Revista da Tribuna - Outubro/2018

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DA REDAÇÃO

TEMPO DE BRINCAR

nesta edição REVISTA DA TRIBUNA • ANO 16 • EDIÇÃO 111 • 6/OUTUBRO/2018

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urante o mês das crianças, a Revista da Tribuna traz reportagens relacionadas a diversos temas infantis. Uma das matérias aborda um assunto ainda bastante corriqueiro: agressividade de animais que convivem com os pequenos. Especialistas apontam alternativas para acalmar os ânimos e promover a harmonia entre crianças “humanas e peludinhas”, tão importante para ambos. Já na questão dos primeiros anos da educação, a reportagem conversou com a secretária municipal, Rita de Cássia Trasferetti, e com o diretor pedagógico do colégio Rodin, Benedito Donizetti Bueno da Silva. Eles comentaram a decisão do STF em reduzir a idade para ingresso nos ensinos infantil e fundamental. Esta edição também traz um texto que fala sobre a escolha da fralda certa. Item indispensável no enxoval do bebê, a fralda irá acompanha-lo durante um bom tempo e o modelo adequado para cada tipo físico é muito importante para garantir o conforto da criança e o sossego das mamães. Na sessão de gastronomia, a nutricionista Carol Corrêa explica as diferenças entre vegetarianos, veganos, e os mais recentes estilos: ovolactovegetarianos e lactovegetarianos. Parece complicado! Mas, confira na íntegra para saber mais sobre cada um deles. Por fim, na reportagem de capa, a vez é de ninguém menos do que a Galinha Pintadinha. Considerada um fenômeno entre o público infantil, a personagem conquistou o segundo canal com maior número de visualizações no YouTube, deixando muita gente famosa para trás! Criada pela Bromélia Produções, a Galinha Pintadinha está entre as 150 maiores marcas do mundo, e é sucesso no ambiente digital há mais de 10 anos. E não é que a popó tem até aplicativo?! Embarque nesta aventura e chame a criançada para curtir. Boa leitura!

CAPA

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GASTRONOMIA

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Ovolactovegetarianos e lactovegetarianos: estilos

BELEZA

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Óculos de sol: acessório que protege

COMERCIAL revista@tribunadeindaia.com.br COLABORADORES Adriana Brumer Lourencini Kleber Patricio

O fenômeno Galinha Pintadinha

SAÚDE

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Escolha da fralda

SOCIAL

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Por Kleber Patricio

PET

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Animais agressivos

REDAÇÃO Jornalista Responsável - Mtb 041781/SP redacaorevista@tribunadeindaia.com.br DIAGRAMAÇÃO Marco Antonio de Almeida - MTb 54.963

RUA HÉRCULES MAZZONI, 873 – CENTRO – FONE 3825-5500 – www.revistadatribuna.com.br – revistadatribuna@terra.com.br Revista

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gastronomia Divulgação

DE MODO SIMPLIFICADO, EXISTEM QUATRO CLASSIFICAÇÕES NO UNIVERSO DA ALIMENTAÇÃO VEGETARIANA

Ovolactovegetarianos e lactovegetarianos:

ESTILOS POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI

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demanda crescente por qualidade de vida tem causado mudanças no ramo alimentício e levado as empresas a se adaptarem para atender a um público cada vez mais exigente. E com as mudanças, surgem também diferentes denominações; além do tradicional vegetariano, e o mais recente, vegano, já existem os ovolactovegetarianos e os lactovegetarianos. São muitas as classificações para quem decide levar um tipo não convencional de dieta, ou estilo de vida, que exclua a carne animal do cardápio, e talvez você esteja se perguntando o que significam esses termos. Pensando nisso, convidamos a nutricionista Caroline Sthefanie Corrêa para falar sobre cada um deles. “Na verdade, de forma simplificada existem quatro classificações dentro do universo vegetariano”, explica. “Os ovolactovegetarianos não consomem nenhum tipo de carne animal, porém, incluem seus derivados na dieta, como o leite e os ovos. Já os ovolactovegetarianos consomem somente o leite e seus derivados, deixando de lado a carne animal, os ovos e qualquer receita que os inclua em seu preparo.”

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Sobre os vegetarianos, Caroline acrescenta que são estritos, não consumindo qualquer tipo de alimento de origem animal. “Os veganos, por sua vez, além de não consumirem alimentos de origem animal, também não utilizam os produtos relacionados aos animais, entre eles, itens de couro; cosméticos ou produtos de higiene testados em animais; e até mesmo em termos de lazer, não frequentam rodeios, tampouco visitam zoológicos”, salienta a nutricionista. O ovolactovegetarianismo, geralmente, é o primeiro passo na dieta vegetariana, e o que reúne o maior número de adeptos. “É excluída do cardápio a proteína animal, mas a dieta conta com ovos, laticínios e outros derivados dos animais”, reforça. Em relação aos peixes e frutos do mar, embora sejam constituídos de carne branca, são considerados carne e, assim, são igualmente excluídos da dieta. “Eles eliminam todas as carnes do cardápio, sem exceção”, diz Caroline. EQUILÍBRIO Os veganos levam um estilo de vida mais complexo, já que possuem mais restrições.

