MANUALBASICODESENCARCERAMENTO

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CAPÍTULO I -

DEFINIÇÃO

...............................................................................02

CAPÍTULO II – SAVER METHOD E A EQUIPE DE DESENCARCERAMENTO....03 CAPÍTULO III – ANATOMIA DO VEÍCULO

..........................................................13

CAPÍTULO IV – MECANISMOS DE LESÃO. ..........................................................26 CAPÍTULO V – PROCEDIMENTO OPERACIONAL ...............................................29             CAPÍTULO VI –

Estabilização e segurança. ...............................................29 Veículo a 90 graus...............................................................41 Veículo a 180 graus.............................................................42 Atropelamento.....................................................................43 Abertura da terceira porta..................................................43 Pedais...................................................................................44 Inclinado..............................................................................45 Submarino...........................................................................46 Pesados ...............................................................................47 Ônibus..................................................................................48 Trem......................................................................................49 Blindados.............................................................................50

DISPOSITIVO NO LOCAL E A HORA DE OURO.....................53

CAPÍTULO VII – UTILIZAÇÃO DO RAM ( CILINDRO HIDRÁULICO )...................57 CAPÍTULO VIII – OUTROS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO MUNDO..............61

CAPÍTULO IX - CONCLUSÃO..................................................................................79

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CAPÍTULO I – DEFINIÇÃO

Entende-se a palavra DESENCARCERAMENTO como o ato desencarcerar;

de

tirar do cárcere; soltar; libertar.

Para nós, Bombeiros Socorristas, essa palavra tem o significado de ser

A

ARTE DE CRIAR ESPAÇOS, com a finalidade DE RETIRAR AS FERRAGENS DA VÍTIMA, em caso de acidentes automobilísticos. Criar espaço, nada mais é do que, com pequenas ferramentas ou com utilização de técnicas e táticas, provocar uma pequena abertura em determinado local do veículo, fazendo com que as ferramentas de desencarceramento de grande porte possam prosseguir com o trabalho onde exigir maior capacidade. Cabe ressaltar que devemos sempre retirar os destroços das vítimas e nunca as vítimas dos destroços. Isso significa que temos que trabalhar ao redor da vítima, tracionando e cortando materiais, a fim de deixá-la livre e da melhor forma possível

para estabilização e

atuação da equipe médica, terminando assim o

Resgate. Devemos movimentar a vítima o mínimo possível, evitando dessa maneira o chamado “segundo trauma”. Neste manual, veremos técnicas que foram desenvolvidas em virtude das dificuldades encontradas no local de socorro e também por acidentes ocorridos não apenas com as vitimas mas também com os Bombeiros.

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CAPÍTULO II – “SAVER METHOD” E A EQUIPE DE SALVAMENTO The SAVER Method ( Método SAVER ) O procedimento apresentado neste manual, é conhecido mundialmente como “SAVER METHOD”, ou seja, ABORDAGEM E SALVAMENTO SISTEMATIZADO DA

VÍTIMA

ENCARCERADA. Neste processo, cada integrante da guarnição,

inclusive o motorista, tem uma função específica para a realização do salvamento.

RECONHECIMENTO E AVALIAÇÃO

ESTABILIZAÇÃO E CONTROLE DE PERIGOS

ABERTURA DE ACESSOS

ESTABILIZAÇÃO DA VÍTIMA

SIMULTANEAMENTE

CRIAÇÃO DE ESPAÇO

EXTRAÇÃO

ANÁLISE E RESUMO

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Inicialmente, os atendimentos a colisões de veículos eram feitos de forma instintiva e às vezes até de maneira desordenada, aumentando o tempo de resgate e também colocando em conflito os integrantes das guarnições de salvamento. Para padronizar e minimizar os problemas escritos anteriormente, foi criado o “ Saver Method”, um protocolo a ser seguido pelos Bombeiros que, de certa forma, colocou uma “ordem” no “ Teatro de Operações “ envolvendo as colisões . O procedimento “ Saver Method”

é atualmente dividido da seguinte

maneira:

- Reconhecimento e avaliação - Estabilização e controle de perigos - Abertura de acessos - Estabilização da vítima e criação de espaço - Extração - Análise e resumo

- Reconhecimento e avaliação Logo que o Socorro chegar ao local, o Chefe/ Cmt das operações fará um rápido reconhecimento , verificando possíveis perigos ao redor do auto colido, trânsito e principalmente avaliar a situação das possíveis vítimas e planar uma estratégica para o desencarceramento.

- Estabilização e controle de perigos Durante o “reconhecimento” feito pelo chefe, os operadores de ferramentas, também já orientados pelo chefe, farão a estabilização do veículo, impedindo que alguma futura surpresa possa acontecer e aumentando a segurança durante os trabalhos.O inspetor de segurança, também ficará atento a qualquer perigo que possa ocorrer no veículo (ex:incêndio) e também se preocupará com a segurança de todos os Bombeiros, principalmente no que diz respeito ao uso correto do EPI ( luvas, capacetes com viseiras abaixadas, roupa de proteção, etc ). No momento em

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que o inspetor disser “veículo seguro” o Socorrista (enfermeiro) poderá adentrar no veículo ( caso já tenha um acesso) e iniciar os trabalhos de estabilização da vítima

- Abertura de acessos Após o veículo ser estabilizado e estar seguro, o chefe ordenará que cortes sejam feitos e acessos sejam criados para se chegar até a vítima, sendo o contato com a vítima inicial feito pelo socorrista (enfermeiro). Ele será o “anjo da guarda” e permanecerá no interior do veículo, junto com a mesma, até terminarem as operações

- Estabilização da vítima e criação de espaço Após a vítima ser estabilizada, a equipe de desencarceramento , caso seja necessário, irá criar um melhor espaço, preparando-a para retirada. Nem sempre, o local por onde o socorrista entra é o mesmo de retirada da vítima, sendo portanto necessária a criação de um novo espaço.

- Extração Deve ser feita com a vítima totalmente estabilizada, evitando fazer qualquer movimento que resulte em outra lesão.

- Análise e resumo Como sempre, após as operações, o Cmt deverá reunir sua Equipe e discutir sobre o procedimento utilizado, erros e acertos, buscando dessa maneira uma melhor qualidade em uma futura operação.

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A EQUIPE DE SALVAMENTO

A Equipe de Salvamento para acidentes rodoviários é composta de no mínimo, seis homens, a saber:

- Chefe de equipe ( Cmt do Socorro ) - 2 Operadores de ferramentas - Elemento da Segurança - Socorrista - Condutor / Assistente geral

Obviamente, a nossa guarnição de Salvamento do ABS ou ABSL, não possui essa quantidade de bombeiros. Portanto, para seguir esse procedimento, o Cmt do Socorro no dia do seu serviço, durante o TOD ( Teste Operacional Diário ), deverá dar função à alguns bombeiros de outras guarnições para em conjunto, possam atuar em um evento de colisão de veículos ( guarnição do AR, AT / ABT, ASE ). Observe que na Equipe de Salvamento deste manual, existe um Socorrista, pois nem todos os países possuem um Sistema Independente como o nosso ( Combatentes e Médicos ). No nosso caso, este Socorrista será o Médico ou o Enfermeiro. Este Sistema é importante pois coloca uma certa “ordem” no local do socorro, evitando “aglomeração” ao redor da vítima e alguns “choques / atritos” entre bombeiros combatentes e os da área médica, evitando aquela pergunta tradicional: ”Começo a cortar o veículo para a equipe médica atuar depois ou espero a equipe médica atuar para depois começar a cortar o veículo ?”. Nesse sistema as ações são conjuntas, ordenadas, possibilitando

espaço para ambas as equipes

trabalharem.

