MUDE SUA VIDA. MUDE O MUNDO.
IMAGINE UM NATAL MELHOR
TrĂŞs perguntas para mostrar o caminho
Nosso Jesus
O presente universal
O fim do estresse de Natal Como sobreviver ao fim de ano
Volume 20, Número 12
Contato pessoal Tempo para amar
Um dos milagres de Natal é que, mesmo em uma sociedade moderna, onde muitas vezes somos sitiados pelo materialismo desenfreado, o verdadeiro significado do Natal nunca é totalmente perdido. Até mesmo os não crentes são tocados pelo simbolismo de uma criança inocente que representa a esperança da humanidade, que veio à terra para convidar cada pessoa a se aproximar de Deus e dos outros. Não consigo imaginar uma história mais bonita. O Natal consegue fazer aflorar o que as pessoas têm de melhor. É uma época do ano na qual olhamos para cima, em busca de paz e esperança; e para fora, em busca de reconciliação. Você pode discordar. Basta ligar a televisão ou ler o jornal neste mês e parecerá que o mundo está tão errado quanto no mês passado. Constantemente, ouvimos falar sobre a pressão do individualismo desgastando nossas relações. Muitas vezes, escolhemos nos fechar em nossos mundos. O Natal, porém, nos oferece uma oportunidade única de endireitarmos as coisas com Deus e uns com os outros. Contudo é mais comum na época de Natal acontecer de um pai e um filho voltarem a se abraçar depois de um tempo de relações desgastadas; uma filha sussurrar uma palavra de amor ao ouvido da mãe, superando o ressentimento que as separava; irmãos, cujas vidas tomaram rumos diferentes se reencontrarem, recordarem as alegrias da infância e as experiências das quais compartilham. Situações assim podem causar algum desconforto aos envolvidos, mas parte da magia do Natal é que, por algumas semanas, em todo o mundo, em todos os tipos de culturas, comunidades e famílias, as pessoas redescobrem o que as une ao compartilharem um abençoado momento de paz e fraternidade. Para muitos, dezembro significa viagens para a praia; para outros, tempestades de neve. O mais importante, porém, e o que queremos desejar é que seu Natal seja feliz, que Deus abençoe você e os seus com Sua perfeita paz e amor, neste fim de ano e sempre.
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www.activated.org/pt revistacontato.mail@gmail.com Editor Ronan Keane Design Gentian Suçi © 2019 Activated. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e Hebe Rondon. A menos que indicado o contrário, todas as referências às Escrituras foram extraídas da “Bíblia Sagrada” — Tradução
Mário Sant’Ana Editor
de João Ferreira de Almeida — Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida.
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Por Martin McTeg
NOSSO JESUS Minha esposa tem uma paixão por presépios em miniatura. Há 25 anos, fez
figuras minúsculas dos personagens que compõem a famosa cena no estábulo de Belém, para presentear seus familiares. Eram estatuetas de argila, pintadas à mesa da cozinha e queimadas em nosso forno. Minha cunhada ainda exibe suas miniaturas na época de Natal. Nos vários países em que trabalhamos como voluntários cristãos, minha esposa sempre adquiria mini presépios típicos desses lugares. Ela tem um russo; outro de Israel, esculpido em madeira de oliveira; um feito em um globo com neve que toca a música “Em uma Manjedoura” e muitos outros. No ano passado, fomos à exibição de uma coleção particular composta de 100 presépios de todo o mundo. Alguns representavam a Sagrada
Família como nativos de tribos africanas, orientais, com trajes típicos da Índia e como agricultores da América Latina. Havia uma cena criada com grande riqueza de detalhes que já havia sido exposta em uma importante catedral europeia. Vimos também uma versão esquimó de Maria e José, na qual eles usavam parkas e botas para neve, e outra, vinda de em uma ilha do Sul do Pacífico, vestidos à moda dos ilhéus locais, acomodados em uma choça feita com folhas de palmeiras. Os autores dessas pequenas obras natalinas, de tantos países diferentes, tinham algo em comum: representaram o nascimento de Jesus segundo suas próprias experiências pessoais, com personagens vestindo trajes típicos de suas respectivas regiões e contextos. No início do século 19, antes da abolição da escravatura nos EUA,
