ADRIANA LOURENCINI JEAN LUCAS ALMEIDA PINO
REVISTA BASTIDORES ONLINE
Trabalho apresentado como requisito para a conclusão do curso de Jornalismo, da Faculdade de Comunicação, Artes e Design do Ceunsp Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, sob a orientação da professora Ms. Roberta Steganha.
SALTO – 2013
ADRIANA LOURENCINI JEAN LUCAS ALMEIDA PINO
REVISTA BASTIDORES ONLINE
Trabalho apresentado como requisito para a conclusão do curso de Jornalismo da Faculdade de Comunicação, Artes e Design do Ceunsp Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, sob a orientação da professora Ms. Roberta Steganha.
Salto, 12 de dezembro de 2013
João José de Oliveira Negrão Professor Doutor CEUNSP
Roberta Steganha Professora Mestre CEUNSP
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Aos nossos pais, pelo apoio incondicional, e por sempre acreditarem em nossa vit贸ria.
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AGRADECIMENTOS
Agradecemos a Deus, antes de tudo. Aos nossos pais e familiares, pela paciência e compreensão nos momentos mais tensos, além do apoio moral e, muitas vezes, financeiro, que nos prestaram. Aos nossos mestres, que nos acompanharam, nas conquistas e aflições, dividindo sentimentos mistos de amizade, coleguismo e profissionalismo. Em especial, à Roberta Steganha, nossa orientadora, e o professor Edson Cortez, diretor da Fcad; à Paula Piotto, Fernanda Cobo e Mônica Fernbach, que contribuíram diretamente na produção da Revista Bastidores Online; à Renata Becate, professora coordenadora de Rádio e TV, pelo carinho e amizade. Agradecemos também aos professores que estão longe fisicamente, mas para sempre em nossos corações: Pedro Courbassier, Agnelo Fedel e Fina Tranquilin. Aos estudantes e profissionais que colaboraram com seus textos e entrevistas, e aos que nos auxiliaram imensamente com as ferramentas tecnológicas, como Danilo Lourencini e Jean Frèderic Pluvinage. Aos membros da banca: o professor doutor João José de Oliveira Negrão e a jornalista cultural Fernanda Ikedo, pelas considerações e apontamentos generosos e pertinentes feitos ao nosso trabalho. Aos nossos amigos e colegas de classe, que durante os quatro anos, riram, ficaram tristes, trocaram impressões e, mais que tudo, se divertiram muito conosco. Onde quer que estejam daqui para frente, seja próximos ou muito distantes de nós, que trilhem o caminho do sucesso em suas escolhas. De nossa parte fica a saudade de todos, da construção histórica da faculdade, especialmente o agitado ‘bloco K’, que levaremos sempre, na mente e no coração, em nossa jornada pela vida.
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RESUMO
O presente estudo analisa o conteúdo de jornalismo cultural em crítica cinematográfica sobre o filme “Hitchcock”, nas revistas Bravo! e Veja, e no jornal Folha de S. Paulo, no período de janeiro a abril de 2013. A proposta inclui também uma comparação das capas das revistas Bravo!, de março de 2013, e da publicação norte-americana Life, de fevereiro de 1963 – ambas com imagens idênticas de Alfred Hitchcock. Aqui, realizamos uma reflexão sobre a influência, tanto da obra quanto da pessoa do cineasta, nas mídias culturais da atualidade. Como complemento da pesquisa, produzimos a Revista Bastidores Online, uma publicação virtual de cultura que abrange o município de Indaiatuba e cidades próximas, no interior de São Paulo. PALAVRAS CHAVE: cultura; jornalismo cultural; publicação; entretenimento.
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ABSTRACT
This study analyzes the content of cultural journalism in film criticism about the film "Hitchcock", in magazines Bravo! and Veja, and in the newspaper Folha de S. Paulo, in the period January-April 2013. The proposal also includes a comparison of magazine covers Bravo!, March 2013, and the American publication Life, February 1963 - both with identical images of Alfred Hitchcock. Here, we perform a reflection on the influence of both the novel and the person of the filmmaker, cultural media today. Complementing the research, make the ‘Bastidores Online Magazine’, a virtual publication of culture that encompasses the city of Indaiatuba and nearby cities, in the interior of São Paulo. KEYWORDS: culture; journalism cultural; publication; entertainment.
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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................8
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A EVOLUÇÃO DA CRÍTICA CINEMATOGRÁFICA NAS MÍDIAS ..............10 1.1 Alfred Hitchcock nas mãos da crítica .........................................................14 1.2 A notícia recria e fortalece o mito ...............................................................18
2 O JORNALISMO CULTURAL E OS PRODUTOS DA INDÚSTRIA DO ENTRETENIMENTO ......................................................................................21 2.1 O poder do uso da imagem no jornalismo cultural .....................................21
3 REVISTA BASTIDORES ONLINE .................................................................24 3.1 Desenvolvendo o formato e o padrão gráfico da revista ............................24 3.2 Planejamento e execução das reportagens e pesquisa de imagens .........27 3.3 Participações especiais ..............................................................................40 3.4 Custos ........................................................................................................41
CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................42
REFERÊNCIAS .........................................................................................................44
ANEXO ......................................................................................................................48
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INTRODUÇÃO
Ao se pensar em jornalismo cultural, hoje, devemos compreender sua existência como um ponto onde se cruzam interesses e conhecimentos de diferentes lugares sociais, afetados pelas transformações culturais. Em relação ao espaço da crítica cinematográfica nas mídias jornalísticas, é necessário observarmos a relação da própria crítica com o jornalismo, no qual se insere, e o cinema, de que trata. “Pensamos a crítica jornalística como um espaço que permite que as reflexões e conhecimentos circulem, ganhem visibilidade, atinjam um público amplo, que nem sempre se confunde com o de cinema.” (BARRETO, 2005, p.10). Relacionando-se igualmente ao consumo de cinema, a crítica exibe e chama a atenção para os filmes, podendo (ou não) induzir o leitor a assisti-lo. “E o consumo, aqui, pode ser pensado como espaço de diferenciação e reconhecimento entre seus consumidores, ou até mesmo espaço de reflexão para os analistas da cultura” (BARRETO, 2005, p.10). A posição estratégica dos roteiros e guias culturais no jornalismo cultural diário possibilita ao leitor um retrato da vida cultural da cidade, oferecendo-lhe a possibilidade de escolha dos produtos culturais disponíveis. A crítica “continua a ser a espinha dorsal do jornalismo cultural, não só das revistas. Ela pode ser encontrada em várias publicações específicas mundo afora” (PIZA, 2003, p.28). Como objeto de estudo e análise da crítica no jornalismo cultural, o cinema se constitui um divisor de águas na construção da cultura na sociedade moderna, sendo uma das mídias de maior alcance de massas. Na primeira metade do século XX, como aponta Turner (1997), o cinema já se constituía uma prática social, e fazia parte da vida e da cultura dos grupos sociais – o ato de ir ao cinema se tornou um evento. O pensamento do cinema como prática social já existia e, ainda de acordo com Turner (1997), a cultura é um processo dinâmico produtor de comportamentos, práticas, instituições e significados que compõem nossa existência social. Neste sentido, os filmes atuam como agentes culturais, pois as representações do discurso apresentadas contribuem para dar sentido ao modo de vida e pensamento de determinada época. O cinema torna-se, então, um bem de consumo da indústria
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cultural, onde a forma fílmica consegue se aproximar e até mesmo superar a vida real por meio da ilusão, como aponta McLuhan: O cinema não é apenas a suprema expressão do mecanismo; paradoxalmente, oferece como produto o mais mágico de todos os bens de consumo, a saber: sonhos. Não é por acaso que o cinema se caracterizou como o meio que oferece, aos pobres, papeis de riqueza e poder que superam os sonhos de avareza. (MCLUHAN, 1969, p.327).
A compreensão do sentido de cultura, completamente alterado em nossa sociedade, é um dos vários desafios do jornalismo cultural contemporâneo. Novas temáticas ganham status de cultura, e o jornalista cultural deve tratar os objetos dessa indústria em profundidade e livre de preconceitos. Ao trazer o conhecimento do que era distante, a indústria cultural revelou diferenças já existentes. Sob esse aspecto, as diferenças tornam-se positivas, e a distinção entre as denominadas “alta” e “baixa” cultura perde força, conforme coloca o jornalista Daniel Piza: “[...] a música de um Pixinguinha – negro, pobre, com pouca educação formal – é elitista; [...] é óbvio que um filme de Spielberg é cultura” (PIZA, 2004, p.46). O jornalismo cultural, nesse contexto, vivencia um paradoxo: ao mesmo tempo em que os temas pertinentes a ele cresceram, o seu nível vem caindo, “incapaz de resistir à maquinaria dos entretenimentos e ao culto das celebridades” (PIZA, Crônica Cultural, 22 mai.2011). As resenhas adquiriram um tom de resumo e o artista ganha destaque como personagem, enquanto a obra fica em segundo plano, gerando o personalismo e a superficialidade. Citando Werner Herzog, Daniel Piza diz que o cineasta alemão “também não suporta esse mundo people que não para de aumentar, onde aparência e sucesso valem mais que consistência e originalidade, onde a tal “atitude” pesa mais que o talento” (PIZA, apud HERZOG, Crônica Cultural, 22 mai.2011). É necessário democratizar o conhecimento, seu caráter reflexivo, e o jornalismo cultural torna-se uma prática única e significativa para a sociedade. A principal característica que deu origem ao jornalismo cultural é a de mediar o conhecimento e levá-lo ao maior número de pessoas. Sua função é revelar de forma clara e acessível “que, em toda grande obra, de literatura, de poesia, de música, de pintura, de escultura, há um pensamento profundo sobre a condição humana”
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(MORIN, 2001, p.45), enquanto ferramenta que permite o acesso a muitos do que estava restrito a poucos. O jornalista cultural assume, então, o papel de mediador, responsável por pesquisar, apurar, entrevistar e selecionar as informações, além de desenvolver a capacidade de compreender a obra em questão. Cabe ao jornalista cultural selecionar o que deve ser conhecido e como fazer essa divulgação, com base nos critérios de valor notícia, equilibrando sensibilidade e habilidade reflexiva e crítica. [...] todo jornalista cultural tem de conhecer bem a história e ter noções da técnica de cada arte. Não é preciso ser um grande artista para ser um grande crítico, mas é importante que se tenha pelo menos ensaiado praticar aquela arte de alguma forma. Indispensável mesmo é ter visto os melhores filmes, lido os melhores livros, escutado os melhores discos. E nada de monotonia: o crítico de cinema é ainda melhor quando conhece bastante a literatura e a pintura, e assim por diante. Como se nota, jornalista cultural precisa ser um estudioso, um autodidata. (PIZA, 2003, p.131).
