Aeroespaço 41

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DTCEA - PiCo Do CouTo 35 ANoS

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Índice 4

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Artigo Tudo foi planejado, como sempre!

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Reportagem DTCEA Pico do Couto: 35 anos de continuada operacionalidade

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Artigo A Tecnologia invisível

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Reportagem Congonhas terá ILS mais moderno e com tecnologia de ponta

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Quem é? Cap CTA Jerônimo Inácio

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Reportagem Primeiro Painel AIM-BR Gerenciamento da Informação Aeronáutica no Brasil

Nossa capa

Expediente

Após 35 de atividades e tantas histórias vividas, o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Pico do Couto cumpre sua missão através de 88 pessoas que diuturnamente enfrentam o rigor meteorológico das temperaturas próximas de 0º C, ventos com fortes rajadas de 100 km/h, elevados índices de umidade que comumente beiram aos 100%, homens de raça, comprometidos com as operações mesmo diante das intempéries e dificuldades.

Informativo do Departamento de Controle do Espaço Aéreo - DECEA produzido pela Assessoria de Comunicação Social - ASCOM/DECEA Diretor-Geral: Ten Brig Ar Ramon Borges Cardoso Assessor de Comunicação Social e Editor: Paullo Esteves - Cel Av R1 Redação: Daisy Meireles (RJ 21523-JP) Telma Penteado (RJ 22794-JP) Daniel Marinho (MTB 25768-RJ) Denise Fontes (DRT 043035/2003/70) Diagramação e ilustrações: Aline da Silva Prete Fotos: Luiz Eduardo Perez (RJ 201930-RF) & Fábio Maciel

Contatos: Home page: www.decea.gov.br Intraer: www.decea.intraer contato@decea.gov.br Endereço: Av. General Justo, 160 Centro - CEP 20021-130 Rio de Janeiro/RJ Telefone: (21) 2101-6637 Fax: (21) 2262-1691 Editado em ABRIL/2010 Fotolitos & Impressão: Ingrafoto


Editorial História, planejamento com projeção futura são os temas relevantes e de destaques inseridos nesta edição da Aeroespaço.

dentro de um ambiente ordenado e confiável. O Primeiro Painel AIM-BR - Gerenciamento da Informação Aeronáutica no Brasil revela que o DECEA

Os 35 anos do DTCEA Pico do Couto revelam

está pronto para atender às novas demandas que o

o valor dos que fizeram e fazem a história do

AIS deverá evoluir para prover um serviço coordenado e

destacamento em Petrópolis - RJ, enquanto a

harmonizado, fornecendo informações atualizadas com

tecnologia empregada pelo DTCEATM - RJ e um

qualidade assegurada para todas as fases do voo.

novo ILS para Congonhas, além da atualização do

Envolvida na instalação do novo ILS de

serviço de tráfego aéreo para o voo VFR de aviões

Congonhas, a equipe da CISCEA iniciou o trabalho

e helicópteros em São Paulo são os assuntos que

com a intenção de interferir o mínimo possível no

revelam que a atuação do SRPV-SP tem sempre o

cotidiano de operações do segundo aeroporto mais

pensamento no futuro.

movimentado do País, atuando no menor tempo

“Tudo foi planejado, como sempre!” - artigo

possível.

assinado por Carlos Herédia - mostra a dedicação

Na seção "Quem é?" apresentamos a história de

diuturna do SRPV-SP aos objetivos propostos no

vida e profissional do capitão Jerônimo Inácio, hoje

Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro

chefe do ACC BS. Estes e outros temas apresentados

(SISCEAB) na área do tráfego dos helicópteros em

nesta edição são extremamente reveladores do

São Paulo, revelando que o que se realiza, agora

comprometimento do efetivo e da dedicação

na cidade, tem a destinação inequívoca de ser o

recompensadora pelos resultados apresentados

modelo a ser seguido pela totalidade do País.

pelo DECEA e por suas OM subordinadas.

Um outro artigo sobre as atividades na área de

manutenção

e

gerenciamento

de

Não deixem de acessar – também – a intraer do

rede,

DECEA, pois nem todas as ações conseguimos

desenvolvidas pelo DTCEATM-RJ, nos mostra que

inserir na revista Aeroespaço. Uma boa leitura a

o referido destacamento é sinônimo de segurança,

todos!

Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ramon Borges Cardoso Diretor-Geral do DECEA


Reportagem Especial Artigo

Tudo foi planejado, como sempre!

Atualização do serviço de tráfego aéreo para o voo VFR de aviões e helicópteros Por Carlos Heredia O autor é consultor ATS – Divisão de Operações - SRPV-SP

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Há pouco mais de um ano, o Ser-

assistidos no que concerne à circu-

viço Regional de Proteção ao Voo de

lação aérea e considerando as atuais

São Paulo (SRPV-SP) identificou a ne-

possibilidades técnicas. Prova do que

cessidade de replanejar o atendimen-

afirmamos aqui foram os excelentes

to ao tráfego de aviões e helicópteros

resultados apontados recentemen-

que voam de acordo com as Regras

te pela Organização de Aviação Civil

do Voo Visual (VFR - do inglês Visual

Internacional (OACI), ao realizar au-

Flight Rules) na região da Grande São

ditoria nos órgãos operacionais e ad-

Paulo. A área é identificada tecnica-

ministrativos do DECEA. Esse mérito

mente como Zona de Tráfego de São

tem seu valor potencializado dado a

Paulo (CTR-SP).

ter sido realizado pela própria OACI, a

Os objetivos do trabalho desen-

qual atua como organização normati-

volvido a esse respeito pretendem

va da aviação civil para todo o mundo.

compatibilizar as normas em vigor

Verifica-se, portanto, que tais cré-

com os serviços realmente prestados;

ditos ficam imunes a prestígios pes-

racionalizar os esforços do controla-

soais, a favores ou simpatias espúrias.

dor de tráfego aéreo (ATCO) em fun-

O que se realiza, agora em São Paulo,

ção dos meios disponíveis e, ainda,

tem a destinação inequívoca de ser o

atender à solicitação do usuário.

modelo a ser seguido pela totalidade

Além da dedicação diuturna do

do País. Como soe acontecer, é aqui

SRPV-SP aos objetivos propostos no

onde primeiro acontecem as novida-

Sistema de Controle do Espaço Aéreo

des.

Brasileiro (SISCEAB), essa organização

O voo de acordo com o VFR não

do Sistema tem sido motivada, atual-

necessita de maiores apoios. Até por-

mente, pela observação criteriosa de

que seu piloto tem o domínio visual

parte significativa da sociedade, aten-

pleno do espaço aéreo envolvido.

ta ao desempenho das atividades do

Nos países europeus - onde a con-

Departamento de Controle do Espaço

ceituada Organização Européia para a

Aéreo (DECEA), sempre referida na

Segurança da Navegação Aérea (Euro-

grande cobertura jornalística, a qual,

control - do inglês European Organi-

vigilante, evidencia dados dos acon-

zation for the Safety of Air Navigation)

tecimentos aeronáuticos.

executa o trabalho equivalente ao re-

No caso em pauta, não nos referi-

alizado no Brasil pelo DECEA - conti-

mos aos voos dos aviões comerciais,

nuam, também, havendo voos visuais.

de linha aérea regular, porquanto o

Porém, a regra é “see and avoid” (veja

Sistema já os tem modernamente

e evite!). Não se trata de cópia sim-

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Área 17

visual? Seria o caso de abandoná-los à própria sorte? Não! Continuarão a ser vistos pelos radares do Sistema, mas as atribuições resultantes da sua condução e da separação de outras aeronaves serão confiadas somente à responsabilidade do piloto, sem a participação do controlador. Todos os envolvidos no trabalho de controle de tráfego aéreo e os seus usuários pilotos sabem que há porções do espaço aéreo que devem ser protegidos, devido à existência de voos realizados sem dependência da visibilidade, da condição meteorológica e do período do dia ou noite. São os chamados IFR (Instrument Flight Rules - Regras de Voo por Instrumentos). Nele, o piloto nem sempre tem condição de ver o espaço a ser voado. Então,

plesmente, mas de atualização. A necessidade de destinar grande parte da capacidade instalada, envolvendo radares, serviço de comunicação por fonia, trabalho de controlado-

"O que se realiza, agora em São Paulo, tem a destinação inequívoca de ser o modelo a ser seguido pela totalidade do País"

res para essa classe de voos, pertence à época do romantismo da aviação, hoje superada pela tecnologia embarcada e resulta ser parcialmente desnecessária. O serviço de tráfego aéreo deve ser prestado, como em qualquer lugar desenvolvido do mundo, de acordo com a classe de espaço aéreo envolvido. Seria enfadonho e impróprio citar em um artigo para leitores não especializados que esses espaços variam entre as classes C, D, E e G. Logicamente, que - nas proximidades dos aeródromos, independentemente de considerar a classe do espaço aéreo - deverá haver a continuidade de ordenamento de tráfego para pousos e decolagens, trabalho esse de exclusividade das Torres de Controle de Aeródromo (TWR). E quando voando em suas rotas de voo 6 AERoESPAÇo

Radar tridimensional MRCS 403 montado pela equipe do 4º/1º GCC


por medida de segurança e adotando essa condicionante como regra, dispensa a condição de visibilidade duvidosa e voa confiando na tecnologia embarcada e na sua correspondente instalada no terreno.