um cético questionou um escravo: “Como você pode acreditar em Jesus e orar ao mesmo Deus que o seu senhor adora?” Ao que o negro respondeu com sabedoria: “Jesus não é só dele. É meu também!” Aquele homem havia encontrado Jesus e aprendido a extrair dEle a força e o consolo que precisava. E isso ainda vale nos nossos dias. Jesus é para todos, de todas as raças e em todos os lugares: ricos e pobres, urbanos e rurais, eruditos e iletrados, fortes e fracos. Ama todos nós e cada um pode se apropriar dEle e encontrar nEle perdão para os pecados, salvação e ter os seus mais profundos anelos atendidos. Ele é o meu Jesus e o seu Jesus também. Martin McTeg é aposentado e mora nos EUA. Foi missionário voluntário por vários anos. ■ 3
COMEÇA NA MANJEDOURA Por Maria Fontaine
Muito pode ser celebrado no Natal, mas
acho que concordarão comigo que o essencial é a dádiva de um relacionamento com Deus por meio do Seu Filho, Jesus. Parafraseando uma linda promessa encontrada no Livro de Daniel, quanto mais próximos dEle estivermos, mais intensamente brilhará em nós Sua sabedoria, “como o firmamento”; e a Sua justiça, “como as estrelas, sempre e eternamente”.1 Parar uns momentos para reconhecer o Senhor permite que Seu Espírito flua para dentro de nós, afastando o estresse e o desgaste que bloqueiam a alegria. Só precisamos deixar a paz entrar em nós, para que Ele a faça emanar para os outros. O Natal marca o início do relacionamento mais incrível e importante que podemos ter. Não é apenas saber que um bebê nasceu em um estábulo, mas tem a ver com nosso relacionamento com um amigo que é mais próximo que um irmão, com Aquele que nos incluiu na família de Deus. Diz respeito ao vínculo que temos com nosso herói, que nos resgatou da morte e nos concede tudo que Lhe pertence; nosso mentor, guia e protetor, em quem podemos confiar e com quem sempre podemos contar em toda e qualquer situação! Este relacionamento muda nossa essência e faz com que a do Natal esteja presente em nossas vidas durante todo o ano. Para celebrar Jesus neste Natal, vou compartilhar algumas de minhas citações favoritas sobre essa época do ano e como penso se aplicarem ao dia a dia.
1. Adaptação de Daniel 12:3. 4
O Natal é o espírito de dar sem pensar em receber. É estar feliz por ver os outros felizes. É esquecer de si mesmo e encontrar tempo para os outros. É descartar a mesquinhez para enfatizar os valores verdadeiros. — Thomas S. Monson O amor de Jesus estava na essência de tudo o que Ele fez pela humanidade. Viveu para doar; abriu mão da vida no Céu e veio para este mundo; abdicou das inimagináveis riquezas no Seu reino para viver na Terra sem moradia fixa. Dedicou tempo e energia, sacrificou Sua reputação para alcançar os mendigos, os desprezados, os enfermos e os moribundos que jamais poderiam Lhe retribuir fisicamente tudo o que dEle receberam. Deu a vida para nos resgatar das ciladas do pecado -- e fez tudo apenas por amor a nós. Por quê? Para nos ajudar a entender a essência de Deus. Demonstrou como podemos desenvolver essa mesma natureza e, pela Sua graça, nos tornarmos filhos do Altíssimo. Expandimos Seu reino conforme descobrimos a alegria de compartilhar Seu amor com os outros. Sentimos um toque da alegria de Deus quando copiamos Seu exemplo de dar sem desejar nada em retorno. Em um primeiro momento, pode parecer que saímos perdendo, mas, no final, seremos os grandes vitoriosos. Aquele que não tem o Natal no coração jamais o encontrará sob um pinheiro. — Roy L. Smith Às vezes, damos demasiada importância às tradições de fim de ano, como, por exemplo, as árvores de Natal, músicas natalinas e as celebrações típicas da época. Até mesmo a troca de presentes e as boas ações precisam derivar da gratidão, ou perdem valor. Jesus escolheu viver por amor a nós, dar a vida por amor e vencer a morte por nós. Foi o presente máximo, dado pelo maior presenteador: Deus. Ele nos deu um exemplo vivo e tangível a seguir; a perfeita ilustração de amor incondicional, ilimitado e inclusivo. Devemos seguir Seu exemplo. O Natal captura todo o tempo em um único dia. — Alexander Smith Já se perguntou por que Jesus veio à Terra naquela ocasião? Talvez tenha sido para mostrar que é o centro de
