O JOGO COMPAIXÃODA Vá mais fundo Rede grande Um hábito a ser cultivado Cheguei primeiro Entre o correto e os direitos doAtravésespelho Minha nova vida MUDE SUA VIDA. MUDE O MUNDO.
Contamos com uma grande variedade de livros, além de CDs, DVDs e outros recursos para alimentar sua alma, enlevar seu espírito, fortalecer seus laços familiares e proporcionar divertidos momentos de aprendizagem para os seus filhos. Para obter informações sobre a Contato e outros produtos criados para a sua inspiração, visite nossa página na internet ou contate um dos distribuidores abaixo. www.activated.org/pt revistacontato.mail@gmail.com Editor executivo: Ronan Keane Editor: Mário Sant'Ana Design: Gentian Suçi © 2022 Activated. Todos os direitos reservados. Impresso no Brasil. Tradução: Mário Sant'Ana e Hebe Rondon. A menos que indicado o contrário, todas as referências às Escrituras na Contato foram extraídas da “Bíblia Sagrada”–Tradução de João Ferreira de Almeida–Edição Contemporânea, Copyright © 1990, por Editora Vida. Volume 23, Número 9 Contato pessoal Ser gentil Tenho pensado muito sobre o estado do mundo. Os últimos anos não foram nada fáceis para a maioria das pessoas e nas edições mais recentes esta coluna abordou aspectos da pandemia e as dificuldades econômicas de muitos. A chegada deste ano pareceu trazer um tipo diferente de realidade, uma nova esperança, por assim dizer. Não tem sido grandes coisas. Refiro-me principalmente ao retorno da guerra de agressão ao continente europeu pela primeira vez em mais de 75 anos. (Esta edição da Contato traz o relato em primeira mão de uma de nossas articulistas que há muitos anos trabalha com refugiados, mas que, em março de 2022, teve de fugir da Ucrânia.) Mas há vários outros conflitos em andamento, com diferentes intensidades, ao redor do mundo, e diversos tipos de dor e sofrimento. Diante de tudo isso, como podemos nós, indivíduos, reagir? Bondade e compaixão parecem ser um bom começo, mas isso funciona na Jesusprática?nos traz o exemplo perfeito de bondade. Sua vida foi perfeita bondade, incluindo os três anos em que continuamente curou os doentes, alimentou os famintos, pregou para as pessoas, cuidou das viúvas e ensinou às crianças.Perfeitamente altruísta em tudo que fazia, Jesus entendia os necessitados e os ajudava, inclusive quando estava cansado e exausto. Era gentil com todos, mesmo com os que não “mereciam”. Jesus foi a expressão viva da bondade de Deus em Sua missão de buscar, salvar os perdidos e morreu para que tivéssemos a vida eterna.1 E mesmo na cruz, demonstrou grande compaixão ao orar por Seus executores: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”.2 Quer saber como é a bondade na prática? Observe Jesus. Vamos adotálO como modelo, para orientarmos nossa bondade e modo de viver, hoje e EditorMáriosempre.Sant’Ana 1. Ver Lucas 19:10. 2. Lucas 23:34 2
Faz muito tempo, morava na minha vizinhança uma menina tímida de 10 anos, muito curiosa. Seu nome é Eve.
Sou muito grata que Deus trouxe Eve para minha vida e por eu ter dado minha contribuição ao mosaico de sua vida. Essa experiência me ensinou a importância de doar tempo e como isso pode ter um impacto maior do que podemos imaginar. Irena Žabičková é voluntária em tempo integral na organização Per un mondo migliore 2 com atuação na Croácia e na Itália.
Um dia, ela me disse que sonhava aprender a tocar piano. Infelizmente, tudo que seus pais podiam fazer era colocar comida na mesa para a família de oito pessoas. Não tinham recursos para comprar um piano e menos ainda para pagar por aulas. Naquele dia, falamos de várias outras coisas, mas tudo em que eu conseguia pensar era no meu velho teclado empoeirado, guardado no meu armário havia muitos anos e em todas as aulas de piano que eu tinha feito quando criança, pelas quais, na época, nunca demonstrei gratidão. Ocorreu-me então o versículo da Bíblia: “De graça recebestes, de graça dai”.1 Quando me ofereci para lhe ensinar, seus olhos se iluminaram. “Seria maravilhoso!” — exclamou. Eve passou a vir para minha casa para aulas e práticas gratuitas. Compartilhamos momentos maravilhosos
DESONHOOEVE
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juntas e, sempre que possível, falava-lhe de Jesus. Nos dias de aula, quando eu chegava do trabalho, lá estava ela, à minha porta, ansiosa, segurando as partituras.
