A Vistoria de Segurança de Voo

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A VISTORIA DE SEGURANÇA DE VÔO

CONTEÚDO

O que é a vistoria de segurança? Quando realizar uma vistoria de segurança? O que deve ser vistoriado? Os métodos empregados O relatório de Vistoria de Segurança Roteiro para a realização da vistoria de segurança Conclusão


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I - O QUE É UMA VISTORIA DE SEGURANÇA? A VISTORIA DE SEGURANÇA DE VÔO é um dos principais instrumentos da Prevenção de Acidentes, pois permite que sejam descobertas situações de perigo real ou em potencial que, muitas vezes, são desconhecidas pela direção da empresa. De acordo com a legislação do SIPAER (NSMA 3-3), a vistoria de segurança deve fazer parte da rotina de todo operador de aeronave. A sua finalidade é fornecer à alta administração da empresa uma análise detalhada das condições ou situações insatisfatórias, ou dos fatores potenciais de perigo que afetam ou que possam vir a afetar a segurança das operações para então permitir que sejam estabelecidas ações corretivas pertinentes a cada caso, a partir de recomendações específicas e objetivas. Assim, a vistoria de segurança não é realizada apenas para evidenciar o cumprimento das normas, mas para certificar se elas são ADEQUADAS, ACEITÁVEIS, EXEQUÍVEIS e, portanto, EFICAZES. Considerando-se as características da empresa, a vistoria de segurança deve ser abrangente e ter a profundidade suficiente para determinar as condições de segurança reais existentes, seja no aspecto geral, seja em detalhes, de modo que possam ser detectadas todas as situações e atos inseguros existentes nos setores vistoriados. Para isso, é importante que se evidencie a relação de causa e efeito das condições observadas, adequando as medidas corretivas à solução desses efeitos.

II - QUANDO REALIZAR UMA VISTORIA DE SEGURANÇA? As vistorias de segurança podem ser realizadas periodicamente, de acordo com um calendário estabelecido, preferencialmente, através do Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (PPAA), ou podem ser especiais, sendo aconselhável a sua realização sempre que uma das seguintes situações ocorrer: • Entrada em operação de novo equipamento aéreo ou instalações operacionais; • Mudanças em métodos ou filosofia de treinamento; • Alteração em procedimentos básicos; • Comportamento dos pilotos que demonstrem medo da operação, excesso de autoconfiança, frustração, ansiedade, irritação ou tensão; • Falta de padronização na operação; ou • Uso de medicamentos ou álcool de maneira incompatível com o vôo.

III - O QUE DEVE SER VISTORIADO?


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A vistoria de segurança pode abranger todos os setores das áreas de operações, manutenção, recursos humanos, apoio e outras que se relacionem direta ou indiretamente com o vôo. As seguintes áreas, dentre outras, devem ser submetidas à realização de vistoria de segurança de vôo: 1) Operações de Vôo • Manuais de operação e documentos correlatos; • Adequabilidade e cumprimento dos procedimentos operacionais; • Despacho operacional; • Programação e escala de vôo; • Treinamento formal e informal das tripulações (teórico, prático e simulado); • Procedimentos de pré-vôo e pós-vôo; • Facilidades e procedimentos adotados para os brifins meteorológicos; • Política de CRM; • Utilização de “check-list”; • Procedimentos de cabine de passageiros; • Risco de ocorrência do tipo CFIT; • Supervisão; e • Operação em vôos internacionais.

2) Manutenção de Aeronaves • Manuais e documentos correlatos; • Registros de inspeções; • Controle de qualidade; • Procedimentos e execução da manutenção corretiva; • Ambiente de oficinas e armazéns de suprimento; • Utilização e controle de ferramentas; • Segurança das instalações; • Participação no PPAA; • Conservação da Audição; • Segurança ocupacional; • Prevenção de FOD; • Manuseio e estocagem de inflamáveis; e • Supervisão.

3) Gerenciamento da Prevenção de Acidentes • Política e doutrina de Segurança de Vôo; • Treinamento do pessoal para a atividade de prevenção de acidentes; • Histórico de acidentes da organização;


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4/19 • Gerenciamento do PPAA; • Programação de vistorias de segurança; • Incentivo ao uso e tratamento do Relatório de Perigo; • Programação de eventos educativos e promocionais; • Intercâmbio com operadores congêneres e outros; • Cumprimento das Recomendações de Segurança; e • Investigação de incidentes.

4) Prevenção de FOD • Controle de ferramentas; • Controle de resíduos a bordo, na manutenção e no pátio; • Adequabilidade dos latões e cestas de lixo; • Adequabilidade dos procedimentos operacionais; e • Outros procedimentos de bordo.

5) Serviços de Rampa • Estado de conservação e estocagem do equipamento; • Supervisão das atividades contratadas; • Procedimentos normais e de emergência em vigor; e • Treinamento formal e informal das equipes.