tudo. Ele explica tudo o que aconteceu antes da Sua vinda à Terra e traz a promessa de tudo que podemos clamar. Esteve com Adão no Paraíso no início do mundo, com a humanidade, quando Se tornou humano entre nós e voltará para reunir Seus filhos no Seu reino eterno. O Natal é um lembrete de que Jesus é o ponto principal da nossa existência. O filho de Deus Se tornou homem, para que os homens pudessem se tornar filhos de Deus. —C. S. Lewis Quando as pessoas pensam no menino deitado na manjedoura, nos anjos cantando e na visita dos reis, será que entendem verdadeiramente o significado dessa narrativa para a humanidade? Jesus, possuidor de todas as coisas, abriu mão de tudo e marcou o início da transição da existência temporária e pecadora presa ao mundo físico e limitada pelo tempo, para a eternidade sobrenatural, maravilhosa e indescritivelmente bela. -- Uma vida atemporal imersa em alegria infinita, propósito e união com o Rei de todos os reis! O Natal celebra a chegada do dom do perfeito amor. Jesus foi Deus e homem em uma pessoa, para que Deus e o homem novamente estivessem juntos e felizes. — George Whitefield Jesus foi a personificação do desvelo de Deus pela humanidade. Foi o resgate que Deus ofereceu ao mundo que se afogava na insensatez; a demonstração viva de até onde o amor de Deus está disposto a ir, tornando esse amor tangível, para que o entendêssemos. Oro que, neste Natal, sua vida seja preenchida com o Espírito de Deus e que Suas muitas e maravilhosas bênçãos se derramem sobre você ao longo do próximo ano. Maria Fontaine e seu marido, Peter Amsterdam, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. Este texto é uma adaptação do artigo original com o mesmo título. ■ 5
Por Dina Ellens
UMA VIDA TRANSFORMADA Certa vez, notei que minha amiga dentista,
Dra. Rina, parecia um pouco triste. Costumamos nos encontrar para tomar café, mas naquele dia ela não estava toda animada, como de costume. Quando lhe perguntei o que estava acontecendo, respondeu: “Bem, o Natal está chegando e estou meio triste. Como você sabe, meus dois filhos são casados e vivem longe. E ainda não tenho netos.” Foi fácil me identificar com Rina. Meus filhos também cresceram, casaram e vivem em outro país. Tenho netos, mas, por causa da distância, raramente passo tempo com eles. “Entendo perfeitamente, Rina. Minha situação não é muito diferente. Posso lhe dizer o que me ajuda?” Contei-lhe que sou voluntária em um orfanato local, onde vou uma 6
vez por semana, e como dar atenção aos órfãos faz bem não só a eles, mas também me ajuda. Sempre volto de lá feliz e inspirada por ter feito o bem e ajudado os outros. Na verdade, não sei bem quem se beneficia mais — os órfãos ou eu! Percebendo que Rina precisava de algo para parar de pensar em sua própria situação, contei-lhe sobre um projeto que queríamos realizar no orfanato. “Queremos proporcionar um Natal especial para as crianças. Precisamos de ajuda para escolher o presente certo para cada uma. Você estaria disponível?” Seu rosto se iluminou. “Sim! Adoraria fazer parte disso!” Nas semanas seguintes, munida de uma lista de compras detalhando os desejos de cada órfão, incluindo tamanhos de roupas e cores favoritas, Rina se dedicou a fazer compras para
as crianças. A busca pelos melhores preços e por alternativas para fazer tudo caber no orçamento a manteve de tal forma ocupada, que mal teve tempo para pensar em si mesma. No dia em que comemoramos o Natal no orfanato, Rina veio à minha casa radiante e ansiosa para começar a embrulhar os presentes. Durante todo o dia, notei como ela estava totalmente transformada. Entregou os presentes para os órfãos, transbordando felicidade. Minha amiga havia encontrado o segredo da verdadeira felicidade: doese para ajudar os outros e a felicidade encontrará você! Dina Ellens lecionou no Sudeste da Ásia por mais de 25 anos. Aposentada, permanece ativa em trabalhos voluntários e se dedica à carreira de escritora. ■
Por Victoria Olivetta
ACONTECEU NO NATAL O nascimento de Jesus foi uma grande pedra que Deus jogou na água, o maior
milagre de todos os tempos - Seu amor na forma do Seu único filho, Jesus, enviado ao plano terreno para nos resgatar. E o Natal continua uma época propícia para acontecimentos formidáveis. Como as ondulações resultantes da queda da pedra na água, os pequenos milagres de Natal nos lembram do Seu amor infalível. Alguns natais atrás, Daniel, meu marido, e eu planejávamos levar presentes para as crianças das muitas famílias pobres de Goiânia, onde morávamos à época. No ano anterior, um comerciante doara centenas de brinquedos para que os distribuíssemos, mas desta vez só poderia contribuir com cinco caminhões de plástico. De que adiantariam cinco brinquedos? Pensamos no que fazer por alguns dias, até que a resposta veio a Daniel em um sonho. “Já sei o que podemos fazer com os caminhões” - contou-me assim que acordou. “Faz pouco tempo que Pedro (um
