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nesta edição
DA REDAÇÃO
Cócegas no cérebro
O
sono é um problema para muitas pessoas. Difícil conseguir relaxar após um dia agitado e estressante. Com a técnica do ASMR é possível relaxar e até mesmo ter uma noite de sono perfeita. Mariane Carolina Rossi, dona do canal Sweet Carol, conta como conheceu os ruídos minuciosos e delicados que causam efeitos semelhantes a cócegas no cérebro e induzem o ouvinte ao relaxamento e ao sono. E se você acredita que o ASMR é para poucos, engana-se; o canal de Mariane conta com mais de 225 mil seguidores. Além do relaxamento, esta edição traz dicas de especialistas para elaborar um currículo relevante e conquistar o emprego tão sonhado. Os profissionais também falam das atuais competências exigidas pelo mercado. Falando em exigências, profissionais da saúde explicam que devemos ser exigentes também com o que consumimos. Açúcar mascavo, demerara, cristal; sal do Himalaia, marinho; grãos integrais, refinados... São tantas opções que confundem; mas, nós vamos te ajudar a escolher o que colocar no carrinho na hora da compra. Além dos cuidados com o nosso corpo, nossos amigos de quatro patas também contam com atenção diferenciada. Nesta edição, mostramos os serviços exclusivos para os pets que vêm conquistando espaço no mercado, como banho e tosa a domicílio, babá e motorista de taxi. Por fim, o Dia dos Namorados chegou e presentear a pessoa amada com uma aliança ou um pedido de casamento pode ser o ideal para deixar o clima mais romântico. Contamos um pouquinho da história deste símbolo e te ajudamos a escolher o anel ideal. Embarque nessa viagem conosco, boa leitura!
REVISTA DA TRIBUNA • ANO 15 • EDIÇÃO 103 • 10/JUNHO/2017
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DATAS ESPECIAIS SÍMBOLO DA UNIÃO
MODA
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Capa: F2design
VITRINE
SAÚDE DESMITIFICANDO OS VENENOS BRANCOS
CAPA VIAGEM SENSORIAL ENTREVISTA COM CAROL ROSSI
SOCIAL
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KLEBER PATRICIO
PET
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MEU BABY PET
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COMPORTAMENTO A BUSCA PELO EMPREGO
COMERCIAL Patrícia Miranda de Toledo revista@tribunadeindaia.com.br
REDAÇÃO Jornalista Responsável - Mtb 34.714 redacaorevista@tribunadeindaia.com.br
COLABORADORES Adriana Brumer Lourencini - Anieli Barboni - Kleber Patricio
DIAGRAMAÇÃO Marco Antonio de Almeida - MTb 54.963
RUA HÉRCULES MAZZONI, 873 – CENTRO – FONE 3825-5500 – www.revistadatribuna.com.br – revistadatribuna@terra.com.br
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datas especiais
SÍMBOLO DA
UNIÃO
POR ANIELI BARBONI
O
Dia dos Namorados chegou e se você ainda não tem uma aliança de compromisso, ou está ensaiando para pedir a pessoa amada em namoro, ou em casamento, esta é a hora de surpreender o amor da sua vida. Mais do que um anel, uma aliança simboliza a união e o amor infinito. Para escolher a aliança que combina com o casal, especialmente com a mulher, a gestora da marca Armazém da Prata, Karina Negrão deu algumas dicas. Karina ressalta que na hora da compra deve ser levado em consideração o estilo da mulher, se ela é clássica, sexy, elegante, esportiva ou romântica. “Por exemplo, uma mulher mais clássica e elegante vai gostar de uma aliança
A aliança é um junção de duas realidades, representa a fidelidade que tenho com uma pessoa
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APRENDA A ESCOLHER A ALIANÇA QUE MAIS COMBINA COM O CASAL E ENTENDA DE ONDE VEM À TRADIÇÃO DE USÁ-LA
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polida, com só uma pedrinha de brilhante, algo que chame menos atenção. Uma mulher mais sexy vai querer uma aliança diferente, com várias pedras, mais larga. Então, o estilo da mulher é importante para acertar na escolha, tem que combinar com ela, já que é algo que você usa e não tira mais”, afirma. A gestora cita que existem inúmeros tipos de modelos. “As alianças em prata e ouro branco normalmente são mais usadas no namoro, e a dourada no casamento, mas é muito particular do gosto da pessoa. Você pode usar uma aliança de banho de ouro branco com um filete de ouro amarelo”, cita. “Um comportamento interessante das mulheres é que elas enjoam da aliança que têm e quando vão celebrar, por exemplo, 30 ou 40 anos de casamento, elas compram uma aliança nova e levam para o marido. Diversas vezes vi mulheres que estavam enjoadas da aliança e trocam a de ouro por uma semijoia”. Karina diz que a aliança não segue tendência porque é um produto clássico, atemporal. “As alianças não seguem
uma linha, o que fazemos é inovar os modelos, fazer um polimento manual para que fiquem com brilho bonito, ou fazer uma lixa especial. O que também pode ser diferenciado são as pedras que estão em alta, por exemplo, o verde esmeralda é a cor de 2017. Mas, é muito raro as pessoas colocarem pedrinhas de esmeralda em uma aliança, pois é muito caro”, afirma. “As mais confortáveis são as que têm formato anatômico, o interno dela é arredondado”, acrescenta. Durabilidade As alianças normalmente são em ouro com uma pedra de brilhante, que é o diamante lapidado. A gestora explica que o Armazém da Prata trabalha com as peças em metal, com um bom banho de ouro - são 20 camadas de ouro - e no local do diamante tem uma pedra de zircônia. “O polimento da nossa aliança é igual ao de uma aliança de ouro. A lapidação da zircônia é do mesmo jeito que é lapidado o brilhante, visualmente elas ficam muito parecidas, o que vai mudar é durabilidade e o preço”, afirma. Karina explica que as alianças escovadas duram mais do que as polidas. “Quando ela é escovada fica com aquele material diferente e não risca com facilidade. Quando a aliança é em ouro e ela é riscada, você pode mandar na joalheria para polir, já que ela é um metal nobre. Uma aliança semijoia tem uma determinada durabilidade, conforme o uso de cada pessoa”, diz. “As nossas alianças tem 20 camadas de ouro, é muito alto isso; quando uma peça é banhada ela leva sete camadas. Mesmo com as 20 camadas embaixo tem um metal. Para conservá-la é importante retirála antes de limpar a casa; não mergulhá-la em produto químico e, se possível tirar para tomar banho e praticar esporte, ou passar perfume; isso aumenta a durabilidade da aliança. Mas é possível que ela dure a vida toda porque podemos rebá-la quantas vezes quiser, seja no banho de ouro branco, rose, amarelo ou em dois banhos. Isso é possível porque o metal que usamos é de alta performance e permite quantos banhos o cliente quiser”, ressalta.
