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Laboratório de Simulação de Controle de Tráfego Aéreo no ICEA
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Índice
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Artigo A mentoria como ferramenta formativa
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Reportagem Transformações no DTCEA-SV
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Artigo Avaliação on-line
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Reportagem Se essa rua fosse minha ...
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Nossa capa O ICEA disponibiliza um novo produto de simulação de controle de tráfego aéreo compatível com o estado da arte requerida pelo SISCEAB. Na foto, Nilson Cavalcante de Souza, na integração funcional dos quatro ambientes de simulação, em foto de Luiz Eduardo Perez.
Artigo Simulação de Controle de Tráfego Aéreo
Reportagem Especial O DECEA e a Copa do Mundo de 2014
Expediente Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA Diretor-Geral: Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ramon Borges Cardoso Assessor de Comunicação Social e Editor: Paullo Esteves - Coronel-Aviador R1 Coordenação de pauta e edição: Daisy Meireles (RJ 21523 JP) Redação: Daisy Meireles (RJ 21523 JP) Telma Penteado (RJ 22794 JP) Diagramação/Projeto Gráfico: Filipe Bastos (MTB 26888-DRT/RJ) Fotos: Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF) e Fábio Ribeiro Maciel
Contatos: Home page: www.decea.gov.br Intraer: www.decea.intraer contato@decea.gov.br Endereço: Av. General Justo, 160 Centro - CEP 20021-130 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2123-6404 Fax: (21) 2262-1691 Editado em setembro/2011 Fotolitos & Impressão: Ingrafoto
Editorial Dez anos. Assim o DECEA inicia uma nova década, divulgando o Sistema CNS/ATM (no portal, em edição especial da Aeroespaço e em quatro vídeos-aula), contendo detalhes da nova ferramenta e dos procedimentos. Afinal, nosso futuro já começou e os próximos anos também estão planejados. Para tanto, nos envolvemos na preparação do SISCEAB para enfrentar os grandes eventos esportivos que batem à nossa porta a partir de 2013: a Copa das Confederações, a Copa do Mundo em 2014 e também as Olimpíadas em 2016. O Brasil, através do DECEA, tem o objetivo de minimizar e/ou mitigar problemas no tráfego aéreo durante esses eventos. Estamos documentando a nossa experiência para aprender e aprimorar nossa capacidade. Saiba mais sobre o nosso planejamento nas páginas 27 a 29. Nossas atividades não param por ai, há aproximadamente três anos, o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) passou a utilizar a ferramenta SGEW (Sistema de Gestão do Ensino Via Web), tomando como requisitos as necessidades operacionais e especificações da equipe da Subdiretoria de Ensino do Instituto. O artigo “Avaliação on-line” divulga a ferramenta que foi implementada com sucesso nas atividades de capacitação e que está ganhando produtividade e agilidade em todo o processo de manutenção da qualidade dos cursos oferecidos pelo Instituto. Enquanto isso, no mesmo ICEA, está sendo disponibilizado um novo produto de simulação
de Controle de Tráfego Aéreo compatível com o estado da arte requerida pelo SISCEAB. Estudos para a integração total dos ambientes de simulação, concluindo por um projeto que envolveria o desenvolvimento de software e a aquisição de hardware, estão sendo feitos em parceria com o DECEA, a CISCEA e a Fundação Atech. Outra importante colaboração do efetivo do SISCEAB, desta vez do Esquadrão Profeta (1º/º GCC), foi inserida nesta edição, na seção Usina de Ideias. Constatamos a inovação criativa do Primeiro Tenente Luiz Claudio, que produziu uma estrutura metal como case para apoiar, guardar, embalar e proteger condicionadores de ar nos transportes de cargas nas aeronaves C-130, durante as operações militares. O comprometimento vem mudando a cultura do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Salvador e o comportamento do efetivo, mantendo alto nível de excelência em qualidade e segurança operacional. Assim, em reportagem, contamos um pouco do que tem acontecido naquele DTCEA, em prol da melhoria do Sistema. Outro envolvimento de sucesso será a reinauguração da Sala de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro, no Museu Aeroespacial (MUSAL), no Rio de Janeiro. Um trabalho de excelente qualidade realizado pela equipe da Assessoria de Comunicação Social do DECEA. Aguarde! Quem tiver oportunidade, vá conhecer a nova estrutura atualizada do nosso espaço no MUSAL.
Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ramon Borges Cardoso Diretor-Geral do DECEA
Artigo
A mentoria como
ferramenta formativa Você tem alguém que lhe influenciou em algum momento de sua vida? Alguém que lhe marcou ao ponto de você procurar fazer as coisas como ele? Você tem alguém que sempre lhe busca para aconselhá-lo? Se você respondeu afirmativamente a alguma destas perguntas, você tem ou já teve um mentor Por Tenente Especialista em Comunicações Alexander de MELLO Lima Chefe das Seções Técnica e Administrativa do DTCEA-SJ melloaml@dtceasj.gov.br
4 AEROESPAÇO
“Para saber como é a estrada adiante, pergunte a quem está voltando” provérbio chinês
sorvido pelos mais modernos. O problema é que nem todo conhecimento tácito consegue ser explicitado, em formato de normas, manuais e outros. Assim, o conhecimento organizacional fica atrelado a alguns indivíduos e pode ser perdido na partida destes.
É preciso que a geração Y tenha a humildade de reconhecer que o preparo acadêmico não constitui todo o potencial humano. Todos nós temos muito a aprender com a sabedoria presente nos mais experientes, que talvez não tenham tido acesso a tanta informação, mas tiveram tempo e viEu mesmo tenho vívida a lemvência para transformar conhecimenbrança de ter sido mentoreado to em sabedoria. com sucesso A palavra “mentor” tem por um oficial A mentoria é uma forma de transmissão direta do sua origem na mais antigo. conhecimento tácito, proporcionada através de profissionais mitologia da Quando me Grécia Antiga. mais experientes que atuam como orientadores e formei no CurA História conconselheiros de profissionais mais modernos so de Formata que quando ção de Oficiais Odisseu partiu Especialistas Diagrama de transmissão de conhecimento para a lendáde Aeronáutiria Guerra de ca (CFOE), fui Tróia confiou a diretamenguarda de sua te comandar esposa, Penéum Destalope, e de seu filho, Telêmacamento de co, ao seu amiControle do go Mentor. Espaço Aéreo A guerra de (DTCEA) isoTróia durou lado, com cerdez anos e ca de 50 suOdisseu levou bordinados. mais do que Não possuía esse tempo A geração Y ou geração Intervivência como oficial e só contaviajando de volta para casa. Neste net, nascida após os anos 80, é va com o conhecimento teórico período, Mentor teve muito trabalho cada vez mais presente nas fileiobtido em um ano de estudos no para cuidar de Penélope e da fazenda ras da Força Aérea Brasileira e é Centro de Instrução e Adaptação de Odisseu e ainda instruir o jovem dotada de uma grande facilidade Telêmaco. Vendo a dificuldade da sida Aeronáutica (CIAAR). para trabalhar com diversas intuação, a deusa Atena resolveu ajudar Sozinho na Chapada dos Guie se disfarçou de Mentor, sussurrando formações. Esta geração de nomarães, Mato Grosso, lembrei sábios conselhos ao jovem Telêmaco, vos profissionais cresceu com as de um instrutor que ministrou que tornou-se um grande e sábio honovas mídias, principalmente a uma palestra sobre “Comando mem. Baseado nesta história grega, Internet, tendo acesso a uma inde DTCEA”. Na primeira dúvida, mentor passou a ser sinônimo daquefinidade de dados e informações, liguei para o experiente oficial le que instrui com sábios conselhos. mas nem sempre são capazes de que já contava com vários anos Antes da Revolução Industrial era transformar esta informação em a frente de destacamentos. Ducomum que as famílias entregassem conhecimento e muito menos seus jovens filhos a mentores que rante meus anos de comando ele em sabedoria, ou seja, o conheiriam instruí-los em algum ofício. Os foi um conselheiro presente, me cimento aplicado a vida. aprendizes cresciam à sombra da exmentoreando em diversas ocasi-
ões. É importante que o conhecimento tácito presente nos profissionais mais antigos seja transformado em conhecimento explícito para, então, ser abAEROESPAÇO
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periência de artesãos capazes, até que eles mesmos se tornassem oficiais para o desempenho da atividade escolhida. Como não existe nada novo debaixo do sol, a prática da mentoria volta à evidencia, desta vez com o pomposo nome de mentoring. Grandes corporações e universidades em todo o mundo vêm adotando programas de mentoria no treinamento de seus novos executivos e cada vez mais esta prática tem demonstrado que a boa e velha sabedoria dos relacionamentos pessoais para a transmissão de conselhos é uma excelente ferramenta para o desenvolvimento humano. Neste ponto é importante diferenciarmos a mentoria ou mentoring de coaching, outra palavra do moderno dicionário organizacional. O coaching é um processo de treinamento focado no desenvolvimento. A pessoa mais experiente possui uma ascendência posicional e atua como um treinador, preparando o instruendo para atingir algumas metas. Já o mentoring está focado na pessoa do instruendo e é executado por alguém da confiança deste para aconselhá-lo. Invariavelmente o mentoring constitui uma relação de mão dupla do tipo ganha-ganha. “Coaching está mais relacionado com instruir e direcionar (Push Approach); Mentoring está mais relacionado com escutar, aconselhar e influenciar (Pull Approach)"
Tipos de Mentoria De forma geral, existem sete tipos de relacionamentos que poderíamos classificar como mentoria. Estes tipos variam de acordo com a forma e a intensidade da relação mentor-discípulo.
Mais intencional
Discipulador Intensivo
Guia Treinador Conselheiro
Ocasional
Mestre Padrinho
Passivo
Menos intencional
Contato Divino
A mentoria pode ser bastante intensa, assumindo uma forma de discipulado, de forma que o mentoreado passe boa parte de seu tempo andando junto ao mentor e vendo-o agir em cada situação ou pode ser tão limitado como o chamado “contato divino”, em que ocorre um único encontro e a pessoa lhe dá uma dica que praticamente muda seu rumo. Algumas vezes, o mentor assume o papel de conselheiro ou mestre. Quando mentor e mentoreado combinam um encontro semanal, compartilham as experiências da semana.
Níveis de relacionamentos de mentoria: 1 - relacionamento com alguém mais experiente que você, onde você será mentoreado por ela; 2 - relacionamento com alguém menos experiente que você, onde você será o mentor desta pessoa; 3 - relacionamento com pessoas do mesmo nível de experiência que você, onde ocorrerá a mentoria mútua.