comerciante que, sempre que podia, doava frutas e legumes ao nosso trabalho voluntário) fez uma cirurgia no coração. Ele e sua esposa, Maria, usaram todas as suas economias para pagar o hospital, a ponto de não terem dinheiro para comprar nenhum presente para os filhos neste Natal. E eles têm cinco meninos.” Os caminhões eram tão grandes que encheram um saco plástico enorme. Pondo-o sobre o ombro, Daniel partiu para o ponto do ônibus que o levou para o outro lado da cidade, onde moravam Pedro e família. Os filhos do nosso amigo estavam brincando na rua quando Daniel, que na época já tinha cabelos grisalhos e usava barba, aproximou-se carregando o grande saco no ombro. Ao vê-lo, um dos garotos correu para os pais gritando: “O Papai Noel está aqui!” E “Noel” passou a tarde com Pedro, Maria e os garotos. Ao chegar em casa, à noite, o rosto de Daniel ainda brilhava de feli-
cidade, enquanto descrevia a alegria das crianças. “Pedro e Maria estavam muitíssimo tristes por não terem dinheiro para comprar presentes para os filhos, mas Deus cuidou da situação! Cinco caminhões coloridos para cinco meninos!” Victoria Olivetta é membro da Família Internacional na Argentina. ■
O Natal é o amor em ação. Toda vez que amamos, toda vez que damos, é Natal. — Dale Evans (1912–2001) Acredito que se continuarmos contando a história de Natal, entoando canções natalinas e vivendo o Espírito de Natal, podemos trazer alegria, felicidade e paz para este mundo. — Norman Vincent Peale (1898–1993) 7
Por Aaliyah Williams
E N I G A IM Ebenezer Scrooge e o Grinch — você já se identificou
com eles quando vem chegando o Natal? Mesmo que não tenha chegado a esse extremo, já aconteceu de você não sentir toda aquela emoção calorosa que todo mundo parece ter? Quer saber o que fazer para ter um Natal melhor este ano? Faz alguns anos, eu estava trabalhando em um artigo para um site infantil, quando me deparei com uma informação que me deixou muito impressionada: “No princípio do século 19, o Natal [na América do Norte] havia quase morrido. O jornal The Times, por exemplo, não fez menção alguma à data entre 1790 e 1835.”1 Curiosa, pesquisei o porquê de as comemorações de Natal terem praticamente desaparecido naquele período da História Americana 8
UM NATA L MELHOR
e descobri que muitos colonos americanos dos anos 1600 eram puritanos —protestantes muito rigorosos que acreditavam que o Natal era um feriado católico e, portanto, não o comemoravam.2 Durante os 200 anos seguintes, até o começo do século 20, o Natal não era celebrado na maior parte dos Estados Unidos e os que o comemoravam o faziam de forma discreta. Na Inglaterra, sob o comando de Oliver Cromwell (um protestante que governou o país de 1653 a 1658) o Natal tampouco era comemorado, um banimento que terminou em 1660, dois anos depois da morte de Cromwell.3 Mesmo assim, de meados de 1600 até o final do século 18 —quase 150 anos— as celebrações de Natal não eram como hoje em dia. Somente na Era Vitoriana foram adotados vários
feriados comemorados atualmente. O que causou a mudança? Em grande medida, um livro sobre o Natal. Em 1843, o romancista britânico Charles Dickens (1812–1870) escreveu A Christmas Carol (Um Conto de Natal). Com exceção da história do primeiro Natal é provavelmente um dos textos natalinos mais populares de todos os tempos. Em seu livro, Charles Dickens idealizou um tipo de celebração no qual agora baseamos muitas das nossas percepções de Natal. É de se imaginar que com sua maravilhosa descrição da forma como a família de Tiny Tim (personagem do livro) comemorava o Natal, que aquela seria a maneira como o celebravam na maior parte da Inglaterra, que incluía: a árvore, canções de Natal, a ceia, a família toda reunida, a troca de presentes. Na verdade, não era assim naquela época.
“Quando lemos Um Conto de Natal” — explica Bruce Forbes4 em entrevista a um programa de rádio regional, “não encontramos um reflexo da celebração do Natal da época, mas sim como Dickens gostaria que fosse.”5 “No começo do século 19, havia muito desemprego”, diz John Jordan, estudioso de Dickens. “Havia muita miséria e [Dickens] viu no Natal o potencial para contrapor os efeitos negativos da Revolução Industrial.”5 Por isso, Charles Dickens tem o mérito de ver além de como o Natal era celebrado na época e criar uma visão de algo melhor. Estou fazendo rodeios, mas o que quero dizer é que não há nada que o impeça de criar suas próprias “tradições de Natal”, isto é, formas de celebrar que tenham significado para você.
