Contato, edição para maio de 2017: Estado de ânimo

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MUDE SUA VIDA.

A PAZ DE DEUS Pode ser sua!

Para estressados 7 soluções da Bíblia

Surfando a onda A mágica do louvor

MUDE O MUNDO.


Volume 18, Número 5

C O N TATO P E S S OA L A mais importante decisão Um representante de uma indústria de calçados foi enviado a uma região remota no continente africano. Não demorou, enviou uma mensagem para a sede: “Não faz sentido vender sapatos nesta parte do mundo! Ninguém usa sapatos por aqui!” A empresa trouxe de volta o vendedor e enviou outro que, pouco após chegar à África, passou a enviar um pedido após o outro e justificou: “Todo mundo nesta parte do mundo precisa de sapatos!”. Os dois representantes encontraram a mesma situação, mas suas perspectivas ou atitudes geraram resultados diferentes. Essa história pode ser apócrifa, mas serve como excelente introdução para esta edição da Contato. Em períodos de pressões na vida pessoal ou profissional, é difícil manter uma atitude positiva todo o tempo. De um modo geral, consideramonos pessoas positivas, mas será que as pessoas que nos são mais próximas concordam com essa avaliação? A Bíblia ensina que essa atitude não é um dom com o qual nascemos. Uma atitude saudável e positiva deve ser cultivada e desenvolvida dentro de cada um. Não pode ser comprada, não dá para ser fabricada e não depende das influências externas vindas de amigos, familiares, professores, líderes, colegas ou a mídia. Começa com uma decisão, a qual a Palavra de Deus nos convida a fazer: “Tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas.”1 A cada dia, devemos escolher manter uma atitude de fé, alegria e compaixão.

Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos. Para obter informações sobre a Contato e outros produtos criados para a sua inspiração, visite nossa página na internet ou contate um dos distribuidores abaixo.

www.activated.org/br www.contato.org revista@contato.org Editor

Samuel Keating

Produção

Samuel Keating

Design

Gentian Suçi

© 2017 Activated. Todos os direitos reservados.

Mário Sant’Ana Editor

Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e Tiago Sant'Ana. A menos que esteja indicado o contrário, todas as referências às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia Sagrada” — Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição Contemporânea,

1. Filipenses 4:8 NVI 2

Copyright © 1990, por Editora Vida.


MEMÓRIAS DA ILHA

Não podemos mudar o passado. Não podemos mudar o fato de que as pessoas agem de uma certa maneira. Não podemos mudar o inevitável. Resta-nos apenas trabalhar com o único recurso que temos: a nossa atitude. — Charles R. Swindoll (n. 1934)

Por Sally García

Há 30 anos, demos as boasvindas à nossa filha ao mundo. Na época, vivíamos no alto de uma montanha de onde se avistava um vale viçoso em uma linda ilha caribenha. Gabriel, meu marido, tinha o emprego que pedira a Deus, trabalhando com músicos na produção de um programa de rádio. A temperatura no vale era desconfortavelmente elevada, mas como vivíamos em um ponto elevado, havia uma brisa constante que tornava o clima idílico. É triste dizer, mas não me sentia feliz boa parte do tempo naquele lugar. Acho que até no paraíso é possível encontrar hera venenosa. Por isso, nos últimos anos, sempre que pensava no tempo que passei naquele pedaço de céu tropical, sentia um gosto amargo na boca. Minhas memórias vinham sobre uma sombra de tristeza.

Recentemente, encontramos um dos músicos participantes do programa de rádio. “Aqueles foram os melhores anos da minha vida!” — comentou. Conforme compartilhamos histórias e memórias, fiquei surpresa por ver que ele tinha uma perspectiva totalmente diferente da minha. E naquele momento decidi que queria as lembranças dele e não mais as minhas. A sombra da qual falei que obscurecia minhas memórias era formada por detalhes minúsculos, trivialidades e coisas do passado sem nenhuma consequência presente. Contudo, essa nuvem encobria todos os aspectos maravilhosos daquele tempo. Naquele dia, resolvi largar de mão minhas queixas para me concentrar nas incríveis experiências que tornaram nosso tempo na ilha tão especial.

