Vila do Conde, 21 de Julho a 5 de Agosto, 2012
35
Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde trente cinquième foire nationale de l’artisanat
thirty fifth handicraft fair
Thirty Fifth Handicraft Fair Pág. 02
Artesanato 35 Anos a Celebrar Pag. 03
Peças Inspiradas Pág. 08
Exposição À Volta das Rendas Pág. 10
Jornadas Gastronómicas Animação Pág. 11
Rendas de Bilros Pág. 12
FNA 2011 em Imagens Pág. 13
Concurso Fotográfico Pág. 14
horários 35ª FNA seg. a qui. 17h30 | 24h sex. e sáb. 15h30 | 00h30 dom. 15h | 24h horário restaurante 19h | 23h informações www.rendasdebilros.org secretariado tel: 252 644 188 Fax: 252 607 505 – 252 248 422
UMA FESTA SEMPRE RENOVADA É com o maior gosto e particular prazer que, na abertura da 35ª edição da Feira Nacional de Artesanato, convidamos os amantes das artes e saberes tradicionais portugueses e o público em geral a visitarem este certame. Venham festejar connosco e com os artesãos de todo o país que aqui se reúnem anualmente, para celebrar a arte e a cultura popular. Junte-se aos cerca de 400 mil visitantes que nos honram com a sua presença e talvez este ano sejamos mais de meio milhão a celebrar o que de mais autêntico e genuíno se faz em Portugal Esta edição da Feira Nacional de Artesanato Vila do Conde tem como divisa as rendas de Bilros, a programação reflecte esta temática e promete encantar os nossos convidados. Mas a feira e a festa não se faz só com artesanato e o cardápio da programação conta com as jornadas gastronómicas e a animação diária. A todos os nossos sinceros votos de uma proveitosa e lúdica visita à mais viva expressão das artes portuguesas.
secretariado.feiras@gmail.com adapvc@gmail.com / www.fna.vconde.org GPS 41º 21' 2'' N / 8º 44' 51'' W
A Organização da FNA
02 35ª FNA
festival’s timetable from monday till thursday 5.30pm | midnight friday and saturday 3.30pm | 00.30am sunday 3pm | midnight restaurant ’s timetable 7pm | 11pm information
DISPLAYED HANDICRAFT
www.fna.vconde.org secretary’s office tel. 252 644 188 Fax.252 607 505 – 252 248 422 secretariado.feiras@gmail.com adapvc@gmail.com horaire de fonctionnement lundi à jeudi 17h30 | 24h00 vendredi et Samedi 15h30 | 00h30 dimanche 15h00 | 24h00 horaire du restaurant 19h00 | 23h00 information www.fna.vconde.org secrétariat tel. 252 644 188 Fax.252 607 505 – 252 248 422 secretariado.feiras@gmail.com adapvc@gmail.com
The National Handicraft Fair is not only an
Some off the most traditional dishes from
element of connection between
Beira Litoral, Beira Interior, Trás-os-Montes
crafts-men, handicrafts, institutional
and Alto Douro, Alentejo, Estremadura,
organisms, public and press, but,
Minho, Douro Litoral and Algarve.
undoubtedly, also a space of the
The entertainment will also let you travel
Portuguese traditional arts and crafts.
through the Portuguese traditional songs
This 35th edition will certainly be different
and sounds, with popular and folkloric
from the previous, but sure similar in its
music groups, which will give the final
authenticity and conception, embracing
touch to the fair’s program, also known as
the most genuine handicraft produced in
the Festival of the Portuguese Handicraft.
Portugal. It will not frustrate the
A visit to the 35th edition of the National
expectations of more than 450 thousand
Handicraft Fair, which takes place from
visitors, among new and regular, who
21st July to 5th August, will be an
honour Vila do Conde with their presence and con-tribute to enlarge the traditional arts and crafts. However, handicraft is not the only thing in this Fair. The Gastronomic Festival, which takes place during the event, will allow a tasty tour through the flavours of the main regions of the national gastronomy.
unforgettable souvenir from Portugal.