Na minha infância e adolescência, quando chegava a época do Natal, eu me sentia um pouco como Scrooge. Faz alguns anos, porém, passei a desfrutar do Natal e acho que isso tem a ver com o fato de eu própria ter criado minhas tradições de Natal, ou por me lembrar do significado das antigas. Passei a entender que esses ritos têm um efeito muito mais gratificante por comemorarmos algo que não deve ser esquecido e que precisa ser celebrado. Seguem-se três perguntas para ajudar a encontrar e criar tradições de Natal que você vai amar. As tradições podem até envolver coisas que você já fez antes, mas que talvez precisem ser ressignificadas, ou renovar a paixão e a razão para as cultivar. Não preciso me ater à maneira antiga de celebrar o Natal, porque acho que tradições de Natal se
traduzem em celebrar o amor. Na minha opinião, as suas novas “tradições de Natal” só precisam passar por esse crivo.
1. Ver http://www.northpolesantaclaus. com/victorian_christmas_traditions. htm. 2. Ver http://www.freerepublic.com/ focus/f-news/1544080/posts. 3. Ver http://www.olivercromwell.org/ faqs4.htm. 4. Bruce Forbes é chefe do departamento de estudos religiosos da Faculdade Morningside em Sioux, Iowa, EUA. 5. Ver http://news.minnesota. publicradio.org/features/2005/12/24_ gilbertc_historyxmas/. 6. Ver http://news.minnesota. publicradio.org/features/2005/12/24_ gilbertc_historyxmas/. 9
Por quem tenho amor? Faça uma lista das pessoas que tenham grande valor para você. Celebre seu amor fazendo algo com elas ou por elas — algo que signifique muito para elas. Leiam juntos um livro curto durante o Natal para assim celebrarem essa relação. Ou façam uma lista de coisas para fazerem juntos até o dia de Natal. Ou pode presentear aqueles a quem você quer bem com citações, canções ou uma lembrancinha para celebrar o que a pessoa significa para você. Não há regras. Apenas faça com que as pessoas a quem ama se sintam amadas. E isso pode significar algo diferente para cada pessoa. Então, pegue uma caderneta e comece a anotar. Quem Jesus quer que eu ame? Sabemos que Jesus ama todo mundo e quando pensamos em alguém que por Ele é amado, é fácil pensar nas pessoas que estão bem longe de nós, longe o bastante para você não conseguir fazer nada por elas. Então, não vou falar dos super afastados, mas dos que estão perto de você —no seu escritório, na sua escola ou no seu bairro. Já identificou as oportunidades para demonstrar amor pelas pessoas neste ano? Considere responder que sim, mas não só na sua cabeça — com o entendimento intelectual de que Jesus ama os outros; mas também em seu coração, onde se sente compelido a sair de sua zona de conforto. 10
Como posso celebrar o amor? Em um livro sobre brinquedos para crianças, há um capítulo dedicado às celebrações de Natal ensinando a fazer baús, soldadinhos de madeira, asas de anjo, etc. Decidi tentar decorar sacolas de papel que podem servir de alternativa para as meias de Natal. Durante toda a época do Natal, vou escrever cartas e procurar lembrancinhas para os meus sobrinhos e colocá-las em suas sacolas marcadas com seus nomes. Pode soar piegas, mas isso fez com que as coisas começassem a parecer mais santas durante o Natal. Acho que foi porque em cada atividade a que eu me dedicava, em cada fornada de biscoitos que assava e nos momentos que compartilhei com as pessoas que amo, estava fazendo ou tentando ser motivada por essa coisa divina chamada amor. Escolha fazer coisas especiais pelas pessoas que ama, banhe suas ações no amor e terá uma das melhores tradições de Natal de todos os tempos. Estou amando a noção de que por muito, muito tempo, tantas pessoas ao redor do mundo se reúnem para fazer algo de uma certa maneira para comemorar uma causa ou ideia. As melhores tradições são as que nos remetem a algo que não deve ser esquecido —mas como fazemos isso pode ser diferente de tudo que já foi feito até hoje. Seja criativo! Se o Natal lhe parecer algo sem vida e não estimulante, espero que se lembre do cara que imaginou um Natal melhor e pense que você pode também tornar o Natal melhor para si. Aaliyah Williams é editora e desenvolvedora de conteúdo. ■
UMA PAUSA PARA MEDITAR Por Sally García
Dezembro é, de longe, o mês mais atarefado para mim. Os dias são tomados por