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CHEFE DE EQUIPE ( CMT DO SOCORRO )

-

Deve ser facilmente identificável

Uso de apetrechos que o caracterizam como o de maior Posto ou Graduação no local ( Capacete branco, divisas de Sargento, etc. )

-

Faz o reconhecimento / avaliação

Logo que chega ao local, é o primeiro a sair da viatura para avaliar a situação e visualizar a cena para iniciar os trabalhos.

-

Estabelece a estratégia

Seleciona o material a ser utilizado e como será feito o Resgate.

-

Coordena a equipe

Orienta e coordena seus comandados em suas ações.

-

É o elemento de referência para as outras equipes

Sempre que chegar auxílio de outras Unidades ou um Superior Hierárquico, o Cmt será sempre o militar a ser procurado (será a referência) por estar com todas as informações sobre o evento.

B) OPERADORES DE FERRAMENTAS ( 2 )

Os operadores

de

ferramentas

são,

praticamente,

o

“braço “ do

Comandante de Operações, pois são os militares que executam as estabilizações e fazem as ações no veículo, por ele determinado. Possuem individualmente,

um

equipamento de uso pessoal, chamado de cinto de desencarceramento, onde constam vários outros materiais que podem ser empregados para auxílio de outras tarefas ( remoção de vidros e borracha, esvaziar pneus, etc ).

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O cinto de desencarceramento é composto basicamente de:

- Cinto de carpinteiro ( para transporte dos materiais ) - Estilete ou cortador específico ( para cortar cintos de segurança e outros materiais ) - Trena ou fita métrica ( para auxiliar na medição da distância para colocação do RAM ( afastamento de painel )) - Facas com pontas curvadas ( auxilia na remoção das borrachas que envolvem os vidros ) - Alicate e / ou torquês ( utilização na estabilização ( esvaziar pneus )) - Chave inglesa ( desconectar os pólos da bateria ) - Chaves de fenda ( auxiliam na remoção das borrachas que envolvem os vidros e também na retirada destes ) - Martelo de borracha ( utilizado na estabilização ( calços ) - Punção (Quebrador de Vidros)

São funções dos Operadores de Ferramentas:

- Estabilizam a(s) viatura(s) Sempre ao iniciar o trabalho de Resgate, o veículo colidido obrigatoriamente deverá estar estabilizado. A estabilização serve para permitir ao operador de ferramentas, total segurança no desenvolvimento de seu trabalho, evitando assim a ação dos amortecedores ou qualquer balanço não previsto no veículo. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2006

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A estabilização do veículo pode ser feita desde um simples “esvaziar pneus” a um sistema complexo com cabos de aço e, só deve ser descartada, se o Cmt julgar necessário.

- Criam os acessos Executam os cortes, afastam, tracionam e realizam todas as operações com as ferramentas de desencarceramento, criando espaço para chegar até a vítima

- Protegem a vítima e o Socorrista São responsáveis pela integridade física dos ocupantes do veículo, inclusive do socorrista (equipe médica), que já deverá estar no interior do veículo fazendo o atendimento. Essa proteção é feita colocando-se uma cobertura

( plástico, tapete,

manta ) sobre os ocupantes, para que pedaços de vidros ou de lataria não caiam sobre os mesmos, durante o processo de Resgate. - Efetuam os “cortes” seguindo a estratégia estabelecida pelo chefe Responsáveis pela operação do equipamento a ser utilizado .

C) ELEMENTO DA SEGURANÇA

- Controla os perigos presentes Verifica se há vazamento de combustível, fontes de ignição, etc.

- Protege a vítima e o Socorrista Observa se a proteção rígida ou maleável está colocada corretamente na vítima e no socorrista.

- Está atento à segurança da equipe Alerta os Bombeiros quanto ao uso de todo EPI ( capacete com visor abaixado, luvas, etc.)

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-

Está atento à segurança do local

Sua missão é observar se o local ( exclusivamente a área onde o veículo se encontra ) está seguro ( postes, fios de alta tensão, árvores, ribanceiras, etc.)

- Protege as pontas afiadas e cortantes À medida que os operadores de ferramentas cortam o veículo, o Inspetor de Segurança protege as pontas afiadas e cortantes que vão surgindo, com mantas, proteções

de mangueiras ou qualquer outro material que impeça qualquer

acidente / corte com os operadores de ferramentas durante o Resgate.

- Efetua a estabilização progressiva Se for verificado que durante os cortes efetuados pelos operadores de ferramentas, que o veículo está ficando instável, caberá ao Inspetor de Segurança, efetuar novamente a estabilização do veículo, sem que os operadores de ferramentas parem suas atividades

D) SOCORRISTA ( Equipe Médica)

- É a referência para a vítima Será o Bombeiro que sempre estará em comunicação direta com a vítima, durante todo o Resgate.

- Faz a desobstrução da via aérea Assim que chegar até a vítima, inicia a Análise Primária.

- Entra na viatura assim que possível Quando o Cmt disser que o veículo está seguro ( estabilizado, sem riscos ) o socorrista receberá o “pronto” para entrar no veículo e ficar junto com a vítima.

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- Deve estar em contato permanente com a vítima, explicando também o que se está acontecendo A fim de tranquilizar a vítima, o socorrista deve, sempre que possível, explicar o que será feito durante o resgate, ganhando ainda mais a sua confiança.

- Presta os cuidados de emergência Efetua toda a manobra buscando estabilizar a vítima.

- Colabora com as outras equipes Deve-se evitar trocar o socorrista durante a operação, mesmo quando da chegada de outra equipe médica. Ele será sempre o elemento de confiança da vítima e seguirá a orientação do médico/ socorrista mais antigo que estiver no local

E) CONDUTOR / ASSISTENTE GERAL

- Conduz a viatura até ao local É o motorista. Posiciona a viatura de acordo com as recomendações do Cmt do Socorro.

- Opera o grupo energético Durante a estabilização feita pelos operadores de ferramentas, o Condutor deverá posicionar todo o material utilizado em desencarceramento próximo ao local, já fora da viatura,

fazendo as conexões de mangueiras com as

ferramentas,

testando o motor do equipamento e aguardando as solicitações dos operadores.

- Está atento às necessidades dos operadores Todo o material deverá estar no chão, organizado, para ser utilizado de imediato pelos operadores.

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- É responsável pelos meios de extinção Caso ocorra fogo no veículo, o Condutor ( que já estará com extintor ao seu lado ), será o responsável em iniciar o combate. Este caso só se aplica se não estiver no local, o AT ou ABT, pois como sabemos, as suas guarnições é que são responsáveis em extinguir qualquer incêndio que possa ocorrer.