"A necessidade de destinar grande parte da capacidade instalada para o controle de tráfego visual pertence à época do romantismo da aviação, hoje superada pela tecnologia embarcada"

Por legislação brasileira, todos os voos de aeronaves de linha aérea regular

transportando

passageiros

são feitos nesse modelo desde 1942.

lho voltado para o voo por instrumen-

conjunto de providências. Palestras

Todos os sistemas internacionais obe-

tos, com todo o potencial técnico e

e painéis para divulgação do even-

decem a esse mesmo padrão. Eviden-

operacional que o DECEA dispõe.

to no meio aeronáutico estão agen-

cia-se, assim, a importância de serem

A implantação desses novos cri-

dados. Os controladores de tráfego

mantidos e bem definidos os espaços

térios de atendimento fez necessário

aéreo dos órgãos operacionais inclu-

destinados ao voo IFR separados da-

o estudo e o redimensionamento das

ídos nas modificações estão em ple-

queles ocupados pelos voos VFR. Essa

áreas de voo envolvidas e represen-

no desenvolvimento de estágios de

exclusividade acentua a segurança e

tadas nos mapas e cartas aeronáu-

atualização. Tudo foi planejado, como

é por ela que nossos estudos, agora

ticos. Um documento normativo, de

sempre!

postos em prática, ratificam a neces-

informação aeronáutica em âmbito

No que tange à inserção dos he-

sidade de que seja priorizado o traba-

nacional está sendo publicado no

licópteros no conjunto de tráfego aéreo há algo de especial a ser colocado. O momento atual faz o mundo

"O serviço de tráfego aéreo deve ser prestado, como em qualquer lugar desenvolvido do mundo, de acordo com a classe de espaço aéreo envolvido"

aeronáutico experimentar um excepcional blow-up relativo ao uso do helicóptero. A cidade de São Paulo não ficou atrás. Somos hoje o segundo colocado no ranking mundial em quantidade de aeronaves de asas rotativas. Desde 2004, com o bem-sucedido Controle Helicóptero São Paulo, o

TMA SP

SRPV-SP deu mostras da capacidade criativa e da atualização de sistemas dos profissionais brasileiros. Os usuários (pilotos de helicópteros) ajustaram-se a essas medidas de segurança, mas clamavam por liberdade de ação nas áreas de espaço aéreo que não envolvem as trajetórias de voo por instrumentos. Isso está sendo feito nesse ato. Ratifica-se, assim, que nossos patrícios planejadores, técnicos e controladores têm acumulado conhecimentos suficientes para permitir manter a segurança do Sistema, mesmo quando tratando de incluir quantidades significativas de aeronaves de asas rotativas em voo VFR, no complexo espaço aéreo de alta densidade de tráfego de aviões.

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DTCEA Pico do Couto

35 anos de continuada operacionalidade O Destacamento de Controle do Espaço Aéreo Pico do Couto (DTCEA-PCO) completou no dia dois de maio de 2010, 35 anos de continuada operacionalidade. São as chamadas “Bodas de Coral” – revelando um trabalho digno de elogios, graças ao profissionalismo daqueles que compõem o seu efetivo.

Acima do nível do mar Para cumprir sua missão, o DTCEAPCO conta com um efetivo de 70 militares da ativa, um militar da reserva contratado para tarefa por tempo certo, 15 civis do Comando da Aeronáutica e dois civis contratos pela empresa Manchester. O quadro de Oficiais é composto por cinco militares, respondendo hierarquicamente pelo comando do Destacamento, chefia da Seção Técnica, chefia do Gabinete Odontológico, chefia do Gabinete Médico e chefia da Seção Administrativa. Junto as Seções Técnica e Administrativa atuam 25 Graduados, um Cabo, três Soldados de 1ª classe, oito Soldados de 2ª classe e seis Civis. Os demais militares e civis são responsáveis pela manutenção da infraestrutura e da guarda e segurança das nossas instalações. A cada ano a perda de mão-deobra qualificada vem sendo suprida pela experiência daqueles que bravamente continuam a cumprir sua missão. Sem esmorecer, homens e

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mulher trabalham, quer no expediente, quer em escalas de 24 horas, nos 365 dias do ano, a fim de que o controle e a defesa do nosso Espaço Aéreo estejam garantidos. Através da Portaria R-012-GM3, no dia 2 de maio de 1975, foi criado, o que hoje se chama Destacamento de Controle do Espaço Aéreo Pico do Couto. Isso, antes mesmo da criação do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), Organização Militar ao qual o DTCEA-PCO está subordinado. O então Destacamento de Proteção ao Voo – Detecção e Telecomunicações – 31 (DPV-DT - 31), foi o primeiro a ser criado no âmbito do Terceiro Comando Aéreo Regional (COMAR III) e também pioneiro na operação aérea de Defesa e Controle do Espaço Aéreo. Teve a incumbência de controlar e proteger o espaço aéreo pertencente ao quadrilátero Rio de Janeiro – São Paulo – Minas Gerais – Espírito Santo. As verdes matas da serra do Couto, até então imaculadas, foram rompidas por bravos homens. Devido a sua posição geográfica, fora do perímetro urbano do município de Petrópolis-RJ, a 1.772 metros acima do nível do mar. Seu desbravamento e suas demarcações e construções exigiram o apoio de equipes do PARASAR e moradores da região, como o “seu” Pedro da Grota e seus colegas Adão e Antônio, que, nos idos dos anos 70, foram abordados por agentes da empresa de engenharia, a serviço da Aeronáutica, com o propósito de serem conduzidos, por matas fechadas até o seu cume. A edição 13 da revista Aeroespaço (agosto/2000) publicada na ocasião em que se comemorava o jubileu de prata do DTCEAPCO - conta a saga completa desses heróis, Trinta e cinco anos se passaram desde a sua criação. Muitas histórias foram escritas e contadas com suor e sacrifício, muitos heróis pisaram respeitosamente o seu solo e são lembrados. Ainda há, no efetivo do

as fases da construção

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Tecnologia e natureza se misturam em Petrópolis DTCEA-PCO, os queridos Natalino, João Tancredo e Valle, que - ao contarem suas participações nas pioneiras operações de implantação do Destacamento - relembram saudosamente dos bons tempos e amigos que se foram. “No inicio de tudo, o serviço burocrático era realizado em um galpão de madeira, localizado aos "pés" do Pico do Couto. O acesso era através de estrada de barro em uma viatura modelo veraneio, que, muitas das vezes, precisava ser rebocada por tratores. As atividades no Couto iniciaram com as instalações ainda em construção. A mata era fechada e não era raro depararmos com animais nativos” – contam os pioneiros – com os olhos que não escondem o orgulho em fazer parte da história do Pico do Couto. As transformações, conforme previsto, foram inevitáveis. Equipamentos obsoletos foram desativados para dar lugar às novas tecnologias, que não cessam de chegar. Inicialmente operavam com os radares LP-23 e VOLEX III e as antigas Estação de Micro-Ondas e Casa de Força. Hoje há os Radares TRS 2230, RS970, o Meteorológico RMT 0100D e as Micro-Ondas e Casa de Força revitalizadas. Porém, ainda mantém viva a sua memória. Com a manutenção da antiga estrutura, possuem um verdadeiro

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Integração nas campanhas de saúde

museu a céu aberto. A sua incumbência se manteve inalterada: controlam e protegem o mesmo espaço aéreo de outrora, incansáveis, sob o manto da bandeira e o lema que entoa forte da garganta do seu efetivo, quando unidos para a missão: “Olhos ao céu em mãos seguras”. Após tantos anos de atividades e tantas histórias vividas, a verdade é que hoje aqueles que adentram ao município de Petrópolis, podem avistar, de longe, as majestosas torres dos radares e antenas, construídas por mãos de bravos homens, contrastando harmoniosamente com uma sublimada paisagem projetada e esculpida pelo Soberano Arquiteto dos Mundos. E se falamos dos heróis do passado, porque não falarmos daqueles que atuam no presente, que, sem esmorecer, executam suas tarefas individuais, a fim de que a missão única seja cumprida a risca. Diuturnamente enfrentam o rigor meteorológico das temperaturas próximas de 0º C, ventos com fortes rajadas de 100 km/h, elevados índices de umidade que comumente beiram aos 100%, homens de raça, que não cometem falhas ou comprometem as operações mesmo diante das intempéries e dificuldades.

Um efetivo organizado A ferramentaria do Destacamento é um exemplo de organização. Idealizada e coordenada pelo civil J. Carlos. Tanto é que a história da ferramentaria foi publicada como exemplo a ser seguido de qualidade e organização em Reportagem Especial na Aeroespaço edição 29 e continua a ser um modelo a ser empregado em outros setores. O civil Bessa demonstra seu talento e carinho pelo Destacamento por intermédio da arte. Suas maquetes são construídas com tamanha riqueza de detalhes e perfeição que, se não fosse a escala de tamanho, poderiam ser confundidas facilmente com as originais. O DTCEA-PCO costuma ser sede de reuniões das autoridades do Comando da Aeronáutica.

As atividades e a integração do Destacamento O DTCEA-PCO é conhecido junto à sociedade de Petrópolis não só por integrar o CINDACTA I, contribuindo para a Defesa Aérea e o Controle de Tráfego Aéreo sob sua jurisdição, mas também por participar ativamente dos vários eventos promovidos por esta sociedade, com a honrosa retribuição dessas participações junto aos eventos militares.