Jornal FNA 2013 propriedade Câmara Municipal de Vila do Conde/Associação para defesa do artesanato e património de Vila do Conde (ADAPVC) director Saraiva Dias editor José Almeida produção Meiosdarte meiosdarte@meiosdarte.com design Nuno Cruz créditos fotográficos arquivo municipal de Vila do Conde, Joaquim Gomes, artesãos, concorrentes concurso FNA
35ª FNA 03
Concurso “As rendas de bilros como inspiração”
35 ANOS A CELEBRAR O ARTESANATO Artesãos de todo o país têm encontro marcado em Vila do Conde entre 21 de Julho e 5 de Agosto, numa espécie de ritual que se repete desde 1978 e que há muito transformou a bela cidade da Foz do Ave na maior montra anual do artesanato feito em Portugal. A Feira Nacional de Artesanato (FNA), uma organização conjunta da Câmara Municipal de Vila do Conde e da Associação para a Defesa do Artesanato e Património de Vila do Conde, celebra a sua 35.ª edição ininterrupta. Uma existência já longa para aquele que foi o primeiro certame do género a surgir no país. Na verdade, embora mantendo-se fiel aos propósitos que lhe deram vida, a FNA tem sabido renovar-se e ser sempre diferente, como diferente, única e irrepetível é, também, toda e qualquer peça de artesanato. Assumindo-se como um acontecimento ímpar, a FNA vai reunir cerca de duas centenas de artesãos oriundos das diferentes geografias nacionais, do litoral e do interior, do norte, cento e do sul continentais, mas também das regiões autónomas dos Açores e da Madeira. Esta oferta única em quantidade, diversidade e qualidade, tem-se traduzido numa enorme afluência de público, média de 400 mil visitantes, encontrando-se a organização apostada em ultrapassar, este ano, o meio milhão de visitantes. Sendo embora uma feira de cariz nacional, que visa promover o melhor do artesanato português, a FNA tem anualmente um país convidado. Este ano, porém, tal não vai acontecer. Para celebrar os 35 anos de vida a edição deste ano da FNA vai dar particular destaque às Rendas de Bilros, ex-libris das artes tradicionais
Concurso “As rendas de bilros como inspiração”
vila-condenses que, aliás, esteve na génese da criação da Feira.
04 35ª FNA
Para esta homenagem da FNA às rendas de bilros foi reeditado o “Prémio Joana Maria de Jesus”, aberto a todas as rendilheiras de Vila do Conde que responderam ao desafio de produzir um “pano de tabuleiro retangular”, com a utilização de um máximo de duas cores e dimensões que não ultrapassassem 50x30 centímetros. Ainda no quadro da temática central
E porque Portugal não é apenas rico e
desta edição da feira, as rendas de bilros
diverso no artesanato, a Feira oferece
dão o mote ao Prémio FNA e a
igualmente uma ementa diária rica em
organização lançou o repto a artesãos e
propostas gastronómicas de diferentes
designers para criarem obras inspiradas
regiões e a exibição de grupos musicais
nas rendas de bilros. A adesão foi muito
e folclóricos de várias origens. Assim, em
positiva e o resultado é uma mostra
Vila do Conde, entre 21 de Julho e 5 de
surpreendente de criatividade que é
Agosto, vai ser possível percorrer o país
verdadeiramente imperdível e que, por
com todos os sentidos despertos...
isso, será uma das atrações do certame. No mesmo sentido vai, aliás, uma outra mostra, de origem francesa, que será inaugurada a 27 de Julho no Museu das Rendas de Bilros. Organizada em colaboração com a Fédération des Dentelles et des Broderies, e comissariada por Armel Barraud, a exposição “À Volta das Rendas” convida-nos a descobrir diferentes visões de artistas gauleses que têm nas rendas um elemento comum. A Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde é, no entanto, muito mais do que prémios e exposições. É um verdadeiro museu vivo, anualmente renovado. Aos visitantes é oferecida a possibilidade de, num mesmo local, “viajarem” por todo o país e assim (re) descobrirem o que de melhor este oferece nas artes tradicionais. Podem ver e admirar peças deslumbrantes, muitas das quais produzidas ali mesmo, à vista de todos, pelos artesãos presentes na feira.