Por Irena Žabičková 1. Mateus 10:8 2. http://www.perunmondomigliore.org
Depois de um tempo, nossos caminhos se separaram, mas mantivemos contato ao longo dos anos. Eve constituiu família, não se tornou uma pianista profissional, mas toca bem o suficiente para seu prazer e para ensinar aos seus filhos.
O que é mais importante, contudo, é que Jesus Se tornou o centro de sua vida. Ela O tem como âncora, amigo e compartilha sua fé com os outros.
1. Romanos 7:15 NVI 2. 2 Coríntios 10:5 3. Ver Filipenses 4:8; Romanos 9:15. É natural tirar conclusões sobre as pessoas. Infelizmente, muitas vezes são conclusões negativas. Por isso, oro constantemente que Deus me detenha logo ao primeiro pensamento crítico ou hipócrita a respeito de outros. Sabemos, com base na Bíblia, que agir assim é errado, contrário às Escrituras e não reflete a natureza de Jesus. Mesmo que essas percepções sejam tecnicamente precisas, costumam ser pouco amorosas, superficiais e, provavelmente não levam em conta todos os fatores que levam uma pessoa agir ou reagir de determinada maneira. Maria Fontaine 4
Como saber o que está acontecendo nos pensamentos ou no coração de outra pessoa? Podemos examinar a alma de alguém e verificar os detalhes particulares de sua vida? Claro que Quandonão!desconhecemos a motivação de uma pessoa, não gostamos dela, ou discordamos de suas ações ou opiniões, é fácil concluir que ela tinha a motivação errada.
Por
Acho que essa inclinação humana comum de imaginar o pior ou tirar conclusões negativas indica a importância de nos esforçarmos continuamente para nos revestirmos da mente de Cristo. É preciso um esforço consciente para evitar deixar de lado essas tendências negativas. Muitas vezes pensamos que conhecemos uma situação e que podemos avaliá-la corretamente, quando na realidade vemos apenas parte do todo.
JOGOO COMPAIXÃODA
Em resposta, Ele costuma me lembrar de fazer uma espécie de jogo, o Jogo da Compaixão, no qual devo pensar em possíveis cenários ou razões pelas quais o que parece negativo para mim pode, na verdade, ser um pedido de ajuda de alguém. Talvez com a orientação de Deus, eu consiga suprir essa necessidade de alguma forma. Mesmo que toda a ajuda que posso oferecer seja principalmente por meio da oração, isso não a torna menos poderosa.
A Bíblia nos instrui a pensar nas coisas boas, as coisas de boa fama, belas, positivas, amorosas, a ter compaixão e misericórdia em vez de imaginar o pior dos outros.3 Quanto mais procuro deixar Deus guiar meus pensamentos, mais me aproximo de tornar essa reação um hábito.Outra maneira de desenvolver o hábito de ver o positivo é seguindo um sábio conselho: “Aprendemos mais completamente quando ensinamos”. Pais e avós podem usar as experiências que tiveram como oportunidades de ensino para os filhos e netos. Quando as crianças aprendem o Jogo da Compaixão não só desenvolvem um coração terno pelos outros, mas também aprendem humildade, a ser compreensivas, os princípios da oração e a fazer a diferença na vida dos outros. Pode ajudá-las a prender como tratar os demais como gostariam de ser tratadas e até a ver suas próprias dificuldades e limitação de uma forma positiva.
Contudo, se olharmos para Jesus e O deixarmos orientar nossos pensamentos, Ele pode nos mostrar como Ele vê a situação.Sabemos que criticar os outros é errado, desagrada a Deus e é contrário à Sua Palavra. No entanto, como disse o apóstolo Paulo: “Não faço o bem que desejo, mas o mal que não quero fazer, esse eu continuo fazendo”.1 Superar nossa natureza humana pecaminosa é um processo contínuo. Somos influenciados pelo mundo e precisamos alinhar nossas atitudes com os ensinamentos de Jesus. Isso faz parte de “trazer cativo todo pensamento à obediência de Cristo”.2 Imagino que todos podemos nos lembrar de ocasiões em que nossas palavras foram julgadas de maneira injusta ou errada, nossas ações mal interpretadas e nossos esforços sinceros rejeitados devido a suspeitas ou atitudes preconcebidas por parte da outra pessoa. Isso dói e desanima. É possível também que você tenha feito ou dito algo de uma maneira estranha ou inconveniente na tentativa de ser compreendido, amado ou reconhecido, no entanto a outra pessoa o julgou e o acusou de tentar deliberadamente magoála ou a outra pessoa. Por isso, talvez devamos dar um desconto às outras pessoas e entender que elas podem se sentir da mesma forma e procurar tornar a vida mais fácil para elas. Quer a pessoa em questão esteja certa ou errada, não devemos permitir que uma mentalidade crítica nos influencie. Como já me precipitei e julguei mal outras pessoas, comecei a substituir esse hábito negativo por outro, positivo. Passei a consultar Deus sobre as situações.