Ferramentas: exemplo de organização Foram inúmeras as participações no último ano, porém cabe destacar: Duas vezes ao ano é promovida, pelo Gabinete Médico-Odontológico, a campanha de doação de sangue, com a participação ativa do nosso efetivo, que supre o banco de sangue do principal hospital da cidade de Petrópolis, o Santa Tereza. A campanha anual de vacinação é também coordenada pela nossa equipe de saúde. Palestras sobre orientação de higiene oral e aplicação tópica de flúor são promovidas, pelo Gabinete Odontológico, junto aos nossos dependentes e escolas públicas da região. Doações de escovas dentais foram feitas às crianças carentes, durante essas palestras; parece algo fora da nossa realidade, é de impressionar quando descobrimos que, em muitos casos, famílias dividem a mesma escova dental para execução de sua higiene oral. É realizada anualmente o Projeto Dia das Crianças, com coquetel, diversas animações, brinquedos, oficinas de artesanatos, dicas de prevenção odontológicas e outras atividades, visando proporcionar o congraçamento entre crianças, adultos e familiares do DTCEA-PCO em comemoração ao Dia das Crianças. A integração entre o DTCEA-PCO, o 32º Batalhão Motorizado do Exército, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Guarda Civil e a Sociedade Civil de Petrópolis é feita através de torneios esportivos, formaturas

Vigilância Eletrônica: segurança do DTCEA militares, coquetéis e almoços. Em 27 de novembro de 2009, o Destacamento foi o responsável pela organização e execução do 32º almoço das autoridades de Petrópolis, um evento que reúne expressivas autoridades desta cidade. As participações dos elos sociais, ao promoverem as campanhas de doações, são de extrema relevância para a sociedade carente da cidade. Anualmente são promovidas as campanhas do natal diferente e de vestuários. A campanha "Recicla Couto", com a participação dos militares, civis e dependentes, contribui para um ambiente menos poluído e gera recursos financeiros que são convertidos em cestas básicas, doadas mensalmente à família de um deficiente físico da cidade. A formatura alusiva ao aniversário do Destacamento é sempre muito esperada, pois é quando os convidados podem usufruir da mais encantadora visão da cidade de Petrópolis e uma visão panorâmica ímpar da cidade do Rio de Janeiro, tudo isso garantido pela sua posição privilegiada.

As Peculiaridades O Sistema de Vigilância Eletrônica utilizado no Sexto Comando Aéreo Regional (COMAR VI), Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Instituto de Cartografia Aeronáutica (ICA), Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Trá-

fego Aéreo (CINDACTA I) e destacamentos a ele subordinado foi desenvolvido pelo comandante do DTCEA-PCO, juntamente com a equipe de monitoração, que ainda são responsáveis pela aplicação do curso OSD 001 (Implantação e Manutenção de Segurança Eletrônica). A principal função deste sistema é a de proteção patrimonial e salvaguarda dos equipamentos de proteção ao voo, com as características de monitoração à distância pela rede Intraer e Internet; captação e arquivamento de imagens e emprego de alarmes sonoros. A Telemática opera o Sistema Telesat e faz o gerenciamento do Sistema Telefônico Comaer, operando as centrais TF3, TF4, TF5 e Siscomis, comunicações em VHF e UHF, apóia a Policia Rodoviária Federal, Policia Federal, Presidência da República e Exército Brasileiro. Apoiou os Jogos Pan Americanos e servirá de base de apoio, ainda, para o sistema de segurança dos Jogos Olímpicos em 2016. O radar meteorológico supre o Instituto de Geotécnica do Município do Rio de Janeiro, hoje Fundação GEO-RIO, órgão da Secretaria Municipal de Obras da Prefeitura do Rio de Janeiro, fornecendo informações para a Fundação Municipal do Rio de Janeiro, Estação Remota do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC).

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Os ex - comandantes

Cap Esp COM Clemildo Francisco de Souza (1975-1979)

Ten Cel Esp COM Walter de Souza Teixeira (1980-1984)

Maj Esp COM Carlos Alberto Soares Cordeiro (1993-1997)

Maj Esp COM Cláudio Batista Meneguete (1984-1991)

Maj Av Alfredo José Crivelli Neto (1997-2001)

Maj Esp COM João Bernardo Vieira (1991-1993)

Maj Av Cláudio Luiz Rocha Carneiro (2001-2006)

Palavras do comandante

Major Esp Com Elias Pereira dos Santos Comandante do DTCEA-PCO

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A excelência da operacionalidade é a principal meta a ser alcançada por uma unidade militar como a nossa. A perfeição só é tangível quando se dispõem dos recursos materiais adequados e principalmente de profissionais comprometidos e capacitados. Orgulhosos, os profissionais do DTCEA-PCO exercem a incansável missão de manter os vetores de detecção por RADAR, comunicações de VHF e UHF, através da manutenção dos equipamentos de proteção ao voo sob nossa responsabilidade, gerando informações para a Defesa do Espaço Aéreo e Controle de Tráfego Aéreo, referente ao quadrilátero Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Brasília, gerenciadas pelos CINDACTA I, CINDACTA II e DTCEAGaleão. Acompanhamos diariamente as evoluções tecnológicas e somos conscientes de que todo sistema, cuja operação envolve equipamen-

tos eletrônicos complexos e principalmente vidas humanas, necessita de aprimoramentos constantes. Capacitar e treinar as pessoas, que operam equipamentos como o nosso, é imprescindível para a garantia da excelência. É gratificante poder liderar homens e mulheres que estão imbuídos de responsabilidades e se dedicam incansáveis ao trabalho. É motivo de orgulho conduzir esses heróis anônimos que, independente dos infortúnios, mantêm e manterão sempre acesas as chamas do ideal pela pátria, quer na Defesa ou no Controle, a fim de que a nação brasileira durma e acorde, como a criança despreocupada que tem os pais na vigilância. Parabéns, DTCEA-PCO! Que os nossos olhos estejam sempre voltados ao céu, que as nossas mãos sempre inspirem segurança e que Deus nos abençoe para todo e sempre.


A tecnologia

invisível

Por SO BCO JeFFerSON Luiz da Costa Craveiro de Sá O autor é Adjunto do Comando do DTCEATM-RJ

Mas não há como negar que, mais recentemente, a televisão, o satélite e a comunicação de dados disseminados em computadores pessoais e telefones celulares também exerceram modificações profundas em nossas vidas e afetaram sobremaneira o modo como interagimos com as pessoas e com as máquinas na atualidade.

A nossa primeira impressão é que os tempos em que vivemos são os mais revolucionários e os que sofrem mais mudanças e transformações. Mas, se analisarmos alguns fatos históricos, veremos que este sentimento permeou todos os grupos sociais em suas épocas. Para comprovar esta afirmação, imaginemos o esplendor artístico na época do Renascimento Italiano com a percepção e a reprodução da perspectiva na pintura, a descoberta dos “novos mundos” com as Grandes Navegações Portuguesas, a verdadeira metamorfose social de fabricação e consumo gerada pelo vigor da produção a vapor com a Revolução Industrial, o desenvolvimento da consciência individual e coletiva durante a Revolução Francesa, o entusiasmo tecnológico com o início da indústria automobilística e da aviação.

Vivemos, então, a era da informação e das comunicações. Não diferentemente de outras épocas, a nossa sociedade também experimenta profundas mudanças de comportamento e hábitos devido às novas tecnologias. A interação via internet e o acesso às informações virtuais deram novos rumos aos termos conhecimento e entretenimento. Na prática, todos os indivíduos inseridos em sociedade usam e se beneficiam dos computadores e da complexa estrutura de redes. O acesso é cada vez mais amplo e democrático, pois abrange uma parcela crescente da sociedade. Muitas vezes, não nos damos conta de quantas vezes estabelecemos contato com toda essa pungente tecnologia: em um caixa de supermercado, em um terminal bancário, utilizando cartões ou bilhetes de acesso

ao transporte metropolitano, pagando contas com cartões de crédito com chips metálicos e tarjas magnéticas, consultando painéis em aeroportos ou acessando os sistemas corporativos. P ara que essa utilização ocorra de modo otimizado e produza os melhores resultados, é preciso que as redes funcionem de modo excelente. Há uma expectativa de rapidez e efetivo sucesso diante do monitor de vídeo, a interface de comunicação. Mas como funciona este serviço? Quantas e quais atividades estão por trás destes anseios? A comunicação de dados é bastante complexa e passa por um emaranhado de sistemas e vias desde o ponto em que editamos um texto, por exemplo, até o momento de entregá-lo, via e-mail, ao destinatário. E nem todos precisam compreender a complexidade deste processo. AERoESPAÇo 13


Equipe de manutenção na configuração do roteador

Distintamente dos usuários comuns, há profissionais que necessitam estar habilitados e capacitados a dar suporte às comunicações de dados que, não obstante a relevância do serviço, ocorre de forma quase imperceptível: é um trabalho de bastidor, poucas vezes visto ou acompanhado pelo público em geral. Os usuários ficam satisfeitos quando seus terminais funcionam de modo rápido e eficiente e quase nunca questionam sobre o trabalho invisível desenvolvido para este devido funcionamento. Nos raros momentos em que nos questionamos sobre a magnitude do processo e sobre as pessoas que são responsáveis por ele, estamos pensando, dentro da FAB, no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo e Telemática do Rio de Janeiro (DTCEATM-RJ). Ele é o responsável pela manutenção e pelos reparos na rede e pela atuação direta sobre o tráfego de dados da INTRAER, seja quando buscamos o contracheque na página do Sistema de Informações Gerenciais de Pessoal (SIGPES), quando conferi-

