MUDE SUA VIDA. MUDE O MUNDO.
A ESCALADA DA CURA
Como encontrei a paz
As fases da vida Entenda o ciclo
Um encontro fascinante
O dia que mudou minha vida
Volume 19, Número 2
C O N TATO P E S S OA L
A festa de Deus
Não me lembro de alguma vez ter lido aquele versículo antes. Pelo menos nunca me chamara a atenção como naquele dia. Talvez porque o livro do profeta Sofonias seja um dos menos conhecidos e visitados na Bíblia: “O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar. Ele se deleitará em ti com alegria, renovar-te-á no seu amor.”1 O grande Deus do Universo me ama tanto e está tão feliz que eu esteja em Sua vida que se alegra ou, como dizem algumas traduções da Bíblia, “celebra e canta para que os outros saibam”. É como se Deus fizesse uma festa — uma imagem animadora, especialmente para quem está se sentindo distante de Deus por algum motivo. Jesus disse que o maior mandamento é amar Deus de todo o coração, alma e entendimento2. Mas é difícil amar alguém sem conhecer essa pessoa e o fato é que conheço Jesus muito pouco, bem menos do que eu gostaria. Temos familiares e amigos — pessoas que conhecemos bem. Existem também pessoas que conhecemos e com as quais convivemos — não necessariamente por opção, mas por serem colegas de trabalho, da escola, etc. Aí vem a classe de relações formada por aqueles com quem temos contato esporadicamente e temos dificuldade para lembrar de seus nomes. E há também os que jamais encontraremos pessoalmente, mas sobre os quais lemos ou seguimos na mídia social. A pergunta é: em que categoria Jesus se encaixa? A natureza de Deus, claro, é tão vasta e complexa que nenhum ser humano pode conhecê-lO plenamente. Mas o propósito maior da vida é justamente entendê-lO mais e mais, a cada dia,3 aprender mais sobre Ele e desfrutá-lO mais. Nada se pode comparar a conhecer Jesus.4 Vamos conhecer Jesus.
Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos. Para obter informações sobre a Contato e outros produtos criados para a sua inspiração, visite nossa página na internet ou contate um dos distribuidores abaixo.
www.activated.org/br www.contato.org revista@contato.org EditorSamuel Keating
DesignGentian Suçi
© 2018 Activated. Todos os direitos reservados.
Mário Sant’Ana Editor
Tiago Sant'Ana.
1. Sofonias 3:17
referências às Escrituras foram extraídas da “Bíblia
Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e A menos que indicado o contrário, todas as
2. Ver Mateus 22:37 3. Ver Jeremias 29:13. 4. Ver Filipenses 3:8 2
Sagrada” — Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.
Podemos escolher ser filhos de Deus, mas ainda assim vivermos muito distantes dEle em nossos corações. Por outro lado, podemos escolher ter um relacionamento estreito com Ele, no qual sabemos o que Ele pensa, acredita, faz e considera importante. Neste lugar de intimidade também descobrimos quão próximo de nós Ele quer estar. — Theresa Dedmon
Por John Randall
ENCONTRO COM A AMIZADE Comecei o dia como de costume levando meu poodle para o seu passeio matinal, uma atividade prioritária na sua lista de atividades. Temos uma rota pré-definida de dez minutos, que compreende dar a volta no quarteirão. Hoje, porém, quando saímos para caminhar, lembrei-me de que estávamos sem laranja em casa. Por isso, decidi desviar-me um pouco do itinerário costumeiro e ir até a sede da missão carmelita, que fica em um prédio um pouco escondido no alto de uma colina no meio de um laranjal, a algumas quadras da nossa casa. Ali na missão vendem-se laranjas por dois dólares o saco. Seguíamos pelo sinuoso caminho que leva ao lindo e aprazível pomar no topo da colina, quando percebi uma placa que eu já tinha visto muitas vezes, mas nunca havia me dado ao trabalho de ler. A mensagem, um pouco apagada pela ação do tempo, dizia: “A oração
nada mais é do que uma relação de amizade com Deus”. — Santa Teresa Concordo plenamente com isso e, sentindo-me abençoado por tão linda mensagem, peguei o saco de laranjas e segui meu caminho. Cheguei em casa pouco depois, alimentei o cachorro, fiz o suco de laranja e me aprontei para o devocional da manhã. Abri o meu livro devocional aleatoriamente em um capítulo intitulado “Orar e ouvir é ser amigo de Deus”. Deus realmente estava direcionando minha atenção para o assunto. Coincidência? De modo algum. Já convivi o suficiente com Deus para discernir Sua voz. Planejou aquele pequeno desvio esta manhã e chamou minha atenção para a plaquinha na missão porque queria me atrair para a mensagem que Ele quer me dar para hoje. E não acho que o Senhor tenha escolhido este dia aleatoriamente e de repente começado a falar comigo
