MUDE SUA VIDA. MUDE O MUNDO.
GESTÃO FINANCEIRA!
Cinco elementos da boa saúde financeira
Reduzir dívidas e construir patrimônio
É possível fazer ambos?
Coloque Deus contra a parede Aja como dono
Volume 19, Número 9
C O N TATO P E S S OA L
As melhores coisas
“As melhores coisas na vida não são coisas.” É bem provável que seja familiar com essa famosa frase do humorista americano Art Buchwald1: Essa máxima costuma vir à minha mente quando me sinto tentado a comprar algo que vejo em alguma peça publicitária, ou trocar algum aparelho por outro mais novo. Confesso que, às vezes, acabo cedendo, mas o pensamento de Buchwald me ajuda a pelo menos considerar alternativas à compra do item em questão. No século 21, não é fácil viver com simplicidade. Somos frequentemente assediados por “ofertas imperdíveis” e a volatilidade tecnológica faz com que muitos produtos se tornem obsoletos pouco depois de lançados, bem antes de termos condições de comprar a novidade. Entretanto, o acúmulo de coisas não se traduz em satisfação. “A vida de um homem não consiste na quantidade dos seus bens”,2 disse há uns dois milênios o maior mestre das frases curtas. No fim, a felicidade costuma vir de prazeres simples que, infelizmente, estão sujeitos a ser ofuscados quando nos deixamos seduzir pelos supérfluos, ou quando os ignoramos na corrida louca da vida. Um segredo para uma vida mais feliz é aprender a se contentar com o que se tem, dando graças a Deus e usando Suas bênçãos com sabedoria.3 Mário Sant’Ana Editor P.S.: Além das histórias pessoais dos vários articulistas desta edição, espero que a matéria sobre gestão financeira com base nos princípios cristãos, nas páginas 4 a 7, seja esclarecedora e útil para você.
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Samuel Keating Gentian Suçi
© 2018 Activated. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e Tiago Sant'Ana. A menos que indicado o contrário, todas as referências às Escrituras foram extraídas da “Bíblia
1. 1925–2007 2. Lucas 12:15 NVI 3. Ver Filipenses 4:11–12. 2
Sagrada” — Tradução de João Ferreira de Almeida — Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.
Por Uday Paul
UM FIRME ALICERCE Faz pouco tempo, pensava sobre como o colapso do mercado de capitais norte-americano em 1929 derrubou os sistemas financeiro e econômico no mundo. Tomados por um devastador efeito dominó, bancos, indústrias e negócios em geral vieram à falência, gerando desemprego generalizado e inquietações sociais. Apesar de não ter acontecido nada da mesma escala desde então, recessões ou depressões econômicas são fenômenos longe de ser raros e ensejam crises financeiras. Como é possível, então, viver em segurança em um mundo tão instável financeiramente? A resposta é a fé e a confiança em Deus, que prometeu estar conosco na abundância e na pobreza. São várias as passagens bíblicas que tratam da provisão de Deus para
1. Ver Êxodo 16–17. 2. Ver Deuteronômio 29:5. 3. Ver 1 Reis 17. 4. Ver Mateus 14:13–21. 5. 1 Timóteo 6:17
Seu povo. Quando trouxe os israelitas da terra do Egito e os guiou para a Terra Prometida, Deus os alimentou. Quando tiveram fome, deu-lhes comida do céu, o chamado maná. Quando tiveram sede, fez brotar água de uma rocha.1 Mesmo após a longa peregrinação no deserto, as roupas e os calçados dos judeus não estavam sequer desgastados!2 O mesmo se observou quando, no tempo do profeta Elias, uma forte seca assolou Israel. Deus orientou Seu servo a viver às margens de um ribeiro e até determinou que corvos lhe trouxessem comida! Quando a fonte secou por conta da estiagem, Elias foi para a vila de Sarepta. Ali, uma viúva, em obediência a Deus, compartilhou com o profeta o pouco alimento que tinha, pelo que Deus a abençoou e fez com que não lhe faltasse o que comer durante a seca.3 Certa vez, Jesus, Seus discípulos e uma multidão que os seguia se viram sem o que comer em uma localidade erma, e estava ficando tarde. A sugestão lógica apresentada pelos
Seus seguidores é que enviassem o povo para as vilas próximas, para conseguirem o que comer. Todavia, Jesus lhes pediu que trouxessem para Ele a única comida que encontraram. Ao receber os cinco pães e os dois peixes, Jesus olhou para o céu, abençoou o alimento e o distribuiu para o povo. Depois que cinco mil pessoas se fartaram, os discípulos recolheram doze cestos com sobras!4 A Bíblia nos instruiu a não depositarmos nossa esperança em riquezas incertas ou em fortunas terrenas, mas “em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos.”5 Os recursos financeiros do mundo podem chegar ao fim, a exemplo do que aconteceu com o ribeiro na história de Elias, mas Deus sempre cuidará de Seus filhos e proverá para eles. Uday Paul vive em Bangalore, Índia, onde leciona inglês e ministra cursos para o desenvolvimento da personalidade. ■ 3
GESTÃO FINANCEIRA Por Peter Amsterdam, adaptação
Um pastor certa vez disse:
“Ter uma vida financeira saudável não é complicado. Pode ser difícil, mas não complicado.” A dificuldade está no fato de a saúde financeira não depender simplesmente de aprender estratégias financeiras e técnicas de gestão. Inclui também componentes espirituais. É importante ter uma visão espiritualmente correta do dinheiro e usá-lo corretamente. A Bíblia diz que “o amor ao dinheiro é raiz de todos os males”1 e esse versículo foi várias vezes equivocadamente usado para sugerir que o dinheiro seria a raiz de todos os males. Na verdade, diz que o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males. É de fato perigoso dar importância excessiva ao dinheiro e abstrair dele um senso de segurança.
