Revista da Tribuna - Junho/2018

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DA REDAÇÃO

Aquecendo para a festança

nesta edição REVISTA DA TRIBUNA • ANO 16 • EDIÇÃO 109 • 9/JUNHO/2018

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á estamos na metade do ano, e com o pé no segundo semestre! A cidade está no aquecimento para receber a Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Indaiatuba (Faici), em agosto. Na edição deste ano, a organização pretende resgatar a festa do peão tradicional; além disso, o evento ganhará novo local e trará de volta também a Festa das Nações Unidas de Indaiatuba (Fenui), reunindo gastronomia e apresentações folclóricas de cinco etnias. O presidente, José Marques Barbosa, antecipou à Revista da Tribuna tudo o que estão preparando para os fãs nesta edição. Mas, um pouco antes, ainda este mês, teremos a Copa na Rússia. Mas, já há algum tempo, os aficionados pelo futebol participam das trocas de figurinhas, que ganham as bancas da cidade nos finais de semana. O álbum conta com 682 cromos e muitos já estão na reta final para completa-lo. Ainda em junho o romantismo está mais aflorado, e o Dia dos Namorados aproxima mais os apaixonados. Para marcar o momento, nada melhor do que uma joia – desde as mais simples às sofisticadas, as peças representam não apenas os sentimentos, mas também a personalidade dos pares. Falando em paixão, o confeiteiro Dário Héberson conta sobre a vitória no programa Bake Off Brasil, a mudança para Indaiatuba, há seis meses, e os passos que trilhou para concretizar seus sonhos. E tem a receita alentejana, que leva feijão manteiga com bochecha de porco, e pode ser acompanhada de vinhos tintos encorpados, sugeridos pelo somelier Fred Benjamin. Para os pets, veterinários apontam os prós e contras das roupinhas durante o inverno. Além disso, a Revista da Tribuna foi conhecer um pouco mais sobre o câncer renal, doença pouco conhecida dos brasileiros, e as formas de preveni-la. Pegue um cobertor, uma bebida quente e boa leitura!

 COPA

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Montando o time

 ESPECIAL

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Joia rara

GASTRONOMIA La dolce vita

 NUTRIÇÃO

14

Nutriplus apresenta “Histórias que Alimentam” nas escolas de Indaiatuba

 MODA

16

Vitrine

 SOCIAL

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Por Kleber Patricio

 SAÚDE

26  CAPA

18

Resgate das Tradições

Câncer renal: mal desconhecido

 PET

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Me aqueça neste inverno

Maiara & Maraísa, embaixadoras da Faici 2018, se apresentam na última noite da festa

COMERCIAL revista@tribunadeindaia.com.br COLABORADORES Adriana Brumer Lourencini Kleber Patricio

REDAÇÃO Jornalista Responsável - Mtb 041781/SP redacaorevista@tribunadeindaia.com.br DIAGRAMAÇÃO Marco Antonio de Almeida - MTb 54.963

RUA HÉRCULES MAZZONI, 873 – CENTRO – FONE 3825-5500 – www.revistadatribuna.com.br – revistadatribuna@terra.com.br

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copa

Fotos: Werner Münchow

Montando o TIME GALERA SE REÚNE NAS BANCAS EM FINAIS DE SEMANA PARA AS TROCAS DE FIGURINHAS POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI

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Copa do Mundo 2018 terá início em 14 de junho e segue até 14 de julho. Mas, a troca de figurinhas já está rolando há mais de um mês, em vários pontos de Indaiatuba. Especialmente nas tardes de sábado e manhãs de domingo, uma galera se reúne próximo às bancas de jornal para tentar completar o álbum, que possui no total 682 figurinhas, sendo 50 delas especiais.

“O dia principal, de maior movimento é o domingo”, afirma João de Souza Neto, o Januba da banca (foto acima). “Por volta das 7 horas já está chegando o pessoal, que começa a ficar na praça abrindo as figurinhas. Ali existe uma estrutura bacana, com bancos para sentar e sombra de árvores.” Ele revela que até mil pessoas se concentram na Praça do Cato, e ficam por ali até o início da tarde. “Tem dia que a gente tem que pedir para eles para irmos almoçar, por-

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que já estamos com fome”, comenta Januba. Mas, não existe um horário fixo para começar as trocas. “No sábado, durante o dia todo, sempre tem gente trocando. E basta alguém sentar ali e abrir as figurinhas, logo outros também vêm”, completa. Januba também relata que o horário de funcionamento da banca foi ampliado por conta das figurinhas. “Antes, a banca fechava às 18h, mas, como tem muitos pais que trabalham fora e não conseguem chegar na cidade até este horário, nós resolvemos estender para as 18h40 ou um pouco mais. Acontece que eles não podem chegar em casa sem as figurinhas, porque senão as crianças não deixam eles entrarem. Foi uma parceria com as crianças”, brinca. Durante as trocas de figurinhas, não há vendas de cromos especiais. “Nós apenas fornecemos a estrutura, o espaço para as pessoas trocarem. Todos ficam bem à vontade. Não fazemos trocas – na banca existe somente a venda das figurinhas e dos álbuns”, garante Januba. O pacote com 5 figurinhas tem o custo de R$ 2 e o álbum, R$ 7,90. “O álbum de capa dura está R$ 25,90. Recentemente vieram novas figurinhas com jogadores que não haviam sido convocados na primeira fase. Sempre há promoções”, aponta. “A principal finalidade das trocas é completar o álbum, porque se a pessoa quiser preencher tudo só comprando, fica muito caro”, emenda Januba.

Funcionários de startup completam álbuns em ambiente de trabalho Os álbuns de figurinha da Copa viraram febre mundial há quase 50 anos. O Brasil, conhecido como o país do futebol e é pentacampeão do mundo, não ficou de fora dessa tendência. Ao contrário, é o maior consumidor de cromos entre os 92 países que têm a coleção à venda, segundo informações da Panini. Não são apenas as crianças e adolescentes que usam os intervalos das aulas para trocar figurinhas repetidas e tentar completar o álbum antes dos jogos começarem. No GetNinjas, maior plataforma de contratação de serviços do País, mais de 15 funcionários montaram um grupo na ferramenta de comunicação interna da empresa, o Slack, para alcançar o objetivo mais rápido. “Nós criamos um grupo para as pessoas que colecionam exporem as figurinhas repetidas e pedirem por aquelas que ainda faltam para completar o álbum”, explica o analista financeiro, Rodrigo Ferreira. Com toda a estratégia alinhada pela ferramenta, eles marcam, entre si, um horário em que estão mais livres ou usam o período do almoço para realizar a negociação. “Eu só troco as figurinhas aqui, que é onde passo a maior parte do meu tempo; então, essa parceria tem me ajudado muito”, explica. Ele ainda precisa de 150 figurinhas para completar o álbum. Aline Farias, analista de atendimento ao cliente, comprou o álbum da Copa com o namorado e já está quase concluindo, faltando apenas 32 figurinhas. Além disso, a liberdade de poder realizar o lazer durante o expediente ajuda a amenizar a ansiedade e a focar nos resultados. “O ambiente fica mais leve para desenvolver o trabalho e, assim, o resultado chega com mais facilidade”, finaliza Aline.