sobre amizade. Como é Seu costume, tudo isso ultimamente vem acompanhado de elementos não muito evidentes, de pequenas impressões, incidentes, etc. sobre o assunto. Hoje fez apenas mais um pequeno ajuste, uma maior cristalização. E quais os tipos de lições que aprendi? Uma delas foi que o nosso profundo desejo por companheirismo pode ser preenchido parcialmente por pessoas com quem nos relacionamos, mas só se se realizará plenamente no relacionamento e na amizade com Deus. Amizade significa concordância de pensamento e espírito entre as pessoas. Conforme desenvolvermos a nossa capacidade de escutar, de ter comunhão e de interagir com o Senhor, passaremos a uma amizade verdadeira com Ele. John Randall é ministro leigo, artesão e escritor. Vive atualmente na Califórnia, EUA. ■ 3
JESUS— Sua Vida e Mensagem Por Peter Amsterdam, adaptação VINDO A PLENITUDE DOS TEMPOS, Deus enviou Seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos.1 Deus enviou Seu Filho ao mundo, em um momento e lugar específicos, para viver como um ser humano, morrer crucificado e ressuscitar para remir a humanidade, dandolhe assim a oportunidade de entrar em Seu reino e ter um relacionamento especial com Ele. Os quatro Evangelhos contam essa história — a história de um ser humano ímpar, um judeu galileu, alguém em muitos aspectos como todo mundo e, ao mesmo tempo, muito diferente de todos. Os Evangelhos nos dizem o que fazia Jesus ser diferente. Ensinam-nos que Ele veio ao mundo para dar a vida pela humanidade e como, pela Sua morte e ressurreição, a humanidade pôde começar novo relacionamento com Deus. Não veio ensinar bondade às pessoas, mas lhes dar o poder 1. Gálatas 4:4–5
9. Ver 1 Pedro 3:18.
2. Ver Gênesis 12:2–3.
10. Ver Hebreus 12:3.
3. Ver João 20:31.
11. Ver 1 Coríntios 11:23.
4. Ver Romanos 1:3.
12. Ver 1 Pedro 2:21–23.
5. Ver Gálatas 4:4.
13. Ver 1 Coríntios 1:23.
6. Ver 2 Coríntios 10:1.
14. Ver 1 Coríntios 15:4.
7. Ver 2 Coríntios 5:21.
15. Romanos 11:33
8. Ver Hebreus 2:18. 4
para serem boas, pelo sacrifício supremo que Ele fez por todos. Não há outra história tão importante quanto essa, porque a maneira como as pessoas reagem a esse indivíduo único — Jesus — determina o destino delas na eternidade. É por meio dessa história que entendemos a grande dádiva oferecida a cada um: a maneira de nos tornarmos um filho de nosso Pai no céu, o meio para nos tornarmos parte da Sua família e a maravilha de viver com Ele para sempre. Os Evangelhos constroem o alicerce da fé cristã. Em suas páginas aprendemos que Jesus era mais que um homem bom ou justo, mais que um professor de princípios morais, éticos e mais que um operador de milagres. É nos Evangelhos que vemos que Jesus, esse indivíduo único, é o Salvador prometido por Deus e aprendemos sobre o cumprimento da promessa que Deus fizera, segundo a qual, pelo patriarca hebraico, Abraão, todo o mundo seria abençoado.2 Jesus viveu há mais de dois milênios e os Evangelhos foram escritos algumas décadas após Sua morte e ressurreição, pelos crentes daqueles dias, com o objetivo de preservar a história de Jesus para que fosse compartilhada com todos. Escreveram para que os outros viessem a crer,3 e esse objetivo foi alcançado. Há dois milênios, as conversões continuam a acontecer, ininterruptas, lemos os mesmos Evangelhos com os quais
aprenderam seus primeiros leitores e o poder de suas mensagens para transformar vidas é o mesmo até hoje. Os Evangelhos não foram os primeiros textos sobre Jesus. Acredita-se que as cartas de Paulo tenham sido escritas entre 49 d.C. e 67 d.C., o que significa que muito provavelmente algumas já circulavam antes de os Evangelhos serem produzidos. Algumas das outras epístolas datam do início da década de 60 d.C. e podem ser anteriores aos Evangelhos também. Essas cartas não tratam muito da vida de Jesus, provavelmente porque eram endereçadas a crentes que já