“Nem mesmo o mel é consumido, pois tem origem animal”, aponta Caroline. “A atitude de ser vegano vai além da alimentação, mas sim, corresponde a um estilo de vida, porque são pessoas que buscam evitar a exploração de animais na indústria como um todo.” Todavia, o fato de não ingerir carne não significa mais saúde, conforme emenda a nutricionista. “Alguns alimentos de origem animal fornecem de imediato, dentro de uma pequena quantidade, nutrientes que as pessoas que optam pelo estilo de vida vegetariano têm que balancear muito bem os alimentos para conseguir. Caso não haja um cuidado para equilibrar os nutrientes de acordo com a necessidade de cada indivíduo, isso pode acarretar em uma deficiência nutricional causando consequências como cansaço, fadiga, perda de massa muscular, problemas ósseos, queda de cabelo, redução de contração muscular, hipertensão, anemia etc.”, alerta. Caroline acrescenta que tais dietas não excluem os alimentos de baixo valor nutricional ou com excesso de açúcar. Para que a substituição da carne seja feita corretamente, é necessária a ingestão equilibrada de verduras, grãos, leguminosas. “Uma alimentação com baixo teor de gordura e grandes quantidades de fibras, ferro, cálcio e vitaminas resulta diretamente na queda dos índices glicêmicos e na redução do colesterol, o que auxilia na prevenção de doenças cardiovasculares, além de diminuir o risco de desenvolvimento de câncer”, conclui. A nutricionista também chama a atenção para a mistura de diferentes tipos de alimentos e suas consequências. “Algumas combinações acabam diminuindo e as vezes impedindo a absorção de alguns nutrientes. Como umas das mais conhecidas interações negativas, temos o cálcio e o ferro (laticínios nas principais refeições, como por exemplo, o bife à parmegiana, o estrogonofe etc.) – são casos em que o cálcio atrapalha a absorção do ferro; por isso, ambos não devem ser consumidos nas mesmas refeições”, salienta. Outro exemplo é o consumo de líquidos durante a refeição, seja esse líquido suco de frutas, água ou qualquer substituto. “O consumo não deve passar de 100 ml se for feito durante a refeição, para evitar a diluição do ácido clorídrico presente no estômago. Esse ácido é responsável por degradar todos os alimentos que ingerimos, e se o mesmo for diluído terá sua eficiência reduzida, trazendo prejuízos à digestão e, posteriormente, à absorção de nutrientes. Leguminosas (feijão, lentilha, grão de bico, ervilha, soja) sem terem passado pelo processo de remolho de 12 horas também são alimentos que não deveriam ser consumidos”, indica Caroline. uu


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gastronomia

Comece: cinco passos para reduzir o consumo de carne Se você está pensando em mudar os hábitos alimentares e reduzir o consumo de carne animal, um clube de assinatura de alimentação inclusiva listou cinco passos para dar início ao projeto. No início, pode parecer difícil, por isso, faça pesquisas e entenda suas reais necessidades e desejos em termos alimentares. Como a alimentação vegetariana/vegana está mais acessível atualmente, com um pouco de esforço será possível reduzir ou eliminar o consumo de carne naturalmente. Vamos às dicas: BUSQUE AJUDA PROFISSIONAL – Após a decisão de querer mudar a maneira de se alimentar, a prioridade é o cuidado com a saúde. Cada organismo age de uma maneira diferente a mudanças. Muitas vezes, os nutrientes que você precisa ingerir não são os mesmos que alguém da sua família necessita. Sendo assim, você precisa entender como seu corpo está funcionando para colocar em prática sua nova forma de se alimentar. Procure um nutricionista, esclareça suas dúvidas e monte uma dieta ideal. COMECE COM CALMA – Mudanças devem ser feitas aos poucos, por isso, comece com

Receita de feijão tropeiro vegano Adotar uma alimentação vegana requer uma série de desafios. Se à primeira vista, deixar de consumir ovos, leite e carne já é difícil, imagine deixar de comer pratos típicos que fazem parte da rotina, como uma boa feijoada. Quando a mineira Gabi Mahamud decidiu seguir o veganismo, deixar de comer os pratos feitos por sua avó foi um dos pontos mais difíceis. Pensando nisso, a blogueira criou uma versão de Feijão Tropeiro Vegano, que faz parte do livro recém lançado, Flor de Sal que compõe o capitulo que foi carinhosamente chamado de “Minha avó fazia”.

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calma. Existem diferenças entre as carnes vermelhas e as carnes brancas, por exemplo. A principal é a quantidade de ferro no tecido - o mesmo mineral que dá cor ao sangue. Por isso, no início, tente optar por tirar a carne que menos te satisfaz ou a que você não sentirá muita falta (lembre-se da primeira dica), assim, você conseguirá se adaptar mais facilmente. FREQUENTE RESTAURANTES VEGETARIANOS/VEGANOS – Hoje há diversas opções de restaurantes vegetarianos e/ou veganos. Se você tem o costume de se alimentar fora ou utiliza muito deliveries, dê preferência às

refeições vegetais. Pouco a pouco você vai conhecendo os pratos e se identificando com os sabores. INVENTE OU SALVE SUAS RECEITAS – Anote os pratos que mais gostar, e tente reproduzi-los em casa, mudando talvez alguns temperos para ficarem mais ao seu gosto. Cuidado para não exagerar no consumo de carboidratos em compensação à falta de carne. Saiba balancear os alimentos. Se a vontade de comer carne estiver muito forte, opte pela soja. É uma ótima maneira de substituir a carne e continuar a dieta. CONSUMA MAIS SEMENTES – As sementes são alimentos ricos em fibras e nutrientes. Castanhas, nozes e amêndoas, por exemplo, são ótimas oleaginosas e fazem muito bem. Apesar de serem calóricas, elas possuem gorduras boas, que dão mais energia para o corpo. Feijão e grão de bico são as principais leguminosas, que fornecem proteínas e ferro. Chia e quinoa também são ótimas para incluir na dieta e possuem grandes quantidades de fibras e proteínas.

Divulgação

INGREDIENTES 2 xícaras de feijão-verde 1 cebola cortada em cubos ¼ de xicara de azeite 2 dentes de alho sem casca, amassados 1 xicara de berinjela picadinha ½ xicara de tofu amassadinho ½ colher (chá) de louro em pó ½ colher (chá) de pimenta do reino ½ colher (chá) páprica defumada 1 colher (chá) de cúrcuma em pó 1 xícara de couve crua picadinha 2 xicaras de farinha de milho ½ xicara de castanha de caju torrada Folhas de Louro a gosto Cheiro-verde a gosto Sal a gosto MODO DE PREPARO Antes de tudo, cozinhe o feijão-verde: 30 minutos fervendo em agua com algumas folhinhas de louro já serão suficientes. Não deixe ficar muito mole. Em uma panela, em fogo baixo, doure a cebola no azeite e, quando ela estiver bem murcha (quase transparente), acrescente o alho e deixe dourar. Adicione a berinjela e refogue bem. Junte o tofu e os temperos secos e misture. Coloque a couve picadinha e tampe a panela. Quando a couve estiver macia, acrescente o feijão cozido e escorrido e a farinha de milho e misture bem. Ajuste o sal se for preciso. Finalize com as castanhas de caju torradas e o cheiro verde e delicie-se. DICA – Você pode fazer o seu feijão tropeiro com o feijão que preferir! A Gabi escolheu o verde para brincar com o mix cultural brasileiro, usando um ingrediente do Nordeste em uma receita típica do Sudeste. Rendimento: 4 porções.