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especial

JOIA rara

Ana Tomich: noivos pedem alianças megadiferentes

NO DIA DOS NAMORADOS, AS APOSTAS ESTÃO EM PRESENTES QUE TRAZEM EMOÇÃO, INSPIREM CARINHO E DESTAQUEM O AMOR

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POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI

escolha de presente para o(a) amado(a) é um trabalho que exige cuidado e, antes de tudo, carinho. Mesmo que a pessoa conheça bem o(a) parceiro(a), nem sempre se consegue, de primeira, arranjar algo que encante. Porém, uma joia é um item que, certamente irá agradar, e dificilmente será esquecido. Alexandre Eduardo Silva Oliveira, proprietário da Têre Joias, comenta que a data desperta a procura pelos mais variados tipos. “Tudo depende do perfil do cliente, já que o nosso atendimento é personalizado”, explica. “Direcionamos para a escolha certa do presente, com base nas informações. O presente ideal realmente emociona – e a joia carrega em si essa característica, já que possui uma carga emocional muito grande.” Entre os mais buscados, Alexandre revela que “correntes com pingentes e pulseiras, assim como crucifixos e medalhas de santos são boas indicações de presentes para os homens, porque são peças que inspiram proteção, carinho e cuidado”, complementa. O destaque fica por conta das alianças de noivado ou casamento: “A data inspira”, emenda Alexandre. “A sugestão é para alianças que formem o par; alguns casais entram em acordo para usarem modelos diferentes; mas, nós orientamos para que sejam iguais, com o conceito de caracterizarem justamente o par”, argumenta o empresário. “De um modo geral, os casais têm preferências diversas, de acordo com a espessura e cor do ouro”, complementa Alexandre. SEM LIMITES O designer de joias Pablo Lozano comenta que os materiais que mais utiliza em suas

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criações são prata, ouro amarelo e ródio negro. “Esses metais podem acompanhar pedras, principalmente as naturais. Não gosto de trabalhar com pedras artificiais. Também utilizo muito pérolas e conchas”, completa. Ele destaca ainda que os casais atualmente usam mais alianças de casamento do que de compromisso. “Outra joia que tende a crescer no mercado são os escapulários, que podem ser personalizados com datas de namoro, símbolos e desenhos específicos. Crio também muitas alianças personalizadas para casamento, mas, neste caso, somente os noivos terão este modelo”, salienta Pablo. Uma tendência que vem crescendo tam-

bém é a aquisição de joias para si mesmo, segundo confirma o designer. “Essa tendência está muito forte. Hoje em dia as pessoas querem joias únicas e personalizadas, que somente elas possuam, e não joias de coleção. Por isso, uso muito a técnica do corte a laser, que é rápida e possibilita peças exclusivas. Os homens também são fortes consumidores de joias; a diferença é que eles adquirem as peças e levam muito tempo para comprar outra. O design para joias masculinas, por sua vez, ainda continua conservador. Já as mulheres querem diversificar. Meu foco de trabalho é o público feminino: para elas podemos ousar mais, criar sem limites”, conclui Pablo.

Brasil está entre os 15 maiores fabricantes de joias, sendo 70% para exportação O setor de joias, semijoias e bijuterias vem crescendo a cada ano. De acordo com levantamento do McKinsey Global Institute, até 2020 as vendas anuais no segmento devem atingir os US$250 bilhões, e estimativas apontam que a expansão no varejo deva ser de até 6%. O Brasil se destaca neste cenário, ocupando lugar entre os 15 maiores fabricantes de joias. Dados do Instituto Brasileiro de Gemas e Metais

Preciosos (IBGM) mostram que são criadas e comercializadas 22 toneladas de peças em 261 indústrias de lapidação, artefatos de pedra, joalheria de ouro, folheados e bijuterias. Frente ao mercado aquecido, empresas nacionais buscam expandir a produção, a fim de acompanhar a evolução industrial e o comportamento dos consumidores. Hoje, existem três mil empresas no Brasil, e juntas faturam cerca


de R$ 600 milhões e, do total de exportações dos produtos folheados nacionais 70% são destinados a países como Estados Unidos, Alemanha e Canadá. SUSTENTABILIDADE Boa parte do sucesso está relacionada à originalidade e criatividade dos designers e fabricantes, especialmente no Brasil, onde são integrados materiais diversificados, além de elementos sustentáveis. Peças produzidas em titânio, paládio, aço inox, estão entre as maiores demandas. “Para ser considerada uma joia, a peça tem de ser confeccionada com metais nobres como ouro, prata e pedras preciosas. Outros tipos são denominados bijuterias ou semijoias (termo inventado pela indústria). Eles são interessantes também, mas não podem ser chamados de joias”, esclarece a designer de joias personalizadas, Ana Tomich. A expressão fair trade significa melhores condições de valores aos que fornecem matéria prima e mão de obra. São materiais adquiridos de fontes sustentáveis e com boas práticas socioambientais ditadas pelo mercado internacional. É possível hoje encontrar até diamante sustentável, segundo a marca americana Brilliant Earth, a qual inseriu no mercado o chamado dia-

mante reciclado (o termo correto é upcycling). Trata-se da joia que já foi utilizada em peça antiga, e retirada para a produção de uma nova. A fabricante também utiliza diamantes da Rússia, Canadá, África do Sul, Namíbia e Botsuana – todos criados em laboratório; e garante que são idênticos aos naturais. São utilizados somente materiais naturais ou reciclados; o trabalho é pensado no coletivo; e todo item de origem animal é subproduto de bovinos criados de forma responsável. A madeira provém de árvores caídas e a colheita de sementes não prejudica os vegetais de onde elas vêm. Óleos naturais protegem as ecojoias, em substituição às substâncias sintéticas e as embalagens são feitas a partir de latas e papelão (reciclados). TENDÊNCIAS Além das novidades ecologicamente corretas, houve também mudanças significativas no comportamento do consumidor. “Tenho muitos clientes do sexo masculino; são homens modernos, que querem expressar algo para o mundo, querem mostrar sua essência. Não é qualquer homem que usa joias – tem de ter personalidade forte”, garante Ana. “Muitos querem combinar com relógios ou

ter abotoaduras diferenciadas; eles entendem que a joia conversa com outros acessórios, além de mostrar que eles têm poder, estilo, sofisticação”, emenda. “As mais vendidas para eles são anéis, escapulários e abotoaduras.” Ela fala ainda que os mais estilosos buscam pulseiras e anéis. “Também atendo muitos noivos; alguns pedem uma aliança mega diferente, o que eu acho o máximo”, opina Ana. “Vemos hoje dois públicos: o clássico (muitos ainda) que prefere peças discretas e que marquem o momento; e o arrojado, que faz questão de detalhes marcantes, nos possibilitando criar à vontade.” Ana acrescenta que atende um bom número de gays. “É um público mais cabeça aberta, são estilosos e gostam de mostrar a personalidade por meio de acessórios diversificados. Há heteros também, mas em menor proporção”, cita a designer. Por fim, Ana Tomich lembra que o anel de compromisso é bastante valorizado. “As pessoas costumam deixar as joias para quando forem dar um passo importante, como o noivado. As mulheres, especialmente, adoram o anel de noivado personalizado, feito especialmente para elas. É o momento em que são pedidas em casamento, e isso tem grande valor sentimental”, finaliza. Fontes: Tânia Neiva e Lilian Pacce