sabiam algo sobre Sua vida. Como era costume à época, as histórias e ensinamentos de Jesus eram transmitidos na maior parte das vezes oralmente. As testemunhas originais, aquelas que O conheceram pessoalmente, contavam a história de Sua vida, Seus milagres, recontavam Suas parábolas e falavam de detalhes de Sua existência. O tempo entre a morte e a ressurreição de Jesus (c. 33 d.C.) e as primeiras epístolas de Paulo foi de cerca de 15 anos. Os primeiros Evangelhos foram escritos em torno de 30 anos após a morte de Cristo. Apesar de os escritores das Epístolas não terem entrado em muitos detalhes sobre a vida de Jesus, podemos concluir que esses escritos estão alinhados ao que os autores do Evangelho escreveram. As epístolas nos dizem que Jesus era descendente de Davi,4 um judeu nascido e criado sob a Lei Mosaica,5 manso e bondoso,6 isento de pecado,7 passível de ser tentado,8 e justo.9 Também aprendemos que Ele foi hostilizado,10 traído,11 que sofreu sem resistir,12 foi crucificado e13 ressurgiu dos mortos.14 Os Evangelhos se concentram no período do ministério de Jesus. Dois deles contam sobre Seu nascimento e um fala brevemente de um evento ocorrido quando Ele tinha 12 anos. Fora isso, as informações sobre Sua vida começam quando Ele foi batizado por João Batista. Sua vida antes do Seu ministério não foi o tema central nem o propósito dos evangelistas, 5
cuja atenção se concentrou no que Jesus disse e fez durante a época pública de Sua vida, a mensagem que proclamou e a forma como a ensinou. Narraram Suas ações, os milagres que realizou, as histórias que contou, Sua morte e Seu ressurgimento dos mortos. É por esses escritos que aprendemos que Jesus era o Filho unigênito de Deus, o único que foi, ao mesmo tempo, Deus e homem, pois assumiu a forma humana para nos possibilitar viver com Deus para sempre. Em suma, o propósito maior dos Evangelhos é divulgar a boa nova de que a salvação está disponível por Jesus Cristo. Os Evangelhos também ensinam sobre o relacionamento que passamos a ter com Deus quando nos tornamos Seus filhos. São a base para vivermos como as novas criaturas que nos tornamos por meio da salvação e quando recebemos em nós o Espírito de Deus. Os Evangelhos transmitem informações que podem influenciar nossas vidas pela eternidade, ajudam-nos a desenvolver uma visão de mundo fundamentada na verdade e nos dão balizadores espirituais, morais e éticos pelos quais podemos nos orientar. Uma compreensão mais completa do que os Evangelhos ensinam pode nos proporcionar um relacionamento mais rico com o Senhor. Se entendermos melhor as palavras escritas; se conseguirmos compreender os conceitos mais profundos do que Jesus ensinou e fez, de Suas parábolas, de Seus sermões e de Seus milagres, se virmos tudo isso como um daqueles que estavam lá quando aconteceu, no contexto da Palestina 6
do primeiro século; então poderemos perceber melhor o sentido e a beleza da Sua mensagem. Isso pode gerar um entendimento mais completo da vida de Jesus, uma valorização da “profundidade das riquezas, tanto da sabedoria como da ciência de Deus”15 e, por fim, uma fé mais profunda. Os Evangelhos nos entregam os princípios para nos orientarmos na construção de uma vida com sentido, para balizarmos nossas escolhas e decisões pelas verdades eternas ensinadas pelo nosso Salvador. Conhecer os Evangelhos e seus ensinamentos é vital para uma vida centrada em Deus, o que produz felicidade nesta existência e na próxima. Sempre amei os Evangelhos, mas estudá-los mais cuidadosamente nestes últimos anos me ajudou a valorizá-los mais pela sua profundidade, beleza e poder transformador. Passar mais tempo com eles enriqueceu minha vida de muitas maneiras. Ajudou-me a fortalecer meu entendimento, minha fé e minha conexão com Deus. Peter Amsterdam e sua esposa, Maria Fontaine, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. Este artigo é uma adaptação da introdução de uma série de artigos de sua autoria, que pode ser encontrada em https://directors.tfionline. com/tag/jesushis-life-and-message/ ■
Conhecendo Jesus Por Rosane Pereira