MENTORING
COACHING
FOCO
Individual
Desempenho
PAPEIS
Agenda definida em conjunto
Agenda Pré-Definida
RELACIONAMENTO
Você escolhe
Ligado a atividade
FONTE DE INFLUÊNCIA
Valor percebido
Posição
RETORNO PESSOAL
Aprendizado
Desempenho
CENÁRIO
Vida
Atividade Específica
A mentoria é uma experiência relacional, onde um capacita o outro, compartilhando suas experiências profissionais e pessoais 6 AEROESPAÇO
De certa forma, todos nós já travamos contato com estes tipos de mentores, intencionalmente ou não, pedindo a uma pessoa que nos guie em um determinado processo da vida ou buscando o conselho de um amigo em um momento de dificuldade.
Não basta que você tenha alguém mais experiente para lhe passar instruções. É importante que estas ins-
Níveis de Mentoria
truções sejam amadurecidas no relacionamento com pessoas do mesmo nível e depois sejam sedimentadas através da transmissão a outros com menos experiência que você.
A mentoria mútua pode ser com pessoas de dentro ou de fora da organização, sendo ideal que ambos os tipos de relacionamentos ocorram simultaneamente, possibilitando um enriquecimento das experiências compartilhadas
Mitos sobre a mentoria
Só posso ter um mentor. Na verdade, devemos manter múltiplos mentores. É salutar que tenhamos um mentor em cada área da vida em que desejamos nos desenvolver. No aspecto profissional, devemos buscar mentores específicos para cada área e cada momento. Se alguém foi seu mentor, enquanto você exercia uma determinada função, poderá não ser o ideal quando você trocar de função. É hora de acionar outro mentor. O mentor tem que ser mais velho. Na verdade , o mentor deve ser mais experiente. A mentoria não está associada a idade e sim a vivência da pessoa em uma determinada área em que se concentra a mentoria. Ambos podem ter a mesma vivência e compartilharão experiências, sendo a idade irrelevante neste processo. Fato é que em muitos aspectos também temos muito a aprender com pessoas mais novas. Eu não preciso de um mentor. Na verdade, todos nós crescemos enquanto nos relacionamos. A dúvida é se somos conscientes desta influência mútua e se fomos capazes de escolher as pessoas que terão o direito de nos influenciar. A prestação de contas presente na mentoria é uma outra vantagem da qual não podemos abdicar. Eu não devo ser um mentor. Todas as pessoas têm algo a transmitir e certamente você detém conhecimento em alguma área específica ou possui uma habilidade que pode compartilhar com alguém. Enquanto você é mentor de alguém, você também cresce. Conhecimento Organizacional A mentoria é uma ferramenta formativa que se bem administrada pode possibilitar ao profissional que labuta no SISCEAB um desenvolvimento continuado, uma vez que os colaborado-
Como desenvolver um processo de mentoria
1 - O primeiro passo é você assumir a responsabilidade pelo seu desenvolvimento continuado. Você não deve limitar seu desenvolvimento as iniciativas da organização através de cursos e treinamentos formais. 2 – Você deve determinar as áreas profissionais e outras em que deseja se desenvolver, estabelecendo metas pessoais, que depois deverão ser discutidas com seu mentor. Este é um exercício de reflexão e autoconhecimento que é contínuo. 3 – O terceiro passo é identificar potenciais mentores que possuem reconhecida competência (conhecimentos – habilidades - atitudes) na área que você deseja se desenvolver. 4 – O quarto passo é baseado em estabelecer um contato com os possíveis mentores. Este primeiro contato consiste em um convite para almoçar ou um café, expor suas intenções e por fim realizar o convite. 5 – Por fim, é necessário que os termos da mentoria sejam estabelecidos. Embora seja uma relação de aprendizado informal e que é necessário manter esta informalidade, os entes devem fazer um contrato de aprendizado, por escrito ou não, em que estabeleçam os limites da mentoria, o prazo, a periodicidade dos encontros, a confidencialidade, os alvos e os limites da prestação de conta.
res menos experientes, principalmente os recém-ingressos no Sistema, podem se apropriar da experiência e da vivência de profissionais mais antigos, não permitindo assim que o conhecimento organizacional se perca com a renovação do efetivo.
A exemplo do que já acontece com a figura do padrinho em alguns esquadrões operacionais e com o tutor em alguns órgãos de controle, a gerência executiva pode e deve apropriar-se também da mentoria. AEROESPAÇO
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Seção
Usina de ideias
Estrutura metal como case
de condicionadores de ar Por Primeiro Tenente Especialista em Comunicações LUIZ CLÁUDIO Araújo Chefe da Subseção de Mobilidade do 1º/1º GCC - Esquadrão Profeta claudiolcca@gmail.com
“A proteção em estrutura metálica vazada é muito útil na conferência do material” - Tenente Luiz Cláudio
Constatamos a inovação criativa do Primeiro Tenente Luiz Cláudio, que produziu uma estrutura metal como case (embalagens especiais) para apoiar, guardar, embalar e proteger condicionadores de ar nos transportes de cargas nas aeronaves C-130 durantes as diversas operações militares. A mobilidade é um fator muito importante que é levado em consideração para garantir o êxito da missão. Os equipamentos devem ser transportados com segurança e não podem ser danificados durante a viagem e o armazenamento deve ser em cases. 8 AEROESPAÇO
Os antigos cases O Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º/1º GCC - Esquadrão Profeta) é subordinado ao Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC) e apoia as Unidades Aéreas em missões operacionais com o suporte de comunicações e infraestrutura nas localidades em que se faz necessário. Para isso torna possível que vários equipamentos e materiais sejam transportados às localidades de atuação. Os antigos cases dos condicionadores de ar eram eficientes durante os transportes. Durante as missões, os condicionadores de ar eram tirados dos cases para utilização. Com isso, era necessário mais espaço para guardá-los. Porém, na volta da missão, o seu armazenamento e a sua conferência eram difíceis, pois os cases eram feitos em madeira, todos fechados.
A inovação criativa O 1º/1º GCC buscou a inovação e saiu do tradicional. O armazenamento dos condicionadores de ar em case tem como função principal a sua proteção contra amassos por amarras em paletes e outros materiais que sejam colocados por cima dos condicionadores de ar. Para essa função, não há uma necessidade dos cases serem totalmente fechados. Uma proteção em estrutura metálica reforçada atende muito bem a esses objetivos.
As vantagens A proteção em estrutura metálica vazada é muito útil na conferência do material, não precisando retirar o condicionador de ar do case para fazer a verificação. A retirada só será necessária quando houver manutenção corretiva no equipamento. As estruturas metálicas de proteção dos condicionadores de ar podem ser colocadas umas por cima das outras ou uma ao lado da outra, funcionando como estante de armazenamento. Quando em utilização, os condicionadores de ar não precisam se retirados da estrutura metálica, pois ela não impede a ligação do aparelho nem a sua utilização. Nesse caso, a estrutura metálica funciona como suporte.
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A mobilidade é um fator muito importante que é levado em consideração para garantir o êxito da missão
As estruturas metálicas de proteção dos condicionadores de ar funcionam como estante de armazenamento
Não há, também, necessidade de um local para a guarda dos cases, pois, esses já estão junto com os condicionadores de ar. Dessa forma, eles terão durabilidade maior, pois o contato direto no armazenamento, no transporte e em operação é muito reduzido. Além da estrutura metálica ser muito mais leve que os antigos cases de madeira, quatro alças colocadas de maneira estratégica permitem que quatro pessoas distribuam o peso, ficando muito mais prático o deslocamento. Outra vantagem é a proteção dos equipamentos nos transporte de cargas nas aeronaves C-130 durante as diversas Operações Militares.