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Chitãozinho e Xororó apostam no ramo imobiliário e lançam o Residencial Evidências em Indaiatuba LANÇADO EM ABRIL EM PARCERIA COM A EXSA URBANISMO, EMPREENDIMENTO AQUECE O SETOR NA REGIÃO

evidencias Durval Sombini Filho, diretor presidente da Exsa Urbanismo, entre Chitãozinho e Xororó: idealizadores do Residencial Evidências durante o lançamento do loteamento

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vidências. O nome do maior sucesso da dupla Chitãozinho e Xororó, que já foi considerado hino brasileiro, agora também é um endereço. O Residencial Evidências foi lançado em 22 de abril, em um evento que agitou a cidade, reunindo a dupla e cerca de 600 convidados no próprio local. O loteamento fechado é realizado em parceria com a Exsa Urbanismo e é o primeiro empreendimento com a assinatura de Chitãozinho e Xororó. O diretor presidente da Exsa Urbanismo, Durval Sombini Filho, explica o surgimento dessa parceria. “A experiência nos leva a fazer coisas bem-feitas, mas é o amor que nos leva a fazê-las com perfeição. Precisava de pessoas que, assim como eu, amam o que fazem e, do mesmo modo, nasceu o Residencial Evidências, com a assinatura da dupla sertaneja mais famosa do Brasil”, revela. O PROJETO O residencial foi pensado para proporcionar alto padrão de qualidade de vida, baseado na integração entre a cidade e a natureza. O projeto compreende 452 lotes a partir de 300 metros quadrados e infraestrutura completa, com 5.100 m2 destinados à área de lazer. Toda essa estrutura é cercada por 169.000 m2 de uma exuberante área verde - metade de sua área total. Localizado às margens da Rodovia Lix da Cunha (SP-73), na altura da Estrada Municipal IDT 334, o Evidências encontra-se estrategicamente posicionado com proximidade e facilidade de acesso às principais vias do eixo Indaiatuba-Campinas e do Aeroporto Internacional de Viracopos. As obras seguem em ritmo acelerado. Os futuros moradores poderão desfrutar de comodidades como portaria com monitoramento 24 horas, salão de festas, playground, brinquedoteca, espaço fitness, espaço gourmet, piscina e campo de futebol.

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Chitãozinho e Xororó se apresentam durante lançamento do Residencial Evidências, primeiro empreendimento imobiliário que leva a assinatura da dupla “Se tem uma coisa que a gente entende é que, de certa forma, acabamos entrando na vida das pessoas e marcamos momentos importantes de várias gerações, sendo assim, com esse novo empreendimento, vamos realizar sonhos. É isso que nos motiva”, contam Chitãozinho e Xororó com entusiasmo. NOVOS “EVIDÊNCIAS” Com o Evidências, o objetivo dos idealizadores é instituir uma marca que represente um novo conceito em urbanismo e moradia. Uma proposta ousada que promete ser tão bem sucedida quanto à música que lhe rendeu o título. A partir de Indaiatuba, cidade escolhida para implantar o primeiro residencial, referência em desenvolvimento no País, o loteamento será lançado em outros municípios e estados. Camaçari, na Bahia, é o próximo local, onde o Evidências deve chegar em 2019. “Queremos levar para as famílias um produto único e bem concebido, pensado em todos os aspectos ambientais, com estudo profundo de impacto de trânsito e vizinhança, proporcionando a qualidade de vida que as pessoas merecem”, conclui o diretor presidente da Exsa Urbanismo. EXSA URBANISMO A Exsa Urbanismo é uma empresa com expertise em planejamento urbano. Com quase 20 anos de experiência e mais de 70 projetos implantados ou em fase de implantação, está presente no mercado nacional e em constante expansão, desenvolvendo empreendimentos residenciais e comerciais com alto padrão de qualidade e inovação. A excelência conquistada em cada empreendimento é fruto da seriedade, comprometimento e experiência de toda equipe Exsa. Da execução à entrega, a Exsa soma esforços para aproximar pessoas e ideias, tornando possível a realização de projetos de vida e o bem-viver.


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gastronomia

La dolce VITA O CONFEITEIRO DÁRIO HÉBERSON ABRE SEU LIVRO DE HISTÓRIAS E CONTA COMO TRANSFORMOU SONHOS EM REALIDADE

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POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI

té o segundo semestre de 2017, Dário Héberson era apenas um jovem teixeirense de 25 anos, ainda um garoto cheio de sonhos, que veio até São Paulo para participar de um programa de culinária na televisão, o Bake Off Brasil, no SBT. Após vencer a disputa (ele foi o primeiro participante do sexo masculino a vencer o programa dos confeiteiros), sua vida deu uma guinada de 360 graus. Há cerca de seis meses, ele largou o emprego e montou o próprio ateliê de confeitaria, aqui mesmo, em Indaiatuba (que glória, não?). Ele abre algumas páginas de sua história para a Revista da Tribuna, e começa falando que participar do Bake Off não apenas mudou sua vida, “mas confirmou que eu estava no caminho certo”, garante. “O programa foi a realização de um sonho e uma mudança de vida da água para o vinho, me proporcionando visibilidade. Através da confeitaria eu pude transformar a vida de pessoas que assim como eu, tiveram dificuldade no início da trajetória; e esta, tenho certeza, é a minha missão”, completa. Natural de Ribeira do Pombal, Bahia (BA), Dário se mudou para Teixeira de Freitas, também município baiano, com os pais ‘Seu’ Enildo e dona Adoniran; na época ele tinha 5 anos de idade. Mais tarde, se formou em Ciências da Computação, e chegou a trabalhar como professor de informática e inglês, além de coordenar a área de TI da Prefeitura de Teixeira de Freitas. Mas, nem tudo foi doce na vida do teixeirense de coração. Em 2005, com 12 anos, Dário teve de assumir a família, porque Seu Enildo sofreu acidente de moto e se tornou cadeirante. Mais tarde, se formou em Ciências da Computação, e trabalhou como professor de informática e de inglês, além de coordenar a área de TI da Prefeitura de Teixeira de Freitas. Além disso, passou a ajudar os pais na venda de artesanatos para complementar a renda da família. Dário também quase se tornou cineasta, já

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“Quero que meus alunos sejam felizes bem sucedidos”

que produziu o filme Mãe-de-Ouro e o Encanto da Vela Oculta, primeiro longa do município baiano, e que lhe garantiu uma bolsa na faculdade de Cinema, em Cachoeira (BA). GANHANDO ASAS Porém, como a necessidade é a mãe da criatividade, o jovem baiano foi, de mansinho, sendo levado para o universo gastronômico. “Tudo começou quando tive de estudar fora e me manter longe dos meus pais. Comecei a fazer bolos de pote, salgados e cupcakes e a vender na rua e nas salas de aula da minha faculdade. Assim surgiu a primeira encomenda de bolo e foi amor à primeira vista. Desde então nunca mais consegui parar e não me imagino fazendo outra coisa. Mesmo depois de algum tempo, me tornando funcionário público federal, não consegui deixar de confeitar. Trabalhava o dia inteiro e pela madrugada fazia encomendas de bolo”, declara Dário. Ele fala que, antes do programa, era um “menino repleto de sonhos. Tinha boas ideias, sabia o que queria, mas tinha sua estabilidade do serviço público e isso o prendia um pouco. Após o Bake Off, meu sonho foi confirmado e percebi que o medo só me travava. Ganhar o programa serviu pra que eu tivesse a certeza de que eu poderia fazer qualquer coisa e, sem medo de ser feliz, viver do que eu amo”.