Cresci em uma família cristã, mas, na adolescência, sentindome sobrecarregada pelos problemas do mundo, comecei a duvidar de minhas crenças. Aos 18 anos, tinha um namorado que tinha muita fé. Falávamos muito sobre espiritualidade e ele era tão sincero que comecei a duvidar das minhas dúvidas. Certo dia, peguei seu exemplar do Novo Testamento, fui para um parque, sentei-me junto a um pequeno lago e comecei a leitura a partir do primeiro capítulo do Evangelho segundo Mateus. Quando terminei o Sermão da Montanha, fiquei chocada! Aqueles eram os princípios pelos quais eu queria viver! Mas foi a primeira vez que os vi expressos com tanta clareza. Passei a tarde lendo. Terminei um Evangelho e comecei outro. Era como uma cena de filme, em que a pessoa está tão absorta que tudo mais desaparece. Fui transportada às estradas poeirentas da Galileia, às aldeias de pescadores, ao templo e me vi entre os discípulos de Jesus, ansiosa para ouvir Seu próximo ensinamento e ver Sua próxima ação. A noite chegou quando acabei de ler o último capítulo de João e assim “voltei para a terra”. Andei até minha casa. Eu estava transformada e tudo que queria era aprender a praticar o que Jesus ensinara. Alguns meses depois, Ele revelou para mim a missão de minha vida, a qual tenho tentado viver desde então da melhor maneira que consigo. Conhecer Jesus foi a maior descoberta da vida! Alguém disse que ler a Bíblia é como entender sua própria história, porque somos parte dessa narrativa, que se desenrola em nossa existência. E o melhor é que sabemos que assim nossa história terá um final feliz! Rosane Pereira é professora de inglês e escritora no Rio de Janeiro, e membro da Família Internacional. ■ 7
Por Beth Jordan
Uma escalada de cura
“Se conseguirmos subir essa montanha, poderemos superar qualquer coisa juntos!” Ainda me lembro de meu pai, lutando para sorrir e parecer esperançoso ao apontar para uma montanha rochosa a uns 30 metros da estrada. Eu tinha 13 anos na época, viajava com meu pai e meu irmão para os Estados Unidos pelas montanhas rochosas no calor escaldante do México para cuidar de alguns negócios. Os meus pais faziam trabalho missionário em tempo integral naquele país latino e eu adorava acompanhá-los em tudo. A vida era bela e eu a curtia muito. Naquela ocasião, porém, as coisas não iam assim tão bem. Os meus pais estavam tendo algumas dificuldades no casamento e tinham 8
resolvido se separar por um tempo. Eu não entendia por que nem sabia exatamente o que aquilo significava, só que era bem sério. Minha mãe se mudara umas semanas antes e eu estava preocupada, sem saber se ela um dia voltaria. A maior parte da viagem dava para perceber que a situação estava muito difícil para meu pai. Parecia triste, preocupado e cansado. O ar era denso com o sentimento de desgaste e insegurança. Além disso, nós três começamos a ficar com dor de cabeça, principalmente devido ao calor, mas também por causa de todas as emoções que estávamos vivenciando. Lembro-me de que parecia que íamos desatar a chorar a qualquer momento. Passei praticamente o dia inteiro assim, até que, de repente, do nada, meu pai parou o carro.
Ainda posso ver sua expressão, as lágrimas que procurava conter, mas que faziam seus olhos reluzir. Papai saiu do carro e nós o seguimos relutantemente, como típicos adolescentes. Diante de nós havia uma rocha imensa, com no mínimo 30 metros de altura e sem nenhuma trilha para nos levar ao topo. O calor queimava nossas cabeças enquanto subíamos, esforçando-nos para ver aonde íamos, vigiando para não pisar em nenhuma cobra e torcendo para não nos depararmos com nenhum coiote. Ficamos calados e sem ação quando meu pai proclamou: “Se conseguirmos subir esta pedra, poderemos superar qualquer coisa juntos!” — como se soubesse, que aquilo era a cura que nós três precisávamos. Por incrível que pareça, meu irmão e eu, por pior que nos sentíssemos,
não discutimos. Fiquei olhando para cima, para aquela grande pedra, e na verdade me senti desafiada e com vontade de tentar. De certo estávamos cansados e tristes, mas algo me dizia que seria bom chegar lá em cima, conquistar aquela rocha. Sem olhar para trás nem levar nada conosco, começamos a escalar. Depois de uns dez minutos, começamos a conversar. Não falávamos nada específico, apenas amenidades e frases de ânimo que aliviavam o desconforto e nos ajudavam a nos concentrarmos na meta. Hoje vejo que era como se deixássemos para trás as mágoas, largássemos os medos e nos entregássemos nas mãos de Jesus: “Senhor, confiamos em Você.” Estávamos abraçando uns aos outros e dizendo, “O amor vai nos manter juntos.” Eram tantas as emoções e perguntas não respondidas no meu coração! Eu tinha tentado ser forte por amor ao meu pai, então nem percebera que esses sentimentos e medos estavam lá. Mas conforme íamos subindo, parecia que Alguém removia os pesos e as preocupações a cada passo que dávamos.
