3 minute read
ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
Através do estudo efetuado sobre a hereditariedade da característica posição dos polegares determinou-se que o alelo dominante corresponde ao fenótipo polegar esquerdo por cima Nos resultados obtidos confirmou-se que 64,9% dos indivíduos (dos 37 inquiridos há no total 24 indivíduos com o polegar esquerdo em cima) que responderam ao questionário apresentam o polegar esquerdo por cima, sendo esta a mais frequente É determinado que há uma consistência de pais para filhos, ou seja, os polegares que os filhos usam em cima são, por norma, os mesmos que os pais utilizam
Nas entrevistas dos quatro indivíduos, respetivamente, A, B, C e D as conclusões tiradas coincidem com as tiradas dos gráficos obtidos a partir do questionário Nas árvores genealógicas dos indivíduos constata-se que a característica dominante, correspondente ao fenótipo polegar esquerdo por cima, é transmitida independentemente do sexo, estando assim o locus do gene relativo à característica localizado num autossoma Nos pedigrees dos indivíduos pode-se concluir sobre a dominância do fenótipo enunciado anteriormente, visto que do cruzamento de dois indivíduos que apresentam a característica exposta nasce pelo menos um indivíduo que não a exibe.
Advertisement
Deste modo, ambos os métodos e instrumentos utilizados no estudo desta característica levaram à conclusão de que o fenótipo polegar esquerdo por cima desta característica é o alelo dominante e que o locus do gene da mesma se encontra num autossoma.
Conclus O
Os fundamentos científicos de genética primeiramente criados por Gregor Johan Mendel levaram à explicação do mecanismo da transmissão hereditária que ocorre de geração em geração [3]. Consequentemente compreendeu-se também como características genéticas de alta variabilidade se distribuíam entre indivíduos [4].
O professor escocês Lutz foi o primeiro a realizar um estudo relativo à característica genética da posição dos polegares quando as mãos se entrelaçam [6]. Após obter os resultados, concluiu que a característica tinha influência genética, mas que não era afetada pelo sexo, pela escolha do casamento e pelo fato de os indivíduos serem destros ou canhotos [8]. Para confirmar estes fatos foram realizados múltiplos estudos.
Para verificar que o sexo dos indivíduos não influencia a transmissão desta característica, um estudo foi realizado onde os resultados levaram à conclusão de que os traços do entrecruzar das mãos são produtos de genes autossómicos, ou seja, que o sexo não intervém na passagem desta característica a outras gerações [11].
Levando em conta tudo o que foi mencionado, consegue-se responder às hipóteses propostas no início deste trabalho relativas à hereditariedade mendeliana, ou seja, à análise da transmissão da característica que segue um padrão autossómico dominante ou recessivo [1] [12].
Após a análise dos resultados obtidos das árvores genealógicas produzidas, concluiu-se que o alelo dominante desta característica corresponde ao fenótipo polegar esquerdo por cima e encontra-se num autossoma. Este fato é visível também nas respostas do questionário porque do cruzamento de dois indivíduos que apresentam esta característica nasce pelo menos um indivíduo que não a exibe. Desta forma, graças ao estudo do tema e à utilização dos materiais enunciados, confirmam-se ambas as hipóteses iniciais, sendo assim o alelo dominante correspondente ao fenótipo polegar esquerdo por cima e encontrando-se assim o locus do gene num autossoma.
Bibliografia
[1] Abimbola, E. O. (2019). A study on tongue rolling, tongue folding and cerumen type in a Nigeria population. Anatomy Journal of Africa, 8 (2), 1540–1543
[2] Andy, I.J. (1992). Fundamental statistics for Education and Behavioral Sciences; Kraft Books Limited, Oyo State, Nigeria.
[3] Astrauskas, J. P., Nagashima, J. C., Sacco, S. R., & Zappa, V. (2009). As Leis da Herança por Gregor Johann Mendel, uma revolução genética. Revista Científica Eletrônica De Medicina Veterinária. Ano Número-Vll.
[4] Jesus Regateiro, F. (2003). Manual de genética médica. Imprensa da Universidade de Coimbra/Coimbra University Press.
[5] Freire-Maia A. (1961). Twin data on hand clasping: a reanalysis. Acta Genet. Statist. Med., 10: 207-211.
[6] Freire-Maia, N., Quelce-Salgado, A., & Freire-Maia, A. (1958). Hand clasping in different ethnic groups. Human biology, 30(4), 281.
[7] Ghandi P (1976). Tongue rolling and tongue folding among five endogamous groups of Jains. Paper presented at 3rd Annual General Conference of Ethnographic and Culture Society, Luchnow.
[8] Lai, L. Y. C., & Walsh, R. J. (1965). The patterns of hand clasping in different ethnic groups. Human biology, 312-319.
[9] McManus, I. C., & Mascie-Taylor, C. G. N. (1979). Hand-clasping and armfolding: A review and a genetic model. Annals of human biology, 6(6), 527-558.
[10] Nwosu, N. C., Onwuka, O. M., & Bob-Manuel, I. F. (2022). Tongue rolling and hand clasping among various ABO blood groups in a University community in Eastern Nigeria. EUREKA: Life Sciences, (5), 11-17.
[11] Odokuma, E. I., Otuaga, P. O., Obaseki, D. E., & Ejebe, D. (2011). A study on hand clasping traits in an African population. Scientific Research and Essays, 6(7), 1692-1693.
[12] Ordu, K. S., Didia, B. C., Egbunefu, N. (2014). Inheritance Pattern of Earlobe Attachment amongst Nigerians. Greener Journal of Human Physiology and Anatomy, 2 (1), 001–007.
[13] Reiss M (1999). The genetics of hand clasping--a review and a familial study. Pub Med ID: 9974082, Ann. Hum. Biol., 26: 39-48.
[14] Whittinghill M (1970). Human Genetics and its Foundation. Oxford and IBH publication, Calcutta.