Essa experiência me ensinou que — como na escola — lembramo-nos melhor daquilo que rememoramos com mais frequência. Eu não havia percebido que eu podia tomar uma decisão tão definida para abrir mão de meus pensamentos negativos. Eles não tinham de ter rédeas soltas em minha mente. Quando conto minhas muitas bênçãos e penso em tudo de bom que vivenciei naquele lugar, as memórias desagradáveis empalidecem. No fim, vejo que eram nada mais que parte da vida. Talvez você se pergunte o que tanto me incomodava da minha experiência na ilha. Para ser sincera, nem me lembro mais! Sally García é educadora, missionária e membro da Família Internacional no Chile. ■ 3


Alegria, satisfação e felicidade Todos temos muitas oportunidades e recursos para progredir na fé, nos relacionamentos, no trabalho, na vida interior e muito mais. Obviamente, nessas áreas, como em qualquer outra, o progresso requer determinação, disciplina, esforço, sacrifício e trabalho árduo, mas os resultados valem bem a pena. Acredito que a alegria, a satisfação e a felicidade são intrínsecas a uma forte ligação com Deus. Não significa pensar só em Deus, rezar de joelhos em vigília todo o tempo ou ser tão “celestial” que não tem nenhuma utilidade terrena. Temos responsabilidades atribuídas por Deus. Temos a obrigação de cuidar de nós mesmos, de nossa família, dos que nos são próximos, de cumprir com os deveres relacionados ao nosso trabalho ou vocação. E tudo isso envolve uma miríade de detalhes aos quais devemos atender cada dia. Para manter laços fortes com Deus, é preciso viver um relacionamento com Ele, incluí-lO nos detalhes diários de nossas vidas, nas nossas responsabilidades, na nossa família, nas interações com nossos amigos e colegas de trabalho. É preciso Lhe permitir ser parte de nossas vidas e interagir conosco.

1. Mateus 6:10 4

Por Peter Amsterdam, adaptação

É nessa relação interativa com Deus que encontramos alegria, satisfação e felicidade. Quando intencionalmente procuramos viver em parceria com Ele, podemos ser usados na realização do Seu propósito e isso nos coloca na trajetória de Suas bênçãos. Infelizmente, muitas vezes selecionamos a opção “piloto automático” em nosso relacionamento com o Senhor e O mantemos em segundo plano. Ele se mantém disponível e sempre que sentimos a necessidade dEle, pedimos Sua ajuda ou orientação, mas não é essa a relação que Ele quer ter em nossas vidas. Deus não é o nosso “quebra-galho cósmico” a quem chamamos sempre que precisamos dar um jeito em alguma besteira que fizemos ou realizar nossos desejos. Ele quer — e merece — ter uma participação ativa em nossas vidas e quanto mais forte ela for, melhor para nós. Um componente-chave nessa relação é estarmos disponíveis, ou seja, sensíveis para saber quando Ele quer se comunicar conosco e prontos para Lhe escutar. Além disso, devemos estar dispostos a ser agentes do Seu propósito na vida dos outros, um meio pelo qual Ele possa comunicar com aqueles que ainda não têm um relacionamento com Ele.


Essa disponibilidade não é espontânea, mas resulta da decisão consciente de nos mantermos sintonizados com Deus, de lhe darmos oportunidade de se comunicar conosco. Isso demanda tempo, a busca de um lugar calmo e um esforço para nos aquietarmos interiormente, para estarmos receptivos ao que Ele nos quer dizer. Colocamo-nos espiritualmente disponíveis para ouvir o que Ele quiser nos dizer ou nos mostrar, mas também, em termos práticos, permitimos que Seu espírito nos use como Seus representantes para os outros. É pelas nossas vidas, nosso amor, nossos exemplos, nossas palavras e nosso testemunho que os outros podem conhecê-lO e entrar na órbita do Seu amor. Nossa disponibilidade espiritual e prática é nossa declaração ao Senhor da nossa parceria plena com Ele, de que queremos envolvê-lO em tudo o que fazemos. É um convite aberto para o Espírito Santo não apenas habitar em nós, mas participar ativamente em nossos pensamentos e ações. Claro que tal convite tem consequências. Ao se conectar com aqueles que assim escolheram, o Espírito de

Deus passa a trabalhar em suas vidas, o que faz com que as coisas aconteçam e surjam oportunidades. Quando nos colocamos de verdade à Sua disposição, seguimos Sua orientação e Ele nos guia conforme Seu propósito para, com nossos dons e talentos, abençoar os outros — sejam membros de nossas famílias ou absolutos estranhos. Essa receptividade e a aceitação de Sua orientação nem sempre produzem os resultados que desejamos, mas nos colocam no caminho para a realização do Seu propósito. Tornarmo-nos disponíveis para o Senhor é uma manifestação do Reino de Deus em nossas vidas. É a aplicação do que Jesus expressou quando ensinou a orar: “Venha o Teu reino, seja feita a Tua vontade, assim na Terra como no Céu.”1 Essa disponibilidade nos coloca em harmonia com a vontade de Deus, com Seu reino e Seu Espírito. É nessa harmonia que encontramos satisfação, bem-estar e contentamento. Peter Amsterdam e sua esposa, Maria Fontaine, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. ■