1. 1 Timóteo 6:10 2. NVI 4
Como muitos já descobriram pela experiência pessoal, a segurança financeira pode ser efêmera e a única verdadeira e duradoura garantia só pode se encontrar em Deus. Não obstante, precisamos de dinheiro para viver, cuidar de nossas famílias, comunidades e ajudar os outros, o que torna o tópico de finanças relevante para nossas vidas diárias. A maioria dos especialistas concorda haver alguns elementos determinantes na boa gestão do dinheiro. Se estiver em busca de uma fórmula para administrar corretamente suas finanças, recomendo estes cinco pontos como ponto de partida. Quando o assunto é dinheiro, expressões como “estabilidade financeira” ou “economias” podem causar incômodo, especialmente para quem está sob a pressão de melhorar sua situação. Talvez você esteja passando por dificuldades financeiras neste
momento, possivelmente em dívidas e não vê como poderá economizar coisa alguma ou não tanto quanto gostaria, por conta das suas circunstâncias. Antes de continuar, portanto, vou incluir aqui dois pensamentos poderosos e animadores. O primeiro é: Com a ajuda de Deus, nada é impossível O segundo é: Qualquer meta ordenada por Deus pode ser alcançada… um pequeno passo de cada vez. Se você tem um longo caminho a seguir para alcançar suas metas financeiras, se tem de lutar com dívidas, se sente desânimo, ansiedade ou até desespero quando se trata de assuntos financeiros, lembre-se que o poder de Deus em você pode tornar possível o seu “impossível”, inclusive no âmbito financeiro. Vamos olhar por esse prisma as cinco pedras angulares das finanças pessoais.
Número 1. Tenha e respeite um orçamento.
Número 2. Gaste menos do que ganha. Ter um orçamento é essencial, mas de nada vale se não for respeitado. E é aí que reside a dificuldade para a maioria. Seu orçamento é o plano que define como você vai gastar seu dinheiro. Como Dave Ramsey diz: “Fazer um orçamento é dizer ao dinheiro aonde ir, em vez de se perguntar aonde foi.” Todos provavelmente já tivemos a experiência de olhar para trás, no fim do mês e se perguntar: “O que aconteceu com o dinheiro?” 1 Coríntios 4:2 diz: “O que se requer destes encarregados é que sejam fiéis.”2 Como diligentes encarregados do dinheiro que Deus nos confiou, seja pouco ou muito, precisamos de um plano para nossos gastos e economias. E é aí que entra o orçamento. A vida é cheia de despesas, muitas das quais são recorrentes, o que nos permite saber se acontecerão toda semana, todo mês, a cada trimestre ou uma vez por ano. Todas as despesas que acontecem em intervalos regulares ou semirregulares devem ser incluídas no orçamento. Com certeza, às vezes surgem emergências legítimas para as quais não há como estarmos preparados, o que pode forçar gastos além do orçado, sobre o que falaremos mais no quarto ponto.
Aqui vão algumas dicas para a elaboração de um orçamento: Identifique sua renda real e a inclua integralmente em seu orçamento. Trabalhe com a receita com a qual você pode contar de verdade. Não inclua receitas esporádicas ou bônus de fim de ano. O orçamento começa com suas despesas básicas, outros pagamentos essenciais, quitação de dívidas e reservas para emergências e outras necessidades de longo prazo. Seja realista ao calcular suas despesas. Não ajuda tentar diminuir as despesas genuínas que não podem ser reduzidas. Alocar menos recursos para comida ou gasolina porque tem esperança de economizar ou gostaria de gastar menos nessas categorias não é realista, se no fim você gastar mais do que orçou. E isso vai gerar estresse, contrariando o propósito do orçamento. Faça os ajustes necessários. Analise seu orçamento todos os meses para mantê-lo atualizado e para avaliar as mudanças ou ajustes que devem ser feitos. Mantenha os registros da maneira que for boa para você. O melhor sistema para você é aquele que funciona para você, seja uma planilha eletrônica, uma folha de papel na geladeira ou um caderno que está sempre à mão.