A economia Essa inovação, além das vantagens práticas citadas, trouxe também uma grande economia financeira. Antes era preciso um case para o transporte do material, uma estante robusta para guardar e um suporte para o apoio quando em uso. Essa estrutura metálica faz a função dos três objetos com o preço inferior ao case tradicional. A utilização dos espaços dentro do ambiente ficou melhor empregada. Antes era necessário um local para guardar os cases, um para as estantes e outro para os suportes dos condicionadores de ar. Com a estrutura metálica, o espaço ocupado é o mesmo utilizado pelo condicionador de ar, reduzindo – assim - três vezes a área utilizada. AEROESPAÇO
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Reportagem
Transformações no
DTCEA Salvador
Por Daisy Meireles Fotos: arquivos do DTCEA-SV
Comprometimento muda a cultura do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Salvador e o comportamento do efetivo, mantendo alto nível de excelência em qualidade e segurança operacional Nos últimos anos, o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Salvador (DTCEA-SV) tem passado por transformações em busca da melhoria dos processos. Consciente de sua posição dentro do contexto nacional, onde ocupa a quinta posição em movimento aéreo no País e a primeira da região Nordeste, o DTCEA-SV teve que evoluir para acompanhar a 10 AEROESPAÇO
demanda local, tendo em vista que, desde 2009, o índice de movimento na área de Salvador tem crescido em torno de 12% ao ano. O fato virou um ponto estratégico para as empresas aéreas e o turismo local também ganhou impulso. Assim, o DTCEA-SV passou a concentrar grande parte dos voos que passam pelo Nordeste do Brasil. Para acompanhar esse ritmo, os controladores recebem treinamentos práticos no Simulador do próprio Destacamento e, constantemente, recebem reciclagens teóricas sobre atualização da legislação de tráfego aéreo, como também sobre as ocorrências relatadas onde existe a necessidade do aprimoramento do trabalho do controlador para manutenção da segurança operacional. Atento a essas mudanças, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), através do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e
Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), adotou medidas que pudessem ser efetivas para não prejudicar o controle do tráfego aéreo local. Assim, em 2010, o DTCEA-SV foi certificado de acordo com a norma 9001-2008 do Sistema de Gestão da Qualidade, passando a acompanhar e manter uma melhoria contínua dos seus processos, realizando pesquisa de opinião e buscando o cumprimento das metas definidas pelo CINDACTA III, tomando como base a análise dos indicadores. Cabe ressaltar que o DTCEA-SV já adotava uma Política da Qualidade para a área Operacional, porém, a partir desse ano houve um aumento no escopo, passando a integrar o sistema os setores Técnicos e Administrativos, o que dá todo o suporte para o cumprimento da missão do Destacamento. Em 2010, teve início no DTCEA-SV a implantação do Sistema de Geren-
“
Fortalecemos a interação junto ao Comando do CINDACTA III e tivemos o apoio incondicional para o aumento e a capacitação profissional do efetivo técnico e operacional Major Barros
”
ciamento da Segurança Operacional (SGSO), finalizado em março de 2011. As decisões dentro do Provedor de Serviço de Navegação Aérea (PSNA) agora são embasadas dentro de uma política baseada em Gerenciamento do Risco, Análise dos Perigos e ações mitigadores para manter a operação dentro de um risco de segurança aceitável. O Destacamento entendeu que essas ações deveriam ser compartilhadas com outros órgãos e adotou a estratégia de promover a Segurança Operacional tanto interna quanto externamente. Assim, em junho de 2011, o Destacamento promoveu um Encontro de Segurança Operacional e convidou toda a comunidade aeronáutica local, logrando êxito na participação, com um público de 180 pessoas. O Encontro promoveu
a Segurança das Operações Aéreas e a Integração entre os Órgãos prestadores do Serviço de Tráfego Aéreo (ATS) e os Usuários do Sistema de Proteção ao Voo. Na ocasião, foram abordados temas de Navegação Aérea, Performance do P-3 e Perigo Aviário. Seguindo esse pensamento, foram ainda realizados encontros com o Corpo de Bombeiros, com o Corpo de Saúde da Base Aérea de Salvador (BASV) e com funcionários da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (INFRAERO), que trabalham como fiscais de pista. Todos esses eventos trouxeram benefícios para ambas as partes. Nos intervalos, foram incentivadas as conversas informais para integrar o DTCEA-SV na comunidade aeronáutica local e, no fechamento das atividades, o DTCEA-SV organizou uma visita aos órgãos operacionais Torre (TWR) e Controle de Aproximação (APP) de Salvador, visando ao esclarecimento dos assuntos tratados nas palestras. Para a realização do evento houve um esforço muito grande de toda a equipe do Destacamento e marcou, definitivamente, a finalização do processo de implantação do Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional no DTCEA-SV, passando para a fase de monitoramento, de forma a manter a continuidade das ações desse Sistema. O comprometimento do efetivo do Destacamento para manter um alto nível de excelência junto a nova demanda, mesmo com as deficiências da infraestrutura aeroportuária local, foi fundamental para o sucesso dessas implantações. Enfim, pode-
se dizer que as transformações no DTCEA-SV mudaram sensivelmente o comportamento e a cultura da Organização, tornando o efetivo mais participativo e consciente de sua missão e do caminho a ser seguido para esse fim, trazendo ao final um maior benefício para os usuários desses serviços. No comando do DTCEA-SV, desde 13 de fevereiro de 2009, está o Major Roberto Barros de Oliveira. O Destacamento tem 33 anos de atividades e um efetivo com 145 pessoas. A motivação do Comandante é estar à frente de uma equipe comprometida, permitindo que ele coloque em prática todos os seus conhecimentos, ganhando experiência na carreira militar. A missão do DTCEA-SV é a supervisão e a execução das atividades relacionadas com a proteção ao voo, na área de sua responsabilidade, a manutenção preventiva e corretiva dos equipamentos de proteção ao voo e apoio administrativo necessário ao seu funcionamento. Parece, basicamente, o que todos os DTCEAs realizam, mas o diferencial está no próprio efetivo do Destacamento de Salvador, que tem demonstrado uma força integrada, responsável e aguerrida na busca da atualização profissional. O efetivo também vem acompanhando a modernização da legislação e dos procedimentos de
A inclusão das famílias dos servidores civis e militares no Programa de Visitas
AEROESPAÇO 11
Na Sala Técnica, a manutenção das atividades do Sistema de Qualidade
controle de tráfego pela conscientização do trabalho em equipe e pela segurança aérea. Esse diferencial foi verificado em um dos momentos mais críticos no DTCEA-SV, fato contado pelo próprio Comandante: o incêndio ocorrido na sala do suprimento. “A fumaça tomou conta do ambiente de trabalho. A equipe da torre foi informada e orientada a sair do local. No entanto, prontificou-se a permanecer ali para prover o controle de tráfego aéreo para as aeronaves que estavam em voo. A equipe do APP, mais afetada pela quantidade de fumaça no ambiente, deslocou-se para a Torre de Controle (TWR) e ativou uma posição para manter a segurança das aeronaves que estavam sob o meu controle”. Major Barros atuou em conjunto com os Controladores de Tráfego Aéreo (ATCO) da TWR, visando à manutenção da segurança do tráfego aéreo. Nesse episódio, o impacto para o movimento aéreo foi mínimo e passou despercebido pelos usuários, pois não houve sequer alguma reclamação sobre a prestação do serviço. “Quando acionado pelo CINDACTA III para ativação de órgão de controle fora da sede, a equipe do APP estava pronta em apenas uma hora para embarque e execução das atividades de controle de aproximação em Comandatuba, realizada com profissionalismo e segurança”, nos conta o Major Barros, orgulhoso da equipe comprometida. 12 AEROESPAÇO
No APP-SV, o comprometimento intensivo do efetivo
Na ocorrência de problemas técnicos, toda a equipe é mobilizada. Todos trabalham em conjunto e a qualquer tempo para solucionar as panes dos equipamentos, dando a segurança necessária para que os controladores prestem os serviços de tráfego aéreo aos usuários do sistema. Cabe, ainda, ressaltar que o efetivo da administração mantém-se atento a todas as necessidades dos companheiros técnicos e operacionais, de forma que os mesmos possam dedicar-se com segurança nas suas atividades, sem se preocuparem com a burocracia diária.
A Qualidade O CINDACTA III impulsionou o Gerenciamento da Qualidade e hoje há um sistema corporativo. Assim, todos os Destacamentos a ele subordinados estão certificados pelo Instituto de Fomento Industrial (IFI), órgão responsável pela certificação e são corresponsáveis pela certificação da Sede como um todo. No DTCEA-SV, o processo de certificação ocorreu de maneira tranquila, segundo o Comando, justificando que todo o efetivo estava diretamente envolvido no processo e comprometido com o alcance do objetivo final de elevar o CINDACTA III a certificar todos os seus Destacamentos subordinados. Atualmente, o Destacamento de Salvador vem caminhando pautado nas normas que regem o Sistema de Gerenciamento da Qualidade (SGQ)
e tem passado por diversas auditorias com um mínimo de não-conformidades. “A meta é atingir a perfeição e, com isso, elevar o nível de segurança e qualidade nos serviços de controle do espaço aéreo” – declara com entusiasmo o Major Barros. O aeroporto internacional de Salvador possui o maior movimento de aeronaves da Região Nordeste e o 5º no Brasil. Esse fato faz diferença para as atividades do Destacamento local, já que exigiu da Alta Direção do CINDACTA III uma participação ainda maior dentro do DTCEA-SV. E assim tem sido, segundo opinião do próprio Comandante: “Fortalecemos a interação junto ao Comando do CINDACTA III e tivemos o apoio incondicional para o aumento e a capacitação profissional do efetivo técnico e operacional”. Ele ressalta, também, que conseguiu manutenção e implementação de novos equipamentos, adequação da circulação aérea na CTR e TMA, atualização dos procedimentos de saídas e chegadas das aeronaves e no aprimoramento da infraestrutura do ambiente de trabalho – investimentos exigidos pelas necessidades do Destacamento.
O Sistema de Gerenciamento da Segurança Operacional A segurança operacional tem sido uma das metas do DECEA. Logo, é uma atividade implementada com afinco por todos os DTCEAs. E não
A Auditoria do IFI, em 2010
foi diferente para o de Salvador, já que o Gerenciamento da Segurança Operacional foi implementado atingindo todas as metas do sistema. Major Barros conta o sucesso da implementação do SGSO no DTCEA-SV: “Inicialmente, baseamos as ações nas medidas reativas e demos continuidade no processo com a implementação de medidas proativas e preditivas para identificação e mitigação dos perigos recorrentes e dos novos perigos identificados nos serviços de controle tráfego aéreo”. O início da implementação do SGSO foi importante para o aprendizado de algumas OM. Muitas ganharam experiência, verificando o que podia ser modificado e melhorado, além de aprenderem umas com as outras. A experiência do DTCEA-SV foi aprender a identificar e mitigar com mais agilidade as deficiências técnicas e operacionais que afetam a segurança do tráfego aéreo, através do aumento da consciência situacional de todo o efetivo. O Comandante do DTCEA-SV revela que, a partir da implementação passaram a ter uma maior participação nos reportes de ocorrências, o que possibilitou uma atuação mais rápida e eficaz na solução dos problemas. Quantos aos benefícios do SGSO para o DTCEA-SV, destacamos que o efetivo passou a conhecer os reais perigos que afetam o seu serviço.
Na Seção de Administração, o envolvimento do efetivo em prol de todo o DTCEA-SV
Ressaltamos, ainda, que as medidas mitigadoras adotadas para os perigos recorrentes trouxe um nível aceitável.
As metas e os planos de ações
Na área técnica e operacional, a meta do DTCEA-SV é a manutenção das atividades do Sistema da Qualidade, assim como a continuidade da implementação do SGSO. O aumento da área de controle da TMA de 40NM para 60NM e do FL145 para o FL195 é outra meta que vai agilizar os sequenciamentos de tráfego aéreo entre o ACC e o APP. Haverá, ainda, a implementação da autorização automática de plano de voo entre a TWR e o ACC e a manutenção dos elevados índices de disponibilidade dos auxílios à navegação aérea.
O congraçamento do efetivo Na área social, a proposição de uma maior participação do efetivo dentro das atividades do Destacamento e uma melhoria no convívio, ou seja, maior congraçamento entre todos os setores. O DTCEA-SV atingiu um nível de congraçamento e participação do efetivo nas atividades, que há algum tempo não acontecia no Destacamento, havendo a inclusão das famílias dos servidores civis e militares nesse contexto.