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A vida cheia de alegria Por Mila Nataliya A. Govorukha

O desânimo era opressor e crescia a cada minuto, ao mesmo tempo em que as oportunidades expiravam e os problemas se acumulavam. Ensinar não é fácil, especialmente no início e no fim do ano letivo. Uma de suas turmas favoritas não foi bem nos exames finais e ela se perguntava se seria culpada. Ela era remunerada por aula dada, e por causa do recesso de duas semanas, só receberia naquele mês metade do seu salário habitual. Então um aluno que tinha aulas particulares com ela ligou para dizer que não continuaria com as aulas. Ela concluiu que aquele seria um mês apertado e se encheu de pena de si mesma. Pensou na sua festa de aniversário que se aproximava, mas até isso já perdera o brilho. Algumas pessoas que ela estava esperando que viessem avisaram que não poderiam comparecer e os dois filhos estavam vivendo em outros países. O nariz 6

dela começou a coçar — um sinal de lágrimas ameaçando transbordar. À espera do ônibus, lembrou nas provas finais que ia fazer em uma semana e como não havia se preparado para elas. O ônibus chegou com atraso e, sob garoa e trânsito pesado, demorou o dobro do que tipicamente gasta para fazer o trajeto até sua casa. Tentou ligar para a irmã, mas nem isso deu certo. Que dia! A última gota veio por debaixo da porta, na forma de fatura de energia elétrica, mais alta do que o planejado. Atirou-se ao sofá e chorou. Além de muito chateada com os problemas, a situação e a solidão, estava cedendo à depressão e autocomiseração. Foi quando sussurrou uma oração que sempre se mostrara eficaz: “Por favor, Jesus, faça algo!” A chuva cessou. Os cantos dos pássaros soavam próximos. O vento trouxe a fragrância emanada dos

botões de lilás. Parecia que o gongo havia soado pela primeira vez no dia. Decidiu fazer o jogo da gratidão, que costumava fazer com seus meninos. “Obrigado por meus filhos estarem felizes e saudáveis”. Ambos me trazem tanta alegria. “Obrigado por eu ter um lugar para viver.” Ela já se sentia melhor. “Obrigado por sua provisão” — murmurou enquanto preparava seu chá favorito. “Agradeço pela magia da música!” — disse enquanto lia os títulos de sua playlist favorita. Ao olhar pela janela, maravilhouse com as cores brilhantes do ocaso que se descortinou diante de seus olhos. Seu coração se sentiu grato. Sua alma se regozijava ao se lembrar que a vida é cheia de alegrias, grandes e pequenas. Mila Nataliya A. Govorukha é conselheira de jovens e voluntária na Ucrânia. ■


NÃO VALE NOTA, MAS É BOM Por Elsa Sichrovsky Uma das coisas que eu não gostava na minha vida de caloura na faculdade eram as aulas de Educação Física (EF). Apesar de a disciplina não valer nota, os estudantes de graduação na minha universidade tinham de fazer quatro semestres consecutivos de EF e eu odiava a ideia de todo aquele esforço por nada. Além disso, EF não era minha praia mesmo. Meu primeiro curso foi “Básico de Badminton”. O professor sorriu das minhas primeiras tentativas de raquetada e não me pareceu que era um sorriso de admiração. Eu preferiria muito mais me debruçar sobre um livro ou escrever relatórios a ficar ali suando, tentando aprender as manobras mais básicas entre alunos com habilidades já bem avançadas. Certa vez, chorei pitangas para uma amiga, uma mulher de meia idade que nunca tivera a chance de ir para a faculdade. Ao ouvir meu lamento, falou na tampa: “Por que está se 1. 1 Tessalonicenses 5:18 NVI

queixando? Tem ideia de quantas pessoas pagam um dinheirão para aprender badminton com um técnico profissional?!? E você tem isso como parte de seu currículo escolar? Tenho inveja de você!” Fiquei olhando para ela, chocada com a resposta. Para ela, o curso de EF, que eu via como a maldição da minha vida de universitária, era algo especial e motivo de inveja! Foi quando entendi que podia continuar com minhas lamúrias infantis sobre o curso de EF ou sair da cadeira da biblioteca para criar alguma musculatura. Em vez de me concentrar no fato de que aquela matéria não valia nenhuma nota, comecei a valorizar o fato de que eu tinha ali a oportunidade de aprender um esporte com um profissional. A chamada de minha amiga me fez avaliar minhas reações a outros aspectos menos agradáveis da minha vida de estudante, tais como, as opções do cardápio da cafeteria e os sistemas de avaliação usados pelos