1. A evolução da crítica cinematográfica nas mídias O bom jornalismo informa sem perder a força do acontecimento, conciliando a sensibilidade e a capacidade reflexiva e crítica. Ao se pensar em crítica cinematográfica, hoje, devemos compreender sua existência como um ponto onde se cruzam interesses e conhecimentos de diferentes lugares sociais, afetados pelas transformações culturais. É necessário observarmos a relação da crítica com o jornalismo, no qual se insere, e o cinema, de que trata. Em seus primórdios, o cinema era apenas de predominância das imagens, sem um código próprio e misturado a outras formas de cultura, como o teatro, as revistas ilustradas e cartões postais. Esse período coincide com a fase de profissionalização e modernização do jornalismo que faz surgir a crítica cinematográfica na imprensa. A supremacia econômica hollywoodiana consolida-se com o sistema dos grandes estúdios (Studio system), que se baseava na sedimentação dos gêneros narrativos e um método de organização do trabalho voltado à maximização dos lucros. Havia ainda as vanguardas, que influenciaram tanto o jornalismo cultural quanto o cinema nos primeiros anos do século XX. Isso levou a uma visão do
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cinema como instrumento de comunicação inovador e revolucionário, que se impunha sobre os valores estéticos tradicionais. Firmando-se como arte e aliado às novas tendências culturais, o cinema deixa de pertencer ao âmbito apenas popular e chama a atenção do erudito, conquistando o status de ‘sétima arte’. A crítica de cinema passa a ocupar o espaço cultural de jornais e revistas, ainda que de forma pouco expressiva, prendendo-se apenas ao noticiário e à publicidade. O texto passa de nota informativa a uma avaliação e breve análise dos filmes. O crítico que surge na efervescência dos inícios do século XX, na profusão de revistas e de jornais, é mais incisivo e informativo, menos moralista e meditativo (que os críticos europeus do século XIX). No entanto, continua a exercer uma influência determinante, a servir de referência não apenas para leitores, mas também para artistas e intelectuais de outras áreas. (PIZA, 2003, p.20).
As primeiras revistas especializadas surgiram somente nos anos 1920, como a francesa Ciné-Club. Nessa época também foram criadas as associações, os cineclubes e as cinematecas. Era o auge do cinema mudo (1918-1929), em seu desenvolvimento técnico, linguístico e industrial. A Europa se firmava como centro artístico e cultural, funcionando como local de pesquisas e experiências. A supremacia econômica hollywoodiana consolida-se com o sistema dos grandes estúdios (Studio system), que se baseava na sedimentação dos gêneros narrativos e um método de organização do trabalho voltado à maximização dos lucros. (COSTA, 1987, p.65). Havia ainda as vanguardas, que influenciaram tanto o jornalismo cultural quanto a sétima arte nos primeiros anos do século XX. Isso levou a uma visão do cinema como instrumento de comunicação inovador e revolucionário, que se impunha sobre os valores estéticos tradicionais. Neste contexto, a crítica de cinema passa a ocupar o espaço cultural de jornais e revistas, ainda que de forma pouco expressiva, prendendo-se apenas ao noticiário e à publicidade. Também nos anos 1920, o Brasil contava com duas publicações especializadas, como ‘Tela’ e ‘Palcos e telas’. O texto passa de nota informativa a uma avaliação e breve análise dos filmes. No final da década, são lançadas outras duas publicações: ‘Cinearte’ e ‘Fan’, com discussões de teor estético. (COSTA, 1987, p.65).
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A década de 1930 é assinalada pela introdução do som nos filmes, e marca o início da era de ouro do cinema de Hollywood, que se estende até os anos 1950. Na década de 1940 as críticas de cinema apresentavam um formato distinto, constituído por crônicas ou pequenos ensaios poéticos. Após a guerra, surge um cenário de riqueza na produção da crítica cinematográfica. [...] a grande época da crítica em jornal no Brasil começaria também nos anos 40 e se estenderia até o final dos anos 60. (PIZA, 2003, p. 34).
Em 1951, André Bazin e Jacques Doniol-Valcroze lançam, na França, a revista Cahiers du Cinema, desenvolvendo as bases para uma nova corrente crítica do cinema: a política dos autores, que tinha o objetivo de superar o impressionismo dominante entre os críticos e analisar a composição visual e plástica do cinema. A crítica cinematográfica ganhou corpo no Brasil apenas nos anos 1950, momento de modernização da sociedade, com intensa atividade cultural. Os cadernos de cultura ganham mais espaço nos grandes jornais diários, e surgem novos suplementos literários. Neste período jornalistas especializados começaram a ocupar as redações. No entanto, os suplementos e publicações nessa fase não eram dirigidos ao grande público, e sim aos seus pares, os que pertenciam à ”roda”. Os temas abordados não eram abrangentes e a forma de tratá-los não era acessível ao leitor médio. A crítica começou a ocupar mais e mais espaço nos grandes jornais diários e revistas de notícia semanais, na chamada ‘grande imprensa’. Embora não pudesse ter a extensão dos textos de uma revista segmentada e fosse obrigada a evitar excesso de jargões e citações, essa crítica logo ganhou poder, justamente por ser rápida e provocativa. (PIZA, 2003, p.28).
Além do espaço garantido pela mídia impressa, os cineclubes eram locais que propiciavam contato próximo com o cinema. Lá eram exibidos os filmes em cartaz, além da realização de retrospectivas, cursos e debates. Ao longo da década de 1950, o “cinema moderno” foi marcado por inovações tecnológicas. Há uma transformação na crítica, por meio de autores que buscavam refletir o seu papel, estabelecendo novos conceitos. “Desenvolve-se um vocabulário mais especializado para tratar dos filmes, o escopo das análises se amplia, abrangendo técnica e estética cinematográficas, e os críticos passam a especializar-
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se na função” (BARRETO, 2005, p.32). Nessa época, as publicações especializadas geralmente possuíam a característica de serem dirigidas apenas aos que pertenciam ao grupo, e não ao grande público. “[...] os temas abordados não eram abrangentes e a forma de tratá-los não era acessível ao leitor médio” (BARRETO, 2005, p.28). O cinema moderno, em contraponto com a produção de entretenimento, foi considerado como parâmetro por muitos críticos brasileiros, tanto para filmes estrangeiros como nacionais. A produção nacional da época não era reconhecida como legítima. O cinema industrial americano ainda tinha a preferência do grande público; no âmbito nacional, a chanchada ocupava esse espaço no gosto das massas.
A crítica passou a ter outra função: a de inculcar na mente dos
espectadores a consciência cinematográfica nacional, propondo à ‘educação’ do público. Afinal, as massas precisam adquirir a noção de valor das obras artísticas. O crítico, então, não negava o entretenimento, mas mostrava ao leitor a outra face do cinema. Aqui, a crítica se transforma, tentando estabelecer novos conceitos, pensando sobre os diferentes contatos com o cinema e sua relação com o espectador. As novas técnicas de produção e os avanços tecnológicos fizeram de 1950 até 1970, um dos períodos mais ricos na história do cinema. Houve uma explosão de críticas em publicações não especializadas, e estas continham um teor didático, destinadas ao público leigo. A imprensa ampliava as discussões dos intelectuais sobre cinema, tornando-as mais populares, aumentando a visibilidade do cinema em si e da forma de pensá-lo. A crítica, por sua vez, exercia o papel social de informar e incorporar o público. Em relação ao cinema, a crítica assume a postura analítica, para assim interpretar e entender as novas formas cinematográficas. “Vemos embutida em todas elas a ideia de ação e não apenas de reflexão, dando à crítica, e a seus produtores, um papel ativo nas modificações do cinema nacional e da consciência do público” (BARRETO, 2005, p.34). A ‘Revista de cinema’, publicação mineira lançada em 1954, nasceu da preocupação
com uma
discussão
aprofundada
e
reflexiva
sobre
a
arte
cinematográfica. A inserção de artigos em jornais diários, submetidos à urgência de
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fechamento de edições, tornava o texto superficial, pouco abrangente, aumentando a carência de revistas especializadas sérias. A trajetória da crítica cinematográfica passou por quatro mudanças essenciais: primeira, a aceitação do cinema como obra de arte; segunda, o desenvolvimento do próprio cinema, sua consolidação, transformação histórica e os diversos gêneros; terceira, a progressão dos pensamentos teórico e analítico sobre cinema, com a utilização de termos específicos e a preocupação com a técnica / linguagem cinematográfica;
quarta,
as
transformações
no
jornalismo,
por
meio
da
especialização dos críticos e sua dedicação integral ao cinema. A crítica de cinema fala sobre a “paixão de ver cinema, de pensar, de debater, de escrever sobre cinema. Dar sentido ao mundo e à vida através do cinema” (LUNARDELLI, 2008, p.11). Dessa forma, a crítica se posiciona como um mediador entre o filme e a plateia, ou entre o filme e seus realizadores. O trabalho do crítico é, primordialmente, o de conselheiro ou assessor do espectador. Sem entrar a fundo no conteúdo do filme, porque isso acabaria com o elemento surpresa ou pelo menos de novidade que constitui um de seus atrativos, dirige a atenção do futuro espectador para determinados aspectos do filme, tanto positivos como negativos, a fim de proporcionar uma vivência cinematográfica mais completa. (DEL POZO, 1970, p.16).