Depois de vencer o programa, o confeiteiro viajou para a Bélgica, onde participou de um workshop com o fundador da Cacau Show, e fez um tour pelas chocolaterias europeias. Sobre se estabelecer em Indaiatuba, ele revela que teve um ‘empurrãozinho’. “Ao visitar Indaiatuba, percebi que a qualidade de vida seria ainda maior e poderia estar pertinho de São Paulo e do aeroporto. A Gigi, também participante do programa, e um primo meu me ajudaram ao máximo a tomar essa decisão, pois ambos moram aqui também e adoram a cidade”, resume. A Revista da Tribuna perguntou a Dário o que ele planeja para o futuro, e o confeiteiro foi categórico: “Meu sonhado futuro já chegou. Vivo única e exclusivamente da confeitaria; dou aulas em todo o Brasil e adoço a vida das pessoas cada vez mais”. Recentemente, ele lançou o curso Viver só da confeitaria, “o qual construí baseado em todos os métodos que implementei ao longo da vida; assim, ofereço às pessoas, de forma 100% online, aulas de confeitaria prática e várias técnicas para alavancar a carreira e aumentar as vendas, além de ensinar a postura de um confeiteiro no mercado, dentre outras. Isso permite que meus alunos não passem pelos mesmos problemas que eu passei e que sejam bem-sucedidos e felizes nessa área, assim como eu”, conclui.


Receita alentejana para saborear no inverno Uma receita portuguesa, especificamente alentejana, só que preparada do jeitinho brasileiro, pode se tornar uma excelente opção de prato para os dias frios. É o feijão manteiga com bochecha de porco, sugerida pela chef Rita Campos Simão, do Café Alentejo, em Évora, Portugal. O prato, legitimamente brasileiro, é rico em sabor e recebe o toque português; porém, continua com a cara do Brasil. Para harmonizar, Fred Benjamin, embaixador dos Vinhos do Alentejo 2018, selecionou três vinhos tintos encorpados e potentes para uma perfeita harmonização com o prato, obtendo assim uma boa experiência gastronômica sem sair de casa. Então, sem mais delongas, vamos à RECEITA: – 1 kg de feijão manteiga – 1 kg de bochechas de porco alentejano – 2 cebolas picadas – 4 dentes de alho – 1 linguiça – 4 cenouras – 1 couve lombarda – louro – azeite a gosto – sal, pimenta e malagueta a gosto – arroz para acompanhar PREPARO Primeiro, são cozidos separadamente o feijão e as bochechas na panela de pressão. Num tacho, são colocados a cebola e o alho; depois, é só refogar com azeite até ficar transparente. Colocar os legumes (cenoura e couve) para cozinhar; depois as carnes previamente cozidas e desfiadas e, por fim, o feijão. Ao final, deixar ferver para os aromas se misturarem. Rendimento: seis porções Como se trata de um prato consumido no inverno, Fred Benjamin recomenda vinhos tintos encorpados e potentes para uma perfeita harmonização. Ele lista os mais indicados: • SUGESTÃO 1 – Bom Juiz Reserva Tinto – Carmim – Doc Alentejo da sub-região de Reguengos - O vinho estagia em barricas durante um ano e meio, e é elaborado com as castas Alicante Bouchet, Trincadeira e Aragonez. • SUGESTÃO 2 – Mouchao – Herdade do Mouchao - Doc Alentejo da sub-região de Portalegre – Elaborado com Alicante Bouchet e Trincadeira; o vinho estagia por 24 meses em tonéis de 5 mil litros, de carvalho português, macacaúba e mogno. • SUGESTÃO 3 – Marques de Borba Reserva – Joao Portugal Ramos – Doc Alentejo da sub-região de Borba – Elaborado com as uvas Alicante Bouschet, Aragonez, Trincadeira, Touriga Nacional. Estágio: 18 meses em meias-pipas novas de carvalho francês.

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NUTRIPLUS apresenta “Histórias que

Alimentam” nas escolas de Indaiatuba

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té agosto, a Nutriplus realiza o programa “Histórias que Alimentam” para cerca de 3500 crianças das creches municipais de Indaiatuba em parceria com a Secretaria de Educação da cidade para incentivá-las a provar novos alimentos e adotarem hábitos alimentares saudáveis. Na história “O Almoço Mágico”, a pedagoga e contadora de histórias Nádia Barbuglio utiliza recursos teatrais como fantoche, elementos cênicos diversos e muita música cantada ao vivo para narrar a história de duas amigas, a Fadinha e a Bruxinha. Quando há respeito, as diferenças fazem a amizade ser mais divertida, bonita e forte, que resulta em mudança de comportamento e hábitos alimentares, inclusive. Para Cláudia Valdemarim, nutricionista do município, este projeto de educação nutricional da Nutriplus é muito importante para esta faixa etária para promover hábitos alimentares saudáveis. “Percebemos maior aceitação pelas crianças de frutas, legumes e verduras do cardápio”. O cardápio da alimentação escolar de Indaiatuba é elaborado em conjunto com as nutricionistas da Nutriplus, respeitando as necessidades nutricionais para a idade. Em 2017, a história “A Menina que não Gostava de Fruta” incentivou os alunos das 25 creches de Indaiatuba a incluírem as frutas na alimentação. As contações de histórias fazem parte do programa “Histórias que Alimentam”, especialmente desenvolvidos pela Nutriplus para alunos da Educação Infantil com o objetivo de incentivá-los a provar novos alimentos e incluí-los em suas refeições. Para os alunos do Ensino Fundamental, Médio e EJA da cidade, a Nutriplus realiza o programa “Intervalo Orientativo” com duas ações de educação alimentar e nutricional por ano. Neste primeiro semestre, os nutricionistas estão percorrendo as escolas para explicarem aos estudantes os benefícios de se alimentar com regularidade, atenção e em boa companhia, princípios definidos pelo Guia Alimentar da População Brasileira. A escolha de alimentos saudáveis, os benefícios de alimentos como leguminosas e do consumo de pescados, os grupos alimentares, os dez passos de uma alimentação adequada, entre outros temas, já foram abordados nos anos anteriores. O fornecimento de uma alimentação escolar de qualidade somado a esta importante missão de colaborar com a formação de hábitos alimentares saudáveis dos estudantes de Indaiatuba, fez com que 94,5% dos diretores escolares entrevistados a aprovarem o sistema de alimentação escolar sob responsabilidade da Nutriplus.