Símbolo da união infinita Para entender uma pouco mais do significado da aliança, a Revista da Tribuna conversou com o pároco da Paróquia Santo Antônio, padre Caio Augusto de Andrade, que contou algumas curiosidades. Caio reforça que a aliança representa o infinito. “Todo círculo é algo perfeito. Como dizem os filósofos gregos, o infinito tem que ser uma forma esférica porque não tem começo e nem fim, não tem lados. Então, uma aliança representa sempre o infinito, a fidelidade, aquele que é fiel porque é infinitamente presente”, explica. “Carregar uma aliança na mão significa um símbolo. A palavra símbolo significa juntar as coisas. Simbólico é aquilo que junta e diabólico é aquilo que separa. A aliança é uma junção de duas realidades, representa a fidelidade que tenho com uma pessoa”. E para quem acredita que a aliança é um símbolo bíblico, se engana. Caio explica que a aliança é um símbolo da cultura romana. “Na bíblia tem outros símbolos que remetem ao casamento,
Fotos: Divulgação
mas a cultura de usar a aliança é algo que vem de Roma. Os romanos trocavam a aliança em sinal de amor e fidelidade. Na Bíblia tem a palavra aliança, mas se refere à aliança feita por Noé, onde temos o arco íris, que é uma representação da aliança entre Deus e a humanidade. Temos também a aliança com Abraão, onde Deus promete uma descendência numerosa e a posse da terra”, esclarece. No casamento, Caio explica a troca de alianças. “É uma representação do outro. Normalmente, na aliança que o marido vai dar para a noiva tem o nome dele. Então, onde o noivo está com a aliança, está também à noiva, e vice-versa”, conta. “Além disso, tem toda a questão da mão esquerda, que é a mão do lado do coração. Os egípcios dizem que no dedo em que colocamos a aliança tem uma veia que sai do próprio coração. Interessante que, para a cultura antiga, o coração não é um órgão qualquer, mas sim o centro do homem, e é a partir do coração que tomamos as decisões, que temos valores, que amamos, que sentimos dor, e não é o cérebro”, acrescenta.
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vitrine
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saúde
Desmitificando os VENENOS brancos SUBSTITUIR OS REFINADOS POR INTEGRAIS E OPTAR POR OUTROS TIPOS DE SAL E AÇÚCAR NÃO SIGNIFICA LIBERDADE NA HORA DE COMER POR ANIELI BARBONI
A
tendência que veio para ficar é a consciência na alimentação. Tanto para aqueles que querem ter um corpo bonito, quanto para àqueles que estão preocupados com a saúde. Com isso, cada vez mais, as pessoas pensam no que estão ingerindo antes de consumir. Entre os alimentos mais falados, estão açúcar, sal, farinha e arroz, também conhecidos como venenos brancos. Para substituir esses “venenos”, entraram em cena opções mais saudáveis, como o açúcar mascavo, demerara, sal do Himalaia, arroz e farinha integral. Para desmitificar essa condição de veneno, a Revista da Tribuna conversou com alguns especialistas que indicaram quando esses alimentos brancos devem ser substituídos, ou quando apenas sua redução traz resultados.
Açúcar
São tantos tipos de açúcar, que fica difícil definir qual é o mais saudável e qual o mais recomendável. A nutricionista clinica e comportamental do Espaço Zarin, Samanta Patez, explica qual a diferença dessas variedades, começando pelo açúcar da cana, que está dividido em mascavo, demerara, orgânico, cristal e refinado. “O mascavo é a primeira extração da cana, nele ainda contém todos os nutrientes. O demerara é o início do processo de refinamento e no orgânico retirou-se todos os nutrientes, ele só permanece cristalizado, mas sem aditivos químicos e é mais difícil de adoçar os alimentos com ele. Por último, temos o refinado e o cristal, onde retirou-se todos os nutrientes e, além disso, se adiciona produtos químicos tanto para a modificação de sabor, como para ele ficar branquinho”, explica. A nutricionista aponta que em termos de qualidade, o açúcar demerara e o mascavo são os mais recomendados por preservar os nutrientes. Mas Samanta aconselha que o ideal é não adoçar todos os alimentos. “Sempre gosto de lembrar que são poucas as coisas que precisamos adoçar, por exemplo, o suco, que já tem o açúcar da fruta. Temos algumas frutas que são azedinhas, que temos este hábito de adoçar, mas precisamos aprender a apreciar o sabor natural da fruta. O café é outro exemplo,
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os amantes do café aprendem que tem que apreciá-lo sem adoçar porque o açúcar entra como um ladrão de sabor”. Samanta também lembra que existem outras opções de adoçantes, como o mel, o melaço e o açúcar de coco. “Na quantidade de calorias e carga glicêmica todos são iguais, a diferença está na qualidade de nutrientes. O único que difere é o açúcar do coco porque ele é um açúcar da fruta”, diz. “No dia a dia, é muito interessante utilizar esses outros tipos de açúcar, ter um hábito mais saudável, já que em alguns momentos não temos como fugir do açúcar branco. Mas, mesmo que o bolo seja feito com açúcar mascavo e farinha integral, não significa que posso comer mais pedaços dele”, ressalta.