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mos o nosso tempo de serviço no tico-tico, quando buscamos um endereço eletrônico ou um ramal nas diversas páginas das Unidades Militares, nas transmissões de mensagens de planos de voo ou NOTAM (do inglês Notice to Airmen - Alerta para pilotos) ou, ainda, quando enviamos um e-mail funcional, ou seja, sempre que utilizamos os sistemas corporativos cotidianamente para os mais diversos fins. Para que o usuário continue não se lembrando desse Destacamento - que por incrível que pareça, é a situação ideal - ele trabalha em silêncio, sem alarde, sem holofotes, quase na penumbra. No que se refere à tecnologia de redes, o DTCEATM-RJ atua em duas frentes: gerenciamento e manutenção. Possui, para cumprir a primeira missão, uma equipe de gerenciamento de redes de longa distância, composta por cinco militares Especialistas em Comunicações, trabalhando de segunda a segunda monitorando os enlaces e acessos de comunicações que compõem a

Sala técnica do DTCEATM-RJ - bastidor onde estão ins

INTRAER. Desempenham suas funções de forma pró-ativa, identificando e solucionando problemas de conectividade com pronta resposta para a solução de inoperâncias. No que diz respeito à manutenção de dispositivos de redes, o DTCEATM-RJ possui outra equipe, com três graduados Especialistas em Eletrônica, responsáveis pelo atendimento às inoperâncias dos roteadores e switches da estrutura principal das redes metropolitanas do Santos Dumont, Galeão, Afonsos e Santa Cruz. Além disso, pelo grande conhecimento e experiência, atuam como suporte técnico para todas as Organizações do COMAER. A esta equipe cabe, ainda, a manutenção da política de roteamento dos pacotes de dados que trafegam na INTRAER. Sabendo que a tecnologia da informação não para de crescer, que os usuários se tornam cada vez mais exigentes e pensando em atualizações técnicas constantes, o DECEA, através do Subdepartamento Técnico, determinou


stalados os roteadores

ao Serviço Regional de Proteção ao Voo de São Paulo, através do DTCEATM-RJ, que procedesse à substituição de todos os roteadores que compõem a rede corporativa do Comando da Aeronáutica, o que significou atuar em, aproximadamente, uma centena de equipamentos. Esta missão começou em maio do ano de 2008 por uma equipe habilitada a realizar serviços de grande complexidade e vital importância para o funcionamento das comunicações. Viajando por inúmeras localidades, respeitando as características técnicas e adequando-se às diferentes necessidades locais e regionais, a equipe reduzida (normalmente em duplas) não mediu esforços para executar um serviço reco-

Operadores mantêm monitoramento constante do tráfego de dados na intraer

nhecidamente de alto padrão de eficiência. Trabalhando em finais de semana, feriados e em horário noturno, quando necessário. O planejamento das missões também não é uma das tarefas mais simples. Às vezes, assemelha-se a um quebra cabeça devido à escassez de recursos humanos e pela necessidade de ajustes ao funcionamento de outros serviços essenciais à manutenção da rede no próprio Destacamento. Daí surge a necessidade de grande doação por parte dessas equipes, executando boa parte dos serviços nos finais de semana e em datas encaixadas entre os muitos serviços de rotina da Unidade. Dando suporte a este serviço, está a equipe de gerenciamento, que cuida da implementação de

qualidade nos enlaces de comunicações e da otimização do tráfego através da separação adequada de bandas e supervisão dos circuitos que compõem toda a rede. A especificação dos equipamentos e a coordenação destas atividades foram realizadas pelo atual comandante do DTCEATM-RJ. O oficial não tem receio em afirmar que, para trabalhar e compreender o funcionamento da rede há necessidade de força de vontade e fé. Além destes importantes componentes presentes em todos os momentos da vida, necessita-se, sobretudo, de muito trabalho, empenho, dinamismo, competência e conhecimento técnicos para manter a rede em perfeito funcionamento.

Não sabemos ao certo o que essas tecnologias gerarão para o futuro. Impossível saber quais rumos tomarão o nosso mundo. Nem mesmo os maiores estudiosos, filósofos e sábios podem afirmar. Mas quanto ao presente, sabemos das necessidades, anseios e desejos que a sociedade informatizada requer e trabalhamos para isto, aparentemente de forma invisível, em silêncio, na coxia, mantendo e proporcionando tecnologia invisível, mas, que se observarmos bem, está bem diante dos nossos olhos, a todo momento. AERoESPAÇo 15


Congonhas terá iLS mais moderno e com tecnologia de ponta Por Daniel Marinho

O aeroporto de Congonhas está recebendo, de março a maio deste ano, um grupo de engenheiros e técnicos da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), para realizar a substituição do atual Sistema de Pouso por Instrumento (ILS - Instrument Landing System), cujo ciclo de vida já está para finalizar.

O novo ILS – Categoria 1 equipamento que viabiliza o pouso de precisão por instrumento, muito útil nas ocasiões de mau tempo, pouca visibilidade ou teto baixo – elevará ainda mais a confiabilidade e segurança do aeroporto paulistano. Mais moderno, agregará também novas funcionalidades como a capacidade de supervisão técnica à distância, outrora inexistente, que possibilitará às equipes de manutenção de terra o acompanhamento on line do status operacional do equipamento, bem como a realização de ajustes dos seus parâmetros remotamente. A equipe da CISCEA iniciou o trabalho para a instalação do novo sistema no início de março. Para interferir o mínimo possível no cotidiano de operações do segundo aeroporto mais movimentado do

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País, atuando no menor tempo possível, os técnicos efetuaram uma análise do histórico da meteorologia da cidade de São Paulo, de forma a definir o período do ano com melhores condições climáticas, e aproveitarão ao máximo a infraestrutura de apoio já existente. "Vamos aproveitar o que for possível: a torre do localizer, a rede de dutos, base, posições etc” - afirmou o engenheiro Cláudio Macedo, Assessor da Gerência de Programas de Implantação da CISCEA. Durante a substituição dos sistemas, no período de março a maio de 2010, quando o ILS estará inoperante, o aeroporto utilizará o procedimento de aproximação por GPS/BARO VNAV (Sistema Global de Navegação / Sistema Barométrico de Altimetria da Aeronave). A técnica é um dos novos proce-

dimentos de navegação aérea baseada em satélites, provenientes da implementação do moderno conceito CNS/ATM, que vem sendo adotado em escala mundial, sob o acompanhamento da Organização da Aviação Civil Internacional (OACI). Embora empregado inicialmente para suprir as demandas particulares de Congonhas, durante o período da substituição do ILS, os procedimentos BARO VNAV passarão, em breve, a ser executados, também, em muitos outros aeroportos brasileiros. No que diz respeito aos usuários, atualmente, a grande maioria das aeronaves, como as de companhias aéreas comerciais, estão habilitadas para a realidade da navegação por GPS. Algumas aeronaves particulares, porém, que ainda não possuem a tecnologia embarcada, utilizarão os sistemas em operação


para o pouso no aeroporto, durante o período. Com o novo ILS - Cat1 de Congonhas, previsto para entrar em operação ao final de maio, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) - órgão ao qual a CISCEA é subordinada mantém a regularidade da atualização e aprimoramento de seus sistemas de auxílio à navegação aérea, restringindo ao máximo a possibilidade de inoperância por parte de algum equipamento. O aeroporto de Congonhas, por sua vez, dono de uma das pistas mais movimentadas do transporte aéreo da América Latina, não só estará mais apto à realização dos pousos por instrumentos, como também será o primeiro aeroporto brasileiro certificado para a execução dos modernos procedimentos de aproximação e pouso por satélite BARO VNAV.