A maneira de evitar dívidas é simples: não gaste mais do que ganha. É a chamada “regra financeira fundamental” e é a única maneira de ter dinheiro suficiente para cobrir todas as despesas e conseguir poupar. Não são poucas as forças que atuam contra os esforços para se viver dentro dos limites orçamentários. Por isso é importante lembrar: * Modere os gastos. O sacrifício feito hoje pode resultar em benefícios amanhã. * Saiba a diferença entre necessidades e supérfluos. Necessidades e vontades são duas coisas diferentes e os poupadores de mais êxito limitam os gastos com as “vontades”. Têm uma visão de longo prazo e preferem economizar para construir uma estabilidade financeira a atender aos desejos temporais, comprar mimos e supérfluos. * Analise seus hábitos e rotinas. Muita gente tem um ou mais hábitos caros. O café especial diário, o lanche favorito do fim-de-semana ou jantares fora. Analise todos os seus hábitos e rotinas para ver onde dá para reduzir, para não extrapolar o orçamento ou para destinar dinheiro para a poupança. 5
* Evite compras por impulso. Quando surgir a decisão de comprar algo que não estava planejado, pense por alguns dias no assunto para ver se a aquisição é de fato necessária. Um bom amigo me disse que seu irmão, um contador de muito sucesso, adotou o que chama de “regra de três dias”. Quando se trata de compras de valores mais altos, espera três dias para tomar a decisão. Isso dá a oportunidade para as emoções se acalmarem e para a razão entrar em ação, para ele assim ter certeza de que a compra é a melhor opção. * Encontre sua alegria e satisfação em Deus e nos seus relacionamentos, não em coisas. É da natureza humana querer a última novidade, mas como já cantavam os Beatles, “O dinheiro não compra amor”. Tampouco compra saúde, paz, amizade ou contentamento. * Pague com dinheiro. As pesquisas mostram que gastamos com mais facilidade quando usamos um cartão de crédito. Quem usa dinheiro em espécie ao pagar pensa duas vezes antes de efetuar a compra e isso é importante para quem estiver tentando cortar gastos. * Imagine-se alcançando suas metas. Se estiver trabalhando para formar um fundo de emergência, economizando para uma necessidade
3. NVI 4. Mateus 6:33 6
específica ou mesmo para algo especial, lembre-se de suas metas financeiras cada vez que estiver diante de uma decisão financeira. Se a aquisição não for ajudá-lo a alcançar a sua meta, pergunte-se se é possível passar sem ela. * Desfrute as coisas simples e gratuitas da vida. Há tantas coisas para se desfrutar que não custam dinheiro! Descubra e desfrute das coisas simples e veja quão enriquecedoras e valiosas são algumas dessas atividades ou momentos compartilhados “que não têm preço”.
Dependendo de quanto deve, talvez seja necessário adotar uma abordagem agressiva. Se a sua meta for economizar dinheiro para o futuro, é de suma importância não ter dívidas, em especial as que têm taxas de juros elevadas. Será muito difícil, se não impossível, fortalecer sua posição financeira e economizar dinheiro se tiver dívidas para pagar. Sem falar na sensação de alívio e liberdade que terá quando não tiver dívidas.
Número 4. Número 3. Evite fazer dívidas. Liquide as atuais.
A melhor maneira de evitar o endividamento é respeitar seus limites orçamentários, mas os endividados não devem se desesperar. Por mais difícil que seja ou perdure a atual situação, você pode confiar que Deus é capaz de ajudá-lo a saldar sua dívida. A quitação de dívidas, pequenas ou grandes, demanda um plano, muita determinação e sacrifícios.
Economize. Forme um fundo de emergência.