06 35ª FNA
PRESENÇAS Abrantes Santarém
Bombarral Leiria
Constância Santarém
Guimarães Braga
Produtos alimentares
Licores
Cerâmica, arte de trabalhar flores secas, presépios em folha de milho
Bordados, olaria, ferro forjado, latoaria
Alcanena Santarém
Braga Braga
Covilhã Castelo Branco
Leiria Leiria
Artefactos em pele e couro
Ferro forjado, têxteis
Têxteis
Cerâmica
Alcobaça Leiria
Bragança Bragança
Espinho Aveiro
Lisboa Lisboa
Cerâmica
Cestaria, artigos em pedra de sabão, instrumentos em madeira
Madeira e cerâmica
Cerâmica
Almada Setúbal
Cabeceiras de Basto Braga
Estarreja Aveiro
Loures Lisboa
Cerâmica
Tecelagem e linhos
Tecelagem, barcos em madeira
Olaria, tecelagem
Almeirim Santarém
Caldas da Rainha Leiria
Estremoz Évora
Lourinhã Lisboa
Têxteis
Cerâmica figurativa, doçaria
Cerâmica figurativa, artefactos em pele
Bijouteria
Almodôvar Beja
Caminha Viana do Castelo
Esposende Braga
Lousã Coimbra
Tecelagem, calçado artesanal e mel e medronho
Ferro Forjado
Cantaria
Trabalhos em xisto, trabalhos em madeira, cerâmica
Amarante Porto
Cantanhede Coimbra
Évora Évora
Lousada Porto
Bordados
Tanoaria, tamancaria
Cerâmica
Bordados
Arganil Coimbra
Castelo Branco Castelo Branco
Fafe Braga
Maia Porto
Colheres de pau, casas em xisto
Bordados
Artigos em palha e arame, bordados, linho e cestaria, tecelagem
Cerâmica, artigos em couro
Arraiolos Évora
Castro Daire Viseu
Felgueiras Porto
Manteigas Guarda
Tapeçaria, mobiliário pintado
Tecelagem, vestuário
Instrumentos musicais, renda em Filet
Mantas e vestuário em lã
Aveiro Aveiro
Cinfães Viseu
Ferreira do Zêzere Santarém
Marco de Canaveses Porto
Cerâmica, doçaria
Latoaria, cestaria, tanoaria e artigos em palha
Cestaria
Cestaria, cerâmica, azulejaria
Barcelos Braga
Coimbra Coimbra
Fornos de Algodres Guarda
Marinha Grande Leiria
Artesanato tradicional de Barcelos
Tecelagem, registos e trabalhos (quadros) escama peixe
Cerâmica
Vidros
Benavente Santarém
Condeixa-a-Nova Coimbra
Gondomar Porto
Matosinhos Porto
Cerâmica, miniaturas de casas regionais
Cerâmica
Filigranas, talha
Filigrana
35ª FNA 07
Miranda do Douro Bragança
Penafiel Porto
Santa Comba Dão Viseu
Valongo Porto
Arte pastoril, artesanato em pardo e surrobeco, cutelaria
Miniaturas em madeira, artigos em linho
Bonecas tradicionais de pano, olaria
Ardósia, brinquedos em madeira e chapa
Mirandela Bragança
Penalva do Castelo Viseu
Santa Maria da Feira Aveiro
Viana do Alentejo Évora
Tecelagem, foles e mel
Latoaria
Madeiras, cerâmica
Olaria
Mondim de Basto Vila Real
Pombal Leiria
Santarém Santarém
Viana do Castelo Viana do Castelo
Artigos em linho, mel
Artigos em madeira
Cerâmica
Bordados, Osso e chifre e Registos
Monforte Portalegre
Ponte da Barca Viana do Castelo
Santo Tirso Porto
Vila do Conde Porto
Artefactos em pele e couro
Artigos em linho, bordados, bainhas abertas
Cerâmica
Rendas de Bilros, lãs, trabalho em madeira, doçaria conventual, vidros e couros
Montemor-o-Velho Coimbra
Ponte de Lima Viana do Castelo
São João da Madeira Aveiro
Vila Franca de Xira Lisboa
Cerâmica
Linhos e cantaria
Esculturas em madeira, pedra e ferro
Calçado tradicional
Nelas Viseu
Portalegre Portalegre
Sardoal Santarém
Vila Nova da Barquinha Santarém
Bonecas em pano, palha e juta, trapo
Cestaria, cortiça
Trapologia
Brinquedos em madeira
Oeiras Lisboa
Portimão Faro
Seia Guarda
Vila Nova de Famalicão Braga
Cerâmica e azulejaria
Amêndoa torrada
Tecelagem, calçado tradicional, produtos alimentares
Cerâmica, trabalhos em madeira e encáustica
Oliveira de Frades Viseu
Porto Porto
Seixal Setúbal
Vila Nova de Gaia Porto
Tanoaria e tamancaria
Cerâmica
Vestuário
Cerâmica, tecelagem, pedra e madeira
Oliveira do Hospital Coimbra
Póvoa de Lanhoso Braga
Sesimbra Setúbal
Vila Verde Braga
Tecelagem
Filigranas
Azulejaria
Lenço de Namorados
Ovar Aveiro
Póvoa de Varzim Porto
Tomar Santarém
Vimioso Bragança
Bonecos tradicionais em pano e malha, produtos alimentares
