determinada conforme: seu diâmetro; distância da borda; a adequação às exigências da argola, do cabo-guia ou dos demais conectores. Os sistemas de limitação de queda consistem em: redes de segurança e cabos-guia ou pontos de ancoragem aos quais se conecte o cinto de segurança tipo paraquedistas. Esse sistema deve ser armado nos casos em que as barreiras fixas e os dispositivos de retenção

não puderem ser instalados. Podem-se prever orifícios e pontos de ancoragem, dimensionados para suportar impactos de queda, para a instalação de cabos-guia ou para a fixação direta dos cintos de segurança. Onde possível, o ponto de ancoragem deve ser colocado acima do trabalhador para minimizar a distância de queda. Espaço suficiente abaixo do trabalhador deve ser garantido de forma que a corda que limita o comprimento da queda não seja maior que a distância a qualquer obstáculo. A NR35 aborda esses dois últimos itens de forma semelhante. Assim sendo, para a instalação desses sistemas devem-se prever: a) orifícios ou outros elementos estruturais nas colunas; b) placas ou outros acessórios que per-

Revista do Aço •

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Estrutura

mitam soldagem ou parafusagem; c) orifícios em vigas; d) pontos de ancoragem nas lajes, pilares e vigas. Esses elementos estruturais também podem ser úteis na fixação de dispositivos de içamento.

cialmente parafusadas, não só pelas necessidades inerentes à soldagem (disponibilidade de energia elétrica, soldadores qualificados etc.), como também para se evitar os riscos associados ao processo.

União de peças em altura

Acessibilidade e menores riscos

A montagem prévia de subconjuntos de peças ainda no térreo é, na maioria das vezes, o método mais adequado e seguro de construção. Os montadores devem reduzir a necessidade de trabalho em altura e montar o máximo de estruturas de aço possível ao nível do solo, ou a partir de lajes de piso construídas.

Ligações soldadas ou parafusadas em campo Sempre que possível, deve-se prever soldagem de fábrica e ligações parafusadas em campo para evitar situações perigosas ou incômodas para o trabalhador. As ligações em campo devem ser preferen-

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• Revista do Aço

Sempre que possível, devem-se evitar superfícies ásperas, cantos vivos, quinas em ângulos agudos, rebarbas ou outras saliências em peças, para não causar acidentes quando em contato com os trabalhadores. O detalhamento deve considerar a facilidade de execução das ligações. Ter familiaridade com as dimensões das ferramentas necessárias para realizar ligações em campo pode ajudar os projetistas a especificar conexões mais acessíveis e práticas, e evitar riscos ergonômicos e de acidentes na montagem. São exemplos de aspectos de projeto que podem influenciar e reduzir os riscos: disponibilizar espaço sufi-

ciente para acesso das mãos e ferramentas nos locais de ligação; evitar ou esconder cantos vivos próximos ao local das ligações; evitar conexões ou outros obstáculos em cima de vigas. A etapa de projeto é o momento oportuno e importante para influenciar a segurança e prevenir os riscos inerentes às atividades de montagem de estruturas metálicas. O projeto DfCS, além de auxiliar na facilidade de construção, pode aumentar a produtividade e resultar em economia, pois os empreendimentos muitas vezes são concluídos mais rapidamente por redução ou eliminação de atrasos relacionados à segurança. Não se pretende sugerir que os projetistas sejam parcialmente responsáveis pelas medidas de SST em canteiros de obras, mas incentivá-los a incorporarem aspectos de SST na concepção das construções, utilizando a compreensão dos princípios estruturais de engenharia para tornar mais práticas e eficientes a instalação dos sistemas de proteção e a adoção das medidas de segurança. (*)Antônio Cleber Gonçalves Tibiriçá é do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo – Universidade Federal de Viçosa (UFV) (tibiriça@ufv.br), Guilherme Sensato é da Petrobras (gsensato@yahoo.com.br) e Roberta Carvalho Machado é integrante do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil – Construção Metálica, Escola de Minas –Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) (robertaarquiteta@yahoo.com.br)