Provérbios 13:11 ensina: “...quem ajunta [dinheiro], aos poucos terá cada vez mais”.3 Economizar é importante. Mesmo para quem tem um orçamento bem estruturado e não gasta mais do que pode, há razões importantes e até vitais para economizar. Você provavelmente notou a encorajadora expressão que nos traz o versículo acima sobre poupança: “aos poucos”. Qualquer quantia economizada faz diferença
Número 5. Dê a Deus e aos outros.
e é importante começar tão logo quanto possível. Um ponto importante relacionado à poupança é a criação de um fundo de emergência. Emergências acontecem a todos e não há como planejarmos para elas ou sabermos quando acontecerão. Os especialistas recomendam que se deve trabalhar para formar um fundo de emergência que cubra de três a seis meses de suas despesas básicas. Isso não necessariamente cobriria de três a seis meses de seu orçamento, mas o mínimo com o qual você pode se virar sem se endividar. Comece adicionando o item “fundo de emergência” ao seu orçamento mensal, se possível. Mesmo que você separe apenas um pouco cada mês. Lembre-se da abordagem “aos poucos” da qual fala o Livro de Provérbios. Um fundo de emergência não deve ser usado para nada que não seja uma emergência verdadeira. As palavras chave são “inesperado” e “inevitável”. Se quiser que essa reserva exista quando for necessário, só a use quando houver de fato uma necessidade. Esse é o valor do fundo de emergência.
Dar a Deus e aos outros é um elemento importante para se ter uma vida financeira saudável e abençoada. Se estiver com dificuldades financeiras neste momento ou tentando economizar para comprar uma casa, formar um fundo de aposentadoria ou seja o que for, pode parecer contraditório dar parte da sua receita para o trabalho de Deus ou para os carentes. É natural pensar: “Preciso desse dinheiro! Não tenho como fazer doações.” Estas são algumas passagens das Escrituras que destacam o valor de dar a Deus e aos outros: Um homem dá liberalmente, e se enriquece. — Provérbios 11:24 O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. — 2 Coríntios 9:6 Dai, e dar-se-vos-á. … Pois com a mesma medida com que medirdes vos medirão também. — Lucas 6:38 Nós, cristãos, temos a responsabilidade de usar nossos recursos financeiros de forma a glorificar a Deus. Dar a Deus e aos outros não é um esquema de enriquecimento rápido. É um compromisso pessoal entre você e Deus, que atrai Suas bênçãos para a sua vida, muitas das quais, às vezes, vêm de forma gradual, mas inegável.
A maioria de nós já passou ou passará períodos de dificuldades financeiras. Os cristãos têm a bênção de poder trazer nossas necessidades e preocupações a Deus. Ele quer que confiemos nEle em todas as áreas de nossas vidas, inclusive na financeira. Mas devemos fazer nossa parte sendo gestores sensatos e prudentes das nossas finanças, e trazendo nossas necessidades diante dEle em oração. Somos Seus filhos e sabemos que Ele nos ama, Se importa conosco e prometeu suprir para nós. “Mas buscai primeiro o seu reino e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”4 Peter Amsterdam e sua esposa, Maria Fontaine, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. ■
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dívida e construção de Redução de
riqueza Por Ruth McKeague
Ler os blogs de outras pessoas lutando contra dívidas me
ajuda a manter a decisão de reduzir minha dívida. Na busca por artigos relevantes ao momento em que me encontro em minha jornada para sair da dívida, muitas vezes ignoro aqueles relacionados a investimentos e poupanças. Existe uma convergência entre os escritos que tratam da redução de dívidas e os que abordam a formação de patrimônio. Sou totalmente favorável à eliminação de dívida, mas tenho dificuldades com o conceito de formação de riqueza. Se por um lado associo a minoração do 1. O Dia da Lembrança é observado em 11 de novembro na maioria dos países, em memória ao fim das hostilidades ocorridas nesse dia, na Primeira Grande Guerra, em 1918. 2. Lucas 4:18 3. Gálatas 5:1 4. http://prudencedebtfree.com/ 8
endividamento à adoção de posturas mais responsáveis no tocante a gastos, tendo a relacionar a formação de riqueza exclusivamente à avareza e ao egoísmo. Faz alguns anos, publiquei um texto de como interpretações equivocadas de certas passagens bíblicas haviam se enraizado em mim, levando-me a associar o dinheiro e gente rica com maldade: “Redução de dívidas e da culpa: enfrentando a autossabotagem” Pode ser delicado citar a Bíblia quando o assunto é pessoal — como uma dívida — porque pode afastar o leitor ou o ouvinte. Contudo, sair do vermelho requer esforços em várias dimensões, dentre as quais está necessariamente a espiritual. Uma amiga que não é cristã e costuma ler meu blog me disse: “Você é uma das poucas pessoas que consegue citar a Bíblia sem me deixar zangada.” Isso me ajudou a retomar esse assunto.