Tecelagem, tapeçaria, trabalhos em linho, camisolas de lã
Encadernação manual
Rendas, tecelagem, latoaria, cestaria, cobres
Paços de Ferreira Porto
Redondo Évora
Tondela Viseu
Vinhais Bragança
Esculturas em madeira
Olaria
Cerâmica negra
Cestaria, máscaras em madeira e produtos alimentares
Palmela Setúbal
Região Autónoma da Madeira R. A. Madeira
Torres Novas Santarém
Viseu Viseu
Cerâmica
Bordado, cestaria e calçado
Cerâmica
Quadros a ponto de Arraiolos
Paredes Porto
Região Autónoma dos Açores R. A. Açores
Trofa Porto
Bordados
Artefactos de osso e dente de baleia, bordados e registos
Brinquedos em madeira e chapa
Penacova Coimbra
Reguengos de Monsaraz Évora
Vale de Cambra Aveiro
Artefactos em madeira
Olaria
Vestuário em lã, linho e burel, Casas em xisto
JORNADAS GASTRONÓMICAS Evento de referência absolutamente obrigatório quando se fala da FEIRA NACIONAL DE ARTESANATO, as “Jornadas Gastronómicas” conquistaram um lugar de irrecusável prestígio graças à qualidade e rigor das propostas apresentadas. Este ano, ao comemorar os 35 anos do certame, poderão ser apreciados os genuínos pratos da Gastronomia Regional e que por cá, ao longo dos anos, já foram degustados, num irrecusável convite a uma viagem por gostos e sabores ancestrais, onde não faltarão a “sopa de cação”, a “petinga das Caxinas com farinha de pau“, as “tripas à moda do Porto ou a “vitela da região de Lafões”, sem esquecer os doces conventuais. Deixe-se surpreender... e bom apetite! (ver página 12)
08 35ª FNA
1
2
1 Com a realização deste trabalho pretendemos
5 Parábola às Artes e Ofícios Tradicionais
homenagear os saberes de múltiplas gerações
Portugueses, que encontram nas rendas de
de rendilheiras e, paralelamente, os 35 anos da
bilros, nas rendilheiras e no vertiginoso voltear
Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde,
dos bilros a expressão viva de um inestimável
simbolicamente representados nestes 35 bilros.
legado cultural. “E de Josefa, a viúva de Zuñiga,
A pluralidade e criatividade das rendilheiras são
louca de amor por ele, que esteve a ponto de
aqui representadas pela diversidade dos bilros e
lher cortar o bilro com as tesouras de podar, para
paleta cromática dos fios.
que ele não fosse de ninguém embora não fosse dela.” Gabriel Garcia Marques in O amor nos
2 A arte e os saberes das rendas de bilros
tempos de cólera
cruzaram gerações, num processo tão moroso e meticuloso como a notável execução das
6 A linda Ophélia evoca o espírito da Belle
próprias rendas. Na realização desta joia
Époque, os dourados anos 30.
consagramos essas gerações de mulheres, aqui
De formas arredondadas e vestida a rigor,
representadas por três pendentes reproduzindo
com adornos de bilros e penas, a escultura
as rendas de bilros, simbolicamente guardadas e
transmite-nos a luxúria e o encanto de um
preservadas para a posteridade num elemento
período de glamour em que a renda é um
esférico, símbolo de perfeição.
elemento rainha.
3 Manter a forma pela carga simbólica e
7 Evoca-se os bilros como ferramenta das
afetiva do bilro e improvisar novas dimensões e
Rendas. A sua suspensão sobre a taça, criando
usos, foram os prossupostos deste trabalho.
a ilusão de gotas, transmite a leveza do
Experimentação e descoberta para criar
rendilhado. Os materiais escolhidos estão
peças que pelas novas funcionalidades que
simbolicamente ligados à perspectiva
adquirem se mantém no campo
antropológica e estética desta Arte, realçando a
visual do nosso quotidiano, condensando
passagem deste saber-fazer de geração em
valores e preservando tradições que dão
geração e a sua relação com Vila do Conde,
sentido à vida. Um porto à saúde das
onde a água é elemento sempre presente.
3
rendilheiras e aos 35 anos da FNA.
4 Botas desenhadas a partir da bota tradicional de pescador, em tons de azul profundo numa alusão ao mar, onde sobressai a renda de bilro, na orla simbólica como linha de horizonte que separa o mar do céu.