Levamos umas boas duas ou três horas sob aquele sol escaldante para chegarmos ao topo. Lá em cima o vento soprava forte e o sol começou a se pôr esplendoroso, exibindo lindas tonalidades laranja e dourado. Estávamos sem fôlego, tanto pela escalada como pela belíssima paisagem que tivemos o privilégio de contemplar. Rimos, conversamos e sentimos o amor do nosso grande Criador. Deixamos nossos problemas para trás, e os sorrisos voltaram aos nossos rostos. Mesmo exaustos, lembro-me de me sentir tão viva, livre. Descemos daquela rocha renovados, transformados. Eu sabia que tudo ficaria bem. E foi o que aconteceu! Minha mãe retornou para casa dois meses depois e tudo voltou ao normal. Deus havia nos tocado com a beleza da Sua natureza. E usando a simples ilustração de escalar uma montanha, Ele nos mostrou que podemos superar qualquer coisa juntos, em família! E Ele Se certificou de que sentíssemos o Seu amor e presença. Dois motivos pelos quais nunca esquecerei aquela escalada:
Primeiro: foi um momento em que senti distintamente a presença de Jesus. Ali, no topo daquela pedra, eu me senti feliz, segura e amada, sendo que pouco antes minhas emoções me faziam sentir justamente o contrário. Entendi que não era algo desta terra, mas surreal. Segundo: ficou claro para mim que eu não tinha de me “curar”. Não tinha de fazer nada a não ser me entregar e deixar Jesus cuidar de mim e me amar. Eu tinha de me permitir ser eu mesma. Não tinha de lutar para superar as emoções, me esforçar, ficar angustiada e desesperada. Simplesmente deixei Jesus falar mansamente ao meu coração através do vento, das montanhas, e da alegria que nos dominou quando chegamos ao topo. Eu só me joguei nos braços fortes de Jesus, sabendo que Ele Me acolheria. Beth Jordan vive na Índia com seu marido e dois filhos. São fundadores da organização Place for Change, que coordena programas de voluntariado com ações na Índia, no Nepal e na Tailândia. ■ 9
Por Curtis Peter van Gorder
Nosso grupo de teatro apresenta regularmente um esquete baseado em um monólogo da peça de Shakespeare Como lhe Aprouver, no qual o autor resume o ciclo da vida em sete fases: a criança que chora, o estudante relutante, o amante apaixonado, o soldado valoroso, o sábio juiz, o ancião e, por fim, a morte. Até aí vai o grande poeta e dramaturgo britânico, mas A Bíblia promete mais uma fase na existência do homem: o porvir eterno. Por isso, em nossa versão, em vez de terminarmos a história com a expressão “sem nada”, como faz a personagem Bard no original, nosso protagonista desperta no céu — oferecendo um final verdadeiramente feliz. Essa peça me pôs a pensar na fase da vida em que me encontro, nas muitas coisas pelas quais já passei —grandes e pequenas—, nos projetos que integrei e tudo mais. A estrutura apresentada no monólogo ajuda a entender como a vida se organiza e, de certa forma, sabemos que as fases têm fim e queremos esperar a próxima. Quem estiver passando por um momento difícil, pode obter esperança na certeza de que após todo “inverno”, sempre vem a “primavera”, quando a vida recomeça. Em minhas viagens, notei que de um país para o outro as estações apresentam variações sutis, que se notam na flora, no comportamento da fauna e até na energia das pessoas em cada lugar. Recentemente, fiz uma caminhada nas montanhas da Romênia e me surpreendi ao ver quão vibrante é a vida naquela região. Flores silvestres se espalham por toda a parte, sobrevoadas por diversos tipos de abelhas polinizadoras, garantindo a vinda da próxima geração. Entre os tapetes florais, um verde viçoso se banha à luz do sol. Nos lagos e até nas poças d’água a vida se faz presente com peixes, girinos, insetos dos mais diversos e uma miríade de pequenas criaturas aquáticas. É como se soubessem que o tempo é curto, que logo as temperaturas novamente baixarão e o sono profundo recairá sobre toda a terra. As pessoas também são afetadas pelo clima. Parece que os que vivem em países tropicais têm a tendência de ser mais tranquilos e não orientar tanto suas vidas para o trabalho. A natureza parece fazer o mesmo. A vida parece que vai levando, 1. http://elixirmime.com 10
AS
FASES VIDA
S
Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu. — Eclesiastes 3:1
DA
Sabemos que se as estações fossem as mesmas não haveria crescimento e que sem o inverno, não haveria a primavera. As geadas são necessárias para a produção de bulbos e as monções são indispensáveis para a cultura de arroz. Da mesma forma, entendemos que o sofrimento é necessário para que haja alegria e sem dor não haveria cura. Penso que é daí que surge a beleza. Ela vem por meio dos frutos das estações. Deus certamente fez tudo belo a seu tempo. — Naomi Reed (n. 1968)
com mais tranquilidade, sem os picos de sono profundo e explosão de vida. Aplicar o entendimento das mudanças das estações ao nosso trabalho pode nos ajudar a saber o que esperar a seguir. A Arte da Guerra, um antigo texto chinês escrito pelo tático militar Sun Tzu, oferece uma visão geral de como as mudanças e inovações ocorrem nas sociedades, nas organizações, nas nações e nos indivíduos. Sun Tzu apresenta as fases no crescimento de uma ideia, projeto inovação, organização ou nação, como cinco fases ou “elementos”: metal, água, madeira, fogo e terra. Na fase do elemento metal, há descontentamento. A necessidade por mudança é aparente, mas alguém tem de dar início à ação. Na fase seguinte, água, a imaginação entra em cena. Brincamos com as possibilidades e tentamos imaginar o futuro ideal que gostaríamos. Fluímos e nos debatemos nas ideias, até encontrarmos a(s) melhor(es). Na fase da madeira, escolhemos a ideia a ser implantada e começamos a reunir nossos recursos. Montamos uma equipe e traçamos um plano. Nessa fase, os esforços costumam ser mais importantes que os resultados. É na fase do fogo que as inovações ou projetos deslancham e começamos a arder. Temos de manter o calor elevado, os outros interessados — espalhar o fogo para os outros também.