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capa

RESGATE DAS TRADIÇÕES EM SUA 30ª EDIÇÃO, A FAICI TRAZ DE VOLTA A TRADICIONAL FESTA DO PEÃO E O RETORNO DA FENUI, COM A CULTURA DE 5 ETNIAS POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI

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Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Indaiatuba (Faici) completa 30 anos em 2018, e a grande novidade desta edição é o retorno da Festa das Nações Unidas de Indaiatuba (Fenui), que ocupará o mesmo espaço. De 3 a 12 de agosto, o evento realizado em área localizada à Avenida General Motors, s/nº, irá reunir gastronomia e apresentações folclóricas de cinco etnias, além de shows sertanejos e rodeio. O anúncio da edição 2018 foi feito pela Prefeitura, em meados de maio, e contou com a presença de José Marques Barbosa, presidente da Faici, e de Maria Ângela Faustino, que hoje está à frente da Associação das Entidades Étnicas de Indaiatuba (AEEI). As jovens embaixadoras da Fenui, Caroline Dias e Maria Rita Menezes, também participaram da coletiva, representando as etnias afrodescendente e alemã, respectivamente. O principal objetivo este ano é resgatar a tradicional festa do peão, com apoio da Prefeitura. “Vamos tentar resgatar o formato das festas dos primeiros anos da Faici”, declara Barbosa. “Com a volta da Fenui, pretendemos direcionar o evento para as famílias; porque as pessoas que gostam de aproveitar a festa no recinto, antes dos shows, vinham comentando

que queriam jantar ali mesmo, mas não tinham como. Agora, com os estandes da Fenui, elas poderão curtir mais a Faici”, emenda. No ano passado, a Fenui não participou porque os organizadores da festa entenderam que o modelo do evento necessitava ser revisto. A 20ª edição da Fenui, realizada pela AEEI, trará ao recinto da festa a tradição de cinco etnias: italiana, alemã, japonesa, afrodescendente e gaúcha, com culinária típica, danças, música e folclore. O espaço destinado à Festa das Nações comWerner Münchow

As jovens embaixadoras da Fenui, Maria Rita Menezes e Caroline Dias

preende stand de dois mil metros quadrados. “Queremos agradecer ao prefeito Gaspar pelo apoio sempre dado a Fenui. Acreditamos que o resgate do formato Fenui junto com a Faici só vem para agregar”, declarou Maria Ângela. VIOLA CAIPIRA Além do diferencial proporcionado pela Fenui, outra novidade é o espaço destinado à Faici. Em área maior, com 120 mil metros quadrados, o recinto irá abrigar novas atrações, entre elas, o pavilhão de exposições agropecuárias, pista de cavalgada, tenda de música eletrônica, o tradicional bailão e o parque do peãozinho. “Estamos muito felizes com o resgate das raízes da Faici e a participação da Fenui, que o nosso público tanto gosta”, acrescentou Barbosa. A Orquestra de Viola Caipira de Indaiatuba fará a abertura da festa; a dupla Zé Neto e Cristiano faz sua estreia em na cidade no dia 2 de agosto; na sexta, dia 3, Naldo Barretos abre a noite, seguido pela dupla Bruno di Marco e Cristiano. A última apresentação da noite fica por conta de Maiara e Maraísa, embaixadoras da Faici 2018. Confira ao lado a programação completa.

Camarotes individuais são os destaques do evento Para quem quer curtir os shows na arena, o valor do primeiro lote da Pista será de R$ 40. Porém, o Passaporte Faici sai a R$150 e dá acesso aos seis dias do evento no setor pista (o que representa economia de R$ 90). Um dos destaques da festa fica por conta dos camarotes individuais. O Super Premium contará com mini camarotes exclusivos com capacidade para 10 pessoas. O ambiente incluirá serviço diferenciado e atrações todas as noites, logo após o show principal. A programação completa será divulgada nas redes sociais da Faici. No Infinity Prime o sistema all inclusive contará com

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diversas opções gastronômicas, além de água, refrigerante e chope. Nessa área haverá uma equipe especializada na customização de camisetas do camarote, de uso obrigatório, e um espaço de beleza com profissionais à disposição. Após o show principal o lounge exclusivo receberá uma atração especial a cada noite. Os camarotes individuais têm ainda a vantagem da Área VIP, que garante visão privilegiada dos artistas, e será dividido com um lado exclusivo para os visitantes do camarote Super Premium e outro para os integrantes do Infinity Prime. uu

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César Vilela (Rodeovet)

Dia 2 – Zé Neto & Cristiano

Barbosa

Donizete (Pralana)

Éder Faria

Celso (Samor)

Dia 3 – Naldo Barrettos / Bruno di Marco & Cristiano / Maiara & Maraísa

PROGRAMAÇÃO FAICI 2018 2 a 12 de agosto

Local: Avenida General Motors, s/n, ao lado da Toyota, às margens da SP-75 Informações: (19) 3264-0936 Site e vendas online: www.faici.com

Dia 4 – Roby & Thiago / Henrique & Juliano

Dia 10 – Leandro & Lorena / Simone & Simaria

Dia 9 – Gusttavo Lima

| Tribuna | 19 JUNHO/2018 Dia 11 – Rionegro & Solimões / Naiara Azevedo / Ferrugem Revista

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capa

Zé Neto e Cristiano prometem “modão bom” para público Uma das atrações mais esperadas da Faici é o show da dupla Zé Neto e Cristiano, que participa da festa pela primeira vez. Amigos de infância, os dois se tornaram irmãos de coração, e as duas vozes que colhem a cada dia os frutos do sucesso nas paradas nacionais. Há sete anos na estrada musical, a dupla apresentou recentemente o 5º CD, com 15 faixas, e o 3º DVD, intitulado Esquece o mundo lá fora, com 21 canções, produzido pela Som Livre. “Vamos apresentar na Faici as canções do nosso novo DVD, e tocar um ‘modão’ bom para o público de Indaiatuba”, antecipam os artistas. Entre as músicas garantidas no repertório estão Largado às traças, Bebida na ferida e Status que eu não queria. O novo álbum foi gravado em março deste ano, no Espaço das Américas, casa de shows na capital paulista, e reuniu 8 mil pessoas. A direção do DVD é assinada por Fernando Trevisan (Catatau), com produção musical de Ivan Miyazato, direção executiva de Wander Oliveira e realização Workshow. A música Largado às traças chegou a ocupar o primeiro lugar no Hot 100 Brasil da Billboard, além de estar entre as mais ouvidas do Spotify Brasil por duas semanas consecutivas. Em abril, o single foi o segundo vídeo mais visto do YouTube Brasil, onde acumula mais de

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200 milhões visualizações. Sobre as expectativas da apresentação em Indaiatuba, Zé Neto e Cristiano garantem que são as melhores. “Estamos preparando um show especial e único, e esperamos tocar o coração do público”, finalizam. Outros destaques que serão trazidos pelos sertanejos serão os singles Novela das nove e A gente continua. Paralelo à estreia da dupla sertaneja, o pagodeiro Jheison Failde de Souza, o Ferrugem, também confirmou presença na Faici. Ele se

apresenta no dia 11 de agosto, abrindo a noite de shows. As músicas mais conhecidas são Pirata e tesouro, Eu juro e Sinto a sua falta. O primeiro DVD da carreira do cantor, intitulado Prazer, eu sou Ferrugem, foi lançado este ano e contou com a participações de artistas como Ludmilla, Thiaguinho, Sorriso Maroto, Péricles, Nego do Borel e a dupla Marcos & Belutti. BRILHOS DAS MULHERES DOMINA A FESTA O empoderamento feminino é o termo da vez, e no universo sertanejo a receita se repete. O sucesso meteórico de duplas como Maiara & Maraísa, Simone & Simaria, além das cantoras