4
35ª FNA 09
PEÇAS INSPIRADAS... 5
As Rendas de Bilros como fonte de inspiração No ano em que as Rendas de Bilros
Com ou sem Rendas de Bilros, foram
Conforme previsto no regulamento as
constituem o tema central da 35ª edição
inúmeras as inspiradas peças
peças apresentadas a concurso, por
da Feira Nacional de Artesanato, a
apresentadas a concurso. A resposta
meia centena de participantes, dão lugar
organização lançou a artesãos, designers
dos artesãos e criadores nacionais foi
a uma exposição/venda que decorrerá no
e outros criativos o desafio de se
ampla e muito diversa, tendo surgido
recinto da feira de 21 de Julho a 5 de
inspirarem nas rendas de Vila do Conde
peças de azulejaria, ourivesaria, em vidro,
Agosto
para produzirem peças originais nos mais
mármore, madeira, cerâmica, joalharia,
Este concurso deu lugar, igualmente, à
diversos materiais, candidatando-as ao
ferro, enfim, numa ampla diversidade de
publicação de um catálogo, disponível na
Prémio FNA.
materiais e de formas. A originalidade e
loja do certame.
criatividade dos participantes foi rica e O regulamento do concurso para
densa na sua ligação às raízes culturais.
mote “As Rendas de Bilros como Fonte
Foram muitos os artesãos, aqueles que
criatividade, valor estético,
de Inspiração”, previa duas modalidades:
tratam a feira por tu pela assiduidade
enquadramento da temática proposta,
uma para peças que incorporassem
com que têm marcado a sua presença
qualidade de execução, design e valor
Rendas de Bilros e uma outra em que
neste certame, que não fugindo à
funcional, no decorrer desta exposição e
estas fossem somente objeto de
temática do concurso, decidiram
atribuirá os prémios previstos no
figuração.
executar peças alusivas aos 35 anos da
regulamento.
Feira Nacional de Artesanato. 6
Peças que pela sua conotação identitária e pela sua criatividade, nomeadamente ao nível da funcionalidade, serão por certo um marco no trajeto do artesanato contemporâneo.
7
O Júri do concurso avaliará as propostas que mais se destacaram pela
atribuição deste prémio, subordinado ao
Menção honrosa 2011
10 35ª FNA
UM OLHAR COMTEMPORÂNEO À VOLTA DAS EXPOSIÇÃO RENDAS DE FOTOGRAFIA “À Volta das Rendas” é o interessante e revelador título da exposição, com inauguração agendada para o dia 27 de Julho, que viajou de França para o Museu das Rendas de
O Auditório Municipal de Vila do Conde acolhe, de 25 de Julho a 5 de Agosto, uma exposição fotográfica que
Bilros, contando com o apoio da Fédération des Dentelles et des Broderies,
resulta duma seleção de alguns dos melhores trabalhos
enriquecendo a programação desta edição da Feira Nacional de Artesanato.
apresentados ao Concurso de Fotografia da Feira Nacional de Artesanato em 2011.
Comissariadas por Armel Barraud, artista que estudou Artes Aplicadas na Escola de Artes Decorativas de Paris, a mostra vai proporcionar ao público português a observação de um conjunto de obras contemporâneas que fazem uso de rendas, nomeadamente de Rendas de Bilros, utilizando diferentes materiais.
Relembre-se que este concurso está aberto ao público em geral, fotógrafos ou amadores, e que “O tema, como não poderia deixar de ser, é o artesanato e ao que de mais “sui generis” se possa passar no decorrer e no espaço da feira.” Ver regulamento na página 14.
Para alguns dos artistas presentes a descoberta das rendas e das suas potencialidades de expressão artística deu-se quando tinham já um percurso artístico feito com a utilização de distintos materiais e técnicas. Outros chegaram à arte contemporânea depois de terem desenvolvido a sua atividade na execução de rendas tradicionais.