A análise da trajetória da crítica de cinema deve ser relacionada à evolução dos espectadores e sua relação tanto com o universo cinematográfico quanto com o jornalismo. O formato da crítica mostra como se estabelecem as relações com os leitores, o que eles buscam e desejam no consumo dessa crítica e a qualidade / quantidade de informações sobre cinema que esperam encontrar nas publicações. O jornalismo também passou por transformações significativas, a começar com a especialização dos críticos. Houve progresso do pensamento teórico, crítico e analítico sobre cinema, lançando mão de termos específicos e maior preocupação com a técnica e a linguagem cinematográfica. 1.1 Alfred Hitchcock nas mãos da crítica A prática jornalística possui um duplo papel no jornalismo cultural: informação da atualidade e prestação de serviços. Os textos mais analíticos, escritos, em sua maioria, por especialistas, revelam uma postura mais reflexiva, que pendem mais
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para o autoral do que para o informativo. Para José Salvador Faro, reflexão e informação se juntam no jornalismo cultural para estruturar a produção especializada. “[...] situado fora do âmbito da factualidade do jornalismo convencional presente em outras editorias [...] tendo como foco principal a construção de um sentido organizador da crítica conceitual que se desdobra, invariavelmente, numa estrutura analítica que a coloca como veiculadora de percepções que extrapolam o objeto sobre o qual se debruça” (FARO, 2003, p.1-3). O jornalista, como peça importante na criação da reportagem jornalística deve dar credibilidade à matéria sobre determinado filme ou festival de cinema. Basicamente, a função do crítico de cinema é assistir aos filmes e produzir resenhas críticas sobre eles. Entre as principais características de um bom crítico estão: a imparcialidade, conhecer teoria cinematográfica, avaliar, e principalmente, estudar (com foco no processo de criação da película) o filme pelo qual se propôs analisar. A rigor, a função da crítica de cinema é ajudar o espectador a percorrer o itinerário do filme com um mínimo de conhecimento da sua linguagem, de modo a permitir que se reconheça, durante o trajeto, aquilo que é importante e o que não é. Uma função, portanto, que, mesmo antes de se reportar à apreciação estética da obra considerada no seu conjunto, incide sobre a sua sucessiva "racionalização", quer dizer, a tradução em termos lógico-discursivos do sentido poético que ela exprime através dos procedimentos de significação que lhe são próprios. É necessário que o aspirante a crítico construa primeiro um repertório para depois se aventurar na análise fílmica. A crítica é a arte da paciência. (SETARO, 2010).
Neste contexto, a revista especializada Bravo!, publicação da Editora Abril, em sua editoria de cinema, apresenta temas variados, entre os quais entrevistas com diretores, estreia de filmes e tendências de gêneros. A matéria de capa da edição do mês de março (187) traz catorze páginas sobre o filme ‘Hitchcock’. O texto de Inácio Araújo revela o perfil da revista Bravo!, enquadrado no intermediário entre a produção noticiosa e analítica, repartindo os espaços entre função informativa e opinião crítica. Para o crítico da revista, o filme Hitchcock retrata um momento-chave na vida do diretor – a produção do longa Psicose, em 1960. Entre imagens de Psicose e do novo filme do britânico Sacha Gervasi, a revista traça um paralelo do perfil do mestre do suspense (como ficou conhecido Hitchcock) na vida real e o exibido no longa de Gervasi. Segundo Inácio Araújo, “a boa acolhida de Psicose fez com que Hitch se afirmasse de vez diante da indústria [...]” (ARAÚJO, revista Bravo!,
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mar.2013, p.22). O crítico finaliza a reportagem com uma definição da personalidade do célebre diretor: [...], o público, que foi inteiramente subjugado. O cineasta conseguiu dirigir as emoções dos espectadores como se rege uma orquestra. Hitchcock seria um monstro caso não provasse, filme após filme, crise após crise, que seus sentimentos e intuições, por mais malévolos e perversos que fossem, coincidiam com o que o público experimentava. [...] Só mesmo o torturado Hitch, com seu terror e seu humor, era capaz de mostrar as belezas e as feiuras, as grandezas e os horrores de que somos feitos. [...] nunca foi tão incisivo quanto em Psicose. (ARAÚJO, revista Bravo!, mar.2013, p.22-23).
Além da reportagem de Araújo, a edição 187 da Bravo! contém ainda o texto do crítico André de Leones, que aborda o comportamento ameaçador de Hitchcock em relação à atriz Janet Leigh, protagonista de Psicose, e conta com a contribuição da jornalista e mestre em cinema, Lúcia Monteiro, que elenca as obras de artistas mundiais influenciados pelo mestre do suspense e seu legado. A função textual aqui é primordialmente referencial, informando o leitor sobre determinado fato. O texto jornalístico, como qualquer outro, tem muitas funções textuais, mas, neste caso, se sobressai a função referencial. Os elementos não verbais presentes na reportagem auxiliam o leitor a compreender melhor o texto e oferecem informações extras, como a imagem do artista Zed Nesti (fig.1), que abre a reportagem e é complementada pelo título composto de elementos emblemáticos de Psicose. A revista Veja, também da Editora Abril, em sua edição online da primeira semana de março de 2013, traz uma reportagem sobre o lançamento do filme Hitchcock e o título se refere ao diretor como o “Cézanne do cinema”. A comparação é do jornalista e roteirista Stephen Rebello, em entrevista a Meire Kusumoto. Rebello é autor do livro Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose, que deu origem ao longa, e foi o último jornalista a entrevistar o cineasta, em 1980. Para Rebello, “o estilo de Hitchcock se destaca daqueles que abordam os mesmos temas que ele. [...] um chamado tema “mundano” pode inspirar algo transcendente” (KUSUMOTO, apud REBELLO, Hitchcock, o Cézanne do cinema, 2013).
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Fig.1 – Reprodução da imagem de Zed Nesti para a reportagem da revista Bravo!, mar.2013, p.13.
Fonte: http://bravonline.abril.com.br/materia/bravo-entrevista-zed http://bravonline.abril.com.br/materia/bravo zed-nesti
Dois meses antes, na edição 2303 (impressa), Veja traz Hitchcock à cena na matéria intitulada “Janela indiscreta”, de Marcelo Marthe, que faz uma crítica do telefilme britânico The Girl, Girl, que estreou no Brasil pela HBO americana (em coprodução com a rede inglesa BBC). Para Marthe, o telefilme expõe o lado sombrio do diretor, mostrando “como os componentes perversos de filmes como Janela indiscreta (1954) e Psicose (1960) se entrelaçam com os desvãos da personalidade de seu criador” (MARTHE, revista Veja, janeiro 2013, p.96). 96). O crítico também fala sobre o perfil erfil obsessivo do mestre do suspense, especialmente em relação às atrizes loiras, protagonistas de seus filmes: “Hitchcock (1899-1980), 1980), é verdade, era um obsessivo em relação a tudo o que se referia a seus filmes, dos planos de câmera cirúrgicos à simbologia ogia dos figurinos. Mas as estrelas femininas eram sua maior fixação. Sempre as platinadas, por sinal – de Madeleine Carroll a Kim Novak, passando por Grace Kelly e Doris Day” (MARTHE, revista Veja, janeiro 2013, p.97).
Saindo do âmbito das revistas, o caderno Ilustrada,, do jornal Folha de São Paulo,, publicação do Grupo Folha, também traz em seu conteúdo referências sobre a célebre figura de Alfred Hitchcock. Na matéria de 5 de fevereiro de 2013, Rodrigo Salem assina a reportagem sobre o filme Hitchcock,, de Sacha Gervasi, tomando por base de seu texto a entrevista com o jornalista Stephen Rebello. Rebello. Sob o título “Siga o mestre”, a crítica de Salem é linear, abordando mais a relação de Rebello com o mestre do suspense e o desenvolvimento de sua obra literária literá Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose,, do que a película cinematográfica em si. É digna de nota a imagem que acompanha a reportagem da Folha (fig.2):: o ator Antony Hopkins
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(intérprete de Hitchcock no filme), é retratado de perfil, ocupando a primeira prim página inteira do carderno Ilustrada. Ilustrada A figura foi toda recortada em formas geométricas, como se fosse um quebra-cabeça quebra representando as peças que Hitchcock nos apresenta em seus filmes. Nessas peças soltas, estão inseridos textos e imagens com o tema “Hitchcock”. Em torno do nome Ilustrada e do título da matéria, sobrevoam vários pássaros negros, uma referência à emblemática produção: produção Os Pássaros, de 1963. A Folha também traz outra crítica do filme Hitchcock, dessa essa vez assinada por Cássio Starling Carlos. O crítico demonstra de forma explícita, já no título, seu desagrado em relação ao longa, quando diz que “Hitchcock reduz o cineasta à caricatura”. Mais adiante, no quarto parágrafo, Cássio dispara: “é o típico filme que não serve para nada”, e finaliza finaliza orientando o leitor que deseja conhecer melhor o diretor, que o procure direto na fonte, Psicose,, já que o filme de Gervasi “só apresenta tipos, sem nunca revelar algum aspecto revelador da pessoa atrás da persona” (CARLOS, Hitchcock reduz cineasta à caricatura, mar.2013). 2013). Fig.2 – Detalhe da reportagem “Siga o mestre”, caderno “Ilustrada”, Folha de SP, 5 fev.2013, p.E1.