organizar eventos, reciclar brinquedos para dar para crianças carentes, comprar presentes, decorar a casa, planejar as festividades e a ceia de Natal. Depois, vem a celebração de Ano Novo, como uma oportunidade para virar a página e fazer algo novo. Existe, porém, uma ilha de refúgio flutuando tranquila no perpetuamente agitado mar do calendário gregoriano, formada pelos dias 26 a 30 de dezembro. É um período especial que dedico à reflexão. Não que eu tenha cinco dias de retiro, porque há ainda muito para fazer até o fim do ano, mas é quando faço um balanço do ano que está terminando e contemplo o novo, diante de mim. Primeiro, vejo na minha agenda o que aconteceu de mais importante nos últimos doze meses. Agradeço a Deus pelas bênçãos óbvias e pelas “disfarçadas”, que vêm na forma de dificuldades e lições aprendidas do jeito mais difícil! Sempre me surpreendo com quanto acontece em um período tão curto e como cada acontecimento parece tão distante no tempo. Se eu não refletisse sobre o passado, alguns importantes fios da tapeçaria da minha vida se perderiam no esquecimento e eu poderia deixar de ver o quadro geral de como os eventos estão se 1. NIV
desenrolando. Ao longo dos anos, acumulei uma coleção de retrospectivas. Então me volto para o ano que se aproxima. Alguns anos parecem claramente encaminhados; enquanto outros, um tanto nebulosos, mas sei que sempre haverá surpresas. Dedico o ano a Deus, escrevo uma oração conforme a inspiração do momento e tento encontrar um versículo bíblico que dialogue com meus pedidos. Este ano, meu versículo é Mateus 6:33, do Sermão do Monte. Jesus disse: “Buscai primeiro o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.” Espero revisitar essa passagem muitas vezes e entender o significado de “buscar primeiro Seu reino” nas minhas ações. Também quero ter clareza da Sua visão de “justiça”. Penso que está mais relacionada ao amor, à fé e à graça do que aos meus insignificantes esforços em busca da perfeição. E, por último, ter fé para “todas estas coisas” que meu Pai celestial promete adicionar à minha vida. Todo ano, fico na expectativa dos dias entre o Natal e o Ano Novo, quando tenho a chance de me afastar das atividades de dezembro, fazer um balanço do ano que termina, contar minhas muitas bênçãos e entregar o ano que se inicia aos Seus cuidados. Sally García é educadora, missionária e membro da Família Internacional no Chile. ■ 11
Por Elsa Sichrovsky
Natal na faculdade No fim do meu segundo ano da faculdade,
eu tentava, sem nenhum sucesso, entrar na “vibe do Natal”. Era uma combinação de felicidade pelo fim do ano letivo com as dificuldades de um trabalho que estava me tirando a paz. Na antessala do gabinete do meu orientador, esperando para discutir o referido trabalho, lembrava saudosa das alegrias das festividades de Natal de infância. Ao ser chamada para entrar pelo mestre, interrompi minhas divagações e tentei disfarçar minha angústia. Antes de começarmos, o professor abriu a gaveta, pegou um saco de doces e disse com um sorriso: “Quer um pirulito? Pegue um.” Eu não sabia como reagir e ri meio sem graça. Desde quando professores universitários dão doces para os acadêmicos? “Feliz Natal!” — disse o docente e se pôs a comentar minha pesquisa. No fim das contas, meu trabalho nem estava tão problemático como eu imaginara e saí da reunião me sentindo muito melhor. Mesmo sem saber da minha solidão e tristeza, aquele homem fez algo espontâneo e gentil que me deu o ânimo que eu precisava para enfrentar o resto dos meus desafios de fim de ano, inclusive os exames finais que se 12
aproximavam. Aquele pirulito sabor limão fez reviver em mim a magia do Natal —algo doce, dado com alegria e espontaneidade. Terminei a guloseima e fui para a sala onde teria a próxima aula e encontrei minha amiga debruçada sobre um espesso livro de Engenharia Civil. Seus olhos estavam cansados; seu semblante, triste. Pude me identificar com seu estado. Quando abri a mochila para pegar um dos meus livros, vi dois biscoitos de chocolate que eu havia reservado para comer à tarde. Eu sabia o que fazer: “Quer um biscoito?” — ofereci à amiga tristonha. Seus olhos se iluminaram. Sorri e percebi que, mesmo que eu não estivesse desfrutando as mesmas experiências que eu estava acostumada ter em dezembro, podia compartilhar alguma alegria com os que estavam comigo. Um sorriso e algo docinho são coisas muito pequenas, mas na hora em que a saudade bate e a tristeza aperta, como acontece com muitos no Natal, um simples ato de generosidade pode fazer maravilhas e transformar em feliz um dia difícil. Elsa Sichrovsky é escritora freelance. Vive com sua família em Taiwan. ■
x to ão do t e A da p taç da ms de D.J. A
O D M I F O E S S E R T ES L A T A N DE O Natal é um excelente momento para dividir com os outros, reunir amigos, resgatar