RESUMO

TAREFAS

MILITAR ES

1- Reconhecimento

Ch ( Cmt ) e Seg

1.1- Riscos e prioridades

Seg

1.2- Estratégia

Ch

1.3- Início das tarefas

Op1, Op2, Soc e AG

2- Segurança de TODO o local

Ch

3- Contato com a vítima

Soc

4- Estabilização da viatura

Op1 e Op2

5- Preparação das ferramentas

AG, Op1 e Op2

Ch (Cmt)  Chefe ( Comandante ) Seg  Inspetor de Segurança Soc  Socorrista Op1 Operador de ferramentas 01 Op2 Operador de ferramentas 02 AG  Assistente Geral / Condutor da Viatura

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CAPÍTULO III – ANATOMIA DO VEÍCULO

Com a finalidade de homogeneizar o linguajar técnico dos Socorristas em todo o mundo, os veículos foram classificados em partes e alguns nomes foram padronizados em virtude até das empresas automobilísticas elaborarem o “manual do veículo” com uma terminologia ao alcance de todos, não apenas para os técnicos como também para os usuários.

PILAR A

VEÍCULO LEVE

PILAR B

PILAR C

PAINEL

PAINEL LATERAL

VEÍCULO LEVE

PILAR A

PILAR B

PILAR C

PAINEL PILAR D

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VEÍCULO PESADO

PILAR A PILAR B

PILAR C

BARRA DE REFORÇO

BARRA DE REFORÇO

COLUNA DE DIREÇÃO

BARRAS DE REFORÇO

A fim de proporcionar maior segurança, alguns veículos leves já estão sendo fabricados com barras de reforço, que garantem maior chance de vida do usuário após um impacto. Essas barras eram encontradas apenas em veículos pesados. Devido aumento de resistência na estrutura do veículo

ao

(principalmente dos mais

modernos) , algumas ferramentas de desencarceramento levam um pouco mais de tempo para efetuar o corte.

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MICRO-ALLOY MICRO-ALLOY

BARRAS REFORÇADAS PARA IMPACTO LATERAL

Alguns veículos são construídos de maneira que essas barras

formam

uma “ cápsula de sobrevivência” , fazendo com que a energia do impacto seja absorvida e não atinja diretamente o ocupante do veículo.

BATERIA

As baterias são compostas basicamente de Metal Hidruro de Níquel ( Ni-MH ). Em nossas estradas, o Socorrista poderá se deparar com 2 tipos de baterias: 1- Bateria Convencional – 12 V 2- Bateria de Alta Voltagem - Toyota – 38 módulos individuais produzem 273,6 V. Possui revestimento em aço e pesa aproximadamente 52 Kg. CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2006

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- Honda – 120 módulos produzem 144 V. Possui revestimento plástico e pesa aproximadamente 22 Kg.

Atualmente, com os veículos cada vez mais sofrendo alterações devido ao avanço tecnológico e com as improvisações dos novos sistemas de segurança, , a bateria pode ser encontrada nos seguintes locais, a saber: - Compartimento do motor - Caixa de rodas - Porta-malas - Debaixo do assento traseiro

Porta-malas

Pára-choque dianteiro

Portanto, cabe a o Socorrista se familiarizar com os diversos tipos e modelos de veículos para que, no local do Teatro de Operações, possa intervir mais rapidamente, localizando e desligando a bateria para prevenir possíveis princípios de incêndio e também para desativar os sistemas de ativação dos air-bags e cintos prétensores ( lembrando sempre que o sistema permanece ativo por aproximadamente 30 minutos após desligar a bateria ).

ATUAÇÃO

- Localize a bateria; - Desconecte primeiro sempre o cabo negativo;

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AIR BAG S Os AIR – BAGS como conhecemos, na verdade em vários países são os que chamamos em nossa linguagem de as almofadas / tapetes pneumáticos ou de salvamento. Mas até pelo uso constante da palavra AIR – BAG como o dispositivo utilizado para segurança nos autos, vários países e Empresas construtoras já estão aceitando esta terminologia. O nome verdadeiro para este dispositivo é SRS , ou seja, Safety Restrict Sistem ( Sistema Restrito de Segurança ) que quer dizer que é um sistema que se restringe à apenas uma determinada parte do veículo para proteger o ocupante ( painel, banco, teto volante, etc. ). Depende dos países de fabricação e suas línguas, esta sigla também é encontrada como SRS, SIR, etc.

CARACTERÍSTICAS - Tempo de desativação do capacitor é de aproximadamente 30 minutos; - Gases utilizados: Argon, Hélio e Nitrogênio; - Geralmente são armazenados entre 1400 e 3000 PSI; e - Sistema de ativação por explosão

ABORDAGEM SISTEMÁTICA Novos tipos de ativação - 35 Km/h : apenas ativa os cintos de segurança com pré-tensores - 35 a 45 Km/h : ativa um air-bag pequeno e os cintos de segurança com prétensores - 45 Km/h : ativa o air-bag grande e os cintos de segurança com pré-tensores

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Efeitos da ativação - Ruído intenso (140 a 180 dB) - Pode induzir crises asmáticas (pós e gases) - Queimaduras feitas pela fricção durante o acionamento - Lesões nos olhos provocadas pelos óculos ou pelas mãos - Projeção de destroços para a boca - Fraturas dos pulsos - Lesões do ouvido interno provocada pela onda de choque da explosão

PROTEÇÃO DOS AIR-BAGS

Air-bag não insuflado

- Não colocar ninguém entre o volante, o tablier e a vítima - Colocar o protector de air-bag - Desligar a bateria - Desligar a ignição e retirar a chave - Desconecte o Sistema de ativação do Air Bag, se possível - Estabilizar a viatura o mais rapidamente possível - Não efetuar nenhum corte no volante ou na coluna de direção (devido à presença do air bag) - Evite permanecer na área de explosão do Air Bag

Air Bags Laterais

- Localizados nos assentos e/ou nas portas; - Por serem menores, possuem maior velocidade de ativação ( força ); - Deve-se evitar cortar cabos nos assentos e nas portas; - São frequentemente encontrados em carros de alta categoria;e - Os sistemas de identificação não são padronizados.

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Atualmente os air-bags s達o encontrados:

- Volante - Porta-luvas - Portas - Bancos - Costas dos bancos - Tejadilho ( teto ) - Coluna do volante

ESQUEMA GERAL

VOLANTE E PORTA- LUVAS

PORTA LUVAS E PORTA

PORTA

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PORTA-LUVAS NÃO INSUFLADO

BANCO

TETO E PORTA

ENCOSTO DE CABEÇA

COLUNA DO VOLANTE

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CORTINA LATERAL, FRENTE E RETAGUARDA

CORTINA LATERAL AUDI

CORTINA LATERAL MERCEDES

CORTINA LATERAL VOLVO

PROTETOR DE AIR BAG

COLOCAÇÃO DO PROTETOR DE AIR BAG

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LOCALIZAÇÃO DO AIR BAG (PILAR)

CORTE NO SISTEMA DO AIR BAG ( ERRADO)

Na figura acima, vemos que o Bombeiro está prestes a realizar um corte no meio do pilar, considerada como uma manobra errada pois este corte deve ser o mais próximo do teto possível, evitando desta forma, um acionamento acidental do sistema.

CINTOS DE SEGURANÇA COM PRÉ-TENSORES Há 2 tipos de sistemas de acionamento para cintos pré-tensores: Sistema mecânico e com explosivos. Ambos são acionados eletronicamente, assim como os air - bags.