Fonte: http://acervo.folha.com.br/fsp/2013/02/05/21/
1.2 A notícia recria e fortalece o mito A notícia é concebida como sendo uma construção social, ou seja, é o resultado de um processo desenvolvido por vários agentes. Assim, na seleção das notícias, os jornalistas podem agir sob a influência de uma cultura e identidade id próprias, ou de acordo com interesses externos ao campo de poder. Esse processo
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carrega em si várias etapas de decisão (gatekeeping), normalmente sujeitas a uma pressão fundamental: o tempo – ali atuam os valores-notícia. Para Traquina (2005), os valores-notícia se constituem no elemento central da cultura jornalística. Mas o que é notícia, como estabelecer critérios de noticiabilidade? Traquina esclarece: [...] é simultaneamente simplista e minimalista: a) simplista porque, segundo a ideologia jornalística, o jornalista relata, capta, reproduz ou retransmite o acontecimento. Segundo a metáfora dominante no campo jornalístico, o jornalista é um espelho que reflete a realidade. O jornalista é simplesmente um mediador; e b) minimalista porque, segundo a ideologia dominante, o papel do jornalista como mediador é um papel reduzido. (TRAQUINA, 2005, p.62).
Existe uma diferença entre valores que determinam o que é notícia e os valores do jornalismo em épocas distintas. De acordo com Traquina (2005), os maiores valores atuais do jornalismo se dividem em dois polos: o ideológico (serviço público) e o econômico (negócio). Dessa forma, o jornalismo, ao valorizar as notícias de importância social, oferece o que o leitor precisa saber. As notícias com alta dose de interesse têm a função de satisfazer a curiosidade e preenchem as necessidades de entretenimento e diversão do público – é aquilo que o leitor está ávido em saber, mas que não irá representar qualquer utilidade para sua vida na sociedade. No segundo polo se encaixa o mito de Alfred Hitchcock. A própria notoriedade de Hitchcock no cenário cultural já o configura como valor-notícia, no impacto que seus filmes causam no imaginário humano. As produções hitchcockianas para o cinema trabalham com elementos como: morte, assassinato, mistério, suspense, horror. Para Traquina, a morte é um valor notícia fundamental “e uma razão que explica o negativismo do mundo jornalístico que é apresentado diariamente nas páginas do jornal ou nos écrans da televisão” (TRAQUINA, 2005, p.79). Em suma, as pessoas sentem prazer em experimentar o medo – vivenciar, através da tela, emoções que não seriam agradáveis ou desejadas na vida real, muitas vezes tão maçante e monótona. Para Howard Philips Lovecraft, escritor norte-americano do gênero terror, “a emoção mais forte e mais antiga do homem é o medo,
e a espécie mais forte e mais antiga de medo é o medo do
desconhecido”. Sobre a recepção do público em relação aos filmes do mestre do suspense, o autor Stephen Rebello afirma:
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Os noticiários de TV e os filmes europeus, mais adultos e francos, estavam levando as expectativas do público rumo a uma apreensão mais corajosa da realidade na tela. Que bom para Psicose, que expunha o esqueleto de boca arreganhada por baixo dos ritmos e rotinas do cotidiano — o trabalho diário, as relações que exigem esforço, os sonhos adiados, os locais ermos. Psicose acontecia num mundo muito mais próximo daquele em que a maioria dos frequentadores de cinema vivia. Hitchcock, que nasceu filho de um quitandeiro do East End no sobrado sobre a loja do pai, se sentia ao mesmo tempo fascinado e horrorizado por esse mundo. (REBELLO, 2013, p.42).
Em se tratando da obra de Hitchcock, ou qualquer outra produção cultural que se refira a ele, o fator tempo se configura como valor-notícia. De acordo com Traquina (2005, p.82), “um assunto ganha noticiabilidade e permanece como assunto com valor-notícia por um tempo mais dilatado”. Assim, Hitchcock, o diretor e a obra cinematográfica, que ganharam notoriedade há décadas, continuam despertando a curiosidade, se transformando em notícia e se recriando continuamente. A notabilidade também possui valor-notícia para a comunidade jornalística, já que Alfred Hitchcock é detentor da “qualidade de ser visível, de ser tangível” (TRAQUINA, 2005, p.82). Na visão de Stephen Rebello, ele (Hitchcock) “era um visionário, um feiticeiro na técnica, um mestre em enquadramento e composição. Ele era capaz de suscitar emoções raras e complexas” (KUSUMOTO, apud REBELLO, Hitchcock, o Cézanne do cinema, 2013) – ingredientes suficientes para elevar o cineasta à categoria de “notável”. Outra característica que confere valor-notícia a Hitchcock e sua extensa obra na senda do suspense é a contextualidade. Os leitores da Bravo!, da Veja e da Folha possuem uma bagagem cultural suficiente para saber quem é Alfred Hitchcock e o perfil psicológico do diretor e de sua obra. Mas, então, por que este público ainda se interessa por notícias sobre Hitchcock? O que eles ainda desejam saber? A resposta está na definição sucinta do admirador e seguidor, Rebello: Então, tantos anos depois do lançamento de Psicose, o filme continua a ser o parâmetro a partir do qual muitos outros são avaliados. Em 1960, durante a turnê promocional, quando Alfred Hitchcock falou sobre Psicose para um dos numerosos repórteres que o assediavam, comentou: ‘É um filme muito bom, mas o mais importante é que é o primeiro filme chocante que eu já fiz. Meus filmes anteriores eram de suspense. Esse vai,
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literalmente, chocar o público.’ O fato é que o mais famoso e um dos mais imitados de todos os filmes de Hitchcock, por todo o seu poder instantâneo sobre o público e seu impacto de longo alcance no cinema internacional, não desnorteou e afetou ninguém de forma mais irrevogável do que a seu próprio diretor. (REBELLO, 2013, p.206).
2. O jornalismo cultural e os produtos da indústria do entretenimento Tanto a crítica (jornalismo cultural) quanto o cinema propriamente dito estão sob o contexto da indústria cultural, ou seja, um processo que impõe regras e limites. Na época da comunicação de massa e da intensa comercialização da arte, a ânsia por notoriedade e publicidade, faz com que o produtor trabalhe mais pela repercussão de seu trabalho do que pela obra em si. Assim, o circuito de produção, difusão e consumo da arte converge com o circuito de produção, difusão e consumo de notícias. Por isso é importante o jornalista entender a lógica e os procedimentos que norteiam a atuação da indústria cultural. No entanto, se o jornalismo cultural não questiona ou dialoga de forma crítica, não seleciona ou cria espaço para propostas alternativas, ele abre uma brecha para que a indústria cultural se sinta à vontade para reproduzir incessantemente os mesmos padrões estéticos e temáticos, transformando obras culturais em produtos distribuídos em série. Ao simplificar tudo, o jornalismo acaba tornando seu espaço cultural em mero entretenimento. O jornalismo cultural possui grande importância na ampliação da cidadania cultural, realizando uma abordagem não apenas determinada pelo agente produtor, mas com foco também no receptor. Faz-se necessário compreender e trabalhar o olhar de quem recebe (consome) a cultura, como o receptor decodifica as mensagens. Dessa forma, será cumprida a missão de um jornalismo que amplia o conceito e as manifestações de cidadania nos locais onde atua, privilegiando o espectro local sem detrimento do global. 2.1 O poder do uso da imagem no jornalismo cultural A imagem é um poderoso instrumento de comunicação que pode ser utilizado com os mais variados objetivos. Para o professor norte-americano John B. Thompson (2011), o uso de símbolos é um traço distintivo da vida humana. Uma imagem carrega em si diversos símbolos – que lhe conferem sentido e mostram o que o emissor quis transmitir ao receptor. Para uma correta análise dos padrões de
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significado de uma imagem, é importante que se faça a análise cultural, conforme aponta Thompson: [...] concepção simbólica [...] cultura é o padrão de significados incorporados nas formas simbólicas, que inclui ações, manifestações verbais e objetos significativos de vários tipos, em virtude dos quais os indivíduos comunicam-se entre si e partilham suas experiências, concepções e crenças. (THOMPSON, 2011, p.176).
A proposta apresentada é a análise da capa da edição 187, março de 2013, da revista Bravo! (que encerrou as atividades em agosto de 2013). A mesma imagem foi divulgada pela primeira vez em fevereiro de 1963, na capa da publicação norteamericana ‘Life’, de autoria do fotógrafo Philippe Halsman. A análise da imagem se apoia na teoria semiótica do filósofo norte-americano Charles Sanders Peirce (1983) e, de acordo com sua dinâmica, os signos presentes são icônicos, ou seja, a relação entre as coisas em que eles aparecem e as coisas que eles representam possui caráter imitativo. Dessa forma, percebendo-se “isto” lembra-se imediatamente “daquilo”. A escolha da fotografia feita pelas revistas (figs. 3 e 4), com Hitchcock rodeado por corvos, remete ao lado sombrio e ao comportamento sádico, muitas vezes identificados nas produções e no perfil do cineasta. De acordo com Rebello (2013), Os Pássaros é a obra na qual o diretor atinge o ápice do sadismo. As formas simbólicas presentes nas aves remetem ao terror, ao sobrenatural, e o mestre do suspense apreciava jogar com esses elementos. O próprio Hitchcock declarou à imprensa na época de lançamento de Os pássaros: Já produzi vários filmes cujo maior objetivo era enfeitiçar e assombrar o espectador. Como tais histórias traziam muito entretenimento, elas cumpriam sua função. Desta vez, porém, introduzi um tema sério sob a diversão. Existe um terrível significado espreitando logo abaixo da superfície de choque e suspense de Os pássaros. E, quando vocês descobrirem, seu prazer será mais do que dobrado. (REBELLO, 2013, p.197).
O termo “formas simbólicas” foi utilizado por Thompson para “se referir a uma ampla variedade de fenômenos significativos, desde ações, gestos e rituais até manifestações verbais, textos, programas de televisão e obras de arte” (THOMPSON, 2011, p.183). Os corvos estão diretamente ligados à imagem de Hitchcock, e levam nosso pensamento diretamente ao gênero que o consagrou no
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cinema: o horror – esta é a mensagem subliminar na imagem que estampa as capas da Life e da Bravo!. Fig.3 – Capa da revista ‘Bravo!’, edição 187, mar.2013.