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beleza Fotos: GB Imagem

os raios ultravioletas (UVA e UVB), que deve ser de 100%. Qualquer outro nível de proteção abaixo disso poderá causar queimaduras de retina e córnea, além de outras doenças como catarata, ceratite, doença degenerativa da retina, dores de cabeça e proliferação do pterígio, aquela “carne” que cresce no canto do olho. As cores das lentes não interferem na eficácia da proteção; o mais importante é que elas tenham proteção garantida pelos órgãos competentes e superfície regular para evitar o esforço do cristalino, responsável pela focalização. O excesso da radiação fica concentrado na parte central da retina, que causa degeneração macular. Os principais sintomas são: dificuldade de leitura, de reconhecimento de fisionomias e na distinção de cores ou detalhes, sendo estes casos avançados.

ÓCULOS DE SOL: acessório que protege MODERNOS, ELES CONFEREM CHARME E BOM GOSTO AO VISUAL, MAS DEVEM COMPROVADAMENTE TER LENTES COM FILTROS UVA E UVB DA REDAÇÃO – GB EDIÇÕES

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té bem pouco tempo, os óculos de sol eram apenas acessórios de beleza que conferiam sofisticação ao visual. No entanto, com o desenvolver das pesquisas quanto aos efeitos nocivos dos raios UVB e UVA, os óculos de sol passaram a ser considerados essenciais na proteção dos olhos e da pele ao redor deles. Assim, o acessório se tornou indispensável, já que protege e ainda garante um ‘up’ no visual. Até mesmo as crianças ganharam modelitos exclusivos para elas. A indústria do setor aperfeiçoou-se e não faltam novidades. Os óculos de sol são também tendências de moda. Gente famosa empresta seu nome para várias marcas que movimentam o mercado. Tem óculos de sol para todos os gostos, e combinam com todos os tipos de rosto e de bolsos. É chique e moderno usar óculos escuros. Porém, bombardeado por tantas variedades, o consumidor nem sempre consegue ver a diferença entre o adequado e o apenas bonito. Por isso, falamos agora do ponto de vista da saúde dos olhos. Geralmente, os modelos são escolhidos

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seguindo os critérios da moda e que tenham bom preço, sem levar em conta o material com o qual realmente foram produzidos, quer sejam as lentes ou os metais que dão a sustentação. Os otalmologistas são unânimes ao afirmarem que óculos de sol de má qualidade causam danos aos olhos. Se por um lado foram criados para proteger a visão e a pele ao redor dos olhos contra os efeitos solares, quando são de procedência duvidosa deixam de cumprir essa importante função, que é filtrar os raios ultravioletas, infravermelho e outras irradiações, ao mesmo tempo permitindo que a pessoa enxergar as mesmas coisas sem alteração das cores. Segundo os especialistas, os óculos de sol diminuem a luminosidade, as pupilas ficam mais dilatadas, permitindo uma passagem maior de raios ultravioletas. Justamente pelo fato de as pupilas se dilatarem é que as lentes dos óculos de sol devem ter o filtro anti-UV, que protege e bloqueia a entrada da radiação solar prejudicial. Durante a aquisição do acessório, o primeiro item a ser avaliado é a proteção contra

Os óculos de sol protegem a visão e a pele ao redor dos olhos, garantindo mais saúde e beleza Os médicos alertam que é importante lembrar que o uso de óculos de sol com lentes de qualidade passou a ser uma necessidade em razão do buraco na camada de ozônio estar cada vez maior. Vale lembrar que as lentes devem sempre ser em resina e nunca em acrílico. Ao comprar óculos de grau ou de sol, o melhor é procurar um profissional especializado, e mesmo assim se as dúvidas persistirem consulte um otalmologista. Fuja daqueles modelos que tem origem incerta. Compre numa ótica de sua confiança e prefira lentes que têm certificado de garantia. Nos laboratórios das óticas existe equipamento que mede o grau de UVA e UVB; não tenha receio de pedir para que testem o modelo a ser adquirido.


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comportamento

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IDADE ESCOLAR DECISÃO DO STF PARA INGRESSO NOS ENSINOS INFANTIL E FUNDAMENTAL GERA DISCUSSÕES POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI

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o início de agosto, o Supremo Tribunal Federal (STF) validou a norma do Conselho Nacional de Educação (CNE), que estabelece as idades de quatro e seis anos, completos até 31 de março, para ingresso nos ensinos infantil e fundamental, respectivamente. A decisão, tomada por seis votos a cinco, coloca fim à interpretação da regra, pois, muitas famílias haviam conseguido liminares na Justiça que autorizavam matrículas das crianças que haviam atingido a idade mínima ao longo do ano, contudo, em data posterior à determinada pela norma. O julgamento teve início em 30 de maio, com o voto de oito ministros: quatro defendiam a legalidade da regra, e a outra metade argumentou no sentido de permitir a matrícula de crianças que completariam a idade mínima exigida ao longo do ano. O desempate coube a então presidente do STF, ministra Cármen Lúcia; para ela, admitir a matrícula dos que fazem aniversário após o dia 31 de março poderia causar disparidades, já que as idades das crianças ao longo do ano letivo ficariam distantes. A ministra também salientou que, nesta fase da vida, alguns meses de diferença etária representam mudanças relevantes nas aptidões intelectuais e físicas. A secretária de Educação, Rita de Cássia Trasferetti, explica que a rede municipal de