Sistema Mecânico

Sistema Pirotécnico

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O SISTEMA MECÂNICO

Este sistema emprega dois conjuntos de cabos que foram tencionados e colocados atrás de um dispositivo com um gatilho. Quando o gatilho é acionado através do Módulo do Sistema de Controle após um impacto, o cinto de segurança é “puxado” mais 6 ou 12 cm, mantendo a vítima ainda mais presa no banco. A distância dependerá do tipo de roupa do ocupante ou de quanto o cinto estava apertado em seu corpo antes do impacto.

O gatilho é liberado e a mola “empurra o pistão para frente, apertando ainda mais o cinto.

O SISTEMA COM EXPLOSIVOS OU AMPOLA DE GÁS

Existem dois tipos de Sistemas com Explosivos: um é acoplado no mecanismo do cinto no pilar “B “ e o outro, no mecanismo do cinto que fica no banco. Em ambos os casos, o sistema trabalha com um cilindro com azida de Sódio ou ampola de gás em alta pressão (nitrocelulose), que é conectada por um cabo que vai para a base tanto do mecanismo do cinto do pilar, como também para o do banco. Ambos são novamente acionados por um sinal eletrônico após uma colisão e o cinto será “puxado” de 06 a 18 cm. Recomenda-se muito cuidado quando for realizar um salvamento onde o veículo apresenta esse dispositivo pois o sistema pode, por alguma falha, não ter sido acionado e o Bombeiro, desavisado, fazer o corte justamente na área do explosivo/ampola, causando um acidente.

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PROCEDIMENTOS E CUIDADOS Não é sempre possível e claro verificarmos qual o tipo de sistema está sendo utilizado no veículo ou onde está exatamente montado. É importante desconectar o cinto assim que possível e se o sistema instalado no banco não puder ser facilmente alcançado, o cinto deverá ser cortado duas vezes, no topo do pilar B e na base do banco.

Sistema Mecânico Este sistema é normalmente montado no banco e dificilmente causará problemas ao Bombeiro, exceto quando é necessário remover o banco para liberar as pernas do passageiro sentado no banco de trás. Novamente, é necessário cortar o cinto em dois lugares e só então será possível forçar o banco para cima. Em nenhuma hipótese a base do banco deverá ser cortada.

Sistema com Explosivos Se o sistema não foi acionado, então deve ser manuseado da mesma maneira que um air-bag não liberado. Desconecte a bateria assim que possível e não corte, em hipótese alguma, o pilar B abaixo do ponto onde o cinto de segurança está instalado.

RESUMO - Desligar o dispositivo, se possível - Cortar os cintos de segurança em dois pontos diferentes (em cima e em baixo) - Evite cortar ou pressionar a caixa onde estiver localizado o sistema.

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CINTO PRÉ-TENSOR MONTADO NA BASE DO PILAR “B”

CILINDRO COM ALTA PRESSÃO

CINTO PRÉ-TENSOR MONTADO NO CENTRO DO PILAR “B”

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CAPÍTULO IV- MECANISMOS DE LESÃO

IMPACTO FRONTAL

Locais geralmente atingidos

1- Face, crânio e pescoço Lesões dos tecidos moles

2- Abdomen Fígado, baço e rins

3- Pélvis e membros Fraturas múltiplas complicadas Amputação traumática

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IMPACTO LATERAL

Locais geralmente atingidos 1- Cabeça e pescoço 2- Tórax e abdômen 3- Pélvis 4- Membros - Agressão do corpo humano pelas estruturas menos apropriadas - Agressão / invasão do habitáculo pelos lados menos protegidos

IMPACTO TRASEIRO

Locais geralmente atingidos 1- Coluna Cervical 2- Tórax 3- Abdomen 4- Pélvis 5- Membros

CAPOTAMENTO

1- Lesões mais graves nos ocupantes 2- Qualquer objeto solto e/ou protuberante pode ser fatal para os ocupantes 3- Lesões complicadas dos mecanismos de impacto frontal, lateral e centrífugo 4- Muito frequente a projeção

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Medidas estabilizadoras no trauma

1- Colares cervicais

2- Colete de extração

3- Plano rígido

4- Maca de vácuo

Sempre que se deparar com uma vítima de acidente, irá necessitar de equipamento. Mantenha-o em condições de pronta utilização.

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CAPÍTULO V – PROCEDIMENTO OPERACIONAL

1) ESTABILIZAÇÃO E SEGURANÇA

a) Estabilização da viatura

Os materiais utilizados para estabilização são:

-

Calços e Blocos

-

Torquês ( esvaziar pneus )

-

Almofadas Pneumáticas

-

Macacos Mecânicos

-

Tirfor

-

Cintas

-

Escoras de madeira / pneumáticas / hidráulicas

-

Outros

Obs: ESTABILIZAÇÃO PROGRESSIVA – Consiste em estabilizar a área (veículo) à medida que o trabalho vai progredindo. Durante a operação, no momento em que algumas partes do veículo são retiradas, sua estabilidade pode ficar comprometida. Cabe ao Cmt da Operação, alertar seus comandados para observarem sempre esse detalhe.

b) Manuseamento de vidros

CONDUTA OPERACIONAL

Os vidros podem ser: removidos, partidos ou cortados

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Removidos

Dependendo da situação, não é necessária a quebra dos vidros, o que poderá dificultar ainda mais as ações de salvamento. Basta apenas retirá-lo, caso a situação assim permitir, utilizando facas para a remoção de borrachas, chaves de fenda para remoção de metais e ainda borrachas tipo “ventosas”, para segurar o vidro, impedindo assim a sua queda.

Partidos

Os vidros temperados são vidros que são submetidos a tratamento térmico, ficando com tensões de superfície adequadas, fragmentando-se em pedacinhos menos cortantes que os vidros comuns. Para quebrá-los, existem materiais específicos como o punção (quebrador de vidros), encontrado em vários modelos e marcas. Em um veículo, geralmente os vidros laterais e traseiros são os temperados, porém em veículos antigos, ainda podemos encontrá-lo também na parte dianteira.

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Cortados

EQUIPAMENTOS PARA CORTE

Existem equipamentos específicos para cortes de vidro laminado. Geralmente evitam que caiam pedaços de vidro nas vítimas durante a operação. Outros são mais simples, como o serrote de poda que, apesar de deixar resíduo, é bem mais rápido.

SERROTE DE PODA

EQUIPAMENTO ESPECÍFICO

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Em alguns veículos especiais, encontramos vidros singulares, onde os equipamentos acima não ineficazes. Para esses casos, aconselhamos o uso do moto cortador ou de uma ferramenta com serra para corte tanto em metal como em madeira, encontrada no mercado.

VIDRO PLÁSTICO OU POLICARBONATO

O policarbonato tem sido utilizado na laminação de vidros resistentes a balas, devido à sua boa absorção de energia de impacto e pouco peso. Evita que os fragmentos cortem os ocupantes e agüentam grandes deformações sem quebrarem. Entretanto,

apresenta

restrições

para o

emprego em construção civil,

como a irregularidade ótica do laminado final. Isoladamente à laminação, o policarbonato

é

praticamente

inquebrável,

mas

apresenta

pouca

resistência à abrasão, podendo sofrer riscos, arranhões e até deformações.