Fonte: http://bravonline.abril.com.br/revista#edicao-0187
Fig.4 – Capa da revista americana ‘Life, edição de fev.1963.
Fonte: http://www.2neatmagazines.com/life/1963.html
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3. Revista Bastidores Online A Revista Bastidores Online nasceu da necessidade de uma publicação cultural na região do interior de São Paulo, especificamente em Indaiatuba e cidades próximas, pois observamos que havia dados insuficientes sobre os eventos culturais. O leitor de cultura quer saber qual o enredo e as peculiaridades do filme que está com vontade de assistir, e deseja conhecer as curiosidades e detalhes que estão por trás dos espetáculos. O consumidor cultural não se contenta com meras sinopses, que falam em meia dúzia de palavras sobre seu filme ou CD favorito. Ele quer saborear os lançamentos, e isso vai muito além da compra de um ingresso ou da aquisição de uma mídia de áudio ou vídeo. É nesse contexto que vemos a cultura, e foi pensando nisso que desenvolvemos a Revista Bastidores Online, afinal, a diversão de nossos leitores começa assim que eles visualizam a primeira página. 3.1 Desenvolvendo o formato e o padrão gráfico da revista Iniciamos a confecção de nosso produto no mês de agosto de 2013. Decidimos por uma publicação mensal, sendo a primeira edição no mês de novembro. Em período anterior, especificamente no mês de fevereiro, criamos o grupo ‘Jornalismo Cultural’, no Facebook, a fim de facilitar a comunicação entre os membros do grupo e agilizar as atividades. Por meio do grupo, trocamos impressões, arquivos de texto e imagem, informações, novidades etc. No caso de envio de arquivos maiores, impossibilitados de serem enviados por este canal, disponibilizamos também pastas no site ‘Dropbox’, que permite armazenamento de arquivos mais pesados, que podem ser compartilhados. Após a entrega do artigo científico e da primeira parte de nosso projeto de pesquisa, a providência imediata foi criar um e-mail para recebermos os informes das Assessorias de Imprensa, assim como reservar um domínio no site ‘Issuu.com’ para a divulgação de nosso produto, ou seja, a revista virtual. Assim, no dia 10 de agosto abrimos a conta de e-mail ‘culturaimpr@gmail.com’. Nessa época ainda não havíamos definido o nome de nossa revista. As propostas iniciais foram: ‘Rotas de Cultura’, ‘Rota Cultural’ e ‘Clap’. A dúvida permaneceu por um tempo e, por fim, no
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mês de setembro foi feita a escolha definitiva do nome: ‘Revista Bastidores’. Ao mesmo tempo, inserimos o slogan da revista, que era: ‘A sua revista de cultura’. Ao apresentarmos o título à professora Roberta Steganha, esta sugeriu efetuarmos um pequeno acréscimo, para que o nome não ficasse tão comum. Então, resolvemos acrescentar a palavra ‘online’, já que a publicação é virtual. Ainda em setembro, desenvolvemos o logotipo da revista, utilizando o programa ‘Corel Draw’. A fonte utilizada para o nome foi a ‘Freehand575 BT’, devido a seu formato despojado, divertido, ligado ao objetivo principal da publicação, que é a proposta de oferecer ao leitor a diversão e o lazer a partir da leitura das reportagens culturais. Quanto a cor, a princípio era prata (fig. 5). Mais tarde, ao ver o logotipo posicionado na capa da revista, percebemos que o mesmo ficou muito apagado, sem expressão. Foi então que o colega Jean Lucas sugeriu utilizarmos a cor laranja (fig. 6), por ser mais chamativa e alegre. Fizemos uma rápida pesquisa na internet, e encontramos informações sobre a tonalidade que nos deu a certeza de termos feito a escolha certa: A cor laranja significa alegria, vitalidade, prosperidade e sucesso. [...] Está associada à criatividade, pois o seu uso desperta a mente e auxilia no processo de assimilação de novas ideias. Energia, entusiasmo, comunicação e espontaneidade são palavras chave associadas ao laranja. [...] é uma das tonalidades que lembra verão, calor, diversão, liberdade e atitudes positivas. (Site Significados). Para as palavras ‘Revista’, ‘Online’ e o slogan, optamos pela fonte ‘Eras Demi ITC’, na cor preta (exceto para a capa da primeira edição, que possui fundo escuro, e tivemos de manter a cor laranja para as palavras também). Esta fonte foi escolhida também por seu formato que, em nossa opinião, inspira diversão, movimento. Fig.5 – Ideia inicial do logotipo, nas cores prata e preto, com o slogan.
A sua revista de cultura Arte: Adriana B. Lourencini
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Fig.6 – Logotipo final, com acréscimo da palavra ‘Revista’ e alteração do slogan.
Arte: Adriana B. Lourencini
A etapa seguinte foi reservar o domínio do espaço no site de publicações ‘Issuu.com’. O site é gratuito e permite que o usuário armazene determinada quantidade de publicações, seja jornal, revista etc. O ‘upload’ é feito com o arquivo em PDF. Como Adriana já possui um perfil no Issuu, a primeira edição da Bastidores Online
foi
hospedada
no
endereço:
http://issuu.com/adrianabrumerlourencini/docs/bastidores_1___edi____o_issuu. Mais tarde, após a criação do site, disponibilizamos o link para a revista. Dando continuidade ao projeto, iniciava-se a fase de escolha das editorias. Nossa intenção era realizar a cobertura de todas as formas de eventos culturais, destinados ao público a partir de 20 anos até aproximadamente os 50 anos, homens e mulheres da região. As coberturas abrangeriam as cidades de Indaiatuba, Salto, Itu, Sorocaba, Campinas e, eventualmente, Jundiaí e demais municípios próximos. Nosso público é consumidor de cultura, mas não possui conhecimentos aprofundados. Seu perfil é intermediário – não participantes de eventos de periferia (como bailes funk, por exemplo), nem de espetáculos especificamente ‘Cult’ – compreendendo pessoas que frequentam eventos do circuito comercial. Então, tomando por base as necessidades do público com perfil acima, dividimos a revista da seguinte forma: •
Artes – com reportagens sobre trabalhos artísticos em destaque;
•
Audiovisual – matérias referentes a programas de televisão;
•
Cinema
–
trajetória
do
horror
e
do
suspense
cinematográficas; •
Dança – espetáculo que obteve destaque e repercussão;
nas
produções
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•
Em Foco – pessoas e eventos que se sobressaíram no período. Escolhemos abordar a presença de atores brasileiros no filme ‘Elysium’, lançado em setembro no Brasil;
•
Fotografia – texto da professora Ms. Paula Piotto e reportagem sobre concurso fotográfico ‘Olhares da Cidade’;
•
Games – principais lançamentos do gênero em 2013 (texto do aluno de Cinema Victor Lopes Queiroz);
•
Literatura – reportagem com o jornalista e escritor Laurentino Gomes, principais lançamentos literários e novos autores da região;
•
Música – cobertura do Festival de Rock 2013, destaque para bandas e eventos musicais do período;
•
Teatro – destaque para os espetáculos ‘O Pequeno Príncipe’, ‘Irmã Selma e seu Terço Insano’;
•
Programação – principais eventos de cinema, música, exposições;
•
Vídeo – lançamentos recentes em DVD e Blu-Ray, resenha sobre vídeo, eventos sobre o tema.
Em seguida, desenvolvemos o formato da revista, que seria confeccionada utilizando-se o programa ‘InDesign’. O modelo escolhido foi o padrão – 20 x 26,5 cm – duas colunas. O número de páginas ainda não havia sido definido (apenas a quantidade mínima de 32 páginas). A fonte escolhida para os textos e linhas finas foi a ‘Garamond’, tamanho 11, regular; para os títulos das reportagens, a ‘Lithos Pro’, com variações no tamanho, de acordo com a diagramação; para o editorial, optamos pela ‘Eras Demi’; e para as editorias, a fonte escolhida foi a ‘Nightclub’. A fonte ‘Garamond’ oferece sofisticação, além de ser de fácil visualização e leitura, enquanto a ‘Lithos Pro’ e a ‘Nightclub’ proporcionam uma estética mais livre, não sóbria, mais apropriada a uma publicação de cultura. 3.2 Planejamento e execução das reportagens e pesquisa de imagens Agosto
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Como a primeira edição da revista ficou definida para novembro, pensamos que deveríamos priorizar as notícias de cultura do mês de outubro (eventos realizados) e as que estavam por vir, nos dois meses seguintes. No entanto, em agosto identificamos alguns eventos relevantes, com valor notícia agregado, e que seria interessante mencioná-los. Dessa forma, no dia 24 de agosto (sábado) foi realizada a entrevista com a escritora iniciante Adelisa Maria Albergária P. Silva, que lançou seu livro ‘O que Realmente Importa’, em tarde de autógrafos no Centro Integrado de Apoio à Educação de Indaiatuba (Ciaei), em Indaiatuba. A entrevista foi realizada por Adriana, que se dirigiu ao local com seu veículo, por volta das 15h30, e lá permaneceu até às 17h, captando informações e imagens. O custo dessa reportagem foi baixo, já que o mesmo foi realizado na cidade em que Adriana reside, sendo o Ciaei localizado a cerca de 5 quilômetros (10 minutos) de sua casa. Ainda no mês de agosto, o ator Octávio Mendes apresentou em Indaiatuba (no Ciaei) seu espetáculo ‘Irmã Selma e seu Terço Insano’, em temporada pelo Brasil. O artista esteve na cidade na noite do dia 31 (sábado). No dia, não foi possível uma entrevista diretamente com Octávio, mas conseguimos declarações do ator por meio de sua assessoria, em e-mail enviado anteriormente por Antônio Bento, da Supercult Produções, no dia 20 de agosto. O espetáculo teve início às 21h, e nós chegamos lá por volta das 19h30. Gastamos com os dois ingressos, e o Jean Lucas teve o custo adicional de locomoção de Itu a Indaiatuba. A reportagem foi inserida na editoria ‘Teatro’. Setembro No início do mês, identificamos pelo Facebook um escritor, residente em Indaiatuba, que havia lançado recentemente o livro ‘O Artista, o Executivo e o Sorveteiro’. Tratava-se de Roque Ávila Júnior, que nos concedeu entrevista por telefone, no dia 3 (terça-feira). Ele contou à Adriana sobre o desenvolvimento da obra, assim como as razões que o levaram a produzir o livro. A conversa durou aproximadamente 30 minutos, e a matéria foi produzida no dia 6 de setembro (sextafeira). O autor também nos enviou por e-mail duas imagens para ilustrar a reportagem. Assim como a entrevista com Adelisa Maria, esta também entrou para a editoria ‘Literatura’.
