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PERSPECTIVA

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IDEIAS

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NA MAIOR PARTE DO TEMPO, OS PASTORES VIVEM NO “MODO LIGADO”, MAS, NO FUNDO, SE SENTEM SOLITÁRIOS E PRESSIONADOS

PASTORES TAMBÉM SOFREM PRECISAMOS FALAR SOBRE ESGOTAMENTO, DEPRESSÃO E SUICÍDIO NO MINISTÉRIO ADVENTISTA. SAIBA COMO OS MEMBROS PODEM APOIAR A FAMÍLIA PASTORAL

GERALDO A. KLINGBEIL

á alguns meses, depaH rei-me com uma notícia trágica. “Igreja na Califórnia fica chocada após pastor cometer suicídio”, criticou a manchete. Por um momento, meu coração bateu mais rapidamente.

Andrew Stoecklein, pastor da Igreja Inland Hills, em Chino, Califórnia (EUA), faleceu após tentativa de suicídio no dia anterior. O site da igreja mostrou um pastor jovem e dinâmico com uma esposa maravilhosa e três filhos pequenos. Que tipo de pressão, dor e mágoa deve ter levado esse jovem homem de Deus a entrar no vazio irreversível do suicídio?

Não gostamos de falar sobre esgotamento, depressão ou suicídio quando se trata do ministério pastoral adventista. No entanto, todos esses problemas e doenças emocionais também são uma realidade entre nossos ministros. Líderes espirituais, pastores dinâmicos, pregadores apaixonados, exímios evangelistas — todos eles enfrentam também os desafios contemporâneos.

Pastorear é difícil e, às vezes, pode ser muito solitário. Na maior parte do tempo, os pastores vivem no modo “ligado”. Eles precisam ser pastores que cuidam constantemente de um rebanho diverso e muitas vezes ferido. De um rebanho que também tem altas expectativas em relação a ele. Esperamos que sejam bons gestores, que administrem a estrutura e a manutenção do prédio da igreja; que sejam missionários ousados no contato com a comunidade, alcançando os perdidos; e que dominem bem as técnicas de comunicação nas mídias sociais, a fim de expandir sua pregação para o mundo digital.

Sou pastor ordenado e, apesar de não estar agora liderando uma igreja em tempo integral, muitas vezes sinto-me esmagado pelas necessidades que vejo ao redor: na minha congregação local e na igreja como um todo. Portanto, o que nós, membros de uma congregação, podemos fazer para ir além do diagnóstico? A seguir estão quatro sugestões práticas.

1. Manifeste sua apreciação pelo pastor. Diga com frequência aos pastores que influenciam sua vida quanto eles são apreciados. Sei que a grande maioria dos membros ama e aprecia seus líderes, mas estamos dizendo isso a eles? Quase sempre o pastor ouve os membros quando eles estão insatisfeitos ou em conflito, mas o feedback positivo é importante para quem experimenta pressões constantes. Isso não significa deixar de discordar dele, mas manter um relacionamento fraternal. 2. Acolha a família pastoral. Receba-a no seu coração e, se possível, em seu lar. Quando foi a última vez que você convidou a família pastoral para uma refeição fora da agenda? 3. Ore diariamente por ele. Acontecem coisas maravilhosas quando oramos intercessoriamente. Deus nos transforma a ponto de criticarmos menos os outros. 4. Apoie o ministério dele. Segure os braços do pastor quando for necessário. Ele não é super-herói; comete erros e tem suas fragilidades. Às vezes, apoiá-lo signifique se oferecer para cuidar dos três filhos dele, a fim de que ele e a esposa tenham uma noite a dois.

Os membros da igreja são a “maioria silenciosa” que pode se levantar em apoio ao seu pastor, que pode estar se sentindo pressionado, solitário e depressivo. Vá e faça isso antes que a gente leia outra manchete dolorosa. ]

GERALD KLINGBEIL é editor associado das revistas Adventist Review e Adventist World

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