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c) Proteção das áreas cortantes -

Com mangueiras, cobertores, lonas, malhas de proteção

d) Proteção das vítimas - Proteção rígida,

maleável, KED, colar cervical, cobertores, maca rígida,

maca de vácuo, tapete do veículo, etc.

e) Criação de espaço para trabalho - fitas tubulares, cordas . Sempre ao abrir uma porta, deve-se prendê-la imediatamente com uma fita tubular ou corda, prevenindo o seu retorno, ganhando espaço no local do evento e conseqüentemente evitando, desta forma, atrasos no salvamento.

2- TÉCNICAS DE OPÇÃO

No Teatro de Operações, deparamo-nos com situações inusitadas, veículos totalmente danificados e/ou amassados e com isso, perdemos algum tempo elaborando a melhor forma para iniciar o Resgate. Mediante estas dificuldades, foram criadas técnicas de acesso e principalmente táticas para melhor utilizar nossos equipamentos, a fim de chegarmos até as vítimas que se encontram presas nas ferragens. Estas técnicas e táticas, como já foi dito anteriormente, serve como um auxílio/suporte para o Cmt de Operações. São elas:

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A- Remoção do teto a.1 - Frontal a.2 - Lateral a.3 - À retaguarda a.4 - Total B- Remoção da porta C- Afastamento do painel D- Abertura do painel lateral E- Abertura em “concha” F- Abertura da “3ª porta”

A- Remoção do teto

a.1 - Frontal

Esta é uma manobra onde, para ganharmos tempo a fim de retirar vítimas que se encontram presas apenas na parte de trás do veículo, “rebatemos” parte do teto para frente, quebrando vidros e cortando os pilares traseiros ( pilares “C” ) e fazendo um corte estratégico no teto do veículo, para diminuir a sua resistência. Este corte é feito perto do pilar central ( pilar “B”) e, dependendo do veículo (geralmente efetuamos o Resgate dessa maneira), para remover uma área maior do teto ainda para frente, devemos cortar os pilares”B”, cortar os cintos de segurança e fazer o corte estratégico próximo ao pilar “Ä”, ganhando dessa forma, maior espaço para trabalho.

a.2 - Lateral

Esta é mais uma alternativa que o Cmt de Operações poderá utilizar. Trata-se de “rebater” todo o teto lateralmente, cortando em apenas um lado todos os pilares, cinto de segurança e quebrando os vidros, ganhando dessa forma, tempo na CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2006

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operação. O corte estratégico deverá ser feito no lado para onde será rebatido o teto, na parte frontal e traseira do veículo.

a.3 - À retaguarda

Ao contrário do rebatimento frontal, neste caso as

vítimas encontram-se

presas apenas na parte de frontal (bancos da frente) do veículo. “Rebatemos” parte do teto para trás, quebrando vidros e cortando os pilares frontais ( pilares “A” ) e fazendo um corte estratégico no teto do veículo, para diminuir a sua resistência. Este corte é feito perto do pilar central ( pilar “B”) e, se for o caso de remover uma área maior do teto ainda para a retaguarda, devemos cortar os pilares”B”, cortar os cintos de segurança do motorista, passageiros e dos pilares e fazer o corte estratégico próximo ao pilar “C”, ganhando dessa forma, maior espaço para trabalho.

a.4 - Total

Existem situações onde o veículo encontra-se lotado, não havendo forma de cortar as portas e é necessária a remoção total do teto para facilitar o nosso trabalho. Neste caso quebramos todos os vidros laterais (temperados – estilhaçam em pequenos pedaços), tentamos remover o vidro frontal (laminado - não estilhaça. Se não conseguir removê-lo, utilize a ferramenta diretamente no pilar “A” e no vidro, protegendo a vítima ) , cortamos todos os cintos de segurança e, por último, a remoção total do teto, criando um amplo espaço para trabalho.

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B- Remoção da porta

Devemos

ter

bastante

cuidado

no

procedimento

ao

abrir

portas,

preocupando-se principalmente com a nossa segurança, evitando queda da porta nos pés, cortes nas mãos, braços e pernas, posicionamento inadequado, proteção dos olhos, etc.

Posicionamento correto dos Bombeiros, equipados apropriadamente e a ferramenta encontra-se entre o Bombeiro e o veículo (correto)

O Bombeiro está entre a ferramenta e o veículo (errado)

Posicionamento errado

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Podemos abrir / remover uma porta de 2 maneiras:

- Pelo lado da maçaneta - Pelo lado da dobradiça.

Na situação abaixo, vemos a situação clássica de abrir uma porta sem estar avariada / amassada, pelo lado da maçaneta. Utiliza-se o processo de posicionar o expansor / afastador 90º em relação à porta, próximo à maçaneta, para abrir uma “boca” ( uma pequena abertura (espaço) ), para então utilizar o expansor na sua posição final ( paralelo ao solo ). Após a abertura, as portas devem permanecer presas por cabos ou fitas, facilitando o trabalho dos Bombeiros de Salvamento.

Expansor na vertical

Abertura da porta

Portas presas com cabos e/ou fitas tubulares

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Uma atenção especial deve ser dada às dobradiças, peças que unem as portas ao veículo. As dobradiças possuem 2 pontos de fixação nos quais o Socorrista deverá trabalhar para fazer a remoção da porta. Para fazer este tipo de procedimento, o Socorrista inicialmente irá posicionar o expansor / afastador no pára-lama dianteiro, logo à frente da porta. Ao amassar o pára lamas, será formado um espaço entre o pára-lama e a porta, provocando o aparecimento da dobradiça. Para romper a dobradiça o Socorrista deverá colocar o expansor acima da dobradiça, no primeiro ponto de fixação

e não no meio. Dessa maneira,

direcionaremos a força de abertura da ferramenta em apenas um ponto, rompendo a dobradiça rapidamente. Enfim, ao realizar uma operação de abertura de porta pela dobradiça, iremos mover menos o veículo e evitaremos o acionamento acidental dos air-bags e dos cintos pré-tensores, localizados no pilar “B”.

Espaço formado após amassar o pára-lamas dianteiro com o expansor / afastador.

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C- Afastamento do painel Protocolo - Remove-se teto e portas - Corta-se próximo ao piso do veiculo em ambos os lados (corte estratégico) - O cilindro é colocado na parte de baixo da coluna “B” e no meio da coluna “A” - Pode-se usar o suporte do cilindro na coluna “B” (material específico) ou o expansor, como base; - Para se levantar o painel verticalmente, podemos colocar um cilindro pequeno na base do pilar “A”, no local do corte

Utilização do expansor como base

Utilização do cilindro na vertical

D- Abertura do painel lateral

Este tipo de procedimento é utilizado quando os Bombeiros precisam manusear os pés da vítima que se encontram presos nos pedais. Para isto, é feita uma abertura no painel lateral, aumentando o espaço para o trabalho. Inicialmente, após a porta já ter sido retirada, são feitos dois cortes com a ferramenta, um acima do outro, afastados entre si por aproximadamente 30 cm. Logo após, utilizando o expansor, esmaga-se a parte formada pelos cortes e faz-se um giro, provocando e criando desta maneira um espaço amplo para o trabalho.

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A manobra de abertura do painel lateral é realizada quando não obtemos sucesso em liberar os pés da vítima através do processo com a fita tubular ou com a ferramenta de corte.

Corte inicial

Giro

Um acima do outro

Esmagamento com o expansor

Abertura do painel lateral (criação de espaço)

E- Abertura em “concha”

Este procedimento será descrito em procedimento operacional em veículo a 900 .