É possível começar a fazer O Jogo da Compaixão sozinho, mas as bênçãos e os benefícios aumentam quando compartilhamos com os demais o que aprendemos. Maria Fontaine e seu marido, Peter Amsterdam, são diretores da Família Internacional, uma comunidade cristã. Adaptado do artigo original.
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Acho que provavelmente a bondade é o atributo que mais admiro em alguém. Considero-a mais importante que qualquer outro, como coragem, bravura e generosidade. —Roald Dahl (1916–1990) Espalhe amor por onde você for. Que ninguém saia da nossa presença sem se sentir mais feliz. —Madre Teresa (1910–1997)2:3–4 NVI
Certo dia, depois de muitos anos de casados, ele perguntou educadamente: “Seria possível eu ficar com outra parte do frango?” E explicou que preferia a carne branca.Elaficou surpresa. Todo aquele tempo, deixara a coxa para ele por considerar ser a parte mais saborosa. Da mesma forma, presumindo que ela preferisse o peito, de bom grado deixava esse corte para a esposa. Ambos deram boas risadas da situação e, a partir de então, cada um pôde comer a parte que mais gostava do frango.
Por Li Lian VOVÔVOVÓ, COXAS FRANGODE
1. Filipenses
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Sinceridade e bondade são algumas das qualidades mais importantes para relacionamentos bem-sucedidos. Li Lian é um profissional certificado pela CompTIA e trabalha Administradorcomode Escritório e Sistemas para uma organização humanitária na África.
Conheci um casal de idosos cuja sala era mobiliada com poltronas antigas, ornamentada com arranjos de flores e carpete cor de vinho. Além de ser uma dona de casa experiente, cantora de ópera e excelente jardineira, a senhora que carinhosamente chamávamos de Vovó era uma cozinheira de mão cheia. Uma de suas especialidades era um delicioso frango assado, acompanhado de batatas cozidas no vapor, ervas aromáticas e guarnições. Ela achava a coxa a parte mais desejável e suculenta da ave, mas quando servia o meio frango que dividia com o Vovô, sempre deixava sua parte favorita para ele. Juiz proeminente, Vovô era quieto por natureza. Passava a maior parte do dia debruçado sobre seu trabalho e lendo em sua grande biblioteca. À mesa, sempre que a vovó lhe servia, ele dizia baixinho: “Obrigado”.
E AS
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Aquele casamento durou mais de 50 anos, porque ambos viviam o compromisso de seguir o princípio: “Nada façam por ambição egoísta ou por vaidade, mas humildemente considerem os outros superiores a si mesmos. Cada um cuide, não somente dos seus interesses, mas também dos interesses dos outros”.1
A adaptação de 2015 de Cinderela para o cinema conta a história de uma jovem que vive pelo lema que seus pais lhe ensinaram antes de morrer: “Tenha coragem e seja gentil!”
Recentemente, refletindo no que Deus espera da humanidade, lembrei-me dessa mensagem. Para começar, por que Deus nos criou? Os teólogos explicam que, segundo a Bíblia, Deus já era uma comunidade de três pessoas em um ser — Pai, Filho e Espírito Santo. Dotadas de amor perfeito e infinito essas divindades de nada mais precisavam, mas nos criaram para que mais seres pudessem compartilhar desse amor. O coração de Deus estava transbordando de tanto amor que Ele queria dividi-lo com mais pessoas. Jesus disse que o mais importante é amar a Deus de todo o coração, alma e mente, e amar o próximo como a nós mesmos.1 A coragem é quase igualmente importante. Muitas vezes, é do que precisamos para sermos amorosos, fazer o que é certo, proteger os outros do mal e enfrentar as lutas da vida cotidiana.