Marília Mendonça e Naiara Azevedo, que começa a despontar no cenário musical, comprovam que elas vieram para ficar e encantar. Inclusive, este ano, Maiara & Maraísa foram convidadas para serem as embaixadoras da Faici. ““Nós fizemos o convite a elas porque até hoje nunca tivemos mulheres como embaixadoras da festa; elas serão as primeiras. As mulheres estão cada vez mais fortes”, ressalta Barbosa. As irmãs Simone & Simaria (coleguinhas) também estreiam na Faici, representando a ala feminina. Nascidas em Uibaí, na Bahia, desde meninas percorrem as trilhas musicais. O primeiro destaque nacional veio com Simaria, que atuou como backing vocal do cantor Frank Aguiar, aos 14 anos de idade. Mais tarde, Simone juntou-se à irmã, e elas dividiram o palco com o artista durante sete anos. Em 2015, lançaram o segundo DVD, Bar das Coleguinhas, gravado em Fortaleza, no Ceará, com a participação de Wesley Safadão, Tânia Mara e Gabriel Diniz. Live é o segundo álbum ao vivo da dupla, gravado em Goiânia (GO) com participações especiais das duplas Bruno & Marrone e Jorge & Mateus nas canções Te amo chega dá raiva e Amor mal resolvido, respectivamente. Entre os sucessos no repertório da Faici, estarão Regime fechado, Paga de solteiro e Quando o mel é bom. Naiara Azevedo também chega como promessa de sucesso. A paranaense de 28 anos descobriu a vocação musical aos 13, quando morava em um sítio da família, em Goiânia; na época, participou de uma disputa de música na escola, à qual venceu. No início de 2016, Naiara gravou o DVD Totalmente diferente, com as participações de Maiara & Maraísa, Zé Neto & Cristiano e Paula Mattos. Entre as músicas escolhidas para o repertório, estava o hit 50 Reais. A cantora transformou sua história real em um hit após descobrir a traição de um ex-namorado, e o resultado foi o maior sucesso de sua carreira até então.


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Carlos Cabiró

Ricardo Axcar

Lume Canton recebe Isabela Scarton na Schutz Day Party, realizada por Suzi Ruiz em abril na Lis Rose Carlos Cabiró

Marina Silva Telles do Valle (em pé, entre a sobrinha Camilla Rojas do Valle e a amiga Kenia Teixeira), com os amigos Criseide Chagas, Pádua, a mãe Norma Silva Telles do Valle e os amigos Selma e Amir El Hage Ricardo Axcar

Giovanna Greghi com a mãe Najla na Schutz Day Party da Lis Rose

As amigas Naima Bergamo Rocha, Maria Clara Ferreira, Gabriela Scisci e Camila Ifanger Maffessoni foram levar seu abraço à querida Marina Silva Telles do Valle

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O arquiteto Alex Palermo Ramos com o filho Francesco e a irmã e também arquiteta Adriana na festa do primeiro aniversário do novo show room da Casa da Fazenda

Graziele Pontes e Rodrigo de Almeida receberam no final de abril para o coquetel em comemoração pelo primeiro aniversário do novo show room da Casa da Fazenda, que completa dez anos em Indaiatuba


Eduardo Montello

Gabriel Borges, Sabrina Dezani, Elena Salvador e Ralf Dippold inauguraram no final de abril na Avenida Visconde de Indaiatuba o Cantinho do Churrasco, que concentra itens imprescindíveis como grelhas e sal grosso até uma variedade de carnes, espetinhos e bebidas

Adriana Franco e Luiz Bordin, na foto com o maître Elder Bertagini, inauguraram em abril em Itaici o Estação Mosteiro, restaurante especializado em carnes argentinas assadas na brasa com uma ambientação atraente e acolhedora

Ricardinho Mansur foi uma das presenças estreladas na Eco Estrela Monte Carlo Cup, no Helvetia Polo Country Club

Werner Munchow

Os arquitetos Barbara Fantelli e Johnny Toledo em tête-à-tête no coquetel de Graziele Pontes e Rodrigo de Almeida

Maria Lucia Forbes e sua filha Lulu Forbes Vaz Guimarães com Kleber Patricio na Eco Estrela Monte Carlo Cup, realizada no final de abril no Helvetia Polo Country Club JUNHO/2018

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saúde

CÂNCER RENAL: mal desconhecido

PESQUISA REVELA QUE MENOS DE TRÊS EM CADA 10 PESSOAS TÊM INFORMAÇÕES SOBRE DIAGNÓSTICO, TERAPIAS E PREVENÇÃO POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI

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câncer de rim é uma patologia ainda desconhecida dos brasileiros, conforme revela pesquisa do Instituto Nielsen, realizada em 2017. Segundo o estudo, menos de três em cada dez pessoas no Brasil têm informações sobre o diagnóstico, tratamento, causas e prevenção. O assunto ganhou destaque após a novela Do outro lado do paraíso, veiculada no horário nobre da Rede Globo, trazer a personagem Adriana, vivida pela atriz Julia Dalavia, que descobre um tumor renal. Paralelo à descoberta, a trama também procurou abordar os processos de transplante dos rins e de hemodiálise. A nefrologista Maria Gabriela Rosa, do centro Renal Quality de Jundiaí, salienta o fator positivo de um veículo de grande alcance divulgar o tema. “Acho importante porque o câncer renal causa poucos sintomas e, na maioria dos casos, é descoberto em exames de rotina em pacientes assintomáticos, como no caso da personagem”, explica. Com isso, a especialista aponta para a importância da avaliação médica periódica. “Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, maiores são as chances de cura”, garante Maria Gabriela. Ainda de acordo com a nefrologista, somente 10% dos pacientes apresentam os sintomas clássicos da doença. “Entre elas, dor abdominal, sangue na urina e massa palpável”, cita. Outros sinais que também indicam o problema incluem suor noturno excessivo, febre,

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cansaço, perda de peso e aumento da pressão. Portadores de hipertensão arterial, assim como obesos e fumantes devem redobrar os cuidados, já que eles têm maior probabilidade de desenvolver o tumor renal. “A doença pode ser causada ainda por algumas síndromes genéticas raras ou acometer pacientes portadores de insuficiência renal em diálise e usuários crônicos de analgésicos e anti-inflamatórios não esteroides, entre eles o ácido acetilsalicílico e a dipirona sódica”, conclui Maria Gabriela. A nefrologista acrescenta que trabalhadores expostos a substâncias químicas como cádmio, amianto e derivados de petróleo estão inclusos nos grupos de risco da doença. “A melhor forma de prevenir a doença é manter hábitos de vida saudáveis, alimentando-se adequadamente e estar atento ao próprio corpo”, complementa. SUSCETÍVEIS Embora o Instituto Nacional do Câncer (Inca) não disponibilize estatísticas específicas sobre esse tipo de câncer, dados mundiais mostram que a doença representa cerca de 3% das neoplasias malignas entre adultos. Em 2012, no Brasil, 6,2 mil pessoas foram diagnosticadas com câncer renal, segundo o relatório Globocan , da Agência Internacional para Pesquisa em Câncer, ligada à Organização Mundial de Saúde (OMS). Desse total, 3.761 eram homens e 2.494 mulheres. “O cenário de prevalência de casos entre

o sexo masculino ainda se mantém, pois, eles têm quase o dobro de chance de desenvolver a doença”, prossegue Maria Gabriela. “É uma consequência da transformação das células dos túbulos que formam os néfrons, que passam a proliferar de forma anormal.” De acordo com a médica, néfrons são estruturas responsáveis pela filtração e formação da urina, e os túbulos, os locais por onde circulam os líquidos com as substâncias que serão eliminadas ou reaproveitadas pelo organismo. “O diagnóstico é feito por exames de imagem, como o ultrassom e a tomografia, e o avanço tecnológico tem permitido descobrir a doença cada vez mais cedo”, observa Maria Gabriela. O aumento no número de casos diagnosticados a partir dos anos 90 pode estar ligado ao acesso aos exames de imagem mais sensíveis na detecção de pequenos nódulos, como é o caso da tomografia computadorizada. “Durante a cirurgia, o rim afetado pode ser retirado total ou parcialmente, dependendo do caso de cada paciente. As pessoas com apenas um rim têm uma vida normal e saudável”, complementa. VISIBILIDADE Na trama global, a personagem Adriana, depois de ser atendida no pronto-socorro de um hospital e ter passado por teste de creatinina – indicador de insuficiência renal – foi diagnosticada com cálculo renal e suposto cisto, depois da biópsia; em seguida veio a certeza do câncer. Adriana faz a cirurgia, mas começa a perder as funções renais do outro rim e precisa de um transplante. Sua mãe (Beth, interpretada por Glória Pires) é compatível, mas inicialmente é descartada como doadora porque é alcoólatra; contudo, ela acaba doando o rim à filha.