O novo ILS trará mais confiança e segurança para Congonhas, agregando novas funcionalidades ao aeroporto

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Quem é? Jerônimo Inácio Capitão CTA

Somos nada se não temos uma história Ele é curioso, tranquilo, de fala mansa e raciocínio rápido. Suas palavras de ordem são comprometimento, atitude, perseverança, relacionamento, confiança e excelência. Ele é bom ouvinte, é bem humorado e bom companheiro. Ele é Lince, é Jaguar, é Argus, é Polvo. Ele é o Capitão CTA Jerônimo Inácio Nunes, atual chefe de Controle de Área de Brasília (ACC BS), do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I). Entrevistado por Telma Penteado - Fotos de Luiz Eduardo Perez / S1 Cosmo

Jerônimo Inácio é uma figura mesmo carismática. Só de perguntar seu nome completo para a entrevista, ele já fornece uma série de opções: “os amigos do ´tempo do ronca´ me chamam de "Nego Inácio". Os amigos dos últimos dez anos me conhecem pelo meu trigrama ´Jin´. Quando alguém me chama por Jerônimo Inácio, meu nome de guerra, já sei que o assunto é muito sério, formal e para ontem. Franzo o cenho e parto para a solução do problema em pauta. Até agora deu certo”, brinca. Nascido em 1º de fevereiro de 1965, em Diamantina (MG), Jin já nos brinda com seu jeito brincalhão de conversar ao contar sobre sua cidade natal, “Eu, Juscelino Kubitschek e Xica da Silva! Só nós três nascemos lá!”. É primeiro dos 12 filhos de Seu Jorge e

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Dona Cleusa. Com apenas 16 anos de idade, Jerônimo Inácio já morava há três anos sozinho numa república em Belo Horizonte (MG) e estudava na Escola Militar, sonhando um dia se tornar um Oficial do Exército Brasileiro. Certo dia estava caminhando pelas ruas de BH quando um papelzinho jogado no chão lhe chamou a atenção. Tratava-se de um panfleto no qual se lia: “Jovem! Você que tem entre 14 e 21 anos, aliste-se na Força Aérea Brasileira”. “Eu não tinha outra ideia até achar o tal papelzinho”. Do Exército para a Aeronáutica. Jin entrou para a FAB em julho de 1982. “Eu era muito responsável e também muito bem colocado no colégio. Sempre gostei de estudar”, recorda com alegria. De

fato, aos 16 anos já dava aulas de inglês. Aliás, o inglês foi um grande trunfo na sua carreira, como veremos a seguir. Aos 18 para os 19 anos entrou na Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), em Brasília, visando se formar um Controlador de Tráfego Aéreo (CTA). “Achava lindo o CINDACTA I. Falava sobre radar estufando o peito”. Quando foi transferido para o Centro de Operações Militares do CINDACTA I (COpM1), o Coronel-Aviador José Alves Candez Neto, atual comandante do CINDACTA IV, encontrou um ambiente que classificou como sendo de “profissionais aguerridos e entusiasmados com o trabalho, que até hoje me lembro com orgulho de ter pertencido àquele time extremamente operacional”. Foi nesse ambiente que o então Tenente


Candez conheceu o então Sargento Inácio, que já estava prestando serviço no COpM1. “Era a estrela do time. Jogava em todas as posições, sempre com dedicação, motivação e comprometimento. Mesmo sob a pressão da interceptação tática, Jin transmitia confiança e um padrão operacional sempre elevado, fator diferenciador que possui”, conta Candez. Em 1992, surgiu a oportunidade de Jin fazer um curso de Guerra Eletrônica na Royal Air Force (RAF), na Inglaterra. Logo Jerônimo demonstrou seu total interesse em fazer parte da turma. Porém, por diversas razões, o curso não saía do papel. Somente em 1995 surgiu uma oportunidade realmente concreta. Agora o curso iria decolar. Eram apenas oito vagas disponíveis, mas, para o CINDACTA, havia somente uma. Os candidatos que iriam disputar a vaga com ele tinham excelente conhecimento de Guerra Eletrônica, mas nosso Jerônimo, além destes conhecimentos, se garantia na língua inglesa. Ele pensou: “se a prova for em inglês, eu passo!”. Dito e feito! A prova, realizada na Universidade da Força Aérea (UNIFA), era composta de 100 questões, sendo 60 de interpretação auditiva e 40 escritas. Seus concorrentes já estavam estudando para a prova com uma vantagem de uma semana e, por causa de suas tarefas no CINDACTA, Jin não dispôs deste tempo. Ainda assim, com todos os obstáculos, ao final da prova, ele só errou uma única questão! Nota final: 9,90. “E eu entreguei a prova com poucos minutos e saí da sala. Comentaram na hora até que eu tinha aloprado e desistido. Na verdade eu fiquei fora da sala aguardando o gabarito como um leão enjaulado, pra lá e pra cá”- conta Jin . Como Jerônimo, à época, já estava trabalhando no COpM1, o curso veio em muito boa hora. “Foi maravilhoso, porque o curso consolidou vários conceitos que já ensinávamos sobre Guerra Eletrônica. A Inglaterra é essencialmente uma Escola de Guerra, haja vista seu histórico. Todos os nossos instrutores já haviam participado de guerras. Um deles, inclusive, foi o militar que programou as aeronaves que foram enviadas

à Guerra do Iraque. Era gente desse cabedal”. No total, foi um ano de formação em Guerra Eletrônica, sendo seis meses no Exército, três no Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA) e três na RAF – todos com êxito! E, anos mais tarde, lá estava o Jin lecionando inglês na UNIFA. Ainda em 1992, após toda a formação em Guerra Eletrônica, Jin e seu companheiro Candez participaram de outro time vencedor, com a missão de elaborar, coordenar e ministrar o primeiro curso de Supervisor e Operador de Guerra Eletrônica (SGE/ OGE) para os Controladores de Operações Aéreas Militares (COAM) do SISCEAB, sobre a capacidade de guerra eletrônica do sistema radar tridimensional TRS-2230, como nos conta o próprio Candez: “Essa capacitação contribuiu para o desenvolvimento de táticas e técnicas de emprego de incursões de ataque da Força Aérea em ambiente eletromagneticamente hostil. Foi um período que, tenho certeza, ficará marcado em nossas vidas, em função dos grandes desafios superados”. Diz a sabedoria popular que crise, quando não derruba de vez, leva a gente pra frente. E assim se sucedeu na vida do nosso Jerônimo. Uma grande decepção em 1995, a princípio, não permitiu que ele vislumbrasse o futuro que se aproximava. Mas assim que a poeira baixou, a tristeza deu lugar a grandes alegrias. Corrente do bem. Assim ele mesmo definiu o que aconteceu em sua vida. Logo após o frustrante incidente, Jin solicitou sua LESP (Licença Especial) de seis meses, a qual já tinha direito. Comprovando a tese de que nosso entrevistado é mesmo, de fato, sem a menor sombra de dúvida, querido, admirado e necessário, logo no primeiro dia de trabalho após a LESP, quando Jin prestava serviço no CINDACTA I como Ajudante do Chefe Controlador, o Jaguar 112, hoje Brigadeiro-do-Ar Carlos de Almeida Baptista Júnior, que naquele ano era o chefe de Operações do Primeiro Grupo de Defesa Aérea (1° GDA), telefonou para ele, dizendo que ia fazer um voo de readaptação do Comandante, o então

Coronel-Aviador Antonio Franciscangelis Neto (hoje Major-Brigadeiro-do-Ar), e que gostaria de fazer algo diferente. Ao que Jerônimo Inácio logo respondeu: “E vamos fazer!”. “Eu também precisava desenferrujar. Então sugeri fazer uma simulação de alvo manobrável. Ele poderia fazer o movimento que desejasse e nós iríamos interceptá-lo. E assim o fizemos”- argumentou. “O Mirage é fantástico e a simulação seria muito proveitosa. Se fizéssemos oito tentativas e pegássemos o alvo uma vez, seria uma única interceptação, porém de um alvo em movimento, tentando se evadir! Interceptar um alvo parado não é nada demais... É o meu dia-a-dia”. Ao final da manobra, só elogios. Jin ficou extremamente satisfeito. “Foi uma quebra de rigidez”, contou orgulhoso. Palmas para nosso Jerônimo! A partir deste dia, ele começou a escrever uma Ordem de Instrução (OI), oficializando aquele treinamento e definindo tudo acerca da Missão de Interceptação com Alvo Manobrável. No que diz respeito ao trabalho de qualidade, ele já dá a dica: “tudo requer anos de treinamento além do tempo de formação”.

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Em outras palavras, ação, engajamento e empenho total! Como ele mesmo diz, “só com cimento não se faz uma parede”. Ficou ao todo 15 anos em Brasília, até que o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2°/6° GAv) foi fundado na cidade de Anápolis (GO). “Meu coração bate ali, no Esquadrão Guardião”. Em Anápolis, ele aprofundou seus conhecimentos sobre o E-99 (à época denominado R-99 B), tornando-se Controlador desta aeronave-radar. E seu talento não se mostra apenas na destreza em controlar. “Em uma madrugada de junho de 2003, Deus me assoprou nos ouvidos a ‘Oração do Guardião’. Ela é ouvida nas ocasiões importantes que envolvem o Esquadrão”. “Ao regressar da minha última missão a bordo de uma aeronave E-99, em agosto de 2004, todo o meu Esquadrão estava em forma no pátio às 18h. Estavam também o comandante da Base Aérea de Anápolis e a banda de música. Travei o choro e mantive a classe durante a Canção da Despedida. Do Esquadrão Guardião ninguém sai sem deixar um pedaço da alma. Ali somos forjados para enfrentar qualquer missão dentro da Força”, conta com grande emoção. Em 2005, chegou ao CINDACTA IV quando ainda era Segundo Tenente. Como primeira missão, foi confiada a ele uma Comissão de