Novos instrumentos de análise sobre as rendas de bilros e a arte
Menção honrosa 2011
35ª FNA 11
PROGRAMA DE ANIMAÇÃO
21h30
21 Sábado
Sons d'Outrora VILA NOVA DE GAIA
29 Domingo
Rancho Folclórico da Flor do Monte – Carreira VILA NOVA DE FAMALICÃO
22 Domingo
Rancho Caxineiro VILA DO CONDE
30 Segunda
Rancho Folclórico Santiago de Silvalde ESPINHO
23 Segunda
José Flávio Ensamble PORTO
31 Terça
Grupo de Cantoria da Associação ARADUM MARCO DE CANAVESES
24 Terça
Grupo Etnofráfico do Orfeão de MATOSINHOS
01 Quarta
Rancho da Praça - Rendilheiras de VILA DO CONDE
25 Quarta
Associação Cultural e Recreativa do Rancho do Monte VILA DO CONDE
02 Quinta
Grupo Folclórico Etnográfico de Santa Marinha de Crestuma VILA NOVA DE GAIA
26 Quinta
Grupo de Cavaquinhos de Arcos VILA DO CONDE
03 Sexta
Rancho Folclórico da PÓVOA DE VARZIM
27 Sexta
Rancho Etnográfico de São Tiago de Bougado TROFA
04 Sábado
Tuna de S. Martinho de Pindo PENALVA DO CASTELO
28 Sábado
Grupo Folclórico de Escalos de Cima CASTELO BRANCO
05 Domingo
Grupo Folclórico da Ponta do Sol MADEIRA
JORNADAS GASTRONÓMICAS 21 SAB
22 DOM
23 SEG
24 TER
25 QUA
26 QUI
27 SEX
28 SAB
RIBATEJO / ESTREMADURA
BEIRAS / INTERIOR
DOURO LITORAL
ALENTEJO
Salada de bacalhau à moda da Costa da
Fritos de abóbora, beringelas e xerovias
Tripa enfarinhada
Tábua de enchidos
Caparica
Caldo de castanhas de Sernancelhe
Mexilhões do Convento de Santa Clara
Patanisca de espargos bravos
(Vila do Conde)
Linguiça frita com azeitonas de Elvas
Sopa de peixe do “nosso mar”
Sopa de cação
Petinga das Caxinas com farinha de pau
Bacalhau à moda de Porto Covo
Toucinho frito com migas de pão de milho Sopa de cadelinhas
Couves do lagar Trutas abafadas
Galhofas com bacalhau Fataça à moda de Salvaterra
Vitela assada à moda de Lafões
Bacalhau à Zé do Pipo Borrego do Monte com batatas novas de
Torresmos da Beira (Oliveirinha – Tábua) Arroz de pato de Santa Cita – Tomar Lombo de porco assado no espeto à
Peras bêbadas
moda de Escaroupim
Queijo da Serra da Estrela
Tripas à moda do Porto
S. Lourenço
Carne à São Gião
Carne frita de Odemira Migas de azeite do Baixo Alentejo
Doces do Convento de Stª Clara de Vila Misto de doces conventuais
Espera-marido
do Conde
Pudim das Madres
Vinho quente de Vila do Conde
29 DOM
30 SEG
31 TER
01 QUA
02 QUI
03 SEX
04 SAB
05 DOM
ALGARVE
MINHO
TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO
BEIRA LITORAL
Ervilhas à portimonense
Bolinhos de bacalhau com feijão- frade
Cogumelos recheados
Cebolinhas em fio de azeite
Azeitonas de sal
Caldo verde
Pataniscas de legumes
Mexilhões à moda de Aveiro
Caldo de cebola
Sopa seca de couve-nabo
Sopa seca de bacalhau
Raia com molho de Pitau
Arroz de polvo com filetes do mesmo
Caldeirada
Creme de camarão Bacalhau à Moita Lulas cheias à Monchique
Pescada à Vianense
Atum estufado Cozido de grão à Algarvia
Cozido à Portuguesa
Charriscos da matança
Cabrito à Serra d’Arga
Lombo de vaca maronesa à moda de
Leitão assado à moda da Bairrada
Agunchos
Cabidela de leitão
Mexidos de mel à moda de Cerva
Charcada à moda de Coimbra
Mijadinhas de Vila Real
Rabanadas douradas
Javali da serra em vinho tinto Leite creme Queijinhos de amêndoa Figos cheios
Chila à moda da Venda Velha
12 35ª FNA
RENDAS DE BILROS CONCURSO/EXPOSIÇÃO/VENDA Para celebrar condignamente esta arte
de Bilros tem o direito de opção de
com séculos de existência a organização
compra para assim enriquecer o seu
do certame decidiu reeditar o “Prémio
acervo.
Joana Maria de Jesus”, um concurso/exposição/venda de rendas de bilros subordinado a um tema concreto.
Esta iniciativa que promove as Rendas de Bilros em Vila do Conde no panorama do artesanato nacional, homenageia também
Assim, para esta edição, foi decidido
a figura de Joana Maria de Jesus,
propor às rendilheiras vila-condenses a
rendilheira de Vila do Conde que, em
execução de um “Pano de tabuleiro
1749 é escolhida pelas suas pares para ir
retangular”, em que apenas podiam ser
a Lisboa contestar a pragmática de D.
utilizadas duas cores e tendo como
João V que proibia o uso de rendas. O
medida máxima 30x50 centímetros
objetivo do rei era reduzir a ostentação e
Como era de algum modo previsível,
atravessava uma grave crise económica
o luxo numa época em que o país
numa altura em que as Rendas de Bilros
mas, com isso, estava a colocar em
de Vila do Conde, estimuladas pelas
causa a sobrevivência das rendilheiras de
múltiplas iniciativas empreendidas
todo o país. A missão de Joana Maria de
ganharam um novo fôlego, foram muitos
Jesus, a que se juntaram outras
os trabalhos a concurso, dificultando
iniciativas no mesmo sentido, teve o êxito
assim a tarefa do Júri que selecionou os
desejado, levando o Rei a proibir, apenas,
trabalhos a expor. Apesar de se
a importação de rendas.