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ensino pratica a data de 31 de março como corte etário, para o ingresso de crianças tanto para o ensino Infantil como para o Fundamental I, conforme Resolução Conselho Nacional de Educação (CNE/2010). “Portanto, as crianças que completam seis anos após esta data são matriculadas na pré-escola. Todos os alunos que procuram a Secretaria de Educação são atendidos, não havendo demanda de vaga reprimida para nenhuma idade”, afirma a secretária. Ainda de acordo com a ministra, o corte efetuado em 31 de março levou em conta as condições dos alunos em nível nacional, para que o sistema pudesse operar a contento. O argumento dela é o de que poderia haver desordem no sistema nacional se não houvesse o corte, inclusive, porque o ano letivo começa em fevereiro; “a criança tem que cumprir a fase para brincar, que é uma forma também de aprender, mas fora do sistema educacional”, declarou Cármen Lúcia. Arquivo TI (Paulo José)

DIVERGÊNCIAS Mesmo com a resolução federal para o corte etário em 31 de março, ainda há variação de critérios no país. Tanto as redes de ensino como escolas e famílias têm recorrido à Justiça para garantir a matrícula de alunos mais novos no ensino fundamental. Para Rita Trasferetti, o ingresso escolar de

crianças com seis anos completos até 31 de março evita a antecipação da escolarização. “No Ensino Fundamental o processo de alfabetização é mais intensificado, principalmente no que diz respeito ao domínio entre grafemas e fonemas. Na Educação Infantil, trabalha-se também a alfabetização, mas de uma forma mais lúdica. O ato de brincar, com certeza é muito importante nesta faixa etária e os pais ou responsáveis pelos alunos têm entendido a proposta do município, por isso não temos demandas de famílias pleiteando matrículas de alunos que não atendem o corte etário aplicado nas escolas municipais”, acrescenta. Segundo a secretária municipal, o resultado educacional de crianças com idades diferentes no mesmo ano escolar não fica prejudicado. “Isso porque, comprovadamente a diversidade é favorável à aprendizagem dos alunos, até porque a diferença de idade não é muito grande, são apenas alguns meses”, destaca. Rita comenta também que a decisão do STF é coerente. “Quando a Lei 11274/2006 do Ensino Fundamental foi alterada para nove anos, ficou estabelecido que a criança tem de completar seis anos no Fundamental I, não especificando uma idade de corte, o que possibilitou cada instituição de ensino definir seu padrão. É fundamental que se tenha uma norma nacional para que as crianças não sejam prejudicadas. Mas, um ponto deve ficar muito claro para não haver insegurança para os pais: a orientação do MEC é para sempre dar continuidade ao ensino da criança, ou seja, nenhuma criança irá retroceder ou será antecipada para se adequar à idade de corte definida. Toda mudança é gradativa e não


As competências socioemocionais na escola A tecnologia teve um avanço estrondoso nas últimas décadas, acelerando novas formas de aprendizagem e tornando mais estreito o relacionamento entre homem/ máquina. Há uma série de vantagens neste fato, mas ele também traz alguns problemas que têm se acentuado bastante conforme a tecnologia se faz mais presente em nossas vidas. Para a designer de atividades pedagógicas, Janaína Spolidorio, é muito fácil lidar com a máquina. “Vemos crianças mal saídas das fraldas tendo um contato Divulgação/Colégio Rodin extremamente intuitivo e natural com smartphones e tablets. prejudicará nenhum É um relacionamento fácil, pois, aluno”, garante a secrequando se cansa ou muda de tária. ideia, ela mesma é quem controApesar do Colégio la o aparelho, então pode mudar Rodin receber alunos de vídeo ou de aplicativo, num somente a partir do 6º tocar de dedos, sem que o apareano, o diretor pedagógilho insista que ela continue ali”. co, Benedito Donisete Fazer o que se quer é fácil Bueno da Silva, revequando estamos lidando com la que há famílias que máquinas, mas as coisas muentendem que o filho dam nos relacionamentos entre estará atrasado no ano as pessoas. “É por este motivo e letivo por fazer aniverneste ponto que a escola deve insário após 31 de março. tervir. Ela tem que conviver com “O Conselho (CNE) fará uma regra de transirelacionamentos, entre ela e o professor, ela ção para que não haja prejuízo e também e os colegas e ela com outras pessoas tamtentará, junto a cada secretaria de educação bém presentes no ambiente escolar. Nem estadual, regulamentar a norma do STF, uma sempre ela sabe como fazê-lo, porque neste vez que a regra já era proposta pelo próprio ponto é preciso saber lidar com sentimenCNE desde 2010. Acontece que cada Estado tos e emoções, como limitações ao que ela vinha usando uma referência e a data de 30 deseja fazer, perseverança nas tarefas e conde junho (São Paulo), e não 31 de março”, convivência analógica”, salienta Janaína. sidera. Muitas escolas têm adotado horários esA rede estadual de ensino, por sua vez, pecíficos para desenvolver competências enviou nota, por meio de assessoria, esclaresocioemocionais. “Pode ser feito com um cendo que as instituições de ensino seguem as material extra curricular ou com a inserção orientações do Conselho Estadual de Educação de atividades com o tema entre as discipli(CEE), no qual, desde 2015, vale a data de 30 nas aprendidas. Particularmente, sugiro a de junho; e que, em breve, serão promovidas segunda opção, porque dá uma maior lidiscussões entre diretorias de ensino para deberdade nos temas a serem trabalhados”, bater a decisão do STF. completa. De acordo com Benedito Donisete, ainda Por outro lado, a especialista diz que o é difícil avaliar a decisão do TSE. “Ela é fruto socioemocional não deve ser trabalhado das pendências jurídicas que se acumularam apenas em uma “aula engessada”. “Ele deve ai longo dos últimos oito anos, com ações que ser incorporado à rotina. Já tive contato com questionam essa proposta e a determinação do CNE”, argumenta o diretor.

muitas escolas que têm programa de aprendizagem socioemocional apostilado, mas em suas ações diárias não acompanham o que pregam nas aulas. Há uma separação evidente do que se diz e o que se faz”, alerta Janaína. “O correto é sempre lembrar os alunos dos temas, e fazê-los refletir diariamente sobre suas ações e o certo a fazer nas mais variadas situações. Ensinar a resolver discussões de modo civilizado, tentando controlar as emoções; incentivar o pensamento autônomo dos alunos, para que se tornem críticos de modo positivo e desenvolver habilidades como trabalho em equipe, resolução de problemas e gerenciamento das próprias emoções podem ser de grande valia para a vida dos alunos hoje e sempre”, explica. APRENDIZAGEM Janaína lembra das variadas situações cotidianas que ocorrem em uma escola e que podem ser um gatilho para que o aluno aprenda a se relacionar e controlar suas emoções. “Quando bem trabalhadas, as competências socioemocionais começam a aparecer em pequenos detalhes da convivência do aluno e eles se tornam mais participativos e interessados”, conclui. Outro fator positivo do trabalho com as competências socioemocionais é a redução da indisciplina. “Os alunos começam a explorar mais suas potencialidades, conhecem-se melhor e percebem seus limites e responsabilidades. Além disso, há melhorias nos índices de aprendizagem, tornando as aulas interessantes tanto para o aluno quanto para o professor, pois o ambiente escolar se torna mais harmonioso e dá lugar ao principal objetivo da escola: a aprendizagem”, finaliza Janaína.