O apoio A proximidade com a Base Aérea de Salvador (BASV) traz muitos benefícios, pois, diversos problemas administrativos que outros destacamentos necessitariam de se dirigir ao CINDACTA III, em Salvador podem ser resolvidos facilmente em sede. Além disso, a BASV apoia o Destacamento em diversas atividades: área médica, disponibilização de Próprio Nacional Residencial (PNR) para o efetivo, segurança das instalações etc. A subordinação ao CINDACTA III, comandado pelo Coronel-Aviador João Batista de Oliveira Xavier, tem sido decisiva para o desenvolvimento das atividades técnicas e operacionais. “O canal de comunicação é direto, sem encontrarmos quaisquer barreiras. As constantes interações das áreas técnicas no apoio às manutenções, operacional com o desenvolvimento de novos procedimentos que otimizam a atividade e a participação da área administrativa com orientações, acompanhamento da rotina e dos aspectos sociais e, principalmente, dos investimentos na infraestrutura para proporcionar o bem-estar dos efetivo, são os alicerces para a evolução do DTCEA-SV e para a transposição dos obstáculos encontrados no dia a dia” – avalia e finaliza o Major Barros. AEROESPAÇO 13
Artigo
Simulação de
Controle de Tráfego Aéreo Por Major Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Victor Vargas FARINHA Júnior Chefe do Laboratório em Pesquisa do ICEA farinha@icea.gov.br
O Instituto de Controle do Espaço Aéreo disponibiliza um novo produto de simulação de Controle de Tráfego Aéreo compatível com o estado da arte requerida pelo Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro 14 AEROESPAÇO
Histórico
A integração funcional dos quatro ambientes de simulação de Centro de Controle de Área (ACC) e Controle Terminal (APP) do Laboratório de Simulação do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) possibilita o treinamento mais aperfeiçoado aos Controladores de Tráfego Aéreo (ATCO), com a inclusão de procedimentos associados às novas tecnologias de navegação e vigilância do espaço aéreo. Inicialmente, os recursos de simulação, correspondentes a 32 posições de controle foram implantados no Laboratório de Simulação em quatro ambientes isolados e distintos, cada qual com oito consoles e 18 posições de pilotagem.
AEROESPAÇO 15
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Os cenários de simulação eram reduzidos para a infraestrutura disponível
Equipe responsável: 1S Valdez, 1S Ivo, 2S Aristóteles, Cap R1 José Carlos, Ten Cel R1 Xavier, Cv Alexandre Magno, CV Elisa, CV Amarildo, 2S Chiapeta e 2S Josenaldo
Sala de Plotagem Simulada
Nessa arquitetura independente, cada ambiente atuava como se fosse um simulador, podendo representar qualquer órgão de Controle de Tráfego Aéreo (ATC) - ACC ou APP - limitado a oito setores de controle. Considerando as características dos principais órgãos ATC do Brasil, esta restrição provocava uma limitação no treinamento, porque os cenários de simulação eram reduzidos para a infraestrutura disponível.
Para atender a essas necessidades, o ICEA, conforme orientação do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), realizou estudos para a integração total dos ambientes de simulação, concluindo por um projeto que envolveria o desenvolvimento de software e a aquisição de hardware. Logo, deveria ter os seguintes participantes: o DECEA, a Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), o ICEA e a Fundação Atech.
Um cenário desejado
Desenvolvimento e execução do projeto
A limitação existente, embora não provocasse qualquer restrição no processo de capacitação inicial do ATCO, não atendia à demanda de treinamento para as necessidades atuais do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), principalmente nos aspectos relacionados às novas estruturas de rotas e procedimentos associados à navegação baseada em performance (PBN) e, ainda, ao treinamento integrado envolvendo diversos órgãos ATC.
Uma vez instaurado o projeto, cada participante deveria executar suas tarefas:
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DECEA
- Definição das diretrizes para integração dos ambientes. - Disponibilização de recursos para aquisição de computadores para emprego pela nova versão do Simulador Radar de Baixo Custo (SRBC).
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A limitação não atendia à demanda de treinamento para as necessidades atuais do SISCEAB
Integração dos Sistemas Sagitario e X-4000
Treinamento integrado de capacitação para ATCO
ICEA
CISCEA
- Implementação das seguintes alterações no SRBC, culminando com a nova versão 5.0: • suporte à multiárea, isto é, possibilidade de interligação de exercícios de áreas de controle diferentes em ambientes diferentes (integração de informações de vigilância: pistas, planos de voo); • integração das posições de pilotagem dos distintos ambientes de simulação (ampliação de 18 para 72 posições de pilotagem); • integração das posições de controle dos distintos ambientes de simulação (ampliação de oito para 32 posições de controle). - Preparação de uma base de dados que permitisse os testes de integração. - Alteração da rede que interconecta as posições de pilotagem. - Elaboração e teste de exercícios na nova configuração. - Ações junto à Atech para adaptação do simulador STVD X-4000 / STVD Sagitario do Laboratório de Pesquisa em Simulação para possibilitar funcionamento em sala dividida e permitir testes iniciais do SRBC 5.0.
- Em conjunto com a Fundação Atech, fazer a coordenação necessária à integração, para adequação dos Sistemas de Tratamento e Visualização de Dados (STVD).
ATECH - Interligação física dos quatro servidores de tratamento de plano de voo do Laboratório de Simulação. - Adaptação do software do X-4000 e do Sagitario para possibilitar a integração dos quatro ambientes. - Adaptação do simulador STVD X-4000 / STVD Sagitario do Laboratório de Pesquisa para possibilitar funcionamento integrado das salas.
Testes em campo e aprovação Após executadas todas as tarefas listadas, no período de 22 a 29 novembro de 2010, foram realizados vários testes de integração do sistema, tendo sido aprovada a nova configuração em 30 de novembro de 2010. Assim, o ICEA apresenta um novo produto de qualidade e excelência para o SISCEAB. AEROESPAÇO 17
Artigo
Por Capitão QOEA CTA JORGE AUGUSTO Martins*
Introdução Segundo a Instrução do Ministério da Aeronáutica (IMA) 37-11 (Avaliação no Ensino), “a avaliação é uma atividade de suma importância dentro do contexto educacional. É por seu intermédio que se toma conhecimento da eficiência das ações empreendidas em direção aos objetivos propostos, retroalimentase o planejamento do ensino, examina-se o mérito de um determinado programa e se colhem subsídios- para a tomada de decisões”. Para tanto, o Comando da Aeronáutica preconiza a atuação nos cinco campos da avaliação: discente, instrução, docente, meios de avaliação e currículo.
A ferramenta SGEW Há aproximadamente três anos, o Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) passou a utilizar a ferramenta SGEW (Sistema de Gestão do Ensino Via Web), tomando como requisitos as necessidades operacionais e especificações da equipe da Subdiretoria de Ensino do Instituto. Tal Sistema é composto por módulos, dentre os quais se destacam: planejamento, execução e avaliação. Em função das enormes demandas e de características próprias, a Divisão de Avaliação tomou a iniciativa de utilizar módulo específico, o qual veio a substituir os antigos aplicativos empregados na época. 18 AEROESPAÇO
Avaliação on-line é a ferramenta que foi implementada com sucesso nas atividades de capacitação - mais especificamente no Instituto de Controle do Espaço Aéreo No tocante à Avaliação da Aprendizagem, todo o banco de itens de teste existente foi incorporado pelo SGEW. Nas atividades de Avaliação de Cursos, o ganho de tal iniciativa veio a trazer inestimável agilidade a todos os processos. Neste setor, são preenchidas diariamente: • ficha de crítica do coordenador sobre o docente/ disciplina; • ficha de crítica do docente/instrução; • ficha de crítica de final de curso; • relatório de avaliação de final de curso do coordenador; • ficha de opinião do docente; • formulário de crítica espontânea; • outros documentos.
Qualidade da instrução Estas ferramentas garantem a qualidade do ensino, pois a partir das informações nelas contidas é redirecionada toda a estrutura da instrução de cada curso. Nos anos de 2009 e 2010, o ICEA capacitou mais de dois mil alunos em cada ano, com a execução de mais de 90 cursos anuais. Com esta demanda, é gerada uma significativa quantidade de dados para serem tratados, interpretados e tabulados, que propiciam as informações necessárias para os redirecionamentos pela Divisão de Planejamento, garantindo, assim, a qualidade da instrução.
Equipe do setor de Avaliação: Cap Esp Aer CTA Jorge Augusto, Cv Osvaldir, SO SDE Elton, 3S SIN Germano e SO BMT Trindade
Esse trabalho, que era todo manual, hoje é realizado por meio do acesso ao sistema on-line na página do ICEA (com login e senha). O preenchimento completo de todos os formulários tornou-se veloz e dinâmico. Atualmente, e a qualquer momento, o sistema pode ser alimentado por inclusões dos mais variados tipos de formulários que sejam necessários. A partir daí, providências de ajustes são tomadas em tempo real, ficando tudo registrado no aplicativo. Ao longo da execução dos cursos, ainda, são veiculadas mensagens e alertas aos alunos, instrutores e coordenadores, o que permite a agilidade imprescindível às comunicações entre todos esses participantes do processo. Ao final de cada curso, é gerado um relatório final, contendo comentários, graus e gráficos, expressando os resultados consolidados dessa avaliação, nos aspectos dos cinco campos (discente, instrução, docente, meios de avaliação e currículo). Esse relatório é tratado e interpretado, circulando posteriormente por todos os setores da Subdiretoria de Ensino, para a tomada das providências cabíveis, setorialmente. Também on-line os respectivos setores registram as ações adotadas nos “formulário de providências”. Os docentes, por sua vez, também recebem a avaliação de desempenho que foram elaboradas referentes à sua instrução. A Subdivisão de Avaliação de Cursos tem recebi-
do muitos agradecimentos por possibilitar o acesso dessa informação pelos instrutores, o que certamente contribui para o aprimoramento do processo.