Fiscalização do contrato da empresa que fazia a manutenção dos jardins do Centro. “Fiquei logo amigo de todos. Do pessoal da jardinagem, da limpeza... bem, não preciso nem dizer que a minha seção era a mais limpa e arrumada!”. Em dezembro de 2009, foi promovido a Capitão, e acredita que após cinco anos como chefe do COpM 4, esta experiência pode ser bem aproveitada. Defesa Aérea, ACC, Salvaero, Segurança de Voo, em qualquer destas áreas pode atuar e ainda aprender muito nos próximos anos. Para Jin, seu trabalho no COpM 4 foi seu maior desafio até o momento. Destacando os principais episódios, ele relembra a criação do COpM até a sua consolidação; a fase singular pela qual atravessou o controle de tráfego aéreo em 2007; os 40 dias que passou na Serra do Cachimbo (PA) como Coordenador SAR (Busca e Salvamento) na cena da missão de resgate do GOL 1907, representando o glorioso Salvaero Amazônico; e as longas ausências de casa. “Aprendi no CINDACTA IV a combater o bom combate. Trabalhei ao lado de pessoas incríveis. Dividimos um prato de sal por dia para que aquele gigante se mantivesse firme na proa. Sou eternamente grato a cada um dos meus contemporâneos de CINDACTA IV”. Sobre seu profissionalismo como controlador, o comandante do CINDACTA III,

Coronel-Aviador João Batista Oliveira Xavier, só tem a elogiar. “O Capitão Inácio possui uma rara capacidade de controle das missões inerentes à Defesa Aeroespacial. Quando no Console, seja numa missão de interceptação ou combate, ‘veste’ o macacão de piloto e atua como se o fosse. Sempre foi assim, extremamente dedicado e profundamente conhecedor de sua missão. De rápido raciocínio e interpretação da consciência situacional de combate, se tornou um ícone para todos que labutam dentro do SISCEAB, quando o assunto é Operações Militares. Foi pioneiro na implantação da Doutrina de Controle nas aeronaves de alarme aéreo antecipado da FAB. Atuou de forma exemplar em missões operacionais dentro e fora do País, dedicação à Força Aérea que lhe rende até hoje o reconhecimento e admiração de gerações de pilotos de caça, na ativa e da reserva”, comenta o Coronel Xavier. E sobre o novo desafio de sua carreira, Jin considera que “voltar para Brasília fecha um ciclo que começou quando aqui cheguei como Terceiro Sargento, em 1984. Na verdade eu nunca saí de Brasília completamente. Durante os fatos mais importantes que envolveram a atividade operacional do controle de tráfego aéreo e da defesa aérea, nos últimos dez anos, eu estive em Brasília. É minha casa. Sempre foi”. Fôlego é o que não

“Aprendi no CINDACTA IV a combater o bom combate. Dividiamos um prato de sal por dia para que aquele gigante se mantivesse firme na proa”

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falta. Em dias alternados, impreterivelmente, Jin corre 10km. “Às vezes chego aos últimos 500 metros pensando em diminuir o ritmo e completar o circuito andando. Por cansaço, preguiça, sensação de já não ter que provar mais nada para mim mesmo. Enfim, todas as vezes que fraquejo uma força muito maior me convence a partir para um sprint e fazer jus a um alongamento à sombra”. Por analogia à corrida, ele pondera: “faltam dois anos para que o meu primeiro ciclo de 30 anos de trabalho se complete. Já parti para o sprint e tenho gás para outra volta, mesmo que seja sem a farda da qual tanto me orgulho. Os meus planos são muito ousados. O planejar cabe ao homem, mas o realizar é de Deus. Tenho muita fé, amigos, saúde e sonhos”. Casado com Nina, que segundo ele é quem faz o controle de qualidade em casa – “se não estiver perfeito o produto volta para a linha!” –, Jin mostra que sua maneira única de ser se revela tanto no trabalho como na vida pessoal. O casal tem quatro filhos. A mais velha chamase Cláudia, tem hoje 35 anos e é adotiva, como uma das irmãs de Jerônimo. O seu primeiro filho biológico (que hoje tem 19 anos e estuda na Escola de Especialistas de Aeronáutica para ser CTA como o Jin) carrega a marca indelével do jeito intenso de ser do pai. “Eu adoro nomes escalafobéticos”, revelou dando início à sua explicação. “Estava estudando a Teoria da Evolução – era um cristão evolucionista – quando nasceu meu primeiro filho. Não tive dúvida. Darwin foi o nome escolhido”. Dois anos se passaram e os seus estudos se voltaram para a língua francesa. E quem apareceu? Sua segunda filha, Louise Marie (atualmente com 17 anos). O terceiro filho veio em meio aos seus estudos de alemão. Lá estava o Jin embalando o Johann, que hoje tem 12 anos. De duas uma: ou parava de ter filhos ou de estudar!!! Bem... São apenas quatro filhos! E diante de tantas condecorações de Ordens tão importantes – Jin é Polvo (Operador de Guerra Eletrônica); Lince 94 (Controlador de Defesa Aérea); Argus (Controlador Aeroembarcado do Esquadrão Guardião E-99); Jaguar Honorário 70 (Controlador de aeronaves de caça Mirage – Primeiro Grupo

“Todas as vezes que fraquejo, uma força muito maior me convence a partir para um sprint e fazer jus a um alongamento à sombra” de Defesa Aérea); e foi condecorado com as Medalhas de Prata (20 anos de serviços prestados à FAB) e Mérito Santos Dumont – o que não faltam são reconhecimentos e elogios! Amigo de Jin desde 2005, o Major-Aviador Edmar, comandante do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Porto Alegre (DTCEA-PA), esteve ao seu lado em diversas aventuras e desventuras. “Nesse tempo que trabalhamos juntos, aprendi muito com o Jin. Operacionalmente, não poderia ter conseguido professor melhor para me ensinar os segredos da Defesa Aérea. A técnica ideal de interceptação, o momento certo da conversão, como orientar os controladores na sala, tudo isso e muito mais discutimos em nossas longas conversas”, relembra. “Além disso, e muito mais importante, pude ver como se porta um profissional pautado pela ética e pelos valores cristãos, que é moral sem ser moralista e que sempre

busca o certo sem abandonar aqueles que, por acaso, tenham se perdido no meio do caminho. Pude, enfim, ter um amigo para compartilhar este caminho cheio de pedras que está reservado àqueles que buscam o que é certo e verdadeiro”, conclui Edmar. Seu amigo, o Terceiro Sargento BCT Estrázulas, com quem Jin trabalhou no COpM4, em Manaus, comenta que “à parte da chefia, o conhecimento técnico e a experiência são muito importantes no Jin. Contudo, aprendi com ele a tentar chamar as pessoas pelo primeiro nome, mesmo que não seja o de guerra. Ele tem essa preocupação com o fator humano”. A operacionalidade do Capitão Inácio é fruto de uma dedicação fora do comum, segundo o 3S Estrázulas. “Se for preciso, ele vai para a console, sai mais tarde ou chega mais cedo e sempre comenta: ´deixa a aviação voar!´” - conta Estrázulas. De fato, seu talento, seu caráter e seu profissionalismo são reconhecidos unanimemente. E seu amigo Candez, mais uma vez, não poderia deixar de registrar sua admiração. “Fui seu aluno, companheiro de equipe, seu instrutor e seu chefe em diversas fases da carreira, oportunidades que fortaleceram minha amizade e o meu respeito pelo Capitão Jerônimo Inácio”. Da mesma forma, declarou o outro amigo, Xavier: “se um dia for chamado ao combate real em dias nebulosos de guerra e a mim for concedida a honra de lutar no comando de uma belonave da Caça, qual não será minha certeza na vitória quando do cumprimento de minha missão se, ao chamar o Controle ‘THOR’ (código de chamada dos COpM), ouvir do outro lado a voz firme e tranquila do meu amigo e outrora instrutor dizendo: XAV, THOR na sua escuta, cheque rádio, no seu controle, lince 094, pronto para o combate!”. E não haveria melhor desfecho para essa entrevista do que as palavras do nosso Jerônimo ponderando sobre a vida:

“somos insignificantes se não temos amigos. Somos nada se não temos uma história. Mesmo que não seja uma boa história.” AERoESPAÇo 21


Primeiro Painel aiM-Br Gerenciamento da Informação Aeronáutica no Brasil

Por Telma Penteado - Fotos de Luiz eduardo Perez

O Brigadeiro Aquino na abertura do Painel. Ao lado a apresentação de Paul Bosman (OACI)

Aprovada pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) em novembro de 2009, a Diretriz DCA 351-3 para a Implantação do Projeto Gestão de Informações Aeronáuticas do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB), o Projeto AIM-BR pretende debater e difundir conceitos e práticas que serão largamente empregados no gerenciamento das referidas informações. E para propiciar este espaço de debates, a Organização Brasileira para o Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Controle do Espaço Aéreo (CTCEA) e a da Comissão para Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA), em parceria com a empresa EUROCONTROL – organização europeia cuja missão primordial é a garantia da segurança da navegação aérea – realizaram nos dias 04 e 05 de março, no auditório da CISCEA, o Primeiro Painel AIM – Gerenciamento da Informação Aeronáutica no Brasil. Evidenciando a importância deste painel, estiveram presentes o Gerente do AIM no EUROCONTROL e Gerente do Subgrupo de Estudos de AIS/AIM da 22 AERoESPAÇo

Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), Paul Bosman, e do especialista em AIXM, eAIP e xNOTAM, Eduard Porosnicu. Dentre os objetivos principais do encontro destacam-se a apresentação dos principais sistemas que fazem parte do AIM e as disciplinas que devem ser consideradas para a sua implementação. Nos dois dias do encontro foram abordadas as questões sobre a regulamentação relativa à implantação do Sistema AIM e como se dará a estruturação do Banco de Dados AIS-AIXM; e o Gerenciamento da Qualidade, os Recursos Humanos e os aspectos organizacionais que envolvem todo o processo. De acordo com o que foi apresentado,

a estrutura organizacional do Projeto tem como Órgão Gerencial o Departamento de Controle do Espaço Aéreo através do Subdepartamento de Operações (SDOP).