A insistência na natureza absolutamente imparcial da compaixão no Reino é inerente a quase todos os ensinamentos de Jesus. O que é compaixão imparcial? Observe uma rosa. É possível que a rosa diga: “Oferecerei minha fragrância a pessoas boas e a reterei das más”? Pode imaginar uma lâmpada que retém seus raios de uma pessoa perversa que procura andar sob sua luz? Para fazer isso, teria de deixar de ser uma lâmpada. E observe a árvore indefesa que indiscriminadamente oferece sua sombra a todos, bons e maus, jovens e velhos, altos e baixos; para animais e humanos e todas as criaturas vivas – inclusive para o homem que se prepara para cortá-la. Esta é a mais importante qualidade da compaixão: imparcialidade.
—Anthony de Mello (1931–1987)
Deus precisou amor e coragem infinitos para enviar Seu Filho na forma de um bebê para este mundo decaído.
Tenha coragem e seja gentil
O filme ensinou que Cinderela não poderia ter suportado todas as dificuldades que sofreu sem essas duas virtudes
Rosane
Jesus andou por nossas estradas poeirentas, sentiu nossas tristezas e sofreu nossas doenças. Precisou de amor e coragem infinitos para sofrer a dor da vida e a tortura da morte na cruz, para que pudéssemos ter a vida eterna!
A MANEIRA DE AMAR
Por Pereira importantes, e estou convencida de que isso se aplica também a nós. Devemos escolher andar de mãos dadas, movidos pela bondade, mesmo quando não sabemos o caminho a seguir. E devemos ser corajosos para enfrentar o que quer que surja em nosso caminho, com a fé de que nosso Pai celestial está nos guiando em Seu amor e sabedoria. Rosane Pereira é professora de inglês, escritora e membro da Família Internacional. Mora no Rio de Janeiro. ■ 1. Ver Mateus 22:37–39.
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Esses tipos de lugares têm uma atmosfera especial e difícil de descrever. Ver de perto vidas quebradas, padecendo sofrimentos inacreditáveis, diariamente e, muitas vezes, em silêncio e solidão. Face a face com almas traumatizadas e corações sofridos, percebo que quando o desespero é enfrentado pela esperança, a indiferença se transforma em ação e a depressão pode ser superada pelos atos gentis das pessoas que se importam.
1. Mateus 25:40 — NVI
Participei de muitos desses projetos em diferentes partes do mundo e muitas vezes me perguntei o que motivou meus colegas voluntários — estudantes universitários, pais e mães de meia-idade, aposentados — as pessoas comuns que fazem tanta diferença. Foi
empatia? Fé em Deus? O desejo de fazer o bem, de ser útil, de fazer a diferença? Talvez um pouco de tudo. Passei anos fazendo trabalho humanitário na Rússia, Bósnia e Herzegovina, Croácia, Alemanha, Romênia, Filipinas, Moldávia, Iraque e, claro, em meu próprio país, a Ucrânia. Passei cinco anos em meados dos anos 1990 na região de Kharkiv, trabalhando em orfanatos, realizando shows de marionetes, organizando a distribuição de presentes de Natal, reunindo estudantes para serem voluntários conosco. De 2015 a 2017, participei e contribuí com a gestão de acampamentos para crianças de famílias desalojadas da região de Donetsk. Antes da pandemia de Covid-19, trabalhava com uma equipe criando murais em instituições infantis. Nosso último
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ATRAVÉS DO ESPELHO Por Mila Nataliya A. Govorukha
Entro e ouço vozes ao redor, mas não entendo uma palavra. Em muitos aspectos a experiência não era nova para mim. Já trabalhei em várias organizações sem fins lucrativos para atender pessoas necessitadas — deficientes, crianças com necessidades especiais, mães solteiras, órfãos, idosos e, claro, refugiados de todos os cantos do mundo.
É quando as lágrimas vêm. Por que estou chorando? Já nem sei mais. Só sei que minha vida nunca mais será a mesma.Valerie mantém uma conversa descontraída enquanto trabalha, contando-me um pouco sobre sua vida. Prefere café preto sem açúcar. Tem um filho adulto que mora na Itália. Com frequência, pergunta que comprimento de cabelo nas costas ou das franjas prefiro. Ela é contadora na cidade vizinha e trabalha como voluntária aqui uma vez por Sinto-memês. acolhida, cuidada, descansada e compreendida. No final, ela me dá um pequeno cartão azul com suas informações de contato. “Escreva-me. Conte comigo. Mesmo que seja para tomarmos um café e conversarmos.”Meucoração está transbordando de gratidão por Valerie, pela senhora que me cadastrou e explicou como eu poderia ser ajudada, pelos voluntários no corredor, pelo homem na entrada e enquanto ando devagar pelas ruas desta cidade, um versículo da Bíblia que memorizei há vinte e poucos anos ganha um novo significado: “O que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o Comfizeram”.1ocuidado de pessoas gentis como essas, e com o amor e a proteção de Deus, ficarei bem.