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Ricardo Dettmer

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Marcos e Juliano com a Galinha Pintadinha

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O FENÔMENO GALINHA PINTADINHA UMA ANIMAÇÃO NACIONAL POSTADA “POR ACASO” EM CANAL DA INTERNET REVELOU A PERSONAGEM INFANTIL QUE SE TORNARIA UM ÍCONE DA ERA DIGITAL EM TODO O MUNDO ADRIANA BRUMER LOURENCINI

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de vídeos musicais pré-escolares vem ditando novos rumos do entretenimento infantil, e atualmente é uma das personagens mais queridas na América Latina. Também foi produzida uma temporada com 26 episódios da Galinha Mini, de 12 minutos cada um. A segunda temporada já está sendo preparada, também com 26 episódios. Além do canal oficial no YouTube, a Galinha Pintadinha tem aplicativo (app) próprio, que já registra mais de 40 milhões de downloads, e está presente nas principais plataformas de vídeo on demand (VoD) em vários países. Já no universo of-line, a personagem possui portfólio com mais de 600 produtos licenciados, que incluem livro educativo e peça teatral. Em 2015, a marca ficou entre as 150 maiores do mundo em licenciamento, ocupando a 89ª posição, atingindo US$ 300 milhões em produtos vendidos. Os materiais estão disponíveis em vários idiomas, além do Português: inglês, espanhol, italiano, francês e japonês. A galinha virou ainda estampa de camiseta e até escova de dentes. uu

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onsiderada um fenômeno entre o público infantil da era digital, a Galinha Pintadinha conquistou o segundo canal musical com maior número de visualizações no YouTube em todo o mundo. A personagem, criada no Brasil, ultrapassou, inclusive, nomes de destaque no cenário internacional, como Taylor Swit, Justin Bieber e Katy Perry. Criada pela produtora paulista Bromélia Filmes, a série musical de cantigas infantis é sucesso no ambiente digital há mais de uma década. No total, existem 47 clipes musicais, que misturam canções de domínio público e composições próprias. Na primeira semana de agosto, já foram 54.726.500 execuções da Galinha Pintadinha no YouTube, plataforma onde ela soma mais de 12 milhões de seguidores (três milhões a mais do que Anitta). Com o total de 31 clipes musicais, a personagem nacional coleciona alguns hits no canal infantil, entre eles, Pintinho amarelinho, A baratinha, Parabéns da Galinha Pintadinha e Mariana. A protagonista

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capa A personagem foi criada por Marcos Luporini, “por acaso”, segundo ele próprio. A Revista da Tribuna (RT) procurou o ‘pai da popó’ para descobrir um pouco mais sobre a história deste fenômeno que conquistou as crianças em todo o mundo.

RT – Há algum brinquedo/produto de maior sucesso entre as crianças? Luporini – Os produtos de cuidados pessoais lideram com 29% desse montante, seguido dos brinquedos (28%) e alimentos (11%). Artigos de festas (9%); vestuário/calçados/cama, mesa e banho (8%); papelaria (8%) e eletrônicos/decoração (7%) completam a lista.

RT – O que deu origem à personagem? Luporini – Ela nasceu por acaso. Eu trabalhava em estúdio como produtor com publicidade e teatro e tinha tempo livre, quando comecei a trabalhar com algumas músicas, inicialmente, apenas pensando em gravá-las, sem muita pretensão. Pensava em algumas pessoas para acompanhar o projeto, então procurei o Juliano Prado, hoje meu sócio, que na época trabalhava com programação; eu sugeri tentarmos produzir alguns videoclipes. RT – Como foi o início? E a aceitação no mercado? Luporini – Foi algo inusitado. Iniciamos o projeto, mas tivemos que parar e o único filme que ficou completo foi o da Galinha Pintadinha. Até que um dia precisamos ir a uma reunião, mas não conseguimos comparecer. Então, acabamos subindo o vídeo da Galinha no YouTube, o mesmo que está no ar até hoje, e foi aí que tudo começou. O certo era subir e apagar, mas o Juliano não fez isso; e de repente, para nossa surpresa, o vídeo já estava com 500 mil visualizações. RT – E o que aconteceu logo depois da primeira postagem? Luporini – Não imaginávamos tamanho sucesso. Ficamos muito surpresos quando percebemos a Galinha Pintadinha como personagem importante para a primeira infância das crianças. Postamos a animação no YouTube para apresentar a alguns produtores de um canal infantil de São Paulo, já que não pudemos comparecer à reunião. Só que a animação piloto obteve milhares de visualizações em um período curto de tempo – volume enorme para a plataforma na época. Atualmente, esse mesmo número de visualizações é gerado pelo nosso canal em menos de duas horas. Mas, o resultado já sinalizava uma ótima receptividade à nossa ideia de projeto musical. O primeiro material foi aceito rapidamente na rede e, depois disso a trajetória da Galinha vem sendo registrada em grandes índices de visualizações e parcerias de sucesso. RT – Como foi produzir para a mídia digital pela primeira vez? Luporini – Como a distribuição digital em 2006 estava só no começo, tivemos que ir experimentando e aprendendo ao mesmo tempo sobre esta nova mídia. Tínhamos produzido mais 13 clipes,