a importância da família e da espiritualidade. Por outro lado, também pode ser desgastante e até frustrante se não administrarmos bem o tempo e não cuidarmos do nosso estado de espírito. Eu que o diga! Sou gerente de uma loja de livros e jogos que fica muito movimentada em novembro e dezembro, tenho uma família que quer minha companhia, compras a fazer, comemorações de fim de ano e assim por diante. Como normalmente converso com muita gente estressada nesta época do ano, tenho uns conselhos que, espero, ajudem você a aproveitar ao máximo essa maravilhosa ocasião, sem se deixar afetar negativamente por ela. Mantenha a perspectiva. Lembre-se da essência do Natal: comemorar o nascimento de Jesus Cristo. Os conceitos de “paz na Terra aos homens (e mulheres!) de boa vontade” são universais e devem ser compartilhados. Pode ser difícil lembrar disso na hora do desespero por uma vaga no estacionamento lotado de um shopping, mas vale a pena o esforço. Planeje-se. Por que tantas pessoas ficam chocadas todos os anos, quando, de repente, é quase Natal e ainda não fizeram nada para se prepararem? Sim, você pode esperar o último minuto, mas não seria muito melhor e mais fácil se, com antecedência, escolhesse, embrulhasse e guardasse os presentes no armário? Pode até começar seus projetos de decorações de Natal em julho! Quando dezembro chegar,
não terá muito a fazer além de desfrutar o momento - e deixar os menos organizados morrendo de inveja! Mantenha tudo simples. Simplicidade é uma virtude. As comemorações como o Natal não precisam nem deveriam ser complicadas. Deveríamos dar presentes para demonstrar nosso carinho pela pessoa, não para impressioná-la. Não se comprometa a fazer milhões de biscoitos para a festa de Natal da escola. É importantíssimo participar, mas não se ofereça para fazer algo acima da sua capacidade. Sua família, seus amigos, seus colegas, seu bairro e as outras pessoas, todos precisam de você, então distribua-se de forma adequada. Pratique a caridade A caridade começa em casa, mas não deve parar aí. Existem famílias no seu bairro cujos filhos não vão ganhar muitos presentes neste Natal? Por que não comprar a mais um brinquedinho, um jogo, um quebra-cabeça ou algo assim para uma criança menos favorecida? Se sua escola ou escritório organizar alguma ação nesse sentido, contribua, se puder. Além de ser gratificante, ajudar os outros é a melhor maneira de aliviar o estresse na sua própria vida. Inclua momentos tranquilos no seu plano. Para algumas pessoas, será ir a um culto religioso na manhã de Natal. Outros preferirão dedicar algum tempo cada dia para reflexão. Seja como for, planeje parar, orar, agradecer e encher o coração com tudo de bom que vem de Deus. ■ 13
Por Chris Mizrany
PRESENTEANDO JESUS Para mim, uma das partes mais
emocionantes do Natal é a troca de presentes. Sei que a data significa muito mais que isso, mas o simples ato de abrir os embrulhos e descobrir o que está dentro deles me traz muita emoção. Fico louco quando vejo um presente belamente embalado com meu nome nele! Talvez eu até saiba o que é, mas isso não impede que eu desfrute abrir o pacote e ver o presente pela primeira vez! Quando Jesus nasceu, todo mundo O esperava. Os israelitas de Seu tempo viviam na expectativa da vinda do Messias, alguém que os libertasse da opressão que sofriam. Jesus chegou, “embalado” na forma de um bebê e mostrou ser o maior presente em todos os sentidos. No entanto, nem todo mundo entendeu quem Ele era nem o Seu valor. Alguns zombavam de Seu local de nascimento; outros, da profissão do Seu pai terreno ou da Sua 14
ascendência. Não poucos achavam que Ele não era o tipo de Messias que esperavam e gostariam de poder devolver ou trocar aquele presente. No entanto, os que O receberam de coração aberto, reconheceram como suas vidas poderiam ser muito mais maravilhosas por terem a dádiva da salvação eterna e o amor incondicional de Deus. Esses crentes começaram a dividir a mensagem do Cristo com os outros, que, por sua vez, passaram a fazer o mesmo e, por isso, cremos hoje. Em um mundo cheio de falsas personas, pensamentos materialistas e publicidade enganosa, Sua dádiva de amor permanece hoje muito real e tão necessária como sempre o foi. Vamos levar Jesus para a vida dos outros, no Natal e sempre. Chris Mizrany é missionário, web designer e fotógrafo na organização Helping Hand na Cidade do Cabo, África do Sul. ■
A minha ideia de Natal, antiquada ou moderna, é muito simples: amar os outros. E se pensarmos bem, por que temos de esperar pelo Natal para fazermos isso? — Bob Hope (1903–2003)