Mila Nataliya A. Govorukha é uma conselheira de jovens e voluntária da Ucrânia.
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Será que algum dia poderei retornar à minha terra amada e maravilhosa, atualmente torturada e parcialmente devastada? Nunca pensei que algum dia eu estaria fugindo para salvar minha própria vida, buscando todas as informações possíveis sobre status de refugiados, direitos, possibilidades, sob as limitações de estar em proteção temporária e tentando pensar em pelo menos algum tipo de plano. Perguntando-me quanto tempo levará para a guerra terminar. Entrei na sala.
Valerie, a cabeleireira muito animada de 52 anos que falava inglês, me leva para a sala ao lado, que é do tamanho de um armário grande. Ela me abraça quando digo que sou da Ucrânia. Na sequência, me orienta a sentar em uma cadeira simples, cobre meu corpo com uma capa preta para corte de cabelo e me pergunta que tipo de corte eu gostaria.
mural foi pintado em dezembro de 2021, uma época que hoje parece um passado muito distante. Uma vida anterior. Antes da guerra.
Era a sede de uma associação à qual me disseram que eu poderia pedir informações. Ficava em uma rua simples da pequena cidade da Europa Ocidental para onde fugi. Uma pessoa muito simpática no portão me recebeu — em inglês, felizmente — e me ofereceu chá ou café. Uma escolha! E ainda perguntou se eu queria açúcar e leite! Em seguida, o gentil homem me entregou um biscoitoEntãoembalado.fiqueiesperando na fila em um pequeno pátio com gente de pelo menos 15 nacionalidades — homens, mulheres e crianças do Oriente Médio, África e Ucrânia.Quando chegou minha vez, outra pessoa com um crachá me levou para dentro de um pequeno escritório com duas mesas e seis cadeiras. Perguntam-me o que preciso: Comida? Sapato? Xampu, escova de dentes? Aulas de línguas? Que tal um corte de cabelo grátis?
UMA ORAÇÃO PARA ENTREGAR SEU CORAÇÃO A DEUS Querido Jesus, obrigado por morrer por mim para que todos os meus erros possam ser perdoados. Abro a porta do meu coração e peço que, por favor, entre em minha vida, perdoe-me pelos meus pecados, encha-me com o Espírito Santo e me conceda a dádiva da vida eterna. Amém.
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A vida é cheia de dificuldades, desafios e há momentos em que nos encontramos em alguma situação particularmente desesperadora. É comum nessas horas pedirmos ajuda a Deus, mas, não raramente, sentimos que nossas próprias orações são inadequadas. Às vezes, é porque estamos sem prática, achamos que não temos tanta fé quanto precisamos e nos sentimos indignos da ajuda de Deus. Há ocasiões em que tememos que até nossas orações mais sinceras sejam insuficientes. É em momentos como esse que mais apreciamos o amor, a preocupação e as orações dos outros. Há uma reciprocidade nisso. Estar disponível para os outros em seus momentos de necessidade e traduzir em ações nosso amor, nosso desvelo e orar por quem precisa são duas das maneiras mais verdadeiras e eficazes de viver a Regra de Ouro: Faça aos outros o que gostaria que fizessem a você. Orar pelos outros não é apenas a coisa certa a fazer, mas também a mais inteligente. Preocupar-se com a situação não nos levará a lugar algum. Agir por conta própria não produzirá frutos muito bons, mas levar a situação a Deus em oração garantirá os melhores resultados possíveis, pois “esta é a confiança que temos nEle, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a Sua vontade, Ele nos ouve”.1 Nada mais que possamos fazer pelos outros custa tão pouco ou tem um alcance tão amplo quanto a oração. Sem dúvida, orar nos permite aprender com Deus o que mais po demos fazer para ajudar a resolver a situação, mas nossa primeira resposta a qualquer problema deve ser orar. Vamos lembrar disso, na próxima vez que um parente, amigo ou vizinho precisar de nossas orações. E, como Jesus ensinou, o próximo é qualquer um que precise de nossa ajuda.
O MELHOR PRESENTE 1. 1 João 5:14 NVI Por Keith Phillips
Keith Phillips foi editor-chefe da Contato por 14 anos, de 1999 a 2013. Atualmente, ele e sua esposa trabalham com pessoas em situação de rua, nos EUA.