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RT – Qual a faixa etária dos fãs da Pintadinha? Luporini – A Galinha Pintadinha é considerada o primeiro personagem do bebê, sendo uma das franquias mais fortes junto ao público da chamada primeira idade, de zero a 5 anos. Como está presente na vida dos pequenos desde cedo, ela é uma das marcas infantis mais queridas. Estamos cientes da importância dela e toda sua turma na formação dos pequenos. Queremos contribuir positivamente para todo processo de desenvolvimento e educação desse público.

com outros personagens, porém o negócio não foi fechado. Talvez porque os formatos dos clipes musicais com duração mais curta não se encaixassem bem na programação, pois não é um modelo padrão para as TVs. RT – Além da Galinha de pelúcia, os brinquedos e os quatro DVDs produzidos, qual foi o primeiro aplicativo e quando surgiu? Luporini – O primeiro e principal aplicativo chamado Galinha Pintadinha e sua turma foi criado em 2009, com os clipes musicais em coletâneas, assim como os DVDs. Ao longo do tempo fomos incluindo mais clipes, e hoje o aplicativo já conta com os episódios da série Galinha Pintadinha Mini. RT – Qual a proposta da versão mini da personagem? Luporini – A proposta da Galinha Pintadinha Mini foi a de trazer um conteúdo diferente, com historinhas e atividades educativas. É uma roupagem com estilo diferente e moderno. Quando criamos os novos roteiros, priorizamos questões que pudessem ensinar enquanto as crianças brincam. É como um programa de variedades, com histórias, atividades e música, que se encaixam perfeitamente nas telas pequenas dos dispositivos móveis, como celulares e tablets. As atividades educativas de números, cores, formas e objetos são apresentadas às crianças no decorrer dos episódios e, ao final, tudo o que foi aprendido é recapitulado. A Galinha Pintadinha Mini conta também com um site oficial próprio, com atividades para imprimir e distribuir para a criançada.

RT – Como os pequenos “enxergam” a personagem? Luporini – Eles adoram a música, as cores, os traços. Acreditamos que isso se deva ao cuidado e preocupação com que preparamos nossos vídeos. Estamos cientes da importância da Galinha Pintadinha e sua turma na formação dos pequenos, e estamos interessados em contribuir positivamente para todo processo de desenvolvimento e educação deles. Já tivemos, inclusive, um reconhecimento internacional dessa nossa postura. Uma pesquisa realizada no ano passado, no México, sobre os personagens, personalidades e super-heróis mais populares naquele país, apontou a Galinha Pintadinha como a favorita entre as crianças em idade pré-escolar, sendo considerada a propriedade intelectual mais unissex que outras atrações já criadas para esse público. Nosso sucesso, em diferentes países, também está relacionado ao fato da personagem estar presente nos primeiros meses de vida, desde o nascimento, aos primeiros passinhos e descobertas. RT – Vocês sempre tiveram o objetivo de resgatar canções clássicas infantis, por meio da personagem? Luporini – Sempre tivemos a intenção de resgatar as músicas do cancioneiro popular. Por conta do nosso primeiro vídeo publicado no YouTube, a personagem caiu na graça do público e logo em seguida, virou a personagem principal. A música está na essência da Galinha Pintadinha e, após o resgate das músicas do cancioneiro também criamos outras autorais. E com o sucesso da personagem resolvemos criar a série com historinhas e atividades.


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FRALDA A ESCOLHA DO ITEM, INDISPENSÁVEL NO ENXOVAL DO BEBÊ, VAI ALÉM DE TAMANHO E MARCA POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI

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preparação do enxoval do bebê é uma tarefa trabalhosa. Entre os diversos acessórios, um item indispensável é a fralda, que será utilizada por um período indeterminado, já que cada criança tem seu tempo de desfralde. Além da ansiedade e expectativa do momento de chegada da criança, a futura mamãe deve escolher o modelo mais adequado, o que não é tão fácil, levando em conta os diversos tipos disponíveis no mercado. Especialistas atestam que essa escolha vai além de requisitos como tamanho ou marca. A escolha deve ser feita com atenção. Entre os tipos existentes estão as comuns, que são mais econômicas, mas não tão eficientes contra vazamentos; os modelos premium, que possuem maior quantidade de gel, barreiras impermeáveis, fechos reposicionáveis, cintura

e orelha elásticas. Há ainda as roupas descartáveis, recomendadas para bebês que já estão em processo de desfraldar. “O peso da criança influencia na escolha da fralda”, aponta o pediatra Silvio Monteiro. “Este é o primeiro passo para encontrar o tamanho adequado, que varia entre até 4 kg e acima de 14 kg. Se o bebê estiver no limite indicado para a fralda, o mais indicado é passar para a medida seguinte, evitando, assim, possíveis vazamentos e desconforto.” Ele alerta ainda para determinadas características do produto, como a garantia de proteção por horas e acabamento da peça, que deve ser macio. “Outra parte a ser observada é a cintura elástica, a qual proporciona mais conforto. Afinal, é preciso lembrar que a fralda irá ficar em contato físico com a pele da criança por muito tempo”, lembra Monteiro. Além do fator absorção, a fralda deve ter maleabilidade e ser flexível. De acordo com o pediatra, “se o material for muito duro, irá causar ferimentos entre as pernas do bebê. Durante a fase de crescimento, elas são mais

Modelo ecológico confere nova roupagem ao tradicional A fralda ecológica, conhecida também como fralda de pano moderna, tem se tornado popular. Em inglês é chamada de cloth diaper; o diferencial é o de não ser descartada e poder ser utilizada por muito tempo. “Elas podem passar de bebê pra bebê, assim você pode economizar mais, principalmente com a chegada de novos bebês na família”, comenta Elaine Silveira, brasileira residente em Londres com o marido e o filho. “Também é possível encontrar fraldas ecológicas de segunda mão para vender em alguns sites”, complementa. Elaine conta que desconfiou quando ouviu falar sobre a fralda ecológica. “Não acreditei muito, e achei que dariam muito trabalho e causavam assaduras. Mas, trata-se de uma calça enxuta reinventada, e não dá tanto trabalho assim, e nem causa assaduras”, revela.