Se quiser receber a dádiva do amor e da vida eterna que Jesus oferece, basta Lhe pedir. Jesus diz: “Eis que estou à porta, e bato. Se alguém ouvir a Minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele Comigo.”1 Querido Jesus, obrigado por ter vindo à Terra para me salvar. Aceito esse presente incrível e O convido a entrar em meu coração e em minha vida. Por favor, ajude-me a aprender a amar Você e os outros. Amém. 1. Apocalipse 3:20
Por Marie Alvero
DEZEMBROS PARTIDOS Quando o canal de televisão Hallmark anunciou 40 novos filmes de Natal em sua programação de 2019,
ocorreu-me que poucos eventos geram tanta expectativa e entusiasmo. Representa a culminação do ano. É um período marcado por beleza, gastronomia, generosidade, amizade e alegria. Planejamos celebrações tradicionais aperfeiçoando os esforços dos natais anteriores. Mas e quando a temporada de alegria é eclipsada por um divórcio, um diagnóstico assustador, uma morte ou uma decepção? Quando todas as tradições parecem ocas de sentido e a época de fim de ano salienta que nossa vida não está nada bem, que relações foram rompidas, contas bancárias estão no vermelho e os sonhos despedaçados, o que temos a comemorar? Acho que todo mundo tem alguns natais assim, alguns dezembros partidos. Contudo, nossa experiência pessoal não muda o fato de que Jesus escolheu Se tornar humano e, como um bebê indefeso, entrar no nosso mundo de dor, doença, pecado e separação de Deus, para manifestar
o amor do Pai por nós. Escolheu ser o sacrifício e a expiação de nossos pecados, para podermos começar, remidos, um relacionamento com Deus. Sua chegada neste mundo sinalizou o fim do poder da morte, do medo e do ódio. Mesmo que essas coisas predominem neste mundo, o nascimento de Jesus garante que a última palavra não seja desses malfeitores. Eles não vencem! Mesmo para os que sofrem, Jesus traz uma esperança a ser comemorada. Espero que você desfrute a experiência plena do Natal com família, amigos, festa, presentes e decorações bonitas. Entretanto, mesmo se estiver só e não fizer nada especial para celebrar o momento, espero que consiga centralizar sua esperança em Jesus. Oro que uma consciência profunda do Seu amor por você se faça presente a ponto de exceder todas as expectativas. Desejo que todos os ornamentos e a comercialização do Natal percam importância diante da
beleza da história de nossa salvação, para que esta sobrepuje as dores em nossas vidas. Penso nos pastores cuidando das ovelhas nos arredores de Belém, na noite em que Jesus nasceu. Provavelmente sentiam frio, fome e desconforto. Provavelmente não tinham muitas ambições para suas vidas profissionais ou pessoais. Mas quando o anjo lhes apareceu anunciando a boa nova do nascimento de Jesus, seguido pelas hostes celestiais e seus cantos, aposto que aqueles homens simples sentiram amor, esperança, alegria e emoção que transformaram suas vidas. Receba as mesmas Boas Novas. Vamos celebrar a esperança de Jesus neste Natal! Marie Alvero foi missionária na África e no México. Atualmente, vive com o marido e os filhos na Região Central do Texas, nos EUA. ■ 15
Com amor, Jesus
A ESSENCIA DO NATAL A melhor maneira de desfrutar o Natal não é se concentrando na decoração, nos presentes ou nas festividades, mas tornando o amor o ponto central da celebração. O amor é a essência do Natal, que deve ser sinônimo de tempo de qualidade com sua família e seus amigos. É uma época para valorizar e celebrar o amor que existe entre as pessoas. Infelizmente, às vezes, é algo que se perde por causa de tanta agitação e passa despercebido em meio aos enfeites, presentes, das compras sem fim, das confraternizações e ceias. O Natal é o Meu aniversário, quando entrei na história humana trazendo o maior presente de todos. Pode reservar algum tempo para
Mim no Meu aniversário? Pode dedicar um minuto para Me dar seu coração e Me deixar dizer quanto amo você? Foi o amor que tenho por você que Me fez vir ao mundo para viver e morrer por você. O amor foi e continua sendo a essência da Minha existência. Minha morte na cruz foi para a salvação de todos que vivem, que já viveram e que ainda viverão, mas teria feito o mesmo apenas por você. Essa é a importância que você tem para Mim! No Meu aniversário, quero que separe um tempo para amar. Aproveite as decorações festivas, a comida deliciosa e a troca de presentes, mas não deixe que essas coisas distraiam você do que é melhor e mais importante, da única coisa que vai durar por toda a eternidade e da essência do Natal: o amor eterno.