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CHEGUEI PRIMEIRO
É uma questão de egoísmo, parte da natureza pecaminosa do homem. Mas o amor de Jesus pode nos ajudar a romper esse molde. “Dai, e dar-se-vos-á” — Ele ensinou — “pois com a mesma medida com que medirdes vos medirão também.”1 Com certeza, são conceitos revolucionários para a nossa era. Somos muito apegados aos nossos direitos! Mas essa generosidade e esse tipo de amor desapegado são exatamente o que Deus sempre quis que vivamos — um ideal que Seu amor pode nos ajudar a alcançar. Se amássemos assim, o mundo seria um lugar diferente. Jorge Solá é pai de nove filhos e tradutor. Ele faz parte do conselho da Arriba las Manos, 2 uma organização colombiana sem fins lucrativos dedicada a melhorar a educação em comunidades costeiras e promover programas de desenvolvimento pessoal para crianças carentes.
São exemplos um tanto extremos, mas o que dizer de pequenos atos de altruísmo? Quantas vezes, no ônibus ou no metrô, você vê um passageiro oferecer o lugar para alguém perfeitamente saudável que acabou de chegar, só porque provavelmente este gostaria de descansar as pernas um pouco? É demais esperar pequenos sacrifícios? Ou não fazemos coisas assim simplesmente porque não vemos ninguém fazendo o mesmo, ou por que ninguém espera isso de nós?
Por Jorge Solá Meu filho de três anos estava brincando com um jogo educativo no computador quando sua irmã de seis anos exigiu que ele a deixasse brincar. Veio a resposta típica: “Cheguei primeiro!” Não sei onde aprendeu isso e fiquei pensando. É um princípio geralmente aceito na sociedade que quem “chega primeiro” tem mais direitos que os que vêm depois. O primeiro a pisar em um território virgem tem a posse do lugar. Quem encontrar uma pérola no mar, um veio de ouro ou de petróleo, pode reclamar seu direito de propriedade. Aquele que faz uma descoberta científica ou inventa algo pode patentear o resultado de sua pesquisa e perceber os lucros que disso advierem. O primeiro a fincar a barraca em um lugar na praia se torna o “dono” daquela pequena área de areia pelo resto do dia No caso de meus filhos, se um deles estiver brincando por meia hora ao computador, digo que dê a vez para o outro. A maioria dos pais provavelmente faz algo similar. Mas se aplicássemos o mesmo princípio a todo aspecto da sociedade, seria um caos. Pode imaginar um proprietário rural dizer: “Tenho esta terra há algum tempo, então acho que chegou a hora de outra pessoa usufruir dela”? Ou um homem com um bom emprego abrir mão de sua vaga para outra pessoa que precisa de dinheiro poder trabalhar?
1. Lucas 6:38 2. http://www.arribalasmanos.org/ 11
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às atitudes dos outros. Requer que saiamos do nosso mundinho —a maneira como pensamos, nossas experiências, o que gostamos ou não gostamos— para nos colocarmos no lugar da outra pessoa. Devemos buscar entender e ir além do que supomos.
A Bíblia diz que não devemos julgar1, mas quando parece que a outra pessoa está errada, é diferente, ou se comporta de maneira diversa daquilo que já vimos ou vivenciamos, é fácil não vermos todo o resto. Parece que a nossa tendência é colocá-la num molde e lhe atribuir um rótulo, antes de sequer tentarmos entender a pessoa. Apesar de (tecnicamente) sabermos que nós mesmos não somos perfeitos, podemos esquecer isso rapidamente quando estamos frente a frente com as aparentes imperfeições de outro.
Quando vejo um defeito em alguém, a coisa mais difícil é pensar “Bem, eu tampouco sou perfeita”. Mas se os perfeitos existissem poderiam julgar? A Bíblia diz que não. “Há apenas um Legislador e Juiz, aquele que pode salvar e destruir. Mas quem é você para julgar o seu próximo?”2
A Oração de São Francisco diz: “Mestre, que eu não procure (…) ser compreendido, [mas] compreender”. Nem sempre é fácil entender os outros. Cada pessoa vem com formações, experiências, esperanças e sonhos diferentes, e o que faz todo o sentido para mim pode não fazer para outra pessoa. Como cada um de nós é de um jeito, pode ser um grande desafio entender o modo de pensar e de agir dos demais. Acho que a tendência natural é achar que os outros são como nós, ou esperar que sejam, o que pode nos levar a fazer julgamentos precipitados, pelo que, muitas vezes, não chegamos à conclusão certa. Se eu não entender os motivos ou as circunstâncias da outra pessoa, posso achar que algo que ela fez ou disse foi estúpido, arrogante ou Édesamoroso.tãofácilfazer suposições. É muito mais complexo descobrir os motivos que deram origem às ações ou
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1. Mateus 7:1 2. Tiago 4:11–12 NTLH 3. Ver João 4:4–42.