Sal
A nutricionista explica que nas variáveis de sal, a diferença está na quantidade de sódio. “Tanto no sal do Himalaia, quanto no sal marinho temos uma quantidade menor de sódio, e o sal do Himalaia tem uma carga um pouquinho maior de minerais”, aponta. “Eu não acho relevante utilizar esses sais porque temos um parâmetro da Organização Mundial da Saúde (OMS), onde indica que é saudável o consumo de sal porque precisamos do sódio e do iodo, desde que seja de três a cinco gramas por dia”, diz. “Além disso, é preciso tomar cuidado porque existem adulterações, como exemplo tem o sal do Himalaia, que já foi observado a adição de corante no sal comum para ser vendido como do Himalaia”, alerta. “Esses sais diferenciados também são mais caros, então compensa investir em outros tipos de alimentos que vão trazer mais benefícios, como as nozes”, aconselha.
Farinha e arroz
Fotos: Divulgação
Falando em grãos integrais, a nutricionista recomenda evitar a farinha e arroz branco, desde que a pessoa goste das alternativas que substituem esses alimentos. “Eu não gosto de induzir nenhum paciente a comer aquilo que não gosta. Quem não se identifica e tem que comer por obrigação fica esperando o prazo da dieta terminar. Os integrais realmente são melhores porque tem mais fibras e nutrientes, mas em termos de calorias eles são iguais ao arroz e farinha branca”, diz. “Quando a pessoa não consegue consumi-los, fazemos um calculo de fibras de outra forma”, explica. “Dentro de nossa alimentação nos expomos a muita coisa, tem a questão do agrotóxico e outros agravantes. Por isso, sempre optar pelo equilíbrio e o mais saudável é o melhor”, afirma. A nutricionista diz que, por exemplo, no caso do pão pode-se comer outros tipos de alimentos, como a tapioca. A farinha de amêndoa, de aveia, entre outras, que também substituem a farinha de trigo. Mas Samanta ressalta que quando a pessoa vai comer este pão ou bolo feito com outra farinha, ela não pode olhar para o alimento com o mesmo olhar, pois não vai ter o mesmo gosto, é outro sabor.
Substituir não é a salvação
O cardiologista e diretor do Núcleo de Nutrição do Instituto Dante Pazzanese, Daniel Magnoni ressalta que o sal e o açúcar são necessários para o organismo; o exagero deles é que faz mal a saúde. “O sal, dentro das recomendações da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), pode ser consumido o equivalente a uma colher de chá. Já o açúcar, pode ser consumido em até 10% das calorias totais da alimentação diária. O abuso desses dois alimentos, principalmente quando aliados ao sedentarismo e ao excesso de ingestão calórica, pode trazer consequências como a hipertensão arterial”, ressalta Magnoni. “A substituição do açúcar pode ser necessária em casos específicos, como recomendação médica”, acrescenta. O endocrinologista e chefe do Grupo de Obesidade e Síndrome Metabólica do Hospital das Clínicas da USP, Doutor Marcio Mancini, reafirma que nenhum alimento precisa ser retirado
do cardápio. “Muitas pessoas perpetuam o mito de que cortar certo nutriente da alimentação vai resolver qualquer problema. Porém, um componente isolado não é a causa de doenças e devemos quebrar esta ideia de que há vilões e heróis na alimentação. Por exemplo, muito se incentiva a troca de refinados por grãos integrais, mas as evidências de estudos de observação e epidemiológicos, que demonstraram uma associação entre a ingestão de grãos integrais e a redução do risco de doenças não são consistentes em estudos de intervenção, que são os estudos de mais alta qualidade. Também não há evidências de redução de obesidade substituindo farinha branca por integral”, diz. “Mas, vale o alerta: muitas pessoas substituem e aumentam sua ingestão calórica, pois acham que estão sendo mais saudáveis. Ressalto que tudo é permitido no cardápio, desde que seja consumido com equilíbrio”.
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VÍDEOS PRETENDEM CAUSAR SENSAÇÃO DE FORMIGAMENTO, COMO SE FOSSEM CÓCEGAS NO CÉREBRO, INDUZINDO OS OUVINTES AO RELAXAMENTO E SONO
É
Mariane Carolina Rossi
VIAGEM SENSORIAL
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POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI
noite alta e o sono logo bate. Com o corpo em posição confortável, o canal do YouTube é acessado, e os fones de ouvido são devidamente encaixados nas orelhas. Começa o vídeo e, rapidamente, o volume do som ambiente domina os sentidos. Sons de toques com os dedos e as unhas (tapping/scratching), plásticos (crinkly), papeis e papelão, e outros objetos, são acompanhados de sussurros e efeitos sonoros originados por movimentos da boca, e causam efeitos semelhantes a cócegas no cérebro, com o intuito de induzir o ouvinte ao sono ou relaxamento. Trata-se de uma técnica, denominada ASMR, que pode ser explicada como uma sensação de arrepio no couro cabeludo e nuca. O efeito sensorial é disparado no momento em que a pessoa ouve os ruídos, minuciosos e delicados, e que são potencializados pelos fones de ouvido. A experiência de ASMR não é nova, afinal, atire a primeira pedra quem nunca teve uma sensação diferente e ficou arrepiado ao receber uma massagem na cabeça, ver alguém manipular o plástico ou ouvir uma pessoa falar baixinho. O fato é que a técnica foi resgatada nas redes sociais e tornou-se um fenômeno que vem ganhando cada vez mais adeptos. A sigla é do inglês Autonomous Sensory Meridian Response – na tradução, pode significar Resposta Involuntária Sensorial. Apesar de ainda pouco conhecido no Brasil, o ASMR arrebata internautas, a julgar pelo número de visualizações dos vídeos produzidos pelos canais. Que o diga Mariane Carolina Rossi, do Sweet Carol, que até o mês passado já contava com 225 mil seguidores. Ela revelou para a Revista da Tribuna como foi criado o canal que acabou se tornando referência nacional em ASMR. A reportagem também conversou com Aline Oliveira, idealizadora do Energia Zen, que alia a técnica do ASMR com terapias holísticas como o Reiki e a meditação. Então, prepare-se para embarcar em uma viagem sensorial!