Saúde física e financeira Certa vez, eu escutava um programa de rádio enquanto dirigia. O entrevistado era um homem de mais idade que falava sobre a boa forma física, da importância de os idosos adicionarem progressivamente rotinas de levantamento de peso em suas atividades diárias e diminuírem os exercícios aeróbicos, para permanecerem fortes e saudáveis. Um ouvinte ligou e perguntou: “Como os cristãos, que são chamados para servir altruisticamente podem ser tão egoístas a ponto de dedicar meia hora diária a melhorar sua condição física?” A pergunta me irritou. Para poder ajudar os outros é preciso cuidar de si mesmo! — pensei. Como alguém fora de forma, correndo o risco de adoecer e perder mobilidade, pode servir os outros? O conceito de bem-estar físico para mim está claro, mas o que me impede de adotar a mesma atitude
com respeito à saúde financeira? Sem dívida e com uma boa poupança eu teria maior flexibilidade para ser generosa com minha igreja, com organizações humanitárias e até esforços internacionais. São coisas boas que podem ser facilmente feitas por pessoas que conseguiram granjear alguma riqueza. Certamente você terá que cuidar do seu dinheiro se quiser oferecer alguma ajuda financeira aos outros! Como uma pessoa endividada até o pescoço pode ser generosa? Dia da Lembrança e da Liberdade No Dia da Lembrança,1 “Eles morreram pela nossa liberdade” é a mensagem que muitas vezes ouço e é especialmente emocionante para mim porque tanto meu pai quanto meu avô lutaram em guerras. A mensagem é também especialmente poderosa para um cristão, pois lemos nos Evangelhos que Cristo serviu e
morreu para “apregoar a liberdade dos oprimidos.”2 Pesquisei o significado da palavra “liberdade” em três dicionários (sei que isso é coisa de nerd), e cada um apresenta duas acepções: 1. o poder de determinar as próprias ações 2. condição de não estar aprisionado ou escravizado Liberdade é uma dádiva que desperdiçamos. Sabotamos esse direito quando tomamos decisões que nos colocam reféns de vícios, do materialismo, do orgulho, do medo… e da dívida. Então, como podemos honrar essa dádiva e os sacrifícios feitos por ela: “Cristo nos libertou para que sejamos de fato livres. Estai, pois, firmes e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da escravidão.”3 Honramos a dádiva de liberdade vivendo-a de forma plena e em gratidão e permanecendo firmes em vigilância para preservá-la.
O descuido pode levar de volta ao cativeiro. Futuro financeiro Sei que a liberdade inerente à saúde financeira tem o potencial de produzir vários benefícios. O tempo dirá se manteremos a disciplina necessária para as coisas continuarem em uma direção positiva depois que sairmos do vermelho, ou se seremos tolos e desperdiçaremos nossa liberdade. Minha esperança é que valorizemos essa liberdade e permaneçamos firmes, pois não gosto de cativeiro. É para a liberdade que somos libertos. Quero vivê-la. Ruth McKeague vive em Ottawa, Canadá, onde leciona para o Ensino Médio. Nos últimos seis anos, escreve sobre sua jornada de superação de dívidas em seu site Prudence Debtfree. 4 ■ 9
A generosidade é parte da responsabilidade de se ter dinheiro. Quem tiver bens do mundo e, vendo o seu irmão necessitado, cerrar-lhe o seu coração, como estará nele o amor de Deus? — 1 João 3:17
A MUDANÇA DE MENTALIDADE Por Marie Alvero
Em um estudo recente, Charles Schwab mostrou
que nos Estados Unidos, uma família se sente rica quando alcança um patrimônio de 2,4 milhões de dólares, e que precisa pouco mais de um milhão de dólares para se sentir “confortável”, uma condição alcançada por cerca de 10% da população daquele país, infelizmente. E o resto da população, como vive? As pesquisas demonstram que praticamente todos relataram necessitar um pouco mais do que ganham. Mais longe dessa realidade está a vasta maioria das populações que vive nos países em desenvolvimento, onde esses valores são considerados fortunas enormes à qual somente os mais ricos dos ricos têm acesso. Já estive entre os que entendem que sempre precisavam de um pouco mais. Foi muito difícil aprender a
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controlar meu dinheiro em vez de permitir que ele me controlasse. A leitura mais atenta da Bíblia me ajudou a estruturar de forma mais adequada minha vida financeira. Aqui estão algumas coisas que a Palavra de Deus deixa bem evidentes:
Não tome empréstimo descuidadamente. O que toma emprestado é servo do que empresta. — Provérbios 22:7 Não deposite fé no dinheiro. Manda aos ricos deste mundo que não sejam altivos, nem ponham a esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que abundantemente nos dá todas as coisas para delas gozarmos. — 1 Timóteo 6:17
O amor pelo dinheiro produz insatisfação e perigo. Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com os seus rendimentos! — Eclesiastes 5:10 NVI
Com certeza, essa não é uma lista exaustiva de versículos bíblicos sobre o tema. A Palavra tem muito a dizer sobre dinheiro. Há um entendimento generalizado de que a cristandade o vê como algo mal e que Deus seria contra a riqueza. É uma visão equivocada. O dinheiro não é bom nem mau. A maneira como o usamos, porém, revela nossa própria natureza. A Palavra de Deus nos traz princípios para uma abordagem saudável das questões financeiras. Aplicá-los ajudou nossa família a lidar com elas, na fartura e na falta.