Excelência e qualidade Com a utilização da ferramenta, o ICEA teve significativo ganho em produtividade e agilidade em todo o processo de manutenção da qualidade dos cursos oferecidos pelo Instituto. O SGEW é uma iniciativa da Subdiretoria de Pesquisa do ICEA e permite maior agilidade e integração das informações necessárias para a qualidade da instrução no Instituto. Assim, o ICEA segue no caminho da excelência e da qualidade em todos os seus produtos e serviços, com os agradecimentos aos profissionais que contribuem nessa trajetória de sucesso. * O autor é Chefe da Seções de Avaliação da Aprendizagem e de Avaliação de Cursos do ICEA, membro da Comissão de Implantação do Programa de Capacitação de Instrutores do SISCEAB, preparador de Cursos TRAINAIR, instrutor dos cursos: Preparação de Instrutores (CPI) – CIEAR, CTP001, CTP006 e possui Licenciatura Plena em Pedagogia e Especialização em Pedagogia Empresarial. jorgeaugusto@icea.gov.br
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Reportagem
Por Telma Penteado Fotos: Fábio Maciel e Filipe Bastos
Quais são as autoridades que emprestam seus nomes às ruas Nosso País é mesmo maravilhoso. A despeito dos inúmeros problemas nas áreas de saúde, educação e segurança, que estão sempre presentes na conjuntura das grandes cidades de todo o mundo, nosso Brasil presenteia seu povo e os turistas que constantemente nos visitam com incontáveis colírios para os olhos. Praias, montanhas, Chapadas, Pantanal, Floresta Amazônica... Climas de intensos frio e calor. Sotaques de diferentes cores e comidas de inúmeros sabores. Tomemos a cidade do Rio de Janeiro por exemplo. Praias internacionalmente famosas, montanhas, cachoeiras, monumentos de fama mundial, praças, construções modernas e antigas e diversos pontos e atrações turísticas contam, uma a uma, a história não só da cidade, como do nosso próprio País. Quantos de nós já não tivemos a oportunidade de passear pelos bairros do Rio e apreciar as construções antigas, vendo de perto os palcos onde pisaram e viveram reis, príncipes regentes, escravos, heróis de guerra e figuras ilustres que fizeram nossa história? E andando pelas ruas desta cidade, por suas praças e pontos turísticos, certamente muitos de nós já nos perguntamos quem são as pessoas que emprestam seus 20 AEROESPAÇO
nomes a esses lugares e o que fizeram de tão relevante para merecerem essas homenagens. Pois bem. Foi justamente essa curiosidade que levou o carioca Carlos Alberto de Lima, Coronel da Reserva do Exército Brasileiro, pesquisador e escritor a responder essas perguntas. “Sempre que passava pelo Túnel Rebouças ou pelo Elevado Paulo de Frontin, perguntava-me quem seriam as pessoas que emprestavam seus nomes àquelas obras públicas. Além disso, o que teria feito de tão importante para merecer esse destaque. A curiosidade me levou a pesquisar para obter respostas às minhas indagações”. Assim, Carlos Alberto de Lima inicia seu livro “Nomes que marcam o Rio”, lançado em 2008. Dentre tantas explicações que o autor nos oferece, está o fato de que, por ter sido capital do Brasil, o Rio de Janeiro possui diversas ruas e prédios públicos com nomes de pessoas de grande importância em nossa história, desde o tempo do descobrimento do País. “Embora pareça um trabalho fácil, a pesquisa sobre ruas e biografias de algumas personalidades não é uma tarefa das mais simples, tendo em vista que al-
guns nomes estão grafados de forma diferente, inclusive em vários textos e endereços eletrônicos oficiais, como por exemplo: Prudente de Moraes e Vinícius de Moraes – Moraes ou Morais? Souza Aguiar – Souza ou Sousa?”, explica Carlos Alberto. Ao longo de sua pesquisa o autor visitou bibliotecas públicas, a Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, o Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (IPP), a Biblioteca da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (ALERJ) e a Câmara Municipal, além de diversos sites correlatos ao tema em questão. Outra curiosidade que Carlos Alberto nos apresenta é o Decreto nº 26.193, de 25 de janeiro de 2006, que dispõe sobre como se dá nome a logradouros e equipamentos públicos da cidade do Rio de Janeiro. O referido Decreto constitui uma Comissão Carioca de Nominação de Logradouros e Equipamentos Públicos, composta pelas Secretarias Municipais das Culturas e por elas coordenada. Ficam, então, envolvidos a Secretaria de Urbanismo, o Gabinete do Prefeito, o Departamento Geral de Patrimônio Cultural e o Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos.
Segundo a educadora, historiadora e pesquisadora Marieta Borges Lins e Silva, “no passado, costumava-se atribuir nomes poéticos às ruas, aos bairros. Nomes que celebrassem a paz e a harmonia do universo. Ou que lembrassem acontecimentos marcantes. No Recife e em Olinda, são célebres os nomes dos logradouros antigos como Rua da Alegria, da Amizade, do Sol, da Aurora, da União, da Saudade, da Bela Vista, entre outras”. Tempos depois é que autoridades resolveram atribuir aos logradouros, às instituições e até mesmo às cidades, nomes de pessoas que considerassem ilustres e importantes para a região. Por exemplo: Maricota, em Pernambuco, que hoje se chama Município de Abreu de Lima. De acordo com a Constituição do Estado de Pernambuco, por exemplo, atualmente não mais se pode fazer homenagens desse tipo – atribuindo nomes de pessoas às ruas e prédios públicos – somente sendo possível em caso de homenagens póstumas. Por conta de polêmicas a cerca das pessoas escolhidas para serem homenageadas com seus nomes em ruas, prédios e municípios, essa prática foi freada e a quantidade de indicações reduzida significativamente. AEROESPAÇO 21
Seja como for, nosso País ainda guarda incontáveis logradouros, instituições e regiões que fazem alusão a datas e pessoas que, de alguma forma, tiveram destaque em nossa história. E esta Reportagem Especial traz alguns exemplos destas homenagens com explicações retiradas de sites e livros, com suas respectivas fontes mencionadas ao final. Boa viagem pelo Brasil e pelo tempo! Rua Almirante Tamandaré - Flamengo, Rio de Janeiro - RJ Joaquim Marques Lisboa (1807- 1897) - Militar brasileiro e Patrono da Marinha de Guerra do Brasil. Seu nome esteve sempre tão ligado aos empreendimentos navais brasileiros que sua história se confunde com a da própria Marinha. Filho de um capitão de milícias, desde pequeno viajava, atento às manobras dos barcos e às práticas de navegação. Depois de proclamada a Independência, quando da organização da Marinha empreendida por D. Pedro I, alistou-se como voluntário e, aos 15 anos, embarcou como praticante de piloto na fragata Niterói, sob o comando do Almirante João Taylor. Em 1848, recebeu na Inglaterra a fragata D. Afonso, primeiro navio misto – a vela e a vapor – de grande porte da armada nacional. Grande amigo de D. Pedro II, na Proclamação da República entristeceu-se com a deposição do monarca, de quem foi despedir-se no caminho para o exílio. Dois meses depois pediu reforma, mas permaneceu no cargo de ministro do Supremo Tribunal Militar, do qual exonerou-se poucos dias antes de morrer. No dia do seu nascimento, 13 de dezembro, comemora-se o Dia do Marinheiro.
do se dirigia para integrar a Coluna Prestes. Com a subida ao poder de Getúlio Vargas, dedicou-se à carreira militar, na criação do Correio Aéreo Militar, que viria a se tornar o Correio Aéreo Nacional, embrião da Força Aérea Brasileira. Em 1935, comandou o 1º Regimento de Aviação contra o levante conhecido como Intentona Comunista. Em 1937, com a decretação do Estado Novo, exonerou-se do comando, continuando, contudo, na carreira militar. Em 1941, com a criação do Ministério da Aeronáutica, foi promovido a Brigadeiro. No final do Estado Novo, se candidatou às eleições presidenciais, formando, em torno de si, a União Democrática Nacional (UDN). Foi derrotado pelo General Eurico Gaspar Dutra, ministro da Guerra de Vargas. Em 1950, foi novamente candidato à Presidência da República pela UDN, sendo, dessa vez, derrotado pelo próprio Vargas. Foi um dos líderes da campanha pelo afastamento de Vargas após o atentado contra o jornalista Carlos Lacerda, em agosto de 1954. Com o suicídio de Getúlio Vargas, assumiu o Ministério da Aeronáutica no governo de Café Filho (1954-1955). Em 1964, foi um dos conspiradores do golpe militar que depôs o presidente João Goulart. Rua 5 de Julho - Copacabana, Rio de Janeiro - RJ Cinco de Julho de 1922 - Data histórica do Tenentismo e do levante da guarnição do Forte de Copacabana, uma homenagem prestada à epopeia dos 18 do Forte.
Avenida Bartolomeu de Gusmão - São Cristóvão, Rio de Janeiro - RJ Bartolomeu Lourenço de Gusmão (1685 – 1724) – Sacerdote jesuíta, cientista e inventor brasileiro, famoso por ter criado o primeiro aeróstato operacional. Como tal, é uma das maiores figuras da história da aeronáutica mundial. Também conhecido como Padre Voador, Bartolomeu de Gusmão viveu apenas 39 anos. Parque Brigadeiro Eduardo Gomes Aterro do Flamengo, Rio de Janeiro - RJ Eduardo Gomes (1896 – 1981) - Foi um militar e político brasileiro. Com formação em aviação militar, foi um dos sobreviventes da Revolta dos 18 do Forte, em 1922, marco inicial do Tenentismo. Participou da Revolta Paulista de 1924 e foi preso quan22 AEROESPAÇO
RJ de Janeiro anema, Rio Ip rio so O al Praça Gener
Não há dúvida que, dos diversos acontecimentos que marcaram a vida do Forte de Copacabana, o mais famoso foi o Movimento Tenentista, ocorrido em 1922, que teve como origem a crise política dos pleitos eleitorais, estando o Governo Federal atuando ostensivamente na política partidária dos Estados. Centro Psiquiátrico, Hospital, Avenida, Praça, Estação Ferroviária e Colégio Dom Pedro II - Engenho de Dentro, Santa Cruz, São Cristóvão e Centro, Rio de Janeiro - RJ Pedro de Alcântara João Carlos Leopoldo Salvador Bebiano Francisco Xavier de Paula Leocádio Miguel Gabriel Rafael Gonzaga de Bragança e Habsburgo (1825 - 1891). Filho de D. Pedro I e a Imperatriz Leopoldina, foi aclamado a 7 de abril de 1831, no dia da abdicação de seu pai, tendo como tutor José Bonifácio de Andrada e Silva. Proclamado maior em 23 de julho de 1840, foi coroado em 18 de julho do ano seguinte. O reinado de D. Pedro II teve início, portanto, no dia da proclamação de sua maioridade e terminou com a sua deposição em 15 de novembro de 1889, com o advento do Regime Republicano. Pedro II deu ao Brasil 49 anos de paz interna, prosperidade e progresso. Durante seu reinado foi aberta a primeira estrada de rodagem, a União e Indústria; correu a primeira locomotiva a vapor; foi inaugurado o telefone e instituído o selo postal.