REVISTA DA TRIBUNA: Desde quando existe o canal Sweet Carol? Carolina Rossi: Na verdade, quando comecei a produzir os vídeos de ASMR, há dois anos, eu já havia criado um canal para me distrair, pois sofria bullying na escola. O Sweet Carol foi criado depois, quando quis mudar a energia do meu cantinho online, e hoje sou eu que distraio as pessoas com meus vídeos! Como conheceu a técnica de ASMR e o que te motivou a iniciar a produção dos vídeos? Descobri através de um comentário em um tutorial de maquiagem, em que a pessoa me disse para fazer vídeos de ASMR. Fui buscar saber o que era e vi alguns vídeos estrangeiros, com sons que, desde criança, me fazem sentir muitos arrepios, como os embrulhos de presentes, quando mexem no meu cabelo ou quando alguém fala baixinho. Eu vivia assistindo vídeos de meninas fazendo maquiagem que falavam baixinho, e davam uma sensação de sono e arrepio no couro cabeludo; quando percebi que existia uma técnica para isso, não pensei duas vezes, o mundo precisava conhecer. Você é formada em Enfermagem: por que seguiu outro caminho profissional? Com a crise que estávamos em 2015 foi difícil
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Meu canal era pequeno, estava acostumada com poucas visualizações, quando publiquei o primeiro ASMR eu jamais iria imaginar que eu hoje seria referência brasileira nessa técnica.
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Mariane Carolina Rossi
encontrar emprego quando me formei; então, enquanto isso, fui empreendendo no meu canal e tudo começou a ganhar forças naturalmente. Quando me dei conta estava em um palco de televisão de uma emissora famosa e, a partir daí, decidi que iria investir nisso e que faria o canal, com muito trabalho, fé e persistência. Conte-nos um pouco de como foi o começo, quando passou a produzir ASMR. Quando fiz o meu primeiro vídeo, parecia já conhecer aquilo por anos, foi bem natural. Há dois anos, se não me engano, havia apenas dois canais de ASMR brasileiros, mas, por terem poucos inscritos, não rolou a divulgação em massa. Na época em que postei meu primeiro vídeo da técnica, eu tinha 16 mil inscritos no canal e aquele foi o vídeo com maior número de visualizações.
Confesso que fiquei assustada, e talvez eu tenha despertado alguma curiosidade porque eu não soube que título dar; então apenas defini a sensação que tinha, e ficou ASMR - Vídeo para dar soninho – e o ‘’soninho’’ marca o selo do meu canal até hoje. Quantos anos você tem e qual a idade média dos seus seguidores? Estou com 23 anos e o meu público de ASMR é bem variado, porém, a faixa etária que mais predomina no meu gráfico fica entre pessoas de 14 a 34 anos. O engajamento com eles existe desde que o canal nasceu, pois sempre respondi aos comentários. Eu gosto muito de ver o retorno dos meus seguidores, que carinhosamente apelidei de ‘’meus sweets’’; eles me pedem muitas sugestões de ASMR, tenho até um caderninho onde anoto todos os pedidos, e posso dizer que está bem grande. Onde são montados os cenários para os vídeos? No meu quarto mesmo; aliás, eu durmo aqui, trabalho aqui e acordo aqui. É cansativo montar e desmontar, a bagunça que tem que arrumar, mas estou trabalhando muito esse ano para conquistar um canto só meu! uu
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capa Você esperava tanto sucesso em um espaço de tempo tão curto? Meu canal era pequeno, estava acostumada com poucas visualizações, quando publiquei o primeiro ASMR eu jamais iria imaginar que hoje seria referência brasileira nessa técnica. Eu poderia sugerir que a sorte está comigo, mas é mais acertado pensar que tudo fluiu pela minha persistência, dedicação e amor naquilo que faço, porque eu me entreguei de verdade a esses vídeos. Tudo foi muito natural, porque eu só postava às sextas feiras. Depois de uns seis meses, os seguidores começaram a me cobrar mais vídeos, até que chegou a um ponto que faço três por semana; não faço mais vezes porque a técnica exige que a gente esteja com uma energia tranquila, então, tenho que descansar alguns dias antes de começar a gravar mais. Por isso, o slogan do canal é ‘resgatando sorrisos perdidos’. Em alguns vídeos você utiliza microfones binaurais; qual o diferencial deles nos efeitos proporcionados pela técnica? A diferença de mono e o estéreo (binaural) é que o efeito fica melhor. A qualidade do áudio é mais profissional, com menos chiados, e também dá a sensação de que a pessoa está do seu lado, orelha a orelha. Os sons com a boca (mouth sounds), câmera touching e tapping, que são os mais pedidos, ficam bem mais nítidos com o binaural.
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Quando fiz o meu primeiro vídeo, parecia já conhecer aquilo por anos, foi bem natural.