Prefira a virtude à riqueza. Vale mais o pouco que tem o justo, do que as riquezas de muitos ímpios. — Salmo 37:16
Marie Alvero foi missionária na África e no México. Vive atualmente na região central do Texas, EUA. ■
Meu dinheiro pertence a Deus. Tudo vem de Ti, e nós apenas Te demos o que vem das Tuas mãos! — 1 Crônicas 29:14 NVI
CAINDO NO
LUGAR CERTO Por Heidi Dansholm
“Tudo está caindo aos pedaços!” — explodi depois de
uma visita ao Orfanato Kurasini, em Dar es Salaam, na Tanzânia, onde, nos últimos dois anos, nossa equipe de voluntários da Família Internacional tem trabalhado com os responsáveis pela instituição para melhorar as condições de vida das crianças. A higiene na cozinha e nos dormitórios tinha começado a melhorar, mas parecia que sempre havia mais para fazer. Conforme crescia a lista de reparos a serem feitos, aumentava a relação de materiais de construção. E aí esbarrávamos na questão financeira. Como obter os recursos para atender a todas essas necessidades? Enquanto discutíamos o projeto durante o jantar, lembrei do estado do berçário e foi aí que, mais uma vez vencida pela frustração, deixei escapar o “Tudo está caindo aos pedaços!”
Um dos meus colegas riu, lembrou-me das condições deploráveis em que estava o lar de crianças quando o conhecemos e enumerou as muitas mudanças que havíamos conseguido fazer. Senti-me ridícula! Sim, havia muito a fazer, mas dedicar apenas alguns minutos para valorizar os avanços que alcançáramos ajudou a colocar as coisas em perspectiva. O sentimento de impotência diante das dificuldades foi substituído pela alegria de ver as muitas mudanças positivas que haviam ocorrido. O progresso era lento, mas real e constante. Então ouvi a voz de Deus em meus pensamentos: Afinal, quem está no controle? - Eu! Quem vê a situação com mais clareza e tem mais capacidade de resolver os problemas? Eu ou você? - Eu!
Quem veio em seu auxílio toda vez que se deparou com uma situação ‘impossível’? - Eu! O melhor é você continuar fazendo o que pode cada dia, e perseverar em oração. Confie em Mim e as coisas vão se ajeitar no tempo certo, no Meu tempo! Era tudo que eu precisava ouvir. Senti uma onda de energia dentro de mim renovar minha determinação. Avançaríamos em tudo que está ao nosso alcance, fazendo uma coisa de cada vez e deixando o restante nas mãos de Deus. Com o Seu apoio, atingiremos nossos objetivos! A vida é sempre assim. Muitas vezes, parece que tudo conspira contra nós, mas se pararmos e nos afastarmos um pouco da cena, veremos mais uma vez que Deus está lá para nos ajudar. Nada que estiver em Suas mãos cairá aos pedaços. Tudo cairá no lugar certo. ■ 11
COLOQUE DEUS CONTRA A PAREDE Por Virginia Brandt Berg, adaptação
Depois que pedir algo a Deus, tome uma atitude. Ponha a
sua fé em ação dando passos rumo à sua meta. Quando eu era a pastora de uma igreja em Wagoner, Oklahoma, havia uma moça chamada Etta que queria muito ir para a faculdade a fim de preparar-se para o serviço cristão. Durante dois anos, orou pelo dinheiro necessário para custear seus estudos, mas a situação parecia impossível. Procurou-me chorando e muito desanimada. Perguntei-lhe se tinha certeza de que era a vontade de Deus ela fazer esse curso, ao que me respondeu não ter sombra de dúvida. “Eu certamente não esperaria mais” — disse para ela. “Há dois anos você pede o dinheiro ao 1. Filipenses 4:19 2. Ver 1 João 5:14–15. 12
Senhor, mas nunca mostrou por suas ações realmente esperar que Ele o proveria. Se acreditasse mesmo que Ele responderia à sua oração e daria o dinheiro que precisa, o que faria?” “Arrumaria as malas, escreveria para a escola avisando que estava a caminho e faria todos os outros preparativos para ir.” — Foi sua resposta. “Exato! Fique firme na promessa do Senhor e faça os preparativos necessários, como se tivesse o dinheiro na mão. A fé verdadeira procede como se já tivesse acontecido. Se alguém lhe prometesse o dinheiro, você acreditaria, não é? Pois bem, Deus já prometeu na Sua Palavra, no Salmo 37:4, conceder o desejo do seu coração. Você acredita nEle?” “Eu acredito e vou provar indo para casa agora e arrumando as
malas. As aulas começam em breve e tenho de me apressar.” Daquele momento em diante, Etta nunca mais vacilou. Começou a se preparar como se já tivesse o dinheiro. Ela tinha plena certeza de que o Banco do Céu abriria as suas janelas na hora certa. Na véspera de partir, telefonou contando que toda a sua roupa e outros pertences estavam prontos para serem empacotados, mas que ela não tinha uma mala. Ao telefone, clamamos juntas a promessa das Escrituras: "O meu Deus suprirá todas as suas necessidades de acordo com Sua riqueza em glória.”1 Cerca de uma hora mais tarde uma amiga me ligou. Disse que estava limpando a casa e que, entre várias coisas, havia uma mala grande da qual ela não precisava mais. Queria saber se eu precisava dela.