6) Infra-Estrutura Aeroportuária • Estado de conservação das pistas e seus acessos, pátios e iluminação dos aeroportos onde a empresa opera; • Programa de Prevenção de ocorrência de F.O.D.; • Adequação do PEAA para as aeronaves em trânsito; • Prevenção de incêndios nas instalações; • Estocagem e manuseio de inflamáveis; e • Supervisão.

7) Aspectos do Fator Humano • Hábitos de automedicação; • Uso abusivo de álcool ou drogas; • Medicina preventiva; • Acompanhamento da escala de vôo; • Aconselhamento; e • Acompanhamento de tripulante.


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IV - MÉTODOS EMPREGADOS A vistoria de segurança de Vôo deve ser realizada por especialistas com experiência nas áreas de atuação e em prevenção de acidentes. Os vistoriadores devem permanecer em estreito contato com o pessoal envolvido para colher as informações necessárias a uma perfeita avaliação das condições de operação. A vistoria de segurança deve ser conduzida através dos seguintes procedimentos, de maneira rápida e precisa, sempre evitando interferir na rotina dos setores envolvidos: • Exame de registros, documentos e sistemas de controle; • Exame e avaliação de manuais e normas utilizadas; • Observação das facilidades, equipamentos, procedimentos e métodos utilizados nos serviços de apoio; • Entrevistas com tripulantes e pessoal de manutenção e apoio; • Observação, em vôo e no solo, dos procedimentos das tripulações e equipes de manutenção e apoio; e • Avaliação dos métodos e procedimentos de treinamento ministrados pela empresa ou por terceiros.

O seguinte roteiro pode ser seguido para o planejamento e a execução da vistoria: • Definição da data de realização; • Designação do vistoriador ou equipe de vistoriadores;

• Comunicação formal ao setor a ser vistoriado; • Análise de relatórios de vistorias realizadas anteriormente naquele setor; • Esclarecimento ao responsável pelo setor a ser vistoriado sobre o objetivo e os métodos de condução da vistoria; • Registro das condições ou circunstâncias observadas, incluindo a fotografia, sempre que isso se tome útil para esclarecimento do fato; • Apresentação sumária ao responsável pelo setor vistoriado das condições observadas, imediatamente após a conclusão da pesquisa de campo; • Elaboração do relatório de vistoria e aprovação pelo presidente da empresa; • Divulgação do relatório de vistoria ao setor vistoriado; e • Acompanhamento e assessoramento para a execução das ações corretivas.

V - O RELATÓRIO DE VISTORIA DE SEGURANÇA Logo após a conclusão da fase de observação e levantamento de dados, pode ser apresentado um relatório sumário ao pessoal chave do setor, a respeito das principais e mais urgentes medidas a serem tomadas em função das observações feitas, devendo, logo após, ser apresentado um relatório escrito contendo as condições observadas (acompanhadas de fotografias quando conveniente), a análise de cada condição e medidas recomendadas para saná-las. Também, o relatório deve prever espaço para que o responsável pelo setor envolvido na ação recomendada relate o seu cumprimento ou as restrições e dificuldades para tal.


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VI - ROTEIRO PARA A REALIZAÇÃO DA VISTORIA DE SEGURANÇA O roteiro apresentado a seguir é um guia para a realização de vistoria de segurança em um operador ou prestador de serviço, devendo ser adequado a cada realidade e ser utilizado como um auxílio à sua realização.

HISTÓRICO DA EMPRESA 1 - Qual o total de acidentes aeronáuticos ocorridos na Empresa? 2 - E o total de incidentes aeronáuticos registrados? 3 - Dos incidentes registrados, quantos foram adequadamente investigados? 4 - Por que os demais não o foram? 5 - Qual a tendência revelada pelos acidentes e incidentes ocorridos, em função do tipo de aeronave, tipo de vôo e fatores contribuintes envolvidos? 6 - Com base nas tendências reveladas, quais setores deverão ser pesquisados com maior profundidade? 7 - Em quantos acidentes e incidentes houve a participação de: • a) Deficiente supervisão em operações?

• b) Deficiente supervisão na manutenção? • c) Deficiente supervisão nos serviços de rampa? • d) Deficiente infra-estrutura de aeródromo ou heliponto? • e) Deficiente operação da aeronave? • f) Deficiente treinamento de tripulantes? • g) Deficiente treinamento de pessoal de manutenção ou de apoio? • h) Aspecto psicológico? • i) Aspecto fisiológico? • j) Deficiente realização de procedimentos de manutenção? • k) Deficiente realização de procedimentos de rampa? • l) Ocorrência do tipo CFIT?