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F- Abertura da “3ª porta”

Esta técnica será descrita em procedimento operacional – abertura da 3ª porta..

3- PROCEDIMENTO OPERACIONAL

A) Veículo a 90 graus

Este

procedimento

é

feito

quando

o

veículo

encontra-se

tombado

lateralmente, ou seja, formando aproximadamente um ângulo de 90º em relação ao solo. O protocolo a ser seguido é o seguinte: - Estabiliza-se a viatura em ambos os lados (utilizamos também, além dos calços e cunhas escoras); - Retira-se o vidro traseiro para o primeiro contato com a vítima; - Os vidros são quebrados para que possam ser feitos cortes no pilares; - Antes de quebrar os vidros, proteger a vítima e o socorrista (eq.médica) com a proteção maleável (cacos de vidro); - Cortar os pilares; - Realizar dois cortes estratégicos no teto na parte traseira e dianteira, próximo ao solo; - Rebater o teto para o solo, como se estivesse “abrindo uma concha” ;e - retirar a vítima

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E s t a b i l i z a ç ã o

d o

v e í c u l o

Abertura em concha

B) Veículo a 180 graus

Esta situação ocorre logo após uma capotagem e o veículo permanece de “cabeça para baixo”. O protocolo a ser seguido é o seguinte: - Estabiliza-se o veículo (nunca desvirar o veículo com a vítima em seu interior); - Criar acesso para realizar o primeiro contato com a vítima e iniciar a estabilização da mesma; - Se o veículo for tipo “hatch” (dois volumes), deve-se retirar a tampa traseira, realizar 2 cortes estratégicos no teto, entre os pilares “A” e “B” e logo após cortar os pilares “B” e “C”, de forma que o teto chegue até ao chão; e - Retirar a vítima

Estabilização

do

veículo

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Corte dos pilares “B” e “C”

Teto ao solo

C) Atropelamento

Nesta situação em que a vítima encontra-se sob o veículo, podemos realizar o levantamento do veículo de duas simples maneiras: com um cilindro de pequeno tamanho ou com o expansor. O importante em ambas situações é que na medida em que o veículo for sendo levantado, será obrigatória a “estabilização progressiva, impedindo desta forma que o auto retorne à sua posição original, prevenindo desta forma acidentes tanto para o socorrista (eq.médica) com também para a vítima.

Vítima sob o veículo

Estabilização

Levantamento com o cilindro

D) Abertura da terceira porta

Este procedimento só deve ser realizado caso ocorra a necessidade de se criar uma abertura na parte lateral traseira do veículo (terceira porta), para a retirada de um grande número de vítimas. O corte feito na lataria do auto, pode ser realizado mecanicamente através de um equipamento conhecido com “force” ou com as próprias ferramentas hidráulicas.

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Retirando-se a porta dianteira e abrindo a terceira porta, os Bombeiros criam um espaço amplo (praticamente toda a lateral do veículo), bom para trabalho e principalmente excelente no tempo-resposta para a retirada das vítimas.

Utilização do Force – Corte da lataria

Corte do Pilar “B”

E) Pedais

Existem várias maneiras de se chegar aos pés da vítima, das quais destacaremos três : - Afastamento do pedal com a fita tubular; - Corte do pedal com ferramenta específica; e - Abertura do painel lateral (já descrito anteriormente). O método de afastamento com fita tubular (ou cabos), consiste em amarrar o pedal com uma das extremidades da fita e a outra extremidade será amarrada na porta do lado oposto (direito). Abrindo-se a porta, o pedal será automaticamente afastado, liberando-se o pé da vítima. Uma outra forma mais rápida (caso tenha espaço), é utilizar a ferramenta de corte. Coloca-se a ferramenta diretamente no pedal e em segundos faz-se o corte,

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finalizando a operação. Esta operação só será inviável se o espaço for pequeno ou insuficiente para introduzir a ferramenta.

Afastamento de pedal com a fita tubular

Ferramenta de corte

F) Veículo Inclinado

Esta é uma situação onde vários detalhes devem ser observados. O protocolo para esta situação é o seguinte: - Estabilização do veículo; - Colocação de escadas ou plataformas para que os operadores de ferramentas possam trabalhar

no mesmo nível (as ferramentas sempre devem

trabalhar paralelas ao solo e nunca inclinadas, evitando assim dano ao material); - Retirar o teto (trabalho inicia-se com os cortes no pilar “C”); - Corta-se o volante (cria-se um espaço maior para realizar a extricação); - Faz-se a estabilização da vítima; - Retira-se a vítima pela retaguarda.

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Estabilização do veículo

Colocação de escadas

Estabilização do veículo e da vítima

Corte no mesmo nível

Corte do volante

Retirada da vítima

G) Veículo em “submarino”

Este tipo de ocorrência é caracterizado por um veículo estar em cima do outro. O procedimento correto é estabilizar o veículo que está na parte superior e trabalhar no veículo que está embaixo. Deve-se evitar retirar o veículo que está em cima pois qualquer movimento poderá agravar a situação da vítima.

Colisão em submarino

Estabilização do veículo

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H) Veículos Pesados

Os procedimentos em veículos pesados (caminhões, ônibus, etc) são idênticos ao de um veículo leve, porém deve-se lembrar que as ferramentas devem estar paralelas em relação ao solo (Bombeiro no mesmo nível do pilar - utilizar escadas ou plataformas leves) para evitar dano às ferramentas.

Utilização de escadas

Afastamento de painel

veículo a 90 graus

Esmagamento e corte nos pilares

Corte estratégico

Abertura em concha

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I) Ônibus

Como já foi descrito no item anterior, o procedimento em veículos pesados (caminhões, ônibus, etc) são idênticos ao de um veículo leve. As maiores preocupações são: a estabilização, pois devemos localizar e selecionar pontos internos para as ancoragens; os cortes devem ser realizados no mesmo nível dos pilares (escadas e plataformas) e a criação de um local amplo para a retirada das inúmeras vítimas que possam estar envolvidas neste tipo de acidente.

Estabilização – vista externa

Estabilização – vista interna

Criação de uma abertura para a retirada das vítimas

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J) Trem

Indubitavelmente, este é um dos piores tipos de acidente, pois devido à presença de uma grande quantidade de energia envolvida, o resultado geralmente é trágico, com um elevado número de vítimas fatais e não-fatais. Para obter sucesso nas operações, é primordial que a equipe de salvamento esteja bem treinada e que o equipamento esteja em excelentes condições. Eis abaixo a relação dos piores acidentes de trem nos últimos anos: - 26 de dezembro de 2004 – 1500 mortos - trem atingido por ondas gigantes no Sri Lanka. - 22 de abril de 2004 – 161 mortos - trem carregado de explosivos 18 de fevereiro de 2004 - 300 mortos e 450 feridos –descarrilamento c / explosão, perto da cidade de Nishapur, Irã. - 18 de fevereiro de 2003 - 130 mortos - chamas e fumaça atingem um trem no metrô de Taegu, na Coréia do Sul. - 24 de junho de 2002 – 281 mortos - Um trem de passageiros colide com tem de carga, (naTanzânia) é derrubado após bater em um trem de carga, matando 281 pessoas. - 20 de fevereiro de 2002 – 361 mortos - incêndio no trem de passageiros (Egito) - 11 de novembro de 2000 – 159 mortos – Incêndio no trem dos esquiadores alpes da Áustria - 3 de junho de 1998 – 100 mortos – descarrilamento em Eschede, na Alemanha - 2 de agosto de 1999 - 285 mortos – Índia - colisão de dois trens ao norte de Calcutá. - 28 de outubro de 1995 - 300 mortos – incêndio em um trem do metrô em Baku, capital do Azerbaijão - 20 de agosto de 1995 – 350 mortos - colisão entre dois trens perto da capital indiana, Nova Déli - 22 de setembro de 1994 - 300 mortos - descarrilamento de trem na cidade angolana de Lubango. - 3 de janeiro de 1990 – 307 mortos – colisão de trens, ao sul do Paquistão CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2006

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- 4 de junho de 1989 - 575 mortos - explosão - vazamento de gás, nos montes Urais, na Rússia. - 13 de janeiro de 1985 – 392 mortos – queda em desfiladeiro -Etiópia 6 de junho de 1981 - 800 mortos – ciclone lançou vagões no rio Kosi, Índia.