professores. Assim, descobri, para meu constrangimento, que minhas queixas derivavam da falta de confiança no amor de Deus por mim e em Sua perfeita sabedoria. Eu não conseguiria aplicar a admoestação do apóstolo Paulo, “Deem graças em todas as circunstâncias”1, até que aprendesse a ver cada incômodo como uma joia disfarçada do amor de Deus. No fim do semestre, eu havia não apenas aprendido o básico do badminton, mas melhorado minha coordenação entre a mão e o olho e minha resistência física em geral. Passei a estar mais atenta para não me deixar distrair pela aparência da embalagem e, por isso, me privar do presente. Como disse o poeta alemão Johann Wolfgang von Goethe, “Não é fazer a coisa que gostaríamos de fazer, mas é gostar do que temos de fazer que torna a vida abençoada.” Elsa Sichrovsky é escritora freelance. Vive com sua família em Taiwan. ■ 7


ESTRESSADO Por Marie Story

Meu sobrinho de seis anos adora videogames. Certo dia, estava sentada ao seu lado enquanto se divertia com um jogo de corrida no Wii. Os níveis ficavam progressivamente mais difíceis, o ritmo mais acelerado, as pistas com mais obstáculos e percebi que ele ficava cada vez mais estressado, seu rosto ruborizado, as mãos suando e ele simplesmente não conseguia ficar sentado. Finalmente, exausto, começou a chorar e gritar: “Não aguento mais! Estou estressado!” Inesperadamente, o jogo do qual tanto gostava tinha se tornado um desprazer, um incômodo. Dei uma 1. Gálatas 6:2 2. Ver Mateus 11:28–30 3. Lucas 14:28 4. Ver Mateus 6:34 NTLH 5. 1 Coríntios 6:19–20 CEV 6. Mateus 11:28 NVI 7. Salmo 55:22 NVI 8. 1 Pedro 5:7 NVI 9. Hebreus 4:15 8

risadinha do repente de drama e desliguei a televisão para lhe dar um tempo. No dia seguinte, foi minha vez de sentir vontade de gritar, quando recebi vários projetos ao mesmo tempo com prazos bem curtos. Era o tipo de trabalho que gosto, mas comecei a me sentir pressionada e tive vontade de gritar “Não aguento mais!” Não me desmanchei em lágrimas, não fiz um escarcéu… mas deu vontade. O estresse deixa a gente assim. É a reação do corpo a uma mudança que exige resposta física, mental ou emocional. A vida tem um equilíbrio delicado. Se por um lado é bom e saudável, a pressão em excesso pode produzir insônia, ostracismo, instabilidade emocional e problemas de saúde. Quanto mais aumenta, maior se torna o perigo. De que maneiras podemos lidar com o estresse? Bem, o problema não é nada novo, na verdade, é antiquíssimo, razão pela qual a Bíblia oferece muitas soluções:

Converse com alguém O apóstolo Paulo ensina: “Levai as cargas uns dos outros”.1 Pode ser que os outros não resolvam o seu problema, mas, muitas vezes, só o ato de desabafar e compartilhar o que está passando com alguém pode trazer um grande alívio. Muitas vezes, isso ajuda a dimensionar os problemas adequadamente, permitindo que você trate cada um sem estresse e sem se sentir sobrecarregado. Divida os desafios em metas menores Se nos sentimos sob muita pressão talvez estejamos tentando fazer coisas demais ao mesmo tempo. Jesus diz que o Seu jugo, ou seja, a sua carga de trabalho, é leve, e o Seu fardo é suave,2 então, se o fardo estiver pesado demais, você talvez precise abrir mão de parte dele por um tempo. Defina metas realistas Caso você ou outros não consigam alcançar as suas expectativas, talvez elas sejam altas demais e precisem ser


reavaliadas. “Se algum de vós está querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem com que a acabar?”3 Dê atenção ao que consegue controlar Jesus diz que não devemos nos preocupar com o amanhã.4 Já temos muito em que pensar hoje, sem nos estressarmos com o futuro. Esse “amanhã”, ao qual Jesus Se refere, não é apenas o dia depois de hoje, mas qualquer situação que fuja do seu controle. Se não tiver condições de fazer algo a respeito, confie que na hora que for preciso, Deus vai ajudálo a lidar com a situação. Cuide do seu corpo Muitas vezes, quando as coisas se acumulam, o primeiro item negligenciado é o cuidado do corpo, porque achamos que não temos tempo para ele. Mas isso é exatamente o oposto do que precisamos fazer. Se nos alimentarmos bem, dormirmos bem e nos exercitarmos regularmente,