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movimentadas, e isso também contribui para irritação originada no atrito entre a fralda e a pele. Por isso, a fralda deve ter formato e material que facilitem os movimentos”. Independente da marca escolhida, o pediatra alerta para que se observe a reação da criança. “Irritações na pele, assaduras e choro constante sem uma causa aparente podem indicar que a fralda está incomodando. Nesse caso, efetue a troca da marca ou tipo. Vale lembrar que, dependendo do formato do corpo do bebê, alguns tipos se adaptam melhor”, aconselha Monteiro. IRRITAÇÕES E ALERGIAS Em caso de irritações/alergias provocadas pelas fraldas descartáveis, o pediatra indica buscar ajuda médica, pois, dependendo do tipo da lesão, só o médico poderá ministrar o tratamento mais adequado. “Os plásticos utilizados na fabricação podem ainda provocar abafamento, aumentando a sudorese no local e levando a irritações. Por isso é importante verificar qual marca mais se adapta a cada bebê”, reforça.

A engenheira fala que também tem optado pelo veganismo, e por isso se interessou pelos modelos diferentes de fraldas ecológicas. “As mais conhecidas hoje são as que utilizam um bolso para a inserção de absorvente de pano especial. Eles são conhecidos como inserts e possuem alto poder de absorção, o que faz com que as fraldas segurem bem por três ou quatro horas”, argumenta Elaine. As fraldas ecológicas possuem camada exterior impermeável, no sentido de evitar vazamentos. “A parte que fica em contato com a pele do bebê é de material macio que permite a passagem do xixi, mas impede seu retorno, o que evita assaduras”, explica. Em relação ao uso contínuo por um período de tempo, há a questão do crescimento da criança, que é rápido nessa fase. “Há vários modelos com botões reajustáveis, fazendo com que a mesma fralda seja utilizada até o desfralde”, frisa Elaine. “Este é o mais econômico, que usei com meu filho.”


O tempo de eficiência também é variável O tempo de eficiência da fralda irá variar, já que depende do número de vezes em que o bebê urina e/ou evacua. Os vazamentos podem ser evitados se a troca for feita dentro do período de três ou quatro horas, e também se a fralda não estiver folgada. Uma coisa

importante: os bolsos (inserts) vão absorvendo mais conforme são lavados; assim, no início as trocas são mais frequentes. “Para a noite eu usava uma marca vegana de fralda descartável, para evitar os vazamentos, porque a bebê dormia na cama a maior parte do tempo e eu não levantava para trocar”, conta Elaine Silveira. “Porém, após algum tempo, quando o Enzo estava com sete meses, ela passou a usar as fraldas ecológicas à noite também. Compramos um modelo diferente de fralda que tem uma borda extra pra ajudar a reter o xixi, e também é feita de um material mais absorvente. Usamos também dois inserts: um de bambu e um de microfibra, o que segurou por mais de 12 horas”, destaca. Elaine fala sobre a questão da lavagem das fraldas ecológicas. “São dois métodos para lidar com fraldas sujas: o seco e o molhado. O primeiro, mais fácil, consiste em jogar as fraldas sujas em um saco impermeável; eles seguram o odor e não vazam. Já no molhado basta deixar as fraldas de molho, preferencialmente em recipiente fechado. Agora, se tiver uma máquina de lavar e morar em um lugar com bastante sol irá facilitar bastante”, reforça. Tanto as fraldas quanto os inserts devem

ser lavados separadamente. “Pode ser na mesma lavagem, mas precisa tirar o insert de dentro da fralda”, ressalta Elaine. “As fraldas podem ser lavadas normalmente na máquina, com sabão; também pode adicionar um pouquinho de amaciante (pela absorção, é melhor não usar). Porém, para manter a absorção dos inserts você deve usar pouco sabão e evitar o amaciante.” PRÓS E CONTRAS A opção pelas fraldas ecológicas também envolve prós e contras, e irá depender do estilo de vida de cada um. Para o pediatra, as de pano são a melhor opção, pois são feitas de algodão. “Menos irritantes para a pele e mais permeáveis, elas facilitam a perda de calor a circulação de ar, reduzindo os riscos de irritações e alergias”, completa Monteiro. “Entre as vantagens, cito o baixíssimo impacto ambiental, a prevenção de assaduras (desde que as trocas sejam feitas no tempo médio), economia a longo prazo e as estampas alegres”, acrescenta Elaine. “Contudo, você vai ter de fazer um investimento inicial, comprando ao menos 16 conjuntos. A limpeza também deve estar em dia.” Sobre os pontos negativos, Elaine cita apenas um: “As chances de vazamentos são maiores do que em relação às descartáveis”.

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A advogada Lenora Panzei recebeu no dia 13 de agosto, na sede da OAB-SP, em São Paulo, desagravo público por parte da Comissão de Direitos e Prerrogaivas. Na foto, Maria Luiza Vaz de Almeida e Roberta Crisina Rossa, conselheira de prerrogaivas; Fábio Romeu Canton Filho, vice-presidente da OAB SP; a desagravada Lenora Thais Stefen Todt Panzei e Alexandre de Alencar Barroso, vice-presidente da comissão de prerrogaivas

O arista plásico Lucas Paulucci emprestando sua arte a calçados e bolsas no Schutz Day da Lis Rose Robson Sene

Robson Sene

A anitriã Suzi Ruiz (de amarelo) recebendo Carol Duarte, Camila Naressi e Helen Guimarães para o Schutz Day realizado em sua Lis Rose Bouique no úlimo dia 4 de setembro Robson Sene

Juliana Bombana Clauss com Rita Rocha Pedrina e Carmen Lucia De Domenico Cardoso da Silva no Schutz Day

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Bruna Gennaro Beripaglia Travizanuto com a sogra Marta Eisler Travizanuto e a cunhada Priscila Travizanuto Kelei no Schutz Day da Lis Rose Kleber Patricio

Chef Karina Bertocco assinou o cardápio do Schutz Day da Lis Rose, imprimindo nos itens toda sua paixão pela gastronomia


O jornalista e produtor musical Zuza Homem de Mello durante seu discurso de posse na cadeira 17 da Academia Paulista de Letras, no úlimo dia 23 de agosto

Economista Ricardo Amorim foi o palestrante do evento Intralogísica Conectada, promovido de 14 a 16 de agosto pela Kion South America para convidados em seu auditório