Amagasaki (410 km a oeste da capital Tóquio) - 50 mortos - 300 feridos (01/08/2005)

K) Blindados

VEÍCULOS BLINDADOS

Devido à violência existente em nossas ruas, algumas pessoas optaram em aumentar a segurança de seus veículos, reforçando a sua estrutura e instalando vidros especiais à prova de balas. Estes são os veículos blindados, supermáquinas que se encontram rodando em nossas ruas e que, no caso de acidentes, dificultaram (e ainda dificultam) enormemente o trabalho de resgate. Em nível de curiosidade, veremos onde são colocadas as blindagens na maioria dos veículos:

Blindagem Padrão

- Sistema Overlap (proteção nos cantos e frestas das portas) - Proteção total do habitáculo do veículo (teto, portas, colunas, pedais) - Caixa de rodas - Vidros balísticos - Proteção do tanque de combustível - Encosto do banco traseiro

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- Proteção para bateria - Proteção no piso contra explosões

Blindagem Opcional A - Para Choques B - Sistema Walk Talk com sirene C - Compartimento do motor

D - Blindagem dos pneus

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ESQUEMA GERAL

Chapas

Chapas

Chapas

Pneus

Vidros

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Após testes com o nosso equipamento de desencarceramento LUKAS, verificamos que os cortes levam maior tempo para serem efetuados e os vidros, devido à sua constituição, só foram cortados com o moto-cortador / rebolo. Portanto, é importante que saibamos os locais reforçados do veículo blindado colidido (autos particulares, carro – forte, etc), a fim de prever o que, onde e como o trabalho será realizado.

CAPÍTULO VI – DISPOSITIVO NO LOCAL DA SEGURANÇA NO LOCAL Durante um evento, além do salvamento a ser realizado, deve-se também observar o fator “segurança”, para que novos acidentes não aconteçam. Podemos então dividir a segurança no local em quatro ítens: 1- Estacionamento defensivo 2- Avaliar se os meios são suficientes 3- Círculos de trabalho 4- Reconhecimento e controle dos riscos A fim de proporcionar uma melhor “organização” no local de socorro, foram criados os círculos de trabalho. Através deste sistema, o Comandante das operações tem uma visão periférica (geral) do local, distribuindo melhor a sua equipe e material. Descreveremos a seguir como são feitos os círculos de trabalho:

CÍRCULOS DE TRABALHO

Círculo interior

Círculo imaginário de 5 metros, em redor do acidente a que só têm acesso: * Equipes de salvamento * Equipes médicas/ambulância

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Círculo exterior

Área delimitada de 10 metros que situa fora do círculo interior e onde estão demarcadas as seguintes áreas:

-

Viatura de desencarceramento ( ABS )

-

Ambulância

-

Outras viaturas de socorro

-

Depósito de destroços

- Isolamento (circulo externo – 10m) - Círculo interno (5m)

- Balizamento defensivo (circulo externo – 10m) - Depósito de Destroços (circulo externo – 10m)

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- Balizamento defensivo (circulo externo – 10m) - Atuação dos Operadores de ferramentas e Equipe médica (circulo interno – 5m)

Comandante do socorro buscando a “visão periférica”

A HORA DE OURO ( THE GOLDEN HOUR ) A primeira hora

após o acidente é de vital importância para o

politraumatizado, sendo a possibilidade de sobrevivência, elevada. Quanto mais precocemente for a vítima estabilizada, maiores serão as possibilidades de recuperação. Algumas estatísticas determinam que por cada minuto perdido, esta taxa desce cerca de 1%.

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A HORA DE OURO ESTÁ DIVIDIDA DA SEGUINTE MANEIRA: PRIMEIROS 10 MIN: -

Alarme Reconhecimento Estratégia Tática

10 MIN: Estabilização da vítima

-

10 MIN: -

Extração

10 MIN: -

Transporte à Unidade de Saúde

10 MIN: -

Intervenção no banco hospitalar

10 MIN: -

Intervenção no bloco operatório

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CAPÍTULO VII – UTILIZAÇÃO DO RAM (CILINDRO HIDRÁULICO)

Em virtude da complexidade e das diferentes situações encontradas no local de socorro, foram criados vários equipamentos para desencarceramento com diversos formatos a fim de buscar a melhor eficácia durante a atendimento. Isto acontece com as almofadas de salvamento, pinças (tesouras), expansores, enfim, com todo material atualmente existente. Veremos então, alguns tipos de cilindros hidráulicos ( RAM ) e as maneiras possíveis em que este equipamento pode ser utilizado. Lembramos que, como já foi dito em capítulos anteriores, a criatividade do Comandante de Operações é muito importante e poderão surgir novas utilizações deste ou de qualquer outro material durante o resgate. Algumas maneiras em que podemos empregar o “RAM”:

A) Afastamento de banco

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Neste processo, utilizamos qualquer cilindro de pequeno porte para que possa ser colocado em lugares de difícil acesso. Um fator muito importante a ser lembrado é que devemos ter cuidado caso o veículo possua sistemas de cintos pré-tensores pois, com este procedimento de afastamento, caso o sistema ainda esteja ativado, certamente causará um acionamento acidental podendo vir a lesionar o socorrista ou a vítima.

B) Arrombamento de porta

Uma outra maneira prática de se empregar o RAM, caso não tenhamos expansores ou cortadores, é para o arrombamento de portas. Neste caso, colocamos a base do cilindro o mais próximo possível da abertura da porta e o “telescópico” em contato com a parte superior da janela. Este procedimento também pode ser utilizado não apenas para veículos, como também para arrombamento de grades em residências, etc.

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C) Afastamento do painel

EXPANSOR CUNHA

Na foto acima, vemos o afastamento do painel de um veículo pesado, com um cilindro de tamanho médio. Para efetuar este procedimento devemos realizar dois cortes estratégicos, na parte inferior do painel, próximos à caixa de ar, a fim de diminuir a resistência. Observe que a base do cilindro colocada nesta situação foi um EXPANSOR junto com uma madeira. Â medida que o painel vai se movimentando, um operador de ferramentas rapidamente coloca uma cunha nos locais onde foram realizados os cortes estratégicos, evitando com isso o retorno do painel, caso o cilindro venha a ser reposicionado.