vamos nos sentir melhor fisicamente e isso nos ajudará a enfrentar os desafios com mais confiança e energia. Paulo explicou: “Ou não sabeis que o nosso corpo é santuário do Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus? Não sois de vós mesmos; fostes comprados por bom preço. Glorificai, pois, a Deus no vosso corpo [e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus].”5 Tire folgas Provérbios 17:22 nos diz que “O coração alegre é bom remédio”. Às vezes, tudo que você precisa é de uma pequena folga. Descansar e relaxar ajudará a clarear os pensamentos e lhe permitirá voltar às suas tarefas revigorado, mais feliz e com uma capacidade de concentração maior.

aconselha a “lançar nossos cuidados sobre o Senhor, e Ele nos sustentará”.7 Pedro também diz: “Lançando sobre Ele [Deus], toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós.”8 Fale com Jesus sobre os seus problemas e peça-Lhe soluções e conselhos. Ele prometeu um jugo fácil, então, se o seu estiver pesado demais, Ele pode lhe mostrar como aliviá-lo. Lembre-se que Jesus entende as pressões que você enfrenta. “Não temos um sumo sacerdote que não possa Se compadecer de nossas fraquezas, mas um que em tudo foi tentado como nós”.9 Se entregar nas mãos de Jesus suas preocupações e problemas, Ele lhe dará forças para cuidar de cada tarefa e responsabilidade – sem você ficar estressado.

Passe tempo com Jesus todos os dias Jesus diz: “Vinde a Mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei.”6 O rei Davi, que passou por situações extremamente estressantes, nos

Marie Story vive em San Antonio, Texas, onde trabalha como ilustradora freelance e voluntária como conselheira, em abrigos para pessoas sem teto. ■ 9


a t s i x a t Um mum o c in Ring, ring, ring… Meu celular interrompeu minha busca na Internet. “Senhor, descobrimos qual é o problema com seu carro. Pode vir pegar a peça quebrada para comprar uma igual, para que façamos a troca” — me informou uma vozinha animada do outro lado. “Mas já?” — perguntei. “Sim. E se o senhor vier agora, talvez consigamos acabar o serviço ainda hoje.” “Estou a caminho” — disse, tentando parecer feliz com a notícia. Na verdade, fiquei incomodado por terem atrapalhado minha programação. Hoje, para evitar o trânsito pesado da manhã, tinha acordado muito cedo. Depois de atravessar a cidade de carro até a zona industrial, andei até o shopping center mais 10

om P or T

próximo onde fiz umas compras rápidas na esperança de relaxar um pouco e desfrutar do serviço de Internet grátis em uma cafeteria. O mais importante, porém, é que esperava ir mais devagar. Tenho o mal de Parkinson e já comecei a sentir os tremores. Aprendi que a melhor maneira de aliviar a tremedeira é parar de vez em quando e descansar. Parecia que eu não ia ter tempo para isso. Tentei permanecer calmo, paguei minha conta e peguei as minhas coisas. “Táxi?” — gritou um homem desde o seu carro, quando me viu saindo do shopping. Ele estava estacionado de maneira estratégica, no ponto mais próximo à entrada principal. Fiquei um pouco surpreso por ele só ter colocado a cabeça para fora sem sair do carro.

luc m y Pa

ki hows

Além disso, aquele não era o local reservado para deficientes? Depois de negociarmos um preço que pareceu justo para ambos, abri a porta de trás e vi uma muleta no assento. Coloquei minhas compras perto dela e me sentei na frente. Depois de dar partida, o taxista pegou a outra muleta, que estava ali bem perto de sua mão direita. Com muito destreza, empurrou o acelerador com ela. O carro saiu do estacionamento e nos pusemos a caminho. Olhei mais atentamente e surpreso para as pernas do taxista. A direita acabava na altura do joelho. Um motorista perneta! pensei abismado. Mas isso foi apenas o começo de meu espanto e admiração. Para parar o carro no semáforo, o taxista levantou a perna esquerda