AIM Mais especificamente, de acordo com as informações disponibilizadas no site do Painel, o termo AIM (Air Information Management - Gerenciamento de Informação Aeronáutica) “é aplicado ao fornecimento de informações aeronáuticas com qualidade assegurada, de forma a atender as necessidades dos Sistemas de Gerenciamento de Tráfego Aéreo atuais e futuros”. O AIM se diferencia do atual Serviço de Informações Aeronáuticas (AIS), na


medida em que se afasta da gestão e disponibilização de produtos (informações), obtidos de forma semi-automáticas, e busca, através da interoperabilidade digital da informação e dados, abranger todas as fases do voo. Segundo Paul Bosman, os novos conceitos de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (em inglês, ATM - Air Traffic Management) reforçam a indiscutível conjuntura da rede mundial. Como ele mesmo colocou em um dos seus slides da apresentação, “All States in contact with each other!” (Todos os Estados em contato uns com outros!). Em poucas palavras, podemos dizer que o Serviço de Informação Aeronáutica (AIS) será transformado em AIM, ou seja, o AIM é o AIS Digital. Até o presente momento, o AIS tem sido o principal provedor de informações técnicas para os usuários do SISCEAB, focado principalmente no pré voo. Com o contínuo crescimento do tráfego aéreo e sua consequente modernização, novas informações se farão necessárias e, indubitavelmente, modificarão esses parâmetros que hoje conhecemos. E é justamente para atender às novas demandas que o AIS deverá evoluir para prover um serviço coordenado e harmonizado, fornecendo informações atualizadas com qualidade assegurada para todas as fases do voo. A aprovação do novo conceito de Gerenciamento do Tráfego Aéreo Global (ATM) implica na modificação da sua atual estrutura a apresenta novas características que são essenciais para sua aplicação e que se baseiam e se representam pela Decisão Colaborativa (CDM) e pelo próprio Gerenciamento da Informação Aeronáutica (AIM). A Decisão Colaborativa, ponto chave da mudança ao lado do AIM, se constitui na substituição do conceito unilateral da decisão – em que o usuário é uma parte passiva no processo – por um método de ampla participação de todos os interessados, incluindo aqui as etapas de planejamento e operação. Desta forma, é possível garantir que o voo será realizado o mais próximo possível do perfil ótimo, através da negociação entre os membros da comunidade ATM. Quanto à Política da Gestão da Qualidade no Sistema de Controle do Espaço Aéreo

Brasileiro (SISCEAB), que é plenamente endossada pelo seu Órgão Central – o DECEA – e por todos seus Elos de trabalho, ficou evidenciado como objetivo o contínuo aperfeiçoamento dos procedimentos, processos e estratégias organizacionais para a garantia da manutenção “do nível mais elevado e praticável de eficácia na provisão dos Serviços de Navegação Aérea no espaço aéreo sob a responsabilidade do Brasil”. Como se vê, muitas mudanças significativas estão por vir desde a aprovação, em 2009, do Conceito Operacional do CNS/ATM Global (CONOPS). Ficou mais que evidente que com o crescimento do volume de tráfego aéreo, intrinsecamente ligado aos avanços econômicos no cenário mundial, a atual estrutura do espaço aéreo com as suas rotas hoje estabelecidas não mais comportará tal demanda. Partindo da ciência desta configuração que não mais se anuncia, mas se faz presente e constatável, as mudanças ora propostas e aprovadas implicarão no aumento de componentes do ATM. Atualmente os componentes estão divididos em Serviços de Tráfego Aéreo (ATS), Gerenciamento de Fluxo de Tráfego Aéreo (ATFM) e Gerenciamento do Espaço Aéreo (ASM). O aumento resultante do novo Conceito Operacional trará uma estrutura que comporta sete componentes, sendo eles: - Organização e Gerenciamento do Espaço Aéreo (AOM); - Operações de Aeródromo (AO); - Balanceamento de Demanda e Capacidade (DCB);

AIM

(Gerenciamento da Informação Aeronáutica)

- Sincronização do Tráfego Aéreo (TS); - Operações do Usuário do Espaço Aéreo (AUO); - Gerenciamento de Conflitos (CM); e o - Gerenciamento de Entregas do Serviço ATM (ATMSDM). É aqui que se destacam duas características fundamentais: o Gerenciamento da Informação e a Decisão Colaborativa que são de influencia decisiva para a implantação do Conceito Operacional ATM Global. A implementação gradativa dos componentes do novo Conceito Operacional ATM Global proporcionará aumento da capacidade do sistema de forma a satisfazer o aumento da demanda com perfis de vôos eficazes dentro de níveis ótimos de segurança operacional. De acordo a Diretriz para a Implantação do Projeto Gestão de Informações Aeronáuticas do SISCEAB (DCA 351 -3), o Cronograma de Implantação foi dividido em três fases: FASE 1 (curto prazo) – até 2010: verificação do estado atual da produção da informação aeronáutica; FASE 2 (médio prazo) – de 2011 a 2015: implementação e implantação de melhorias na produção da informação aeronáutica, considerando os atuais processos de produção e distribuição da informação, e sistemas legados em uso, preparando o ambiente para o AIM-BR; e FASE 3 (longo prazo) – de 2016 até 2020: continuidade da implantação dos sistemas necessários aos novos conceitos AIM.

AIS

(Serviço de Informação Aeronáutica)

Informações com:

AIS transformada em AIM AIM = AIS Digital

• Qualidade • Pontualidade • Formato Digital • Segura • Padronizada • Interoperabilidade • Compartilhada

Fonte: Apresentação Paul Bosman (OACI)

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Passagens de cargos no CINDAC Por Denise Fontes

Coronel-Aviador Xavier é o novo comandante do CINDACTA III Na tarde do dia 14 de janeiro, o Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), localizado em Recife-PE, realizou a passagem de comando do Coronel-Aviador Luiz Gonzaga Leão Ferreira ao Coronel-Aviador João Batista Oliveira Xavier. A solenidade, presidida pelo Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ramon Borges Cardoso, Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), procedeu no dia seguinte à cerimônia de inauguração do quadro do Coronel Leão na galeria de retratos dos ex-comandantes da unidade. Em seu discurso de despedida, o Coronel Leão ressaltou algumas das passagens mais marcantes de sua carreira militar, destaque para a operação de buscas à aeronave AIR FRANCE 447. “O CINDACTA III pode comprovar toda a sua potencialidade e capacidade operativa, ocasião em que o nosso efetivo demonstrou grande profissionalismo e comprometimento em todos os níveis”. Outro resultado positivo apresentado por ele foi o recebimento da Certificação do Sistema de Gestão da Qualidade pela Norma ISO 9001, tornando o CINDACTA III a primeira unidade gestora do Comando da Aeronáutica a alcançar este objetivo. Na ocasião, ele agradeceu

ao DECEA pela confiança, pelo apoio e por importantes orientações para o melhor cumprimento da sua missão. “Foram dois anos nos quais pude colocar em prática tudo o que aprendi ao longo da minha vida castrense. Essas experiências passadas ajudaram-me a comandar esses mil e quinhentos homens, que labutam 24 horas por dia, 365 dias por ano, em prol de uma missão de relevante importância para o nosso País”. Com relação ao seu sucessor, o Coronel Leão desejou muita sorte e felicidade em sua nova jornada. “Ao amigo de tantos convívios e ocasiões, torço que alcance pleno sucesso e que conduza esta organização militar ao mais alto padrão”, concluiu. Em seu discurso, O Tenente-Brigadeiro Ramon, além de elogiar a conduta e os trabalhos realizados com excelência pelo Coronel Leão e saudar com boas-vindas o novo comandante, ressaltou as metas atingidas com grande empenho e competência no CINDACTA III. “A certificação ISO 9001 é resultado do envolvimento e participação de todo o efetivo. Uma conquista que comprova a qualidade e a eficiência dos serviços prestados por esta organização”. O Coronel Leão está cursando a Escola Superior de Guerra (ESG).

Perfil do novo Comandante O Coronel-Aviador João Batista Oliveira Xavier é natural do Rio de Janeiro. Tem 47 anos e é casado com Fernanda. Praça de fevereiro de 1982, foi declarado a oficial em dezembro de 1985 e promovido a coronel em dezembro de 2008. Dentre os diversos cursos realizados, citamos os de Comando e EstadoMaior; Planejamento de Operações Aéreas de Força Tarefa Combinada (GITE) e Pós-Graduação em Gerência de Projetos pela Fundação Getúlio Vargas. Suas principais funções desempenhadas foram os cargos de comandante do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC); chefe da Divisão de Operações Militares do DECEA e, por último, vice-presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo (CISCEA).

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TA III, CGNA, ICEA e CINDACTA IV Tenente-Coronel Barion assume a direção do ICEA O Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA)

nossa capacidade de surpresa técnica em combate e

realizou, no dia 19 de janeiro, a cerimônia militar de

transformamos a Comissão Parlamentar de Inquérito

passagem de direção do comando do Coronel-Aviador

da crise aérea em oportunidades para o Instituto”.

Paulo Roberto Sigaud Ferraz ao Tenente-Coronel Avia-

Em seguida, acrescentou outros grandes êxitos.

dor Ricardo Barion.