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Mariane Carolina Rossi Fotos: Divulgação
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Busca pela paz, serenidade e conexão interior Aline Oliveira tem 27 anos, é formada em Relações Públicas e nas terapias holística e reikiana. Ao lado do marido Fernando Cruz, a youtuber também ganha espaço na internet com vídeos de ASMR do canal Energia Zen. Porém, o casal resolveu inovar, adicionando um viés esotérico às produções, e chegou até a gravar um vídeo em que enviam energia Reiki aos ouvintes. “Agora em maio o canal completou cinco meses, e já temos 445 mil visualizações e quase dez mil inscritos”, comemora Aline. “O Energia Zen ASMR nasceu com a proposta de unir o ASMR e as terapias holísticas como o Reiki e a meditação, para proporcionar às pessoas uma experiência única de conexão interior, reflexão, bem-estar, relaxamento profundo etc. O primeiro vídeo de Reiki à distância obteve quase 80 mil visualizações”, revela. Ela conta que entrou em contato com o ASMR pela primeira vez em 2015. “Estava procurando sobre instrumentos utilizados em terapias de som, quando vi a recomendação de ASMR, com o título Binaural Harmonic Massage Role Play. Curiosa, coloquei os fones de ouvido e mergulhei naquela sessão; fiz tudo o que a pessoa orientava e senti arrepios no corpo, coceguinhas no couro cabeludo e um relaxamento que nunca tinha experienciado antes”, lembra a youtuber. A experiência, segundo ela, foi a inspiração para aliar o ASMR com as terapias holísticas à distância. Com a colaboração de Fernando, Aline monta os cenários na própria casa, na sala, onde há menos barulho. “Moramos em apartamento, e geralmente gravo de madrugada, entre 1h e 3h; apenas alguns vídeos faço durante o dia, porque o bairro é muito barulhento”, explica. Vídeos de Reiki, meditação e atenção pessoal estão entre os mais pedidos pelos internautas. “Já os estímulos/sons favoritos deles são o sino tibetano, sussurros, fala suave, movimentos com as mãos (hand movements), tapping, sons em camada, de água, música calma e de pincel e escova”, cita. A youtuber garante que há relatos surpreendentes por parte dos seguidores. “Muitas pessoas observaram melhora significativa em relação à ansiedade, algumas relataram que, em meio a uma crise de pânico, os vídeos as ajudaram a se acalmar, e outras ainda apontaram melhoria na qualidade do sono, redução do estresse e de insônia”, ilustra Aline.
Alternativa Para o casal de terapeutas, a técnica de ASMR ainda é muito recente e merece ser estudada. “Há grandes chances de se tornar terapia alternativa”, argumenta Aline. “Assim como aconteceu no passado com a acupuntura, a cromoterapia, a aromaterapia e tantos outros métodos, hoje consagrados; existe um preconceito inicial por pessoas que ainda não compreendem como o ASMR funciona, e é por isso que estudos e pesquisas na área são muito importantes e necessários. O ASMR precisa ser reconhecido e representado por profissionais que também o levem a sério”, conclui. Enquanto isso não acontece, a reportagem foi descobrir, com o psicólogo Paulo Antolini, se o método buscado por pessoas comuns pode mesmo influenciar positivamente no emocional humano. De acordo com ele, o simples fato de ouvir sons relaxantes pode ajudar a aliviar o estresse. “Sons suaves ajudam no aquietamento do cérebro, propiciando um estado de maior conforto interno. Veja a utilização de músicas bem calmas, sons da natureza, riachos, ventos etc., como estímulos facilitadores para o relaxamento”, explica. O especialista também indica uma análise prévia do uso da técnica nos casos de síndrome do pânico. “Importante citar que como processo de indução a um determinado estado, o indivíduo deve ter disponibilidade interna para passar pelo processo, o que nem sempre a pessoa acometida pela síndrome do pânico ou em crise de ansiedade tem. Muitas não conseguem o mínimo de condição de soltura para acompanhar o que podemos chamar de exercícios”, esclarece Antolini. Em relação às associações da mente com os sons emitidos nos vídeos, o psicanalista fala que é possível que isso ocorra. “Se um determinado som estiver ancorado a algum estado interno da pessoa, poderá trazer as sensações à tona, sejam elas agradáveis ou não”, argumenta. Questionado se a busca das pessoas pelo ASMR como alternativa de terapia pode revelar sintoma de que as coisas não vão bem, Antolini responde que não necessariamente. “Só se tiver excesso na prática”, alerta. “Por isso, é importante que a necessidade seja avaliada. Interessante ainda ressaltar que pode haver deturpação dos estímulos para se atingir o que chamam de orgasmos mentais. Esta prática (a busca desses orgasmos da mente) pode levar o indivíduo a distorcer as coisas, causando danos irreparáveis”, conclui.
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Marchetti Fotografia
Marchetti Fotografia
Cristiane Barnabé Guidio com o esposo Evandro Manetti Guidio e Mara e José Prado no coquetel Prata da Casa
Leonardo Bergallo Snizek e a esposa Edméia Pauzer no lançamento da Campanha 2017 do programa de relacionamento Prata da Casa Marchetti Fotografia
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Anthero Santiago com a esposa Gabriela França no evento do Prata da Casa Leandro Farchi
Empresários do grupo Prata da Casa reunidos no evento de lançamento da Campanha 2017, dia 25 de abril no Ópera Eventos Kleber Patricio
Rosangela Prior e seu filho Luigi recebem de maneira deliciosamente encantadora em seu Espaço Gourmet Donna Dolce. Luigi, de apenas 20 anos, mas já formado pelo Instituto Gastronômico das Américas, assina a cozinha que vem encantando Indaiatuba
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O arquiteto e expositor Anderson Leite no evento de abertura da Campinas Decor 2017
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Graziele Pontes e Rodrigo de Almeida receberam na noite de 26 de abril para a inauguração do novo show room da Casa da Fazenda Móveis, na Avenida Visconde de Indaiatuba, em linda festa assinada pelo colunista da Tribuna, Tarik Costa, que teve a presença dos principais expoentes do segmento de design de interiores
Lillian Larangeira
Mariinha Mesquita Provenza, Claudia Dal Canton Martignago e Katia Brooks marcaram presença no coquetel de Graziele Pontes e Rodrigo de Almeida Lillian Larangeira
Lillian Larangeira
O engenheiro Roberto Pinto Ribeiro entre os arquitetos Johnny Toledo e Darci Vanucci no coquetel de inauguração da nova Casa da Fazenda – este último, responsável pelo projeto arquitetônico da loja
Simone e André Ricardo Ganzarolli no coquetel da Casa da Fazenda
Giuliano Miranda
Click2!