Revista do Aรงo โ ข

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Construmetal recebeu 2.500 visitantes

Público atento durante uma das várias palestras que aconteceu durante os três dias de feira

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construmetal

Feira reúne especialistas da área de construção em SP Tecnologia e sustentabilidade foram destaque no encontro organizado pela A ssociação B rasileira da C onstrução M etálica Por redação

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o todo foram mais de 10 palestras. A de abertura com o economista Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda. A feira também teve o congresso que reuniu renomados palestrantes nacionais e internacionais que falaram sobre novas tecnologias utilizadas pelo setor, tendências de mercado e sustentabilidade.

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• Revista do Aço

Na abertura do evento, o engenheiro Luiz Carlos Caggiano Santos, presidente da Associação Brasileira da Construção Metálica (Abcem) destacou as perspectivas e dificuldades do setor, que contribuem para a redução da participação das empresas nacionais em empreendimentos de grande porte notada-

Ex-ministro fala durante Construmetal


Construmetal

mente pela infraestrutura do País e a alta carga tributária. Autoridades como Marcos Penido, secretário adjunto da Habitação, representando o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin; Marcos Otávio Bezerra Prates, diretor adjunto do Ministério do Desenvol-

Luiz Carlos Caggiano discursa na abertura da Construmetal

vimento Indústria e Comércio Exterior, no ato representando o ministro Fernando Pimentel também participaram da abertura da Construmetal 2012. Também participaram Cátia Mac Cord, diretora do Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) e do empresário Soriédem Rodrigues, diretor adjunto da Indústria e Construção da Federação das Indústrias do Estado de são Paulo (Fiesp), representando Paulo Skaf, presidente da entidade. Durante a feira realizou-se a entrega do prêmio Abcem. Premiação dividida em três categorias que tem como objetivo reconhecer e valorizar

Cátia Mac Cord representou o CBCA na abertura

o trabalho de profissionais e empresas, dentre eles. Na categoria Edificações o vencedor foi a JBMC Arquitetura & Urbanismo pela obra Complexo Elevador Rubem Braga no Rio de Janeiro. O escritório também levou o prêmio na categoria Obras Especiais pelo projeto da estação carioca de metrô e passarela Cidade Nova. Em obras de Pequeno Porte o contemplado foi o FGMF Arquitetos pelo projeto do escritório BPGM Advogados de São Paulo. Os demais arquitetos cujos projetos se enquadraram no regulamento receberam certificados de participação. Os projetos foram julgados, considerando critérios como arquitetura e coerência estrutural, criatividade e inventividade, solução técnica e valorização da utilização do aço na obra. A comissão julgadora foi composta por renomados profissionais indicados pelas principais associações de classe das áreas de construção civil, engenharia, arquitetura e do setor. O destaque da manhã do primeiro dia do Congresso Latino-Americano da Construção Metálica foi a palestra de abertura com o economista Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda, que abordou as perspectivas da economia brasileira e destacou os reflexos da crise europeia sobre a nossa economia, com consequências para a redução do nosso crescimento. O engenheiro Jack Antoni Camelq, da Fundação Roberto Marinho, falou sobre o “Museu do