“Em 2008, prosseguimos com mais desafios e con-

A cerimônia foi presidida pelo Diretor-Geral do

quistas, como a definição do ICEA à Instituto Científico

Departamento de Controle do Espaço Aéreo, Tenente-

e Tecnológico (ICT) dentro do Comando da Aeronáuti-

Brigadeiro-do-Ar Ramon Borges Cardoso e contou

ca (COMAER) e o reconhecimento de seus 31 anos de

com a presença de oficiais generais do DECEA e do

pesquisa no âmbito do Sistema de Controle do Espaço

Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial

Aéreo Brasileiro (SISCEAB)."

(DCTA).

O Diretor-Geral do DECEA, em seu discurso, elogiou

Na ocasião, o Coronel Ferraz – que hoje está cur-

o importante trabalho realizado pelo Coronel Ferraz,

sando a Escola Superior de Guerra (ESG) – recebeu

enfatizando a grande contribuição do ICEA no resul-

uma placa em homenagem aos serviços prestados à

tado positivo da auditoria da Organização de Aviação

organização.

Civil Internacional (OACI).

Em suas palavras de despedida, o Coronel Ferraz destacou algumas realizações de sua gestão. “Em 2007, tivemos desafios enormes. Oferecemos

Por fim, o Tenente-Brigadeiro Ramon deu as boasvindas ao novo diretor e ressaltou sua dedicação e competência dentro do Sistema.

Perfil do novo Diretor Natural de Londrina – PR, o Tenente-Coronel Aviador Ricardo Barion, é casado e tem um filho. Na carreira militar, foi praça em fevereiro de 1984 e declarado aspirante a oficial em dezembro de 1987. Seus principais cursos realizados foram os de Comando e Estado-Maior; MBA Desenvolvimento Avançado de Executivos, da Universidade Federal Fluminense (UFF-RJ) e Programa para Gerentes de Cursos TRAINAIR, em Cuba. Dentre as últimas funções desempenhadas pelo oficial estão os cargos de comandante da Esquadrilha Sirius do Primeiro EIA da AFA; chefe da Divisão de Capacitação e Treinamento Profissional do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e, por último, chefe da Divisão de Ensino do Instituto de Controle do Espaço Aéreo (ICEA).

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CGNA tem novo chefe: Tenente Coronel Esteves

Em cerimônia militar realizada na manhã do dia 25 de fevereiro, nas dependências do hangar do Grupo Especial de Inspeção ao Voo (GEIV), o Tenente-Coronel Aviador Fábio Almeida Esteves assumiu a chefia do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA), substituindo o Coronel-Aviador Gustavo Adolfo Camargo de Oliveira. A solenidade, presidida pelo Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro-do-Ar Ramon Borges Cardoso, contou com a presença de diversas autoridades do Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro (SISCEAB) e dos importantes segmentos da aviação civil. Em seu discurso de despedida, o Coronel Gustavo relembrou a desafiante missão que recebeu, ao final do ano de 2006, de assumir a chefia do CGNA, reconhecendo a importância daquele momento. “Nossos parceiros encontraram, além das portas sempre abertas, pessoas dispostas a mostrar que o processo de decisão colaborativa era o caminho viável para vencer as dificuldades encontradas no complexo sistema de transporte aéreo”. Outro ponto por ele ressaltado foi o importante papel que o CGNA representa na atual organização do controle de tráfego aéreo, trabalhando ininterruptamente na monitoração da segurança, visando sempre o aumento da qualidade dos serviços prestados pelo SISCEAB.

Em seguida, o ex-chefe do CGNA agradeceu a confiança, o apoio irrestrito e as orientações precisas e oportunas do Diretor-Geral do DECEA. “Agradeço pela postura segura, técnica e tranquila mesmo nas situações mais inusitadas. Considero estes anos sob seu comando como sendo a melhor aula de liderança que a Força Aérea Brasileira poderia ter me proporcionado”, concluiu. Para o Diretor-Geral do DECEA, o importante trabalho realizado pelo Coronel Gustavo tornou o CGNA um órgão de extrema importância não só para o DECEA, mas para todo o SISCEAB. “Você teve a oportunidade de consolidar uma grande organização, receba os seus méritos, pela sua liderança, seu conhecimento e seu trabalho de fazer com que a unidade atingisse os melhores desempenhos, e mais do que isso, que pudesse auxiliar o DECEA no cumprimento da sua missão”, declarou o TenenteBrigadeiro Ramon ao Coronel Gustavo. Desejando sucesso ao novo chefe do CGNA, o Coronel Gustavo destacou o profissionalismo e o comprometimento do seu sucessor dentro do Sistema. “Tenho certeza que utilidade, credibilidade e capacidade de pronta resposta continuarão sendo as principais características do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea”. O Coronel Gustavo está exercendo o cargo de Adjunto do Vice-Diretor do DECEA.

Perfil do novo chefe Natural do Rio de Janeiro, o Tenente-Coronel-Aviador Fábio Almeida Esteves é casado e tem três filhos. Praça de fevereiro de 1981, foi declarado aspirante a oficial em dezembro de 1987 e promovido a Tenente-Coronel em agosto de 2006. Dentre os cursos realizados, estão os de Tática Aérea; Piloto de Transporte de Tropa e Piloto Inspetor. Suas últimas funções desempenhadas foram os cargos de chefe da Seção de Estatística do Terceiro Esquadrão de Transporte Aéreo; instrutor da Academia da Força Aérea Brasileira; chefe do Laboratório do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV); e por último, membro do Subgrupo AGA/AOP do GREPECAS – Organização de Aviação Civil Internacional (OACI).

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Coronel Candez assume o comando do CINDACTA IV

O Quarto Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA IV) realizou no dia 7 de abril, a cerimônia militar de passagem de comando do Brigadeirodo-Ar Carlos Eurico Peclat dos Santos ao Coronel-Aviador José Alves Candez Neto. A solenidade, presidida pelo Tenente-Brigadeiro-do-Ar Flávio de Oliveira Lencastre, Ministro do Superior Tribunal Militar, teve o ato de passagem de comando presidido pelo Comandante do Sétimo Comando Aéreo Regional (COMAR VII), Major-Brigadeiro-do-Ar Jorge Cruz de Souza e Mello. Em suas palavras de despedida, o Brigadeiro Peclat agradeceu ao Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeirodo-Ar Juniti Saito, e ao Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Tenente-Brigadeiro-doAr Ramon Borges Cardoso, pela oportunidade de comandar o maior CINDACTA do País e pela confiança depositada. “Que fique também registrada a minha admiração pela sua competência profissional, serenidade, generosidade e educação, mesmo nos momentos mais turbulentos”. O Brigadeiro Peclat falou do desafio de comandar o CINDACTA IV com seus 27 Destacamentos de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) e dez Unidades de Telecomunicações (UT) subordinados, responsável pela cobertura de tráfego aéreo em 5,2 milhões de km2, que correspondem a 62% do território nacional. “Meus sinceros agradecimentos aos comandantes dos Destacamentos subordinados a este Centro Integrado pela lealdade, amizade e o sentido do estrito cumprimento da missão”. Ao efetivo do CINDACTA IV, ele proferiu seu reconhe-

cimento e gratidão pelo empenho, profissionalismo e competência. "Se ainda não somos uma das melhores unidades da Aeronáutica, como coloquei em minha primeira reunião com o efetivo, tenho certeza que estão no caminho e a distância é bem menor. Perseverem na dedicação, na lealdade e no amor à profissão que escolheram, todos os dias, e até o último dia que nela permanecerem”, declarou o Brigadeiro Peclat aos seus subordinados. Desejando realizações e felicidades ao seu sucessor, Brigadeiro Peclat destacou: “Tenho certeza que o senhor irá sentir o mesmo orgulho que eu sinto agora, em comandar esta unidade”. Representando o Diretor-Geral do DECEA, o MajorBrigadeiro Souza e Mello ressaltou o eficiente trabalho executado pelo Brigadeiro Peclat no CINDACTA IV." Posso dizer, que foram dois anos e oito meses de conquistas e realizações. Eu o vejo como um militar engajado e comprometido com a sua organização e que se dedicou com afinco no cumprimento da sua missão”. Por fim, o comandante do COMAR VII deu as boasvindas ao Coronel Candez, ressaltando sua vasta experiência na vida militar e no Sistema de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro. “Competência, motivação, liderança e atitude altamente positiva, é o que eu posso definir como suas principais características. Sem falar na sua excepcional capacidade de superação pessoal que já o faz merecedor de assumir o comando do CINDACTA IV”. O Brigadeiro Peclat assumiu o comando da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAR), no dia 9 de abril.

Perfil do novo Comandante O Coronel-Aviador José Alves Candez Neto é natural do Rio de Janeiro. É casado e tem duas filhas e duas enteadas. Praça de março de 1976, foi declarado aspirante a oficial em dezembro de 1982 e promovido a coronel em abril de 2006. Seus principais cursos realizados foram os de Comando e Estado-Maior; Especialização em Política Estratégica, pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e Planejamento de Operações Aéreas de Força-Tarefa Combinada. Dentre as últimas funções desempenhadas pelo oficial estão os cargos de comandante do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1º GCC); comandante do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III) e, por último, adjunto do Vice-Diretor do DECEA.

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