A fundadora e vice-presidente, dona Joanna Joly, cercada pelos voluntários e apoiadores no evento de apresentação do projeto para a construção da nova sede dos Voluntários de Apoio no Combate ao Câncer (Volacc), dia 3 de maio no escritório Barbara Fantelli Arquitetura e Interiores
Pierluigi ‘Poy’ Clini e a esposa Luciana no show de Luciana Melo, no Polo Shopping Indaiatuba, em comemoração pelo Dia das Mães JUNHO/2017
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comportamento
A busca pelo
EMPREGO COM OS NOVOS CONCEITOS DO MERCADO, ESPECIALISTAS ENSINAM COMO ELABORAR O CURRÍCULO E AMPLIAR AS CHANCES DE ENCONTRAR O TRABALHO DOS SONHOS
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POR ADRIANA BRUMER LOURENCINI
á alguns anos, as pessoas que estavam em busca de um emprego deveriam apenas enviar os currículos via e-mail, cadastrarem-se diretamente nos portais das empresas ou simplesmente levar o documento impresso até o possível futuro empregador. Contudo, nos dias atuais o conceito de procurar emprego mudou bastante. Com o advento da internet, a prática de ir de porta em porta distribuindo currículos deixou de ser relevante, já que a tecnologia encurtou a distância entre candidato e empresa. O mercado de trabalho, por sua vez, também ganhou novos contornos; atualmente, são exigidas dos candidatos mais do que as competências técnicas – o ambiente empresarial busca cada vez mais características como resiliência, empatia, proatividade e habilidades de desenvolver tarefas suplementares à profissão escolhida. Por exemplo, toda candidata à recepcionista sabe que uma das principais prerrogativas do cargo é ser simpática e atenciosa; contudo, se ela demonstrar bons conhecimentos sobre a última companhia onde atuou e listar atividades extras realizadas, com certeza sairá na frente das outras concorrentes à vaga. Dessa forma, a elaboração do currículo, que já era importante, ganhou valor ainda maior, pois, é este documento, que não deve ter mais do que duas laudas, que irá mostrar ao recrutador o perfil do profissional interessado na oportunidade de trabalho. Erros ortográficos ou linguagem vulgar, negligência, informações demais ou de menos, borrões e exageros podem colocar por terra as chances de conseguir a tão sonhada vaga. “Um dos erros mais comuns dos profissionais é o de omitir suas competências no currículo”, explica Alex de Lima Lima, administrador dos portais Emprega Campinas e Indaiatuba. “Apesar de inúmeros tutorias, sites, vídeos e tantas outras fontes de conteúdo há ainda muitos profissionais que, ao elaborarem seus currículos, não relatam suas principais competências e resultados, apenas descrevem suas rotinas de trabalho”, complementa. O administrador lembra que os recrutadores têm centenas de documentos para analisar, e eles não sabem quem é o
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O ambiente empresarial busca cada vez mais características como resiliência, empatia, proatividade e habilidades de desenvolver tarefas suplementares à profissão escolhida.
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candidato, tampouco vão ter condições de se lembrar daqueles a quem entrevistou. “Um currículo que não deixa claro o objetivo do profissional, suas experiências e qualificações, sejam pessoais ou de nível acadêmico, é considerado fraco”, alerta. “O candidato deve ter em mente que este é o documento que irá ‘vendê-lo’, ou seja, o que vai mostrar os resultados que ele foi capaz de atingir em sua trajetória profissional”, reforça Alex. Quem é você Em relação ao estilo textual, o administrador garante que muita gente ‘escorrega’. “A maioria dos currículos, infelizmente, não traz um texto claro, já que há muitos erros na colocação das informações. Há pessoas que não mencionam o objetivo de atuação, ou pior, aqueles que, no lugar do cargo pretendido escrevem ‘à disposição da empresa’ – isso atrapalha bastante na hora da seleção, pois, o recrutador não tem como saber para qual vaga a pessoa está se candidatando”, ressalta. A professora e administradora da Phoenix Assessoria Empresarial, Carla Borges, afirma que a elaboração de um currículo exige tempo e análise constante. “Não se trata simplesmente de encher as folhas de informações ou tentar ser bem sucinto. É importante que, ao escrever seus conhecimentos e habilidades, concentre-se nos tipos de empresas que você relacionou como empresas-foco para receber seu currículo”, aponta. “O mundo corporativo mudou e as formas de contratação também. O profissional em busca de uma colocação também deve mudar. Escolha empresas com maior probabilidade de te contratar; pesquise sobre os produtos e os perfis de profissionais que ela costuma contratar. Desenvolva seu currículo de acordo com esta pesquisa, colocando apenas aquilo que desempenhou e que tenha, pelo menos, um conhecimento técnico”, orienta Carla. Ela lembra ainda dos itens e dados que os candidatos devem esquecer na hora de escrever o currículo. “Enumerar documentos, como RG/CIC, e fazer autoavaliação, tais como mencionar que é dinâmico, motivado, comunicativo etc. Esta é a sua visão sobre si mesmo e pode ser interpretado como excesso”, enfatiza. uu JUNHO/2017