Reprodução

Cena da novela Do Outro Lado do Paraíso, da Rede Globo

Para a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a visibilidade da doença no meio televisivo é importante, contudo, em carta assinada pela presidente, Carmen Tzanno, e enviada à produção da novela, a entidade destacou a

importância de não alarmar o público e “demonstrar que, no caso da doença renal crônica, é possível o tratamento em busca da qualidade de vida do paciente”. Em outro trecho, a carta da SBN analisa: “Acreditamos que as cenas devam demonstrar a preocupação da família, amigos e paciente, normal neste caso, mas é importante não alarmar o público com informações que podem causar confusão, como a associação de cisto, câncer e cálculos, além da insuficiência renal crônica que vem depois”. E complementa: “(...) quem tem calculose renal pode ter função renal normal, da mesma forma que os cistos podem ser simples e benignos e as pessoas manterem a função renal regular. Mesmo após a retirada do tumor maligno (...)”. Além disso, a entidade salienta que “o fato de uma pessoa beber (ingerir bebida alcoólica), em princípio não a contraindica como doadora para o transplante de rim. Todo paciente doador passa por uma bateria de exames médicos e laboratoriais que avaliam a possibilidade de doação, quando o transplantes ocorre intervivos. Afirmar o contrário em cenas da novela pode reduzir o número de doações”. Por fim, a presidente da SBN conclui que a

novela pode informar e demonstrar que há vida normal após o diagnóstico da doença renal crônica. “Tratamentos como hemodiálise (...) e transplante geram qualidade de vida e permitem que o paciente continue levando sua vida, da melhor maneira possível.” Ela aponta que, de qualquer forma, a novela deu visibilidade ao tema. “Trouxe o câncer de rim, a hemodiálise e o transplante de órgãos para as conversas e para a mídia, e devemos aproveitar essa oportunidade para ampliar as informações, corretas”, conclui. DESINFORMAÇÃO E EDUCAÇÃO Maria Gabriela, por sua vez, ressalta que a novela é uma obra de ficção e que as pessoas devem buscar um especialista para tirar dúvidas ou se informar corretamente. “Não tenho informações sobre o processo de pesquisa que orientou os autores e roteiristas. O que é possível dizer, e é preciso lembrar sempre, o público principalmente, é que a novela é uma obra de ficção. Isso quer dizer que tem uma certa carga dramática, a doença faz parte de um drama que envolve os personagens, não pode ter o mesmo peso da orientação de um médico especialista nem ser assumida como verdade sem questionamento”, pondera. uu

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saúde Ela também enfatiza que os procedimentos hoje são mais seguros. “Existem medicamentos fornecidos pelo governo para controle da anemia e do distúrbio mineral ósseo que o paciente renal crônico desenvolve”, reforça. Quando o câncer está em sua fase inicial, sem metástase, quer dizer, o tumor está localizado no rim e a doença não chegou a outros órgãos do corpo, a cirurgia feita pela personagem é curativa e as pessoas têm uma vida normal, mesmo com apenas um rim. “Na novela, porém, o drama da personagem continua, com o comprometimento das funções do seu único rim que ficou, levando à necessidade da hemodiálise e, por fim, ao transplante, o que também a levou a se reconciliar com a mãe. Portanto é um elemento usado pelo autor com a intenção de dar um desfecho à trama, assim como a impossibilidade inicial da mãe ser doadora foi usada para alimentar as reviravoltas da história”, argumenta a especialista. Em relação aos transplantes, a nefrologista lembra que o ideal seria que todos os pacientes com indicação para o procedimento pudessem fazer a cirurgia o mais rápido possível. “Isso

evitaria o agravamento do quadro e o surgimento de problemas decorrentes, como por exemplo, os cardiovasculares, principal causa de mortalidade de doentes renais em hemodiálise”, declara Maria Gabriela. Mais de 26,5 mil pessoas aguardavam por um rim no Brasil, em setembro de 2017 – considerada a maior fila de espera por um órgão no País. “Houve aumento de doadores de rins no ano passado, porém, ainda muito modesto, de apenas 3,2% de falecidos e 1% de doadores vivos. Nosso desafio é conscientizar as famílias quanto à resistência em doar órgãos. Campanhas educativas em redes sociais e televisão são medidas pertinentes”, finaliza a médica. Sobre o desconhecimento da sociedade em relação à doença, a médica ainda alerta: “Uma pesquisa divulgada no ano passado apontou que o Brasil é o segundo país mais desinformado do mundo. Para fazer esse relatório, a Ipsos Mori, uma das maiores organizações de pesquisa de mercado do Reino Unido, entrevistou 29,1 mil pessoas em 38 países de todos os continentes. Vários temas foram abordados, desde

85% dos doentes renais crônicos dependem hoje exclusivamente do SUS

Aproximadamente 12 milhões de brasileiros sofrem de problemas renais e 70% não sabem disso. A doença renal crônica se caracteriza pela perda lenta e irreversível do funcionamento dos rins, órgãos cuja função vital é a de remover as substâncias tóxicas e o excesso de água do organismo. Para discutir o panorama da doença no Brasil, bem

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como a evolução dos tratamentos disponíveis no mundo, a Fresenius Medical Care – líder em produtos e serviços de diálise – promove em São Paulo o encontro NefroPlus. Em 23 de maio, houve um encontro em São Paulo, promovido pela Fresenius Medical Care, para debater as tendências e novas evidências do tratamento do paciente renal. O ex-ministro

a percepção do brasileiro sobre a criminalidade até o uso de redes sociais, e também em relação à saúde. Esse cenário, portanto, não é exclusividade dessa área, é um problema geral e está relacionado a vários fatores, questões como acesso à educação de qualidade e a fontes confiáveis de informação. Um exemplo bem atual são as fake news, as notícias falsas, em que informações sem qualquer comprovação são compartilhadas massivamente pela internet e em grupos de WhatsApp”. Segundo Maria Gabriela, a educação é a base em qualquer setor. “Começa na escola, conhecer o corpo e como ele funciona, aprender a ter hábitos saudáveis e também a reconhecer os sinais de que algo está errado. As crianças não só aprendem como também funcionam como multiplicadores, levando todo esse conhecimento para casa, para a família. O acesso à informação, através de reportagens como essa, que alcançam um grande número de pessoas, é muito importante, assim como as campanhas, oficiais ou não. Os profissionais de saúde também devem dar a sua contribuição”, complementa.

da saúde José Gomes Temporão foi o principal palestrante convidado. Atualmente, 130 mil doentes renais crônicos precisam de tratamento de terapia renal substitutiva no País, sendo 85% deles assistidos exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, essas pessoas não têm acesso garantido ao diagnóstico e aos melhores tratamentos disponíveis. “Por isso a importância de fortalecermos o SUS, como política de Estado a fim de garantir a sustentabilidade econômica e tecnológica para cumprirmos o preceito da integralidade e da universalidade do sistema”, destacou Temporão.