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Outro evento que repercutiu em Indaiatuba chamou nossa atenção – foi a oitava edição do ‘Meeting Hip Hop School Festival’, durante os dias 6, 7 e 8. No dia 3 (terça-feira), Adriana conversou por telefone com Ralph William Ferreira, professor de hip hop e organizador do evento, que explicou sobre o movimento e a importância do evento na cidade. Além da entrevista, Ralph disponibilizou a imagem que ilustra a matéria, na editoria ‘Dança’. Nesta época, Jean Lucas conseguiu o contato da assessoria do jornalista e escritor Laurentino Gomes. Então, às 16h20 do dia 6 (sexta-feira) enviamos um email para Fernanda Pereira, da Mop3 Comunicação, nos apresentando e informando o motivo de nosso contato. O retorno foi no dia 9 (segunda-feira), data em que enviamos as perguntas da entrevista com Laurentino, que estava realizando viagens para o lançamento do livro ‘1889’. Mantivemos contato com Fernanda até a data da visita de Laurentino em Indaiatuba – no dia 27 de outubro (domingo) – quando, então, conseguimos realizar a entrevista pessoalmente. Falaremos sobre isso mais adiante. No dia 10 (terça-feira), conseguimos localizar o cineasta paulista Marco Dutra no Twitter. A razão da entrevista é o fato de Marco produzir filmes do gênero horror – título de nossa matéria na editoria ‘Cinema’. Como o cineasta estava em fase de produção de um novo longa-metragem, conseguimos apenas uma entrevista rápida, com poucas declarações, realizada por e-mail, dia 13 (sexta-feira). Marco Dutra falou sobre sua preferência pelo gênero e sobre o último filme, que conta com o ator Antônio Fagundes no elenco. Entre os dias 11 e 13, enviamos e-mails às assessorias das prefeituras das cidades de Salto, Itu e Sorocaba, solicitando a inclusão na lista de mailings. No entanto, não obtivemos resposta de nenhuma delas. Dessa forma, tomamos conhecimento de alguns eventos culturais nesses municípios por meio de assessorias de imprensa particulares que retornaram nosso contato, como a Sigma Six de Itu, por exemplo. Contamos também com o envio das assessorias: Super Cult Produções Artísticas, por Antônio Bento, em Indaiatuba; Teatros Amil (Luciana Cassas) e GT (Bruno Ferian), de Campinas; Shopping Jaraguá (Gabriela Rodrigues) e Polo Shopping (Roberta Pelaquim), em Indaiatuba; Prefeitura Municipal de Indaiatuba, na pessoa de Lincoln Franco; Ralcoh Comunicação, por Laura Storni;
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Cinnamon Comunicação, por Adriana Miranda; Tacla Comunicação, por Henrique Malveis e Acenbi (Associação Cultural, Esportiva Nipo Brasileira de Indaiatuba), por Mário Takeshi Alexandre. Nessa mesma época, contatamos o cineasta José Mojica Marins, o ‘Zé do Caixão’, e a jornalista e pesquisadora de cinema, Laura Cánepa. Marins falou sobre características do personagem criado por ele, e Laura explanou sobre os aspectos do horror no cinema brasileiro. O texto desenvolvido após as entrevistas foi apenas parte complementar da reportagem sobre a trajetória do horror e do suspense no cinema mundial, que seria finalizada apenas em novembro. Na terça-feira, dia 17, Adriana foi ao cine Topázio, no Shopping Jaraguá Indaiatuba, assistir ao filme ‘Invocação do Mal’, na sessão das 21h. Posteriormente, foi realizada a resenha do longa para a editoria ‘Cinema’, na reportagem sobre a história do horror no cinema mundial. No dia 26 (quinta-feira), tomamos conhecimento, por Samanta de Martino, jornalista de Indaiatuba, do baile do Hawaii do Clube 9 de Julho. A festa é um evento cultural tradicional, importante na cidade, que chega este ano a sua 28ª edição. Ela nos informou sobre detalhes do evento, intermediou a entrevista com membros da diretoria e forneceu diversas imagens do baile realizado no ano passado. A matéria foi produzida no mesmo dia, e a diagramação foi feita na segunda semana de outubro. Ao criarmos a editoria ‘Em Foco’, pensamos em buscar algum evento ou personagem em destaque na ocasião. Foi então que decidimos falar sobre a presença dos atores brasileiros, Wagner Moura e Alice Braga, em ‘Elysium’, produção cinematográfica norte-americana. O filme foi lançado no Brasil no dia 20 (sexta-feira), e foi um longa bastante aguardado pelos fãs de ficção científica. Adriana foi assistir ‘Elysium’ no dia 24 (terça-feira), na sala do Cine Topázio, no Shopping Jaraguá, Indaiatuba, e a matéria foi produzida alguns dias mais tarde. As declarações de Wagner Moura e Alice Braga foram feitas na coletiva de pré-estreia do filme, em São Paulo, e divulgadas no site ‘g1.globo.com’. A pesquisa da imagem foi feita no site: ‘sonypictures.com’. Outubro
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Entre os dias 1º e 2 (terça e quarta-feira), Adriana entrou em contato com Sidney, empresário da banda ‘Abba on Stage’, por e-mail, e com o líder da banda de rock ‘Vírus’, Moacir Rocha, por telefone. O grupo ‘Abba on Stage’ havia realizado recentemente uma apresentação em Indaiatuba, e obteve grande aceitação do público na cidade. O vocalista da ‘Vírus’ ficou sabendo de nossa revista através de um amigo em comum no Facebook, e entrou em contato com Adriana para solicitar a divulgação do trabalho dos músicos e conceder a entrevista. Moacir informou seus dados de contato, e Adriana realizou a chamada ao telefone na tarde do dia 2. A entrevista durou 15 minutos. Foram realizadas duas matérias curtas, que entraram para a editoria ‘Música’. A partir do dia 5 (sábado), começamos a trabalhar a diagramação da revista. O boneco já havia sido criado, logo após o desenvolvimento do logotipo. As matérias que já estavam prontas começaram a ser diagramadas – dividimos este trabalho meio a meio, escolhendo aleatoriamente as reportagens que cada um iria diagramar. Entre as editorias, conseguimos alguns anúncios. Salientamos que não recebemos qualquer patrocínio ou pagamento pela publicação das propagandas. Para a primeira edição, decidimos publicá-los gratuitamente. Na segunda semana do mês, escolhemos a capa. A princípio, planejamos escolher uma imagem que tivesse relação com o nome da revista, mas, logo depois desistimos da ideia e resolvemos inserir uma fotografia relacionada a matéria de cinema, sobre filmes de horror. A melhor opção foi uma cena do filme ‘Nosferatu’ (fig.7), de Friedrich Mürnau, ícone do expressionismo alemão de 1922 – o tom e o clima expressos na imagem transmitem a real dimensão da atmosfera das produções desse gênero. Inclusive, mostramos a pessoas próximas e a aprovação foi praticamente unânime. Pesquisamos a imagem em diversos sites e encontramos a de melhor resolução no blog ‘Wide World Images’. Quanto às contracapas, todas contêm anúncios.
