O ACORDO DE PARIS XXIV SEMANA DE DIREITO
AEDUM | Society Loving the Planet Minho
ACORDO DE PARIS E A SUA IMPORTÂNCIA PARA A SOCIEDADE MODERNA Nas décadas de 60 e 70, começou a ter cada vez mais destaque o conceito de Direito do Ambiente. Este é visto como pertença e como interesse de todos, pois a sustentabilidade dos bens ambientais apenas é alcançada com a colaboração dos cidadãos de todo o mundo. Neste sentido, foi criado o Acordo de Paris que representa uma mudança de paradigma na abordagem e na dinâmica de resposta aos desafios das Alterações Climáticas. Este Acordo renova a esperança no multilateralismo e aponta para a necessidade de uma descarbonização profunda da economia mundial. A assinatura do Acordo de Paris, a 12 de dezembro de 2015, representou um assinalável passo em frente na luta contra as alterações climáticas. Pela primeira vez, a quase totalidade das nações do mundo assumiu a necessidade de proceder à descarbonização das respetivas economias e comprometeu-se a agir, imediata e intensamente, para travar o aquecimento global. Está em vigor desde 4 de novembro de 2016 e em dezembro desse ano reuniu-se em Marraquexe a primeira sessão da Conferência das Partes (COP). Neste encontro, Portugal anunciou que cumpriria o objetivo da neutralidade carbónica até 2050, sendo a primeira nação do mundo a assumir este compromisso. Vários meios de comunicação sublinharam a sua importância, sendo que foi considerado um compromisso histórico que foi negociado por 195 países, cujo principal objetivo é conter o aquecimento global do planeta, ao reduzir as emissões de gases com efeito de estufa. O Acordo de Paris é um mecanismo útil e foi uma vitória. Todo o mundo se uniu à volta do entendimento de que as alterações climáticas são um problema. Algumas das suas medidas incluem manter o aumento da temperatura média global "bem abaixo dos 2 graus centígrados (2ºC)", através da descarbonização profunda da economia mundial. Este acordo determina ainda que se prossigam esforços para limitar o aumento da temperatura a 1.5 graus centígrados, reconhecendo que isso reduzirá significativamente os riscos e impactos das alterações climáticas, em linha com o Relatório do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas, apresentado em 2019. Inclui também relatórios nos quais cada país deve apresentar, de cinco em cinco anos, planos nacionais com os objetivos a que se propõe cumprir para mitigar as alterações climáticas e ajuda financeira aos países do Sul, para ajudar as nações em desenvolvimento a financiar a transição para energias limpas, bem como a adaptação aos efeitos do aquecimento, dos quais são as primeiras vítimas. Os países menos desenvolvidos devem preparar e comunicar as estratégias/planos para a redução da emissão de gases. O Acordo de Paris pretende também melhorar a Página | 1