Eu estava triste Porque não tinha sapato, E andava assim pela rua até Passar por um homem que não tinha pés. — Atribuído a Denis Waitley (n. 1933) A felicidade, pelo que parece, é uma questão que depende completamente tanto do estado de coisas no nosso interior, quanto ao que acontece à nossa volta. — Charlotte Brontë (1816–1855) Ver o lado bom não demora mais do que ver o lado mau. — Jimmy Buffett (n. 1946) Penso existir algo melhor do que dar graças: viver grato. Como se faz isso? Tenha uma atitude geral de alegria, obedeça ao mandamento dAquele cuja misericórdia nos permite viver, regozije-se constantemente no Senhor. — Charles Spurgeon (1834–1892)

com a mão e a colocou rapidamente no freio. Quando as luzes ficaram verdes, o motorista puxou a perna esquerda para tirar o pé do freio, enquanto “pisava” no acelerador com a muleta em sua mão direita. Seus movimentos eram bem coordenados e o carro andava tranquilamente. Enquanto estava ali, sentado assimilando o que via, ouvi: “Desculpe, senhor, importa-se se lhe perguntar uma coisa?” “Não, de forma alguma. Pode perguntar” — respondi. “O senhor vai à igreja?” “Eu sou salvo. Obrigado por perguntar.” Eu o admirei por fazer o melhor que podia para ser uma testemunha quando tem oportunidade. “Posso lhe perguntar uma coisa?” — foi minha vez

“Sim” — foi sua resposta amigável. “Há tempo que você é taxista?” “Há três anos”. Inicialmente, foi muito breve ao responder, mas, entendendo meus motivos ao perguntar, continuou: “Eu não queria acabar pedindo esmolas na rua, porque não há futuro nisso e tenho uma família para sustentar. Além disso, um homem precisa ter amor próprio, senão não consegue viver consigo mesmo.” Como a minha vida ficou rapidamente na perspectiva certa! Eu estava reclamando sobre os meus pequenos tremores por causa da minha doença e do meu horário interrompido durante o dia, enquanto aqui estava um homem

que não tinha permitido que sua má sorte atrapalhasse a sua vida. De repente, senti-me muito abençoado. Eu conseguia andar sem ajuda. Tinha acabado de saborear um bom café da manhã. Eu tinha dinheiro para pegar um táxi. Meu carro estava no conserto e eu esperava pegá-lo de volta naquele mesmo dia. Minha vida era fácil. E aí terminou aquela curta corrida e chegamos à oficina. “Obrigado! Deus o abençoe e continue em frente!” — disse ao taxista. Que vida maravilhosa! — cantou meu coração. Tommy Paluchowski conheceu Jesus em 1984 e, desde então, é membro da Família Internacional. ■ 11


NADA A TEMER Por Koos Stenger Meus piores temores me sobrevieram quando cheguei ao hospital. Aquilo me parecia uma ameaçadora e medonha fábrica de saúde, onde médicos impessoais estudavam meus sintomas a uma distância profissional e enfermeiras apareciam ao lado de minha cama nos horários mais estranhos para medir a temperatura do meu corpo, injetar-me algo ou me dar uma xícara de café. Deus, tire-me daqui! Não se preocupe, foi sua resposta. Como assim? Eu odeio este lugar! Convencido de que Deus havia me confundido com outra pessoa, pois aquele não era meu lugar, perguntei: Por que eu? Não se preocupe, repetiu. Estou com você todo o tempo. Todo o tempo? Sim, filho, todo o tempo! Esse pensamento me deu uma certa paz. Deitei novamente e tentei relaxar. Mas eu estava um pouco pre12

ocupado. Fiquei um pouco apreensivo quando um novo médico apareceu e observou atento meu prontuário. As enfermeiras ainda enfiavam termômetros na minha boca e me saudavam de manhã com agulhas no meu braço, mas eu também vi Deus sorrir para mim. Está tudo bem, filho. Como lhe disse, estou com você. Isso ajudou. Havia paz. Não do tipo que se tem quando sentamos em um banco em um ponto elevado de uma montanha, logo de manhã, contemplando um lago sereno e ouvindo pássaros entoando louvores ao Criador. Mas era paz e talvez, de uma forma estranha, parecia melhor do que a que se tem nas paisagens bucólicas. Aparentemente, os outros viram isso também, pois no dia que deixei o hospital, um homem que eu jamais havia visto se aproximou de mim. “Posso falar com você?” — perguntou.