destinarem a venda o Museu das Rendas
www.rendasdebilros.com Tendo como objetivo potenciar a divulgação da renda de bilros e a sua história, a Associação para Defesa do Artesanato e Património de Vila do Conde, criou um novo interface, procurando assim atingir públicos que privilegiam os formatos digitais. Divulgação / História / Loja Online
35ª FNA 13
FNA 2011 EM IMAGENS total de 508 trabalhos. O júri do concurso congratulou-se com a qualidade técnica da maioria dos trabalhos
2º Prémio - preto e branco
Os amantes da fotografia mais uma vez responderam ao desafio lançado pela FNA. Em 2011 o concurso Fotográfico contou com 76 concorrentes que apresentaram um
1º Prémio - preto e branco
mas entendeu, por unanimidade, não atribuir o 1.º prémio na categoria de “Cor”, por considerar que nenhuma fotografia se destacou de forma determinante nesta categoria. Na categoria a cor os premiados foram Daniel Castro, com “Mãos rudes de trabalho”, 2º Prémio e Hugo Miguel Carvalho com “Escultura”, 3º Prémio, tendo ainda sido atribuídas oito Menções honrosas. Na fotografia a preto e branco o 1º Prémio foi para Licínio Cardoso pelo trabalho “Light in the shadows”, enquanto Helena Maria Fernandes Flores, os 2.º e 3.º prémios, respetivamente com “Alicia II” e “Piano”, tendo sido ainda atribuída uma Menção Honrosa ao trabalho Dulce – Helena Maria Fernandes Flores.
3º Prémio - cor
2º Prémio - cor
3º Prémio - preto e branco
Menções honrosas
14 35ª FNA
CONCURSO FOTOGRÁFICO
SABOREAR PORTUGAL
REGULAMENTO
XIV FEIRA DE GASTRONOMIA
Como já vem acontecendo desde 1991, a organização da F.N.A. promove um
O Verão em Vila do Conde é sempre animado e multifacetado. Assim, pouco depois
concurso fotográfico aberto a trabalhos a cor ou a preto e branco.
do adeus à Feira de Artesanato os jardins da Av. Júlio Graça voltam a encher-se de
O tema, como não poderia deixar de ser, é o artesanato e ao que de mais “sui generis”
stands para receberem, entre 17 e 26 de Agosto, a 14.ª Feira da Gastronomia, onde
se possa passar no decorrer e no espaço da feira. Para os que ainda não conhecem,
um conjunto de restaurantes e tasquinhas prometem saciar os mais exigentes apetites.
aqui fica o regulamento. A Cozinha Portuguesa, na sua ampla diversidade de produtos e sabores, estará ali 1. TEMA
Um segundo envelope, fechado, indicando
Livre nos procedimentos técnicos a empregar,
no exterior o pseudónimo do concorrente e no
deverá obedecer ao tema genérico “Feira
seu interior:
Nacional de Artesanato 2012”, registando quaisquer pormenores, situações ou
Nome completo do concorrente, morada,
toda concentrada e a reclamar várias visitas para uns petiscos alentejanos ou algarvios, uma jantarada com sabores transmontanos, um desvio até às beiras, enfim, uma oferta ampla que pretende oferecer a todos os que ali se deslocarem uma verdadeira volta gastronómica a Portugal sem sair de Vila do Conde.
n.º contribuinte e telefone e data de nascimento.
acontecimentos, etc., desde que ocorridos
Ali, com o mar aos pés, vai, certamente, valer a pena saborear um bom peixe. Mas
dentro da feira, nomeadamente peças de
5. PRÉMIOS
artesanato, artesãos, público, folclore ou
Fotografias a cor e a preto e branco, em ambas
gastronomia.
as modalidades: 1º Prémio – 750 euros
não faltarão igualmente propostas em que a carne será o centro das atenções. Marcarão igualmente presença os enchidos de diferentes proveniências, queijos com
2. CARTÃO DE IDENTIFICAÇÃO
2º Prémio – 400 euros
distintos paladares, pães variados, doces e biscoitos, azeites e vinagres, vinhos,
Os concorrentes poderão levantar no
3º Prémio – 200 euros
espumantes e outros néctares, um sem número de produtos para degustar no local ou para levar para casa e ir prolongando o prazer ao longo do ano.