A terra é a última fase, antes do recomeço do ciclo. Quando o projeto estiver rodando, temos que tornálo sustentável e garantir crescimento de longo prazo, sem perder o gás. Devemos combater a deterioração com mais inovação, ou começaremos a perder o que conquistamos. Cada um de nós pode estar em uma diferente fase, estação ou elemento. E isso é bom. O descontentamento nos ajuda a encontrar alternativas de crescimento. A água e as novas ideias são sempre necessárias para nos mantermos em movimento. Precisamos da madeira para construir a estrutura e instalar um trem de pouso em nossas ideias. O fogo é um sinal de que algo está sendo feito, gerando calor e luz. A terra é necessária para a estabilidade, para se construir muros contra possíveis retrocessos e adversidades. Quando todos esses elementos estão presentes, encontramo-nos em um lugar ideal, prontos para prosperar e produzir frutos. Jesus é nosso Bom Pastor e sabe onde estão os ribeiros nas montanhas e como podemos evitar quedas. Se O seguirmos, encontraremos pastos verdes para crescermos e prosperarmos independentemente do tempo ou da fase em que nos encontramos. Curtis Peter van Gorder é roteirista e mímico1 na Alemanha. ■
11
EM BUSCA DE
PAIXÕES Por Marie Alvero
Tenho uma vida e uma chance de fazê-la valer a pena. Minha fé exige que eu faça tudo o que puder, pelo tempo que conseguir, para fazer a diferença. — Jimmy Carter (n. 1924)
Gosto de me exercitar e adoro comer! Preparar uma bela refeição me traz realização e felicidade. Às vezes, leio livro de receitas como se fossem romances. Sabendo dessas minhas paixões e vendo todos os vídeos de exercícios físicos e receitas que compartilho em mídia social, é possível imaginar que seu seja uma garota super em forma e apreciadora de pratos sofisticados. Alguém fez um comentário sugerindo algo assim na minha página do Facebook recentemente. E isso me fez pensar como algumas de minhas paixões não se refletem em minha vida real. Na verdade, raramente consigo fazer 20 minutos de exercícios quatro vezes por semana 12
e não cozinho algo especial mais que uma vez por semana. E olhe lá. Perguntei-me se outras coisas que amo são também mal representadas no meu dia a dia. Será que quem olha para minha vida consegue ver como sou louca por Jesus? Será que isso transparece? Será que O conheço de tal forma que isso se torna óbvio em minha vida? Quero que meu relacionamento com Ele seja uma característica inegável em minha existência e não apenas um pormenor biográfico. Não tenho muito tempo para ler a Palavra de Deus, orar e adorar, mas quero que o pouco que tenho conte. É isso: tenho de fazer valer! Se eu tiver apenas 20 minutos para fazer
exercícios, irei ao meu limite. Nos dias que tenho para cozinhar e criar, vou dedicar todas as minhas habilidades e foco no que vou preparar. No tempo dedicado à minha relação com Jesus, vou despejar todo o meu coração nisso. Tratarei Sua Palavra como o tesouro que é. Buscarei Sua verdade. Talvez minhas paixões não se manifestem no meu trabalho cotidiano, mas são uma enorme parte do que sou e definem minha vida e meu propósito. Marie Alvero foi missionária na África e no México. Hoje vive ocupada e feliz com seu marido na Região Central do Texas. ■
ALMOÇOS DE ORAÇÃO Por Elsa Sichrovsky No segundo semestre do meu primeiro ano de faculdade, alguns dos meus colegas de sala e eu começamos a nos preocupar que nossa fé estivesse sendo soterrada por tarefas infindáveis, amigos, clubes e hobbies. Não queríamos que ela se resumisse a algo ao qual nos dedicássemos brevemente nos fins de semana e que deixávamos de lado assim que voltássemos para a efervescência do campus universitário, na segunda-feira. O problema era composto pelo fato de que alguns de nós estavam vivendo longe de suas igrejas e comunidades, enquanto outros moravam com familiares que não acreditavam em Deus. Surgiu a ideia de nos encontrarmos duas vezes por semana no almoço para orar e conversar sobre nossas vidas de fé. Parecia um passo pequeno e apesar de eu ter concordado em tentar, tinha minhas dúvidas de que isso faria Jesus ter uma parte maior em nossas vidas. Combinamos que os encontros seriam às segundas e quartas. Tipicamente, iniciávamos as reuniões com algumas canções, depois do que compartilhávamos lições espirituais 1. Hebreus 12:1 NTLH