“Claro” — respondi surpreso. “Você é crente, não é?” “Por quê?” “Faz duas semanas, dei entrada no pronto-socorro. Eu ia sair de férias e acabei internado. Eu estava mesmo considerando saltar da janela, mas aí vi você. E o que isto tinha de especial? Pensei. “Você parecia ter tanta paz. Você não estava estressado e eu me perguntava por quê. Mas aí vi a Bíblia à sua cabeceira e pensei que Deus estava comigo e eu nada tinha a temer. O homem me apertou a mão e me agradeceu muito pela ajuda. Que ajuda? Eu não fiz nada além de me preocupar e lutar contra os meus temores. Mas então ouvi Deus outra vez: Eu lhe disse que estou com você todo o tempo e que não há nada a temer. Koos Stenger é escritor freelance nos Países Baixos. ■


SURFANDO A ONDA Por Paolo Alleluia

Era uma daquelas manhãs quando o sujeito acorda e se depara com uma notícia ruim atrás da outra. Todas as coisas que podem dar errado acontecem em uma sequência que parece não ter fim. Para piorar, minha esposa estava em viagem e as coisas sempre são piores quando ela não está por perto. Na verdade, comecei o dia desanimado. Então o motor da nossa van começou a fazer um barulho estranho. Não faz muito tempo, nosso carro teve uma série de problemas. Bastava consertar uma coisa para a outra quebrar. Comecei a pensar que não podia contar mais com a van, que havia se tornado em um poço sem fundo que consumia tempo, dinheiro e energia. Quando minha mente entra em uma vibe negativa, a pior coisa que posso fazer é entreter

esses pensamentos ruins, como fiz naquela manhã. A cada instante o dia parecia ser mais sombrio e mais miserável. Quase tudo era motivo de infelicidade para mim. Foi nesse estado de espírito que relutantemente levei a van para a oficina. Enquanto o mecânico trabalhava, fiquei sozinho, pensando e decidi fazer o jogo do contente, no qual, a pessoa que está se sentindo triste cita as coisas boas da sua vida. Quando comecei a contar minhas bênçãos, parecia que eu estava inventando o que dizer, mas com o tempo as boas lembranças passaram a vir, fazendo com que eu me sentissei verdadeiramente grato a Deus pela Sua bondade e bênçãos. Então, algo mágico aconteceu: como uma onda do mar que lava as rochas e leva sujeiras acumuladas na praia, a alegria me dominou,

levando embora toda a negatividade e tristeza. Meu coração e minha mente estavam cheios de paz, contentamento e alegria. Meu dia foi completamente transformado para melhor. Somente mais tarde percebi que nada realmente mudara em minhas circunstâncias físicas. Eu estava ainda no mecânico com uma van quebrada e minha esposa longe. Mas, de repente, nada disso afetava minha felicidade. Vi quão feliz eu estava com minha vida e com tudo que nela há. Passei a vivenciar a magia da gratidão que pode transformar um dia triste e torná-lo feliz. Paolo Alleluia vive na Croácia, onde é ativo em trabalhos voluntários e humanitários desde 1994. ■ 13


Para pensar

A PAZ DE DEUS Paz interior E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará os vossos corações e as vossas mentes em Cristo Jesus. — Filipenses 4:7 2 Se nos faltar paz interior, o conforto exterior nos fará tanto bem quanto um chinelo de ouro em um pé com gota. — John Bunyan (1628–1688) 2 A paz não nasce da ausência de inquietações, mas da presença de Deus. — Anônimo

1. Ver Marcos 4:35–41. 2. Citações atribuídas a Jesus, mas não seguida por uma referência bíblica são trechos de mensagens pessoais recebidas de Jesus em oração. 3. Mateus 22:39 4. Provérbios 14:26 5. Apocalipse 3:20 14

Nosso dia-a-dia pode ser facilmente tomado pelo estresse, pressão e confusão. Mas podemos parar a qualquer momento e nos refugiarmos em Deus, por meio da oração e da meditação, e aí encontrar paz e renovação. — Segredos para o Sucesso 2 Querido coração inquieto, fique tranquilo, pois a paz é o próprio sorriso de Deus, seu amor pode desfazer os males e curar as mágoas; apenas ame, ame, ame e espere, com calma, mais um pouco. — Edith Willis Linn Forbes (1865–1945) 2 Jesus dormia no barco. As ondas se encrespavam, o vento soprava e a tempestade açoitava a pequena embarcação. Seus discípulos tinham medo. Medo do vento, medo das ondas e medo de perder a vida. Por fim, acordaram Jesus, rogando-Lhe ajuda. O Seu poder era a solução. Levantou-Se e disse à tempestade: “Calate, aquieta-te”, e houve paz. O vento cessou e grande foi a calmaria.1 Por mais atribulada que esteja a vida, nós também podemos encontrar paz, se pedirmos ajuda a Jesus. — Marge Banks