Secretariado o Cartão de Identificação, para poder circular no recinto da Feira, não podendo
O Júri reserva-se o direito de não atribuir qualquer
deste modo ser impedidos de fotografar quer as
um dos prémios, assim como de decidir a
peças expostas, que os artesãos que se
atribuição de menções honrosas, cujo valor será
encontram a trabalhar.
de 75 euros. Serão entregues diplomas de participação aos concorrentes seleccionados
3. OBRAS
para a exposição final.
Não é permitida a fotografia manipulada. Para a modalidade cor a medida dos trabalhos a
6. JÚRI
concurso, deverá estar compreendida entre
As decisões do Júri são inalteráveis. Os trabalhos
20cm (limite mínimo) e/ou 45cm (limite máximo).
premiados ficam propriedade da Câmara
Para a modalidade Preto e Branco, as medidas
Municipal de Vila do Conde, a qual se reserva o
dos trabalhos a concurso, deverão estar
direito de os poder reproduzir ou expor sempre
compreendidas entre 18cm (limite mínimo) e/ou
que entenda conveniente. Todos os trabalhos
40cm (limite máximo). Cada concorrente só
poderão ser exibidos numa exposição montada
poderá apresentar um máximo de 10 (dez)
para o efeito. Os trabalhos não premiados
trabalhos a concurso, independentemente da
deverão ser levantados, nos Serviços de Turismo,
modalidade a que concorre.
após a Exposição anunciada no ponto 6 do Regulamento e por um período de 12 meses,
4. PRAZOS E FORMAS DE ENTREGA
findo o qual passarão a ter o mesmo tratamento
Os trabalhos a concurso deverão ser entregues
dos trabalhos premiados.
ou enviados para o Posto de Turismo de Vila do Conde (Rua 25 de Abril, n.º 103 - 4480-722 VILA
7. EXPOSIÇÃO
DO CONDE) até ao dia 15 de Setembro de 2012.
Os trabalhos serão expostos no decurso da
Poderão ser enviadas por correio registado para a
edição da Feira Nacional de Artesanato de 2013.
morada acima indicada. O envelope, onde deverá
São 10 dias a dedicar aos prazeres da mesa. Para deixar que os sentidos se deleitam
escrever-se “Concurso Fotográfico F.N.A. 2012”
Quaisquer informações podem ser solicitadas no
deverá conter: fotografias montadas numa
secretariado da feira ou telefone: 252 248 473,
cartolina, obrigatoriamente, de cor neutra e nas
fax: 252 248 422 ou e-mail: adapvc@gmail.com
dimensões de 50cm x 70cm. No verso de cada trabalho deverá colocar-se: Título Pseudónimo com que concorre (este pseudónimo será o mesmo para todos os trabalhos apresentados pelo mesmo concorrente).
com as múltiplas propostas que restaurantes e tasquinhas terão para oferecer. Vai valer a pena esperar. Mas é melhor marcar desde já na agenda para não se esquecer que de 17 a 26 de Agosto é tempo de voltar a Vila do Conde para se deleitar com a gastronomia nacional.
35ª FNA 15
CAMPO INVADE A CIDADE É ainda em tempo de Verão, entre .... e .... de Setembro, que os jardins da Av. Júlio Graça recebem um outro evento que se vai consolidando na tradição vila-condense: a Feira de Atividades Agrícolas, que vai já na sua nona edição. Durante quatro dias o campo invade a cidade. Mesmo sem recorrerem às agora tão comuns redes sociais para marcarem encontro, muitos animais deixam durante momentos os seus habitat naturais para se mostrarem ao público citadino, dando-se assim a conhecer melhor e chamando a atenção para a importância do campo na vida de todos nós. Esta “manifestação” pacífica visa, naturalmente, promover as potencialidades agro-pecuárias de Vila do Conde, um concelho que concilia a vertente urbana com uma importante área rural. Esta vertente mais profissional alia-se a uma outra, de natureza pedagógica, promovendo o contacto do público mais jovem com realidades que desconhece. Numa mostra em que participam empresários agrícolas e diversas instituições ligadas ao sector, não faltarão produtos da terra e animais em exposição. Mas haverá também espaço para atividades paralelas que contribuirão para trazer maior animação ao certame, como corridas de galgos, demonstrações de ordenha, atividades equestres, venda de produtos da terra e várias outras ações que prometem contribuir para o reforço da notoriedade que a Feira de Atividades Agrícolas de Vila do Conde já alcançou.
PUBLICIDADE 06/2012
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Linha Directa 808 20 60 60 Atendimento 24h por dia. Personalizado de 2ª a 6ª feira das 8h30 às 23h30 e Sábados, Domingos e Feriados das 10h às 23h.
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