Morto no exílio, em Paris, aos 66 anos, deu-lhe a França funerais régios, fazendo depositar o corpo no Panteão dos Bragança, no Convento de São Vicente de Fora, em Lisboa. Rua e Largo Estácio de Sá - Estácio, Rio de Janeiro - RJ Estácio de Sá (1520 – 1567) - Militar português, fundador da Cidade do Rio de Janeiro e primeiro Governador-Geral da Capitania do Rio de Janeiro, no período colonial. Estácio era sobrinho de Mem de Sá e chegou a Salvador, na Bahia, em 1563, com a missão de expulsar definitivamente os franceses remanescentes na Baía de Guanabara e ali fundar uma cidade. Em 1º de março de 1565, fundou a Cidade de São Sebastião do Rio de Janeiro, em terreno plano entre o Morro Cara de Cão e o Morro do Pão de Açúcar, sua base de operações. O objetivo da fundação foi dar início à expulsão dos franceses que já estavam na área há dez anos. Gravemente ferido por uma flecha indígena que lhe vazou um olho durante a Batalha de Urucu-Mirim, faleceu um mês mais tarde, provavelmente por septicemia decorrente do ferimento. Praça General Osorio - Ipanema, Rio de Janeiro - RJ Manoel Luis Osorio, o Marquês do Herval (1808 –1879) Militar e político brasileiro, herói da Guerra da Tríplice Aliança. É o Patrono da Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro. Iniciou a carreira militar aos 14 anos de idade, durante a Guerra da Independência do Brasil (1822-23), combatendo as tropas do Exército português estacionadas na Província Cisplatina (atual Uruguai). Ao eclodir a Guerra da Tríplice Aliança (186470), recebeu o comando do Exército Brasileiro, vindo a se destacar como um dos grandes comandantes brasileiros, sobretudo na Batalha de Tuiuti. Ao longo de sua vida foi agraciado com os títulos de Barão e de Marquês do Herval. Em 1877 tornou-se Marechal-de-Exército. Rua General Polidoro - Botafogo, Rio de Janeiro - RJ Polidoro da Fonseca Quintanilha Jordão, o Visconde de Santa Teresa (1792 –1879) - General e Ministro, importante personagem nas Guerras dos Farrapos e do Paraguai. Sua carreira política e militar foi voltada incessantemente ao serviço da Pátria, até que a luta heróica colocou em evidência os méritos assinalados do bravo e disciplinado militar a partir da ocasião que foi solicitado pelo General Osorio, comandante-em-chefe do Exército Brasileiro na Guerra do Paraguai, a nomeação de um oficial de confiança que o pudesse substituir nos impedimentos. Foi também por muitos anos o Diretor da Escola Militar do Rio de Janeiro. AEROESPAÇO 23
Avenida Marechal Rondon - Sampaio/ Maracanã, Rio de Janeiro - RJ Cândido Mariano da Silva Rondon (18651958) - De origem indígena, tornou-se órfão precocemente, tendo sido criado pelo avô. Depois de sua morte, transferiu-se para o Rio de Janeiro, para ingressar na Escola Militar. Ainda estudante, teve participação nos movimentos abolicionista e republicano. Foi nomeado chefe do Distrito Telegráfico de Mato Grosso e designado para a Comissão de Construção da linha telegráfica que ligaria Mato Grosso a Goiás. O governo republicano tinha preocupação com a região Oeste do Brasil, muito isolada dos grandes centros e em regiões de fronteira. Assim, decidiu melhorar as comunicações, construindo linhas telegráficas para o Centro-Oeste. Rondon cumpriu essa missão abrindo caminhos, desbravando terras, lançando linhas telegráficas, fazendo mapeamentos do terreno e, principalmente, estabelecendo relações cordiais com os índios. Em 1914, com a Comissão Rondon, construiu 372 km de linhas e mais cinco estações telegráficas e seu pioneirismo nas atividades de comunicações o credenciaria para Patrono da Arma de Comunicações. Aeroporto Santos Dumont - Centro, Rio de Janeiro - RJ Albert Santos Dumont (1873-1932) - Inventor aeronauta brasileiro nascido em Minas Gerais. Pioneiro no uso do relógio de pulso, criador do aeromodelismo e do avião com motor dirigível, inventando a navegação aérea com veículos mais pesados que o ar, ao realizar o primeiro voo público com um avião capaz de decolar, voar, retornar e pousar com seus próprios meios, sem o auxílio de equipamentos ou dispositivos externos e, por isso mesmo, denominado de o Pai da Aviação. Rua Tenente Marones Gusmão - Copacabana, Rio de Janeiro - RJ Ernani Marones de Gusmão - Militar, 2º Tenente, um dos heróis da Força Expedicionária Brasileira (FEB), morreu num front da Itália, na Segunda Guerra Mundial, 1G185772 – 2º Ten – CRP/FEB. Avenida Trompowiski - Ilha do Governador e Usina, Rio de Janeiro - RJ Roberto Trompowiski Leitão de Almeida (1853 - 1926) Estudioso, bem-sucedido e, em virtude de seu sólido preparo intelectual e de seu pendor para o magistério, foi nomeado repetidor da 1ª cadeira do 1º ano do Curso Superior 24 AEROESPAÇO
Marechal R ondon
da Escola Militar em que brilhava como aluno. Estudou, na Europa, os progressos do ensino tático e técnico para aplicá-los nos estabelecimentos militares brasileiros. É, hoje, Patrono do Magistério do Exército; Patrono da Associação dos Professores Militares do País; e há uma medalha com seu ilustre nome. Avenida Brigadeiro Luís Antônio - Bela Vista, Paraíso e Jardim Paulista, São Paulo - SP Brigadeiro Luís António de Sousa Queirós (1746 – 1819) - Dentre as mais importantes avenidas da cidade de São Paulo, a Avenida Brigadeiro Luís Antônio conecta o centro à região da Avenida Paulista e à zona centro-sul da cidade. Junto com a Avenida Santo Amaro, forma a antiga Estrada de Santo Amaro, que ligava a cidade de São Paulo a de Santo Amaro, município autônomo até o ano de 1934. Militar luso-brasileiro, Luís António foi promovido a Brigadeiro em 1818, quando entrou para a Reforma. Foi também um grande negociante de fazendas do interior de São Paulo e proprietário do primeiro navio que saiu do Porto de Santos com mercadorias das suas fazendas com destino à Lisboa.
RJ de Janeiro Dumont, Rio os nt Sa o rt Aeropo
Era filantropo, tendo doado mais de um conto de Réis à Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Pulo e diversas outras quantias para a construção dos edifícios de instituições como o Quartel da Legião de Voluntários Reais, o Hospital Militar e o Jardim Botânico, entre outros. Avenida Brigadeiro Faria Lima - Pinheiros, Jardim Europa, Jardim Paulistano e Itaim Bibi, São Paulo SP José Vicente de Faria Lima (1909 – 1969) - É também uma das avenidas mais relevantes da cidade de São Paulo. Sedia um importante centro comercial e financeiro, que rivaliza com o centro da cidade, com a Avenida Paulista e com a região das Avenidas Luís Carlos Berrini e das Nações Unidas. Irmão mais velho do ex-governador do Rio de Janeiro, Almirante Floriano Peixoto Faria Lima, José Vicente foi um militar e político brasileiro. Iniciou sua carreira militar com 21 anos e chegou ao posto de Brigadeiro-do-Ar em 1958. Na década de 1930, juntamente com Eduardo Gomes, realizou inúmeros voos pelo interior do Brasil, fazendo as linhas do Correio Aéreo Nacional. Na FAB, Faria Lima especializou-se em Engenharia pela Escola Superior de Aeronáutica da França e participou
da criação do Ministério da Aeronáutica como Assistente Técnico do então Ministro Salgado Filho e foi Chefe da Comissão da Aeronáutica nos Estados Unidos e Comandante do Campo de Marte. Em março de 1965 foi eleito Prefeito de São Paulo, promovendo o alargamento e duplicando, dentre outras, a Rua da Consolação e as Avenidas Rebouças, Sumaré, Pacaembu, Cruzeiro do Sul e Rio Branco. A administração de Faria Lima notabilizou-se pelas diversas obras, entre elas a Marginal Tietê, a Marginal Pinheiros, Avenidas Sumaré, Radial Leste, Vinte e Três de Maio, Rubem Berta, além de obras nas áreas de saúde, educação, bemestar social etc. Empreendedor, foi em 1967 que o serviço de bondes foi extinto e iniciaram as obras do Metrô de São Paulo, projetado por Ademar de Barros. Dentre as obras para a melhoria do trânsito da cidade de São Paulo, Faria Lima começou a construção de uma avenida ligando os bairros de Pinheiros e Itaim Bibi. Após a sua morte a avenida, que se chamaria Radial Oeste, recebeu o nome de Avenida Brigadeiro Faria Lima em sua homenagem. Rua 5 de Maio - Alto Boqueirão, Curitiba - PR Cinco de Maio de 1982 - A partir da Lei Ordinária 6.348/82, celebra-se nesta data o Dia do Expedicionário, uma homenagem àqueles homens que compunham a Força Expedicionária Brasileira (FEB) e que lutaram na campanha na Itália e na tomada de Monte Castelo, em fevereiro de 1945, durante a Segunda Guerra Mundial. A FEB foi a força militar brasileira composta por 25.334 homens. Constituída inicialmente por uma Divisão de Infantaria, acabou abrangindo todas as forças militares brasileiras que participaram do conflito. Seu lema “a cobra está fumando” faz alusão a um discurso de Getúlio Vargas, que, em 1940, afirmou ser “mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil entrar na guerra”. Avenida 7 de Setembro - Batel, Curitiba - PR Sete de Setembro de 1822 – Homenagem ao Dia da Independência do Brasil, com o episódio do chamado “Grito do Ipiranga”. De acordo com a história oficial, nesta data, às margens do riacho Ipiranga (atual cidade de São Paulo), o Príncipe Regente D. Pedro bradou perante a sua comitiva: “Independência ou Morte!”. Atualmente, diante de impasses e questionamentos entre estudiosos e historiadores, o início do processo da Independência do Brasil foi remetido à própria transferênAEROESPAÇO 25
cia da Corte Portuguesa para o Brasil (no período de 18081821), no contexto da Guerra Peninsular, a partir de 1808. Rua 15 de Novembro - Centro, Curitiba - PR Quinze de Novembro de 1889 - Esta rua faz alusão à data da Proclamação da República Brasileira, episódio da história do Brasil que instaurou o Regime Republicano no País, derrubando a Monarquia do Império do Brasil e pondo fim à soberania do Imperador Dom Pedro II. A Proclamação da República ocorreu na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Império do Brasil, na praça da Aclamação, hoje Praça da República, quando um grupo de militares do Exército Brasileiro, liderados pelo Marechal Deodoro da Fonseca, deu um golpe de estado, depondo o Imperador do Brasil, D. Pedro II, e o Presidente do Conselho de Ministros do Império, o Visconde de Ouro Preto. Foi instituído, naquele mesmo dia 15, um Governo Provisório Republicano, do qual fez-se Presidente da República e Chefe do Governo Provisório o próprio Marechal Deodoro da Fonseca e, como seu Vice-Presidente, o Marechal Floriano Peixoto. Aeroporto Protásio Lopes de Oliveira - Val de Cãns, Belém - PA Tenente-Brigadeiro-do-Ar Protásio Lopes de Oliveira, (1923-2003) - Foi presidente da Infraero em Brasília, no período de 28 de abril de 1980 a 13 de maio de 1982. Ao longo de sua carreira militar, manteve fortes ligações com o Estado do Pará, ocupando, ali, os mais altos postos da FAB. Escola Estadual Brigadeiro João Camarão Ribeiro (Manaus-AM) e Aeroporto Brigadeiro Camarão (Vilhena – RO) João Camarão Telles Ribeiro (1916 –2000) - Conhecido como o “Brigadeiro que domou as fronteiras”, esse militar brasileiro foi, sem sombra de dúvida, um dos maiores empreendedores de nossa História. De acordo com a sua biografia, publicada pelo CoronelAviador da R1 Manuel Cambeses Júnior, membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil, Conferencista Especial da Escola Superior de Guerra (ESG), e Vice-Diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), o Brigadeiro Camarão era “possuidor de acendrado patriotismo, dotado de belas qualidades morais e intelectuais, de personalidade ímpar, caráter simpático, calmo e reflexivo, que irá exercer, por várias décadas, atividades de grande influência, nos destinos da FAB”. No ano de 1939, ainda Tenente, Camarão iniciou os seus voos no Correio Aéreo Militar (CAM), quando travou os primeiros contatos com a Amazônia brasileira. E, no transcorrer da Segunda Guerra Mundial, foi designado para participar do patrulhamento da Costa Atlântica do extremo norte do Brasil. 26 AEROESPAÇO