Rindo, lhe disse: "Você está entregando uma encomenda do Céu, só que no endereço errado. O Senhor quer que a mala seja enviada para a casa de Etta." Na noite seguinte, alguns de nós fomos à estação nos despedir de Etta que estava partindo para a faculdade. “O dinheiro ainda não veio, mas não estou nem um pouco preocupada, porque tenho certeza de que o Senhor ouviu minha oração e que alcancei a petição que fiz.”2 Algo não está certo —pensei. Alguns amigos me disseram terem feito uma vaquinha para ajudar Etta, mas eu não sabia que ela não havia recebido o dinheiro. Foi quando vi o trem apitar à distância e vi a luz do farol. Etta observava o meu rosto em busca de algum sinal. O que eu podia dizer? De repente, uma das pessoas que fez a vaquinha chegou correndo até
nós. “Estava no escritório quando lembrei deste dinheiro que os outros me deram para entregar à Etta - disse o homem. E aqui está um pouco mais. É um presente meu e da minha mulher.” “E aqui está minha contribuição” - disse outro amigo, que havia acabado de chegar para se despedir de Etta. “Todos a bordo!" Disse o condutor. "Todos a bordo!” “Todos a bordo das promessas de Deus! - eu disse à Etta. Vale a pena confiar, não vale?” “É maravilhoso! - respondeu. É simplesmente maravilhoso o que a fé pode fazer!” Virginia Brandt Berg (1886–1968) foi evangelista e escritora americana. Leia mais sobre sua vida e obra em http://virginiabrandtberg.org. ■
Conceda-te o desejo do teu coração e leve a efeito todos os teus planos. — Salmo 20:4 NVI Acima de tudo, esteja preparado a todo momento para as dádivas de Deus e sempre pronto para a novidade. Deus está mil vezes mais preparado para dar do que estamos para receber. — Meister Eckhart Deus nunca chama Seu povo para realizar algo sem prometer prover todas as necessidades. — Charles R. Swindoll (n. 1934) Não há nada que Ele goste mais do que honrar Suas promessas, atender à oração, operar milagres e realizar sonhos. É assim que Ele é. É isso o que Ele faz. E quanto maior o círculo [nossas orações], melhor, porque isso Lhe dá mais glória. — Mark Batterson 13
Por Anna Ranta
MOMENTOS PRECIOSOS
Era uma típica manhã de segunda-feira. Meu marido
e eu estávamos tratando de alguns assuntos relacionados ao projeto de auxílio humanitário que realizamos em várias nações dos Bálcãs. Lá pelas 10 horas, estava bem quente e a previsão para a tarde era de mais calor, o que significava também mais desconforto. Decidimos, então, tentar terminar tudo que tínhamos a fazer até a hora do almoço. Quando estacionamos nosso motor home, fomos abordados por um homem pedindo dinheiro - uma ocorrência nada rara aqui, já que milhões ainda lutam para superar os efeitos econômicos da guerra civil do início da década de 1990. Sempre procuramos ajudar quem precisa, na forma de mantimentos ou um pouco de dinheiro, mas daquela vez demos pouca atenção ao homem e saímos apressados para resolver nossas coisas. Quando voltamos mais tarde, ele ainda estava ali, à nossa espera, e não parecia nada ofendido pela nossa falta de gentileza no primeiro encontro. Como nosso veículo
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tem placa da Itália, o rapaz nos disse algumas palavras em italiano e quando lhe explicamos que éramos da Escandinávia, passou a falar em dinamarquês. Eu e meu marido procurávamos algo para lhe dar quando nos ouviu conversando em inglês, motivo pelo qual começou a falar também nesse idioma, quase perfeitamente. Certamente, não era um mendigo típico. Contou-nos que era refugiado da Croácia, que escapara da guerra fazia muitos anos e não tinha onde morar, motivo pelo qual vivia com alguns amigos no parque, do outro lado da rua. Um pequeno fogareiro, um colchonete enrolado e três vira-latas que o acompanhavam comprovavam a veracidade da história. Eu e meu marido nos sentimos muito mal pela maneira como havíamos tratado aquele homem que obviamente era uma pessoa educada e inteligente, que passava por dificuldades. Na verdade, não deveríamos tratar ninguém daquela forma. A tragédia da guerra trouxera aquele homem e seus amigos àquele estado, mas quanto