A fundadora e gestora operacional do Ciaspe, Rosa Metzger dos Santos e a presidente Edvane Ferreira Lopes acompanhadas por voluntárias durante apresentação da edição da 4ª Semana da Inclusão, que foi realizada em agosto marcando os 15 anos da insituição O diretor execuivo, Padre Marcelo Previatelli, com professores e funcionários do Colégio Candelária na Missa de Ação de Graças pelo 60º aniversário da insituição de ensino, dia 28 de agosto na Igreja Matriz

Galera feliz reunida em torno do sommelier e winemaker Antonio Pedro Coco para mais uma aula sobre vinhos no Espaço Reconceito em agosto

Os proprietários do Let’s Eat Indaiatuba, Renan Ascoli e Marcelo Amato, durante o lançamento de novos itens no celebrado cardápio da casa, no inal de agosto

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AGRESSIVOS ESPECIALISTAS MOSTRAM MEIOS DE TORNAR POSSÍVEL A CONVIVÊNCIA ENTRE PETS E CRIANÇAS, REDUZINDO A AGRESSIVIDADE DOS CÃES Fotos: Divulgação

POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI

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convivência entre animais (cães e gatos, principalmente) e crianças, geralmente, é bastante tranquila. Porém, muitos pets são mais agressivos, o que pode causar certo receio dos pais em deixar os filhos próximos a eles ou até às visitas. Especialistas falam sobre os meios de tornar mais pacífico esse relacionamento, sem ter de abrir mão da experiência dos pequenos junto aos animais domésticos. “Desde que a pegamos das ruas, a Lili sempre se mostrou muito ciumenta”, conta a aposentada Isolina Lanci. “Minhas filhas eram mais jovens e, nessa época, nasceu minha neta, daí a coisa piorou.” Ela diz que a cadelinha avançava cada vez que uma visita chegava perto dela, das filhas ou da neta. “Era uma vira-latas, e tinha uma pelagem muito bonita – todos queriam passar a mão, mas a bichinha avançava e mordia mesmo. Tínhamos que ficar sempre vigilantes”, lembra Isolina. A aposentada comenta ainda do receio que tinham pelo bebê. “A cachorra nunca atacou minha neta, mas ficávamos atentas, por causa do gênio forte do animal. Ela era dominante e a gente, por não saber como controlar isso, acabava apenas tentando evitar o pior. Não tínhamos conhecimento sobre

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adestramento”, explica. “O cão pode sentir ciúmes em várias situações e como ele reage, muitas vezes, depende de como ele está sendo educado”, esclarece a veterinária Joyce Magalhães. “Acontece geralmente na mudança de rotina, pois essas mudanças podem fazer com que se sinta inseguro. Cães que não foram socializados da maneira correta, por exemplo, acabam se sentindo ameaçados. Quando isso ocorre, o ideal é procurar a ajuda de um especialista, não perder a calma e nem

utilizar castigo físico. Nesse momento você vai precisar dedicar tempo para brincadeiras, passeios e outras interações, para que possa deixar claro para o cão o que você espera dele.” Em caso de adoção, quando a família leva para casa um cachorro de rua que sofreu muitos maus tratos, pode haver o risco dele não se adaptar à(s) criança(s). “Antes adotar um animal que possui traumas emocionais, o ideal é, se possível, conhece-lo antes. Observe como ele se comporta em determinados momentos e situações. É necessário entender que se você é o tutor, quem pode dar o que ele precisa, é preciso também muita paciência e a ajuda de um especialista, para que o animal consiga apagar os traumas emocionais e ver em você e sua família amigos de confiança; assim, com certeza ele seria capaz de dar a vida por você”, garante Joyce.


Socialização deve ser feita gradativamente, com paciência Isolina se recorda de certa ocasião em que Lili quase atacou a filha de uma parente. “A menina gostava muito de animais, e devia ter uns 12 ou 13 anos de idade. Enquanto conversávamos na cozinha, ela foi para a sala e quis brincar com a Lili. De repente, ouvimos os latidos, e a cachorra estava quase atacando a menina. Fiquei muito envergonhada diante da minha amiga; ainda bem que corri a tempo”, conta. Para a professora da faculdade Anhanguera, Ursula Raquel da Silva, é preciso verificar se a causa do ataque foi mesmo ciúme. “Normalmente cães com esse tipo de comportamento exibem agressividade por proteção territorial ou medo/ansiedade. É comum o ataque a certos tipos de pessoas (como homens com barba, crianças, mulheres) ou pessoas que se aproximam de membros da família ou do território do animal”, comenta. Algumas sugestões para corrigir esse tipo de comportamento muito indesejável em nossos cães são indicadas pela professora. “Evitar exibições territoriais e protetoras; identificar estímulos que possam provocar a agressão territorial, com o objetivo de determinar o foco para exercícios de socialização e contra condicionamento; usar recompensas altamente motivantes para comandos de ‘senta-fica’ ou ‘deita-fica’ durante as sessões de treinamento e evitar punições que possam aumentar o nível de excitação agressiva”, elenca Ursula. No caso de animais idosos, a educação é um pouco mais complicada. “O período de socialização dos cães envolve do 50º ao 85º dia de vida, quando o filhote já tem plena capacidade de aprendizagem. O único fator limitante para a educação de um cãozinho mais velho é porque em geral, a primeira fase do medo, que atinge seu auge entre a 8ª e a 11ª semana, encaixa-se neste período; por isso, qualquer experiência assustadora do filhote nesse período poderá conduzir qualquer ensinamento ou socialização futura muito mais difícil e demorada”, complementa. Ursula também diz que não é possível definir o tempo de socialização do animal. “Isso porque o comportamento agressivo pode estar relacionado a vários fatores. É sempre muito importante pedir ajuda ao veterinário, a fim de descartar a agressividade por motivo de doença, e consequentemente, a dor que o animal possa estar sentindo. Em seguida, deve-se identificar se a agressividade é por dominância, medo, estresse, predatória (normal em cães); ou se é intraespecífica, por brincadeira (normal em filhotes), dentre outras causas. Comportamentos indesejáveis podem ser prevenidos e corrigidos, mas em geral, exigem bastante tempo e esforço”, finaliza.

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