BUSCANDO COMPREENDER Por Marie Story
FazeiSenhor,de mim um instrumento de vossa Paz.
Onde houver ódio, que eu leve o Amor, Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. Onde houver discórdia, que eu leve a união. Onde houver dúvida, que eu leve a fé. Onde houver erro, que eu leve a verdade. Onde houver desespero, que eu leve a esperança. Onde houver tristeza, que eu leve a alegria. Onde houver trevas, que eu leve a luz! Ó fazeiMestre,que eu procure mais: consolar, que ser consolado; compreender, que ser compreendido; amar, que ser amado. Pois é dando, que se recebe. Perdoando, que se é perdoado e é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Marie Story mora em San Antonio, EUA, onde trabalha como ilustradora freelance e é conselheira voluntária em um abrigo local para sem-teto. ■
Quando encontrou a mulher samaritana junto ao poço,3 Jesus poderia lhe ter dito algumas boas verdades, mas não era o Seu objetivo. Jesus não a julgou; não a desprezou por causa da sua aparência ou história de vida. Ele se deteve para conversar com ela. Jesus ficou com aquela mulher e ouviu suas perguntas, dúvidas e apreensões. Gastou o tempo necessário para lhe responder. Sabia o que ela era e o que podia vir a ser. Obviamente, Jesus a entendeu e a cativou, pois depois da conversa ela voltou para a cidade e falou dEle para todo mundo. Mesmo conhecendo-O havia muito pouco tempo, confiou nEle o suficiente para apontá-lO como o Salvador. Jesus foi tão compreensivo, que sensibilizou o coração daquela mulher e o de muitos outros naquela cidade da Samaria.
—Autor desconhecido, mas popularmente atribuído a São Francisco de Assis
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Só existiu uma pessoa perfeita: Jesus. Ele nunca pecou e nunca pecará. Somente Ele reúne os atributos necessários para julgar os demais. E como Ele lidou com outras pessoas e seus erros? Que tipo de exemplo Ele nos deu para interagirmos com as pessoas que, como nós, não têm nada de perfeitas?
Quantas vezes julgamos as pessoas com base na sua aparência ou ações, sem tentarmos antes entender o que elas são na realidade? Quantas vezes rotulamos as pessoas e as tratamos com base nesses rótulos, sem pararmos para ouvir toda a sua história? Quem sabe que amizades podemos forjar ou oportunidades que podemos ter para compartilhar o Evangelho, se escolhermos amar e entender em vez de julgar e rotular? Talvez aquela pessoa que rotulamos e evitamos esteja passando por um momento em que uma palavra de ânimo ou um gesto de amizade pode fazer toda a diferença. É preciso deixar de lado os rótulos e as suposições para podermos realmente compreender e valorizar a pessoa pelo que ela é: um ser humano criado à imagem de Deus, alguém por quem Jesus morreu na cruz, que precisa de Seu amor e da nossa compreensão.