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BARRAS DE REFORÇO

Nesta

foto,

vemos

a

utilização

do

cilindro

de

grande

tamanho(desenvolvimento), para o afastamento do painel e das barras de reforço de um veículo pesado. Outro detalhe que voltamos a repetir, é que os Bombeiros ( operadores de ferramentas ), quando em trabalho em veículos pesados ( altos ), devem utilizar uma escada ou plataforma para buscar sempre trabalhar com as ferramentas nas posições mais adequadas e corretas.

D) Elevação do painel

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Nas figuras, vemos o “telescópico” do cilindro sendo colocado diretamente no painel e na lataria do veículo, para liberação das pernas do condutor do veículo ou afastamento do volante em relação ao seu tórax. Ressaltamos também o cuidado quando na colocação direta do cilindro no painel ou na coluna de direção, preocupando-se com os air - bags, caso ainda não tenham sido acionados.

CAPÍTULO VIII – OUTROS EQUIPAMENTOS UTILIZADOS NO MUNDO Com o avanço da tecnologia, novas ferramentas foram desenvolvidas para diminuir o tempo-resposta

para uma operação de desencarceramento.

A

peculiaridade de cada veículo ( equipamentos de segurança, material utilizado para construção, reforço na estrutura, etc ), seja ele leve ou pesado, foi um importante fator para provocar esse

“ upgrade” nos equipamentos, proporcionado pelas

empresas do ramo. Veremos então, alguns equipamentos utilizados no mundo, que facilitaram o trabalho dos bombeiros de salvamento. FORCE

Equipamento utilizado para efetuar cortes na lataria dos autos, mecanicamente.

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DE WALT

Alimentada pelo sistema de baterias de 18V, essa ferramenta de corte permite a variação na utilização de lâminas para madeira e para metal, sendo a troca dessas lâminas sem a utilização de qualquer chave. Permite colocar lâmina em posição inversa

Utilização para cortes no pilar, uso em madeira e retirada de pedal

HOLMATRO

CORTADOR COM CAPACIDADE DE ATÉ 45.8 t

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ALMOFADAS FLEXÍVEIS

CILINDRO 50 T

BASE PARA UTILIZAÇÃO DO CILINDRO ( RAM )

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MALHA DE PROTEÇÃO

CORTADOR DE VIDRO LAMINADO

BOMBA PORTÁTIL ( PPU )

WEBER

CORTADOR DE VIDRO LAMINADO

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EXPANSORES SP 35, SP 40 e SP 50

CORTADORES S 140, S 180 e S 260

HAND – VARIO SPS 250 H Ferramenta combinada com acionamento hidráulico integrado

CILINDRO MECÂNICO RZM 700 Pode ser utilizado com ferramenta combinada

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SUPORTE FLEXÍVEL

MALHA DE PROTEÇÃO

PROTETOR DE AIR BAG

LI B E R V I T

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AFASTADORES

BACKPACK

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BASE PARA CILINDRO

CORTADORES

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BOMBA PORTÁTIL

CILINDROS – RAM

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LUKAS

CILINDROS ATÉ 100 T

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CILINDROS TELESCÓPICOS

RAM

FERRAMENTA COMBINADA

FERRAMENTA COMBINADA (USO SUBAQUÁTICO)

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FERRAMENTA COMBINADA ( BOMBA MANUAL )

CORTADOR

CORTADOR 70 t

EXPANSORES

LSP 30 t

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SECRETARIA DE ESTADO DA DEFESA CIVIL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

BOMBA

BOMBA SUPER COMPACTA

RAM

L T R 35 Telescópico triplo

TELESCÓPICO 24 t

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OUTROS EQUIPAMENTOS LUKAS

HURST

ALMOFADAS DE SALVAMENTO

BLOCOS PARA ESTABILIZAÇÃO

CUNHAS

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FERRAMENTA COMBINADA ( manual )

EXPANSOR

RAM ( manual )

BOMBAS HIDRÁULICAS

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MINI-CORTADORES

BOMBA COMPACTA

CORTADOR ml 50

FERRAMENTA COMBINADA Ml 16c

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FERRAMENTA COMBINADA Ml 12

CORTADOR X-TRACTOR

RAM T-41

LANCIER

CORTADORES

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AFASTADORES

FERRAMENTAS COMBINADAS

RAM

BOMBAS HIDRÁULICAS

ACESSÓRIOS

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CAPÍTULO IX - CONCLUSÃO Este trabalho teve como objetivo familiarizar nossos profissionais com as mais modernas técnicas e táticas de desencarceramento e também divulgar os equipamentos de ponta, os mais modernos encontrados atualmente. Apesar de toda a tecnologia apresentada, dois fatores são importantes para o sucesso das operações: a manutenção e o treinamento. De nada adiantará a aquisição de equipamentos ultramodernos se não realizarmos corretamente a sua manutenção pois, como lidamos com vidas, nenhum problema poderá ocorrer no local de socorro, principalmente se for cometido por falha na falta de manutenção do material. E finalizando o outro fator primordial é o treinamento da Equipe de Desencarceramento. Como o nome já diz, é um trabalho de equipe e uma equipe age como se fosse uma pessoa apenas. treinamento não é apenas fazer bem...é fazer o melhor possível...e o melhor possível deve ser feito sempre com segurança, equipados, para não nos tornarmos também vítimas no local do socorro. E certamente esta é a nossa maior dificuldade, ou seja, mudar as pessoas, mudar suas ações, fazê-las entenderem o quanto importante é a segurança, como mostram as figuras abaixo:

acidente ocasionado pela ruptura de uma mangueira

Portanto é importante o treinamento diário, a familiarização com o equipamento, a preocupação com a proteção, a integração entre os profissionais, pois um pode depender do outro em uma situação adversa...e se todos estiverem treinados, certamente a situação, por mais complexa que seja, será resolvida de forma organizada e veloz. É quase impossível se chegar à perfeição mas devemos sempre ter em mente, esta expressão que simboliza o comprometimento e a responsabilidade dos profissionais de todo o mundo: “O PREÇO PARA A PERFEIÇÃO É A PRÁTICA CONSTANTE” CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 2006

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Finalizando portanto este trabalho gostaríamos de ratificar a necessidade do treinamento e esperamos em breve que possa ser viabilizado o nosso CURSO DE DESENCARCERAMENTO, cujo manual completo já está finalizado e brevemente será apresentado para a corporação.

Mais uma vez o nosso agradecimento.

Grupo de Trabalho de Tecnologia da Informação do Curso Superior de Comando 2006

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Componentes do Grupo de Trabalho de Tecnologia da Informação do Curso Superior de Comando 2006

Ten Cel BM Melo Silva

Ten Cel BM Marco Resende

Ten Cel BM Fontenelle

Ten Cel BM Loureiro

Ten Cel BM Maurício Vaz

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BIBLIOGRAFIA

INTERNATIONAL FIRE SERVICE TRAINING ASSOCIATION (IFSTA) – MANUAL OF RESCUE – Oklahoma, Estados Unidos da América, 1981

MANUAIS

TÉCNICOS

DOS

EQUIPAMENTOS

LUKAS,

,HOLMATRO,

WEBER-HYDRAULIK, HURST, LANCIER HYDRAULIK, LIBERVIT, DE WALT ARAÚJO, Sérgio, Ten Cel BM – Manual de Segurança Rodoviária ICET – International Centre for Emergency Techniques

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