8 - As recomendações de segurança apontadas nesses relatórios eram adequadas e objetivas? 9 - Dessas recomendações, quais não foram cumpridas? Por que? 10 - Quais as condições de segurança insatisfatórias existentes que, já tendo sido comunicadas aos escalões superiores da Administração, ainda não foram corrigidas? Por que? 11 - Há condições de segurança insatisfatórias que ainda não foram comunicadas aos níveis superiores da Administração? Por que? 12 - Dessas condições, quais já contribuíram para a ocorrência de acidentes ou incidentes?


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13 - O Departamento de Aviação Civil (DAC) ou o SERAC local realizou alguma Vistoria de Segurança nos últimos doze meses?

GERENCIAMENTO DA PREVENÇÃO DE ACIDENTES 1 - As atividades de Vôo específicas de gerenciamento da Segurança são conduzidas por pessoal qualificado (ASV ou EC-SIPAER)? Há acumulo de outras funções administrativas? 2 - Quantos outros tripulantes ou funcionários qualificados para o exercício das atividades específicas de Segurança de Vôo (ASV ou EC-SIPAER) existem na Empresa'? 3 - Existe um Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos? 4 - Existe uma programação de Vistorias de Segurança de Vôo? É cumprida? 5 - Já houve alguma campanha visando à divulgação e à motivação do grupo para a Prevenção de Acidentes? Quando? 6 - São elaborados relatórios periódicos sobre as condições de segurança de vôo para a Diretoria de Operações ou outro nível mais alto da administração? 7 - Qual o grau de preocupação da alta administração da Empresa com relação à Prevenção de Acidentes? Nesse aspecto, como é visto o papel do ASV ou do EC-SIPAER? 8 - E do gerente de operações? Qual o seu nível de autonomia e o seu envolvimento no trato dos assuntos que envolvem a Segurança de Vôo? 9 - O pessoal encarregado das atividades de Segurança de Vôo, possuindo ou não a qualificação necessária (ASV ou EC-SIPAER), está suficientemente motivado para a importância da Prevenção de Acidentes? 10 - A administração estimula a participação de pilotos e engenheiros nos Cursos de Segurança de Vôo? E em outros eventos realizados em organizações no Brasil e no exterior? 11 - Os ASV e os EC-SIPAER em exercício participam de eventos específicos de Segurança de Vôo promovidos por outras entidades? Há o apoio da administração para esse envolvimento? 12 - Existe na Empresa a legislação de Segurança de Vôo (NSMA, formulários e outros documentos)? 13 - O Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos é apresentado à alta administração da Empresa de forma objetiva e exeqüível? 14 - Os demais tripulantes ou funcionários qualificados ASV ou EC-SIPAER, mesmo fora de função, são incentivados à colaboração nas atividades específicas de Prevenção de Acidentes? 15 - O efetivo de tripulantes e de funcionários ligados à manutenção e aos serviços de apoio conhecem adequadamente o Relatório de Perigo quanto à sua finalidade e sistemática? 16 - Existe algum evento ou campanha que vise o incentivo ao preenchimento do Relatório de Perigo? Como é levado a efeito?


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17 - Existem formulários do Relatório de Perigo disponíveis e de fácil acesso aos tripulantes, a bordo e nos principais locais de trabalho de manutenção e pessoal de apoio? 18 - Quantos Relatórios de Perigo foram apresentados nos últimos doze meses? E nos últimos trinta dias? 19 - Qual a concentração desses relatórios por setores da Empresa? 20 - Qual a sistemática adotada para o trâmite do Relatório de Perigo pelos diversos setores da Empresa? 21 - Qual a importância (trato e profundidade de análise) dada ao Relatório de Perigo por cada setor envolvido? 22 - A solução adotada para cada situação de perigo potencial reportada em Relatório, de Perigo é apreciada nos níveis mais altos da Administração? 23 - São realizadas, periodicamente, Vistorias de Segurança em todos os setores ligados à atividade aérea, direta ou indiretamente? 24 - Os relatórios decorrentes de cada Vistoria de Segurança retratam, de maneira clara, objetiva e completa, a situação do setor vistoriado, de modo que permita que medidas corretivas adequadas sejam tomadas? 25 - Qual o trâmite e o tratamento dispensado a esse relatório? 26 - Quando foi realizada a última Vistoria de Segurança em cada setor? 27 - Quais as dificuldades encontradas pelos ASV e EC-SIPAER em exercício para acesso a cada setor da Empresa? 28 - Há um intercâmbio de idéias e comunhão de interesses para a Prevenção de Acidentes entre os diversos setores da Empresa, em função da sua estrutura organizacional? 29 - Quais as dificuldades encontradas para isso? 30 - Os incidentes aeronáuticos e as ocorrências de solo têm sido investigados adequadamente, com vistas à Prevenção de Acidentes, ou apenas com a finalidade de ser cumprida uma prescrição da legislação ou por determinação da administração? 31 - Os relatórios gerados pelas investigações de incidentes são claros, completos e objetivos, de modo que permitam a adoção de medidas corretivas adequadas pelos setores envolvidos? 32 - Os Relatórios de Incidentes que apontam falhas em determinados setores são censurados a ponto de não expressarem as condições reais de segurança naquela atividade? 33 - Qual o trâmite a que são submetidos os Relatórios de Incidentes? 34 - O ASV ou EC-SIPAER é estimulado a participar da elaboração dos Programas de Instrução? Opina quanto a sua qualidade, naquilo que possa contribuir para o estabelecimento de uma mentalidade de Segurança de Vôo da Empresa? 35 - É destinado algum tempo para apresentação de temas voltados à Prevenção de Ac identes nos diversos eventos de treinamento de tripulantes e de pessoal de manutenção e apoio? É suficiente?