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comportamento Outro erro comum apontado pelos especialistas em carreira é o fato de ter um único currículo para diferentes vagas. Eles sugerem que a busca pelo emprego não deve ser aleatória, portanto, cada currículo deve ser adaptado aos requisitos de cada oportunidade. Alex de Lima acrescenta que existe uma estrutura mínima inerente a qualquer currículo. “Não podem faltar o nome completo e dados de contato, o objetivo de atuação (cargo pretendido ou área de interesse) e uma apresentação inicial resumida das qualificações profissionais do candidato”, cita. Já a professora diz ainda que é importante descrever as atividades e conquistas obtidas nos empregos anteriores. “Mencione a partir das três últimas empresas onde trabalhou e ressalte fatores positivos como a implantação de melhorias na rotina de trabalho, ideias que eliminaram custos, ou metas de vendas acima do esperado”, exemplifica Carla. Fotos: Divulgação
Para a professora Carla, a chegada de profissionais maduros e mais experientes é vista como fator positivo por muitas empresas
Foco na rede
O networking, aliado a um currículo eficiente, é uma das formas mais eficientes de se conseguir o emprego dos sonhos. Headhunters (caçadores de talentos) e gurus da empregabilidade são unânimes em afirmar que é primordial o contato (regular e efetivo) com pessoas do mesmo ramo de atividade, ou de setores de interesse do candidato. A rede de contatos pode funcionar muito bem nos casos em que o profissional está insatisfeito no cargo ou empresa atual. “Mudar de carreira ou de empresa quando se está empregado é sempre mais fácil. Mas o desafio é fazer isso com cautela e não se expor desnecessariamente. O ideal é começar com uma roda pequena de relacionamentos mais próximos, deixando a informação de que está em busca de novas oportunidades aos poucos. E só há uma forma de fazer isso - usando a sua rede de contatos profissionais”, observa Marcelo Veras, CEO da Inova Business School. Celso Bazzola, consultor em Recursos Humanos, destaca que a rede de relacionamentos deve ser ampliada constantemente. “Trabalhe o seu networking, lembrando que este não deve ser utilizado somente nas necessidades. Assim, esteja pronto também para ajudar e nunca deixar de ser lembrado”, ensina.
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O valor da experiência Nos últimos tempos, profissionais com 40 anos de idade ou mais, estão mudando de carreira. Eles retornaram aos bancos universitários e têm frequentado palestras, workshops e cursos técnicos com o objetivo de aprender uma nova profissão, ou se reciclar em outro segmento de seu ramo de atuação. “As empresas se adaptaram a trabalhar com uma equipe enxuta, mais técnica e qualificada. Os profissionais perderam seus empregos e encontram dificuldades de se recolocar em funções similares às que tinham. Isso fez com que eles analisassem melhor o mercado e percebessem novos nichos”, analisa Carla. “Alguns sonhos de infância foram resgatados, e houve ainda mudança de foco, como a prestação de serviços para as antigas empresas, na mesma área profissional – neste caso, eles estão se qualificando como gestores do próprio negócio, empreendendo mais”, argumenta. Para a professora, a chegada de profissionais maduros e mais experientes é vista como fator positivo por muitas empresas. “A grande maioria, em nível mundial, despertou para esta nova realidade. A globalização é antiga, mas agora com a chegada dos refugiados e de um novo perfil de profissionais técnicos excelentes, o mercado contratante passa a enxergar novas possibilidades de crescimento para
suas empresas. O profissional que escolheu uma nova área está mais motivado, mais dedicado a resultados, e isso mudará em breve o jeito de se contratar bons profissionais”, opina Carla. Veras também concorda que a mudança de rumo na carreira depois dos 40 pode render muitos frutos. “São pessoas que estão descobrindo paixões profissionais e redirecionando a carreira. O importante é ter convicção e se preparar para a nova jornada, ou seja, descobrir e desenvolver as competências que serão necessárias para o sucesso na nova empreitada”, indica. Ele fala também do valor da experiência. “Conta muito! Mas, dependendo da mudança de carreira, algumas competências podem não ser tão importantes, e as novas devem ser desenvolvidas. Geralmente, o sucesso depende fundamentalmente da capacidade e dedicação na nova aprendizagem. Eternos aprendizes costumam ter mais sucesso”, acentua Veras. O CEO adiciona ainda dicas valiosas para profissionais de qualquer área e idade que buscam recolocação no mercado: “O mundo atual está exigindo muito dos profissionais um grupo de competências chamadas de comportamentais. Dentre elas, destaco: comprometimento e execução, empatia, relacionamento interpessoal, ética e valores”.
A sua chance O currículo agradou e a entrevista foi marcada; esta etapa é tão importante quanto a elaboração do currículo, pois, o candidato terá a chance de se mostrar e fazer o seu marketing. A sabedoria diz que ninguém terá uma segunda chance de causar uma boa impressão; por isso, alguns cuidados nunca são demais. Chegar muito cedo ou atrasado para a entrevista vai somar pontos negativos. Atender ou utilizar o celular enquanto estiver conversando com o recrutador, nem pensar! Se souber qual a empresa contratante, vale antes pesquisar sobre seus produtos/serviços na internet – tente encontrar alguma informação relevante da compa-
nhia para mencionar na entrevista. Postura séria ou brincalhona demais pode comprometer seus resultados; busque o equilíbrio e procure ouvir o interlocutor antes de começar a responder. “A entrevista é um momento único e curto. Uma boa impressão deve ser construída através daquilo com o que o entrevistador terá contato e poderá usar para formar uma impressão. Demonstre um olhar seguro, e dê um aperto de mão firme, sem exagero. Vale também atenção especial para a higiene pessoal; o vestuário, que não deve ser extravagante ou sensual, e os acessórios, em que o menos é sempre mais”, finaliza Veras.
