ARTIGO
O desafio do Zagal na Amazônia Por Regilânio Isaías AGUIAR de Melo Tenente-Coronel Aviador 15° Comandante Zagal
“De dia ou de noite, com chuva ou com sol,” há momentos e pessoas que marcam a nossa memória para sempre. Certamente, os seis anos que passei nessa valorosa Organização serão inesquecíveis. Desde o momento que cheguei ao Quinto Esquadrão do Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (5°/1° GCC - Esquadrão Zagal), no final de 2010, já ouvia a respeito da mudança de sede para a cidade de Porto Velho (RO). No entanto, foi em 2014 que chegou a ordem para a transferência, tornando-se um ano especial e desafiador. Sob a liderança do TenenteCoronel Aviador João Spencer Ferreira da Costa Junior, e com a devida importância, trabalhamos no planejamento para executar a transferência da melhor forma possível e, em especial, visando ao menor impacto ao efetivo, sem reduzir qualidade e eficiência necessárias para o cumprimento da missão. 32 5º/1º GCC • 35 ANOS
Logo saíram a minha indicação e escolha para o cargo de comandante, no biênio seguinte, e - assim - assumir uma Organização como o Zagal. Além de um privilégio, mostrou-se necessário estar preparado para dar continuidade à missão relevante que essa Unidade tem dentro do contexto estratégico e operacional da Força Aérea Brasileira (FAB). A transferência do Esquadrão foi planejada para ocorrer em duas fases (2015 e 2016), tornando-se um momento histórico e marcante, pois se tratava do processo da mudança de uma estrutura já estabelecida há mais de 25 anos. O “Plano Vitor” foi elaborado para um deslocamento somente de ida em 2014, nesse momento, o efetivo foi comissionado para instalar, operar e manter o PAR2000T na nova sede. Em 2015, metade do efetivo seguiu transferida para Porto Velho (RO) e, aos poucos, começamos a aparecer na rotina da Base Aérea de Porto Velho (BAPV), quando sentimos a real acolhida por todos os setores dessa Guardiã da Amazônia Ocidental, Águia Dourada, Bandeira Audaz. No ano seguinte, em estrutura provisória, o Esquadrão unificou seu efetivo e se estabeleceu de-
finitivamente, mostrando o seu valor por meio da operação precisa em pousos necessários ocasionados pela baixa visibilidade em função da meteorologia existente na região. Contudo, a necessidade de elevar e manter a motivação do efetivo diante das dificuldades encontradas e que foram superadas, certamente, foi o principal desafio enfrentado na liderança de homens e mulheres que atuaram no processo da mudança. O Esquadrão mudou de sede, alterou seu efetivo com saídas e chegadas, mas manteve sua essência com eficiência. A força do Zagal está em sua integridade, uma identidade peculiar que podemos chamar de “cultura organizacional”. Dentre suas características, destaco a união, o comprometimento, a prontidão e o profissionalismo demonstrado por cada um dos seus integrantes. Não poderia deixar de registrar o agradecimento especial e dividir a glória da vitória com o meu amigo Capitão José Marinho Moreira (in memoriam), que atuou diretamente na fase de transição da transferência, substituindo-me eventualmente. Foi um verdadeiro comandante e líder ao assumir e vencer,