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36 - O ASV ou o EC-SIPAER acompanha as investigações de acidentes realizadas pelo DAC com o interesse de detectar falhas em procedimentos ou nas atividades ,da Empresa que possam ter contribuído para aquela ocorrência? 37 - Há uma biblioteca, de fácil acesso aos tripulantes, voltada para assuntos de Prevenção de Acidentes, tais como aerodinâmica aplicada, meteorologia, fisiologia do vôo, aspectos psicológicos que podem interferir no desempenho dos pilotos, ritmos circadianos, resumos e ensinamentos de acidentes ocorridos em outras empresas no Brasil e no exterior, informações técnicas, etc.? 38 - O ASV mantém intercâmbio de assuntos de Prevenção de Acidentes com outras empresas? 39 - Os assuntos de Prevenção de Acidentes são amplamente divulgados ao público interessado? 40 - Existe, na Empresa, uma sistemática formalmente adotada para tal (jornal interno, boletim, outro periódico, etc.)? 41 - Existe um quadro para exposição de matéria sobre Segurança de Vôo, em local de acesso obrigatório a todos? 42 - Há uma programação de eventos educativos para pilotos, comissários de vôo, pessoal de manutenção e apoio, voltados à divulgação de assuntos e da doutrina de Segurança de Vôo? 43 - Essa programação é cumprida? Que dificuldades são encontradas para tal? 44 - Os assuntos divulgados são do real interesse e accessíveis ao público a que se dirige? 45 - As ações corretivas recomendadas através dos Relatórios Finais, emitidos pelo CENIPA, são cumpridas com a prioridade compatível ao grau de risco envolvido? 46 - E dos relatórios de Vistoria de Segurança emitidos pelo DAC ou pelo SERAC? 47 - A Empresa participa da elaboração dos PEAA nos aeroportos onde tem recursos de manutenção? 48 - O pessoal envolvido no acionamento do PEAA recebe treinamento adequado e periódico? 49 - A Comissão de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos tem se reunido periodicamente e em freqüência adequada de modo estar participando ativamente na avaliação das áreas de risco à Segurança de Vôo observadas na Empresa?

OPERAÇÕES E ENSINO 1 - A instrução de vôo é adequadamente supervisionada e conduzida de maneira progressiva e constante? 2 - Os pilotos e comissários são alertados periodicamente quanto aos procedimentos de emergência ou normas de segurança, além dos períodos de treinamento em simulador? 3 - Os pilotos são submetidos periodicamente a questionários ou a outro tipo de avaliação de seus conhecimentos sobre procedimentos operacionais?