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BABY PET BABÁ, MOTORISTA DE TAXI, BANHO E TOSA A DOMICÍLIO: OS SERVIÇOS EXCLUSIVOS PARA OS ANIMAIS VÊM CONQUISTANDO OS “PAIS” DOS PELUDINHOS ADRIANA BRUMER LOURENCINI
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m janeiro de 2013, o Brasil ganhava o selo Pet Friendly, que certificava hotéis e pousadas com serviços para animais de estimação que viajavam com seus tutores. A certificação, criada pelo Portal Turismo 4 Patas, foi a primeira no País, e tinha o objetivo de avaliar a estrutura disponibilizada aos bichos. Desde então, um novo nicho de mercado surgiu, se expandindo para outras atividades voltadas aos nossos amigos peludinhos. Há alguns anos, também foram criados os hotéis exclusivos para cães, quando seus tutores necessitam viajar, mas, não podem levalos. Porém, mais recentemente, apareceram as babás pets. O serviço disponibiliza a companhia “humana” para o bichinho, enquanto seus “pais” saem em viagem ou simplesmente vão a uma festa. Solange Capasso Diogo se considera uma verdadeira mãe para os cachorros. “Quando meu cãozinho morreu, no ano passado, meu marido e eu decidimos não ter mais cachorros e, para suprir a falta de eles fazem, resol-
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vemos tomar conta de outros cachorros em nossa própria casa”, conta. Residente no município de Salto, o casal adaptou a casa, há cerca de um ano, para receber somente cachorros. “É uma residência comum, porém, com espaço para os cães andarem por onde quiserem”, garante Solange. A babá dos dogs revela que a procura tem crescido. Por uma diária de R$ 40, em média, o cão fica hospedado pelo tempo que o tutor
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precisar. “O trabalho é em tempo integral, oferecendo companhia, além dos cuidados necessários para o bem-estar do animal até o retorno da família”, adiciona. “Se o tutor preferir que somente o cachorro dele fique na casa naquele período, é só agendar”, avisa Solange. “Também é importante fazer o agendamento prévio, já que o espaço é limitado. O tutor deve mostrar que o cachorro está vacinado e vermifugado, e pode levar a ração, a caminha e os brinquedos que o animal está acostumado”, orienta. A pet-sitter também argumenta que o serviço pode ser ainda uma creche diária para que o cãozinho não fique em casa entediado. “Fazemos tudo de acordo com a orientação do tutor, desde a ração e remédios até os passeios nos horários costumeiros. Brincamos tanto com eles que nem percebem que estão fora de casa”, brinca Solange. “Nunca tive situações de choro ou tristeza entre os cães que estiveram sob minha guarda”, acentua. Com rotina similar, Cibele Varella Torres atua como babá pet há três anos; a diferença é que ela vai até a casa do cliente. “A ideia surgiu no período em que eu estava desempregada; e fui uma das primeiras a oferecer o serviço em Indaiatuba. Escolhi esta atividade porque tenho muito amor aos animais”, afirma. Cibele comenta que tem em torno de 50 clientes, sendo três fixos semanalmente. “Já fiquei 25 dias seguidos em uma casa, e dividia as atividades entre passeios, brincadeiras e cuidados básicos como alimentação e higiene”, lembra. Ela fala ainda que o custo da hora fica entre R$ 35 e R$ 55, dependendo de quantos animais há na casa e da distância que terá de percorrer.
Arrumadinhos e motorizados
Além dos mimos, carinhos e brincadeiras, os pets também podem contar com o serviço de estética na porta de casa. Há três anos, a equipe do TransformaCão oferece o conforto de banho e tosa a domicílio. A iniciativa foi de Ariela Cristina Alves Mancini, que já atua no setor de pet shop há mais de 15 anos. “Após o nascimento do meu filho eu queria um modelo diferente de serviço para animais. Comecei a pesquisar e descobri uma proposta vinda dos Estados Unidos; implantei o projeto por um ano, daí consegui uma empresa que adaptou a van e toquei em frente”, narra. “Hoje temos dois veículos em Indaiatuba, além da unidade fixa que tem sete meses”, destaca. E existe demanda: Ariela declara que são de mil a 1,2 mil banhos por mês. “Os custos giram entre R$ 40 e R$ 160, dependendo do tipo de serviço e do porte do animal”, aponta. “Também ajudamos as ONGS e protetoras de animais, por meio da feijoada que promovemos anualmente, com renda totalmente revertida para o trabalho voluntário. Este ano o evento será no dia 23 de julho, para 300 pessoas”, complementa. Entre os serviços oferecidos pela TransformaCão, Ariela cita a tosa de raças com técnicas específicas, como a trimming, hand stripping, artística, para competição e pista etc. Para completar as novidades oferecidas aos pets, a cidade já conta há quatro anos com o taxi dog. Mariana de Cássia Estevam Roma, e o marido, David Paulo da Silva disponibilizam o serviço 24 horas, com preço único. “Quando iniciamos não existia aqui um taxi dog que atendesse qualquer horário com preço único igual ao nosso”, compara Mariana. O valor do serviço do Dog Taxi é de R$ 50 por corrida (ida e volta). Entre os clientes, o casal auxilia também no atendimento aos animais resgatados pelas ONGs e protetores. “Utilizamos o veículo para recolher animais atropelados ou que necessitem ser deslocados para clínicas; fazemos isso a qualquer hora”, prossegue. “Certa vez atendemos ao caso de uma cadelinha que havia tido filhotes em uma fábrica em Campinas. As ONGs se uniram e conseguiram uma consulta veterinária, e nós a resgatamos. Saber que ajudamos muitos a se salvarem é muito gratificante”, ressalta Mariana. Atualmente, o casal utiliza um veículo popular para o transporte dos animais. “Apenas adaptamos a parte de trás do carro para que os animais viajem confortáveis e seguros”, garante. Divulgação
Equipe TransformaCão, o conforto de banho e tosa a domicílio JUNHO/2017
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