mais conversávamos com ele, mais víamos como haviam se adaptado admiravelmente bem às suas circunstâncias de extrema dificuldade, vivendo em um abrigo improvisado sob as árvores e tomando banho e lavando as roupas no Rio Danúbio. Conseguimos algumas coisas para ele e seus amigos: comida, sabonete e outros produtos de higiene pessoal, etc. Também deixamos com ele alguns textos inspiradores e prometemos que na próxima vez levaríamos roupas para ele e seus amigos. É muito fácil, às vezes, no corre-corre diário, deixarmos escapar momentos preciosos nos quais podemos fazer algo especial pelo nosso próximo. Temos tanto para dar e tanto para receber, mas, muitas vezes, permitimo-nos ficar tão ocupados, que deixamos escapar essa bênção. Anna Ranta foi missionária por 45 anos e é autora de Uma Vida Extraordinária, disponível em The Book Patch. ■
Possessões terrenas Por Koos Stenger
Sempre gostei de cachorros. Convivi com eles
desde a infância e mesmo quando estávamos no campo de missão. Minha esposa e eu sentíamos que era um membro necessário no nosso lar, então adotamos um filhotinho e compramos uma coleira para ele. E não era qualquer coleira, mas a melhor que encontramos. Muitas vezes, em nossos passeios ao anoitecer, ele parecia mais bem vestido que eu, com sua coleira de aço inoxidável e sua tag dourada. Infelizmente, nosso pet não percebia o valor de sua maravilhosa coleira nem a protegia como um importante bem terreno. Perdeu-a na praia. Ele adorava rosnar e latir para a espuma das ondas e atacava inclusive as grandes, cinco vezes maiores que ele. Então voltava de sua investida contra o mar, todo feliz, como se dissesse: Conquistei o oceano! Vocês viram?
Até que um dia a coleira não voltou com ele da água. Ficamos chateados, mas não podíamos fazer nada e, sem nenhuma pet shop por perto, amarrei uma corda ao redor do pescoço dele. Três dias depois, eu caminhava na praia para passar um tempo de oração. Além de mim, a única pessoa que estava na praia era um velho pescador preparando suas redes. Ao me ver, acenou e, quando me aproximei, deu-me um sorriso banguela e se deteve me observando com olhos bem azuis em um rosto marcado pelo sol e pelo tempo. “Isso é seu?” — perguntou-me tirando algo do seu bolso. Mal pude acreditar! Era a coleira do nosso cão. “Encontrei enquanto pescava. Parece cara.” “E é mesmo!” — disse surpreso. “Meu cachorro a perdeu faz uns três dias. Como Deus é bom! Ele cuida até mesmo dos pequenos detalhes da vida.”
“Deus?!?” — questionou o homem. “O que Ele tem a ver com isso?” “Sente-se. Vou lhe explicar.” E naquele dia, recuperei a coleira do meu cachorro e meu novo amigo recebeu Jesus. Koos Stenger é escritor freelance na Holanda. ■
Jesus nunca deixará de ser seu amigo. E essa amizade pode começar com uma oração como esta: Querido Jesus, por favor, entre em minha vida e seja meu amigo para sempre. Oriente meus passos na jornada da vida pela Sua Palavra, para que eu possa conhecê-lO melhor. Ajude-me a ser bom e gentil com os outros, como Você faria. Amém. 15
Com amor, Jesus
RIQUEZAS DURADOURAS Minha Palavra contém centenas de promessas que você pode reivindicar. Se as ler, absorver e clamar, vibrará ao ver suas orações serem respondidas, e a sua fé aumentará. Se você continuar lendo, absorvendo e clamando essas promessas, continuarei respondendo, inspirando e suprindo. Não significa que sua fé jamais vacilará ou que você nunca mais passará por momentos difíceis. Enquanto estiver neste mundo, vivenciará bons e maus momentos. Os problemas são uma parte necessária da vida, mas a sua conexão Comigo e a sua fé no Meu amor e nas Minhas promessas podem fazer toda a diferença em como você lida com os problemas que enfrenta.