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4 - O programa de treinamento periódico em simulador é adequado, constante e permite que os pilotos exercitem todas possibilidades de falhas e situações de emergência conhecidas ou, devido a fatores internos ou externos, essa prática sofre alguma restrição? 5 - Os requisitos para as diversas qualificações em cada tipo de aeronave são especificados por escrito, com relação aos mínimos exigidos de horas de vão, pousos, aproximações por instrumentos, etc? 6 - O cumprimento desses requisitos é fielmente seguido, ou há tolerâncias, em função de necessidades circunstanciais? 7 - Os casos de aproveitamento insatisfatório são analisados particularmente e o treinamento é estendido em função das deficiências, ou apenas é atribuído maior número de horas até que se alcance a proficiência? 8 - Os pilotos são orientados e têm o hábito de procurarem brifim meteorológico claro, completo e objetivo antes de cada vôo, ou apenas se valem dos boletins e previsões que lhe são entregues? 9 - Os pilotos tomam conhecimento do peso e balanceamento apenas através dos relatórios ou o despachante apresenta-os pessoalmente? 10 - Os pilotos são orientados a opinarem sobre esses cálculos? Têm o hábito de fazê-lo ou essa prática não é comum? 11 - A avaliação de desempenho das tripulações é realizada objetivando a criação de condições de segurança, ou a preocupação maior é o cumprimento de normas da Empresa, sejam administrativas ou operacionais? 12 - As fichas de avaliação de vôo indicam claramente as deficiências observadas? São revisadas constantemente pelos instrutores e são supervisionadas a nível mais alto? 13 - Na instrução teórica ou em CPT é dada ênfase a aspectos de Segurança de Vôo? 14 - Nos vôos de qualificação ou cheques é exigida a realização de pousos nas diversas configurações de flapes, potência assimétrica, peso máximo, etc, em número suficiente? 15 - Os pilotos mantêm-se familiarizados com esses procedimentos? 16 - Todos os tipos de aproximação por instrumentos são praticadas em treinamento? 17 - Esses vôos são programados com duração suficiente para que sejam realizadas todas as manobras e procedimentos que permitam uma real avaliação da capacidade dos pilotos? 18 - Os pilotos conhecem a razão de planeio do seu avião e, conseqüentemente a sua capacidade de percorrer distâncias partindo de determinadas altitudes e configurações? 19 - Os pilotos conhecem e se exercitam nas técnicas de recuperação de atitudes perigosas e estóis em diversas configuraçoes, visando um mínimo de perda de altitude? 20 - Os pilotos são constantemente alertados quanto às distâncias de parada em pista molhada, bem como da importância de manter as velocidades corretas de aproximação, e das conseqüências, caso isso não seja observado? 21 - Há operação em locais cujas dimensões da pista ou os setores de decolagem e aproximação sejam críticos para a aeronave?


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22 - Os pilotos são alertados periodicamente quanto às normas de tráfego aéreo? 23 - A realização de aproximações ou pousos inseguros, bem como outras práticas perigosas são utilizadas pelos instrutores em benefício da Prevenção de Acidentes? 24 - Há programas de padronização de procedimentos normais orientados para todos pilotos, visando coibir a adoção de "macetes" ou de técnicas próprias? 25 - Os locais dos cursos teóricos são equipados com recursos de instrução suficientes e adequados? 26 - A qualidade dos treinamentos é supervisionada constantemente? 27 - Os pilotos possuem seus próprios exemplares das normas técnicas e operacionais, de modo que possam dedicar um tempo para sua leitura? 28 - Os pilotos e comissários são orientados para reportarem qualquer situação , perigosa observada durante o vôo? 29 - A aeronave é totalmente inspecionada antes de cada vôo, tanto interna quanto externamente? 30 - A utilização do "check-list" é exigida e é estimulado o cumprimento dessa norma? Isso é realmente feito em todas fases do vôo? 31 - O "check-list" é adequadamente alterado sempre que há alguma modificação em procedimentos? 32 - É realizado um brifim completo e objetivo antes de cada decolagem e aproximação? Há alguma norma da Empresa que trate desse assunto? 33 - Os tripulantes estão completamente familiarizados com as áreas de maior incidência de acidente e incidente, características do tipo de aeronave que operam? 34 - Como é tratado o aspecto CRM na Empresa? Existe algum programa de treinamento específico? 35 - O ASV, o EC-SIPAER ou os instrutores realizam, sem prévio aviso, avaliação de procedimentos adotados a fim de detectar possíveis desvios ou falhas que possam gerar áreas de atrito à segurança?

OPERAÇÃO “OFF-SHORE” 1 - Já ocorreram conflitos de tráfego aéreo envolvendo pessoal dos helipontos, plataformas ou navios? 2 - Essas ocorrências foram formalmente reportadas? 3 - O pessoal que trabalha nesses setores tem conhecimento e consciência do Relatório de Perigo (finalidade, sistemática empregada, filosofia de utilização e importância)? Há algum evento educativo programado para divulgá-lo?