marão Brigadeiro Ca
Foi ainda nesta época que o então Capitão Camarão seguiu para os Estados Unidos, onde se adestrou em aeronave P-47 Thunderboldt, preparando-se para integrar-se ao 1º Grupo de Aviação de Caça. Anos mais tarde, foi destacado para comandar a Primeira Zona Aérea, em Belém, equivalente aos atuais Primeiro e Sétimo Comandos Aéreos Regionais. “Nessa importante e destacada função, o Brigadeiro Camarão pôde deslanchar diversas iniciativas que redundaram em benefício da Região Amazônica, principalmente no que tange ao atendimento aos pelotões de fronteira de nosso Exército e das populações carentes e ribeirinhas que depositavam nos aviões da Força Aérea a esperança de melhores dias”, explica Manuel. “A bordo das aeronaves do Correio Aéreo Nacional, voando os famosos C-45 Beechcraft, os C-10 Catalina e os Douglas C-47, conheceu todos os rincões da Amazônia brasileira, travando permanente contato com as populações ribeirinhas e com as comunidades indígenas, inteirando-se das imensas dificuldades vividas por aquela gente humilde e totalmente carente da assistência do Estado”. Por tudo isso, foi entregue a ele a tarefa de desenvolver um trabalho integrado entre Aeronáutica, ordens religiosas e Fundação Nacional do Índio, objetivando ampliar o atendimento às comunidades indígenas espraiadas por toda a Amazônia. E foi também durante os voos pela Amazônia, o Brigadeiro Camarão sentiu a necessidade de implantar aeroportos em várias localidades daquele imenso território. Assim, nasceu o embrião para o nascimento da Comissão de Aeroportos Região Amazônica (COMARA), dando partida na implementação de pistas de pouso por toda região. “Em realidade, o Brigadeiro Camarão foi um verdadeiro bandeirante do século XX”, comenta Manuel. Fontes: - “Nomes que marcam o Rio”, de Carlos Alberto de Lima (2008); - “João Camarão Telles Ribeiro – um notável cidadão brasileiro”, de Manuel Cambeses Júnior – INCAER; - Wikipédia (http://pt.wikipedia.org); - Site de Marieta Borges (www.marietaborges.com).
Reportagem Especial
O DECEA na Copa de 2014
Por: Daisy Meireles Fotos: Luiz Eduardo Perez e Fábio Maciel
Major-Brigadeiro Rodrigues Filho fala das ações de responsabilidade do DECEA: segurança e infraestrutura
Plano de Ação visa à preparação do SISCEAB para a Copa de 2014 “A Copa de 2014 já começou para o DECEA”. A afirmação é do Coronel-Aviador Ronaldo Belchior Oliveira Filho, Coordenador-Geral do Comitê de Coordenação Copa 2014, relembrando o consequente fechamento do Santos Dumont por quatro horas, no dia 30 de julho, para que não ocorressem interferências durante a cerimônia de sorteio das eliminatórias no Rio de Janeiro. Desde então, o DECEA vem participando de algumas reuniões de caráter informativo no Ministério da Defesa e Comando da Aeronáutica. “Toda ação humana organizada e bem-sucedida é, sem dúvida, fruto de um planejamento eficiente”. A citação é do Major-Aviador Antônio Márcio Ferreira Crespo, empregada na abertura de uma reunião ocorrida no dia 5 de setembro, contextualizando o evento esportivo e considerando as ações governamentais e as ações específicas do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) nas áreas de infraestrutura e segurança. O objetivo da reunião foi apresentar o Plano de Ação do DECEA para atendimento ao evento e também informar
aos Regionais e Destacamentos subordinados as ações que cada um terá que realizar/executar para atendimento a esse Plano. A frase do Major Crespo retrata, ainda, o reconhecimento da responsabilidade do DECEA no planejamento para a Copa do Mundo de 2014. E justifica, já que o Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) caracterizase por sua enorme complexidade e abrangência. Por sua vez, a Aviação representa um dos principais fatores para o desenvolvimento de qualquer nação, posto que qualquer intervenção no SISCEAB redunda em impactos imediatos sobre ela, tanto positivos quanto negativos. Torna-se claro que cada ação, neste contexto, por mais simples que possa parecer, deve ser precedida de minuciosa análise e executada segundo criterioso planejamento. E, sobre esse planejamento, o Major-Brigadeiro-do-Ar Rafael Rodrigues Filho, Presidente do Comitê e Vice-Diretor do DECEA, revela que o Sistema está sendo preparado para enfrentar não só a Copa de 2014, mas também os AEROESPAÇO 27
grandes eventos esportivos que vão acontecer no Brasil a desenvolver um excelente trabalho para a Copa de 2014". partir de 2013, com a Copa das Confederações, e as OlimEm seguida, um plano de ação foi apresentado pelo píadas (2016): “Nossa situação não é diferente da preparaSecretário-Executivo do Comitê, Major Crespo, que tamção da África do Sul para a Copa de 2010: excesso de mobém avaliou a infraestrutura aeroportuária e a capacidade vimentos aéreos, estacionamento de aeronaves e outros. de controle de tráfego aéreo (ATC) atualmente disponíveis Porém, se planejarmos com antecipação, conseguiremos em cada cidade sede. Outros assuntos, como a utilização fazer um bom trabalho e, para isso, contamos com a partide aeroportos alternativos para a aviação regular e geral, cipação e a colaboração de todos os regionais". principais entraves e as possíveis soluções também foram Os membros da Comissão de Preparação do SISCEAB apresentados pelo oficial, que atua como Adjunto da Unipara a Copa de 2014 são representantes dos diversos setodade de Gerenciamento de Fluxo (ATFMU) do CGNA. res e organizações do DECEA que, direta ou indiretamente, A utilização de aeroportos alternativos acontecerá estão ligados à prestação de serviços de navegação aérea. em função dos esperados incrementos de demanda, Na verdade, em alguma fase do processo, seja planetanto da Aviação Regular quanto da Aviação Geral. Asjamento ou ação, todas as Unidades do SISCEAB estarão sim, o planejamento do DECEA para a Copa de 2014 foi envolvidas para o sucesso da Copa de 2014 na área de pautado em uma série de critérios, tais como: dimensão atuação. Segundo o Coordenador do Comitê, algumas de pista, capacidade de pista, capacidade de pátio de OM participarão diretamente, já que realizarão o Controle estacionamento, localização de auxílios à navegação e de Tráfego Aéreo, tais como: o Centro de Gerenciamento distâncias rodoviárias. da Navegação Aérea “A previsão de (CGNA), os quatro utilização de aeroCentros Integrados portos alternativos de Defesa Aérea e é de fundamental Controle de Tráfego importância, morAéreo (CINDACTAs I, mente quando - Presidente: Major-Brigadeiro-do-Ar Rodrigues Filho II, III e IV) e o Serviço considerados fato- Coordenador-Geral: Coronel-Aviador Belchior Regional de Proteção res que afetam, de - Coordenador-Adjunto: Tenente-Coronel-Aviador Bertolino ao Voo de São Paulo forma não planeja- Secretário-Executivo: Major-Aviador Crespo (SRPV-SP). da, a relação ‘Capa- Consultor: Coronel-Aviador R1 Freitas Lopes Os comandantes cidade versus Deatuais não serão os manda’, tais como - Consultor: Suboficial R1 Alvadia mesmos na época da a indisponibilida- Assessor: Engenheiro Luiz Bordallo realização da Copa de de de auxílios à na2014, mas isso não vai vegação”, analisou atrapalhar as ações fuo Major Crespo. turas, pois na escolha Na verdade, os ou definição dos responsáveis, o Comitê procurou indicar possíveis impactos decorrentes de eventos meteorológirepresentantes com uma perenidade maior na Organizacos significativos também constituem fator fundamental ção, evitando, assim, que haja descontinuidade no procespara o dimensionamento da rede de aeroportos alternatiso. Porém, “em cada Regional haverá a necessidade de que vos. Existe, ainda, segundo o oficial do CGNA, a previsão de se constituam Grupos de Trabalho para atendimento ao utilização de aeródromos militares, principalmente como Plano de Ação” – pondera o Coordenador-Geral do Comitê. alternativa para a Aviação Geral. O Tenente-Coronel-Aviador Ary Bertolino, Coordenador Não ocorreram, ainda, reuniões oficiais com outros órAdjunto do Comitê, apresentou na reunião algumas progãos para tratar do assunto. Mas, num futuro próximo, postas e discutiu as estratégias que dizem respeito à inhaverá naturalmente uma troca de informações e ações fraestrutura aeroportuária e ao controle de tráfego aéreo compartilhas do DECEA com a Agência Nacional de Aviapara a Copa do Mundo de 2014. ção Civil (Anac) e a Empresa Brasileira de Infraestrutura AeDurante o período de realização da Copa de 2014, o obroportuária (Infraero). Porém, o Planejamento do DECEA jetivo proposto pelo DECEA será otimizar o gerenciamento para a Copa 2014 prevê uma detalhada análise da infraesde fluxo de tráfego aéreo e minimizar as possibilidades de trutura aeronáutica instalada. impactos no espaço aéreo brasileiro, em decorrência do Em paralelo, trabalha-se na projeção de demanda de tráprevisível aumento do número de operações aéreas. fego para os próximos anos, considerando o crescimento Segundo o oficial, que também é Chefe da Divisão Opeverificado pela Aviação Civil Brasileira e a demanda (projeracional do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea tada) especificamente associada à Copa do Mundo. (CGNA), com planejamento, coordenação e comunicação, Com base nestas duas linhas de ação, já em 2012 serão a África do Sul conseguiu desenvolver um sistema de trainiciados os trabalhos visando ao incremento da capacibalho que superou as expectativas na Copa do Mundo de dade ATC, de forma que a crescente demanda possa ser 2010 e concluiu confiante: "Há tempo hábil para o Brasil plenamente atendida.