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Fig.7 – Capa da 1ª edição da Revista Bastidores
Fonte: www.wideworldimages.blogspot.com
Na mesma semana, recebemos o e-mail de Henrique Malveis, da Tacla Comunicações, assessoria da Editora Universo dos Livros. Escolhemos três títulos recém-lançados e fizemos as resenhas dois deles para a editoria ‘Literatura’. O terceiro livro escolhido é a biografia da banda metal ‘Black Sabath’ e, por esta razão, entrou na editoria ‘Música’. As imagens das capas do livro que ilustram os textos foram conseguidas no site da própria editora. Para complementar a editoria ‘Música’, acrescentamos uma breve resenha sobre o filme ‘Metallica, Through the Never’, recém lançado no Brasil. Adriana foi assistir ao filme no dia 5 (sábado), no Cine Topázio do Shopping Jaraguá, Indaiatuba. Buscamos a imagem no site oficial do filme. No dia 12 de outubro (sábado), a peça teatral ‘O Pequeno Príncipe’ se apresentou no Ciaei, em Indaiatuba. Alguns dias antes (quarta-feira), conseguimos uma breve entrevista pelo Facebook com Nilson Cardoso, diretor de produção do espetáculo. Ainda nessa semana, conversamos com a professora Mônica Araújo sobre o livro ‘O Pequeno Príncipe’ e solicitamos a ela que escrevesse algumas
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impressões sobre a obra de Saint-Exupéry. A matéria foi escrita no dia 13, e entrou para a editoria de ‘Teatro’. Em 16 de outubro (quarta-feira) decidimos criar o domínio do site, além da revista virtual. Por ser uma ferramenta que permite a edição e a inclusão de dados em tempo real, portanto, mais rapidamente, desenvolvemos o site para a postagem de eventos e notícias culturais, além da inserção das imagens que complementam as matérias. Nosso objetivo é que as próximas edições da revista tenham menor número de páginas, apenas com os fatos e produtos culturais atuais. No site, as postagens são breves, com conteúdo maior de imagens. O link para o site é: http://culturaimpr.wix.com/bastidores-online (fig.8). Fig.8 – Imagem de cabeçalho do site
Arte: Adriana B. Lourencini
No dia 19 de outubro (sábado), a prefeitura de Indaiatuba realizou a sétima edição da Feira Literária, no Pavilhão da Viber. O evento fez parte do projeto ‘Outubro Literário’, que incluiu também o Concurso Literário Acrísio de Carmargo. Jean esteve presente na Feira, no período da manhã, e realizou a cobertura para elaboração do texto. Lá, ele conversou com o prefeito Reinaldo Nogueira, que confirmou a importância do evento. A fotografia utilizada foi cedida pela Assessoria da prefeitura de Indaiatuba. A reportagem foi para a editoria ‘Literatura’. Na ocasião, os vencedores do concurso fotográfico ‘Olhares da Cidade’ receberam os prêmios. Adriana conversou com uma das vencedoras, Fabiana Limeira, que narrou sua experiência e sobre a sensação de conquistar o primeiro lugar em sua categoria. A imagem que ilustra a matéria foi enviada pela própria fotógrafa ao e-mail da revista, e o texto foi publicado em ‘Fotografia’. No dia 22 de outubro (terça-feira), Adriana realizou uma entrevista com o artista Koringa Bobo da Corte, em Indaiatuba, para complementar a matéria sobre o circo. O artista nos concedeu imagem de seu álbum no Facebook. Além da história da arte
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circense e do palhaço Koringa, inserimos uma pequena crítica do filme ‘Os Pobres Diabos’, lançado este ano pelo cineasta cearense Rosemberg Cariry. As informações e imagem sobre o longa foram adquiridas na página de Cariry no Facebook, no período de 25 a 27 de setembro. Na última semana de outubro, entramos em contato com Ermínia Silva, professora e descendente da quarta geração de circenses no Brasil. Nós a encontramos no Facebook e ela conversou com Adriana sobre alguns aspectos históricos da arte circense. A reportagem entrou em ‘Artes’. Também neste dia (22), Jean Lucas realizou entrevista, por e-mail, com Juliano Mazurchi, produtor do espetáculo ‘Pano Verde’, e um dos fundadores da Cia. Nósmesmos Produções Artísticas. Durante este período, a companhia realizou a exibição do média-metragem produzido após a peça teatral. O primeiro filme da ‘Nósmesmos’ ficou em exibição na Sala Vermelha do Unicine, em Itu, de 4 a 27 de outubro. A jornalista e assessora Fernanda Oliva foi quem intermediou o contato de Jean com Mazurchi. Em 23 de outubro (quarta-feira) Jean realizou
a cobertura do projeto “Re-
Virada Cultural”, em Indaiatuba, nos dias 19 e 20 de outubro, com expressões culturais em diversos pontos da cidade. Foi feita entrevista com a Assessoria da prefeitura, por e-mail, no dia 21 de outubro, que também nos enviou a imagem. A matéria foi para a editoria ‘Música’. Na mesma semana, no dia 26 (sábado), o espetáculo ‘Chiquinha Gonzaga’ se apresentou no Círculo Italiano, em Itu. Jean esteve presente, em torno das 20h, e conversou com Yara Napoli, diretora da peça, e com a atriz protagonista, Regina Rebello. Jean captou algumas imagens, porém, as mesmas não apresentaram boa qualidade para publicação. Então, no dia 27 (domingo), Adriana acessou o blog ‘Na MídiaCom’ para retirar a imagem da compositora Chiquinha Gonzaga que ilustra a matéria, inclusa na sessão ‘Música’. Ainda no dia 27 de outubro, vários eventos ocorreram quase simultaneamente em Indaiatuba. Entre 15h e 18h o Lar de Velhos Emmanuel realizou a ‘Tarde de Artes’, com exposição de telas doadas para a entidade, assim como a venda de cartelas de bingo para concorrer a prêmios. Adriana esteve presente no local das 15h às 15h30, e conversou com Dinha Lopes, presidente do Centro Espírita Apóstolos do Bem, mantenedor do Lar Emmanuel. O Lar é uma entidade relevante
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na cidade, muito conhecido pela qualidade no tratamento de idosos, e realiza frequentes atividades culturais a fim de angariar fundos para sua manutenção. Logo em seguida, por volta das 15h40, Adriana se dirigiu à livraria Nobel, no Polo Shopping, para cobrir a tarde de autógrafos do escritor Laurentino Gomes. O trajeto demorou dez minutos. Adriana permaneceu na livraria até às 16h40, onde registrou diversas imagens e realizou uma entrevista com Laurentino. Ele falou sobre os volumes da trilogia, especialmente o último, ‘1889’; explicou rapidamente o período da História do Brasil tratado no livro, e contou sobre sua trajetória como escritor. Aproximadamente um mês antes entramos em contato, por e-mail, com a assessora de Laurentino, Fernanda Pereira, da Mop3 Comunicação, a fim de conseguirmos uma entrevista mais extensa com o jornalista. Porém, ele não chegou a responder a mensagem devido à falta de tempo, pois estava no período de viagens para divulgação de seu livro. As imagens que compõem a reportagem foram produzidas por Adriana, e uma delas foi enviada por Fernanda Pereira. Também no domingo, à tarde, foi realizada a final da 11ª edição do Festival de Rock, no Parque Ecológico, em Indaiatuba. Assim que Adriana chegou ao local, a banda indaiatubana ‘Darksmile’ se preparava para se apresentar. Ali, foram registradas várias imagens, além de entrevistas com algumas pessoas do público, que concordaram em conceder entrevista e posar para fotos. A matéria foi feita no dia 29 de outubro (terça-feira), no mesmo dia em que recebemos da Assessoria da prefeitura, por e-mail, a imagem da banda vencedora do Festival, a ‘Silverado’. Neste mesmo dia, levamos os textos impressos para a professora coordenadora Roberta Steganha fazer a última revisão. Ela nos indicou algumas correções e sugeriu pequenas modificações nas editorias. Os textos corrigidos foram devolvidos pela professora no dia 5 de novembro. Novembro No dia 1º iniciamos a pesquisa para a reportagem de capa e a mais extensa da revista: a trajetória dos filmes de horror e suspense no cinema. Começamos fazendo uma visita em diversos sites e, ao encontrarmos fontes que poderiam nos auxiliar na reportagem, procuramos pelas mesmas nas redes sociais. Assim, o primeiro que localizamos foi o pesquisador baiano Ulisses Azeredo, colaborador do site
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‘Nostalgias do Terror’. Azeredo também é aficionado em histórias em quadrinhos de horror, e contribuiu bastante com nossa pesquisa. Adriana entrou em contato com ele através do Facebook no dia 5 de novembro (terça-feira), e recebeu a resposta logo em seguida. Nosso foco foi a abordagem das maiores produções cinematográficas para o gênero horror. Para isso, pesquisamos sites especializados, como o ‘Omelete’, da UOL, e ‘Cinema em Cena’, de Pablo Villaça. Como não há espaço na revista para todas as imagens, disponibilizamos muitas delas em nosso blog (informamos isso aos leitores no final da reportagem). A matéria conta também com uma resenha especial sobre o mais recente filme de horror ‘Invocação do Mal’ (fig.9). Adriana foi ao cinema para assisti-lo no dia 17 de setembro, e logo em seguida produziu o texto, que foi inserido na reportagem da editoria ‘Cinema’. A escolha deste filme foi por ser recente e, principalmente, pelo resgate do terror clássico feito pelo diretor James Wan, em posições de câmeras e enredo que recriam o gênero cinematográfico. Além disso, ‘Invocação do Mal’ teve grande repercussão de público na primeira semana de lançamento, conforme observamos em conversas informais. Na primeira semana de novembro, Adriana também reviu o documentário da Discovery Channel: ‘Vampiros, a Sede Pela Verdade’, produzido em 1996. Trata-se de um especial com duas horas de duração, abordando o horror clássico e a persistente atração exercida pelos vampiros, seres mitológicos presentes fortemente no imaginário das pessoas. Através de trechos de filmes, de material histórico e entrevistas com especialistas, os produtores exploram este subgênero do tema. Adriana já possuía em seu acervo o DVD do documentário, adquirido há alguns anos, e o mesmo serviu de material de apoio na produção do texto.
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Fig.9 – Cena do filme ‘Invocação do Mal’ (2013)
Fonte: www. adorocinema.com
Além do texto sobre os filmes de horror, há também uma reportagem sobre Alfred Hitchcock, o ‘mestre do suspense’. Inclusive, o cineasta foi tema para desenvolvimento de nosso artigo científico, onde realizamos um estudo sobre como Hitchcock é visto pelo Jornalismo Cultural da atualidade. Para a produção da matéria, entre os dias 1º e 3 de novembro, foi feita a releitura dos capítulos 3 e 11 do livro ‘Alfred Hitchcock e os Bastidores de Psicose’, de autoria de Stephen Rebello, editora Intrínseca, RJ, 2013, edição digital. Também contamos com a participação da professora de História do Cinema, Fernanda Cobo, que nos forneceu detalhes importantes sobre a obra do cineasta, especialmente sobre o filme ‘Psicose’ (fig.10), em breve entrevista concedida à Adriana no dia 7 de novembro. Alguns dados também foram coletados durante as aulas da professora Cobo, das quais Adriana participou em eletiva nos semestres anteriores.