que estávamos aprendendo ou falávamos de orações atendidas ou outras manifestações especiais do amor de Deus em nossas vidas. Às vezes, discutíamos alternativas para garantir mais tempo para a oração e para o estudo bíblico, pois nossa vida na faculdade era muito agitada. Compartilhávamos também dicas de como falar de Jesus para nossos amigos. Depois disso, trocávamos entre nós pedidos de oração, que abrangiam desde provas que íamos fazer, ao relacionamento com nossos familiares ou decisões relacionadas às nossas carreiras profissionais. Esses momentos em que falávamos de Jesus no contexto de nossos problemas e questões cotidianas me ajudavam a lembrar como Jesus quer estar ativamente presente em minha vida para me inspirar a investir tempo no fortalecimento de meu relacionamento pessoal com Ele. Antes de começarmos a ter esses almoços, nossa amizade girava em torno principalmente de nossos estudos e atividades de sala de aula, mas essa nova forma de interagirmos criou laços muito mais profundos, pois era uma oportunidade para compartilharmos nossas crenças e encorajarmos uns aos outros, pois éramos uma equipe
com uma meta comum: “correr, sem desanimar, a corrida marcada para nós.”1 Além disso, saber que tínhamos amigos que também valorizavam verdades espirituais criou uma atmosfera positiva e motivadora que nos inspirava a buscar maneiras de revitalizar nossos espíritos em nossas rotinas diárias — ouvir áudios bíblicos enquanto nos deslocávamos de um lugar para o outro, ler algum texto espiritual entre aulas e várias outras. Valorizo muito as memórias felizes daquelas reuniões de oração, porque me ensinaram que sempre há uma maneira de incluir Jesus em minha vida, por mais ocupada que eu esteja. Buscar interações com pessoas que compartilham do mesmo ideal fortaleceu meu compromisso de ser uma discípula de Jesus. Quanto mais vivencio a relevância de Seus princípios em minhas lutas diárias e vejo como Ele opera de maneira maravilhosa nas vidas de meus irmãos e irmãs na fé, menos inclinada me sinto a limitar Jesus ao fim de semana. Elsa Sichrovsky é escritora free lance. Vive com sua família no Sul do Taiwan. ■ 13
Por Chr is Mizran y
O horario DEUS DE FUNCIONAMENTO DE
24/7/365
Se já lhe aconteceu de, ao chegar a uma loja, descobrir que lera errado a placa que informa o horário de funcionamento e, por isso, encontrou o estabelecimento fechado, este artigo é para você. Em minha vida, momentos de epifania não são frequentes, mas dessa vez aconteceu. Enquanto eu tentava entender como eu pude ter me enganado (ao mesmo tempo em que mentalmente procurava justificar minha falha), ocorreu-me algo inesperado. E se Deus tivesse um horário de atendimento? E se, só por ter ficado com vontade, Deus “fechasse” mais cedo? Dá para imaginar? “Sinto muito, estou de folga. Atenderei ao seu pedido quando voltar.” “O número que você discou não está disponível agora. Por favor, tente 1. Ver Mateus 28:20. 2. Ver 2 Coríntios 1:10. 3. Ver 1 João 3:22. 14
novamente mais tarde.” Ou mesmo... “Por favor, pressione 1 para agendamento.” Pode ser engraçado imaginar Deus dando um tempo em algum resort celestial, mas a ideia é assustadora. E em meio a esses pensamentos fiz a mim mesmo a seguinte pergunta: Será que eu me viraria um dia sem Deus? Ou parte de um dia? Rapidamente vi que não me atreveria a tentar. A verdade maravilhosa sobre Deus, Pai; Jesus, Filho; e o Espírito Santo é que todos que creem podem contar com acesso integral a toda ajuda, poder, sabedoria e amor que precisarem. Nunca encontramos uma placa de “Volto já” pendurada na porta do escritório de Deus. Jesus nunca deixa de atender às nossas ligações e o Espírito Santo jamais nos diz: “Amanhã lhe darei um retorno”. Na verdade, a placa que comunica o “horário de funcionamento” de Deus traz mensagens como estas:
A lição mais importante que aprendi foi que devo confiar em Deus em todas as circunstâncias. Muitas vezes, passamos por diferentes provações e seguir o plano de Deus não parece fazer nenhum sentido. Deus está sempre no controle e nunca nos deixará. — Allyson Felix (n. 1985) 2 Tenho dito que as pessoas precisam deixar Deus fora da caixinha da manhã de domingo, entender que Ele não quer estar com você por apenas uma ou duas horas do fim de semana para então ser posto na caixa de plantão para emergência. Deus quer fazer parte da nossa vida, na segunda, na terça, na quarta, na quinta, na sexta, no sábado e no domingo. — Joyce Meyer (n. 1943)
“Estou sempre à disposição, mesmo quando as outras portas fecharem. Conte comigo.”1 “Lembra-se de quando achou que estava sem saída e Eu o resgatei? Posso repetir o feito. Apenas confie em Mim.”2 “Respeite Minhas regras e poderá ter simplesmente tudo e qualquer coisa que for boa para você.”3 Por isso, não tratemos Deus como nossa última opção, aquele a quem recorremos se os “procedimentos normais” não funcionarem. Vamos visitá-lO logo no início da manhã e em todas as horas do dia e da noite. A qualquer hora, todos os dias, Sua porta está sempre aberta. Chris Mizrany é web designer, fotógrafa e missionária na organização não governamental Helping Hand na Cidade do Cabo, África do Sul. ■
Por Uday Paul
UM ENCONTRO FASCINANTE Ainda me lembro daquele dia. Foi no início da década de 1980 e eu era um adolescente sentado no banco de trás de nosso carro. Quando paramos no semáforo, alguém entregou aos meus pais lindos pôsteres coloridos com textos no verso, os quais eles rapidamente me entregaram. Quando pararam em um lugar para fazer algo, fiquei no carro sozinho por um tempo. Por falta de outra coisa para fazer, dei uma olhada nas ilustrações e nas mensagens, as quais falavam da salvação e da dádiva da vida eterna em Jesus. Criado em uma família hindu, eu estava acostumado com assuntos espirituais e religiosos. Eu tinha minhas divindades favoritas no panteão hindu de deuses às quais 1. 2 Coríntios 5:7
gostava de orar e também me interessava em outras religiões, em especial no budismo e no islã. Entretanto, o conceito cristão da salvação sendo uma dádiva era novidade para mim. O texto no verso do cartaz terminava com uma oração que o leitor podia fazer para pedir Jesus para entrar em seu coração. Não pude acreditar que algo tão monumental como a salvação pudesse ser obtido com tanta facilidade, mas achei que não faria mal tentar. Assim que terminei a oração, senti uma paz profunda e o ceticismo se foi. Aquele dia inesquecível marcou o início da maior aventura da minha vida. Foi meu primeiro encontro com Deus, Criador deste maravilhoso mundo e tudo que nele existe.
Se você ainda não conhece Jesus, pode começar fazendo uma simples oração: Querido Jesus, por favor, entre em minha vida e me conceda a dádiva da salvação. Perdoe-me pelas coisas erradas que fiz e ajude-me a conhecê-lO melhor e permanecer ao Seu lado. Amém.
Já houve momentos em que fui teimoso e não quis reconhecê-lO. Passei também por dificuldades nas quais não senti Sua presença e Seu consolo tanto quanto eu gostaria. Mas em todas as circunstâncias Ele sempre esteve comigo e me abençoou com Seu amor incondicional. A Bíblia diz que “Andamos por fé, e não por vista”1. A vida cristã se baseia na fé em um Deus todo-poderoso e soberano, que nos ama e quer dar sentido e propósito às nossas vidas. Ao longo dos anos, Deus se provou real diversas vezes. É o meu melhor e mais íntimo amigo. Uday Paul vive em Bangalore, Índia, onde ensina inglês e ministra cursos de Desenvolvimento da Personalidade. ■ 15
Com amor, Jesus
VOCÊ É INESTIMÁVEL Meu amor é incondicional e imparcial. Amo inclusive os antipáticos, os difíceis de amar, os tristes, os solitários, os que passam por dificuldades, os perdidos e os confusos. Meu amor é perseverante, paciente e infalível. Percorrerá qualquer distância para amar e conduzir uma única alma perdida, solitária e maltratada à vitória.
É claro que você tem fraquezas e limitações, mas Meu amor por você não diminui por causa delas. Para ele não há restrições, ou seja, não importam as condições nas quais você se encontre, Eu o amo do mesmo jeito. Nunca pense que Eu o ame menos por você não ser tudo que você gostaria ou acha que deveria ser. Quando olho para você não vejo suas “deficiências”, apenas Minha tão amada criação. Eu amo você e isso não muda.