Deixe Meu Espírito repousar sobre você e o encher de paz. Deixe-o permear seus pensamentos, misturar-se ao seu espírito e lhe dar forças. — Jesus2 Paz com as pessoas ao nosso redor Vivei em paz. E o Deus de amor e de paz será convosco. — 2 Coríntios 13:11 2 Todos desejam a paz, mas poucos querem as coisas que produzem a paz. — Thomas à Kempis (1380–1471) 2 Todas as obras de amor são obras de paz. ... A paz começa com um sorriso. — Madre Teresa (1910–1997) 2 Jesus nos deu a chave para a felicidade e a harmonia quando disse: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”.3 E lembre-se que o “próximo” não é apenas alguém com quem convivemos, mas qualquer pessoa que Ele coloque em nosso caminho. Quando as pessoas não tratam as demais com muito amor, é claro que vão ter problemas. Na verdade, todos os males no mundo hoje podem ser atribuídos à falta de amor das pessoas por Deus e pelos demais. O simples amor por Deus e pelos outros ainda é a solução que Ele oferece, mesmo em uma sociedade tão complexa e confusa como a nossa. Se amarmos Deus, podemos amar as pessoas, seguir Suas regras de vida, liberdade, e ser felizes. Então, todos estaremos bem e felizes com Ele. — David Brandt Berg (1919–1994) 2 Às vezes, pode ser difícil fazer o certo, especialmente quando a pessoa com quem você está lidando não agiu corretamente com você. Mas eu não disse: “Faça aos outros conforme fizerem a você.” Meu código para a vida vai muito além da típica percepção de equidade. Quero que você viva em um plano superior. Qualquer um pode tratar bem uma pessoa simpática, mas aquele que consegue ser bom com os que não o são é uma pessoa verdadeiramente nobre e mais abençoada por Mim. — Jesus

Paz em um mundo de conflitos Bem-aventurados os pacificadores, porque eles serão chamados filhos de Deus. — Mateus 5:9 2 Há de vir o tempo em que o poder do amor substituirá o amor pelo poder. Então, nosso mundo conhecerá as bênçãos da paz. — William E. Gladstone (1809–1898) 2 A paz não é uma relação entre as nações. É uma condição mental que nasce da serenidade da alma. A paz não é meramente a ausência da guerra, mas também um estado de espírito. A paz duradoura só existe para as pessoas pacíficas. — Jawaharlal Nehru (1889–1964) 2 Ore por aqueles que estão neste momento sendo afetados pela guerra. Eles precisam de suas orações e cada um deles precisa de Mim, o Príncipe da Paz. — Jesus Paz com Deus Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. — Romanos 5:1 2 “No temor [reverência] do Senhor há firme confiança, e será um refúgio seguro para os seus filhos.”4 Este lugar de refúgio é prometido a todos que creem, mas muitos poucos se aventuram a ir para lá. Venha, Meu querido, afaste-se de tudo. Venha para debaixo das Minhas asas, para o Meu lugar de refúgio, onde poderá experimentar o amor e a paz que Eu dou. — Jesus ■

Você pode encontrar paz para sua vida, recebendo Jesus Cristo no coração. Basta convidá-lO. Ele diz: “Eis que estou à porta, e bato. Se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa.”5

Querido Jesus, por favor, entre em minha vida e me conceda Sua paz. Perdoe-me pelas coisas erradas que fiz e ajude-me a conhecê-lO melhor e compartilhar Você com os outros. Amém. 15


O SOL DO MEU AMOR Com amor, Jesus

Você não pode fazer o sol brilhar em um dia de chuva, mas pode mudar o clima ao seu redor. A maioria das pessoas se sente mais feliz e animada em um dia de sol e calor do que num dia tempestuoso. Você pode ser caloroso e encorajar as pessoas ao seu redor com os “raios” ensolarados ou as boas vibrações que envia aos outros. Mas se andar por aí com uma nuvem de problemas e tristeza, provavelmente vai criar um “sistema de pressão” que fará chover, abafará e escurecerá o dia de todos ao seu redor Então, carregue consigo uma atmosfera calorosa e ensolarada aonde quer que vá. Deixe o sol de seu semblante feliz brilhar sobre os outros e alegrá-los. E quando não se sentir feliz—quando estiver sob pressão ou sentindo-se debaixo de uma grande nuvem—clame a Mim para Eu afastar essas nuvens e incidir a luz do Meu amor em seu lugar. O sol está sempre brilhando onde estou. Sempre tenho raios calorosos suficientes para enviar a você, e quero que os absorva e reflita para os outros. Vamos fazer tempo bom!


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