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4 - As características dos helipontos, o piso, os pontos de ancoragem e as áreas de proteção (dimensões, resistência, áreas adjacentes e liberação de obstáculos) oferecem algum grau de perigo à operação? Estão de acordo com a legislação e normas operacionais em vigor? 5 - A manutenção dessas áreas é adequada? 6 - A sinalização (horizontal e vertical, diurna e noturna) é adequada e o seu estado de conservação é bom? Está de acordo com a legislação em vigor? 7 - As luzes de aproximação possuem indicadores de ângulo e distancia? São apropriadas a todos os tipos de helicópteros que operam? O estado de conservação é bom? As condições de operação são adequadas? Os serviços de manutenção são adequados? 8 - Há obstáculos em plataformas ou navios que podem interferir na operação de aproximação, pouso e arremetida? São adequadamente marcados e iluminados? 9 - Existe a possibilidade de os pilotos sofrerem interferência das luzes que não são aeronáuticas, existentes na plataforma ou navio, devido ao reflexo ou incidência indevidos? 10 - Há equipamento e procedimento estabelecido para limpeza sistemática dos helipontos? Já houve ocorrência de F.O.D. nesses locais? 11 - As pessoas de trânsito autorizado nos helipontos têm sua área de acesso definida e recebem treinamento e orientação específica para tal? Elas estão cientes e conscientes do risco que envolve a operação? 12 - O trânsito de pessoas nos helipontos está excessivo? Há um controle sobre a necessidade desse volume de tráfego? 13 - Os helipontos são mantidos livres de qualquer equipamento de manutenção ou apoio? 14 - As zonas de segurança contra os perigos gerados pelos rotores (colisão e sopro) são apropriadas? Estão adequadamente sinalizadas e isoladas? Há barreiras de proteção nas áreas críticas? 15 - Os reparos em andamento nas áreas adjacentes ao convés de vôo recebem a devida atenção de modo não interferirem na segurança da atividade aérea? Essas áreas são devidamente isoladas física e visualmente? São adequadamente sinalizadas (dia e noite)? Já houve interferência na operação aérea por material ou equipamento deixado nos helipontos pelo pessoal que ali trabalha? 16 - O pessoal envolvido com esse tipo de serviço recebe alguma orientação específica quanto ao risco que podem causar na operação aérea? 17 - Quando da entrada em operação de novo tipo de helicópteros é prevista a realização de uma vistoria de segurança de vôo para avaliação dos riscos possivelmente surgidos? 18 - Se for necessária a realização de serviços de manutenção no helicóptero a bordo, há condições seguras?


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OPERAÇÃO INTERNACIONAL 1 - Quais são os requisitos exigidos para o piloto, co-piloto e comissários de vôo em conhecimento da língua inglesa e regras de tráfego aéreo internacional? 2 - Como é o treinamento específico das tripulações para que possam realizar vôos internacionais? 3 - Existe algum tipo de simulação de situações de perigo específica para vôos internacionais? 4 - Qual é o grau de familiarização dos pilotos com a climatologia das áreas mais frequentemente voadas? 5 - Existe alguma supervisão específica para a operação em vôos internacionais, tanto no desempenho de tripulantes como para detectar possíveis áreas de atrito à Segurança de Vôo? 6 - O ASV ou o EC-SIPAER está familiarizado com esse aspecto da operação e atua no campo da Prevenção de Acidentes?

MANUTENÇÃO E APOIO DE RAMPA 1 - As inspeções são cumpridas rigorosamente dentro dos prazos ou períodos estabelecidos nas ordens técnicas ou boletins, ou a sua realização é por vezes retardada a fim de atender à demanda dos vôos? 2 - As aeronaves são mantidas em operação com excesso de itens em "disponibilidade excepcional", a ponto de comprometer a Segurança de Vôo? 3 - Os inspetores e mecânicos em geral tomam conhecimento imediato dos boletins, sejam mandatários ou não? 4 - Como são tratados esses boletins ao chegarem à Empresa? 5 - As anotações dos pilotos, referentes às discrepâncias observadas em vôo são, em geral, bem especificadas e escritas com clareza? 6 - Como esses reportes são tratados pela manutenção? 7 - Os pilotos são orientados para anotarem no relatório de vôo todas as discrepâncias observadas, ou algum fato pode ser transmitido verbalmente? 8 - Há pesquisa de incidência, ou cada reporte é tratado como fato isolado? 9 - Há um acompanhamento quanto à adequabilidade das medidas corretivas? 10 - Há um programa específico para prevenção da ocorrência de F.O.D.? 11 - Os itens classificados como críticos são submetidos à apreciação de inspetores após a realização dos serviços de manutenção? 12 - Alguma medida preventiva é adotada para evitar que os mecânicos esqueçam ferramentas ou outros itens no interior dos aviões, sistemas, compartimentos ou entradas de ar? 13 - Existe a obrigatoriedade da contagem das ferramentas após a realização do