Amanhã”; o engenheiro Cláudio L. Pires da Lanik abordou “Sistemas de coberturas para grandes vãos”, e o palestrante Rodrigo Falco da LLX falou sobre o projeto do superporto de Açu. No lado internacional, o engenheiro italiano Mário de Miranda, especialista na área “Pontes em aço”, já o professor e engenheiro espanhol Hugo Corres Peiretti falou sobre “Estruturas mistas e híbridas”. O arquiteto e professor espanhol Josep Miàs abordou as diferentes geometrias de aço. O engenheiro alemão Knut Stockhusen, especialista na área, falou sobre “Estruturas mistas e híbridas”. O evento, que aconteceu no mês de agosto em São Paulo, também contou com a palestra sobre edifícios corporativos em aço com o engenheiro Carlos Valério Amorim. Outro destaque foi a palestra sobre sustentabilidade em projetos de arquitetura com a Andrade Morettin Arquitetos e a FGMF Arquitetos, mediada pela arquiteta Silvia Scalzo da Arcelor Mital. Paralela às apresentações houve uma mostra de bens, produtos e serviços com 42 empresas de grande, médio e pequeno porte de diversas localidades do Brasil e, também, de outros países. Durante o Congresso também aconteceu o curso “Projeto Passo a Passo de Edifício Industrial em Estrutura de Aço”, ministrado pelo Professor, Zacarias Martin Chamberlain Pravia da Universidade Federal de Passo Fundo com a participação de 85 arquitetos e engenheiros. Revista do Aço •

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Fenasan

Evento reúne fornecedores da Sabesp foram apresentadas metodologias para um saneamento de qualidade , sem impacto ambiental Por redação

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imagens: divulgação

23º Encontro Técnico AESabesp - Fenasan 2012, o maior evento em saneamento ambiental da América Latina, teve a apresentação de trabalhos técnicos, quatro mesas redondas além do curso “Estratégias para o enfrentamento das mudanças climáticas na questão dos recursos hídricos”, apresentado pelos especialistas Filipe Duarte Santos FCUL/SIM-CCIAM (Portugal); Humberto Ribeiro da Rocha IAG/USP; Rita Jacinto FCUL/SIM -CCIAM (Portugal) e Vanessa Hasson de Oliveira, da PUC-SP/AESabesp. As mesas redondas do segundo dia da feira tiveram como foco principal a apresentação de metodologias adotadas para proporcionar saneamento de qualidade às regiões carentes, com o mínimo possível de impacto ambiental e exposição de risco aos seus moradores. Com o foco na redução dos riscos de doenças ocasionadas pela má qualidade da água, a mesa redonda “Situação de riscos à saúde, agravos e eventos ambientais – a necessária conversa com o Plano de Segurança da Água” contou com a presença dos palestrantes técnicos da Sabesp, Wady R. Bon e André Gois , além da convidada Roseane Maria Garcia Lopes de Souza, do Centro de Vigilância Epidemiológica. As discussões giraram em torno da importância de usar os critérios e padrões de qualidade estabelecidos pelo Plano de Segurança da Água (PSA) para que o produto final, fornecido à população, seja de qualidade conforme a determinação da Organização Mundial de Saúde (OMS). O desafio de se estabelecer um bom canal de comunicação entre as equipes, para manter a qualidade do atendimento, também foi tema de mesa redonda:

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• Revista do Aço

“Gestão de empreendimentos - a qualidade do produto final X termos de referência” que contou com as presenças dos palestrantes técnicos da Sabesp, José Jairo Varioli e Arisnandes Antonio da Silva, e com a participação do presidente da Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente (APECS) Luiz Roberto Gravina Pladevall. As discussões destacaram a importância de se redigir Termos de Referência claros e específicos, para que as empresas contratadas possam compreender e atender as necessidades da demanda sem que haja interpretações equivocadas.

Fenasan teve grande visitação

Encontro Em realização simultânea ao congresso, foi promovido, pela Sabesp, o IV Encontro de Fornecedores, com vários representantes das empresas do setor. O evento contou com a presença de toda a diretoria da Sabesp e a abertura foi feita pela diretora-presidente da empresa, Dilma Pena, que destacou a importância dos parceiros presentes no aprimoramento dos processos de aquisição da Sabesp, bem como a busca da universalização dos serviços de saneamento, com sustentabilidade. No seu pronunciamento, foi reforçado o trabalho socioambiental da empresa: “esperamos dos nossos fornecedores um compromisso ambiental ampliado e uma atenção com os trabalhadores, pois essas atitudes e comportamentos geram valor para a empresa e aumentam sua credibilidade perante o mercado”.


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