Comitê de Coordenação Copa 2014
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“Com relação à infraestrutura aeroportuária, o DECEA já trabalha de forma articulada com a Secretaria de Aviação Civil (SAC), com a Anac e com a Infraero, contribuindo para que tanto a infraestrutura aeronáutica quanto a aeroportuária sejam incrementadas de forma sincronizada” – afirma o Major Crespo. O assessor do Comitê, Engenheiro Luiz Bordallo, está transformando o Plano de Ação e as ideias em um planejamento estruturado, com marcos e responsabilidades. Nesse planejamento, sua atuação é cobrar as ações dos responsáveis e acompanhar o desenvolvimento de eventos externos que possam ter alguma influência nos trabalhos do DECEA. Bordallo analisa – ainda – que “o sucesso do Brasil nos eventos esportivos, como a Copa do Mundo, Copa das Confederações, Jornada Mundial da Juventude e Olimpíadas, será devido à sua capacidade de trabalhar com projetos de grande envergadura e de modo integrado, com transparência e legado definido. É isso que garante esse sucesso”. O maior desafio para o DECEA reside nas altas taxas de crescimento da demanda de tráfego e, no âmbito do SISCEAB, as ações relacionadas à infraestrutura aeronáutica demandam um detalhado e longo processo de implantação. O DECEA sempre se manteve à frente das demandas, uma vez consideradas taxas de crescimento razoavelmente previsíveis. Contudo, nos últimos dois anos, a Aviação Civil Brasileira apresentou taxas de crescimento muito elevadas e em descompasso com o que se verifica no mundo atualmente. Para fazer frente a tal desafio, o planejamento do DECEA apresenta diversas linhas de ação voltadas para a reestruturação do espaço aéreo, as quais redundarão em incremento da capacidade ATC. Major Crespo afirma que o DECEA está investindo fortemente no incremento da capacidade de gerenciamento do fluxo de tráfego, mediante a aquisição de sistemas computacionais de apoio à decisão, ao treinamento de controladores de tráfego aéreo e de gerentes de fluxo de tráfego aéreo, bem como ao estabelecimento de programas de cooperação com Universidades no Brasil e no exterior. "Esses programas têm como principal objetivo o desenvolvimento de estudos voltados para incremento da eficiência ATC/ATFM, considerando a busca por ganhos de capacidade ATC” - justifica o oficial. "O trabalho que o DECEA está realizando vai deixar um legado importante para o futuro", revela Bordallo. O objetivo, segundo o engenheiro, é minimizar ou mitigar problemas no tráfego aéreo. O importante é que a experiência está sendo documentada. "Desse modo, podemos aprender e aprimorá-la em eventos futuros” – conclui Bordallo. E, assim, confirma e finaliza o Major-Brigadeiro Rodrigues Filho: “Cabe enfatizar que o Plano é um documento ‘vivo’ e poderá ser revisto quando necessário ou toda vez que surgir um evento não previsto”.
Tenente-Coronel Bertolino: “O Brasil vai desenvolver um excelente trabalho”
Major Crespo: considerações sobre as obras da Copa de 2014
Coronel Belchior destaca as ações do DECEA para a Copa de 2014
Engenheiro Bordallo: "O Brasil vai deixar um legado importante para o futuro”
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Seção
a d i d e p s e D e Carta d
Para sempre Harpia
Borgia Barbosa Primeiro Tenente Fabiana EA Jur Assessoria ídica do DEC
apenas aponte os defeitos, sem ousaque ico crít um a ant adi rea Aé rça ar na Fo reclaHá nove anos, quando resolvi ingress r e abrir caminhos. De nada adianta nta pla a par dia iria eu que so ver o uni ar. De nada adianta Brasileira, eu sequer poderia imaginar mar, se não se move uma pedra do lug plano da realidade. encontrar. har, se não se traz o impossível para o son a sext a fui Eu as. vag seis ia Quando prestei o concurso, hav a camisa, vestimos farda. E deveria ser tir ves que do ais M sido ter por mais feliz timento colocada. E com certeza, a que se sentiu os os lugares. Deveríamos ter comprome tod em m assi ! eras. Deaprovada. Meu Deus, eu era a última com nossas vidas, tão vulneráveis e efêm nas ape não com o end viv con , nte renagem que compreende o todo, Foram três meses em Belo Horizo eng esta er end ent os íam ver s ura Brasil, com cult s. pessoas de diversos cantos deste nosso ituições, família, bairro, cidade e paí inst as e ang abr que us me os que intensa, recompletamente distintas, e de forma tão car entender o sentido das coisas, do que bus os íam ver De . uilo daq nte a dia e o sentimento cinco anos de faculdade não foram nad significa proteção eficiente do Estado e ent alm no já e , OM ira me pri Lembro quando cheguei em minha de patriotismo e cidadania. ser da FAB. eria pod var Só ... ana abi “F m: era diss me elevador evo: para conquistar mundos, desbra escr eu isso r Po eu eço com .” Ok. No gerSe fosse da Marinha, seria Mariana esperando plantar uma semente que ios, itór terr os nov ir ouv as M . lo.. amare achei graça, abrindo um sorriso meio mine em algum lugar. is originais! ma ser s mo Va s? ano e te, tão impossível. nov por da a mesma pia Escrevo para atingir a linha do horizon ias. ide as um alg ar tilh par Brincadeiras à parte, quero com que a FAB deve incentivar aqueles que er diz a par o rev Esc u esto eu que sabe do aberta Só quem realmente ingressa na FAB ficar. Escrevo para deixar uma porta dem ten pre i aqu pre sem nem , boa ia a dizer que falando. Os laços se estreitam. Convivênc eles que ainda vão ingressar. Escrevo par aqu a par a Um . ora eced iqu enr e o para que este pefácil, mas extremamente produtiva temporários querem ser efetivos. Escrev os E os. sm me os is ma os som não s a real necessidade vez que por aqui passamos, já o seja mais do que um mero apelo, ma did ados nem poderia ser. Impossível! cando em seus Quadros homens apaixon bus , rça Fo da os tem o com o end ent Quando olho para trás, eu realmente e de voar (e voar em todos os sentidos). art a pel que sos ver uni tos tan dos o de ser não tempouma visão extremamente limitada Completo meus nove anos com orgulh da ain ão caç uni com , de ios me nos cercam. Vejo o quanto os pre Harpia. Como disse Helen Keller sem a par s ma ia, rár o com es, ant tão import r.” são precários para tratar de assuntos deve engatinhar quando o impulso é voa se a unc “N aavi da stão que a ea, ) parte da a segurança nacional, a navegação aér obrigada a todos que fizeram (e fazem uito M s, mo alis ion sac sen sem ção e do usuário do serviço. Tudo isso minha história. s “achismos” sem nto qua ana. jo Ve tos. far s mo esta já is dos qua filósofa e ativista social norte-americ , ora crit *Es de a falt a pur ade por tornou-se fundamentos existem em nossa socied ter ficado cega e surda em tenra idade, de r esa Ap e. ress lo XX, pelo esclarecimento. E nem é por falta de inte mais notáveis personalidades do sécu das a um às nde este se isso que Estou apenas exemplificando, por desenvolveu em prol das pessoas porque ho bal tra oso ndi gra bom ser dia. Basta mais variáveis situações do nosso dia-atadoras de deficiência (1880-1968). a nad de as M ico. crít bom um ser observador para saber
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Literalmente
falando
1S BCO Joni SOL da Silva Braz COpM3 – CINDACTA III
Controlador de Voo
Seção
S1 BSP ALEXANDRE Henrique F. de Freitas Junior Secretaria do Gabinete do DECEA
Vejo
Os que estão nos assentos da cabine não precisam se agoniar. Desde o átimo da aeronave a taxiar e decolar, com vocês no firmamento
Vejo sentimento em tudo que é vivo, em tudo que é luz, em tudo que é difícil. Vejo a sensibilidade em tudo que é insensível e a possibilidade no impossível.
eu estarei. E na fonia quando soar a voz chamando o Centro de Controle, eu, já em pensamento, arquitetei como as aeronaves separar.
Sinto a hora passar sem passar a hora, de ficar e não querer ir embora. Vejo o dia nascer antes mesmo dele surgir, vejo o triste com vontade de sorrir. Sinto a prosperidade no desânimo de quem não crê, vejo no derrotado a vontade de vencer.
E depois de um pouso seguro, meu nome continua obscuro. Mas como anjo da guarda sei quem sou, o que faço e por que me dedico. Com qualquer tempo e hora o meu fito é ser controlador de voo.
Vejo no desabamento uma construção civil, vejo escola, vejo a educação infantil. Vejo tudo no nada, vejo o nada como nada. Vejo fartura onde há escassez, vejo o apresssado aguardando sua vez. Faço de um livro, uma biblioteca, e de um disco uma discoteca. Faço o grão virar uma safra, o algodão virar uma nuvem. Faço da gota o mar, e de um simples espaço, um lar. Te faço sorrir , mas não te faço chorar, Te faço lembrar, mas não te faço esquecer que tudo que eu vejo, sinto e faço depende não apenas de um ser.
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