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serviço para verificar se alguma foi esquecida em lugar indevido? 14 - Tal procedimento é observado rigorosa e sistematicamente para os trabalhos em áreas críticas, onde podem provocar colapso de componentes ou sistemas? 15 - As cabines de pilotagem são limpas e vistoriadas periodicamente para que sejam localizados e retirados todos os detritos ou objetos esquecidos que podem interferir nos comandos de vôo? 16 - A manutenção tem participado de maneira atuante no Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos? 17 - A Diretoria e as gerências de Manutenção participam da aplicação das medidas previstas no Programa de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos? 18 - As recomendações sobre falha de manutenção ou falha material que tenha contribuído para a ocorrência de acidente ou incidente são levadas ao conhecimento de todo pessoal de manutenção? 19 - São realizados vôos de experiência após os trabalhos em componentes críticos? 20 - Os vôos de experiência são realizados por pilotos com qualificação específica para tal? 21 - Os pilotos, após os vôos de experiência apresentam seus comentários ao Gerente de Manutenção a fim de garantir uma avaliação adequada dos problemas apresentados, ou apenas preenchem os relatórios? 22 - As inspeções periódicas dos dispositivos de emergência e segurança pessoal (cintos, máscaras de oxigênio, escorregadores, sinalizadores, botes, coletes salva-vidas, etc) são adequadas e permitem verificar a sua condição de funcionamento? 23 - Há procedimentos estabelecidos para a realização de serviços em aeronaves em trânsito, de modo garantir o padrão de segurança e a supervisão adequadas? 24 - O setor de controle de qualidade é atuante na Prevenção de Acidentes, através de verificações constantes, controle e emissão de normas, objetivando a liberação segura das aeronaves para o vôo? 25 - O MEL de cada aeronave é adequado e está atualizado? É rigorosamente cumprido ou há tolerâncias que colocam em risco a operação, ainda que em situações de pequena probabilidade de ocorrência? 26 - O pessoal que manuseia combustíveis e lubrificantes está suficientemente treinado para essa tarefa, tendo conhecimento dos cuidados necessários e riscos que envolvem essa operação? 27 - Os depósitos de inflamáveis são adequados e a estocagem desse tipo de material é apropriada? 28 - Todos os dispositivos de filtragem são limpos e verificados com a freqüência adequada? 29 - É utilizada proteção contra poeira nos reservatórios que estiverem abertos para a realização de algum serviço? 30 - Todas as obstruções nas áreas destinadas às aeronaves em manutenção são vistoriadas com freqüência à procura de detritos que possam ser ingeridos pelos motores?


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31 - Os veículos de trânsito permitido nas áreas de manobras são devidamente controlados e identificados? Têm seu acesso limitado? 32 - Os operadores desses veículos têm treinamento específico e lhes é dado conhecimento das normas de segurança, dos cuidados necessários e dos riscos envolvidos? 33 - Há algum tipo de motivação para manter desperto o interesse pela segurança nesses casos? 34 - São instaladas grades de proteção durante os testes dos motores, com a finalidade de evitar a ingestão de objetos estranhos e da proteção do pessoal trabalhando? 35 - Existe material de primeiros-socorros e extintores em locais de fácil acesso e são adequados e suficientes? 36 - Há esquema elaborado para acionamento imediato dos bombeiros e ambulâncias em caso de emergência? É do conhecimento de todos? 37 - Há ou já foi detectada alguma possibilidade de erro induzido em serviço de manutenção? Casos desse tipo são usados como ensinamento? 38 - O apoio de rampa prestado por pessoal de empresas contratadas é supervisionado por pessoal de terra da Empresa ou pelos próprios tripulantes? Falhas ocorridas nesses serviços são reportadas e o fato é adequadamente tratado?

SEGURANÇA OCUPACIONAL 1 - Há uma integração da CIPA com o setor de Segurança de Vôo da Empresa? 2 - O pessoal da CIPA conhece a filosofia, as técnicas e o objetivo da Segurança de Vôo? 3 - O equipamento de proteção das instalações de manutenção são adequados; há em número suficiente; estão corretamente localizados; há obstrução ao seu acesso por equipamento ou material indevidamente depositado? 4 - Há um sistema de acionamento rápido de ambulância ou Corpo de Bombeiros em caso de acidente nas instalações? O pessoal tem conhecimento pleno desses procedimentos? 5 - Há meios de remoção imediata de acidentados, utilizando-se as técnicas corretas para cada caso? Há pessoas com esse conhecimento em cada local de serviço? 6 - A CIPA realiza vistorias na sua área de atuação? São elaborados relatórios dessas vistorias? O setor destinado ao trato da Segurança de Vôo se vale desses relatórios para algum benefício na área da Prevenção de Acidentes Aeronáuticos? 7 - Há sinalização quanto às áreas ou setores perigosos, e qual o tipo de risco existente (piso escorregadio, material inflamável, alta voltagem, material cortante, material tóxico, material corrosivo, etc.)? Essa sinalização é adequada? 8 - O vestuário utilizado pelos funcionários é adequado, em função da atividade que exercem? • a) gravatas, roupas frouxas, mangas compridas ou largas, chapéus? • b) há bolsos suficientes e adequados? • c) jóias, relógios, crachás, etc.?


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16/19 • d) tipo de calçados?

9 - Há equipamento de proteção individual (EPI) necessário, suficiente e adequado? São usados? Há supervisão e existem normas escritas para tal? • a) luvas, aventais, botas, capacetes, toucas, etc? • b) máscaras, óculos e viseiras? • c) abafadores de ruídos?

10 - Há a realização de eventos educativos no sentido de orientar o pessoal sobre esses riscos e das vantagens e necessidade do uso adequado dos EPI? Há uma programação préestabelecida para tal? 11 - Os hábitos de trabalho são adequados à atividade e à saúde? Há orientação e procedimentos estabelecidos para: • a) levantar peso, postura e limites para tal? • b) utilização correta de ferramentas?