No famoso Sermão da Montanha, Jesus disse: “Ouvistes que foi dito: Amarás o teu próximo, e odiarás o teu inimigo. Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus. Ele faz que o seu sol se levante sobre maus e bons, e envia chuva sobre justos e injustos. Se amardes os que vos amam, que recompensa tereis? Não fazem os cobradores de impostos também o mesmo?”2
Quando alguns dos primeiros cristãos sofreram perseguições, o apóstolo Pedro os aconselhou a seguir o próprio exemplo de Jesus. “Se, porém, fazendo o bem, sois afligidos e o suportais com paciência, isto é agradável a Deus. Para isto fostes chamados, porque também Cristo padeceu por vós, deixando-vos o exemplo, para que sigais as suas pisadas. Ele não cometeu pecado, nem na sua boca se achou engano. Quando foi injuriado, não injuriava, e quando padecia não ameaçava. Antes, entregava-se àquele que julga Aquelesjustamente.”4queficamrancorosos, cedem a impulsos vingativos e querem fazer justiça com as próprias mãos em vez de confiar Deus, geralmente pioram tudo. Em vez da satisfação que esperam obter, acabam arrependidos e com grande necessidade de perdão. Mas os que confiam que Deus é capaz de corrigir as coisas em Seu tempo, encontram “a paz de Deus, que excede todo o entendimento”.5 ■
Como um cristão deve reagir ao mal? Tal como o Cristo, em circunstâncias semelhantes. Jesus escolheu vencer a maldade com a bondade e podemos fazer o mesmo, como a Bíblia nos ensina: “Não se deixem vencer pelo mal, mas vençam o mal com o bem”.1
COMO DEVE Por Alex Peterson 1. Romanos 12:21 NVI 2. Mateus 5:43–46 3. Mateus 6:14–15 4. 1 Pedro 2:20-23 5. Filipenses 4:7
UM REAGIR?CRISTÃO 14
Em outra parte da mesma passagem, Jesus também explicou que receberemos tanto perdão e misericórdia quanto oferecermos: “Pois se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Porém se não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial não perdoará as vossas.”3
1. Ver 2 Coríntios 9:6. Por Marie Alvero 15
Adoro fazer algo gentil quando realmente faz sentido. Passo horas procurando o presente de aniversário perfeito para dar a um amigo, ou a coisa certa a escrever, ou a maneira exata de ajudar um amigo ocupado a passar o dia. Mas muitas vezes fico paralisada, ansiosa e abandono minha boa intenção porque é muito difícil saber exatamente o que fazer. Acho que estou aprendendo que gentileza não é uma questão de precisão.ABíblia diz que aqueles que semeiam pouco também colherão pouco, mas os que o fizerem com abundância muito colherão.1 Nos tempos do Apóstolo Paulo, os campos eram plantados com grande liberalidade. Como era grande o risco de as sementes não germinarem e amadurecerem, semeavam em grande quantidade para compensar perdas e terem uma boa colheita.
LANCE UMA REDE GRANDE
Quando se trata de bondade, não pense demais. Envie uma mensagem de texto para dizer “oi”, traga uma refeição, abra a porta, envie um presente aleatório, convide alguém, leve-o para um café, pergunte como você pode orar por ele, faça um elogio. Estenda a mão, não espere algo em troca, apenas cultive o hábito da bondade.
A bondade nem sempre é conveniente. É preciso deixar espaço em sua vida para isso e, intencionalmente desacelerar e perceber a necessidade. Conheço bem o conceito, mas, francamente, muitas vezes não percebo a necessidade da outra pessoa, ou sequer a noto! Sentir-se culpada não ajuda em nada e, como aprendi, aumenta os riscos de perder oportunidades. Entretanto, posso começar me esforçando para estar atenta. Meu marido sempre leva consigo um jogo de ferramen tas. Já o vi usá-lo para ajudar alguém a abrir uma caixa, aparafusar a porta de um armário, tirar uma farpa da pele e mil outras coisas. Ele é muito bom em ver essas pequenas necessidades e responder a elas. Não tenho um jogo de ferramentas – e se tivesse, provavelmente não saberia usá-lo – mas tenho outras maneiras de demonstrar amor, como ouvir as pessoas ou conectá-las às soluções que precisam.
Nenhum de nós é incapaz de demonstrar alguma bondade, mesmo que seja apenas oferecendo respeito e dignidade aos que nos rodeiam, lembrando que todos somos feitos à imagem de Deus. Marie Alvero foi missionária na África e no México. Atualmente, vive com sua família no Texas. EUA ■
RAIO DE ESPERANÇA
Com amor, Jesus Não prometo poupá-lo das tempestades da vida, mas estarei com você quando as atravessar. Minha ajuda nem sempre virá como você espera, mas nunca lhe faltará. Jamais o deixarei nem o abandonarei.1 Nunca lutará sozinho. Quando você pedir Meu auxílio, atenderei à sua oração. Quando estiver preocupado ou com medo, Eu lhe darei fé para confiar em Mim, paz de espírito e coragem para seguir em frente. Quando estiver fraco e cansado, apoie-se em Mim e lhe darei força. Quando seu coração estiver partido, Eu o consertarei.Nãoposso
1. Ver Hebreus
protegê-lo de todas as dificuldades e tristezas, mas posso lhe dar a força para suportar os problemas da vida e transformar em benefício todas as circunstâncias que você enfrenta. Posso ajudar seu espírito a se elevar acima das tempes tades da vida para o Meu reino celestial, onde o sol está sempre brilhando.Sereipara você como o sol em um dia chuvoso e o arco-íris após a tempestade. Sou o raio brilhante de esperança que devolve o brilho aos seus olhos. 13:5.