AVANÇO Uma nova terapia, recém-chegada da Europa, é a promessa de inovação no processo, já que a hemodiafiltração de alto volume (conhecida como High VolumeHDF) se diferencia da hemodiálise por permitir melhor remoção de toxinas nocivas ao organismo. “Estudos científicos têm demonstrado que o tratamento proporciona menor tempo de internação e de taxa de mortalidade, além de oferecer maior qualidade de vida aos pacientes”, assevera a médica nefrologista da Fresenius, Ana Beatriz Barra.


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pet

Me AQUEÇA neste inverno VETERINÁRIAS APONTAM O CERTO E O ERRADO NA HORA DE COLOCAR ROUPINHAS NOS PETS E FALAM QUE CADA RAÇA TEM SUA NECESSIDADE POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI

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om a chegada das baixas temperaturas, muitos tutores adoram colocar roupinhas em seus pets. Isso significa boa prevenção, pois, em muitos casos, o frio pode causar doenças nos bichinhos. Enfim, seja por modismo ou necessidade, especialistas falam sobre a melhor forma de proteger os animais no inverno, e quais as indicações de vestimentas em casos específicos. A veterinária Julia Oliveira de Camargo garante que as roupinhas são importantes, porque os animais sentem frio. “Especialmente os de porte pequeno e pelos curtos”, emenda. “É importante ressaltar o cuidado com o tipo de tecido, para não desencadear alergias.” Mayne Palma Bertaci, veterinária do Laboratório Narezzi, acrescenta que não é indicado colocar roupas em animais com pelagem longa. “Não aconselho vestir os que possuem pelos longos, pois o atrito das peças pode embaraçar os fios, levando os animais ao estresse no momento do banho e/ou tosa”, reforça. Alguns cães, como o husky siberiano, o pastor alemão, São Bernardo e o malamute do Alaska, originários de países frios, são mais resistentes às baixas temperaturas, devido a características naturais como subpelo e maior camada de gordura sobre a pele. “Estes, ao contrário, sofrem com o calor. Já o poodle e o maltês são bem mais sensíveis, e sentem mais frio”, completa Julia. “Tenho três cachorros e sempre coloco roupinhas neles no inverno; mas, quando encontro peças fresquinhas e bonitas, também visto neles no calor”, garante Dani Martinatti, voluntária da União Protetora dos Animais de Indaiatuba (Upar). Ela revela que um de seus cães detesta as roupas. “Uma das minhas cachorras não gosta de jeito nenhum. Ela tira e come a sua roupinha mesmo no inverno. Além de eu cuidar do pelo dela (que é bem cheio e grande) eu deixo caminhas com cobertores, que ela adora; mas, as roupinhas, ela rasga tudo”, conta Dani, com bom humor. Além disso, ela fala que escolhe bem o tecido, porque tem um cachorro alérgico. SEM ESTRESSE Outro fator apontado pelas especialistas consiste no fato de observar a personalidade de cada animal. “Alguns não conseguem usar e se irritam quando forçados a vestir uma roupinha. O mais importante é deixa-los confortáveis”, orienta a veterinária do Laboratório Narezzi. Mayne também faz uma observação sobre o tipo de tecido. “Tem que

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A veterinária Mayne Palma Bertaci

Dani Martinatti, voluntária da Upar

ser um material confortável, que não seja apertado e tire os movimentos do animal; a roupa deve deixa-lo o mais à vontade possível”, aconselha. Em casos de surgimento de alergias, ou machucados/feridas, ambas as profissionais indicam abolir as roupinhas. “A pele deve ficar bastante arejada para que o processo de cicatrização se dê mais rapidamente, além de evitar a proliferação de bactérias”, destaca. Julia, por sua vez, alerta para as alergias. “As roupas vão provocar irritação intensa, e o animal irá coçar até sangrar. O melhor é deixa-lo em locais aquecidos, com cobertas”, adiciona. Ela também lembra que não existe tecido específico para os peludinhos. “Apenas veja se o cachorro é alérgico ao algodão ou aos sintéticos. Caso não, pode usar sem problemas”, conclui Julia.


Confira outras dicas de especialistas: • Cães idosos com problemas de articulação sentem dores no frio; por isso, é válido usar agasalhos, além de um local seco e quente para eles, com colchonetes ou cobertores; • Os cachorros das raças dog alemão, fox paulistinha, boxer, dobermann e pinscher têm pelos curtos e sentem mais o frio; os yorkshires, poodles e malteses também, já que não possuem subpelos – capinhas e malhas de lãs são boas opções para eles; • Os gatos, por sua vez, não têm problemas com quedas de temperatura, e geralmente detestam vestimentas (com raras exceções); tentar colocar as peças pode leva-los a se machucar, na tentativa de retira-las; • Observe os hábitos de seu animal: o que parece bonito e agradável para você, pode ser detestável e incômodo para ele. Portanto, nada de força-lo; • A lã deve ser evitada em animais alérgicos, já que este tipo de material piora o quadro; e irá ainda embolar os pelos nas raças de pelagem longa; • Doe as peças usadas de seu amiguinho, que estiverem em bom estado. Isso fará a diferença na vida dos bichinhos abandonados que vivem nas ruas ou abrigos.

Voluntária produz peças para animais de rua nas horas de folga Como atua na proteção animal, Dani Martinatti cita ainda o trabalho de Vera Lucia Priesnitz Segretti, que produz roupas para animais nas horas de folga. “Ela também é protetora animal e faz roupinhas, caminhas e cobertas para os animais de rua”, comenta. A Revista da Tribuna procurou Vera, que conta um pouco sobre o trabalho voluntário com os animais de Indaiatuba. “Eu faço as peças nos finais de semana; mas, a maioria é para doação – quando chega o inverno, eu aviso o pessoal das ONGs que resgata e ajuda os bichos, e eles vêm buscar”, esclarece. “Também faço doações ao CCZ. O excedente eu vendo a preços acessíveis.” Vera, que também é membro dos conselhos municipais de Meio Ambiente (Comdema) e de Proteção e Defesa Animal (Compda), revela que gasta cerca de R$ 2 mil em tecidos para fazer as peças. “A cada três meses eu compro os tecidos (soft) para as roupinhas. Eles devem ser estampados em tom escuro, senão aparecem muito os pelos; a maior parte deles tem temas de bichos. Sempre compro em torno de 100 kg”, detalha. A voluntária conta ainda que, no ano passado, doou aproximadamente 1,2 mil peças para as ONGs, entre roupas, caminhas e cobertas. “Com o valor das vendas eu compro mais tecidos, que não são baratos; e também ajudo algumas pessoas carentes que têm animais, pagando consultas veterinárias, ração, medicamentos etc.”, diz Vera. JUNHO/2018

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