12 - O local de trabalho impõe riscos aos que lá estão ou por lá transitam? • a) corredores de passagem em pisos escorregadios? • b) corrimões e suportes adequados?

13 - As sinalizações, os procedimentos estabelecidos, o treinamento formal e os eventos educativos programados são adequados a essa realidade? 14 - O uso de ferramentas manuais está condicionado às normas de segurança quanto à: • a) condição? • b) isoladores elétricos e térmicos? • c) armazenagem? • d) controle de retirada e devolução?

15 - As condições ambientais impõem riscos ou prejuízo de algum tipo ao pessoal que ali trabalha? • a) Iluminação adequada? • b) climatização? • c) poeira tóxica ou de alguma forma danosa ao organismo? • d) inflamáveis, corrosivos e tóxicos? • e) conteúdos sob pressão? • f) ventilação adequada? • g) nível de ruído elevado? • h) obstruções à circulação e ao manuseio de equipamentos?

16 - Há supervisão quanto ao cumprimento dos procedimentos e normas específicas ,de segurança pessoal?

ASPECTOS DO FATOR HUMANO 1 - Existe um setor destinado ao interesse da Medicina de Aviação? É atuante? O médico é qualificado em Prevenção de Acidentes Aeronáuticos?


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2 - Há algum Programa de Conservação da Audição? Há levantamento audiométrico nos locais de trabalho de manutenção? 3 - Já foi detectado algum problema de trauma acústico no pessoal de manutenção ou de apoio (hangar e pista)? 4 - Existe orientação profissional e específica quanto ao uso de protetores individuais contra ruídos? 5 - Há sinais de hábito de automedicação entre os tripulantes? E de álcool ou drogas? 6 - Há programação de palestras sobre os riscos que a automedicação pode trazer para o vôo, sendo comentados exemplos de acidentes em que esse fator contribuiu para a sua ocorrência? 7 - Se for notada a necessidade de afastamento de algum tripulante do vôo por um dos motivos acima, qual é a aceitação da Administração? E do grupo? 8 - Os tripulantes são orientados para procurar esse setor, mesmo quando acometidos de simples mal-estar, durante o período de envolvimento com a escala de vôo? 9 - Há orientação a respeito dos efeitos fisiológicos do vôo nos tripulantes? E da interferência dos ritmos circadianos? 10 - Há levantamentos sobre a incidência de estresses nos pilotos? E de alcoolismo e uso de drogas? 11 - Há um setor destinado a efetuar o acompanhamento psicológico dos tripulantes? É atuante? Há profissionais especíalizados em Prevenção de Acidentes Aeronáuticos? 12 - Há acompanhamento dos tripulantes quanto ao acometimento de problemas psicológicos diversos? 13 - O aspecto psicossocial é considerado? 14 - São consideradas as características de personalidade como fator de risco em potencial? 15 - São consideradas as circunstâncias possíveis de gerar condições de excesso de autoconfiança e complacência? 16 - Já houve a necessidade de afastamento de tripulante por motivo de ordem psicológica? Qual a aceitação da Administração? E do grupo? 17 - Há algum tipo de acompanhamento do pessoal de manutenção?

VII - CONCLUSÃO A realização da vistoria de segurança é uma forma de estabelecimento de um diagnóstico da empresa quanto aos aspectos relacionados com a Segurança de Vôo, ainda que através de setores indiretamente ligados ao vôo. Para que a vistoria de segurança produza o efeito desejado é necessário que o relatório dela originado seja claro e objetivo quanto ao relato da natureza e da gravidade das condições de risco observadas, quanto à sua análise e quanto à proposição das medidas corretivas.


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A vistoria de segurança se encerra quando o relatório é entregue ao nível da administração interessado, mas o seu objetivo somente será alcançado quando as medidas corretivas forem adequadamente executadas. Outras vistorias poderão ser necessárias para verificação da adequabilidade das medidas corretivas propostas e da eficácia de sua execução.


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ÍNDICE CONTEÚDO I - O QUE É A VISTORIA DE SEGURANÇA? II - QUANDO REALIZAR UMA VISTORIA DE SEGURANÇA? III - O QUE DEVE SER VISTORIADO? 1 - Operações de Vôo 2 - Manutenção de aeronaves 3 -Gerenciamento da Prevenção de Acidentes 4 - Prevenção de FOD 5 - Serviços de Rampa 6 - Infra-estrutura Aeroportuária 7 - Aspectos do Fator Humano IV - OS MÉTODOS EMPREGADOS V - O RELATÓRIO DE VISTORIA DE SEGURANÇA VI - ROTEIRO PARA A REALIZAÇÃO DE VISTORIA DE SEGURANÇA VII - CONCLUSÃO


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