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Fig.10 – ‘Cena do chuveiro’ no filme ‘Psicose’, de Hitchcock
Fonte: www. genericmovieandtv.com
Juntamos a esse material as entrevistas realizadas no início de setembro, com Marco Dutra, José Mojica Marins, Laura Cánepa e Ulisses Azeredo. Esta foi a reportagem mais difícil e complexa, devido ao grande volume de informação. O texto inicial havia ficado muito extenso, e Adriana foi eliminando aos poucos até se ajustar ao espaço já reservado antecipadamente na revista. A finalização da reportagem se deu somente no dia 10 de novembro, contando com a diagramação. Optamos por esta reportagem por dois motivos: primeiro, porque abordamos o trabalho de Hitchcock no artigo científico, através do olhar do Jornalismo Cultural; segundo, percebemos a forte atração das pessoas por este gênero, não apenas no tocante à produções cinematográficas, mas também em publicações literárias. Concluímos que o público da Revista Bastidores se interessaria em ler uma matéria sobre filmes de horror, e também sobre livros com a mesma temática. Tanto é assim que, na editoria ‘Literatura’, escolhemos dois títulos da editora Universo dos Livros que abordam histórias de vampiros. Como estávamos na semana em que era realizado o ‘Tele Tom’, no SBT, decidimos entrevistar pessoas com deficiência física e intelectual que produzem
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arte, de qualquer tipo. Então, no dia 1º de novembro, Adriana foi até o Núcleo de Assistência Social e Educação de Jovens e Adultos (Naseja), em Indaiatuba. A entidade é mantida pela prefeitura municipal e coordenada por Alzira Ribeiro da Silva. Adriana visitou as instalações, conversou com alunos com todos os tipos de deficiência, assim como com os professores orientadores das oficinas de arte. Durante as duas horas em que permaneceu no local, Adriana obteve autorização da coordenação para realizar as entrevistas e registrar imagens. A reportagem foi para a editoria ‘Artes’. As últimas matérias produzidas foram sobre lançamentos em DVD e Blu-Ray, e a seleção de eventos a se realizarem em novembro. Para a pesquisa de filmes que saíram em DVD/Blu-Ray, visitamos os sites da Warner Bros., Paramount, entre outros, e fizemos breves comentários sobre os mesmos. A escolha dos eventos mencionados na sessão ‘Programação’ foi feita com base no interesse do público e na popularidade dos artistas. Em cinema, indicamos o filme nacional ‘Crô’, estrelado por Marcelo Serrado, com previsão de estreia para 29 de novembro. Para aproveitar a temática sobre Consciência Negra (dia 20), incluímos o filme ‘Dia de Preto’, exibido no Cine Topázio, Polo Shopping Indaiatuba, entre os dias 20 e 23. Indicamos também as apresentações do ‘Menu Musical’, do Shopping Jaraguá de Indaiatuba, com os artistas Jarbas Clareto e Alessandro Reiner, no dia 17, e Kika Baldaseeirine, no dia 24. Por fim, citamos a exposição ‘Obras Inacabadas’, do artista plástico Antônio A. Deco, na Biblioteca Municipal de Salto, de 4 a 22 de novembro. Após a revista pronta, com tratamento de imagens e diagramação realizados, observamos que o slogan ‘A sua revista de cultura’ estava muito comum, e não chamava a atenção. Foi então que, no dia 3 de novembro, Adriana teve a ideia de alterar para ‘Aqui começa a sua diversão’. Após conversar com Jean no mesmo dia, ele concordou com a alteração, considerando o novo slogan mais interessante. Assim que finalizamos a confecção da revista, desenvolvemos uma página no Facebook com as principais notícias culturais da região. A página também atua como
ferramenta
de
divulgação
do
site
https://www.facebook.com/RevistaBastidoresOnline.
Bastidores
Online.
Link:
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3.3 Participações especiais Entre as matérias divulgadas na Revista Bastidores Online, contamos também com a participação de colaboradores, conforme segue: •
A professora Ms. Paula Piotto nos enviou, em 21 de outubro, o texto ‘Mãos à Dobra’, que faz uma análise semiótica das imagens dos presidentes da República do Brasil. Julgamos o material bastante interessante, pois tratase da linguagem das imagens, assunto pertinente em uma publicação de cultura. As imagens dos presidentes foram extraídas do Wikipédia, além da foto do jornalista Wilson Junior, da Agência Estado. O texto foi para a editoria ‘Fotografia’;
•
O jornalista Maurício Stycer, que escreve para o site UOL, nos deu autorização, no dia 23 de outubro, para publicar seu texto sobre televisão. O autor fala sobre o comunicador Silvio Santos e as alterações que promove constantemente na programação se sua emissora de TV, o SBT. A matéria entrou em ‘Audiovisual’;
•
Caio Felipe Fré, colega do quarto semestre de Jornalismo do Ceunsp, aceitou participar de nossa revista, com uma breve análise do seriado ‘Pé na Cova’, exibido atualmente às terças feiras na Rede Globo. O programa possui temas atuais, de interesse aos leitores de cultura geral. A matéria entrou também em ‘Audiovisual’;
•
O estudante de Cinema, Victor Lopes Queiroz, que escreve atualmente para a coluna ‘Games’ do site ‘Plano Sequência’, desenvolvido por alunos do Ceunsp, nos enviou três textos sobre lançamentos em jogos. Adriana fez uma compilação do material e acrescentou a informação sobre a Feira ‘Brasil Game Show’, realizada em São Paulo no final de outubro. As imagens que ilustram a matéria foram retiradas dos sites de divulgação e da BSG 2013 (boneco mascote da Feira). O texto foi recebido na noite de 4 de novembro e ocupa duas páginas da editoria ‘Games’;
•
Em 30 de outubro (terça-feira), o jornalista André Roedel, do portal Itu.com.br, nos cedeu seu texto sobre o ‘Dia Internacional da Animação’, realizado
em
Itu.
O
evento
expôs
curtas-metragens
nacionais
e
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internacionais, e a reportagem de Roedel entrou em ‘Vídeo’. As imagens foram cedidas por Paulo Aranha, organizador do evento; •
No início de novembro recebemos o ensaio da aluna de Cinema, Silvia Andreotti, que fala sobre o filme ‘Oz, Mágico e Poderoso’, já lançado em DVD e Blu-Ray. As imagens foram retiradas do site ‘Cinema em Cena’.
3.4 Custos Relacionamos abaixo os gastos que tivemos com o trabalho, desde as pesquisas das pautas, contatos com as fontes, participação em espetáculos, eventos e cinema, até custos de transporte, tempo de uso da internet e impressão do material. CinemaR$ 20 Combustível/TransporteR$ 60 DiversosR$ 200 Internet/TelefoneR$ 120 Shows/EspetáculosR$ 60 TotalR$ 460
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CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao final deste ano de intensa atividade, constatamos resultados positivos de nosso trabalho. Foram muitos dias complicados e noites mal dormidas, tensão, angústia, mas, também muitas alegrias. A cada entrevista realizada, em cada texto produzido, a certeza da paixão pela linguagem e olhar jornalísticos, especialmente na editoria de Cultura, que têm como objetivo universal de entreter e informar e, acima de tudo, informar bem. A pesquisa nos possibilitou uma análise mais aprofundada da forma como o jornalismo cultural, por meio da crítica cinematográfica, divulga e trata o filme ‘Hitchcock’. Optamos por mídias que são destinadas a um público consumidor de cultura, que vai a espetáculos, ao teatro e, claro, ao cinema. Além da abordagem das críticas, observamos também a forma como Hitchcock é retratado no jornalismo cultural. A capa reproduzida pela revista Bravo!, na edição 187, constitui-se um símbolo por conter tantos signos referentes ao cineasta, e por estampar, pela segunda vez, a capa de uma importante publicação. A imagem original saiu na revista Life, que se notabilizou por suas imagens, e em suas páginas desfilaram nomes proeminentes do cenário cultural. Hitchcock e sua obra sempre ilustraram muitas delas. Utilizando-nos da semiótica de Peirce, traçamos um paralelo entre a estrutura montada na fotografia de Hitchcock como que ‘brincando’ com os corvos e seu perfil tido como ‘sádico’, pois “se divertia ao produzir seus filmes” (REBELLO, 2013, p.114). No segundo semestre nos dedicamos à Revista Bastidores Online. Após observarmos que o mercado regional carecia de uma publicação que tratasse o jornalismo cultural com mais atenção e profundidade, começamos a pensar uma revista que englobasse todas as formas de cultura existentes na região. A revista abrange todas as formas de cultura, tais como: artes, cinema, literatura, música etc. A proposta foi explorar o público consumidor de cultura, leigo, mas que se interessa em conhecer os bastidores dos filmes, livros, discos, espetáculos e eventos culturais. As reportagens são curtas, pois se trata de uma publicação virtual, e as mais longas foram divididas em subtítulos, para não cansar os leitores. O conteúdo está voltado mais para aspectos positivos, e a pauta
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privilegia eventos culturais da atualidade, realizados em Indaiatuba e municípios vizinhos. Nossa meta é darmos continuidade ao trabalho, nos tornando referência em publicação cultural na região. As reportagens seguirão a mesma linha, tanto nas edições mensais quanto no site, trazendo análises e reflexões oportunas sobre as diversas produções culturais.
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homem. Cultrix, 15ª edição, São Paulo, 1969. 13. MORIN, EDGAR – Cultura de massas no século XX – Vol.1 – Neurose –
Forense, 2ª edição, Rio de Janeiro, 1969 – Cap. 2, A indústria cultural, p. 2536.
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ANEXO
Termo de Integridade em Pesquisa de TCC
Declaro estar ciente de que o plágio é uma violação acadêmica, constituí um crime e caracteriza-se pelo uso de transcrição de partes de texto, bem como ideias e sugestões de outro autor sem a menção das referências devidas.
Afirmo também conhecer as normas estabelecidas pelo Manual de TCCFCAD-2013 que preveem a reprovação do TCC nos casos em que seja confirmado o plágio através de registro feito pelo professor orientador ou por qualquer membro da Banca Avaliadora.
Salto, 12 de dezembro, 2013.
Estudante(s): ADRIANA LOURENCINI; JEAN LUCAS ALMEIDA PINO.
Professor Orientador: PROFª. MS. ROBERTA STEGANHA.